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ASSISTÊNCIA À SAÚDE E PSICOLOGIA APLICADA AO SISTEMA PRISIONAL - GRUPO PROMINAS
Núcleo de Educação a Distância
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Um abraço,
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ASSISTÊNCIA À SAÚDE E PSICOLOGIA APLICADA AO SISTEMA PRISIONAL - GRUPO PROMINAS
Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!
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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao
seu sucesso profisisional.
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Esta unidade discutirá os primórdios da pena e da penalidade
à luz da lei, para introduzir comentários sobre as diretrizes oficiais de
assistência à saúde no sistema prisional, a partir da Lei de Execução
Penal – LEP, bem como os elementos que constituem o tratamento
nos estabelecimentos penais federais, além de alguns documentos
oficiais importantes para o gestor do sistema prisional, como o Plano
Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário (PNSSP) e a Política de
Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sis-
tema Prisional (PNAISP) no âmbito do SUS. Descreve os modos de
assistência no contexto prisional, em especial, a assistência à saúde,
a assistência social e religiosa, e a assistência laboral, desportiva, lú-
ASSISTÊNCIA À SAÚDE E PSICOLOGIA APLICADA AO SISTEMA PRISIONAL - GRUPO PROMINAS
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Apresentação do Módulo ______________________________________ 11
CAPÍTULO 01
DIRETRIZES OFICIAIS DE ASSISTÊNCIA À SAUDE NO SISTEMA PRI-
SIONAL
Recapitulando _________________________________________________ 25
CAPÍTULO 02
ASSISTÊNCIA À SAÚDE NO ÂMBITO NO SISTEMA PRISIONAL
Recapitulando _________________________________________________ 44
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CAPÍTULO 03
A PSICOLOGIA E O SISTEMA PRISIONAL
Recapitulando __________________________________________________ 63
Glossário ________________________________________________________ 72
Referências _____________________________________________________ 73
ASSISTÊNCIA À SAÚDE E PSICOLOGIA APLICADA AO SISTEMA PRISIONAL - GRUPO PROMINAS
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Historicamente as prisões e o cárcere têm sido utilizados como
espaços especializados em punição e aplicação da vingança social so-
bre o criminoso, como mera instituição de vigilância e punição, segun-
do Foucault. Entretanto, com o aperfeiçoamento jurídico internacional,
respirando ares da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que
tem engendrado processos e diretrizes para um tratamento humano aos
sujeitos encarcerados, o Brasil como signatários desses tratados, vem
procurado realizar sua tarefa de oferecer melhor uma assistência nesse
contexto, embora saibamos fartamente das condições precárias e insa-
lubres dos cárceres brasileiros.
Além disso, se indaga se as prisões seriam lugares ideais para
recuperar ou ressocializar os sujeitos nela “depositados”, posto que
suas condições poderiam apenas potencializar doenças e a própria cri-
minalidade que pretende enfrentar. Por outro lado, a população carcerá-
ria no Brasil cresce a cada ano, e o Estado não consegue acompanhar
tal demanda, em termos de quantidade e qualidade de serviços, insta-
lações e recursos humanos. Nesse contexto, de instituição total, falida
para alguns, e “mal-necessário” para outros, se questiona sobre o papel
da ciência e da profissão de Psicologia.
Deste modo, antes de apontar esse papel da Psicologia, será
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ASSISTÊNCIA À SAÚDE E PSICOLOGIA APLICADA AO SISTEMA PRISIONAL - GRUPO PROMINAS
Eram 700 mil pessoas presas naquela época, sendo que 95%
são homens e 05% de mulheres, mas como tem sido o tratamento dessa
população no Sistema Prisional? Aliás, afinal, os sujeitos presos têm direito
a ser bem tratados após o acometimento de seus crimes? Ou seriam o mal
tratamento e as más condições, como superlotação e condições insalu-
ASSISTÊNCIA À SAÚDE E PSICOLOGIA APLICADA AO SISTEMA PRISIONAL - GRUPO PROMINAS
bres, formas de punir essas pessoas por seus crimes? O Sistema Prisio-
nal Brasileiro possui diretrizes e normativas, além de políticas e planos de
assistência à pessoa presa, de modo a não lhe ferir a dignidade humana.
