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ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS


ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

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ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS
Núcleo de Educação a Distância

PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.

O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.

GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO


Diagramação: Gildenor Silva Fonseca

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Prezado(a) Pós-Graduando(a),

Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!


Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos.
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Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas


pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atua-
ção no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a)
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial.
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos
conhecimentos.

Um abraço,

Grupo Prominas - Educação e Tecnologia

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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!..

É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha


é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização.
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.

Estude bastante e um grande abraço!


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Professora: Riane Lopes de Oliveira

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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao
seu sucesso profisisional.

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O setor da segurança do trabalho, apesar de existir há algum
tempo, ainda é um campo que necessita de muitos estudos e investimen-
tos. As empresas públicas e privadas buscam a cada dia novas formas e
tecnologias de aprimorar seus setores, sejam administrativos, produtivos,
operacionais e de segurança do trabalho. Assim, novas técnicas surgem a
cada dia, com a evolução do processo tecnológico, e os acontecimentos
decorrentes de acidentes fazem com que a saúde e integridade, física e
mental, do trabalhador, passem a ser tratadas como uma das prioridades
das organizações. O presente material trata sobre as entidades que visam
proteger e assegurar o bem-estar do trabalhador, bem como os procedi-
mentos que ajudam a organização a administrar seus processos, para ga-
rantir a qualidade e competitividade de seus produtos e serviços.
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Administração. Segurança do Trabalho. Organizações.

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Apresentação do Módulo ______________________________________ 11

CAPÍTULO 01
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO

Técnicas de Administração _____________________________________ 18

Ênfases da Administração _______________________________________ 19

Teorias Administrativas ________________________________________ 20

Erro e Fraude __________________________________________________ 30

Recapitulando _________________________________________________ 34

CAPÍTULO 02
ENTIDADES E ASSOCIAÇÕES E ASPECTOS ÉTICOS

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LIGADOS À SST

Órgãos e Instituições ___________________________________________ 41

Aspectos Éticos da Profissão ____________________________________ 59

Recapitulando _________________________________________________ 61

CAPÍTULO 03
POLÍTICAS E PROGRAMAS DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA
DO TRABALHO, SESMT E SOFTWARES APLICADOS

Recomendações para Política, Programa e Gestão da Segurança


e Saúde ________________________________________________________ 65

Tipos de Gestão ________________________________________________ 71

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Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Me-
dicina do Trabalho - SESMT ____________________________________ 78

Recapitulando _________________________________________________ 81

Fechando a Unidade ___________________________________________ 86

Referências ____________________________________________________ 90
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A evolução é um processo constante na sociedade desde a
criação do mundo, exigindo do contexto presente, que se adapte às
grandes transformações. Sob essa ótica, é possível aplicar o processo
de evolução às organizações, diante do avanço tecnológico, do proces-
so de globalização e da competitividade exigida no mercado, sejam elas
públicas ou privadas.
Para que uma organização consiga, contudo, atingir seus ob-
jetivos, é de suma importância que seus funcionários sejam valorizados
e estejam em condições de exercer, com saúde e segurança, suas ati-
vidades. Assim, o sistema de saúde e segurança passa a ser um dos
pontos mais importantes a ser observado.
Para ajudar nesse processo, as técnicas administrativas atuam
como ótimos meios para a criação de sistemas que reduzam os núme-
ros de acidentes dentro da organização. Assim, esse material aborda
sobre as técnicas administrativas mais conhecidas, bem como sua área
de enfoque, para atuar como medidas preventivas e corretivas.
Outro ponto da apostila são as entidades normativas, que são
criadas com intuito de prezar pela saúde e proteção à vida do trabalha-
dor, sendo as NRs os instrumentos normativos mais conhecidos como
auxílio ao trabalhador.
As organizações devem seguir as legislações vigentes para
atuar no mercado e podem contar também com a implantação de sis-

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temas de gestão específico, visando a qualidade de seus serviços, o
desenvolvimento com sustentabilidade e melhor relacionamento com a
comunidade em geral. Dessa maneira, o cuidado com a SST é de ex-
trema importância, visto que provoca a redução de acidentes, estimula
a satisfação dos trabalhadores, bem como a promoção da saúde, há
melhora nos níveis operacionais, dentre outros, o que melhora signifi-
cativamente a imagem da empresa e oferece novas oportunidades de
crescimento.
É importante que o profissional da SST, assim como as orga-
nizações, assuma suas responsabilidades e tenham compromisso com
a ética e a moral com os colaboradores e com a sociedade. Dessa ma-
neira, as normas aos métodos e processos utilizados para uso dos re-
cursos serão aplicados de maneira adequada, garantindo a eficácia de
seus objetivos e resultados.

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NOÇÕES DE
ADMINISTRAÇÃO
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Ciro Bächtold (2012) define administração como palavra que


vem do latim ad, que quer dizer direção, e minister, que quer dizer obe-
diência. Sendo assim, o administrador dirige obedecendo à vontade de
quem o contratou.
Ainda em Bächtold, vê-se que a administração surgiu como
uma ciência após a Revolução Industrial, que aconteceu no século
XVIII. No início do século XX, a atividade industrial se expandiu de for-
ma significativa e acelerada em todo o mundo, principalmente nos EUA.
Esse processo trouxe a produção de produtos como automóveis, rádios,
aparelhos elétricos, e o desenvolvimento de setores como ferroviário,
automobilístico e de produção. O estudo dessa ciência começou a ser
utilizado diante de transformações ocorridas nas relações de produção
e trabalho, que provocaram mudanças na vida em sociedade.

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Figura 1 - Produções Revolução Industrial

Fonte: Conhecimento Científico, 2018.

Figura 2 - Produções Revolução Industrial

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Fonte: Histórias em Cartaz, 2015.

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Figura 3 - Produções Revolução Industrial

Fonte: Trabalhos Escolares, 2008.

Para as organizações se adaptarem e cumprir suas funções é


fundamental que haja uma relação direta e estreita com a administra-
ção. Chiavenato (2004) diz que a administração é a condução racional
das atividades de uma organização, seja ela lucrativa ou não. É tam-
bém uma ciência que une a teoria e a prática à criação de princípios
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racionais, que objetivam tornar as empresas mais eficientes em suas


funções. Administrar é a forma de governar uma organização ou uma
parte dela. É o processo que compreende o planejamento, organização,
direção, coordenação e controle no uso dos recursos que a empresa
possui para que ela consiga conquistar seus objetivos de modo eficaz
e eficiente.
Para melhor desempenho das organizações, há funções como
líderes e gestores, que são responsáveis por sua evolução. Nas fun-
ções de liderança, há níveis de responsabilidade e funções específicas
e que exigem responsabilidades. Para melhor desempenho dessas fun-
ções, foram criados níveis administrativos para melhorar a execução
das medidas organizacionais. São eles:
Nível Operacional: Nesse nível, os gestores são responsáveis
pelos trabalhadores e suas funções na linha operacional da empresa.
Aqui, eles não possuem a função de supervisionar outros líderes admi-
nistradores.
Nível Intermediário: No nível intermediário é possível a inclu-
são de mais uma hierarquia da organização. Nesse nível, os gerentes
são responsáveis por outros gerentes e, em algumas situações, podem
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ser responsáveis por empregados operacionais.
Nível Institucional: O nível institucional compreende os res-
ponsáveis gerais pela administração. Aqui são estabelecidas políticas
de operação e interação da organização com seu ambiente. Normal-
mente o título desses profissionais são os presidentes.

Os gestores de uma organização também podem ser conhe-


cidos como administrador funcional, quando coordena pessoas que
estão envolvidas em um mesmo conjunto de atividades e administra-
dor geral, quando supervisiona muitas ou todas as atividades de uma
unidade na empresa.

Um bom administrador precisa desenvolver habilidades para


tornar-se um profissional completo. Esse tipo de profissional precisa da
habilidade técnica, quando mostra capacidade de saber usar os proce-
dimentos, técnicas e conhecimentos no campo de atuação; habilidade
humana, para saber trabalhar com outras pessoas em grupo, motivá-
-las para que o objetivo proposto seja cumprido e habilidade conceitual,

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onde é necessária a capacidade de coordenação e integração dos inte-
resses da organização, bem como de suas atividades.
O perfil completo do administrador vem com as competências
do conhecimento, que está ligado ao saber, onde é necessário ideias,
experiências, manter-se sempre atualizado no setor profissional, ao sa-
ber fazer, área ligada ao colocar o conhecimento em prática e ao saber
fazer acontecer, que está ligado ao ser proativo, no espírito empreende-
dor e de trabalho em equipe.
Com o exposto, a figura abaixo apresenta as funções do ad-
ministrador em seus papéis interpessoais, informacionais e decisórios.

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Figura 4 - Funções do Administrador

Fonte: Duarte - Teorias da Administração, 2019.

Assim, o gestor deve colocar suas habilidades e capacidades


em um ambiente que estiver conturbado e incerto na organização. Lidar
com situações desafiadoras e surpresas, com sabedoria e flexibilidade,
é extremamente importante para alcançar bons resultados.
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Quadro 1 - Resumo Funções do Administrador


Papeis Interpes-
Papeis Informacionais Papeis decisórios
soais
O administrador age O administrador lida com O administrador faz uso
com: as informações por meio das informações em si-
do: tuações de:
- representação
- monitoramento - soluções de conflitos
- liderança
- disseminação -negociação
- ligação
- porta-voz

Fonte: Adaptado de Duarte - Teorias da Administração, 2019.

Para lidar com os desafios pertinentes à função de gestor, os


profissionais da área devem se atentar a algumas necessidades que
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são essências ao cumprimento dos objetivos. O quadro a seguir, mostra
de forma sucinta essas necessidades.

Quadro 2 - Necessidades do Profissional Administrador


Necessidade Habilidades
- Fazer o diagnóstico de oportunidades de crescimento;

- Lidar com as mudanças;

- Atuar na resolução e prevenção de problemas, antes


Visão que eles aconteçam;

- Flexibilidade;

- Visão ampla da organização, de sua cultura e de seus


objetivos.
- Ser ético ao julgar ações da organização;

Ética - Se atentar as ações e decisões que impactam direta ou


indiretamente os outros indivíduos presentes na organi-
zação.
- Atuar de forma positiva no aproveitamento de recursos;

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Diversidade Cul- - Reconhecer os talentos presentes nos grupos liderados,
tural especialmente os que sofreram alguma repressão em pe-
ríodo anterior.
- Administrar esforços e recursos;

- Influenciar o comportamento e desempenho dos outros


Treinamento colaboradores;

- Compreender e lidar com o outro em suas relações


emocionais - capacidade de empatia
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

O sucesso de uma organização depende da capacidade de


leitura e interpretação da realidade, de identificar mudanças e oportu-
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nidades e reconhecer as dificuldades para lidar com elas da melhor
forma possível. Portanto, não existe uma forma única ou universal de
como administrar uma empresa. Administrar, é um processo dinâmico e
que se dá por um conjunto de ações e decisões a serem tomadas para
alcançar as metas e objetivos.

TÉCNICAS DE ADMINISTRAÇÃO

Para que uma administração seja eficiente, é importante o


conhecimento de suas técnicas, adequando-se às particularidades de
cada sistema, para atingir os objetivos propostos. São elas: planejar,
organizar, dirigir, coordenar e controlar.
O planejamento é o processo onde se define os objetivos e ati-
vidades, bem como os recursos que serão utilizados. Nesse processo,
define-se a missão, são formulados os objetivos e definidos os planos
e, então, programadas as atividades. Após uma etapa de planejamento
“teórica”, são divididos os trabalhos e definidas as atividades que serão
executadas por cada membro. Agrupam-se as atividades em cargos,
alocam-se os recursos e, em seguida, determina-se a autoridade e res-
ponsabilidade.
No processo de organização são definidos os trabalhos que
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devem ser realizados e as responsabilidades pela realização desses.


Além disso, é feita a distribuição dos recursos disponíveis, segundo os
critérios estabelecidos na fase de planejamento.
Na fase de direção, se enquadra o processo de execução. As
atividades são realizadas assim como os recursos definidos são utiliza-
dos, atingindo-se o objetivo proposto. Nessa etapa, são designadas as
pessoas e coordenados os esforços. Há também as ações de comuni-
cação, motivação, liderança e orientação.
Na coordenação, são feitas articulações que fazem com que as
pessoas envolvidas no processo se sintam motivadas. É importante sa-
lientar aqui que, há uma diferença entre motivação e satisfação. Alguns
fatores como condições do ambiente de trabalho, relacionamento com
e entre os funcionários, segurança e salário são fatores que levam à
satisfação. Já a política da empresa, por exemplo, o desenvolvimento,
crescimento, responsabilidade, reconhecimento, realização, dentre
outros, são fatores que levam à motivação.
No processo de controle, é assegurada a realização dos ob-
jetivos e, caso seja necessário modificá-los, são aplicadas as ações
corretivas. Assim, são definidos os padrões, monitorados os desempe-
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nhos para avaliá-los e, como dito, há a aplicação das ações corretivas
quando necessárias.

ÊNFASES DA ADMINISTRAÇÃO

Na administração, além das técnicas, existem as ênfases, as


quais a administração se encaixa, processo esses que caracterizam o
desenvolvimento da administração. Essas ênfases são abordas a seguir.

Ênfase nas tarefas


A ênfase nas tarefas é a administração voltada para aumentar
a eficiência operacional, através de mudanças nos procedimentos de
produção. Nesse enfoque, há a preocupação com a racionalização do
trabalho. Foi o marco para o desenvolvimento da administração. Em
1776, ao publicar A riqueza das Nações, Adam Smith, sem comprova-
ção científica, já publicava algumas ideias a respeito das vantagens da
divisão do trabalho.

Ênfase na estrutura
A proposta dessa área é melhorar a eficiência por meio de uma
reestruturação organizacional. Desse modo, procura ajustar a estrutura

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da organização para atender os objetivos propostos.

Ênfase nas pessoas


A ênfase nas pessoas procura tornar o ambiente de trabalho
melhor para os colaboradores e, assim, tem seu foco principal nas re-
lações humanas no trabalho. O aumento da produtividade e satisfação
dos funcionários estão ligados ao ambiente de trabalho, adequados a
atender às necessidades humanas.

Ênfase no ambiente
É o estudo que considera as influências do ambiente externo
nas organizações. Esse tipo de ênfase procura preparar a organização
para se adaptar às diversas variáveis externas, que não eram conside-
radas anteriormente.

Ênfase na tecnologia
Com o avanço tecnológico, se fez necessário o estudo da in-
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fluência da tecnologia na organização. É a ciência que trata da aplicação
da tecnologia na empresa, visando sua evolução e melhora contínua.

Ênfase na competitividade
Essa ênfase prepara a empresa para lidar com as transforma-
ções constantes em um processo de mudanças cada vez mais presen-
te. Visa atender às necessidades dos clientes, ofertando produtos e ser-
viços com melhor qualidade e preço mais baixo.

