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GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS


GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

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GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

Núcleo de Educação a Distância

PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.

O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.

GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO


Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino

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Prezado(a) Pós-Graduando(a),

Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!


Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos.
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas
pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu-
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ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo


importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a)
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial.
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos
conhecimentos.

Um abraço,

Grupo Prominas - Educação e Tecnologia

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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!

É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha


é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização.
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.

Estude bastante e um grande abraço!

Professora: Iana Andrade


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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao
seu sucesso profisisional.

GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

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Esta apostila traz variados assuntos sobre serviços de saúde.
Aqui o aluno irá aprender sobre “gestão dos serviços de saúde, padro-
nização, demanda, qualidade, importância e como se relacionam com
as subáreas de atuação dentro da gestão dos serviços de saúde. O
trabalho da gestão dos serviços de saúde tem princípios importantes
para implementar nessa gestão, eles são: direção, controle, planeja-
mento e organização. Em um termo geral, para a administração das
ações de saúde é necessário um gerenciamento dos recursos, sejam
eles logísticos, humanos, sanitários ou financeiros e, ao mesmo tem-
po, uma coordenação dos processos, para verificar as questões exis-
tentes, e assim, propor serviços com qualidade e segurança. Alguns
conceitos sobre gestão de saúde serão vistos no decorrer do estudo,
para que, dessa forma, o leitor perceba como acontecem as fases da
gestão dos serviços de saúde e como são favoráveis e importantes
nesse meio institucional das clínicas hospitalares, ajudando, com isso,
o sistema profissional de quem trabalha nesse meio.
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Saúde. Gestão dos Serviços de Saúde. Importância da Gestão.

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Apresentação do Módulo ______________________________________ 11

CAPÍTULO 01
GESTÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE

Qual Conceito da Gestão dos Serviços de Saúde? ________________ 12

Gestão em Saúde e Saúde Pública _______________________________ 14

Padronização das Tarefas ______________________________________ 18

Serviços de Saúde com Qualidade ______________________________ 19

Demandas dos Serviços de Saúde ______________________________ 20

Planos de Saúde e os seus Modelos de Pagamento ______________ 21

Recapitulando _________________________________________________ 26

CAPÍTULO 02
A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE
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Qual a Importância da Gestão de Serviços de Saúde? ____________ 30

Gestor dos Serviços de Saúde: Características e Funções _________ 31

Informações e Gestão dos Serviços de Saúde ____________________ 36

Avaliação e Gestão dos Serviços de Saúde _______________________ 39

Recapitulando _________________________________________________ 43

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CAPÍTULO 03
PRINCIPAIS SUBÁREAS DE ATUAÇÃO DENTRO DA GESTÃO DE SER-
VIÇOS DE SAÚDE

Conhecendo Alguns Aspectos da Gestão de Saúde Pública _____ 47

Quais são as Principais Subáreas de Atuação Dentro da Gestão


de Serviços de Saúde? __________________________________________ 53

Mercado de Trabalho _________________________________________ 60

Recapitulando _________________________________________________ 61

Considerações Finais ____________________________________________ 64

Fechando a Unidade ____________________________________________ 65

Referências _____________________________________________________ 69
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Ler e entender sobre este assunto “Gestão dos serviços de
saúde” é relevante para área de saúde. Esse meio de gestão faz parte
dos serviços de saúde, a gestão dos serviços, a padronização de tare-
fas, a qualidade, a importância e as subáreas, todos entram nesse cam-
po da gestão, por isso, é fundamental ser discutido neste estudo. Dessa
forma, a Gestão dos Serviços de Saúde tem com responsabilidade se
informar sobre a instituições, dar seguimento à coordenação dos pro-
cessos, criação e aplicação de políticas, administrando o trabalho com
as finanças e orientando as equipes para o trabalho. Além disso, propor-
cionar conforto, segurança e qualidade no atendimento com pacientes.
Salienta-se que esses trabalhos precisam estar em sintonia,
seja por gestores, seja por outros profissionais. Afinal, para se ter uma
boa gestão é necessário que o trabalhador esteja seguro de todo o apren-
dizado, de boa compreensão das suas atividades na área da gestão dos
serviços de saúde, do compromisso com sua área, sabendo que precisa-
rá de esforço, pois há partes complexas e que precisam de mais atenção,
como, por exemplo, as questões tecnológicas. Compreender, aprender,
informar-se, conversar é fundamental para a área de serviços, visto que
em algum momento o profissional da saúde poderá vir a trabalhar com os
serviços de gestão de saúde, prestando auxílio nesse assunto específico.
Dessa forma, o intuito do professor é que o aluno tenha ótimas
aprendizagens sobre este assunto, que possa refletir e questionar sobre
a gestão dos serviços de saúde, tema a ser abordado nesta unidade. No
primeiro capítulo, falaremos sobre a gestão dos serviços de saúde, concei-
tos, padronização das tarefas e qualidade desses serviços. No segundo
capítulo, falaremos sobre a importância da gestão dos serviços de saúde
e, por fim, das suas subáreas, e o quanto é necessário, no âmbito nacio-
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nal, discutir este conteúdo. Adiante trataremos da prática, dos estudos de


casos, das atividades, dos vídeos e das imagens, para que o aluno tenha
um excelente raciocínio sobre o assunto trabalhado. Portanto, atente-se
às sugestões durante a leitura do texto, pois poderão ser imprescindíveis.

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GESTÃO DOS SERVIÇOS DE
SAÚDE
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QUAL O CONCEITO DA GESTÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE?

O trabalho da gestão dos serviços de saúde tem princípios im-


portantes a implementar, quais sejam: direção, controle, planejamento
e organização. Em termos gerais, para a administração das ações de
saúde, é necessário o gerenciamento dos recursos, sejam eles logísti-
cos, humanos, sanitários ou financeiros e, ao mesmo tempo, a coorde-
nação dos processos, para verificar questões existentes, assim propon-
do serviços com qualidade e segurança:

Um obstáculo para uma utilização mais ampla da avaliação na tomada de deci-


são nos serviços de saúde é que a sua implementação requer recursos e tem-
po, o que dificulta a sua utilização para problemas que necessitem de soluções
imediatas. Nessas situações, que são frequentes quando se trata da saúde

1212
de pessoas e da população, somente a existência de um conhecimento acu-
mulado, decorrente de avaliações passadas ou previamente planejadas, pode
contribuir para a tomada de decisão. A capacidade da avaliação de contribuir
para o aperfeiçoamento do processo de decisão na saúde se confronta com
a complexidade do campo, caracterizado pelos múltiplos fatores que condicio-
nam a saúde e a doença, o que faz com que a sua construção seja revestida
de características e se paute em princípios próprios para produzir os resulta-
dos esperados na saúde da população (TANAKA & TAMAKI, 2012, p. 822).

A gestão faz parte das ciências humanas, foi iniciada para


que os indivíduos tivessem como solucionar diversos problemas, com
variados métodos, para serem utilizados na administração dos empre-
endimentos. “A gestão de saúde, por sua vez, implica administrar em-
preendimentos de saúde, tanto na esfera pública como privada, avaliar
as necessidades da instituição, criar e aplicar políticas públicas” (JUN-
QUEIRA & PREITES, 1992, p.1).
Dessa forma, a Gestão dos Serviços de Saúde tem com respon-
sabilidade se informar sobre as instituições, dar seguimento à coordenação
dos processos, criação e aplicação de políticas, administrando o trabalho
com as finanças e orientando as equipes para o trabalho. Além disso, pro-
porcionar conforto, qualidade e segurança no atendimento com pacientes.
Sendo assim, a gestão dos serviços de saúde precisa ser pos-
ta nos serviços clínicos para dar facilidade nas fases de assistência,
bem como na redução do custo e melhoria do trabalho, humanizando
os atendimentos. A humanização na saúde traz consigo um diferente
fator na gestão dos sistemas e, com isso, diversifica o modo como os
profissionais e a população passam a interagir. “O principal objetivo é
fornecer um atendimento mais qualificado, com a proposta de unir com-
portamento ético, conhecimento técnico e o entendimento necessário
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do histórico do paciente” (SIEB, 2017, p.1).


Os hospitais, assim como várias outras empresas, têm varia-
das tarefas de administração para prestar trabalho. Entre essas formas
de responsabilidade está a gestão dos serviços de saúde, que merece
ser discutida, pois é relevante para o atendimento nos hospitais.
Vários pacientes precisam, com exclusividade, desses serviços
para atendimento, realização dos exames e tratamento para melhorar
sua saúde. Diante disso, a ligação com essas instituições é necessária
e requer a aplicação de ações de gestão. As instituições de saúde têm
como propósito dar um tratamento condizente, com humanização, de
acordo com as necessidades clínicas, psicológicas, sociais e econômicas
do paciente que precisar de internação ou dos serviços de ambulatório.

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Assista ao vídeo no canal (Caed UFMG) que apresenta a
“Gestão Sistemas e Serviços de saúde”. CAED, Ufmg. Gestão Sis-
temas e Serviços de saúde. Youtube, 2018.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=-
ZRu9UOmz5cw> Acesso em 02 de Novembro de 2020.

Diante disso, é muito importante ter materiais de insumos das


farmácias com estoque e que atendam à demanda do hospital, reser-
vando produtos para futuras emergência e urgências, quando estão em
falta. Sendo assim, a gestão deve ser racional com os gastos, inves-
tindo na capacitação das pessoas que trabalham com essas questões
e na melhoria do setor organizacional, mesmo diante de uma situação
clínica que tenha uma demanda mais complicada.
Ademais, é relevante que o setor trabalhe com recursos que te-
nham uma tecnologia moderna e eficiente, com funções relacionadas ao
diagnóstico, à terapia e à clínica. Por isso, a gestão deve estar sempre
atualizada no quesito dos melhores atendimentos para a administração
dos serviços de saúde, sabendo lidar com as mais difíceis demandas,
passando uma boa condição de trabalho para sua equipe profissional.
Outro fator fundamental é manter os custos com os recursos
que já existem, isso referente àquelas instituições que dependem do
repasse de finanças do setor público, pois essa questão pode ser um
fato não esperado. Diante desse cenário é vista a forma complexa do
trabalho em uma instituição clínica e que há metas a serem seguidas
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pela equipe de gestão, para um melhor trabalho.

GESTÃO EM SAÚDE E SAÚDE PÚBLICA

Quando se fala em gestão em saúde, assim como em saúde


pública, percebe-se suas existências desde tempos antigos, de acordo
com Campos & Campos, 2009:

A Saúde Pública sempre recorreu a várias especialidades e campos de co-


nhecimento, nasceu interdisciplinar quando esta expressão sequer fora ain-
da cunhada. A Saúde Pública baseou-se na medicina, microbiologia, zoolo-
gia, geologia, entre outras ciências, para pensar explicações para o processo
saúde e doença. Dessa junção, nasceria tanto a administração sanitária
quanto a epidemiologia. Foi, portanto, ainda nos primórdios da Saúde Públi-

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ca que ocorreu a constituição de um campo de conhecimentos, denominado
'administração sanitária e de práticas em saúde'. Encarregava-se de pensar
a administração de um pedaço do Estado, os nascentes departamentos, es-
colas e laboratórios de saúde pública, mas, distinguia-se da Administração
de Empresas porque procurava articular a gestão às 'práticas' consideradas
eficazes para debelar os problemas coletivos de saúde. Tratava-se, portanto,
de uma área que procurava compatibilizar conhecimentos sobre administra-
ção pública com procedimentos sanitários considerados eficazes no combate
a epidemias. A administração em saúde na medicina de mercado apresen-
tava menos especificidades; em geral, adaptava elementos da teoria geral a
hospitais e clínicas (CAMPOS & CAMPOS, 2009, p.1).

Quando se fala em ramo de administração sanitária e seus pri-


mórdios, sabe-se que foram impostos conceitos e formas de operação no
campo do militarismo. Na gestão dos conflitos feitos com armas e nas guer-
ras, a saúde pública trouxe um novo olhar para o doente, para a quantidade
de germes e condições do ambiente como inimigos. Isso era uma forma
de planejar estrategicamente os planos sanitários e a gestão de operação.
Nesse campo importava a vigilância, controle, risco e as informações.
Gestão em saúde é um desenvolvimento das eras modernas.
Contudo, no lugar da guerra entram os estudos que vieram da socio-
logia, das ciências sociais e políticas e da administração. No século
passado houve alguns assuntos crescentes do termo saúde e gestão de
saúde. Nesse tempo, alguns países deram início a sistemas nacionais
da saúde, e no contexto público de saúde. Esses tinham alguns propósi-
tos para esse fim, e assim foi desenvolvida uma cultura sanitarista com
o intuito de organizar serviços e programas da saúde. O estado passou
a ter, como sua responsabilização, financiar a gestão das redes de ser-
viços, de acordo com o sistema sanitário. Sendo que no setor público,
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não seria apenas para caráter de prevenção, mas também, de atenção


à clínica, sendo assim, teria também um sistema assistencial individual
nos hospitais e em outros serviços. Foi dessa forma que nasceu os
termos hierarquização e regionalização, criando-se a atenção primária.
O contexto antigo da parte que trabalha com administração sa-
nitária não dava conta da abrangência da nova política pública. Em razão
disso, em muitos país, aconteceu, durante o século XX, uma nova forma
de organização e novas formas de atenção à saúde. A OMS (Organização
Mundial da saúde) e a OPAS (Organização Pan-Americana de saúde) de-
ram um passo no contexto de conhecimento dessa área tecnológica de
organização, de planejamento e também de gestão dos serviços de saúde.
Por isso, houve a proximidade das áreas da clínica e da Saúde Pública.
São desse tempo os estudos locais sobre saúde e seu desenvolvimento,
modelos de atenção, atenção primária, gestão e planejamento em saúde.
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O conceito de gestão e administração são vistos como sinôni-
mos. Também é encontrado como ato de administração, de gerir empre-
sa, governar pessoas, ou organizar alguma empresa ou instituição. No
contexto da gestão política, encontramos termos como “capacidade de
dirigir” e, por isso, é confundido com a execução de poder. Antigamente,
o conceito de política era esse, quem exercia o poder.
Ao falar sobre política e gestão é importante pensar na admi-
nistração e na gestão, áreas com estruturação e sistema de vasta pro-
dução de conhecimento, que teve como intuito romper e descontinuar a
gestão e a política:

No princípio do século XX, o engenheiro norte-americano Frederick Winslow


Taylor publicou o livro 'Princípios da Administração Científica', considerado como
marco zero de um novo campo de conhecimento. Taylor pretendeu apresentar
uma metodologia que permitisse a existência de uma gestão técnica, com base
em evidências, e não orientada por disputas políticas entre interesses e valores
distintos. Trata-se de uma obra clássica do pensamento administrativo. Clássica
e fundadora de um estilo de governar que, em seus princípios gerais, não foi
ainda superado. Ainda que o campo da gestão tenha se ampliado desde 1911,
a disciplina e o controle continuam sendo o eixo central dos métodos de gestão.
A centralização do poder nos gestores (dirigentes) é a pedra de toque das múl-
tiplas variedades de métodos de gestão ainda hoje existentes. Tanto o 'segundo
princípio' da teoria taylorista (separação entre trabalho intelectual, o momento da
concepção, daquele de execução) quanto o 'quarto princípio' (centralização do
poder de planejar e de decidir na direção da empresa), buscam limitar a autono-
mia e iniciativa do trabalhador (CAMPOS & CAMPOS, 2009, p.1).