Conhecer essas diretrizes e documentos oficiais são de funda-
mental importância para uma prática de gestão junto ao sistema prisional,
especialmente, na assistência à saúde e à inserção da Psicologia nesse
contexto. O termo “tratamento” pode adquirir diversos sentidos no contexto
penitenciário, seja relacionado à aplicação da pena (o tratamento jurídico)
ou à execução da pena (como forma de punir determinado delito), ou ain-
da, referir-se aos modos de dispensação de castigos ou medidas repressi-
vas, e ainda, modos mais humanizados de atendimento ao sujeito preso.
Quanto ao primeiro modo, de acordo com o Código Penal Bra-
sileiro, qualquer ato somente pode ser considerado crime, caso haja
uma lei anterior que assim o classifique e estabeleça uma sanção, de
modo que determinado ato infracional receberá da lei, o “tratamento
penal” que lhe cabe por correspondência. A esse modo de tratamento
penal denomina-se individualização da pena, conforme o Código Penal.
Entretanto, há um outro modo de conceber o tratamento penal,
que possui conotações médico-psiquiátricas, em termos de tratar o su-
jeito preso como um “paciente” ou “doente” com o seu delito-doença, e
aqui entra um conjunto de técnicas e formas de dispensação de medi-
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das sobre o sujeito, visando sua “cura”, como trabalhos, estudo, mora-
lização, castigos físicos e até mesmo remédios. É importante salientar
que, ao longo da história, vem ocorrendo diversas concepções de cri-
me, criminoso e a pena-tratamento a que deve ser submetido; neste
caso, o atual preso, ao longo do tempo foi considerado desde um sujeito
que age intencionalmente, ou ainda sem juízo perfeito ou com alguma
doença mental, ou ainda como consequência do seu próprio meio.
Deste modo, o tratamento do sujeito pode ter diversas me-
tas, desde a recuperação do sujeito doente ou a sua reinserção à so-
ciedade, a um estado saudável e à ordem jurídico-legal. Dentre essas
concepções de sujeito e modos de tratamento, aparecem os termos
diversos, com seus horizontes, que se pretende alcançar: recuperar,
ressocializar, reintegrar ou simplesmente punir.
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Lei de Execução Penal - LEI Nº 7.210, DE 11 DE JULHO DE
1984. Essa lei tem por objetivo “efetivar as disposições de senten-
ça ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica
integração social do condenado e do internado”
Acesse o link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/
L7210.htm.
fundamentais do SUS:
Conta-se que ele ainda estava vivo quando o tronco foi jogado na fo-
gueira. (Do livro Vigiar e Punir, de Michel Foucault (vide bibliografia).
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
(VUNESP - 2013 - SEJUS-ES - Agente Penitenciário)
A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preven-
tivo do faltoso pelo prazo de até
A) uma semana.
B) 24 (vinte e quatro) horas.
C) 3 (três) dias.
D) 30 (trinta) dias.
E) 10 (dez) dias.
QUESTÃO 2
(VUNESP - 2013 - SEJUS-ES - Agente Penitenciário) Quanto ao cri-
me de tortura previsto na Lei n.° 9.455/97, pode-se afirmar que:
A) incorre na pena prevista para o crime de tortura quem submete pes-
soa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou men-
tal, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultan-
te de medida legal.
B) o cumprimento da pena deve ocorrer integralmente em regime fechado.
C) admite fiança nas hipóteses legais.
QUESTÃO 3
(VUNESP - 2013 - SEJUS-ES - Agente Penitenciário)
Analise as assertivas a seguir:
I. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a não
fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda;
II. submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com
emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico
ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de
caráter preventivo;
III. constranger alguém com emprego de grave ameaça, causando-
-lhe sofrimento mental em razão de discriminação religiosa.
À luz da Lei n.º 9.455/97, constitui crime de tortura o que se afirma em
A) I e III, apenas.