TEORIAS ADMINISTRATIVAS

Conforme Maximiano (2011), diante da expansão dos novos


meios produtivos, decorrentes da Revolução Industrial, houve a neces-
sidade de expandir as empresas industriais e desenvolver novos con-
ceitos e métodos administrativos, visto que existia uma variedade de
empresas, com tamanhos diferenciados, insatisfação com operários,
alto volume de perdas e outros problemas.
As teorias administrativas, apesar de diferentes enfoques, são
aplicáveis nas mais diferentes situações dos ambientes coorporativos
do mundo contemporâneo, por isso, é importante que o administrador
as conheça bem para usá-las como alternativa ao solucionar os proble-
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mas que surgem ao dia a dia. A administração compreende variáveis


fundamentais, que influenciam e são influenciadas, em relação ao seu
comportamento, sendo a tarefa, a estrutura, as pessoas, a tecnologia,
o ambiente e a competitividade. A seguir, têm-se as principais teorias
administrativas, classificadas por Bächtold (2012) e Maximiano (2011),
relacionadas a sua principal área de enfoque.
Teoria da Administração Científica: essa teoria também é
conhecida como Taylorismo e foi criada por Frederick Winslow Taylor.
Em relação a sua variável, têm ênfase nas tarefas, e seu foque está
na racionalização do trabalho no nível operacional, ou seja, seu intuito
é garantir ao sistema o melhor custo/benefício. Taylor propôs, através
dessa teoria, que o trabalho fosse racionalizado, por meio do estudo
dos tempos e dos movimentos, com suas áreas fundamentais, que são
o planejamento, o preparo, a execução, os cargos e as tarefas e padro-
nização.
Maximiano (2011) divide os trabalhos de Taylor em dois mo-
mentos. No primeiro momento, Taylor tem a publicação de seu livro, que
foi fruto de seus estudos, onde foram efetuadas análises das tarefas
dos operários, bem como seus processos e movimentos. Assim, o livro
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aborda técnicas para racionalizar o trabalho operário por meio do Estu-
do de tempos e movimentos. Diante desse estudo, foram apresentadas
por Taylor as seguintes ideias:

Figura 5 - Ideias propostas por Taylor

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Fonte: Adaptado de Duarte - Teorias da Administração, 2019.

No segundo período de Taylor, houve a publicação de seu livro


“Princípios de Administração Científica”, onde concluiu que, para que
seus princípios pudessem ser aplicados nas organizações, a racionali-
zação do trabalho devia ser acompanhada de uma estruturação geral
da empresa.
Chiavenato (2004) tem as seguintes ideias de Administração
Científica de Taylor:
Planejar: Substituir a improvisação pela ciência, por meio do
planejamento do método.
Preparar: Selecionar cientificamente os trabalhadores, de
acordo com suas aptidões, prepará-los e treiná-los para produzir mais
e melhor, de acordo com o método planejado. Preparar também as má-
quinas e os equipamentos de produção, bem como o arranjo físico e a
disposição racional das ferramentas e materiais.
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Controlar: Controlar o trabalho para certificar-se de que está
sendo executado de acordo com as normas estabelecidas e segundo o
plano previsto.
Executar: Distribuir distintamente as atribuições e as responsa-
bilidades, para que a execução do trabalho seja bem mais disciplinada.

Já Henry Ford, outro a formular suas próprias teorias da ad-


ministração, tinha alguns princípios e políticas diferentes da linha de
pensamento de Taylor, observadas por Duarte - Teorias Administrativas.
São elas:
• Máxima produção dentro de um período determinado (produ-
tividade);
• Distribuição dos ganhos; redução de custos; redução de preços;
• Aumentar o capital de giro que seria obtido dos próprios con-
sumidores (intensificação);
• Reduzir, ao mínimo, o volume de matéria-prima (estoque);
economicidade;
• Produção em série e contínua;
• Altos salários;
• Preços mínimos;
• Preocupação com os empregados;
• Técnicos altamente competentes.
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Quadro 32 - Comparativo resumido entre Taylor e Ford


TAYLOR FORD
Execução do trabalho dos operá- Execução do trabalho dos operários:
rios: movimentos regulados em tem- movimentos realizados à velocidade
po padrão da esteira

- Preocupação: economia do traba- - Preocupação: economia de mate-


lho humano rial e tempo

- Trabalho individual - Trabalho em equipe


Fonte: Adaptado de Chiavenato, 2007.

Acesse o endereço a seguir e veja um fragmento do famoso


filme “Tempos Modernos”, de Charlie Chaplin. Nesse vídeo, percebe-se
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claramente a divisão do trabalho, a especialização do operário e a pa-
dronização da produção propostos por Taylor.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=XFXg7nEa-
7vQ>.

Teoria Clássica/Teoria Neoclássica: conhecida como Fayo-


lismo, tem sua ênfase na estrutura e surgiu na Europa com a vinda da
Revolução Industrial. Foi idealizada por Henri Fayol e se caracteriza
pelo enfoque na estrutura organizacional formal, nos princípios gerais
da administração e nas funções do administrador, em busca de efi-
ciência e dada pela visão econômica. A Teoria Neoclássica reafirma os
conceitos acima descritos que caracterizam a Teoria Clássica, e possui
ênfase na prática administrativa, na gestão, nos objetivos propostos e
no resultados.

Figura 6 - Funções Básicas da empresa, segundo Fayol

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Fonte: Duarte - Teorias da Administração, 2019.

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Princípios Gerais da Teoria Clássica
Divisão do Trabalho: Especialização das tarefas e das pes-
soas para aumentar a eficiência.
Autoridade e Responsabilidade: Direito de dar ordens e es-
perar obediência; a responsabilidade é uma consequência da autorida-
de e, por isso, devem ser equilibradas entre si.
Disciplina: Obediência, comportamento e respeito às normas
estabelecidas.
Unidade de Comando: O empregado deve receber ordens de
um único superior (princípio da autoridade única).
Unidade de Direção: Uma cabeça e um plano para cada gru-
po de atividades que tenham o mesmo objetivo.
Subordinação dos interesses individuais aos interesses
gerais: Os interesses gerais devem sobrepor-se aos interesses parti-
culares.
Remuneração do pessoal: Essa remuneração deve ser justa,
capaz de satisfazer as necessidades dos empregados e atender à em-
presa em termos de retribuição.
Centralização: Concentração da autoridade no topo da em-
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presa.
Cadeia Escalar: Linha de autoridade do escalão mais alto ao
mais baixo (princípio do comando).
Ordem: Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar
(ordem material e humana).
Equidade: Amabilidade e justiça para obter a lealdade do pes-
soal.
Estabilidade e duração do pessoal: Quanto mais tempo um
empregado permanecer no cargo, melhor é; a rotatividade é um fator
negativo.
Iniciativa: Capacidade de visualizar um plano e assegurar o
seu sucesso.
Espírito de Equipe: Harmonia e união entre os empregados.

Para encerrar a abordagem sobre a Teoria Clássica, tem-se um


comparativo entre essa teoria e a Teoria Científica.

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Quadro 4 - Teoria Científica x Teoria Clássica
TAYLOR FAYOL
- Teoria Científica
- Teoria Clássica
- Ênfase na definição das funções e
- Ênfase na estrutura da organização
atividades dos funcionários
- Objetivo: aumentar a eficiência da
- Objetivo: aumentar a eficiência da
organização por meio da delegação
organização por meio do aperfei-
de responsabilidades
çoamento dos funcionários
Fonte: Adaptado de Chiavenato, 2007.

Teoria da Burocracia: Essa teoria foi criada por Max Weber,


considerado também um dos fundadores da sociologia. Com fundamen-
tos na racionalidade organizacional, ou seja, analisa as situações de
maneira formal e impessoal, tem sua ênfase na estrutura.
Teoria Estruturalista: Surgiu com a conciliação das teorias
burocráticas, clássicas e de relações humanas. Seu principal objetivo é
inter-relacionar a organização não só com seu ambiente, mas também
com outras organizações. Tem sua ênfase na estrutura e no ambiente
com enfoques em abordagens múltiplas: organização formal e informal,
análise intra e interorganizacional e ambiental, e abordagem de sistema

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aberto.
Teoria das Relações Humanas: Essa teoria teve seu início no
século XX, em um período histórico marcado pela recessão da econo-
mia, inflação desemprego e forte presença dos sindicatos trabalhistas.
Surgiu nos EUA diante da necessidade de processos mais humanistas
e democráticos nas organizações, diante das conclusões da Experiên-
cia de Hawthorne. Possui sua ênfase nas pessoas. Ganhou força com
o evento histórico conhecido como a Grande Depressão. Possui três
características principais: o comportamento do ser humano não é me-
cânico, o homem é guiado pelo sistema social e o homem possui neces-
sidades como segurança, afeto, aprovação, dentre outras. Sua área de
enfoque é a motivação, comunicações, liderança e dinâmica de grupo.
A Teoria das Relações Humanas foi divida em quatro fases,
conforme mostra Duarte - Teorias da Administração.

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Figura 7 - 1ª Fase da Experiência de Hawthorne

Fonte: Duarte - Teorias da Administração, 2019.

Na primeira fase, não foi encontrada relação direta entre a va-


riação da intensidade da luz, mas notou-se que os operários reagiam à
intensidade da iluminação de acordo com as suas realidades pessoais.
Assim, ficou comprovada a soberania do fator psicológico sobre o fator
fisiológico: a eficiência dos operários é afetada por condições psicoló-
gicas.

Figura 8 - 2ª Fase da Experiência de Hawthorne


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Fonte: Duarte - Teorias da Administração, 2019.

Na segunda fase, foi demonstrado o desempenho das operá-


rias, que estava relacionado à melhoria do relacionamento entre elas,
ao ambiente de trabalho, à evolução do desempenho do trabalho em
equipe e ao desenvolvimento de comportamento de lideranças. As mu-
lheres foram analisadas por 12 meses, e verificou-se que elas gostavam
da sala onde estava sendo realizada a pesquisa, porque lá era divertido
e a supervisão era tranquila e flexível. Segundo elas, havia um ambien-
te amistoso e sem pressão, o que aumentava a satisfação no trabalho.
Elas não tinham medo do supervisor, pois, ele era um orientador de
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suas funções. Assim, elas desenvolveram relações pessoais e trans-
formaram-se em uma equipe de trabalho, que desenvolveu objetivos
comuns, como aumentar o ritmo de produção.

Figura 9 - 3ª Fase da Experiência de Hawthorne

Fonte: Duarte - Teorias da Administração, 2019.

Na terceira fase, as entrevistas revelaram que existia uma or-


ganização informal que protegia os trabalhadores de possíveis amea-
ças da administração ou de situações que os trabalhadores julgassem
atitudes ameaçadoras. Essa organização possui forte influência sobre
os empregados, no ritmo e na produção deles. Além disso, possui atitu-
des punitivas quando algum trabalhador desrespeita as regras impostas
pelo grupo. Ela, normalmente, é formada por indivíduos com afinidades

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pessoais e estimula o surgimento de lideranças informais que mantêm o
grupo unido. Além disso, ajuda a manter o respeito entre os integrantes
e as regras de comportamento, buscando sempre proteger os direitos
trabalhistas.

Figura 10 - 4ª Fase da Experiência de Hawthorne

Fonte: Duarte - Teorias da Administração, 2019.

Na quarta e última fase, os grupos informais tinham influência


sobre os grupos formais. Dessa forma, a união e solidariedade ditavam
27
como ocorriam o processo de trabalho em relação aos operários e sua
contribuição para a organização como um todo.
Duarte ainda conclui, no estudo da teoria acima, sobre a Expe-
riência de Hawthorne:
• O nível de produção é resultante da integração social (normas
sociais e expectativas grupais). É a capacidade social que determina o
nível de competência e eficiência e não sua capacidade de executar.
• Comportamento social dos empregados: O comportamento
das pessoas é influenciado pelas regras e orientações estabelecidas
pelo grupo.
• O fator psicológico é mais importante do que a capacidade
física ou o fator fisiológico das pessoas para seu nível de produção.
• Recompensas e sanções sociais: O comportamento do em-
pregado está condicionado a normas e padrões sociais estipulados pelo
seu grupo.
• Grupos informais (comportamento social, crenças, atitude,
expectativa e motivação) existem nas organizações, influenciam os gru-
pos formais e devem ser considerados para garantir o desempenho e
resultados das empresas.
• Relações Humanas: A interação social com grupos sociais
deve ser valorizada em qualquer organização para garantir sua exis-
tência.
• Importância do conteúdo do cargo: Trabalhos simples e re-
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petitivos tornam-se monótonos e maçantes, afetando negativamente a


atitude do trabalhador e reduzindo sua satisfação e eficiência.

Finalizando a teoria acima, a imagem ilustrativa abaixo apre-


senta os itens que proporcionam motivação humana, no que diz respei-
to à motivação econômica, sendo as pessoas motivadas pelo reconhe-
cimento, aprovação da sociedade e inclusão em grupos sociais onde
convivem.

28
Figura 11 - Fatores que influenciam o lado psicológico e social do ser humano

Fonte: Duarte- Teorias da Administração, 2019.

Teoria do Comportamento Organizacional: Tem sua ênfase


nas pessoas e veio como uma crítica às teorias clássicas e das relações
humanas. Suas principais características estão no estilo de administra-
ção, na teoria das decisões e na integração dos objetivos organizacio-
nais e individuais.
Teoria do Desenvolvimento Organizacional: Também com
sua ênfase nas pessoas, essa teoria é um desdobramento da abor-
dagem comportamental. Seu principal autor foi Leland Bradford que

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considera essa teoria como a fusão do estudo da estrutura e o estudo
do comportamento. Possui características semelhantes as da teoria do
comportamento organizacional.
Teoria da Contingência: Ou teoria contingencial, tem sua ên-
fase no ambiente e na tecnologia. Nessa teoria enfatiza-se a relativi-
dade, ou seja, não existe nada de absoluto nas organizações. Como
enfoque tem-se a análise ambiental, abordagem do sistema aberto e
administração da tecnologia.
Novas Abordagens na Administração: Essa teoria tem sua
ênfase na competitividade, com enfoques no caos e complexidade,
aprendizagem organizacional e capital intelectual. Surgiu com a neces-
sidade das organizações buscarem novos recursos, novos meios de
produção e conceitos de qualidade diante de sua evolução.
É valido salientar que, com a evolução das organizações,
diante do avanço tecnológico e competitividade, a forma de adminis-
trar sempre vai encontrar novos desafios e novas soluções. Assim, as
teorias também precisam se adaptar para que consigam ser viáveis e
aplicáveis na situação proposta.

29
Administração - Teorias da Administração
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=fgWRI0q-
daKU>.

ERRO E FRAUDE

As fraudes contábeis segundo Iudícibus (2003) se dão por


“enganar os outros em benefício próprio. Pode ser roubo, desfalque,
estelionato, falsificação, etc. Por exemplo, falsificação de documentos,
apropriação indevida de bens, cálculos errados”.
Crepaldi (2010) diz que a fraude, problema cada vez mais re-
corrente nas empresas, é um problema que se dá pelo enfraquecimento
dos valores éticos, morais e sociais mas, principalmente, pelo trabalho
ineficaz do controle interno de uma organização. O mesmo autor des-
creve que a ocorrência de atuação inadequada da administração ou de
algum dos membros de seu conselho, as pressões internas e externas,
transações que possam parecer anormais, problemas internos com os
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

trabalhos de auditoria e fatores dos sistemas de informação podem le-


var ao risco de ocorrência da fraude ou erro.
É importante ressaltar que há diferença entre fraude e erro. O
erro se dá por uma ação culposa, mas sem intenção de praticá-la, en-
quanto a fraude é um ato doloso praticado com intenção. Abaixo, Pezzi
(2012) apresenta, por meio de um quadro, as principais diferenças entre
erro e fraude.