O fator de tirar o poder do trabalhador é um dado real, visto


ainda pelo fato que diferentes escolas não propuseram uma crítica ao
sistema de função de controle. Há tempos passados, a escola de re-
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lação humana veio a criticar o taylorismo, passando a valorizar fatos


subjetivos na funcionalidade das empresas. Contudo, essa nova forma
só ampliou a forma de controlar os trabalhadores. Além disso, a econo-
mia, as condições dos empregados e o investimento no lado afetivo dos
indivíduos, para usá-los na concretização das atividades empresariais.
Apesar desse sistema, o trabalho organizacional, a qualidade e
a teoria dos sistemas, aumentaram a visão sobre o conceito de organi-
zar, prometendo maior poder autônomo, melhor inserção do trabalhador
nas funções gerais da empresa. Com isso, as mudanças ainda se en-
contram muito presas, só há liberdade para os que trabalham de acordo
com o pensamento da direção geral. Quando se fala sobre integrar e ser
autônomo, criar formas para a resolução de problemas internos, é no
sentindo de crescer e ser produtivo, e não para defrontar as questões
dos trabalhadores. Dessa forma, a qualidade disso tudo, não é favorá-
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vel, nem democrática. Pelo contrário, ressalta uma forma de concorrên-
cia entre as pessoas empregadas.
Desse modo, essa atenção gerenciada, que é encontrada nos
serviços de saúde, é exemplo desse modelo. Diminuem-se os gastos e
aumenta-se com êxito o trabalho em saúde, retirando dos profissionais
de medicina a capacidade de decidir sobre seu trabalho clínico. Esse
processo de poder é função dos gerentes, que por meio de protocolos
e formas de padronização, aprendem a controlar e determinar como
trabalhar com esses profissionais.
A faceta gerência veio à tona na área da saúde para solucionar
problemas como os de prestação de serviços de saúde, e tinha em risco
o de ser só um mediador de dificuldades, pois, para muitos, não passaria
de uma palavra sem tanta importância, isso porque, muitas vezes, não
dava conta das funções do setor. Essa gerência nasceu, como já dito, na
constituição da administração, onde é visto o conteúdo sobre controle e
planejamento, encontrada no setor público. Nos tempos atuais, é repen-
sada e tem como propósito se adequar à realidade também da saúde.
As características encontradas na prestação de serviços de
saúde, como o processo acontece, como sua produção se dá e o seu
papel na assistência, fazem com que o conceito de gerência possua
novas formas de conceito. Quando se fala em gestão ou gerência de
serviços públicos de saúde é preciso deixar claro cada condição e de-
terminação de processo no setor, saber que a gerência não significa
apenas ter um recurso, mas é também saber a destinação de verbas
(para uma entidade ou fim específico); distribuição dos fatores de pro-
dução disponíveis, humanos e extra-humanos (entre firmas, indústrias
empenhadas na produção de bens, serviços).
O papel dos recursos financeiros e materiais, mesmo sendo im-
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portantes para organizar as atividades, não são garantia para a validez


dos serviços, mesmo que para o recurso humano seja um fator deter-
minante. Diante disso, fala-se sobre a prestação de serviços e recursos
que têm como responsabilidade a qualidade de prestação. A ineficiência
dos recursos financeiros e a ausência dos materiais constituem-se um
relevante empecilho na produção de serviços, e mesmo estando em
boa situação, não irá determinar infalibilidade e qualidade.
À vista disso, quando se fala de gerência no setor público de
saúde, mesmo diante do significado de planejamento e controle de re-
cursos, e da forma de organização para se ter um objetivo, é necessário
ver que o processo acontece em um certo contexto público e com cer-
tos poderes estruturais. Ser gerente não é um fato atemporal, mas sim,
uma relação de organização entre vários fatores que integram recursos
tecnológicos, materiais, financeiros, para determinados objetivos orga-
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nizacionais e para que também tenham trabalhos grupais e individuais.
Dessa maneira, não existe fórmula de gerenciar. A realidade
onde acontece esse processo de serviços e as demandas existentes
do processo é considerada e entra em vigor pela pessoa da gerência
pública. No Brasil, pode-se perceber que o envolvimento da gestão e
do planejamento com o sistema hospitalar é dado pelo período em que
aconteceu o afastamento da saúde pública dos sistemas de saúde. A
formação da gestão dos hospitais se deu mediante cursos e seguindo a
área de economia e administração das empresas, e só depois foi vista a
recomposição desses estudos de gestores hospitalares.

Assista ao vídeo do professor da Fundação Dom Cabral,


Osvino de Souza, que fala sobre Gestão em Saúde. SOUZA, Osvino.
Gestão em Saúde. Youtube, 2018.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=RHcH-
JhvBb_M > Acesso em: 02 de nov. de 2020.

PADRONIZAÇÃO DAS TAREFAS

Apesar do sistema de gestão ter diversas e minuciosas formas


de trabalho e serviços de saúde, a maioria das tarefas pode acontecer
por meio da padronização. Portanto, elas precisam ser claras para pas-
sar para o quadro. Dessa forma, é necessário ressaltar que para cada
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tarefa é preciso emitir uma documentação impressa e online para a des-


crição de cada atividade no horário certo. Todos esses trabalhos devem
estar acessíveis para todos os profissionais da área.

Figura 1 - Planejamentos das Atividades.

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Fonte: Gerenciamento do tempo, acesso 2021.

Nesse quadro, apresentam-se propostas para o aluno se intei-


rar mais sobre o assunto discutido, sugerindo livros, artigos e vídeos,
sobre as atividades essenciais para gestão de serviços de saúde e pa-
dronizar as tarefas. Leia: JUNQUEIRA, L. A. P. Gerência dos serviços de
saúde. Cad. Saúde Pública vol.6 no.3 Rio de Janeiro Sept. 1990.
Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?scrip-
t=sci_arttext&pid=S0102-311X1990000300002 > Acesso em: 18 de
jan. de 2021.

Dentro de todo esse sistema também é visto que se a empresa


puder contar com o trabalho de um software para gerenciar os dados, as
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tarefas poderão ser acompanhadas e realizadas durante o processo com


grande facilidade, pois, o oferecimento de um bom sistema é necessário
para um bom gerenciamento de funções para cada profissional que usá-lo.

SERVIÇOS DE SAÚDE COM QUALIDADE

Fornecer esse tipo de sistema computadorizado é importante para


a melhorias dos trabalhos e inovações do dia a dia dos setores administra-
tivos dos hospitais. Com essa ajuda tecnológica, essas informações serão
postas em acessos para um lugar só, mantendo organização e controle:
Na saúde, decorrente da característica do processo de trabalho, a qualidade ad-
quiriu um significado particular e diferenciado das demais atividades envolvidas
na produção de bens. Verifica-se a prestação da assistência à saúde é realizada

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por grupos heterogêneos de profissionais, com formação educacional distinta,
dificultando o trabalho em equipe, no que se refere à qualidade dos serviços
prestados. Nesse setor, a qualidade é definida como um conjunto de atributos
que inclui um nível de excelência profissional, o uso eficiente de recursos, um
mínimo de risco ao paciente/cliente, um grau de satisfação por parte dos usuá-
rios, considerando-se essencialmente os valores sociais existentes. A qualidade
da assistência pode ser definida como a satisfação das necessidades dos clien-
tes, considerando que este deverá ser o objeto central das estratégias em busca
da qualidade, bem como participar, ativamente, desse processo, no papel de
avaliador das atitudes dos profissionais de saúde e dos resultados alcançados
com o tratamento recebido (BERWICK, 1994; OMS, 1981, p.1).

Quando todos os sistemas e funcionamentos estão trabalhan-


do integrados e alinhados em conjunto entre os serviços, a gestão tem
seu trabalho realizado com êxito. Portanto, é importante que se tenham
ações que visem: planejamento, controle e direção, para uma melhora
no gerenciamento desses serviços, e é fundamental que, para a rotina
de administração e assistência, tenha mais fluidez e compatibilidade
com a rotina hospitalar.
Desse modo, é necessário optar por indicadores com sua es-
pecificidade em cada contexto, planejando as metas para modificar o
que for de necessidade e custo para implantá-las. Salienta-se ainda,
a importância desse sistema computadorizado, pois é uma ferramenta
para aperfeiçoar esses serviços, atendendo de forma rápida as neces-
sidades cotidianas e aumentando a produtividade da gestão, as quais
também podem estar atentas a outros serviços, com outra função, para
aumentar o lucro e o negócio.
Isso acontece porque esse sistema tecnológico, por meio do
software, facilitará os trabalhos de gestores e, assim, alcançarão ní-
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veis altos de qualidade. Por isso, a importância de juntar o uso desses


programas e realizar o trabalho dessas empresas. Algumas gestões
já esperam esse nível de qualidade e buscam sua melhoria mediante
acreditação hospitalar ou reconhecimento do profissional que trabalha
em serviço clínico específico e que garanta maior visão da empresa.

DEMANDAS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE

No gerenciamento dos serviços de saúde, são vistas formas


de demandas mensais, semestrais ou sazonais dos atendimentos, e
isso se dá devido ao registro que acontece no período anterior a elas.
Portanto, para executar essas tarefas durante o mês é necessário que
o profissional seja treinado para não perder os prazos ou comprometer
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todo o sistema onde ficam guardados esses atendimentos. Assim, as
atividades do semestre podem ser feitas com calma.
Tudo isso acontece por meio de recursos de análises dos dados,
isso está presente no sistema computadorizado, software para serviços
de saúde. Deste modo, é necessária a análise de alguma demanda que
seja mais urgente para prestar atendimento à legislação. Isso se dá devi-
do às mudanças de legislação, pois impõem novos métodos adequados
para fiscalizar órgãos competentes. Por exemplo, a obrigação da instala-
ção das rampas para as pessoas com deficiência, maiores números dos
leitos de hospitais, conforme o tamanho das instituições de saúde.
Essas formas de analisar são feitas de acordo com o histórico
do hospital e de cada usuário, com a distribuição dos planos de saúde,
a forma de custo dado pela operadora entre outros. Sendo assim, será
possível trazer o histórico do paciente, de forma individual, consideran-
do todos os fatores sejam eles, doenças, risco, ou algum tipo de progra-
ma que possa gerar esses problemas.
Dentro desses trabalhos também serão disponibilizados levan-
tamentos feitos pelas operadoras dos planos, uma orientação para os
dados que precisarão estar nos formulários e a explicação caso ocorra
excesso de limite dos planos. Outro fator relevante é que também será
analisado um questionário de satisfação do cliente, para que ocorra a
melhoria em um futuro atendimento, entraram também as partes físicas
e tecnológicas que são fornecidas pelas instituições de saúde.
Portanto, com um trabalho amplo, o hospital poderá antecipa-
damente se preparar e investir mais na estrutura, parte clínica, finanças,
medicamentos, laboratórios e análises, para que ofereça atendimentos
melhores, rápidos e com qualidade. GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

PLANOS DE SAÚDE E OS SEUS MODELOS DE PAGAMENTO

Os planos de saúde também são responsabilidade da gestão,


a cobrança faz parte desse trabalho. Essa parte financeira pode ser fei-
ta de variadas formas para ressarcir a instituição dos serviços dados ao
paciente que é beneficiado. Esses são divididos em algumas categorias
em questão: capitation, fee for service e pacotes de serviços.

Procedimentos e percepções de profissionais e grupos


21
atuantes em mercados de planos de saúde no Brasil.
RIBEIRO, J.M et al, Procedimentos e percepções de pro-
fissionais e grupos atuantes em mercados de planos de saúde no
Brasil. Ciência & saúde coletiva, vol.13 n.5, 2018.
Disponível em: < https://www.scielosp.org/article/csc/2008.
v13n5/1477-1487/> Acesso em: 18 de jan. de 2021.
Segmentação da demanda dos planos e seguros privados
de saúde: uma análise das informações da PNAD/98. BAHIA, L. et
al, Segmentação da demanda dos planos e seguros privados de
saúde: uma análise das informações da PNAD/98. Ciênc. saúde co-
letiva, vol.7, n.4, Rio de Janeiro, 2002.
Disponível em: < https://www.scielo.br/scielo.php?pi-
d=S1413-81232002000400006&script=sci_arttext> Acesso em: 18
de jan. de 2021.