B) II, apenas.
C) I e II, apenas.
D) I, II e III.
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E) II e III, apenas.
QUESTÃO 4
(VUNESP - 2013 - SEJUS-ES - Agente Penitenciário)
Nos termos da Lei n.° 9.455/97, a pena é aumentada se o crime de
tortura for cometido
A) com abuso de autoridade.
B) por agente público.
C) com emprego de veneno.
D) contra agente público.
E) com violação de dever inerente a cargo.
QUESTÃO 5
(NUCEPE, 2010 - SEJUS-PI, Agente Penitenciário). De acordo com
a Constituição de 1988, é INCORRETO afirmar no que se refere aos
direitos dos presos:
A) o preso tem direito ao respeito a sua integridade física e moral.
B) o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de perma-
necer calado.
C) durante o período de amamentação, às presidiárias serão assegura-
das condições para que possam permanecer com seus filhos.
ASSISTÊNCIA À SAÚDE E PSICOLOGIA APLICADA AO SISTEMA PRISIONAL - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO 6
(NUCEPE - 2010 - SEJUS-PI - Agente Penitenciário)
Constituem direitos dos presos, previstos na Lei de Execuções Pe-
nais, EXCETO:
a) previdência social.
b) audiência especial com o diretor do estabelecimento prisional.
c) asseio da cela ou alojamento.
d) proteção contra qualquer forma de sensacionalismo.
e) chamamento nominal.
QUESTÃO 7
(NUCEPE - 2010 - SEJUS-PI - Agente Penitenciário)
No que se refere ao trabalho do preso, é INCORRETO afirmar:
a) o trabalho do preso será remunerado, não podendo ser inferior a um
salário mínimo.
b) terá finalidade educativa e produtiva.
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c) as tarefas executadas como prestação de serviços à comunidade não
serão remuneradas.
d) a jornada de trabalho não será inferior a 6 (seis), nem superior a
8(oito) horas, com descanso nos domingos e feriados.
e) o trabalho externo será admissível para os presos em regime fechado
somente em serviços ou obras públicas, desde que tomadas as caute-
las contra a fuga e em favor da disciplina.
TREINO INÉDITO
No que concerne à disciplina do preso e às sanções aplicáveis,
especialmente considerando a atuação do gestor prisional, é IN-
CORRETO afirmar que:
a) é vedado o emprego de cela escura.
b) não haverá falta nem sanção disciplinar sem expressa e anterior pre-
visão legal.
NA MÍDIA
A imagem de presos apinhados numa cela, de tão repetida, já anestesia os
paranaenses. Parece se tratar de mais um dos problemas crônicos, como
de resto, com os quais deveríamos nos acostumar – ao lado de morros
desabando e concessões à corrupção. O risco de virar rotina é, de fato,
de alta probabilidade. Como já chegou a declarar o sociólogo Francisco
de Oliveira, o sistema prisional é a única instituição pública mantida pelo
cidadão brasileiro, mas que não lhe diz respeito. Pouco sabe do assunto
e pouco lhe é dito. Por tabela, pouco pergunta, perpetuando a ignorância.