Quadro 5 - Diferenças entre erro e fraude


ERRO FRAUDE
Ação involuntária Ação premeditada
Esquecimento, desatenção, impe-
Dolo com intenção
rícia
Forma estranha à vontade da em- Com o intuito de “lavagem de dinhei-
presa ro”

30
Ato intencional de omissão ou mani-
Ato não-intencional
pulação
Falsificação ou alteração de registros
Omissão
e documentos
Má interpretação de gatos nas de- Omissão de transações nos registros
monstrações contábeis contábeis
Aplicação de práticas contábeis inde-
Erros aritméticos
vidas
Desvios de dinheiro, despesas fictí-
Incorreta classificação das contas
cias
Podem levar à falência da empresa Responsabilidade penal e civil
Ocorrem também por falta de co- Para ocultar desvios ou transações
nhecimento ilegais
Fonte: Piezzi, 2012.

Os conceitos de erro e fraude acima citados são descritos na


área contábil. Mas é importante frisar que os erros e fraudes são recor-
rentes na área de saúde e segurança do trabalho, quando alguns pro-
cedimentos deixam de ser relatados, ou quando há atos de negligência,

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imprudência ou imperícia, que levam a fraude, por exemplo, sejam por
parte da organização ou do trabalhador.
As definições de negligência, imprudência ou imperícia podem
causar alguma confusão ou até parecer ter o mesmo conceito, mas são
situações diferentes, que implicam em uma conduta errada do profis-
sional, e são causas de culpa. A negligência se dá pela omissão do
profissional diante da situação, quando este sabe que a execução do
procedimento é feita de maneira errada e inadequada. A imprudência
se dá quando o profissional possui o conhecimento dos riscos e, ainda
assim, executa-os. Já a imperícia ocorre pela falta de técnica, capacita-
ção e conhecimento de um profissional que executa determinada tarefa,
quando não possui habilidades para tal.
Um exemplo sobre uma situação de negligência pode ser dado
pela falta de manutenção preventiva em quaisquer máquinas ou equipa-
mentos numa organização conforme orientações do fabricante. A falta
de realização das manutenções preventivas pode fazer com que a má-
quina ou equipamento seja danificado pelo uso indevido, ocasionando
possíveis causas de acidentes, com proporções mínimas ou fatais. Uma
situação negligente também muito comum no setor de segurança e saú-
31
de do trabalho é diante do uso dos equipamentos de proteção individual
- EPI. A proteção do trabalhador e sua integridade física ficam, muitas
vezes, condicionadas ao uso desses equipamentos e, sem fiscalização,
esses equipamentos acabam em desuso pelos funcionários. Dessa for-
ma, uma situação em que os trabalhadores estejam sem o uso dos EPIs
quando deveriam estar usando, e os responsáveis ou colegas de tra-
balham não corrijam quanto à atitude inadequada, ocorre uma situação
de negligência.
A situação descrita acima caracterizada como negligência
pode se tornar uma situação em que ocorre a imprudência. Por exem-
plo, estando as manutenções em dia, bem como a disponibilização dos
EPIs e suas orientações de uso disponibilizadas e comprovadas, caso
o trabalhador ainda insista em realizar suas atividades sem a proteção
adequada ele, passar a agir de forma imprudente. A imprudência é mui-
to comum em situações onde se diz realizar um trabalho rapidamente e,
com isso, não se faz o uso dos equipamentos de proteção, ou mesmo
quando se anda com uma velocidade acima do permitido em uma situa-
ção que envolva automóveis.
A imperícia pode ser exemplificada em qualquer situação onde
um trabalhador esteja executando uma ação ou atividade em que não
se encontra devidamente qualificado para fazer. Por exemplo, um tra-
balhador exercendo atividades em painéis elétricos sem ser capacitado
pela NR-10; realizar procedimentos de primeiros socorros sem possuir
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treinamento, ou mesmo fazer operação com o uso de máquinas em-


pilhadeiras, sem curso específico, são situações caracterizadoras de
imperícia.
As figuras 12 e 13 mostram os profissionais em trabalho em
altura, devendo ser utilizados equipamentos de proteção contra quedas.
Na figura 12 é possível ver que o trabalhador faz o uso de cinto de segu-
rança. Já a figura 13, mostra a imprudência do profissional ao executar
o trabalho em altura, na construção civil, sem o uso de equipamentos
de segurança.

32
Figura 12 - Exemplo de trabalho em altura

Fonte: Portal no Ar, 2018.

Figura 13 - Exemplo de trabalho em altura

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Fonte: G1, 2013.

33
QUESTÕES DE CONCURSOS

QUESTÃO 1
Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: SEFAZ RJ Prova: Auditor Fiscal da
Receita Estadual Nível: Médio.
O gerente financeiro da rede de loja Mais Clara do Brasil S. A., com
o objetivo de pagar menos ICMS, adulterou o valor e o registro de
duas notas fiscais de vendas. De acordo com a NBC TI − Auditoria
Interna, o ato praticado pelo gerente configura:
a) Omissão de imposto
b) Elisão fiscal
c) Erro intencional
d) Fraude
e) Omissão de receita

QUESTÃO 2
Ano: 2017 Banca: FUNDATEC Órgão: CREMERS Prova: Analista
Contábil Nível: Médio.
O ato intencional de omissão e/ou manipulação de transações e
operações, adulteração de documentos, registros, relatórios, infor-
mações e demonstrações contábeis, tanto em termos físicos quan-
to monetários, constitui o que as normas brasileiras de contabili-
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dade que tratam de auditoria interna denominam de:


a) Fraude
b) Erro
c) Sonegação
d) Corrupção
e) Falcatrua

QUESTÃO 3
Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TCE-CE Prova: Analista de Controle
Externo Nível: Fácil.
Nos termos da NBC TA 240, o ato intencional que envolve dolo para
obtenção de vantagem ilegal é denominado
a) Erro
b) Fraude
c) Fator de risco
d) Risco de auditoria
e) Evento de risco

34
QUESTÃO 4
Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: TRT 19ª Região Prova: Analista Ju-
diciário Nível: Médio.
O auditor verificou que houve ato intencional de omissão de in-
formação por parte de funcionários da entidade auditada. Essa si-
tuação obrigou-o a assessorar a administração, informando-a, por
escrito e de maneira reservada, uma vez que, nos termos da Reso-
lução CFC 986/2003, trata-se de:
a) Erro
b) Inconsistência
c) Desvio
d) Adulteração
e) Fraude

QUESTÃO 5
Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: TCE-GO Prova: Analista de Controle
Externo Nível: Difícil.
Atenção: Para responder à questão, considere as seguintes infor-
mações:
O auditor independente, durante a execução dos trabalhos de au-
ditoria nas Demonstrações Contábeis do exercício de 2014 da em-
presa Abacaxi Doce S/A, constatou que o valor de duas notas fis-
cais referentes à venda à vista, após o recebimento em dinheiro do

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valor da venda, foram adulterados, possibilitando ao tesoureiro da
empresa desviar R$ 10.000,00 para sua conta bancária. Em conse-
quência, as duas notas fiscais foram contabilizadas por um valor a
menor do que o recebido.
Com relação à adulteração de documentos com o objetivo de des-
vio de recursos financeiros pelo chefe da tesouraria, de acordo
com as normas de auditoria (NBC TA 240), caracteriza:
a) Erro grave
b) Irregularidade nos registros contábeis
c) Fraude
d) Sonegação fiscal
e) Omissão de lucro

QUESTÃO 6
Ano: 2009 Banca: Com. Exam. Órgão: MPE-PR Prova: Promotor de
Justiça Nível: Difícil.
Dentre as proposições abaixo, assinale a INCORRETA:
a) Acidente do trabalho é o infortúnio que ocorre pelo exercício do tra-
balho, acarretando lesão corporal ou perturbação funcional que cause
35
a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capaci-
dade para o trabalho;
b) o ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou
de companheiro de trabalho, durante a atividade laboral, deixa de ser
equiparado a acidente de trabalho, para utilização dos benefícios da
Previdência Social;
c) os dependentes do trabalhador somente farão jus ao benefício aci-
dentário caso o segurado faleça em virtude do acidente, ou por doença
relacionada ao trabalho que desempenhou;
d) o segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantido, pelo prazo
mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na
empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independen-
temente de percepção de auxílio-acidente;
e) a empresa é responsável pela adoção e uso de medidas coletivas e
individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador, também
devendo prestar a este informações pormenorizadas sobre os riscos da
operação a executar e do produto a manipular.

QUESTÃO 7
Ano: 2013 Banca: FEPESE Órgão: DPE-SC Prova: Técnico Admi-
nistrativo Nível: Médio.
Assinale a alternativa correta de acordo com o Direito Penal.
a) Diz-se tentado o crime, quando nele se reúnem todos os elementos
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de sua definição legal.


b) O crime é tentado quando o agente causa o resultado por imprudência.
c) O crime é consumado quando o agente assumiu o risco de produzi-lo
d) O crime é culposo quando o agente assumiu o risco de produzi-lo.
e) O crime é culposo, quando o agente deu causa ao resultado por im-
prudência, negligência ou imperícia.

QUESTÃO 8
Ano: 2013 Banca: IBFC Órgão: PC-RJ Prova: Perito Criminal Nível:
Médio.
Tendo em vista os conceitos de impudência, negligências e im-
perícia, correlacione as afirmativas abaixo com os itens I, II e III,
respectivamente e assinale a alternativa que apresenta a relação
correta.
( ) Deixar de cumprir com o cuidado razoável exigido para a aquela
ação/atividade.
( ) Caracterizada por uma conduta comissiva, é ausência do dever
de cuidado, materializado em uma ação, ou seja, na realização de
um ato, sem as providências e cautelas necessárias.
36
( ) Falta de aptidão técnica, teórica ou prática - é o atuar na prática
profissional sem observar as normas existentes para o desempe-
nho da atividade.
I. Imprudência
II. Negligência
III. Imperícia
a) I; III; II.
b) I; II; III.
c) II; III; I.
d) III; II; I.
e) II; I; III.

QUESTÃO 9
Ano: 2012 Banca: CESGRANRIO Órgão: PETROBRAS Prova: Ins-
petor de Segurança Interna Nível: Médio.
Um vigilante ficou acordado por duas noites seguidas e, ao sair do
serviço, quis chegar logo em casa. Dirigiu num dia chuvoso, vindo
a cochilar no volante. Com isso, perdeu o controle do veículo e
provocou um acidente com vítimas.
De acordo com a Legislação Penal, ele cometeu um crime por:
a) Imprudência
b) Negligência
c) Imperícia

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d) Imperícia e por imprudência
e) Imperícia e por negligência

QUESTÃO 10
Ano: 2012 Banca: VUNESP Órgão: UNICAMP Prova: Procurador de
Universidade Assistente Nível: Fácil.
São modalidades de culpa, expressamente previstas no art. 18, II
do CP:
a) Direta e eventual
b) Levíssima, leve e grave
c) Leve, grave e gravíssima
d) Consciente e inconsciente
e) Imprudência, negligência e imperícia

QUESTÃO 11
Ano: 2009 Banca: CESGRANRIO Órgão: IBGE Prova: Agente Cen-
sitário Nível: Médio.
Considerando o conjunto das funções administrativas, Administra-
ção pode ser definida como:
37
a) Organização de pessoas em torno de metas corporativistas definidas
de comum acordo, por meio de processo participativo.
b) Organização e centralização de estratégias para delegar funções,
com o objetivo de atingir eficientemente as metas preestabelecidas.
c) Processo que inclui planejamento, organização, direção, controle e
uso de recursos organizacionais, a fim de atingir objetivos com eficiên-
cia e eficácia.
d) Estudo sistemático do comportamento das pessoas, a fim de orientá-
-las quanto à adoção de atitudes receptivas junto ao público alvo.
e) Reunião eventual de duas ou mais pessoas que cumprem papéis
formais e que possuem pelo menos um objetivo comum.

QUESTÃO 12
Ano: 2016 Banca: PR4 Órgão: UFRJ Prova: Administrador Nível:
Médio.
A medida da eficiência de um administrador (na relação entre pro-
duto e insumo) no uso dos recursos da organização, para produzir
um bem ou prestar um serviço, representa o conceito de:
a) Força de trabalho
b) Capital humano
c) Produtividade
d) Prioridade competitiva
e) Liderança
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

QUESTÃO 13
Ano: 2013 Banca: FUNCAB Órgão: RBTRANS Prova: Agente Nível:
Médio.
Pode-se dizer que uma organização é:
a) Um grupo de pessoas reunidas para executar uma tarefa.
b) Uma união de recursos necessários para gerar lucro.
c) Uma equipe reunida para obter benefício mútuo.
d) Um grupo responsável por realizar ações sociais.
e) Uma entidade social estruturada e orientada para alcançar um obje-
tivo comum.

QUESTÃO 14
Ano: 2013 Banca: FUNCAB Órgão: RBTRANS Prova: Agente Nível:
Médio.
Uma empresa responsável pela gestão de transportes se estrutu-
rou em diversos departamentos. O departamento responsável pela
gestão da distribuição de recursos materiais é o de:
a) Logística
38
b) Finanças
c) Marketing
d) Produção
e) Operações

QUESTÃO 15
Ano: 2015 Banca: IBFC Órgão: Docas-PB Prova: Administrador Ní-
vel: Difícil.
O texto a seguir será a base para a questão.
Para que as organizações funcionem adequadamente e alcancem
seus objetivos, e necessário que as tarefas ou funções especia-
lizadas sejam executadas. As principais funções organizacionais
e que são coordenadas pela administração geral da empresa são
de Produção, Marketing, Pesquisa e desenvolvimento, Finanças e
Recursos Humanos.
Leia as afirmativas a seguir:
I. Produção (operações) tem como objetivo transformar insumos
(matérias-primas e outros) em produtos ou serviços para suprir a
necessidade do cliente.
II.Relações entre a organização e seus clientes. Abrange as dife-
rentes atividades de pesquisa e desenvolvimento de produtos, dis-
tribuição, preço e promoção (publicidade e propaganda).
III. Pesquisa e desenvolvimento tem como objetivo transformar as

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informações do marketing, as melhores ideias e os avanços tecno-
lógicos e da ciência em produtos e serviços.
IV. Finanças atende a organização cuidando eficazmente e prote-
gendo seus recursos financeiros.
V.Recursos humanos tem como tarefas o planejamento, recruta-
mento e seleção de pessoas para a mão-de-obra necessária, treina-
mento e desenvolvimento, avaliação e desempenho, remuneração,
higiene, saúde e segurança, administração de pessoal e funções
pós- emprego.
Assinale a alternativa correta sobre as afirmações acima.
a) Somente as afirmações I e II estão corretas.
b) Somente as afirmações II e III estão corretas.
c) Somente as afirmações I, II e III estão corretas.
d) Somente as afirmações I, II, III, IV e V estão corretas

QUESTÃO DISSERTATIVA - DISSERTANDO A UNIDADE

Descreva a diferença entre imperícia, imprudência e negligência.