Capitation, Fee for Service, Pacotes de Serviços

O capitation é um dos modelos que os hospitais dispõem para


cada paciente que é atendido, assim recebe um valor exato para o plano
de saúde em questão. Portanto, tudo que for feito pela pessoa beneficiada
será pago com esse valor. Nos centros de diagnósticos, é papel da gestão
saber sobre os médicos e quais recursos o cliente irá utilizar, sempre verifi-
cando os custos dados pelo plano de saúde, sem ultrapassar o valor exato
do plano. Desse modo, há alguns riscos e o trabalho da gestão é bastante
importante para que o paciente tenha suas necessidades atendidas, e para
que isso aconteça dentro dos valores e normas estabelecidos. Por isso, é
preciso antes do fim da fatura, um balanceamento dos gastos.
GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

O trabalho interno é necessário diante desse cenário para que


os erros sejam menores e para a conscientização dos profissionais da
clínica frente aos problemas que venham a ocorrer, como, por exemplo,
o preenchimento das fichas de formulários. Portanto, essa é uma das
funcionalidades, a promoção de treinamentos diante das mudanças que
ocorrem nos planos de saúde, e atualizar os médicos responsáveis so-
bre suas futuras responsabilidades.
O fee for service é um sistema que oferece maior serviço de
independência para o hospital ou para a clínica. Nesse serviço, cada
profissional de medicina tem um valor estabelecido que deve ser pago
pela operadora, indo de acordo com cada necessidade de cuidado que
o paciente precisa. Contudo, esse método de pagamento está sendo
trocado por outras opções, pois é observado que, nos hospitais, podem
ter algum tipo de favorecimento financeiro, quando optam por procedi-
22
mento ou sistemas tecnológicos mais caros e desnecessários. Desse
modo, estrategicamente e para se ter mais eficiência, esse trabalho não
tem vantagem para nenhum dos lados, pois pode gerar um aumento
nas diárias do hospital para o paciente.
Por fim, o pacote de serviços, é visto como o modelo mais usado
quando uma operadora do plano de saúde se filia a um hospital ou clínica,
cujos custos são predeterminados para os procedimentos, serviços, diárias
e outros. Assim, os planos de saúde terão uma noção mais concreta do
valor real que precisará ser pago até o final dos custos. Nesse modelo de
pacote de serviços, os riscos e os custos estão mais balanceados entre
os profissionais de serviços de saúde e a instituição clínica. O hospital fica
responsável pelo gerenciamento da assistência que será oferecida ao pa-
ciente, tudo deverá estar conforme o estipulado, pois os preços não podem
ser ultrapassados. Em alguns casos específicos e com justificação aconte-
ce o ressarcimento do custo acima do pacote de serviços, contudo, sempre
deve ser visto como exceção por parte dos profissionais de medicina.

Qualidade nos Serviços

A gestão precisa trabalhar para a compreensão da complexi-


dade e da relevância dos setores, analisar os sistemas de cada serviço,
propiciar mudanças necessárias para a qualidade da assistência. A ges-
tão de serviço de saúde envolve alguns aspectos para um bom desen-
volvimento, quais sejam: controle de custos e de gerenciamento, moni-
toração dos processos, criação de políticas que facilitem os benefícios
dos planos, análises de recursos disponíveis e um bom plano de ação.
Essa é uma das formas para verificar a qualidade do plano
GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

de saúde, que mantém as empresas beneficiadas juridicamente e com


avaliação dos usurários. Por isso, essa avaliação da qualidade dos pla-
nos de saúde, como a avaliação do IDSS (Índice de desempenho da
saúde suplementar) deve ser parte da qualidade para melhorar o hospi-
tal. Entre os aspectos que existem para que isso ocorra, temos:

Atenção em saúde: avalia os cuidados prestados pela operadora com a saú-


de dos pacientes beneficiários, desde a assistência secundária com a rede de
consultórios credenciada até os serviços hospitalares de alta complexidade e
transporte aéreo; operação e estrutura: analisa se todos os processos dentro
da empresa fluem de maneira adequada, desde o cadastro informatizado do
paciente até a fidedignidade do faturamento das contas hospitalares; economia:
é verificado se o setor financeiro dessas empresas têm equilíbrio e eficiência na
gestão de receitas e despesas, ou se está passando por dificuldades para captar
mais recursos; satisfação dos clientes: o paciente é ouvido sobre a aprovação,

23
ou não, do seu plano de saúde. É importante mencionar que não existe uma
satisfação plena por esses serviços, pois o paciente está em situação delicada.
Por isso, é preciso analisar cuidadosamente esses dados (MEDILAB, 2019).

Com essa forma de avaliar o desempenho, mediante IDSS, o


hospital pode analisar qual o melhor plano de saúde. Sendo assim, cada
atendimento passado ao hospital terá um nível acima do esperado prin-
cipalmente no quesito qualidade. Diante disso, poderão demonstrar mais
confiança aos pacientes, pois cada um terá benefício. A gestão de ser-
viços de saúde traz consigo muitos acontecimentos relevantes, e muitas
formas de melhorar as instituições clínicas. Desse modo, cabe à gestão
ter suas primazias, dando importância à assistência à saúde como: redu-
zir custo, trabalhar a qualidade, otimizar os processos. Portanto, é neces-
sário investimento e garantia de qualidade nos serviços de saúde.

A Relevância da Gestão de Operadores de Serviços na Saúde Su-


plementar

Sabe-se que hoje a saúde suplementar é uma área movimen-


tada no que tange aos recursos, mais que o sistema público. Além dis-
so, a população busca por esse meio. Observa-se que essa área ofe-
rece uma grande assistência, sendo assim, as operadoras de saúde
têm um ponto positivo, pois grande parcela das pessoas querem um
atendimento médico privado. A relevância desse trabalho é vista pela
proporção social de prestação de serviços e pelo grande movimento de
valor e aumento de empregos. Entretanto, alguns fatores como o índi-
ce da velhice populacional, as transições epidemiológicas e a inserção
tecnológica, têm causado um aumento nos preços dos planos de saúde.
GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

Com um trabalho vasto, os agentes da saúde suplementar fun-


cionam como uma rede de relacionamento que possui alguns interes-
ses com conflitos. O crescimento dos preços em relação a novos avan-
ços médicos e com a tecnologia crescendo, aumento do trabalho, como
exemplo, para os planos de saúde, alguns exames mais complexos têm
tido um acréscimo grande na planilha financeira.
A qualidade está deixando de ser uma diferença, uma opção,
para se tornar uma obrigação nesse meio, um fator básico para a com-
petição nesse ramo das instituições de saúde. Desse modo, a gestão de
operação nos serviços de saúde, traz um papel fundamental. Para um
bom funcionamento da gestão, ela precisa dar um parecer com o intuito
de informar e facilitar o processo de decisão para sucesso da empresa,
pela significância na promoção de empregos, na renda, na administra-
ção, é necessário ter seriedade.
24
Falar sobre as oportunidades de melhorar dentro do sistema
organizacional é fator fundamental para o trabalho de indicação de de-
sempenho dos serviços. Por intermédio deles são identificados: o que
precisa melhorar, quais problemas existentes causam o mal resultado.
Medir essa ação gera informação que norteia o processo de decisão e
resulta em bons processos.
No Brasil, esse processo de organização de saúde, ainda é visto
por meio de indicadores como internação, consultas, exames, cirurgias,
e às vezes esse meio acaba por não mostrar como é realmente o setor.
Por exemplo, há muita complexidade, que precisa de habilidade, um bom
entendimento, tecnologias, e um bom setor administrativo. É improvável
avaliar o desempenho do todo apenas em pequenas demonstrações.
Para o bom controle, planejamento e aprimoração das compe-
tências, agilidade, tecnologia é fundamental que se tenha uma gestão
focada na parte crítica e de informações ágeis. Para ter noção de como
está a qualidade é necessário olhar o todo, não apenas a parte técnica,
todas as demandas que fazem parte da percepção final do usuário e
qual seu índice satisfatório.

GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

25
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Complete a lacuna,
O _______________ é um dos modelos que os hospitais recebem
para cada paciente que é atendido, assim recebe um valor exato
para o plano de saúde em questão.
A) Fee for service.
B) Particular.
C) Capitation.
D) Pacotes de serviços.

QUESTÃO 2
Complete a lacuna,
O ____________ é um sistema de oferece maior serviço de inde-
pendência para o hospital ou para a clínica.
A) Fee for service.
B) Particular.
C) Capitation.
D) Pacotes de serviços.

QUESTÃO 3
Ano: 2016 Banca: COPEVE-UFAL Órgão: UFAL Prova: Auxiliar em
Administração
“As funções administrativas coordenam e sincronizam as demais
funções (não administrativas) da empresa, pairando acima delas.”
CHIAVENATO, 2015, p. 10 Uma dessas funções, ditas administrati-
vas, trata do relacionamento interpessoal entre os colaboradores
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da organização, em especial entre os gestores e os seus subordi-


nados, buscando que o esforço coletivo dos colaboradores atinja
os objetivos traçados. Assinale a alternativa que indica a função
administrativa de que trata o texto.
A) Direção.
B) Controle.
C) Avaliação.
D) Organização.
E) Planejamento.

QUESTÃO 4
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: ALESE Prova: Analista Legislativo -
Biblioteconomia
Sobre as funções administrativas, considere:
26
I. Uma função administrativa não é uma entidade separada, mas
uma parte integral de uma entidade maior formada de várias fun-
ções que estão relacionadas umas com as outras, bem como com
a entidade maior.
II. Cada uma das funções administrativas repercute na seguinte,
determinando o seu desenvolvimento.
Ocorre que
A) I e II estão incorretas.
B) I e II estão corretas.
C) I está correta; II exacerba a influência de uma função administrativa
sobre outra.
D) II está correta; I vê o processo administrativo como uma cadeia in-
terligada e não como um agregado de funções que concorrem para um
objetivo único.
E) I e II estão incompletas, por não considerarem o aspecto sistêmico
inerente a cada função administrativa.

QUESTÃO 5
Ano: 2016 Banca: COMPERVE Órgão: UFRN Prova: Assistente em
Administração
A organização é uma das funções do processo administrativo que
é desempenhada de forma sistêmica, juntamente com as demais
funções. Como função do processo administrativo, a organização
compreende
A) Toda entidade socialmente construída e dirigida por metas, desenha-
das como sistemas de atividades integradas com o ambiente externo.
B) A disposição de pessoas em grupos que trabalham com o propósito
de alcançar um objetivo determinado institucionalmente, no nível estra-
GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

tégico ou tático.
C) Toda a estrutura de bens e serviços oferecidos à sociedade, garan-
tindo-lhe o atendimento de suas necessidades e das necessidades das
instituições.
D) A disposição de qualquer conjunto de recursos em uma estrutura que
facilite a realização de planos definidos previamente.

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE


Você trabalha em um hospital que não possui gestão dos serviços, po-
rém o sistema tecnológico do setor que você trabalha está atrasando os
demais setores, durante atendimento, por exemplo, o setor que preen-
che ficha de paciente desconfigurou, com isso, atrasou todo o trabalho
da equipe do hospital.
Faltou organização de alguma gestão? A partir do seu conhecimento,
27
disserte sobre o assunto, exemplificando essa situação.

TREINO INÉDITO
Apesar do sistema de gestão ter diversas e minuciosas formas de
trabalho e serviços de saúde, a maioria das tarefas pode aconte-
cer por meio do (a) __________. Portanto elas precisam ser claras
para assim ser passado para o quadro. Dessa forma, é necessário
ressaltar que para cada tarefa é preciso emitir uma documentação
impressa e online para a descrição de cada atividade no horário
certo. Todos esses trabalhos devem estar acessíveis para todos os
profissionais dessa área. Complete com a palavra que falta.
A) Direção.
B) Planejamento.
C) Padronização.
D) Demanda.
E) Chefia.

NA MÍDIA
9 DICAS PARA SER UM BOM GESTOR DE SAÚDE
“De acordo com dados de maio/2018 disponibilizados pelo Cadastro Na-
cional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), no Brasil existem mais
de 320.600 estabelecimentos de saúde nos setores público e privado
cadastrados no Ministério da Saúde. Esse número demonstra a gran-
diosidade da área da saúde e as inúmeras oportunidades para atuar
como Gestor de Saúde.”
Fonte: Ipog blog.
Data: 02 nov. 2020.
Leia a notícia na íntegra:
GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

IPOG BLOG. 9 Dicas para ser um bom gestor de saúde. Blog Ipog,
2018. Disponível em: < https://blog.ipog.edu.br/saude/gestor-de-sau-
de/> Acesso em: 02 nov. de 2020.

NA PRÁTICA
Você chegou para trabalhar na gestão de serviços de saúde de uma clí-
nica, e encontrou diversos problemas, como principais: nos sistemas, nas
comunicações e as demoras no atendimento ao público, no entanto, em
meio a essas demandas ainda não sabe sua forma de atuar ou por onde
começar. Então, a gestão começa pela organização, pensar em maneiras
que resolvam essa falta de comunicação, os problemas tecnológicos e o
atendimento ao público. A Gestão dos Serviços de Saúde tem a responsa-
bilidade de se informar sobre a instituições, dar seguimento a coordenação
dos processos, criação e aplicação de políticas, administrando o trabalho
28
com as finanças, orientando as equipes para o trabalho. Além disso, pro-
porcionar conforto, qualidade e segurança no atendimento com pacientes.

PARA SABER MAIS


Título: Gestão em saúde: 5 pontos fundamentais
Data de publicação: 17/08/2018
Fonte: iClinic -Youtube
Acesso em: ICLINIC. Gestão em saúde: 5 pontos fundamentais. Youtu-
be, 2018. Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=DcTqCV-
c4P-U> Acesso em 02 de nov. 2020.
Título: Gestão de sistemas e serviços de saúde
Data de publicação: 26/04/2018
Fonte: SEAD UFRB
Acesso em: SEAD UFRB. Gestão de sistemas e serviços de saúde.
Youtube, 2018. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?-
v=4A0LWXJrjiw> Acesso em: 02 de nov. de 2020

GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

29
A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO
DOS SERVIÇOS DE SAÚDE
GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

QUAL A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE?

A relevância da gestão de serviços de saúde está ligada a forma


dos processos dentro das instituições para que tenha uma funcionabilida-
de eficiente. A gestão tem como responsabilidade confirmar se todos os
equipamentos estão em ordem e se os trabalhadores têm a capacidade de
atender cada função imposta. Desse modo, é fundamental o exercício da
gestão, e isso pode ser visto na direção da equipe, nos trabalhos de aten-
ção ao público, na orientação dos profissionais e na aplicação de técnica
humanizada. Além disso, a gestão de saúde é muito importante pois par-
ticipa da verificação de questões das finanças, segurança na redução dos
gastos e melhoria no êxito do trabalho. Portanto, esse trabalho é essencial
para a saúde, pois o auxílio proposto para identificar os problemas e dar
3030
direção ao crescimento do empreendimento hospitalar é gratificante.

Assista ao vídeo do Curso Livre Gestão em Saúde | Aula


01 - A importância da Gestão em Saúde. CENTER, A. C Camargo
Câncer. A importância da Gestão em Saúde. Youtube, 2020.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=UT-
sXoONnQ2E > Acesso em: 07 de nov. de 2020.