39
TREINO INÉDITO

Coloque E quando uma característica se identificar como “Erro” e F para


“Fraude”
( ) ação involuntária
( ) dolo com intenção
( ) omissões de transações
( ) ocultar desvios
( ) classificação das contas incorretas
A sequência correta acima é
a) F,F,F,F,F
b) E,E,E,E,E
c) F,F,E,F,E
d) F,F,F,E,E
e) E,F,F,F,E

NA MÍDIA

‘SE HOUVE IMPERÍCIA, IMPRUDÊNCIA OU NEGLIGÊNCIA’, TEM


QUE PUNIR, DIZ MOURÃO SOBRE BRUMADINHO
Após desastre ocorrido com a barragem da mineradora Vale em Bruma-
dinho, que deixou muitos mortos e desaparecidos, busca-se encontrar
os responsáveis pelo acontecimento.
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Fonte: G1 - O Portal de Notícias da Globo


Data:28/01/2019
Leia a notícia na íntegra:https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noti-
cia/2019/01/28/se-houve-impericia-imprudencia-ou-negligencia-tem-
-que-punir-diz-mourao-sobre-brumadinho.ghtml

NA PRÁTICA

Apesar de saber sobre as responsabilidades civil e penal a que estão


submetidos, muitos profissionais passam por cima do aspecto ético e
moral, em busca de adquirir alguma vantagem com tal ação. São muitos
os casos encontrados sobre o ganho de um percentual, caso aprove ou
libere algum documento, caso omita alguma informação, dentre outras
situações.
A fiscalização deve ocorrer de forma eficaz e severa, assim como o pro-
cesso de auditoria, principalmente no quesito imparcialidade. E os res-
ponsáveis por tais atos devem ser punidos rigorosamente. Uma ação
irresponsável pode causar prejuízos irreparáveis.
40
ENTIDADES E ASSOCIAÇÕES
E ASPECTOS ÉTICOS LIGADOS À SST

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ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS
ÓRGÃOS E INSTITUIÇÕES

Para que a saúde e a integridade física do trabalhador sejam


preservadas, há um conjunto de entidades e associações que impõem
parâmetros às organizações e se comprometem com a fiscalização
para garantir proteção ao trabalhador. Sabe-se que, muitas vezes, o
desinteresse por parte dos empregadores, em implementar as normas
relacionadas à segurança e a saúde do trabalho são grandes, mediante
custos e trabalho para execução. Entretanto, é necessário que essas
ações sejam sempre recorrentes, visando a segurança e zelo pela vida
e saúde dos funcionários, o que, por consequência, garante melhorias
no processo produtivo da organização.
A preocupação com a saúde e a segurança dos trabalhadores
foi surgindo com a Revolução Industrial. Essa época foi um período de
grandes transformações, tanto na economia mundial, quanto nos cená-
rios tecnológico, cultural e social. Entretanto, com a evolução dos meios
41
de produção, evoluíram-se também as mais diversas doenças e mor-
tes entre os funcionários, mediante as condições precárias de trabalho.
Além disso, havia o alto número de mulheres e crianças submetidas
ao trabalho, a maioria em jornadas exaustivas, ultrapassando quatorze
horas de trabalho diários.
Diante dessas condições, deram início aos primeiros movi-
mentos de trabalhadores contra as péssimas condições de trabalho, e
ambientes totalmente inadequados para executar os serviços, ou seja,
ambientes insalubres. As classes dos operários se organizaram em sin-
dicatos, em busca de organizar, defender e atingir seus interesses pro-
fissionais.
Com essas movimentações, muitas oriundas de conflitos e re-
voltas, surgiram as primeiras leis internacionais de proteção ao traba-
lhador. A Organização Internacional do Trabalho, por exemplo, veio a
surgir em 1919.

Entidades Nacionais
A PNSST - Política Nacional de Segurança e Saúde do Traba-
lhador foi criada com o intuito de garantir que, o trabalho, base da orga-
nização social e direito humano fundamental, seja realizado em condi-
ções que contribuam para a melhoria da qualidade de vida, a realização
pessoal e social dos trabalhadores, e sem prejuízo para sua saúde,
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

integridade física e mental, segundo o próprio documento.


Desse modo, para que essa garantia seja efetivada, a PNSST
descreve o compromisso de alguns setores do governo, envolvidos na
execução e desenvolvimento dessa política, descriminadas a seguir.

Ministério do Trabalho e Emprego


• Formular e implementar as diretrizes e normas de atuação da
área de segurança e saúde no trabalho;
• Planejar, coordenar e orientar a execução do Programa de
Alimentação do Trabalhador e da Campanha Nacional de Prevenção de
Acidentes do Trabalho;
• Planejar, supervisionar, orientar, coordenar e controlar as
ações e atividades de inspeção do trabalho na área de segurança e
saúde;
• Orientar e controlar a execução das atividades relacionadas
com a inspeção do trabalho, no âmbito das Delegacias Regionais do
Trabalho, incluindo as ações de mediação e arbitragem e fiscalização
dos Acordos e Convenções Coletivas;
42
• Garantir e coordenar as atividades da Comissão Tripartite Pa-
ritária Permanente – CTPP;
• Elaborar e revisar as Normas Regulamentadoras.

Com a reforma realizada nos ministérios em 2019, o MTE foi


extinto e suas atribuições foram diluídas no Ministério da Cidadania,
Ministério da Economia e Ministério da Justiça e Segurança Pública. No
que diz respeito à SST, algumas áreas passaram a ser de competência
do Ministério da Economia, sendo a previdência, as políticas e diretrizes
para modernização das relações de trabalho, a fiscalização do trabalho
e a segurança e saúde no trabalho propriamente ditas.

Fundacentro/MTE
• Desenvolver pesquisas relacionadas a promoção das melho-
rias das condições de trabalho;
• Produzir e difundir conhecimentos técnicos científicos, em SST;
• Desenvolver atividades de educação e treinamento em SST;
• Subsidiar a elaboração e revisão das Normas Regulamenta-

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doras;
• Avaliar as atividades de modo a dimensionar o impacto das
ações desenvolvidas, permitindo sua reorientação.

Ministério da Previdência Social


• Fiscalizar e inspecionar os ambientes do trabalho, com vista
à concessão e manutenção de benefícios por incapacidade; à fidedigni-
dade das informações declaradas aos bancos de dados da Previdência
Social; e à arrecadação e cobrança das contribuições sociais decorren-
tes dos riscos ambientais presentes no ambiente de trabalho;
• Avaliar a incapacidade laborativa para fins de concessão de
benefícios previdenciários;
• Avaliar, em conjunto com o SUS, a relação entre as condições
de trabalho e os agravos à saúde dos trabalhadores;
• Implementar uma política tributária que privilegie as empre-
sas com menores índices de doenças e acidentes de trabalho;
• Implementar a adoção do nexo epidemiológico presumido para
a caracterização dos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.
43
Ministério da Saúde, enquanto gestor nacional do SUS
• Coordenar, no âmbito do SUS, as ações decorrentes desta
Política e assessorar as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde
na sua execução.
• Apoiar o funcionamento da Comissão Intersetorial de Saúde
do Trabalhador do Conselho Nacional de Saúde (CIST).
• Definir mecanismos de financiamento das ações em saúde do
trabalhador no âmbito do SUS.
• Implantar e acompanhar a implementação da Rede Nacional
de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador – RENAST, como estraté-
gia privilegiada para as ações previstas nesta Política.
• Definir, em conjunto com estados e municípios, normas, parâ-
metros e indicadores para o acompanhamento das ações de saúde do
trabalhador a serem desenvolvidas no SUS, segundo os respectivos
níveis de complexidade destas ações.
• Prestar cooperação técnica aos estados e municípios na im-
plementação das ações decorrentes desta Política.
• Facilitar a incorporação das ações e procedimentos de saúde
do trabalhador nos procedimentos de vigilância epidemiológica, sanitá-
ria e ambiental.
• Promover a incorporação das ações de atenção à saúde do
trabalhador na rede de serviços de saúde, organizada por níveis de
complexidade crescente, na atenção básica, serviços de urgência e
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emergência, na média e alta complexidade.


• Organizar e apoiar a operacionalização da rede de informa-
ções em saúde do trabalhador no âmbito do SUS.
• Promover a revisão periódica da listagem oficial de doenças
relacionadas ao trabalho no território nacional.
• Fomentar a notificação dos agravos à saúde relacionados ao
trabalho considerados como de notificação de interesse da Saúde Pública.
• Definir e promover a implementação de estratégias voltadas
à formação e à capacitação de recursos humanos do SUS nesta área.
• Implementar a rede de laboratórios de toxicologia e avaliação
ambiental.

Papel da sociedade civil organizada


A sociedade civil organizada deverá exercer o papel de con-
trole social, participando de todas as etapas e espaços consultivos e
deliberativos relativos à implementação desta política.

44
A Revista Proteção lista uma série de entidades nacionais e
estrangeiras que possuem compromissos e responsabilidades no que
diz respeito à SST.
- Nacionais. Disponível em: <http://www.protecao.com.br/con-
teudo/entidades/nacionais/J9jg_AQ>.
- Internacionais (com destaque para a ACGIH e OHSAS). Dis-
ponível em: <http://www.protecao.com.br/conteudo/entidades/interna-
cionais/A5yA_Ac>.

Cronologia das legislações referente à SST


A saúde e segurança do trabalho são regidas por uma série
de normas, legislações, enfim, documentos que visam garantir a saúde
e proteção do trabalhador no mercado de trabalho. A seguir, tem-se
a principais legislações referentes à SST que são vigentes no país. É
válido ressaltar que cada uma delas será estudada detalhadamente na
disciplina de Legislação e Normas Técnicas.

ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS


Normas regulamentadoras
Abaixo, tem-se um quadro com as Normas Regulamentadoras
- NR vigentes que abordam a saúde e segurança do trabalhador em
diversos ramos do trabalho.

Quadro 6 - Normas Regulamentadoras


Normas Regulamen-
Nomenclatura
tadoras (NR)
1 Disposições Gerais
2 Inspeção Prévia (Revogada)
3 Embargo ou Interdição
Serviços Especializados em Engenharia De Segu-
4
rança e em Medicina do Trabalho
5 Comissão Interna de Prevenção De Acidentes
6 Equipamento de Proteção Individual - EPI
7 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

45
8 Edificações
9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
Segurança em Instalações e Serviços em Eletrici-
10
dade
Transporte, Movimentação, Armazenagem e Ma-
11
nuseio de Materiais
Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipa-
12
mentos
Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações e Tan-
13
ques Metálicos de Armazenamento
14 Fornos
15 Atividades e Operações Insalubres
16 Atividades e Operações Perigosas
17 Ergonomia
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indús-
18
tria da Construção
19 Explosivos
Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e
20
Combustíveis
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

21 Trabalhos a Céu Aberto


22 Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração
23 Proteção Contra Incêndios
Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de
24
Trabalho
25 Resíduos Industriais
26 Sinalização de Segurança
Registro Profissional do Técnico de Segurança do
27
Trabalho (Revogada)
28 Fiscalização e Penalidades
Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde
29
no Trabalho Portuário
30 Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário

46
Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura,
31 Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aqui-
cultura
Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de
32
Saúde
Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços
33
Confinados
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indús-
34
tria da Construção, Reparação e Desmonte Naval
35 Trabalho em Altura
Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de
36
Abate e Processamento de Carnes e Derivados
37 Segurança e Saúde em Plataformas de Petróleo
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

As NRs são disponibilizadas no site da Escola Nacional da

ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS


Inspeção do Trabalho - ENIT, pela Secretaria de Inspeção do Trabalho,
no campo “Saúde e Segurança do Trabalho”. É importante acessar pelo
site oficial do Governo Federal, pois as NRs estão em constante atuali-
zação e são publicadas sempre em suas versões mais recentes.

Lei Complementar
Nº 142, DE 8 DE MAIO DE 2013 - Regulamenta o § 1o do art.
201 da Constituição Federal, no tocante à aposentadoria da pessoa com
deficiência segurada do Regime Geral de Previdência Social - RGPS.

Leis federais
Quadro 7 - Leis Federais
LEI DATA DE VIGOR DETERMINAÇÃO
Estatui normas reguladoras do traba-
Nº 5.889 8 DE JUNHO DE 1973
lho rural e outras providências

47
Altera o Capítulo V do Titulo II da
22 DE DEZEMBRO DE Consolidação das Leis do Trabalho,
Nº 6.514
1977 relativo à segurança e medicina do
trabalho e dá outras providências
Dispõe sobre a Especialização de
Engenheiros e Arquitetos em Enge-
27 DE NOVEMBRO DE nharia de Segurança do Trabalho, a
Nº 7.410
1985 Profissão de Técnico de Segurança
do Trabalho, e dá outras providên-
cias.
Dispõe sobre os Planos de Benefí-
Nº 8.213 24 DE JULHO DE 1991 cios da Previdência Social e dá ou-
tras providências
Proíbe a exigência de atestados de
gravidez e esterilização, e outras
práticas discriminatórias, para efeitos
Nº 9.029 13 DE ABRIL DE 1995
admissionais ou de permanência da
relação jurídica de trabalho, e dá ou-
tras providências.
Dispõe sobre limites à exposição
humana a campos elétricos, mag-
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

Nº 11.934 5 DE MAIO DE 2009 néticos e eletromagnéticos; altera a


Lei no 4.771, de 15 de setembro de
1965; e dá outras providências.
Estabelece diretrizes gerais sobre
medidas de prevenção e combate a
incêndio e a desastres em estabe-
lecimentos, edificações e áreas de
Nº 13.425 30 DE MARÇO DE 2017 reunião de público; altera as Leis nºs
8.078, de 11 de setembro de 1990,
e 10.406, de 10 de janeiro de 2002
– Código Civil; e dá outras providên-
cias.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

48
Decreto-Lei
DECRETO-LEI N.º 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943 - Consoli-
dação das Leis do Trabalho.

Decretos
Quadro 8 - Decretos
DECRETO DATA DE VIGOR DETERMINAÇÃO
Consolida atos normativos edi-
tados pelo Poder Executivo
Nº 62.151
Federal que dispõem sobre a
(Revogado
5 DE NOVEMBRO DE promulgação de convenções e
pelo Decreto
2019 recomendações da Organização
nº 10.088, de
Internacional do Trabalho - OIT
2019)
ratificadas pela República Fede-
rativa do Brasil.
Regulamenta a Lei nº 7.410, de
27 de novembro de 1985, que
dispõe sobre a especialização
de Engenheiros e Arquitetos em
Nº 92.530 9 DE ABRIL DE 1986

ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS


Engenharia de Segurança do
Trabalho, a profissão de Técnico
de Segurança do Trabalho e dá
outras providências.
Promulga Convenção 182 e a
Recomendação 190 da Organi-
zação Internacional do Trabalho
12 DE SETEMBRO DE (OIT) sobre a Proibição das Pio-
Nº 3.597
2000 res Formas de Trabalho Infantil e
a Ação Imediata para sua Elimi-
nação, concluídas em Genebra,
em 17 de junho de 1999.
DE 27 DE DEZEMBRO Aprova o Regulamento da Inspe-
Nº 4.552
DE 2002 ção do Trabalho.

49
Regulamenta os artigos 3o, alí-
nea “d”, e 4o da Convenção 182
da Organização Internacional
do Trabalho (OIT) que trata da
proibição das piores formas de
DE 12 DE JUNHO DE trabalho infantil e ação imediata
Nº 6.481
2008 para sua eliminação, aprovada
pelo Decreto Legislativo nº 178,
de 14 de dezembro de 1999, e
promulgada pelo Decreto no
3.597, de 12 de setembro de
2000, e dá outras providências.
Regulamenta o art. 206-A da Lei
no 8.112, de 11 de dezembro de
Nº 6.856 25 DE MAIO DE 2009 1990 – Regime Jurídico Único,
dispondo sobre os exames mé-
dicos periódicos de servidores.
Dispõe sobre a Política Nacional
7 DE NOVEMBRO DE
Nº 7.602 de Segurança e Saúde no Tra-
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

2011
balho - PNSST.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

Instruções Normativas
Quadro 9 - Instruções Normativas
INSTRUÇÃO
DATA DE VIGOR DETERMINAÇÃO
NORMATIVA
Da Secretaria de Segurança
e Saúde do Trabalho - Aprova
o texto sobre a “Avaliação das
20 DE DEZEMBRO DE
Nº 01 concentrações de Benzeno em
1995
Ambientes de Trabalho”, refe-
rente ao Anexo 13-A Benzeno da
Norma Regulamentar 15.

50
Do Instituto nacional do Seguro
Social - Aprova Norma Técnica
5 DE DEZEMBRO DE sobre Lesões por Esforços Re-
Nº 98
2003 petitivos - LER ou Distúrbios Os-
teomusculares Relacionados ao
trabalho - DORT.
Da Secretaria de Inspeção do
Trabalho - Dispões sobre os pro-
cedimentos da fiscalização das
13 DE AGOSTO DE
Nº 70 condições de trabalho, seguran-
2007
ça e saúde de vida a bordo de
embarcações nacionais e es-
trangeiras.
Da Secretaria de Inspeção do
Trabalho - Dispõe sobre proce-
Nº 76 15 DE MAIO DE 2009
dimentos para a fiscalização do
trabalhador rural.
Dispõe sobre a fiscalização do
28 DE MARÇO DE
Nº 102 trabalho infantil e proteção ao

ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS


2013
adolescente trabalhador.
Estabelece Procedimento Espe-
cial para a ação fiscal da Norma
11 DE JANEIRO DE regulamentadora nº 12 - Segu-
Nº 129
2017 rança e Saúde no Trabalhador
em Máquinas e Equipamentos -
e dá outras providências.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

51
Portarias
Quadro 10 - Portarias
PORTARIA DATA DE VIGOR DETERMINAÇÃO
Do Ministério do trabalho - Apro-
va as Normas Regulamentado-
ras - NR - do Capítulo V, título
3.214 8 DE JUNHO DE 1978
II, da Consolidação das Leis do
Trabalho, relativas a Segurança
e Medicina do Trabalho.
Interministerial do Ministério do
10 DE AGOSTO DE Trabalho/Ministério da Saúde -
3.195
1988 institui a Campanha interna de
Prevenção da AIDS - “CIPAS”.
Interministerial do Ministério do
Trabalho/Ministério da Saúde -
22 DE SETEMBRO DE
3.257 Recomenda aos locais de traba-
1988
lho a adoção de medidas restriti-
vas ao hábito de fumar.*
Do Ministério do Trabalho - Dis-
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

21 DE SETEMBRO DE
3.275 põe sobre as atividades do Téc-
1989
nico de Segurança do Trabalho.*
Da Secretaria Nacional do Tra-
9 DE OUTUBRO DE balho - Altera os Anexos 11 e 13
9
1992 da Norma Regulamentadora nº
15.
Da Secretaria de Segurança e
Saúde no Trabalho - Aprova o
10 1 DE JULHO DE 1993 Modelo de registro Profissional
do técnico de Segurança do Tra-
balho.*

52
Da Secretaria de Segurança e
Saúde no Trabalho - Aprova o
29 DE DEZEMBRO DE
25 texto da Norma Regulamenta-
1994
dora nº 9 (Riscos Ambientais) e
altera as NR - 05 e 16.*
Da Secretaria de Segurança e
Saúde no trabalho - Classifica os
Cremes Protetores como Equi-
29 DE DEZEMBRO DE pamentos de Proteção Individual
26
1994 (EPI), com sua inclusão na Nor-
ma Regulamentadora - NR 6 da
Portaria nº 3.214/1978 e demais
providências.
Interministerial do Ministério da
Saúde/Ministério do Trabalho
e Emprego - Aprova o regula-
mento técnico e seus anexos,
contendo disposições sobre os
procedimentos de instalações

ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS


de Unidade de Esterilização por
482 16 DE ABRIL DE 1999
óxido de etileno e de suas mis-
turas e seu uso, bem como, de
acordo com as suas competên-
cias e estabelece ações sob a
responsabilidade do ministério
da Saúde e Ministério do Traba-
lho e Emprego.*

53
Do Ministério do Trabalho e Em-
prego - Dispõe sobre a fiscaliza-
ção das normas de proteção ao
trabalho e de vida a borda pres-
210 30 DE ABRIL DE 1999 critas na Convenção nº147 da
OIT, sobre Normas Mínimas da
Marinha Mercante, promulgada
pelo Decreto nº 447, de 7 de fe-
vereiro de 1992.
Da Secretaria de Segurança e
Saúde do Trabalho - Prazo para
24 27 DE MAIO DE 1999
o dimensionamento de CIPA na
indústria da Construção.*
Secretaria de Segurança e Saú-
de do Trabalho - Determina o
20 DE DEZEMBRO DE
34 protocolo para a utilização de
2001
indicador biológico da exposição
ocupacional ao benzeno.*
Interministerial do Gabinete de
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

Segurança Institucional/Minis-
tério do Trabalho e Emprego -
Recomenda às empresas que,
através de suas Comissões
Internas de Prevenção de aci-
10 DE JULHO DE dentes - CIPAs, desenvolvam
10
2003 atividades educativas e de cons-
cientização do problema do uso
e abuso de substâncias psicoati-
vas no trabalho, particularmente
dos efeitos do uso de bebidas
alcoólicas e sua relação com o
trabalho.*

54
Ministério do Trabalho e Empre-
go/Interministerial do Ministério
da Saúde - Proíbe a comercia-
775 28 DE ABRIL DE 2004 lização de produtos acabados
que contenham “benzeno” em
sua composição, admitindo, po-
rém, alguns percentuais.
Do Ministério da Saúde - Dispõe
sobre a regularização dos pro-
cedimentos relativos à vigilância
776 28 DE ABRIL DE 2004
da saúde dos trabalhadores ex-
postos ao benzeno, e dá outras
providências.
Conjunta da Secretaria de Ins-
peção do Trabalho/Departamen-
4 DE DEZEMBRO DE to de Segurança e Saúde no
191
2006 Trabalho - Inclui o subitem E.2
no anexo I da Norma Regula-
mentadora nº 6.

ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS


Do Ministério do Trabalho e Em-
prego - Dispõe sobre o Registro
262 29 DE MAIO DE 2008
Profissional de Técnico de Se-
gurança do Trabalho.*
Do Ministério do Trabalho e Em-
prego - Disciplina a avaliação de
08 DE JANEIRO DE
32 conformidade dos Equipamen-
2009
tos de Proteção Individual e dá
outras providencias.
Da Secretaria de Inspeção do
Trabalho - Indica os locais e ser-
88 28 DE ABRIL DE 2009 viços considerados perigosos ou
insalubres, proibidos ao trabalho
do menor de 18 anos.*

55
Da Secretaria de Inspeção do
Trabalho - Define o processo
administrativo para suspensão e
12 DE NOVEMBRO
125 cancelamento de Certificação e
DE 2009
Aprovação de Equipamentos de
Proteção Individual e dá outras
providencias.
Ministério do Trabalho e Empre-
go - Disciplina a forma de atua-
ção da Inspeção do Trabalho, a
11 DE MARÇO DE elaboração do planejamento da
546
2010 fiscalização, a avaliação de de-
sempenho funcional dos Audi-
tores Fiscais do Trabalho, e dá
outras providências.
Da Secretaria de Inspeção do
Trabalho/Departamento de Se-
gurança e Saúde no trabalho -
Altera a Portaria nº 121, de 30 de
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

setembro de 2009, que estabe-


184 21 DE MAIO DE 2010 lece as normas técnicas de en-
saios e os requisitos obrigatórios
aplicáveis aos Equipamentos de
Proteção Individual - EPI enqua-
drados no Anexo I da NR-6 e dá
outras providências.
Aprova a Norma regulamentado-
ra nº 36 - Segurança e Saúde no
555 18 DE ABRIL DE 2013 trabalho em Empresas de Abate
e Processamento de Carnes e
Derivados.

56
Aprova o Anexo 3 - Atividades
e operações perigosas com ex-
posição a roubos ou outras es-
pécies de violência física nas
2 DE DEZEMBRO DE
1.885 atividades profissionais de se-
2013
gurança pessoal ou patrimonial
- da Norma Regulamentadora nº
16 - Atividades e operações pe-
rigosas.
Altera a Norma regulamentado-
594 28 DE ABRIL DE 2014 ra nº 13 - Caldeiras e Vasos de
Pressão.
Prorroga os prazos para ade-
quação à Norma Regulamenta-
16 DE JULHO DE
1.079 dora nº 20 - Segurança e Saúde
2014
no Trabalho com Inflamáveis e
Combustíveis.
05 DE NOVEMBRO Disciplina os procedimentos rela-
1.719
DE 2014 tivos aos embargos e interdições.

ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS


Estabelece procedimentos para
o acesso ao sistema CAEPI -
Certificação de Aprovação de
Equipamentos de Proteção Indi-
vidual - CAEPI, para o cadastro
20 DE NOVEMBRO de empresas fabricantes e/ou
451
DE 2014 importadoras de Equipamentos
de Proteção Individual e para a
emissão e renovação do Cer-
tificado de Aprovação - CA de
Equipamentos de Proteção Indi-
vidual - EPI.

57
Estabelece as normas técnicas
de ensaios e os requisitos obri-
20 DE NOVEMBRO gatórios aplicáveis aos Equipa-
452
DE 2014 mentos de Proteção individual -
EPI enquadrados no Anexo I da
NR-6 e dá outras providências.
Estabelece requisitos para a
702 28 DE MAIO DE 2015 prorrogação de jornada em ativi-
dade insalubre.
Dispõe sobre os procedimentos
29 DE SETEMBRO DE de descadastramento voluntário
507
2015 de empresas e instituições que
deixem de utilizar Benzeno.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

Resoluções
Quadro 11 - Resoluções
RESOLUÇÃO DATA DE VIGOR DETERMINAÇÃO
Do Conselho Federal de Enge-
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

nharia, Arquitetura e Agronomia


- Dispõe sobre o exercício profis-
Nº 359 31 DE JULHO DE 199 sional, o registro e as atividades
do Engenheiro de Segurança do
Trabalho, e dá outras providên-
cias.
Dispõe sobre procedimentos a
08 DE JULHO DE serem adotados pela Perícia
Nº 485
2015 Médica na inspeção no ambiente
de trabalho dos segurados.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

As certificações não são garantias de que tudo está ocorren-


do de maneira correta nas organizações, pois, não significa alcançar a
58
excelência, mas sim, atender aos requisitos mínimos, no que se refere
aos documentos de referência.
Uma das deficiências no procedimento de certificação dos sis-
temas de gestão é não dar a devida importância à avaliação de desem-
penho com o intuito de garantir a eficácia de controles operacionais e
dos programas de segurança.

ASPECTOS ÉTICOS DA PROFISSÃO

De acordo com a Resolução nº 1002 do CONFEA - Conse-


lho Federal de Engenharia e Agronomia, o código de ética profissional
dita os fundamentos éticos e as condutas necessárias à boa e honesta
prática das profissões de engenharia e relaciona os direitos e deveres
pertencentes a esses profissionais.
Ainda na mesma resolução, é destacado o princípio da eficácia
profissional, onde a profissão é realizada pelo cumprimento de forma
responsável e pela competência dos compromissos profissionais, utili-
zando técnicas adequadas para garantir a qualidade dos serviços e pro-
dutos, realização dos resultados esperados, se atentando à segurança
em todos os procedimentos envolvidos.
É de responsabilidade do engenheiro, especialmente o enge-

ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS


nheiro de segurança do trabalho, alertar sobre os riscos relacionados
às orientações técnicas e às possíveis consequências, caso haja o des-
cumprimento dessas orientações. É importante aqui, que a forma como
o assunto é abordado deve ser dito ao cliente, de forma a facilitar sua
compreensão, bem como obedecer as diretrizes ditadas pelas normas
vigentes.
É vedado ao engenheiro qualquer descuido com as medidas
de segurança e saúde do trabalho, assim como ditar ritmos de trabalho
que sejam excessivos e sobrecarregados ou que exerçam pressão psi-
cológica ou algum tipo de assédio sobre os profissionais da organiza-
ção. Quaisquer condutas que inflijam o código de ética estão passíveis
de punição do conselho regional, sendo o engenheiro responsabilizado
civil e criminalmente pelos danos ocorridos, tanto ao trabalhador, quan-
to à sociedade. Todavia, espera-se que o engenheiro cumpra com sua
responsabilidade ética e social, visto que esse profissional é reconheci-
do pela sociedade como o capaz de provocar melhorias nas condições
de vida da comunidade como um todo. Projetar, desenvolver, pesquisar
ou melhorar processos não é o suficiente, quando há por trás de todos
esses procedimentos uma dimensão ética e social.
59
Além disso, a responsabilidade ética também está em dar a de-
vida importância ao tema de saúde e segurança no trabalho. Os poucos
investimentos em meios acadêmicos e profissionais ainda provocam
perdas econômicas, culturais e sociais significativas em todo o mundo.
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

60
QUESTÕES DE CONCURSOS

QUESTÃO 1
Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT 24ª Região Prova: Técnico Ju-
diciário Nível: Médio.
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes − CIPA − tem como
objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do traba-
lho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com
a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. Em
relação à CIPA, segundo a legislação,
a) os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão
eleitos, entre todos os empregados, em escrutínio secreto.
b) os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão de-
signados pelo sindicato.
c) o empregador designará, anualmente, dentre os seus representantes
eleitos, o Vice-Presidente da CIPA.
d) o mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 ano,
permitida uma reeleição.
e) os empregados elegerão, dentre os empregados designados pelo
sindicato, o Presidente da CIPA.

QUESTÃO 2

ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS


Ano: 2018 Banca: CESGRANRIO Órgão: TRANSPETRO Prova: En-
fermeiro do Trabalho Junior Nível: Médio.
A Convenção nº 182 da Organização Internacional do Trabalho
(OIT), convocada em Genebra, em 1999, e ratificada pelo Brasil em
2000, dispõe sobre:
a) Igualdade de oportunidades e de tratamento para trabalhadores e
trabalhadoras com responsabilidades familiares
b) Indenização de trabalhadores por doenças ocupacionais
c) Piores formas de trabalho infantil e a ação imediata para sua eliminação
d) Prevenção de acidentes industriais maiores
e) Proteção à maternidade

QUESTÃO 3
Ano: 2017 Banca: IADES Órgão: EBCT Prova: Engenheiro Segu-
rança do Trabalho Júnior Nível: Fácil.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) tem como objetivo
promover a justiça social e o reconhecimento internacional dos
direitos humanos trabalhistas. A OIT é uma agência ligada à:
a) Confederação Nacional da Indústria (CNI)
61
b) Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT)
c) Organização Nacional do Comércio
d) Organização das Nações Unidas (ONU)
e) Secretaria de Relações do Trabalho

QUESTÃO 4
Ano: 2016 Banca: IBFC Órgão: COMLURB Prova: Técnico de Segu-
rança do Trabalho Nível: Médio.
Em conformidade com o Decreto 93.413, de 15 de outubro de 1986,
que promulga a Convenção n° 148 sobre a Proteção dos Trabalha-
dores Contra os Riscos Profissionais Devidos à Contaminação do
Ar, ao Ruído e às Vibrações no Local de Trabalho, em seu Artigo 2,
todo Membro que, no momento da ratificação, não tenha aceito as
obrigações previstas na Convenção, relativas a todas as catego-
rias de riscos, deverá posteriormente notificar _________________
______________, quando julgue que as circunstâncias o permitem,
que aceita tais obrigações com respeito a uma ou várias das cate-
gorias anteriormente excluídas.
Selecione a alternativa que preenche corretamente a lacuna acima.
a) A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
b) O Diretor-Geral da Repartição Internacional do Trabalho.
c) O Ministério do Trabalho.
d) O Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

do Trabalho.