GESTOR DOS SERVIÇOS DE SAÚDE: CARACTERÍSTICAS E FUN-


ÇÕES

As políticas de saúde no Brasil passaram a ser organizadas em


meados do século XIX e no início do XX, com serviços de saneamento e
combate às endemias, que ficou conhecido como um período sanitarista
campanhista, existente na década de 1940 (MÉDICE, 1994). Em 1923,
por meio da lei de Elói Chaves nasceram as caixas de aposentadorias
e pensões, e no ano de 1930 foram desenvolvidos institutos de apo-
sentadoria e pensão (BRASIL, 1923). Esses fatos ocorreram no início
dos serviços de assistência médica avançada, sobretudo, nos serviços
previdenciários para que diminuíssem a tensão social e controlassem
a força de trabalho. Os serviços de ação coletiva permaneceram sob
função do Ministério da Saúde, que surgiu em 1953, e as de natureza
singular cresciam sob o amparo da instituição previdenciária.
GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

No ano de 1970, houve um predomínio em assistência médica


individual com fomento a privatizar os serviços e o desenvolvimento
das atividades hospitalares (MENDES, 1993). No ano de 1974 surgiu o
Ministério da Previdência e Assistência Social. Entre 1970 e 1980 a taxa
de brasileiros que passou por internação subiu de 2,9% para 9,7%. Des-
sa forma, um modelo com característica e ênfase à assistência médica
individualizada e hospitalar.
Em 1976 surgiu o CEBES (Centro Brasileiro de Estudos de Saú-
de) que marcou o começo de um movimento político e intelectual, MRSB
(Movimento da Reforma Sanitária Brasileira), foi uma crítica ao modelo
atual, e a sua proposta era um trabalho novo com ênfase na assistência
primária da saúde. Dessa forma, foi realizada a 8ª Conferência Nacional
de Saúde, em 1986, sendo as suas sugestões acatadas pela Constituição
Federativa de 1988, e na sequência as leis orgânicas da saúde, que deram
31
início à criação do SUS (PAULUS JUNIOR & CORDONI JUNIOR, 2006).
A Constituição Federal de 1988 trouxe um novo olhar para a saú-
de no Brasil, estabelecendo-o como direito de todos. Uma obrigação da
constituição e de todas as esferas do governo, antes era apenas da União
e do trabalhador que tinha condições de pagar. O conceito de saúde foi
amplificado e ligado às políticas econômicas e às políticas sociais. A assis-
tência passou a ser trabalhada como modelo de prevenção e cura. Foi de-
finida a gestão participativa como relevante para o aperfeiçoamento, como
as formas de comando e as finanças únicas para as esferas de governo:

O Sistema Único de Saúde (SUS) como produto de uma reforma setorial con-
temporânea e em construção, tem seus fundamentos doutrinários inspirados
na democratização da sociedade, e, apesar de suas diretrizes representarem
um ideário a ser conquistado, muitos são os avanços já alcançados. Entre-
tanto, desde a sua implantação, o SUS vem enfrentando as consequências
da não implementação do que foi aprovado na Constituição Federal de 1988,
em especial no que se refere à garantia dos mecanismos de financiamento
do sistema e os problemas decorrentes da crise Financeira provocada pelo
crescimento dos custos setoriais e dos mecanismos mundiais de ajuste fiscal
que vêm afetando duramente as políticas sociais, principalmente nos países
periféricos (BRIZOLA, 2010, P.13).

Desse modo, quando o assunto é a organização dos serviços


de saúde no contexto brasileiro, ainda é predominante o modelo de
atenção hospitalar. Nesses lugares estão concentrados os maiores re-
cursos financeiros, humanos, tecnológicos, materiais disponíveis e que
é preciso para prestar serviço de maior resolução para a saúde. Em se-
guimento, a área hospitalar consome a mais elevada parte da capacida-
de de financiamento do conjunto, apresentando a entrada para o SUS,
GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

consequentemente, para os problemas que são enfrentados pela saúde


e que a rede básica, por suas razões, não conseguiu resolver. Muitos
recursos são aplicados na saúde pública e a maioria deles são destina-
dos a serviços hospitalares. Contudo, a rede hospitalar brasileira ainda
apresenta baixa eficiência, em especial, a rede pública, e isso vem au-
mentando nas últimas décadas (LA FORGIA & COUTTOLENC, 2009).
O sistema implantado e a gestão do SUS foram vistos desde a
década de 1990, quando a saúde passou a ser um direito de todos e de-
ver do estado, segundo a Constituição Federativa de 1988. Durante essa
década tiveram inúmeros benefícios do ministério da saúde relacionados
à universalidade da atenção básica, desenvolvimentos e instalações dos
serviços de saúde para atenção primária, secundaria e terciária. No iní-
cio, o SUS tinha como proposta instituir uma rede de regionalização e hie-
rarquização dos serviços, dessa forma, daria a possibilidade de distribuir
32
em alguns territórios uma forma de garantia de atendimento integral às
pessoas, diminuindo desintegração da demanda por serviços em saúde.
Alguns estudos têm visto a saúde como um fator fundamen-
tal com o qual as pessoas tendem a se preocupar, ficando para trás
apenas em alguns contextos ou países, em relação à economia e a
questões de sobrevivência, como o fator de não estar trabalhando ou
não ter dinheiro suficiente para se manter. Esse fato entrelaça as ações
e serviços da saúde e a política, para que assim, assumam mais essa
questão na contemporaneidade.
A OMS (Organização Mundial da Saúde), revela que, para suprir
as necessidades da população, é preciso uma garantia de proteção, pro-
moção e recuperação na questão de saúde. Nos EUA (Estados Unidos
da América), a tabela de gasto com a saúde é por volta de 16% do PIB
(Produto Interno Bruto), sendo uma das relevâncias internas no país.
No Brasil, a espera e a insatisfação por bons serviços de saúde
só aumentam, e as queixas se tornam pautas principais. Em setembro
de 2010, uma pesquisa envolvendo oito dos maiores estados brasilei-
ros mostrou que a saúde é o principal problema, 32,8% na média dos
estados, sendo 54% no Distrito Federal e 25% em Pernambuco. Em se-
gundo lugar foi citada a segurança com 23,2%, em média, e, em terceiro
lugar, a educação com 10%, em média (WESTIN, 2010).

Assista ao vídeo Gestão hospitalar – gestão de custos e da


qualidade. LEMINSKI, A. Gestão hospitalar – gestão de custos e da
GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

qualidade. Youtube, 2017.


Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=ayt-
jEGQxdZM > Acesso em: 16 de nov. de 2020.

Apesar desses estudos não serem frutos de uma avaliação


com eficácia e eficiência dos serviços de saúde, mostra o que a popu-
lação em geral pensa e percebe, o que gera um importante indicativo
para todos os envolvidos na questão de melhora de políticas e práticas
da saúde, na profissão, na educação em saúde, na gestão, no governo,
na instituição de saúde e na comunicação da saúde.
As vulnerabilidades da gestão e do subfinanciamento tem fei-
to surgir problemas importantes em algumas análises de estudantes e
gestores. No quesito subfinanciamento tem encontrado um destaque
que é a diminuição de participação do setor público nos custos de saú-
33
de no Brasil. Em alguns anos anteriores era visto que “o setor de saúde
pública cobria no ano de 1995, o setor público cobria 62% e o privado
38% do total de gastos com saúde, enquanto, em 2009, o gasto público
caiu para 47% e o privado assumiu 53% dos gastos” (WESTIN, 2010).
No Brasil, há muitas críticas em relação à gestão em saúde,
elas são numerosas, variadas e revelam a dimensão dos problemas que
precisam ser enfrentados. Na área hospitalar pode ser observada uma
existência de várias instituições de saúde com grande vulnerabilidade na
gerência e que não atendem ou oferecem um sistema assistencial reso-
lutivo, otimizado e adequado, no quesito qualidade de serviços ofertados.
De todas as instituições modernas, a área hospitalar é vista
como uma das mais complicadas para mudança, por causa da dificul-
dade de interação entre os profissionais e os setores, há espaços frag-
mentados nessa prática, um grande trabalho dos usuários pelos servi-
ços e um governo pequeno na gestão, que atue na corporação. O setor
hospitalar poderia ser considerado um mistério na gerência moderna,
pois ainda hoje há pontos a serem desvendados na sua reprodução:

A gestão/administração em saúde pode ser definida como o conhecimento


aplicado no manejo do complexo das organizações de saúde, envolvendo a
gerência de redes, esferas públicas de saúde, hospitais, laboratórios, clínicas
e demais instituições e serviços de saúde. Abrange três grandes dimensões
altamente complexas: os espaços dos cuidados diretos - singulares e multi-
profissionais; as diversas instituições de saúde; e a exigência da formação
e operação de redes de serviços de saúde para uma assistência universal,
integral, equânime, de qualidade e eficiente para as necessidades de saúde
da população (CECÍLIO, 2009, p. 551).

“É cotidiana a certificação de que a gestão em saúde se baseia


GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

em estratégias e métodos tradicionais, oriundos da teoria da administra-


ção”. (MATOS & PIRES, 2006 p.1). No Brasil, em meados dos anos 1980,
com o surgimento da Constituição Federativa de 1988, e a promulgação
do SUS (Sistema Único de Saúde), os serviços e ações de saúde foram
tidos como políticas públicas e a saúde como um direito de todos e dever
do Estado. A importância da agenda em relação à saúde na sociedade
brasileira e a questão da gestão, são considerados temas desafiantes
para o setor situacional da saúde. “Dessa forma, construir novas formas
de gestão na área da saúde, fundadas na participação, práticas coope-
rativas e interdisciplinares onde trabalhadores e usuários atuem como
sujeitos ativos, permanece como desafio” (MATOS & PIRES, 2006, p.1).
A gestão do SUS é representada pelo poder executivo em três
esferas, cada setor tem sua própria forma de organizar o trabalho, ge-
renciar variados cargos de direção, participação da gestão, de acor-
34
do com a regulamentação. “A Norma Operacional Básica (NOB-SUS
01/1996) define que a gestão seria a responsabilidade de dirigir um
sistema de saúde (unidade ou órgão de saúde –ambulatório, hospital,
instituto, fundação entre outros, caracterizando-se como prestador de
serviços ao sistema de saúde)” (Paiva et.al, 2018, p.1). Apresentamos
o quadro a seguir sobre gestão, que perpassa grandes estudos com
grande responsabilidade, como o de garantir que a clínica funcione.
Relacionados aos estudos que versam sobre as competências
gerenciais, pode-se observar alguns pontos característicos referentes ao
assunto, como: trabalho em equipe, visão global, comunicação ativa, co-
ordenação, planejamento, negociação, flexibilidade. Também são encon-
tradas as dificuldades por gestor no seu trabalho, como: planejamento
fracionado nos serviços de saúde, treinamento que não é suficiente, falta
de recursos financeiros, estrutura inapropriada, ambiente complexo.
Compreende-se que cada empresa na fase inicial passa pelo
planejamento da organização, estratégia e operação, para responsabi-
lidade da gestão. A fase de planejamento é muito importante para orga-
nizar o trabalho e prever o que é mais urgente, preparar o que não está
planejado e dar auxílio ao projeto de planos de ação, melhorando os
processos e priorizando um rápido resultado.
Por conseguinte, no papel da função de gerência dos serviços
de saúde, é preciso que, para ter qualidade, esses serviços ofertados
ao público, seja trabalhado sobre três aspectos: o processo organiza-
cional, que gera uma forma de organizar o gerenciamento; a política,
que está ligada ao processo final do trabalho e, por fim, a fase de moni-
torar e avaliar o trabalho.
O gestor é responsável pela parte física das instituições de saú-
de, como instalação, integração dos trabalhadores, acompanhamento
GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

as tarefas e monitoração dos indicadores e das metas, além de mediar


conflitos que possam surgir. A decisão não pode acontecer de qualquer
forma, a gestão deve estar baseada no processo de ordem, método
e estrutura, que envolve um estudo-problema a partir da pesquisa, da
informação e do desenvolvimento da proposta e da solução das deci-
sões com consciência. Outro fator de atributo no trabalho do dirigente
da saúde é a sua forma de negociação, ou seja, mediar a relação para
estimular uma gestão compartilhada do serviço de saúde.
Há várias ações esperadas para uma gestão, como a forma de
se comunicar, que envolve a parte de informação, a parte do sistema de
informações com rapidez, produção de relatórios e ações para melhorar as
informações sobre saúde. A definição do papel do gestor dos serviços de
saúde é um fato ainda a ser desvencilhado. Desse modo, ainda há uma au-
sência de instituição e, diante disso, uma indeterminação da função. Con-
35
tudo, há um problema de formação na profissão, criando um empecilho na
gestão da saúde. Hoje, muitas pessoas ocupam esse cargo, contudo, a
maioria não tem um curso capacitado na área para exercer tal função.
Alguns autores relatam o problema, na falta de definir o pa-
pel da gestão, o que acaba gerando desconforto para o trabalhador na
gerência dos serviços de saúde, referente às suas responsabilidades,
sobrecargas profissionais e tarefas. Além disso, há falta de instituição
da profissão para execução da função na gerência, o que leva ao com-
prometimento do serviço organizado.
Ademais, outros fatores além da ausência de capacitação dos
profissionais, são encarados pela gestão, como a demora para imple-
mentar as tecnologias de informação e o processo inovador da gestão
de trabalho, a estrutura não adequada, a falta de planejamento e a falta
de autonomia. Desse modo, para enfrentar esses problemas, a gestão
precisa saber trabalhar em equipe, de forma que desenvolva melhores
conhecimentos e habilidades com o grupo.
Para isso, é preciso um aprimoramento das suas competências
na profissão, articulando com todos e fazendo uma gestão democrática.
Tendo o apoio da instituição para uma gestão para todos e uma educação
permanente que visa a gestão de pessoas, mediação de conflitos, plane-
jamentos com estratégia, qualidade dos serviços passados. Nos serviços
de saúde são encontrados três níveis de atenção, contudo, são separados
e não possuem uma coordenação entre eles, daí surgem problemas na
promoção e continuação dos serviços na rede. Entretanto, a má formação
do profissional é vista como um problema para área de gestão em saúde,
acarretando falta de planejamento e dificuldade com o trabalho financeiro.
GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

INFORMAÇÕES E GESTÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE

No âmbito nacional, sabe-se da relevância das informações e,


quando o assunto é epidemiologia, o planejamento e a avaliação dos
serviços de saúde mais ainda. O uso de informações sobre epidemiolo-
gia na gestão dos serviços de saúde é acentuado, pois no trabalho de
ações nos municípios é uma ferramenta importante para as políticas
públicas. Contudo, as informações estão restringindo a resposta diag-
nostica ou o plano municipal de saúde que, por algumas vezes, não ser-
vem para programar as ações. Assim, há a limitação das informações
de epidemiologia sobre metas e prioridade no contexto da saúde, e na
forma de avaliar a qualidade nos serviços.
Considerando esses sistemas de informação da saúde, pode-
-se observar que há uma divisão sobre a epidemiologia e os programas
36
de gerência nos serviços de saúde. Há oposição de informação epide-
miológica, e o gerenciamento dos serviços de saúde tem explicações
em pontos históricos, que se relacionam com as formas de organização
dos serviços de saúde no país. Mesmo com o SUS sendo criado o mo-
delo dos serviços de saúde que existe não é consistente. Dessa forma,
no processo de alteração e de unificação das antigas estruturas não
estão inseridas atualidades nas práticas de gerências dos serviços.
Desse modo, é necessário lembrar que o sistema de informa-
ção de gerência e epidemiologia são diferentes. Na parte da informação
da epidemiologia o processo de coletar os dados da população e o ato
de informar são mais precisos e com uma qualidade mais alta e mais
detalhes para a descrição tanto da parte de mortes, de nascimentos,
das enfermidades e dos agravos.
O processo de sistema de informação da gerência dos serviços
de saúde mostra a parte da informação sobre a quantidade, lugar e qual
tipo de serviço de saúde, quem realizou e o gasto operacional, com
base nas coletas de dados dos serviços de saúde. Desse modo, pode-
-se apresentar o modelo de instituição mais utilizado na fase de reservar
os recursos, com duas fases de avaliar, o produzido e o programado,
sem contar com os elementos mencionados enquanto parte do sistema
de informação de gerência, pois na tomada de decisão é preciso ter
consideração da parte epidemiológica.
Outro ponto importante refere-se à informação da gerência no
SIH e no SAI-SUS (Sistemas de abrangência nacional), que resgatam
apenas dados gerados dos serviços de saúde que são parte do istema
único de saúde, e a informação é apenas sobre as pessoas que usam
esses serviços, o que traz dificuldades. Dessa forma, há a compreen-
são da disponibilidade e dos gastos totais dos serviços de saúde que
GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

existem em todo território nacional, estadual e municipal.

Assista ao vídeo Conceitos e Ferramentas da Epidemiolo-


gia - Sistema de Informações em Saúde (SIS). UNASUS, Ufsc. Con-
ceitos e Ferramentas da Epidemiologia - Sistema de Informações
em Saúde (SIS). Youtube, 2011.
Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=nAC-
SaI4fEK4> Acesso em: 07 de nov. de 2020.

Na fase municipal há a necessidade de descentralizar a pro-


37
dução da gerência e analisar as informações, possibilitando ao polo
municipal assumir o papel de gestor dos serviços de saúde. Contudo,
essa fase pode fortalecer esse tipo de prática institucional na tomada
de decisão. É importante frisar a necessidade de adiantar as produções
de informação de gerência do Sistema Único de Saúde em nível esta-
dual e municipal, pois se fundam em base para o repasse dos recursos
financeiros do sistema. Desse modo, a informação que se destina aos
programas locais da saúde acaba ficando em segunda opção, pois a
prioridade é a informação sobre garantia de repasse financeiro:

Algumas propostas de sistemas de informações locais vêm incorporando in-


dicadores epidemiológicos e sociais, porém elas têm encontrado dificuldades
de compatibilização na agregação das informações existentes nos diferentes
sistemas. A base de dados dos diversos sistemas reflete a operação dos ser-
viços nos quais as informações são geradas ou as divisões administrativas
existentes, que nem sempre são compatíveis entre si. Um exemplo deste
tipo de dificuldade são os dados sobre o abastecimento de água, disponíveis
em função das bacias hidrográficas que alimentam o sistema, não existem
informações sobre o número de domicílios com água encanada, discrimina-
das por distritos do Município de São Paulo ou mesmo por municípios, para
algumas áreas do Estado. No momento, este se constitui em um dos prin-
cipais entraves para a incorporação de informações mais abrangentes nos
sistemas de informação em saúde (ALMEIDA, 1995, p.1).

Outro ponto relevante é a definição de quais informações devem


restringir-se ao local ou município e quais devem fazer parte do sistema de
informação que abrange o estado ou todo âmbito nacional. Vale ressaltar a
relevância da compatibilização conceitual e metodológica nos variados ní-
veis de hierarquia nesses sistemas, e também a necessidade de organiza-
ção dos fluxos com maior agilidade e acesso aos dados (ALMEIDA, 1995).
GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

Esses fatores revelam que, apesar de serem pouco utilizados,


os indicadores da epidemiologia são fundamentais para a programação
da saúde, pois os dados servem para construir e recuperar as informa-
ções que se tem sobre a população em geral, não ficando restrito ape-
nas ao público do Sistema Único de Saúde. Mediante essas informa-
ções, há a compreensão do modelo de assistência e seus problemas,
colaborando para a reorientação: onde e quando, se for necessário. É
importante ressaltar que as informações epidemiológicas servem tam-
bém para avaliar a qualidade dos serviços de saúde, contribuindo para
identificar e corrigir pontos no quesito atenção à saúde.

38
AVALIAÇÃO E GESTÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE

A gestão dos serviços de saúde é uma prática do setor de ad-


ministração e tem como propósito otimizar o funcionamento da organi-
zação, que tenha como forma a obtenção do máximo de competência,
relacionado ao produto e aos recursos empregados, que seja eficaz,
atingindo as propostas estabelecidas, que seja efetivo, resolvendo os
problemas. Dessa forma, a gestão usa conhecimento, técnica e proce-
dimento, permitindo um bom condicionamento para funcionar e atingir
os objetivos definidos. A proposta de avaliação é uma faceta importante
e fundamental para apoiar a gestão, por sua capacidade de aprimorar a
qualidade da tomada de decisão. Contudo, seu uso ainda é principiante
na gestão dos serviços de saúde.
Um empecilho para utilizar com abrangência a avaliação para
tomada de decisão dos serviços de saúde é que para ser implementado
precisa de tema e recurso, o que gera dificuldade frente a problemas
relacionados à saúde da população, sendo assim, apenas um conheci-
mento prévio, que passa por avaliações ou que foi planejado, servindo
no processo de contribuição de tomada de decisão.
A competência da avaliação para contribuição do aperfeiço-
amento nessa ação de desfecho da saúde se compara a um campo
complexo, que tem como característica múltiplos fatores que estão re-
lacionados à doença e à saúde, por isso, essa construção é cheia de
características, e se regra nos próprios princípios para gerar resultados
aguardados na saúde populacional.
GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

Leia sobre o artigo: Modelo para avaliação da gestão de re-


cursos humanos em saúde e se inteire mais no assunto. SCALCO,
S.V et al. Modelo para avaliação da gestão de recursos humanos
em saúde e se inteire mais no assunto. Cad. Saúde Pública, vol.6,
n.3, Rio de Janeiro Mar. 2010.
Disponível em: < https://www.scielo.br/scielo.php?pi-
d=S0102-311X2010000300017&script=sci_arttext&tlng=pt >Acesso
em: 18 de jan. de 2021.

Tratar a gestão dos serviços de saúde se configura como um de-


safio, pois são formas organizacionais complexas e variadas e necessita
39
de profissionais e tecnologias organizadas para a atenção à saúde popu-
lacional. Contudo, são objetos que propõem desafiar categorias e dificultar
as análises, tendo como proposito a identificação e mensuração, podendo
impactar a relação dos problemas de saúde de alguma população.
A gestão dos serviços de saúde precisa trabalhar em torno
tanto de demandas internas como da parte de organizações e funcio-
namento de serviço, como demandas externas, o papel no sistema de
saúde e como isso propicia impacto na saúde da população. Isso é pa-
pel da área de política, gestão e planejamento e que, na área da saúde
coletiva, se expõe de forma mais clara com saberes e práticas do cam-
po, isto é, o que é produzido se refere aos problemas e desafios postos
pelos sujeitos nas suas políticas e em certos contextos históricos.
“A avaliação para a gestão de serviços de saúde é um processo
técnico-administrativo e político de julgamento do valor ou mérito de algo,
para subsidiar a tomada de decisão no cotidiano, o que significa produ-
zir informações capazes de apoiar uma intervenção de forma oportuna”
(TANAKA & MELO, 2008). Tem como sabe a disposição de ferramentas
e procedimentos de pesquisa na sua convicção, formação e efetivação.

A avaliação da Gestão dos Serviços de Saúde tem origem no momento em


que há a identificação de uma situação circunscrita, identificada como proble-
ma, a partir da definição do propósito. Isto significa que a avaliação deve ser
compreendida como um instrumento ou ferramenta da gestão para enfrentar
e resolver um problema do serviço ou do programa de saúde, ou seja, tem
por finalidade propiciar um processo de decisão oportuno no tempo, com
confiabilidade e abrangência de informações, segundo objetivos das distintas
audiências (TANAKA & MELO, 2008, p.1).

Esse processo de avaliação tem que ter um objetivo funda-


GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

mental para realizar essa fase com tempo e com o recuso disponível,
independendo se processo seja simplificado, mesmo que precise limitar
o estudo, a precisão e os resultados, conservando o básico, a contribui-
ção e implementação da tomada de decisão. Para que esse processo
de avaliação da gestão dos serviços de saúde venha atingir seu objetivo
é preciso alguns princípios essenciais nesse caminho, tais como:

Utilidade: a avaliação para a gestão de serviços de saúde tem como funda-


mento central a sua utilidade no funcionamento dos serviços de saúde. Ela
tem que subsidiar tomadas de decisão que tragam soluções aos problemas
dos serviços que estão impedindo atingir os objetivos fixados ou que estão
dificultando a obtenção de um maior impacto na saúde da população; Oportu-
nidade: a avaliação tem que ser feita em tempo para que os seus resultados
possam ser utilizados na tomada de decisão, ou seja, o prazo para a sua exe-
cução vai ser o tempo existente entre a demanda da avaliação e o momento

40
da tomada de decisão; Factibilidade: a avaliação tem que ser não somente
viável em termos técnicos, econômicos e políticos, mas também tem que ter a
capacidade de produzir os efeitos esperados das decisões tomadas, ou seja,
tem que ser pragmática em termos de fazer escolhas viáveis e sobre as quais
tenha governabilidade; Confiabilidade: como um processo que visa subsidiar
tanto a tomada de decisão como a sua implementação, a avaliação tem que
ser revestida de racionalidade, coerência e consistência a fim de que ela pos-
sa ser considerada válida e aceita por todos aqueles que estão envolvidos na
decisão e na sua execução; Objetividade: considerando a existência de limites
para a sua realização, a avaliação para a gestão deve buscar o melhor conhe-
cimento e o maior aprofundamento possível dentro do tempo e dos recursos
disponíveis. Isso significa que, nessas condições, a obtenção da maior contri-
buição possível para a tomada de decisão é mais importante que a busca de
uma maior validade da avaliação; Direcionalidade: a avaliação para a gestão
de serviços de saúde tem que conduzir, em todos os espaços possíveis, as es-
colhas na direção da resolução dos problemas que deram origem ao processo
avaliativo, da satisfação das necessidades da população e da implementação
das políticas do setor (TANAKA & TAMAK ,2012, p.823)

Fornecer informações em tempo preciso para a gestão é es-


sencial para a melhora qualitativa das deliberações. Se por acaso existir
um entendimento que veio por meio dos estudos, pesquisas e avalia-
ções, o processo será feito por esse pensamento e será utilizado pela
ação de decisão. Se não tiver, é necessário constituir um processo que
avalie e seja mais preciso com tempo certo e com recurso disponível.
No dia a dia dos serviços de saúde há um ponto essencial para
solucionar problemas de saúde populacional ou sobre a satisfação das
demandas dos clientes para tomar decisão. Dessa forma, é preciso dar
soluções para as situações que são vivenciadas pela gestão. Acontece
que as avaliações são realizadas mais rapidamente, utilizam informa-
GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

ção e conhecimento disponível, instrumentos metodológicos e se ade-


quam ao tempo e recursos que já existem, que reduzam e simplifiquem
elementos para servirem de estudos e, além disso, obtenham um nível
de confiança diante dos resultados suficientes para tomada de decisão.
A avaliação da gestão dos serviços de saúde tem um funda-
mento principal que é a melhora das taxas de saúde populacional, dian-
te do desenvolver dos processos de avaliação, que incluem os objetivos
dos serviços de saúde e o que é necessário para a saúde das pessoas.
“A avaliação das ações e serviços de saúde em especial de organiza-
ção complexa como um hospital, ainda mais de ensino, requer o uso de
indicadores confiáveis e sensíveis” (Bittar, 2001, p.1).

Segundo Marino (1998) indicadores de saúde são os elementos concretos


ou evidências que indicam a medida de sucesso ou fracasso do programa,

41
projeto ou ação que está sendo avaliada em relação aos seus resultados es-
perados. São observáveis na realidade, devem ser pré-definidos e vão orien-
tar a escolha de métodos de coleta de dados ou informações no processo de
avaliação (MARINO, 1998, p.1).

De um modo mais preciso, Bittar (2001, p.1) “define indicado-


res de saúde como unidades de medidas padronizadas que servem de
referência para avaliação em termos de quantidade ou qualidade, relati-
vas às diversas dimensões organizacionais, podendo ser uma taxa, um
índice, um número absoluto ou um fato”.

Leia sobre o artigo: Modelo de avaliação da gestão muni-


cipal para o planejamento em saúde. BERRET, I.Q et al. Modelo de
avaliação da gestão municipal para o planejamento em saúde. Cad.
Saúde Pública, vol.27, n.11, 2011.
Disponível em: < Modelo de avaliação da gestão municipal
para o planejamento em saúde> Acesso em: 25 de jan. de 2021.