QUESTÃO 5
Ano: 2018 Banca: CESGRANRIO Órgão: TRANSPETRO Prova: Co-
zinheiro Nível: Fácil.
Ocorrendo um acidente de trabalho em uma embarcação, o mes-
mo deve ser comunicado através da Comunicação de Acidentes de
Trabalho – CAT – em um determinado número de vias.
A segunda via da CAT é destinada à (ao):
a) empresa
b) INSS
c) Ministério do Trabalho
d) segurado ou dependente
e) sindicato da classe do trabalhador

QUESTÃO DISSERTATIVA - DISSERTANDO A UNIDADE

Discorra sobre as ações vedadas ao engenheiro de segurança do traba-


lho e o que se espera de sua conduta profissional.
62
TREINO INÉDITO

Analise as proposições abaixo:


I- Desenvolver pesquisas relacionadas com a promoção das melhorias
das condições de trabalho é um trabalho da Fundacentro.
II- Definir, em conjunto com estados e municípios, normas, parâmetros
e indicadores para o acompanhamento das ações de saúde do traba-
lhador a serem desenvolvidas no SUS, segundo os respectivos níveis
de complexidade destas ações, é um trabalho do MTE. (errado, é do
Ministério da Saúde)
III- Orientar e controlar a execução das atividades relacionadas a inspe-
ção do trabalho, no âmbito das Delegacias Regionais do Trabalho, in-
cluindo as ações de mediação e arbitragem e fiscalização dos Acordos
e Convenções Coletivas é um trabalho da Previdência Social. (errado,
é do MTE)
IV- Implementar uma política tributária que privilegie as empresas com
menores índices de doenças e acidentes de trabalho é trabalho do Mi-
nistério da Previdência Social
Estão corretas as proposições
a) I e IV, apenas.
b) I, III e IV, apenas.
c) I, II e IV, apenas.
d) II e III, apenas.

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e) I, II, III e IV.

NA MÍDIA

SAIBA COMO FICAM OS SERVIÇOS DO MINISTÉRIO DO


TRABALHO COM A EXTINÇÃO DA PASTA

A extinção do Ministério do Trabalho e Emprego provoca mudanças sig-


nificativas, especialmente na vida profissional dos trabalhadores. Ainda
é vago algumas funções, mas é fato que tantos fatores a ser tratados
por um Ministério que não possui essa função pede a refinamento.

Fonte: O Globo
Data: 04/12/2018
Leia a notícia na íntegra: https://oglobo.globo.com/economia/saiba-
-como-ficam-os-servicos-do-ministerio-do-trabalho-com-extincao-da-
-pasta-23279747

63
NA PRÁTICA

Ainda que existisse uma pasta específica para a fiscalização no que


diz respeito ao trabalhado, sabe-se que a fiscalização ainda ocorria de
forma ineficaz. Diversas irregularidades são registradas no Ministério
Público e, em muitos casos, não se vê uma conclusão ou um parecer.
A preocupação com a notícia do MTE é a violação dos direitos trabalhis-
tas, que se tornam ainda mais delicados, e a fragilidade nas investiga-
ções do Ministério Público do Trabalho, que decorrem nesse setor com
benefícios para o trabalhador, como detecção de situações de trabalho
em condições precárias ou análogas a trabalho escravo, por exemplo.
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

64
POLÍTICAS E PROGRAMAS DE
ENG. DE SEGURANÇA DO TRABALHO,
SESMT E SOFTWARES APLICADOS

ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS


ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS
RECOMENDAÇÕES PARA POLÍTICA, PROGRAMA E GESTÃO DA
SEGURANÇA E SAÚDE

O avanço tecnológico, o processo de globalização e compe-


titividade entre as organizações vêm sendo importantes fatores para
que as empresas invistam em novas ferramentas de gestão, visando a
melhoria contínua de seus produtos e serviços e do ambiente de produ-
ção. Dessa forma, não só resultado dos lucros se torna importante, mas
também a saúde e integridade dos funcionários envolvidos no processo.
Nessa perspectiva, é fundamental que as organizações invistam em po-
líticas, programas e formas de gestão específicas para garantir a saúde
e proteção de todos os colaboradores.
A política na área de engenharia de saúde e segurança do tra-
balho deve ser composta de diretrizes, propostas e compromissos, prin-
65
cipalmente por parte da organização, que sejam específicas para cada
situação, ou seja, específica para cada organização diante do setor de
atuação, deve ser clara quanto às suas implicações, acessível a todos
os colaboradores da empresa e revisada continuamente.
As organizações devem expressar, por meio de suas políticas
direcionadas à SST, o comprometimento com o controle de riscos exis-
tentes diante dos processos de trabalho e produção, com as legislações
e normas regulamentadoras relacionadas à SST que visa a proteção
do trabalhador, a melhoria contínua da gestão de saúde e segurança,
dentre outros.
Há também, além das políticas, os programas baseados em
normas regulamentadoras, que atuam na prevenção e correção dos
riscos existentes no ambiente de trabalho, com atuação nos campos
administrativo, operacional e técnico.
A saber, a política de uma organização se dá pelos planos de
ações criados para atuar na prevenção de acidentes e doenças ocupa-
cionais. O programa é formado por um conjunto de itens que atuam na
prevenção e correção com aplicação no trabalho direcionado tanto às
pessoas, quanto aos equipamentos e processos da empresa, visando o
estabelecimento e cumprimento de normas de segurança.
A OHSAS 18001 objetiva auxiliar as organizações com tópicos
que ajudam a produzir um Sistema de Gestão De Saúde e Segurança
do Trabalho (SGSST) eficiente para que elas possam alcançar seus
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

objetivos propostos em relação à SST. Assim, seus requisitos se encon-


tram no quadro 12 a seguir.

Quadro 12 - Requisitos OHSAS 18001


4.1 Requisitos Gerais
4.2 Políticas de SST
4.3 Planejamento
4.3.1 Identificação de perigos, avaliação de riscos e determinação de
controles
4.3.2 Requisitos legais e outros
4.3.3 Objetivos e programa(s)
4.3.4 Programa de gestão de SST
4.4 Implementação e operação
4.4.1 Recursos, funções, responsabilidades, prestações de contas e au-
toridades
4.4.2 Competência, treinamento e conscientização

66
4.4.3 Comunicação, participação e consulta
4.4.4 Documentação
4.4.5 Controle de documentos
4.4.6 Controle operacional
4.4.7 Preparação e resposta a emergências
4.5 Verificação
4.5.1 Monitoramento e medição do desempenho
4.5.2 Avaliação do atendimento a requisitos legais e outros
4.5.3 Investigação de incidentes, não conformidade, ação corretiva e
ação preventiva
4.5.3.1 Investigação de incidente
4.5.3.2 Não conformidade, ação corretiva e ação preventiva
4.5.4 Controle de registros
4.5.5 Auditoria interna
4.6 Análise crítica pela direção
Fonte: Adaptado de OHSAS 18001.

De acordo com Angeluci et al. (2005), a inclusão da Qualidade


de Vida no trabalho (QVT) dentro das empresas gera inúmeros benefí-

ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS


cios, ainda imensuráveis em sua totalidade e os dados estatísticos são
aleatórios. Todavia, a redução de custos com a saúde dos trabalha-
dores é significativa, apresentando diminuição dos níveis de estresse,
menor incidência e prevalência de doenças ocupacionais e todos esses
fatores associados ao aumento de produtividade.
Desse modo, segundo Alves (2011), muitas empresas têm bus-
cado incorporar programas padronizados de QVT de forma imediata,
sem planejamento técnico, operacional e de recursos, especialmente
os investimentos. Diante disso, os resultados obtidos são contrários aos
esperados. Isto se deve ao fato de que não existe um padrão quando
se trata de qualidade de vida no trabalho, pois cada organização se
encaixa em um padrão diferente. Assim, cada programa deve ter um
direcionamento, uma vez que cada empresa tem a sua especificidade.
Alves (2011) ainda explica que ao recorrer à literatura tem-se
uma gama de ações e programas implantados por grandes empresas
que obtiveram resultados positivos se tornando referência ou modelos a
ser seguidos. Assim, o quadro abaixo apresenta algumas destas ações
em QVT que podem ser aplicadas nas organizações, de forma simplifi-
cada, organizada e didática.
67
Quadro 13 - Programas de implantação da QVT e seus resultados
Programas Principais resultados observados
Aumenta a disposição e satisfação dos trabalhado-
res, aumenta a tolerância ao estresse, redução do
Exercícios físicos absenteísmo, melhora do relacionamento interpes-
soal, redução dos acidentes de trabalho, redução
dos gastos médicos.
Treinamento e de- Aumento do capital intelectual, aperfeiçoamento
senvolvimento dos das atividades, satisfação profissional, aumento da
Trabalhadores produtividade.
Aumento do desempenho nas atividades, redução
Ergonomia
dos acidentes de trabalho.
Prevenção e reabilitação de doenças ocupacionais,
prevenção de acidentes de trabalho, melhor integra-
Ginástica Laboral
ção entre os trabalhadores, diminuição do absen-
teísmo, aumento da produtividade.
Motivação, satisfação profissional, satisfação das
Benefícios
necessidades pessoais, aumento da produtividade.
Aumento do desempenho do trabalhador, aumento
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

Avaliação de desem-
da produtividade, aumento da satisfação profissio-
penho
nal.
Gera um ambiente mais saudável, prevenção de ris-
Higiene e segurança cos à saúde, diminuição dos acidentes de trabalho,
do trabalho diminuição do absenteísmo e rotatividade, aumento
da produtividade.
Mantêm seus recursos humanos, aperfeiçoamento
Estudo de cargos e da administração dos recursos humanos, aumento
salários da motivação e satisfação dos trabalhadores, au-
mento da produtividade.
Redução de riscos, melhora na segurança opera-
Controle de álcool e cional e da saúde dos trabalhadores, melhora na
drogas autoestima, diminuição dos acidentes de trabalho e
absenteísmo.

68
Motivação, satisfação profissional, aumento da
Preparação para autoestima, melhora na relação interpessoal, des-
aposentadoria cobrimento de novas habilidades e competências,
benefícios na vida social e familiar do trabalhador.
Diminuição da obesidade, mudança no comporta-
Orientações nutricio-
mento de risco, aumento do desempenho e disposi-
nais
ção, aumento da produtividade.
Aumento da tolerância ao estresse, melhora no re-
Terapias alternativas lacionamento interpessoal, aumento da produtivida-
de.
Aumento da autoestima, aumento do desempenho
profissional, melhora no relacionamento interpes-
Musicoterapia
soal, aumento da tolerância ao estresse, prevenção
de doenças.
Aumento da autoestima, aumento do desempenho
Antitabagismo
e disposição, prevenção de doenças.
Fonte: Adaptado de Alves, 2011.

Além disso, há programas específicos e abrangentes com apli-

ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS


cação das NRs exigidas pelos órgãos federais, tais como:
ASO - Atestado de Saúde Ocupacional: Esse atestado é
uma maneira de comprovar que o funcionário está apto a realizar suas
funções no posto de trabalho. O ASO normalmente é realizado na ad-
missão, na demissão ou em casos de mudança de função. Nesse docu-
mento ficam detalhados, também, os exames necessários para verificar
a saúde do empregado.
LTCAT - Laudo Técnico de Condições Ambientais de Tra-
balho: Esse laudo possui a finalidade de documentar, conforme exigên-
cias da Lei 8.213/1991, as necessidades de que o trabalhador obtenha
a aposentadoria de forma especial, devido à exposição de agentes no-
civos no local de trabalho. Nesse laudo, ficam registrados os elementos
que são nocivos a saúde do trabalhador, as medições realizadas no
período do levantamento, a análise do local de trabalho e as medidas
preventivas realizada pelas organizações. O documento deve ser arqui-
vado pela empresa, com aval do profissional de Engenheiro de Segu-
rança do Trabalho e Médico do Trabalho. Assim, pode ser apresentado
ao INSS para ocasiões de aposentadoria especial de seus colaborado-
res. Qualquer empresa prestadora de serviços, empresas comercias e
69
industriais devem, obrigatoriamente, apresentar o LTCAT e deixá-lo à
disposição para fiscalização do INSS, independente do número de fun-
cionários ou da atividade que a organização executa.
PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupa-
cional: A NR-7, que rege o PCMSO, estabelece a obrigatoriedade da
elaboração e implantação, por parte de todos os empregadores e insti-
tuições que admitam trabalhadores com empregados, do PCMSO, com
o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus
trabalhadores. Ela também estabelece o controle de saúde, físico e
mental, do trabalhador, em relação às suas atividades, e obriga a reali-
zação de exames médicos admissionais, exames periódicos, de retorno
ao trabalho, de mudança de função, e exame demissional.
PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais:
Esse programa visa, de acordo com a NR-9, a preservação da saúde e
integridade dos trabalhadores, por meio da antecipação, reconhecimen-
to, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais
existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em
consideração a proteção de meio ambiente e dos recursos naturais.
Esse programa deve estar articulado com o programa anterior, o PCM-
SO. Seu principal objetivo é fazer com que a prevenção de acidentes
e de doenças elimine ou reduza os riscos para os colaboradores da
empresa.
A NR-9 também determina que se consideram riscos ambien-
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

tais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes


de trabalho que, em função da sua natureza, concentração ou inten-
sidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde
dos trabalhadores. O item 9.3 da NR trata sobre a estrutura do PPRA,
e o documento exige que o programa contenha um planejamento anual
com o estabelecimento de metas, prioridades e cronograma; estratégia
e metodologia de ação; forma do registro, manutenção e divulgação
dos dados e periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do
PPRA.
Além disso, o PPRA deve ser elaborado uma vez ao ano ou
sempre que necessário, quando, por ventura, surgir algum ajuste no
que se refere ao ambiente de trabalho, onde o trabalhador está exposto.
Em relação as suas etapas, deve incluir no PPRA a antecipação e reco-
nhecimento dos riscos; estabelecimento de prioridades e metas de ava-
liação e controle; avaliação de riscos e da exposição dos trabalhadores;
implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia; moni-
toramento da exposição aos riscos e registro e divulgação dos dados.
A elaboração, implantação, acompanhamento e avaliação do
PPRA poderão ser feitas pelo Serviço Especializado em Engenharia
70
de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT ou por pessoa ou
equipe de pessoas que, a critério do empregador, sejam capazes de
desenvolver o disposto nesta NR. Para o reconhecimento dos riscos
ambientais deve conter no relatório a sua identificação; a determinação
e localização das possíveis fontes geradoras; a identificação das pos-
síveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente
de trabalho; a identificação das funções e determinação do número de
trabalhadores expostos; a caracterização das atividades e do tipo da
exposição; a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de
possível comprometimento da saúde decorrente do trabalho; os possí-
veis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis
na literatura técnica e a descrição das medidas de controle já existentes.
PCMAT: Programa de Condições e Meio Ambiente de Tra-
balho: O PCMAT é um programa regido pela NR-18 e necessário em
estabelecimentos da indústria da construção com mais de vinte funcio-
nários. Estabelece condições e diretrizes de segurança do trabalho para
obras e atividades relativas à construção. O PCMAT estabelece um sis-
tema de gestão em segurança do trabalho nos serviços relacionados
à construção, e tem como objetivo a prevenção de riscos ambientais
que ocorrem no âmbito da empresa, tanto que necessita contemplar
as exigências contidas no PPRA. Além disso, ele ainda tem como meta
controlar, reduzir, evitar e neutralizar problemas de postura, ruídos ex-
cessivos, poeira nociva e inalação de fumaça, entre outros.

ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS


PCA: Programa de Conservação Auditiva: Os objetivos des-
se programa são medidas preventivas e de estabilização contra perda
auditiva nos trabalhadores, diante de sua exposição em locais de traba-
lho que apresentam ruídos.
PGR: Programa de Gerenciamento de Riscos: O PGR está
baseado na NR-22. O programa contempla a implantação de medidas
que preservem a vida e evitem danos físicos e psíquicos às pessoas,
além de controlar os agentes ambientais originados dos processos de
trabalho, por meio de monitoramentos periódicos, considerando a pro-
teção ao meio ambiente e aos recursos naturais das atividades mine-
radoras.

TIPOS DE GESTÃO

Para que a organização alcance seus objetivos de maneira efi-


ciente e eficaz, podem ser utilizadas diversas estratégias para percorrer
esse processo. Assim funcionam os processos de gestão, que combi-
nados e aplicados adequadamente, diante da análise da organização,
71
levam a empresa a continuar no mundo competitivo com qualidade, e
no ramo da segurança, com saúde e zelo pela vida do trabalhador.

Gestão por Processos


As organizações buscam o desenvolvimento de processos
e atividades que levarão à produção de resultados. De acordo com o
MGP (2013), a Gestão por Processos, também conhecida como Busi-
ness Process Management (BMP) é uma abordagem sistemática, que
potencializa o desempenho da organização, priorizando a excelência
organizacional e agilidade nos negócios. Todo o processo envolve a de-
terminação de recursos necessários, monitoramento de desempenho,
manutenção e gestão do ciclo de vida do processo. Fatores críticos de
sucesso na gestão por processos estão relacionados a como mudar as
atitudes das pessoas e/ou perspectivas de processos, para avaliar o
desempenho dos processos das organizações. As metas desse tipo de
sistema de gestão estão em tornar padrão os processos coorporativos
e agilizar produtividade e eficiência.
Para colocar em prática, é necessário que sejam determinadas
as tarefas, como o quadro a seguir sugere.
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

72
Quadro 14 - Tarefas da Gestão de Processos
Entender o ambiente interno e externo
Estabelecer estratégia, objetivos e abordagens
de mudanças
Assegurar patrimônio para mudança
Entender, selecionar e priorizar processos
Entender, selecionar e priorizar ferramentas de
modelagem

Entender, selecionar e priorizar técnicas de


MIASP
Projetar Processos
Formar equipe e time de diagnóstico de proces-
sos
Entender e modelar processos de situação atual
Definir e priorizar problemas atuais
Definir e priorizar soluções para os problemas
atuais
Reprojetar práticas de gestão e execução de
processos
Entender e modelar processos na situação fu-
tura

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Definir mudanças nos processos
Implantar novos processos
Implementar processos e mudanças
Promover a realização dos processos
Acompanhar execução dos processos
Gerir processos
Controlar execução dos processos
Realizar mudanças de curto prazo
Registrar o desempenho dos processos
Comparar o desempenho com referências inter-
nas e externas
Registrar e controlar desvios dos processos
Promover o Aprendizado Avaliar desempenho dos processos
Registrar aprendizado sobre os processos
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

73
A gestão por processos baseia-se em princípios que direcio-
nam para o desenvolvimento das ações, como satisfação dos clientes,
na gerência participativa, no desenvolvimento humano, na metodologia
padronizada, na melhoria contínua, na informação e comunicação e na
busca da excelência.

Gestão por Resultados


Para um resultado positivo, esperado por um dono de uma em-
presa, Dalledone (2012) mostra que é importante que todo o conjunto
da organização tenha uma boa comunicação e ligação, para que o ob-
jetivo seja alcançado. Assim também funciona o setor da segurança
e saúde do trabalho, visto que é necessário um comprometimento de
todos, enquanto funcionários e proprietários, para que o sistema de pre-
venção a correção de acidentes seja efetivado. Essas medidas só são
alcançadas com um bom gestor de resultados.
As ferramentas de gestão facilitam a compreensão e visualiza-
ção das unidades do negócio como um processo, a simular situações
que podem acontecer e prevenir o que é positivo e negativo, e a enten-
der o que sua empresa representa no mundo competitivo.
É importante compreender qual a representatividade da orga-
nização, para trabalhar melhor os diversos setores da empresa, obten-
do melhor controle e melhor gestão do resultado esperado.
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

Características como criatividade e pesquisas de mercado são


ferramentas importantes para o sucesso de bons resultados. Um le-
vantamento de informação, por exemplo, precisa ser conduzido por um
profissional com afinidades em pesquisa, estruturas e apresentação de
informação. É um conjunto de aços que envolve as habilidades de se-
lecionar as fontes confiáveis de pesquisa, entender e filtrar as informa-
ções, que podem afetar os resultados, trabalhar a informação para com-
preender o ambiente em que o negócio está inserido, e a sua relação no
campo competitivo, avaliar os pontos e as tendências que podem fazer
a situação do negócio sofrer mudanças e tornar a informação recebida
aplicável.
Hoje, o fator da segurança e saúde do trabalho é um importan-
te segmento a ser considerado à qualificação de uma empresa como
um todo. Uma organização que não zela pela vida e segurança de seus
colaboradores, não é vista com bons olhos, e pode em muitas situa-
ções, ficar para trás no mercado competitivo. Assim, esse fator também
se torna um marketing, quando uma empresa cria sua imagem, em que
a proposta desse conjunto se dá em fixar uma imagem na mente do
consumidor e dos clientes, quando estes devem escolher um produto
74
ou um serviço. Nessa perspectiva, existem cinco formas de marketing
de serviços, que levam a organização a obter resultados. São elas de-
talhadas na tabela abaixo.

Quadro 15 - Ferramentas de Marketing


Ferramenta de Marketing Análise
Essa ferramenta consiste na elaboração
de um discurso e mostrar ao cliente o por-
Marketing de diferenciação
quê seu produto/serviço é melhor do que o
da concorrência.
Essa estratégia precisa convencer o clien-
te de que seu produto/serviço realmente é
o melhor. Aqui a ideia é a famosa arte de
Marketing de convencimento
vestir a camisa da empresa, de realmente
usar e recomendar e de atestar que fun-
ciona.
Aqui, essa estratégia consiste em mostrar
Marketing de relacionamento ao cliente que ele é mais valioso que só o
dinheiro dele investido na empresa.
Essa estratégia busca aproveitar a opor-

ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS


tunidade e pegar o cliente desprevenido.
Marketing de oportunidade Também aproveita as necessidades emer-
genciais que aparecem, para apostar uma
nova estratégia.
O objetivo é fixar a marca direta ou indire-
Marketing de fixação de ima-
tamente ao tipo de serviço que a organiza-
gem
ção presta.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

Há várias outras maneiras de se alcançar bons resultados na


organização. O importante é que a gestão se torne cultura na empresa.
A equipe de gestão de uma organização deve ser capaz de sempre re-
formular princípios, métodos e processos, para garantir que a empresa
esteja sempre pronta para novos desafios.

75
Gestão de Pessoas
O gestor de pessoas deve entender e concordar com os princí-
pios e diretrizes que dita a organização onde trabalha. Esses princípios
devem ser identificados e esclarecidos, e a forma como a empresa se
relaciona com os funcionários também deve ser determinada por eles.
Se antes, o chefe de uma organização era o único que sabia
das funcionalidades, e assim, ele era o que mandava, agora passa a
existir uma nova forma de gerir os negócios, com estratégias propostas
por outros personagens na organização.
A atividade de gestão de pessoas é composta por elementos
que estruturam essa ferramenta, sendo a sinergia, a liderança e a com-
petição, propostas por Delledone (2012).
A sinergia se dá por um conjunto de ações que acontecem,
simultaneamente, voltadas a cumprir um objetivo comum. Ou seja, esse
elemento sugere que as ideias e competências diversas, das pessoas
que compõem um grupo, sejam colocadas em prática para atingir e
cumprir a meta, através da soma de todas as partes. É a comprovação
do ditado que se ouve popularmente, em que muitas cabeças juntas
pensam melhor que uma só.
A liderança é uma habilidade que um indivíduo do grupo possui
de conduzir todo o grupo até um objetivo determinado pelo próprio gru-
po. Assim, é importante que o líder tenha habilidades de conhecimen-
to, estabilidade emocional, paciência, assertividade, visão estratégica
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

e bom relacionamento interpessoal, além de saber interpretar as mais


diversas situações propostas a ele no dia a dia, de saber estruturar con-
ceitos e habilidade de negociação.
A liderança necessita de objetividade e mobilização de recur-
sos adequados e de articulações para lidar e gerir esses recursos, em
busca de atingir o objetivo. Para que esse trabalho seja executado com
sucesso é fundamental que o grupo liderado pelo líder reconheça sua
autoridade e capacidade de estar na posição de frente.
É válido ressaltar que, existem vários tipos de liderança, sendo
que um líder pode conter todos eles ou não. São quatro os tipos de lide-
rança, demonstrados na tabela abaixo.

Quadro 16 - Exemplos de Tipos de Liderança


O líder com essas habilidades domina a situa-
Liderança por domínio da
ção a ser enfrentada. Precisa tomar decisões
situação
e não se estende muito em negociações.

76
Esse tipo de liderança exige que o gestor
Liderança por relaciona- consiga mobilizar o grupo. Habilidades explí-
mento pessoal citas em sua forma de tratar e conversar com
as pessoas, de negociar e ser carismático.
Esse líder consegue separar as atividades
desenvolvidas individualmente, respeitando
Liderança pela competên-
as particularidades de cada um. Normalmen-
cia de planejamento
te esse tipo de líder possui perfil para lidar
com projetos complexos.
Esse líder tem o perfil de valorizar e estimu-
lar a criatividade do grupo. Articula as ideias,
Liderança pela valorização
dando mais força a elas. É o líder ideal quan-
do grupo
do o trabalho diz respeito à planejamentos
estratégicos.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

A sinergia junto com as quatro modalidades de liderança, re-


sultam em outra habilidade, conhecida como cooperação. A cooperação
faz com que a interação entre as pessoas seja de tal forma, a gastar o
mínimo de energia possível, ou seja, sem desperdício. Entretanto, sa-

ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS


be-se que em um meio coorporativo não há como evitar a competição,
que é outro elemento que estrutura a gestão de pessoas.
A competição é positiva para elevar o crescimento entre quem
está competindo. É claro que ela deve ser equilibrada, visto que a com-
petição em exagero pode ocasionar problemas sérios, como desperdí-
cio de tempo, energia e dinheiro, além do desgaste nas relações inter-
nas, principalmente quando essa competição se dá na disputa pelo no
mesmo trabalho, enquanto a falta dela pode ocasionar comodismo.
A cultura organizacional da empresa deve ser o reflexo do com-
portamento natural de seus colaboradores, por meio da forma do grupo
se expressar e do reforço de seus elos, através de valores, exemplos,
crenças, hábitos e atitudes. Assim, as ações e reações da empresa
frente aos desafios oportunos, são dadas pelo conjunto desses valores,
que formam a expressão particular do grupo em questão.
Dessa maneira, é importante que o gestor tenha cautela, prin-
cipalmente se esse for novo frente a um grupo já construído, ou se sua
tarefa for mudar a forma de agir da organização. É necessário possuir
conhecimento sobre as características da cultura vigente na empresa,
bem como seus rituais internos, para gerir as pessoas nessas situações
77
e conduzir as mudanças que grupo terá de enfrentar, assim como suas
reações.

SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA


E EM MEDICINA DO TRABALHO - SESMT

Segundo a NR 4, as empresas privadas e públicas, os órgãos


da administração direta e indireta e dos Poderes Legislativo e Judiciário,
que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Tra-
balho - CLT, manterão, obrigatoriamente, Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, com a finalidade
de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local
de trabalho.
O SESMT vem com o intuito de assessorar as organizações
e os trabalhadores, quanto aos requisitos necessários para que o am-
biente de trabalho seja seguro e salubre, visando, assim, a promoção
da saúde e integridade do trabalhador.
Esse serviço é dimensionado conforme a gravidade do risco da
atividade principal que o funcionário exerce, bem como o total de em-
pregados da empresa. Os profissionais que compõem esse serviço são,
o engenheiro de segurança do trabalho, o médico do trabalho, o enfer-
meiro do trabalho, o auxiliar de enfermagem do trabalho e o técnico de
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

segurança do trabalho. A quantidade necessária de cada um desses


profissionais se dá conforme o dimensionamento, feito com base nos
anexos da NR 4, que trata apenas sobre o SESMT.
Os membros do SESMT devem ser empregados da empresa
e não podem atuar em outras atividades na empresa durante o período
de atuação no SESMT. Além disso, a implantação e manutenção do
SESMT são por conta do empregador.
Schneider cita as atribuições do SESMT da seguinte forma:
• Aplicar os conhecimentos de segurança e medicina do trabalho;
• Determinar a utilização de EPI e EPC;
• Responsabilizar-se tecnicamente pela orientação quanto ao
cumprimento das NRs;
• Manter permanente relacionamento com a CIPA;
• Promover a realização de atividade de conscientização, edu-
cação e orientação dos trabalhadores;
• Esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes
do trabalho e doenças ocupacionais;
• Analisar todos os acidentes e doenças ocorridas na empresa.
Para a dimensão do SESMT, deve-se identificar a atividade
78
econômica principal da organização e, em seguida, o grau de risco que
tal atividade proporciona. Na sequência, determina-se a quantidade de
empregados que a empresa possui e, então fazer o dimensionamento
com os profissionais necessários, de acordo com o quadro II da NR 4,
intitulado “Dimensionamento do SESMT”.
O grau de risco é dado por um valor entre os números inteiros
de 1 à 4. Esses valores classificam a atividade principal exercida pelo
trabalhador, quanto ao risco de saúde mental e física, que essa é capaz
de proporcionar. O grau de risco 1 corresponde ao grau de risco mais
baixo, assim como o grau de risco 4 corresponde ao maior grau de ris-
co. A NR 4 apresenta em seu quadro I, os códigos, a denominação de
cada atividade e em qual grau de risco ela se enquadra.
A tabela 11 abaixo mostra a partir de qual quantidade de em-
pregados a obrigatoriedade do SESMT é necessária. É importante lem-
brar que a quantidade de cada profissional na empresa deve ser obser-
vada na NR 4.

Tabela 1 - Número mínimo de empregados para implantação do SESMT


Grau de risco Nº de empregados da organização
1 501
2 501
3 101

ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS


4 50
Fonte: Elaborado pelo autor, baseado em NR 4, 2019.

O SESMT deve ser registrado ao órgão regional do Ministério


do Trabalho e no procedimento de requerimento deve conter os dados
abaixo:
• Nome dos profissionais integrantes;
• Número de registro dos profissionais;
• Número de empregados da requerente (empresa) e grau de
risco das atividades, por estabelecimento;
• Especificação dos turnos de trabalho, por estabelecimento;
• Horário de trabalho dos profissionais.
É valido ressaltar que, quando se tratar de empreiteiras ou em-
presas prestadoras de serviços, considera-se estabelecimento para a
composição do SESMT, o local onde seus empregados estiverem exer-
cendo suas atividades, conforme NR-4.

79
Figura 14 - Quadro do SESMT: Denominação das atividades e classificação
quanto ao Grau de Risco

Fonte: NR- 4: SESMT, 2019.

Figura 15 - Quadro de dimensionamento dos membros do SESMT


ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

Fonte: NR-4: SESMT, 2019.