Esse modelo é uma forma de contribuição para obter resulta-


dos precisos no contexto da saúde dos usuários, portanto, para acon-
tecer essa fase de tomada de decisão, a avaliação deve ocorrer em
relação aos fatores de maior necessidade, respeitando e priorizando a
política de saúde do país.
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42
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: Câmara de Cabo de
Santo Agostinho - PE Prova: Recepcionista
As interações entre as pessoas são extremamente dinâmicas e ne-
las os desejos de cada indivíduo refletem em suas ações. Pensan-
do nisso, os estilos de liderança dependerão da forma com que as
pessoas recebem novas ideias e objetivos, ou como se relacionam
com as outras pessoas. Existem três tipos de liderança: Autocráti-
ca, Democrática e Liberal. Sobre esses tipos de liderança, assinale
a alternativa correta.
A) Na liderança Liberal, a divisão do trabalho é realizada pelo líder e ele
escolhe a tarefa que cada um irá desenvolver e qual será seu compa-
nheiro de trabalho.
B) Na liderança Autocrática, na programação dos trabalhos, a participação
do líder no debate é limitada, apresentando apenas alternativas ao grupo.
C) Na liderança Democrática, a participação do líder é realizada de for-
ma objetiva. Ele estimula seus liderados com fatos, elogios ou críticas,
procurando ser um membro normal do grupo.
D) Na liderança Autocrática, na tomada de decisões, as diretrizes são
debatidas e decididas pelo grupo que é estimulado e assistido pelo líder.

QUESTÃO 2
Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: UFFS Prova: Assisten-
te em Administração
Embora existam vários tipos de lideranças, nas organizações coopera-
tivas, os líderes têm um papel de suma importância, trabalhando para
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A) Assumir o lugar à frente da equipe com otimismo, abrigar as emo-


ções dos outros e tornar todo o trabalho interessante.
B) Motivar a equipe de trabalho, articular estratégias com os coopera-
dos e buscar soluções de melhorias de processos.
C) Atrair as pessoas para o grupo, fazer com que se sintam queridas,
ouvidas e admiradas e apoiar e valorizar os funcionários.
D) Conectar indivíduos de seus contatos, enxergar o que há de melhor
nos outros e construir equipes talentosas com pessoas diferentes.
E) Descobrir como explorar os pontos fortes de cada um, aprender a
partir de tudo o que faz e tomar decisões mais acertadas.

QUESTÃO 3
Ano: 2019 Banca: IDECAN Órgão: IF-PB Prova: Assistente de Aluno
Segundo Chiavenato, a liderança é necessária em todos os tipos
43
de organização humana. São considerados conceitos sobre lide-
rança, exceto:
A) Influência pessoal exercida em uma situação e dirigida por meio do
processo de comunicação humana à consecução de um ou mais obje-
tivos específicos.
B) Fenômeno social que ocorre exclusivamente em grupos sociais.
C) Capacidade de influenciar as pessoas a fazerem o que devem.
D) Força psicológica que envolve conceitos como poder e autoridade.
E) Sua definição envolve duas dimensões: a primeira é a capacidade
presumida de motivar as pessoas a fazerem o que precisa ser feito; a
segunda, é a tendência dos seguidores de seguirem quem eles perce-
bem como instrumentais para satisfazerem os seus próprios objetivos
pessoais e necessidades.

QUESTÃO 4
Ano: 2016 Banca: IF-CE Órgão: IF-CE Prova: Tecnólogo - Gestão
Financeira
A principal atividade de um gestor ou líder é a de conduzir pes-
soas, de forma que elas possam oferecer seu máximo, ou seja,
lidar com pessoas com pensamentos, ações, estilos e formações
diversos e, mesmo assim, conseguir os melhores resultados. De
acordo com os tipos de liderança, associe os seguintes conceitos
às suas características essenciais. Conceitos:
1. Liderança autocrática
2. Liderança liberal
3. Liderança democrática
4. Liderança carismática
Características
GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

( ) Orientada para pessoas, permite ampla participação na tomada


de decisão.
( ) Maior centralização na tomada de decisão.
( ) Inspiradora, tem seguidores fiéis.
( ) Laissez-faire.
A sequência correta é
A) 3 – 1 – 4 – 2.
B) 3 – 1 – 2 – 4.
C) 2 – 3 – 4 – 1.
D) 2 – 1 – 3 – 4.
E) 1 – 2 – 4 – 3.

QUESTÃO 5
Ano: 2018 Banca: INAZ do Pará Órgão: CRF-PE Prova: Analista -
44
Gestão de Pessoas
Os tipos de lideranças articulam-se em meio à combinação de dis-
tintos tipos de influência. Entre eles, temos um que no sentido da
influência preconiza: “relação de influência determinada pelas ca-
racterísticas pessoais de quem participa de um sistema social e
que é reconhecida e aceita pelos demais membros”. A que tipo
liderança se relaciona esse poder de influência?
A) Liderança formal e legítima.
B) Liderança formal e ilegítima.
C) Liderança informal e legítima.
D) Liderança informal e ilegítima.
E) Liderança formal e provisória.

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE


Há várias ações esperadas para uma gestão, como a forma de se co-
municar, que envolve a parte de informação, a parte do sistema de infor-
mações com rapidez, produção de relatórios e ações para melhorar as
informações sobre saúde. Com base nesse tema, qual a importância para
a saúde da gestão de serviços de saúde? Disserte sobre esse assunto.

TREINO INÉDITO
Relacionados aos estudos que falam sobre as competências geren-
ciais, pode-se observar alguns pontos característicos referentes a
esse assunto, como: trabalho em equipe, visão global, comunica-
ção ativa, ____________, planejamento, negociação, flexibilidade.
Complete de acordo com a palavra certa.
A) Valorização.
B) Coordenação.
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C) Ação.
D) Nomeação.
E) Função.

NA MÍDIA
CONHEÇA A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO EM SAÚDE PÚBLICA
“Seja no sistema público ou privado, um gestor de saúde precisa estar
apto a desenvolver várias atribuições importantes, que no final contri-
buem exclusivamente para a necessidade e satisfação dos usuários.
Especialmente quando falamos em saúde pública, a preocupação é ain-
da maior, já que a demanda de atendimento cresce exponencialmente.
Gerenciar gastos, materiais, processos e manter uma supervisão rigo-
rosa de ações é essencial para contribuir com o desenvolvimento social
e a qualidade de vida.”
45
Fonte: Trecsson business school
Data: 10 nov. 2020.
Leia a notícia na íntegra:
TRECSSON, B. S. Conheça a importância da gestão em saúde públi-
ca. Trecsson, 2018. Disponível em: < https://www.trecsson.com.br/blog/
cursos/conheca-a-importancia-da-gestao-em-saude-publica> Acesso
em: 10 nov. de 2020.

NA PRÁTICA
O uso de informações sobre epidemiologia na gestão dos serviços de
saúde é acentuado, pois no trabalho de ações nos municípios é uma
ferramenta importante para ser usada nas políticas públicas na localida-
de. Por exemplo, as informações epidemiológicas referentes ao mosqui-
to da dengue. As informações passadas para a população local sobre o
mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças, como dengue, zika e
chikungunya, são essenciais, para que se tenham visões sobre a ação
para combater o mosquito e eliminar locais que acumulam água parada,
como pneus, pratinhos de planta, vasilhas de cachorros e garrafas vazias.

PARA SABER MAIS


Título: Cirurgião fala sobre a importância da gestão de saúde
Data de publicação: 15/05/2016
Fonte: Tv cidade verde -Youtube
Acesso em: TV CIDADE VERDE. Cirurgião fala sobre a importância da
gestão de saúde. Youtube, 2016. Disponível em:< https://www.youtube.
com/watch?v=0msvFGeNmbg > Acesso em 10 de nov. 2020.
Título: Gestão de saúde
Data de publicação: 17/04/2012
GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

Fonte: Fundação Dom Cabral


SOUZA, O. Gestão de saúde. Youtube, 2012. Disponível em: < https://www.
youtube.com/watch?v=RHcHJhvBb_M> Acesso em: 10 de nov. de 2020

46
PRINCIPAIS SUBÁREAS DE ATUAÇÃO
DENTRO DA GESTÃO DE SERVIÇOS DE
SAÚDE
GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

CONHECENDO ALGUNS ASPECTOS DA GESTÃO DE SAÚDE PÚ-


BLICA

A gestão em saúde existe desde tempos antigos, assim como


a saúde pública. Ela surgiu na tentativa de aumentar os conhecimentos
sobre a administração pública mediante procedimentos sanitários, visto
que eram considerados eficazes no combate e controle das epidemias.
A Saúde Pública, veio à tona como uma questão interdisciplinar quando
o conceito ainda nem era encontrado. Alguns autores apontam múltiplos
conceitos que são observados quando se fala da gestão em saúde. Em
seus trabalhos constam os princípios de organização da política e ges-
tão de serviços e sistemas de saúde, gestão de estratégias, qualidade e
recursos humanos e finanças (PAIM & TEIXEIRA, 2006):
4747
Também foi assegurado por lei o controle social no SUS. Os Conselhos de
Saúde, em caráter permanente e deliberativo, são órgãos colegiados, com-
postos por representantes do governo, prestadores de serviços, profissionais
de saúde e usuários, que atuam na formulação de estratégias e no contro-
le social da execução da política de saúde nas instâncias correspondentes,
inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão ho-
mologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do
governo (BRASIL, Lei 8.142 de1990).

“Essa característica deliberativa diferencia os Conselhos de Saú-


de dos demais conselhos de outros segmentos sociais, bem como de
instâncias de participação em saúde de diversos países, com natureza
apenas consultiva” (JUNIOR; GERSCHMAN, 2013, p.1). “A existência de
formas colegiadas decisórias para a formulação e controle da implemen-
tação de políticas de saúde apresenta significado de passagem da forma
de democracia representativa para democracia participativa direta, possi-
bilidade está prevista nos ditames constitucionais” (FORTES, 2006, p. 45).
Mesmo tendo sido posto e regulamentado diante do legal, alguns
conselhos gestores locais tem a sua fragilidade ou sequer foram delibera-
dos. Precisam de grande participação dos trabalhadores e usuários, con-
tudo, necessitam traçar planos que não passem por manipulação da ges-
tão. É um setor de disputa, porém, também um espaço de aprendizagem
coletiva e decisiva. Por isso, cabe aos profissionais da saúde e da gestão,
um trabalho com participação, no qual tenha uma proposta que se sobres-
saia diante da necessidade do coletivo, de cada segmento e dos políticos
governamentais. A gestão (municipal, federal e estadual) do SUS, tem um
papel de decisão na composição de práticas de saúde por meio de política,
de financiamentos, pois eles governam com ajuda de outros. Apesar de ter
uma direção, a gestão, que tem o dever de governar, passa a ser governa-
GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

da por usuários e trabalhadores. (FEUERWERKER, 2005).

Leia sobre o artigo: A avaliação de programas e serviços


de saúde no Brasil enquanto espaço de saberes e práticas. FUR-
TADO, J.P. & SILVA, L.M.V. A avaliação de programas e serviços
de saúde no Brasil enquanto espaço de saberes e práticas. Cad.
Saúde Pública, vol.30, n.12, 2014.
Disponível em: < https://www.scielosp.org/article/csp/2014.
v30n12/2643-2655/pt/ > Acesso em: 18 de jan. de 2021.

48
Com o enriquecimento do processo de municipalização no
Sistema Único de Saúde, o trabalho da gestão dos serviços de saúde
pública está ligado cada vez mais com o plano dos governos munici-
pais. Em diversos pontos, o setor municipal prefere colocar programas
e ter estratégias de comparação federal, contudo, para isso, há verbas
prioritárias nesse ramo. Relacionado à atuação do governo estadual
há variadas discrepâncias em âmbito nacional, mas é muito relevante
para colocar em ordem as redes assistenciais, principalmente nos mu-
nicípios de pequeno porte, que não têm recursos e que possuem baixa
capacidade de dar uma assistência integral à população.
Pode-se observar, na atualidade, que o município com um ta-
manho maior pode ajudar em outras formas para a gestão da saúde,
como também, a coordenação, supervisão e distritos de saúde, a parte
de áreas técnicas que são fundamentais e têm ajudado no trabalho da
gestão em saúde pública que é mais complexa. Falando de um contexto
mais recente, alguns municípios têm priorizado a administração indire-
ta, dessa forma, contratam organização social ou empresa filantrópica,
querendo com isso, a sua gestão de serviços e trabalhadores.

Esse fluxo de gestão vem produzindo as ações de saúde que conhecemos


na Atenção Básica e no cotidiano dos serviços, como: territorialização, ca-
dastramento da população, ações de vigilância em saúde, atendimentos,
consultas médicas, de enfermagem, odontológicas, visitas domiciliares e
outros procedimentos que se estendem ao território como respostas às ne-
cessidades de saúde específica à dinâmica de vida das pessoas e famílias
(RAMOS & ROSA, 2009, p. 77).

Na de implantar o SUS, a integralidade tem sido uma direção


para ampliar as ações em saúde, que são postas pela atenção básica,
GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

e novas formas de categorias para trabalhadores que atendem a po-


pulação. Hoje a equipe é composta por enfermeiros, médicos, técnicos
de enfermagem, dentistas, agentes comunitários de saúde e técnico e
auxiliares em saúde bucal e administrativos. Desde o ano de 2009, com
o nascimento do Núcleo de Apoio à Saúde da Família, o objetivo foi
prover uma equipe especializada e apoio matricial às equipes de Saúde
da família. Dessa forma, outros trabalhadores ficam na equipe de saúde
(BRASIL, 2014), e cada profissional tem sua especificidade, contudo, a
diferença será vista na forma de trabalho das equipes.
Com o crescimento dos serviços complexos, e a exigência dos
usuários e do número de conjuntos de profissionais que trabalham nos
serviços de atenção básica cresce e desafia a criação e recriação de
novas estratégias na gestão. Isso acontece devido a antecedentes ge-
renciais, como uma coordenação, que pode ter uso errado, o controle,
49
o planejamento, a previsão, a organização e a avalição. São os fatores
principais da administração com novos procedimentos e que tentam dar
conta de todo procedimento de gerência que é preciso nos serviços de
saúde (ROSA & RAMOS, 2009). “A gestão dos serviços e processos de
trabalho deve ser realizada de forma horizontal, compartilhada entre as
equipes, proporcionando uma visão gerencial mais integralizada, e que
primordialmente tenha como objetivo atuar sobre as necessidades de
saúde da população” (ROSA & RAMOS, 2009, p.1).
A parte de organizar os serviços de Saúde por redes permite dar
crédito ao trabalho entre profissionais de assistência, equipes e serviços.
Visa a compreensão de uma gestão, além de ação burocrática, como um
processo de tomada de decisão que propicie os pontos do SUS na práti-
ca. Aqui falaremos, por exemplo, das pautas de início que fundamentam a
atenção primária à saúde, que não estão sendo postas de lado, mas pro-
movendo sua efetivação na integra (ROSA & RAMOS, 2009). Sobre isso:

A atenção primária se diferencia dos outros níveis assistenciais por quatro atribu-
tos característicos: atenção ao primeiro contato, longitudinalidade, integralidade
e coordenação. Destes quatro atributos, a longitudinalidade tem relevância por
compreender o vínculo do usuário com a unidade e/ou com o profissional. A
população deve reconhecer a Unidade como fonte regular e habitual de atenção
à saúde, tanto para as antigas quanto para as novas necessidades. Já o profis-
sional deve conhecer e se responsabilizar pelo atendimento destes indivíduos.
A longitudinalidade está fortemente relacionada à boa comunicação que tende a
favorecer o acompanhamento do paciente, a continuidade e efetividade do trata-
mento, contribuindo também para a implementação de ações de promoção e de
prevenção de agravos de alta prevalência (STARFIELD, 2004, p.1).

Dessa forma, a gestão dos serviços de saúde permeia o acom-


panhamento de movimentos macropolíticos em variadas instâncias que,
GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

de certo modo, gera mudanças nos trabalhos que são realizados. Em


outras palavras, as instituições de saúde devem ofertar um tratamento
condizente, com humanização, respeitando as necessidades clínicas,
psicológicas, sociais e econômicas do usuário ou paciente. De acordo
com informações disponíveis no Catálogo Nacional de Cursos Técni-
cos, elaborado pelo Ministério da Educação (MEC), o Técnico em Ge-
rência de Saúde está apto para exercer diversas funções, quais sejam:
1. Planejamento;
2. Controle e avaliação da implementação de programas de
saúde;
3. Gerenciamento de serviços e unidades de saúde e seus pro-
cessos de trabalho;
4. Realização de estudos de custos e viabilidade;

50
5. Desenvolvimento projetos de gestão em saúde;
6. Realização de previsão e provisão do sistema de estoque,
compras e distribuição de material;
7. Fiscalização da execução de contratos e serviços de terceiros;
8. Aplicação da normatização relacionada a produtos, proces-
sos, ambientes e serviços de saúde;
9. Desenvolvimento e alimentação das estatísticas de indica-
dores de saúde.
A figura 2, configura uma imagem fictícia, referente à gestão
em saúde.

Figura 2 - Imagem Ilustrativa da Gestão e Gerência em Saúde.

Fonte: contratualização no sus, acesso em 2021.

A gestão dos serviços de saúde é subdividida em quatro áreas:


GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

1. Serviços de saúde;
2. Gestão hospitalar;
3. Logística;
4. Vigilância.

Assista ao vídeo no canal Residência Multiprofissional em


Gestão dos Serviços de Saúde e Redes de Atenção à Saúde. ARAÚ-
JO, N.P. Residência Multiprofissional em Gestão dos Serviços de
Saúde e Redes de Atenção à Saúde. Youtube, 2019.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?-
51
v=BKiwII5t71Q> acesso em 23 de Novembro de 2020.

Entenda o Modelo de gestão em Saúde em diversas áreas:

Figura 3 - Modelo de Gestão.


GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

52
Fonte: Agência de Brasília, acesso em 2021.

QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS SUBÁREAS DE ATUAÇÃO DENTRO


DA GESTÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE?

Gestão Hospitalar

A gestão hospitalar diz respeito à administração ou gerencia-


mento de organizações prestadoras de serviços de saúde. O gestor
hospitalar é encarregado de diversas tarefas, tais como:
A. Gerenciamento dos equipamentos hospitalares;
B. Gerenciamento dos processos internos e dos recursos fi-
nanceiros e humanos;
C. Garantia da qualidade dos serviços proporcionados à popu-
lação. GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

A gestão hospitalar no século XXI é, independentemente da


região, bastante complexa mesmo que a realidade seja ainda mais de-
safiadora em alguns países do que em outros, apresentando dificul-
dades que vão desde a regulação e o financiamento das práticas até
as tecnologias à disposição do serviço. Além disso, somada a enorme
relação de de¬mandas gerenciais, faz-se presente a exigência por co-
nhecimen¬tos específicos na gestão dos recursos humanos e físicos
(FERREIRA; GARCIA &VIEIRA 2010).
Quando refletimos sobre o contexto atual, sabemos que esta-
mos vivenciando o envelhecimento da população, ou seja, o aumento
do número de pessoas idosas em comparação ao número de jovens.
Além disso, percebe-se maior acometimento por doenças crônicas, tais
como diabetes e hipertensão, ampliando, assim, o aumento da deman-
da por hospital, tanto no setor público como no setor privado de saúde.
53
Assista ao vídeo no canal (Fundação Vanzolini) que apre-
senta “Gestão Hospitalar, Acreditação e Sustentabilidade”. Funda-
ção Vanzolini, Fundação Vanzolini. Gestão Hospitalar, Acreditação
e Sustentabilidade. Youtube, 2020.
Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?-
v=4ABeh9wJ9oI > acesso em 23 de Novembro de 2020.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, houve um aumen-


to de 5% na expectativa de vida mundial entre os anos de dois mil e
dois mil e quinze. Estima-se ainda o aumento do nú¬mero de mortes
por doenças crônicas, passando de trinta e oito mi¬lhões em 2012 para
cinquenta e dois milhões de casos em 2030.

Figura 4 - Imagem da População Absoluta e Relativa de Idosos.


GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

Fonte: Portal do envelhecimento, acesso em 2020.

Como é possível imaginar, esta realidade só colabora com


o agravamento do quadro de escassez dos recursos médicos, assim
como para o aumento das filas de espera por atendimento, que já são
grandes. Deste modo, considerando a complexidade na gestão hospita-
54
lar em âmbito internacional, destaca-se a importância da amplia¬ção da
base de clientes potenciais.
Além do envelhecimento populacional e do aumento significati-
vo de doenças crônicas, existem outros fatores responsáveis pela acen-
tuação do desafio da gestão hospitalar da saúde, como, por exemplo,
a ineficiência, ou até mesmo, ausência de mecanismos próprios para
avaliação do desempenho da gestão da saúde no ambiente hospitalar
No cenário da gestão hospitalar, além das questões burocráti-
cas, é preciso lidar com inúmeras divergências interpessoais que ocorrem
nessas organizações. Ou seja, com os conflitos pessoais que rodeiam o
ambiente, acometendo tanto profissionais da área médica como da área
administrativa, além de usuários do serviço. Assim, as contendas ocorrem,
por exemplo: entre os próprios profissionais, entre profissionais e pacien-
tes, entre familiares e profissionais, entre os próprios pacientes etc.
Estes conflitos surgem por diversas razões, que vão desde a
disputa de interesses pessoais ou profissionais, problemas de convivên-
cia, relações de poder. Além disso, também são pautas de discussão a
autonomia no trabalho, a padronização de operações e o aumento da
produtividade; assim como a escassez de recursos financeiros; proble-
mas na política interna da organização (VENDEMIATTI, et. al., 2010).
Outros cuidados são importantes na atuação como gestor em
saúde pública, tais como: prezar por tecnologias modernas e eficientes,
com funções relacionadas ao diagnóstico, a terapia e a clínica. Outro fa-
tor de suma importância é manter os custos com os recursos já existen-
tes, ou seja, quando se trata de instituições que dependem do repasse
de finanças do setor público.
Desse modo, a gestão dos serviços em saúde deve permane-
cer sempre atualizada quanto a melhor administração possível de suas
GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

funções, buscando lidar com as diferentes demandas, das mais simples


às mais complexas, possibilitando boas condições de trabalho para sua
equipe profissional.

Existem diversos modelos de avaliação externa dos servi-


ços de saúde. No Brasil, destaca-se a Acreditação Hospitalar, ins-
pirada em outros modelos de avaliação, tais como: a Organização
Nacional de Acreditação (ONA), Joint Commission International
(JCI), Acreditação canadense, National Integrated Accreditation for
Healthcare Organizations (NIAHO)7. Realizada de modo adequado
55
e com constância, sabe-se que avaliação do desempenho nos hos-
pitais tem grande potencial para tornar a prestação de serviços
de saúde mais eficiente, trazendo, por consequência, economia de
recursos (SOUZA, et.al., 2009). Todavia, há diversas dificuldades
para utilização da avaliação do desempenho na gestão hospitalar.

Acesse o site abaixo para obter mais detalhes sobre a


Acreditação Hospitalar:
CALDEIRA, Helvio. Acreditação Hospitalar: Entenda o que
é e seus processos. 2019.
Disponível em: <https://cmtecnologia.com.br/blog/proces-
so-acreditacao-hospitalar/> Acesso em: 23 de novembro de 2020.

Logística

No âmbito da gestão de saúde, os profissionais responsáveis


pela logística da organização se encarregam de analisar todo o pro-
cesso de distribuição dos serviços oferecidos pelos sistemas de saúde.
Sendo assim, é esperado desses profissionais atitudes inovadoras. Um
exemplo de atuação deste profissional é a investigação de formas de
implementação da expansão do atendimento em locais com poucos ou
nenhum serviço de saúde. Na figura 5 a imagem se configura como
ilustração dos locais referentes à logística.
GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

Figura 5 - Imagem Ilustrativa de Logística no Setor de Saúde.

Fonte: Wareline. Acesso em 23 de novembro de 2020.

Segundo Barbosa (2015), a logística diz respeito à gestão do


56
processamento de cadeia de suprimentos, pedidos, diversos controles,
tais como: de estoque, de transporte, entrega, armazenamento, emba-
lagens etc., buscando manter os processos de abastecimento. A logís-
tica objetiva, ainda, que o custo efetivo do processo de integralização
dos serviços dispenda o menor valor possível, considerando transporte
e pessoal envolvidos. No campo da saúde, são compreendidos cinco
componentes da logística (MOURA et al., 2013):
A. Gestão da compra;
B. Gestão do abastecimento;
C. Gestão do transporte;
D. Gestão do armazenamento;
E. Gestão da informação;

Para conhecer um pouco mais sobre a Logística na gestão


de saúde leia o texto de Luana Alves:
ALVES, Luciana. Gestão logística em saúde. ND.

Vigilância

No que diz respeito à vigilância, trata-se do gerenciamento de


práticas de atenção e promoção à saúde, voltando-se, principalmente,
para a adoção de mecanismos de prevenção de doenças. O profissional
que atua nesta subárea da Gestão de Serviços de Saúde deve integrar GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

conhecimentos de áreas como política e planejamento, epidemiologia,


condições de vida, ter conhecimento sobre o processo de territorializa-
ção, do processo saúde-doença, saneamento básico e meio ambiente. A
vigilância na gestão em saúde subdivide-se em quatro áreas de atuação:
1. Epidemiológica;
2. Ambiental;
3. Sanitária;
4. Saúde do trabalhador.

57
Figura 6 - Vigilância Epidemiológica.

Fonte: Saúde em Bento, acesso em 2021.

As principais atribuições do Serviço de Vigilância Epide-


miológica são:
Controle das doenças e agravos de notificação compulsória
Controle e prevenção de surtos de doenças transmissíveis
Imunizações
Controle e distribuição de soros antiveneno
GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

Identificação de animais peçonhentos


Investigação de óbitos
Divulgação de informações epidemiológicas
Elaboração de estudos, pesquisas e relatórios em epide-
miologia
Alimentação e manutenção dos sistemas de informação
Assessoria e suporte aos serviços de saúde e demais ins-
tituições
Treinamentos e capacitações

Falar sobre vigilância em saúde, é falar sobre vigiar, observar,


estar atento, procurar, cuidar, ter cautela. Na área de saúde a vigilância
está ligada à saúde e enfermidades presentes em cada lugar, serviços
de atenção aos enfermos e a proliferação das doenças. ........................

58
“Se isolar é uma das práticas mais antigas de intervenção social relativa
à saúde dos homens” (Rosen, 1994; Scliar, 2002; Brasil, 2005, p.1).

No final da Idade Média, o modelo médico e político de intervenção que sur-


gia para a organização sanitária das cidades deslocava-se do isolamento
para a quarentena. Três experiências iniciadas no século XVIII, na Europa,
irão constituir os elementos centrais das atuais práticas da ‘vigilância em
saúde’: a medicina de estado, na Alemanha; a medicina urbana, na França;
e a medicina social, na Inglaterra (Foucault, 1982, p.1).

Desde então, na saúde pública, a vigilância é conceituada por


essa função de observar o contato de pacientes que são acometidos
por essas doenças que podem agravar e gerar um quadro de um para
o coletivo.

Setor Público

Como já mencionado anteriormente, a atuação do gestor públi-


co não se limita ao setor privado, estando presente, também, no setor
da saúde pública. Sob a ótica de alguns autores:

Atualmente, os municípios de grande porte acrescentaram outras estruturas


para a gestão da saúde, como Coordenadorias, Supervisões ou Distritos de
Saúde, e áreas técnicas, que apesar de necessárias, têm tornado o processo
de gestão em saúde pública burocrático. E mais recentemente, alguns muni-
cípios têm optado pela administração indireta, com a contratação de Organi-
zações Sociais ou empresas filantrópicas visando à gestão dos profissionais
e serviços. Retomaremos essa questão no decorrer do texto. Esse fluxo de
gestão vem produzindo as ações de saúde que conhecemos na Atenção Bá- GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

sica e no cotidiano dos serviços, como: territorialização, cadastramento da po-


pulação, ações de vigilância em saúde, atendimentos, consultas médicas, de
enfermagem, odontológicas, visitas domiciliares e outros procedimentos que
se estendem ao território como respostas às necessidades de saúde especí-
fica à dinâmica de vida das pessoas e famílias (RAMOS & ROSA, 2009, p.3)

No âmbito do serviço público, o gestor de serviços de saúde


tem como meta supervisionar atividades realizadas nas unidades de
saúde, sejam elas: hospitais, policlínicas, unidades básicas de saúde
(UBS) e unidades de pronto atendimento (UPA), nas secretarias munici-
pais ou estaduais de saúde pública.

59
Assista ao vídeo no canal (PUC Minas Virtual) que apre-
senta a “Gestão em saúde pública”. PUC Minas, PUC Minas Virtual.
Gestão em saúde pública. Youtube, 2020.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=KoV-
t4Rf3i-Y> Acesso em 23 de Novembro de 2020.