80
QUESTÕES DE CONCURSOS

QUESTÃO 1
Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: BANESTES Prova: Técnico de Segu-
rança do Trabalho Nível: Fácil.
Uma empresa prestadora de serviços na área de vigilância e se-
gurança privada bancária conta com efetivo de 300 seguranças de
agências bancárias e de transporte de valores.
De acordo com os dispositivos da NR-4, quadro II, quanto ao di-
mensionamento do SESMT, essa empresa apresenta:
a) Grau de risco 3, e estaria desobrigada de indicar MT para o SESMT;
b) Grau de risco 1, e deveria contar com 1 TST;
c) Grau de risco 2, e deveria contar com 2 TST;
d) Grau de risco 3, e deveria contar com 2 TST e 1 MT em tempo parcial;
e) Grau de risco 4, e deveria contar com 2 TST, 1 EST e 1 MT em tempo
parcial.

QUESTÃO 2
Ano: 2018 Banca: IBFC Órgão: Divinópolis Prova: Engenheiro Se-
gurança do Trabalho Nível: Médio.
Assinale a alternativa correta. De acordo com a Norma Regulamen-
tadora 4 para calcular e preencher os mapas dos anexos é correto

ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS


afirmar que:
a) ÍNDICE RELATIVO/TOTAL DE EMPREGADOS – é a divisão do nú-
mero absoluto de acidentes pelo número das horas trabalhadas no ano,
multiplicado por 1000
b) TAXA DE FREQÜÊNCIA – é o número de acidentes com afastamento
vezes um milhão e dividido pelo total das Horas-Homem Trabalhadas
do ano
c) NÚMERO ABSOLUTO – são dos números dos acidentes com e sem
afastamento, incluídos os de trajeto
d) ACIDENTES SEM VÍTIMA/ACIDENTES COM VÍTIMA - é a fração
ordinária com o número de acidentes sem lesão sobre o número de
acidentes com lesão

QUESTÃO 3
Ano: 2018 Banca: IBFC Órgão: Divinópolis Prova: Engenheiro Se-
gurança do Trabalho Nível: Médio.
Considere um ambulatório médico especializado, que conta com
231 trabalhadores. De acordo com a Norma Regulamentadora nº 4,
o número de médicos e técnicos de segurança do trabalho para a
81
composição do SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de
Segurança e Medicina do Trabalho), será respectivamente de:
a) 1 e 2
b) 1 e 3
c) 1 e 1
d) 2 e 2

QUESTÃO 4
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: SABESP Prova: Técnico de Segu-
rança do Trabalho Nível: Médio.
Considere uma empresa com 110 funcionários no total com a Clas-
sificação Nacional de Atividade Econômica CNAE: 33.11-2 − Manu-
tenção e reparação de tanques, reservatórios metálicos e caldei-
ras, exceto para veículos, cujo grau de risco é 3, de acordo com a
NR-04.
A quantidade de integrantes do SESMT deve ser de:
a) 3 integrantes do SESMT, sendo 1 técnico de segurança do trabalho,
1 engenheiro de segurança do trabalho e 1 médico do trabalho.
b) 2 integrantes do SESMT, sendo os 2 técnicos de segurança do tra-
balho.
c) 1 integrante do SESMT, sendo o técnico de segurança do trabalho.
d) 2 integrantes do SESMT, sendo 1 técnico de segurança do trabalho e
1 auxiliar de enfermagem do trabalho.
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

e) 1 integrante do SESMT, sendo um engenheiro de segurança do tra-


balho.

QUESTÃO 5
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: SABESP Prova: Técnico de Segu-
rança do Trabalho Nível: Médio.
Uma empresa de saneamento básico solicitou ao SESMT que apre-
sentasse o planejamento do treinamento obrigatório para os mem-
bros da CIPA de um de seus estabelecimentos que, em função do
enquadramento no Quadro I da NR-5, seria estabelecido pela pri-
meira vez. O técnico de segurança do trabalho assumiu a respon-
sabilidade pela programação desse treinamento, que deverá ser
realizado:
a) Nos 30 dias que antecedem a data da posse, com carga horária de
8 horas.
b) No prazo máximo de 30 dias, a partir da data da posse, com carga
horária de 20 horas.
c) Durante os 30 dias que antecedem a data da posse, com carga ho-
rária de 20 horas.
82
d) No prazo máximo de 30 dias, a partir da data da posse, com carga
horária de 8 horas.
e) Antes da posse, com carga horária de 8 horas.

QUESTÃO 6
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: ALESE Prova: Analista Legislativo
Nível: Superior.
A gestão de processos na organização se vale de algumas ferra-
mentas e metodologias, entre os quais o (a):
a) Matriz swot
b) Ciclo PDCA
c) Diagrama de Pareto
d) Perfil organizacional
e) Curva ABC

QUESTÃO 7
Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: CM Salvador Prova: Analista Legis-
lativo Municipal Nível: Superior.
Após girar o ciclo PDCA em sua empresa, um gestor chegou a uma
fase em que, por meio de indicadores de desempenho, era verifica-
do se os resultados haviam sido alcançados.
Depois de realizada a verificação, de acordo com a ordem do ciclo,
a próxima fase é a de:

ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS


a) execução
b) ação
c) planejamento
d) avaliação
e) checagem

QUESTÃO 8
Ano: 2018 Banca: FAPESE Órgão: UFS Prova: Assistente em Admi-
nistração Nível: Técnico.
Um Fluxograma pode ser entendido como sendo:
a) Um calendário que apresenta as datas para realização de uma tarefa.
b) Um gráfico que ilustra os departamentos e setores de uma organização.
c) Um relatório que armazena dados do fluxo de pessoas que entram e
saem de uma organização.
d) Um formulário que registra os horários de entrada e saída de funcio-
nários.
e) Uma representação gráfica que ilustra a sequencia de um trabalho,
caracterizando as operações, responsáveis e unidades envolvidas.

83
QUESTÃO 9
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: TCE-RS Prova: Auditor Público Ex-
terno Nível: Superior.
Entre as ferramentas disponíveis para a gestão de processos em
uma organização, aplicável na fase de mapeamento, insere-se:
a) O Workflow, consistente no conjunto de dinâmicas aplicadas aos
gestores da organização, objetivando a melhoria dos processos de
trabalho.
b) A desregulamentação, que corresponde ao encadeamento das tare-
fas e ações envolvidas em cada processo mapeado.
c) A Matriz SWOT, cujos quadrantes contemplam, de um lado, as ações
necessárias para a realização dos processos e, de outro, as áreas res-
ponsáveis.
d) O fluxograma, que traduz uma representação gráfica de todas as
fases dos processos, com inputs  (entradas) e outputs  (saídas).
e) O Benchmarking, consistente na automação do fluxo de trabalho,
envolvendo a sequência de etapas de cada processo.

QUESTÃO 10
Ano: 2018 Banca: CS UFG Órgão: CM GYN Prova: Assessor Técni-
co Nível: Técnico.
Empresas que adotam o modelo da administração por processos
são também chamadas de empresas:
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

a) horizontais
b) funcionais
c) verticais
d) divisionais

QUESTÃO DISSERTATIVA - DISSERTANDO A UNIDADE

Discorra sobre os programas de implantação que impactam na qualida-


de de vida do trabalhador, bem como seus resultados.

TREINO INÉDITO

Uma empresa com 1050 funcionários tem a necessidade de compor o


SESMT. Avaliando-a como grau de risco 3, qual a composição do SES-
MT dessa empresa:
a) 3 téc. de segurança, 1 engenheiro de segurança,1 aux. enfermeiro do
trabalho, 1 enfermeiro do trabalho e nenhum médico do trabalho.
b) 3 téc. de segurança, 2 engenheiros de segurança,1 aux. enfermeiro
do trabalho, nenhum enfermeiro do trabalho e 1 médico do trabalho.
84
c) 4 téc. de segurança, 1 engenheiro de segurança, 1 aux. enfermeiro
do trabalho, 1 enfermeiro do trabalho e 1 médico do trabalho.
d) 4 téc. de segurança, 1 engenheiro de segurança, 1 aux. enfermeiro
do trabalho, nenhum enfermeiro do trabalho e 1 médico do trabalho.
e) 4 téc. de segurança, 2 engenheiros de segurança, 1 aux. enfermeiro
do trabalho, 1 enfermeiro do trabalho e 1 médico do trabalho.

NA MÍDIA

PREVENCIONISTAS RELEMBRAM A IMPORTÂNCIA DO SESMT E


DO PROFISSIONAL TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO

O SESMT exige um olhar do profissional de segurança para provocar


melhorias no modo como a saúde e segurança são tratados no país,
com objetivos de promover a saúde e proteger a integridade do traba-
lhados no ambiente de trabalho, com olhares de prevenção.

Fonte: FUNDACENTRO
Data: 01/08/2018
Leia a notícia na íntegra:http://www.fundacentro.gov.br/noticias/de-
talhe-da-noticia/2018/8/prevencionistas-relembram-a-importancia-do-
-sesmt-e-do-profissional-tecnico-de-seguranca-do

ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS


NA PRÁTICA

Apesar de saber que um bom sistema de gestão a SST pode gerar,


além de cuidados ao trabalhador, economia significativa, muitos empre-
sários ainda se tornam resistentes à implantação do sistema.
De janeiro até julho de 2018, foram pagos mais de R$1 bilhão em bene-
fícios acidentários pela previdência social. Esses acidentes que provo-
cam esse tipo de gasto, são resultados, nas organizações, da falta de
planejamento, organização, estratégias e medidas de prevenção com a
saúde e segurança do trabalhador.
A saber, em 2018, o Brasil ocupava a 4ª posição no ranking mundial de
acidentes e doenças de trabalho, segundo dados da OIT. Dessa ma-
neira, evidencia-se a urgência em investir em sistemas de gestão para
atuar na prevenção de acidentes e eliminação ou redução de riscos
potenciais.

85
GABARITOS

CAPÍTULO 01

QUESTÕES DE CONCURSOS

01 02 03 04 05
D A B E C
06 07 08 09 10
B E E A E
11 12 13 14 15
C C E A D

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

Descreva a diferença entre imperícia, imprudência e negligência.


As definições de negligência, imprudência ou imperícia podem causar
alguma confusão ou até parecer ter o mesmo conceito, mas são situa-
ções diferentes, que implicam em uma conduta errada do profissional, e
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

são causas de culpa. A negligência se dá pela omissão do profissional


diante da situação, quando este sabe que a execução do procedimento
é feita de maneira errada e inadequada. A imprudência se dá quando o
profissional possui o conhecimento dos riscos, e, ainda assim, executa-
-os. Já a imperícia ocorre pela falta de técnica, capacitação e conheci-
mento de um profissional que executa determinada tarefa, quando não
possui habilidades para tal.

TREINO INÉDITO
Gabarito: E

86
CAPÍTULO 02

QUESTÕES DE CONCURSOS

01 02 03 04 05
D C D B D

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

Discorra sobre as ações vedadas ao engenheiro de segurança do traba-


lho e o que se espera de sua conduta profissional.
É vedado ao engenheiro qualquer descuido com as medidas de
segurança e saúde do trabalho, assim como ditar ritmos de trabalho que
sejam excessivos e sobrecarregados ou que exerçam pressão psicoló-
gica ou algum tipo de assédio sobre os profissionais da organização.
Quaisquer condutas que inflijam o código de ética estão passíveis de
punição do conselho regional, sendo o engenheiro responsabilizado,
civil e criminalmente, pelos danos ocorridos, tanto ao trabalhador, quan-
to à sociedade. Todavia, espera-se que o engenheiro cumpra com sua
responsabilidade ética e social, visto que esse profissional é reconhe-
cido pela sociedade como capaz de provocar melhorias nas condições

ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS


de vida da comunidade como um todo. Projetar, desenvolver, pesquisar
ou melhorar processos não é o suficiente quando há por trás de todos
esses procedimentos uma dimensão ética e social.

TREINO INÉDITO
Gabarito: A

87
CAPÍTULO 03

QUESTÕES DE CONCURSOS

01 02 03 04 05
A B A C B
06 07 08 09 10
B B E D A

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

Discorra sobre os programas de implantação que impactam na qualida-


de de vida do trabalhador, bem como seus resultados.
Comentar sobre o quadro abaixo em forma dissertativa.

Programas Principais resultados observados


Aumenta a disposição e satisfação dos trabalhadores, au-
Exercícios físi- menta a tolerância ao estresse, redução do absenteísmo,
cos melhora do relacionamento interpessoal, redução dos aci-
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

dentes de trabalho, redução dos gastos médicos.


Tr e i n a m e n t o
e desenvol- Aumento do capital intelectual, aperfeiçoamento das ativida-
vimento dos des, satisfação profissional, aumento da produtividade.
Trabalhadores
Aumento do desempenho nas atividades, redução dos aci-
Ergonomia
dentes de trabalho.
Prevenção e reabilitação de doenças ocupacionais, pre-
Ginástica La- venção de acidentes de trabalho, melhor integração entre
boral os trabalhadores, diminuição do absenteísmo, aumento da
produtividade.
Motivação, satisfação profissional, satisfação das necessi-
Benefícios
dades pessoais, aumento da produtividade.
Avaliação de Aumento do desempenho do trabalhador, aumento da pro-
desempenho dutividade, aumento da satisfação profissional.

88
Higiene e se- Gera um ambiente mais saudável, prevenção de riscos à
gurança do saúde, diminuição dos acidentes de trabalho, diminuição do
trabalho absenteísmo e rotatividade, aumento da produtividade.
Mantêm seus recursos humanos, aperfeiçoamento da ad-
Estudo de car-
ministração dos recursos humanos, aumento da motivação
gos e salários
e satisfação dos trabalhadores, aumento da produtividade.
Redução de riscos, melhora na segurança operacional e da
Controle de ál-
saúde dos trabalhadores, melhora na autoestima, diminui-
cool e drogas
ção dos acidentes de trabalho e absenteísmo.
Motivação, satisfação profissional, aumento da autoestima,
Preparação
melhora na relação interpessoal, descobrimento de novas
para aposen-
habilidades e competências, benefícios na vida social e fa-
tadoria
miliar do trabalhador.
Diminuição da obesidade, mudança no comportamento de
Orientações
risco, aumento do desempenho e disposição, aumento da
nutricionais
produtividade.
Terapias alter- Aumento da tolerância ao estresse, melhora no relaciona-
nativas mento interpessoal, aumento da produtividade.

ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS


Aumento da autoestima, aumento do desempenho profissio-
Musicoterapia nal, melhora no relacionamento interpessoal, aumento da
tolerância ao estresse, prevenção de doenças.
Aumento da autoestima, aumento do desempenho e dispo-
Antitabagismo
sição, prevenção de doenças.

TREINO INÉDITO
Gabarito: D

89
ALVES, E. F. Programas e ações em qualidade de vida no trabalho.
Revista INTERFACEHS. v.6. n.1. 2011

ANGELUCI, F. L. et al. A qualidade de vida no ambiente de trabalho


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dico de saúde ocupacional. 2005. 58 f. Monografia (Especialização
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BÄCHTOLD, C. Noções de Administração Pública. Instituto federal


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BRASIL. Norma Regulamentadora – NR 4: Serviços Especializados


em Engenharia De Segurança e em Medicina do Trabalho. Portaria
GM, nº 3214, 08 de junho de 1978. DOU 06/07/1978.

_______. Norma Regulamentadora – NR 5: Comissão Interna de Pre-


venção De Acidentes. Portaria GM, nº 3214, 08 de junho de 1978.
DOU 06/07/1978.

_______. Política Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador.


Brasília. 2004.
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

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Documentação. Manual de gestão por processos (MGP). Secretaria
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ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA - GRUPO PROMINAS

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