MERCADO DE TRABALHO

Como é possível perceber, a função dos gestores de serviços em


saúde é de grande importância. Ressalta-se, portanto, o aumento da de-
manda por profissionais qualificados, sobretudo, em virtude das transfor-
mações socioeconômicas que vêm ocorrendo no cenário brasileiro. Em
particular, podemos citar o surgimento de novas organizações de saúde, a
competitividade entre esses serviços e estabelecimentos. Somado a isso,
destaca-se ainda o desenvolvimento cada vez maior de novas tecnologias
e maiores exigências quanto à prestação de serviços qualificados.
Por estes motivos, é crescente a busca de empresas que for-
neçam serviços médicos por profissionais com qualificações compatí-
veis com as exigências do mercado, que sejam capazes de oferecer
serviços qualificados e eficientes nos processos corporativos. Entretan-
to, ainda é grande a carência por gestores de saúde com qualificações
desejadas e necessárias, o que faz deste setor, uma área de atuação
bastante frutífera, ou seja, uma grande oportunidade para aqueles que
GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

desejam mergulhar nesta carreira.


Os salários deste profissional chegam a, aproximadamente,
R$ 4.700,00, contudo, a importância pode variar conforme a porta da
empresa, assim como, devido ao tempo de atuação e experiência pro-
fissional, conforme a cidade e região. Em início de carreira, tratando-se
de uma empresa de porte médio, o salário de um gestor de serviços de
saúde pode chegar a R$ 2.700,00. Por sua vez, um profissional com
mais experiência, pode chegar a receber um quantitativo superior a R$
8.500,00 considerando uma empresa de grande porte.

60
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: EBSERH Prova:
Analista Administrativo - Gestão Hospitalar
Acerca das responsabilidades da administração hospitalar, julgue
o item subsequente.
Nos estabelecimentos de assistência à saúde, utilizar pias de tra-
balho para fins diversos dos previstos, consumir alimentos e be-
bidas nos postos de trabalho e usar calçados abertos são atitudes
que cabe ao administrador hospitalar vedar.
( ) Certo.
( ) Errado.

QUESTÃO 2
Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: EBSERH Prova: En-
fermeiro - Área: Auditoria e Pesquisa
Julgue o item a seguir, concernentes a custas hospitalares.
Entre as estratégias de administração e controle de custos da or-
ganização está a dispensa de orçamento hospitalar.
( ) Certo.
( ) Errado.

QUESTÃO 3
Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: EBSERH Prova: En-
genheiro Clínico
Em relação a estratégias em um ambiente de saúde bem como a
aspectos de administração hospitalar, julgue o próximo item.
GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

O planejamento da incorporação de uma nova tecnologia em saú-


de abrange desde a entrada das tecnologias no estabelecimento
de saúde até seu descarte, visando à proteção dos trabalhadores,
à preservação da saúde pública e do meio ambiente e à segurança
do paciente.
( ) Certo.
( ) Errado.

QUESTÃO 4
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de Macapá - AP Prova:
Administrador Hospitalar
O desempenho da instituição hospitalar é diretamente proporcio-
nal ao desempenho do administrador que deve ter
A) Educação especializada em gestão da clínica.
61
B) Responsabilidade para assegurar processos de trabalho que não
considerem o rendimento coletivo e produtivo
C) Consciência das funções básicas de planejamento, organização e
liderança e dispor de grande capacidade de gestão administrativa.
D) Visão dos procedimentos burocráticos e clínicos das diversas áreas.
E) Conhecimento superficial e genérico das várias áreas que atua e
estímulo para desenvolver programas de treinamentos especializados.

QUESTÃO 5
Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: EBSERH Prova:
Analista Administrativo - Gestão Hospitalar
Acerca das responsabilidades da administração hospitalar, julgue
o item subsequente.
Nos locais onde exista a possibilidade de exposição a agentes bio-
lógicos, recomenda-se que as rotinas e demais procedimentos e
as medidas de prevenção de acidentes e de doenças relacionadas
ao trabalho sejam transmitidas aos trabalhadores oralmente, em
linguagem acessível e de fácil compreensão. Essa forma de comu-
nicação, pela sua eficiência, dispensa a burocracia de entregar ao
trabalhador, mediante recibo, as referidas instruções.
( ) Certo.
( ) Errado.

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE


A Gestão em saúde existe desde os tempos antigos, como a Saúde públi-
ca. Ela surgiu na tentativa de aumentar os conhecimentos sobre a admi-
nistração pública mediante procedimentos sanitários visto que esses eram
considerados como eficazes no combate e controle das epidemias. Com
GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

base nesse assunto, discorra sobre a gestão em saúde e a saúde pública.

TREINO INÉDITO
O profissional que atua nesta subárea da Gestão de Serviços de
Saúde deve integrar conhecimentos de áreas como política e pla-
nejamento, epidemiologia, condições de vida, ter conhecimento
sobre o processo de _________________, do processo saúde-
-doença, saneamento básico e meio ambiente. Marque a alternativa
que completa a frase em questão.
A) Territorialização.
B) Integração.
C) Função.
D) Participação.
E) Satisfação.
62
NA MÍDIA
GESTOR HOSPITALAR: O QUE FAZ, IMPORTÂNCIA E MERCADO
“Você aspira uma carreira de gestor hospitalar? De fato, ela pode ser
bastante promissora. Se, em um passado não tão distante, os hospitais
eram administrados por pessoas que tinham boa vontade, mas pouco
conhecimento técnico da área, hoje, o papel do gestor hospitalar espe-
cializado é cada vez mais reconhecido.
Afinal, em um nicho tão importante quanto o da saúde, é preciso ter quali-
ficação para fazer o melhor uso dos recursos – muitas vezes escassos – e
permitir que o atendimento oferecido ao paciente possa ser resolutivo[...]
Fonte: Fundação Instituto de administração
Data: 26 nov. 2020.
Leia a notícia na íntegra:
FUNDAÇÃO, I. A. gestor hospitalar: o que faz, importância e mercado.
Fundação Institto de administração, 2018. Disponível em: < https://fia.
com.br/blog/gestor-hospitalar/ > Acesso em: 26 nov. de 2020.

NA PRÁTICA
“A vigilância epidemiológica realiza um conjunto de ações que pro-
porcionam o conhecimento, a detecção ou a prevenção de qualquer
mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde indivi-
dual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de
prevenção e controle de doenças ou agravos. Trabalha com doenças
sexualmente transmissíveis agudas e crônicas; doenças transmissíveis
agudas; doenças transmissíveis crônicas; doenças imunopreveníveis;
investigações e respostas a casos e surtos e epidemias; doenças emer-
gentes; agravos inusitados; inclui o também o Programa Nacional de
Imunização (PNI), descentralizado aos municípios”.
GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

PARA SABER MAIS


Título: Gestão do Trabalho na Saúde.
Data de publicação: 2007
Fonte: Conselho Nacional de Secretários de Saúde - CONASS
BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Gestão do Trabalho
na Saúde. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Brasília: CONASS,
2007. 116 p. (Coleção Progestores – Para entender a gestão do SUS).
Título: Gestão em saúde
Data de publicação: 2015
Fonte: Conselho Nacional de Secretários de Saúde - CONASS
BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. A Gestão do SUS
/ Conselho Nacional de Secretários de Saúde. – Brasília: CONASS,
2015. (Coleção para entender a gestão do SUS)
63
No presente texto tecemos algumas considerações sobre a Ges-
tão dos Serviços de Saúde, conceituando-a como uma área das ciências
humanas que tem por objetivo muito mais que solucionar problemas, mas
também responsabilizar-se pela administração de empreendimentos de
saúde, no setor público e privado; pela avaliação das necessidades da
instituição; e pela criação e aplicação de políticas públicas.
Refletimos sobre a importância da humanização neste campo
de atuação, uma vez que é impossível trabalhar nesta área sem nos
atermos a práticas mais humanas no cotidiano do trabalho, levando a
uma maior facilitação das fases de assistência, a redução do custo fi-
nanceiro, a melhora do trabalho e do ambiente de trabalho, entre outros.
Conhecemos as diversas funções que o Gestor de Saúde pode
exercer: planejamento; controle e avaliação da implementação de pro-
gramas de saúde; gerenciamento de serviços e unidades de saúde e
seus processos de trabalho; realização de estudos de custos e viabili-
dade; desenvolvimento de projetos de gestão em saúde; realização de
previsão e provisão do sistema de estoque, compras e distribuição de
material; fiscalização da execução de contratos e serviços de terceiros;
aplicação da normatização relacionada a produtos, processos, ambien-
tes e serviços de saúde; desenvolvimento e alimentação das estatísti-
cas de indicadores de saúde.
Também aprendemos um pouco sobre as quatro áreas de atu-
ação do Gestor de Serviços de Saúde: serviços de saúde; gestão hos-
pitalar; logística; e vigilância. Além disso, compreendemos um pouco
mais sobre o trabalho nos serviços públicos e, por fim, desvendamos
algumas promessas do mercado de trabalho para este profissional. A
proposta da gestão é aprimorar a comunicação dentro das instituições,
GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

e isso pode ter repercussão, gerando fatores positivos para os demais


trabalhos. Esse assunto visa uma aprendizagem para o aluno se inteirar
mais sobre o que é a gestão dos serviços de saúde, podendo estudar
mais sobre os assuntos postos aqui.

64
GABARITOS

CAPÍTULO 01

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE

É fundamental um profissional de gestão. Assim ele poderia evitar esse


tipo de problema, pois a organização se inicia pela gestão e a partir do
seu conhecimento. O trabalho da gestão dos serviços de saúde tem seus
princípios importantes para implementar nessa gestão, eles são: direção,
controle, planejamento e organização. Em um termo geral, para a admi-
nistração das ações de saúde é necessário um gerenciamento dos recur-
sos, sejam eles, logísticos, humanos, sanitários ou financeiros e no mes-
mo tempo, uma coordenação dos processos, para verificar as questões
existentes, e assim propor serviços com qualidade e que seja seguro.
Dessa forma, a Gestão dos Serviços de Saúde tem com responsabilidade
de se informar sobre a instituições, dar seguimento a coordenação dos pro-
cessos, criação de políticas e aplicar essas, administrando assim o trabalho
com as finanças, orientando as equipes para o trabalho. Além disso, pro-
porcionar conforte, qualidade no atendimento com pacientes e segurança.
Sendo assim, a gestão dos serviços de saúde, precisa ser posta nos
serviços clínicos para assim dar facilidade nas fases de assistência,
redução do custo e na melhora do trabalho, humanizando os atendi-
mentos. “A humanização na saúde abrange a mudança na gestão dos
sistemas e altera o modo como pacientes e profissionais interagem en-
GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

tre si. O principal objetivo é fornecer um atendimento mais qualificado,


com a proposta de unir comportamento ético, conhecimento técnico e o
entendimento necessário do histórico do paciente” (SIEB, 2017).

TREINO INÉDITO
Gabarito: C

65
GABARITOS

CAPÍTULO 02

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE

A relevância da gestão de serviços de saúde está ligada a forma dos


processos dentro das instituições para que tenha uma funcionabilidade
com eficácia. A gestão tem como responsabilidade confirmar se todos
os equipamentos estão em inteira ordem e se os trabalhadores têm a
capacidade de atender cada função imposta.
Desse modo, é fundamental o exercício da gestão e isso pode ser visto
na direção da equipe, nos trabalhos de atenção ao público, na orienta-
ção dos profissionais e na aplicação de técnica humanizada.
Além disso, a gestão de saúde é muito importante pois participa da veri-
ficação de questões das finanças, dar segurança na redução dos gastos
e melhoria no êxito do trabalho.
Portanto, esse trabalho com gestor é essencial para a saúde, pois o
auxílio proposto para identificar os problemas e dar direção no cresci-
mento do empreendimento hospitalar é gratificante.

TREINO INÉDITO
Gabarito: B
GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

66
GABARITOS

CAPÍTULO 03

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE

A Saúde Pública, veio à tona como uma questão interdisciplinar quando


o conceito disso ainda nem era encontrado. Alguns autores apontam
múltiplos conceitos que são observados e podem contornar quando se
fala da gestão em saúde. Nos trabalhos desses, foram encontrados tra-
balhos referentes a princípios de organização da política e nos estu-
dos desses eram identificados gestão de serviços e sistemas de saúde,
gestão de estratégias, de qualidade e recursos humanos, também a de
finanças (PAIM & TEIXEIRA, 2006).
“A existência de formas colegiadas decisórias para a formulação e con-
trole da implementação de políticas de saúde apresenta significado de
passagem da forma de democracia representativa para democracia
participativa, direta, possibilidade está prevista nos ditames constitucio-
nais” (FORTES, 2006).
Mesmo tendo sido posto e regulamentado diante do legal, alguns conse-
lhos gestores locais tem a sua fragilidade ou também nem sequer foram
deliberados. Precisam muito de grande participação dos trabalhadores e
usuários, contudo, eles também necessitam traçar planos que não pas-
sem por manipulação da gestão. Esse setor é um local de disputa, porém
é também um espaço de aprendizagem coletiva e decisiva. Por isso, cabe
aos profissionais da saúde e a gestão, um trabalho com participação,
GERENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DA SAÚDE - GRUPO PROMINAS

no qual tenha uma proposta que se sobressaia diante da necessidade


do coletivo, de cada segmento e dos políticos governamentais. A gestão
(municipal, federal e estadual) do SUS, tem um papel de decisão na com-
posição de práticas de saúde por meio de política, de financiamentos,
pois eles governam com ajudo de outros. Apesar de ter uma direção, a
gestão, que é tem o dever de governar, passa a ser governada também,
por usuários e trabalhadores. (FEUERWERKER, 2005).

TREINO INÉDITO
Gabarito: A

67
ALMEIDA, F. M. (1995) O uso de informações em saúde na gestão dos
serviços. Saúde e sociedade, v.4, n. 1-2, p.1.

ALVES, L. Gestão logística em saúde. ND. Disponível em: <chrome-


-extension://oemmndcbldboiebfnladdacbdfmadadm/http://repositorio.
unicentro.br:8080/jspui/bitstream/123456789/1009/1/ALVES%2C%20
Luciana%20-%20Gest%C3%A3o%20Log%C3%ADstica%20em%20
Sa%C3%BAde.pdf>. Acesso em 23 de novembro de 2020

ARAÚJO, N.P. Residência Multiprofissional em Gestão dos Serviços de


Saúde e Redes de Atenção à Saúde. Youtube, 2019. Disponível em:
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