Cadeia e delegacia são vistas como questões do Estado, com as quais
não devemos nos meter. O preço pago por essa cultura é alto – estamos
entre as nações de destaque no desrespeito aos direitos humanos nas
prisões. Somos de ponta em administração do mundo do crime pelos que
estão atrás das grades. Tão grave é que uma das frases de 2012 foi a
do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, declarando preferir mor-
rer a ir para uma prisão brasileira. Poderia ser repetida em coro por 190
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milhões em ação. Em meio a esse cenário, uma boa notícia, publicada
quinta-feira passada nesta Gazeta do Povo. Nos dois últimos anos, o go-
verno do estado conseguiu reduzir em 40% o número de presos em de-
legacias. Foram transferidos para espaços adequados. É quase metade
da bomba desarmada – eram 16,2 mil presos; sobraram 9,1 mil à espera
de tratamento adequado: eles ainda dormem na delegacia. O interior, em
particular, ressente de medidas, é verdade, mas nada que tire o brilho da
notícia – a melhor dos últimos tempos em se tratando do sistema prisional
no Paraná. As delegacias funcionam como escoadouro das cadeias. São
sempre o pior remendo para o soneto. Impossível esquecer as descrições
que os presos dão dos pequenos espaços divididos por multidões. Cheiros
insuportáveis, três camas para 30 pessoas, hierarquias absurdas, ditando
quem manda e quem obedece. Tão absurdo quanto é deduzir que o está-
gio a que se chegou é resultado do descaso geral da nação com o assunto,
fazendo crescer o obscurantismo em torno das matrizes da violência. São
variações para o tema, é verdade. Se a palavra de ordem for olhar para
frente, a palavra certa é mirar no exemplo dado pela secretária de Estado
da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Maria Teresa Uille Gomes. Ela
agarrou esse touro à unha e seus esforços merecem continuidade. Sim,
porque a redução de 40% deixa ainda 60% por vir. Faltam 5.634 vagas
para sanar o déficit, como informa a reportagem, extirpando de vez a prá-
ASSISTÊNCIA À SAÚDE E PSICOLOGIA APLICADA AO SISTEMA PRISIONAL - GRUPO PROMINAS
NA PRÁTICA
Se por um lado há um crescimento da criminalidade em todas as suas
formas, ocorre no outro arco uma crescente superlotação dos presídios e
penitenciárias, enquanto o Governo corre atrás de modo lento na garantia
da segurança pública, seja no aspecto de construções e reformas de ins-
tituições prisionais, na criação de alternativas ao cárcere e especialmente,
na melhoria das condições socioeconômicas que andam intimamente liga-
das à criminalidade. Nesse caso, o próprio Estado brasileiro tem sido, vez
e outra, convocado a dar explicações e até mesmo sendo advertido por
cortes e tribunais internacionais, como omisso e criminoso. Nesse quadro,
teríamos um Estado que, ao não garantir condições justas e dignas a crian-
ças e jovens, os colocaria em estado de vulnerabilidades que os levariam
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à prática criminal, para depois condenar esses sujeitos como se fossem
algozes e, por fim, lançando esses sujeitos num cárcere sem aquelas mes-
mas condições de existência que falharam na etapa anterior. Ou seja, o
Estado torna-se potencialmente criminoso dos seus próprios cidadãos, que
se deitam em berço nada esplêndido, de conivência e omissão.
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ASSISTÊNCIA À SAÚDE NO
ASSISTÊNCIA À SAÚDE E PSICOLOGIA APLICADA AO SISTEMA PRISIONAL - GRUPO PROMINAS
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pelas pessoas presas.
Art. 2º Os espaços próprios de assistência religiosa deverão ser isentos de
objetos, arquitetura, desenhos ou outros tipos de meios de identificação de
religião específica.
Assistência Material
pela mera disponibilização e itens básicos, mas por sua integração num
conjunto mais amplo de assistências.A ONU estabeleceu As Regras Mí-
nimas da ONU que orienta essa assistência:
I - Regra 10: Todos os locais destinados aos presos, especial-
mente aqueles que se destinam ao alojamento dos presos durante a
noite, deverão satisfazer as exigências da higiene, levando-se em conta
o clima, especialmente no que concerne ao volume de ar, espaço míni-
mo, iluminação, aquecimento e ventilação.
II – Regra 12: As instalações sanitárias deverão ser adequadas
para que os presos possam satisfazer suas necessidades naturais no
momento oportuno, de um modo limpo e decente.
III – Regra 13: As instalações de banho deverão ser adequadas
para que cada preso possa tomar banho a uma temperatura adapta-
da ao clima, tão frequentemente quanto necessário à higiene geral, de
acordo com a estação do ano e a região geográfica, mas pelo menos
uma vez por semana em um clima temperado.
IV – Regra 14: Todos os locais de um estabelecimento peniten-
ciário frequentados regularmente pelos presos deverão ser mantidos e
conservados escrupulosamente limpos.
V- Regra 17: 1. Todo preso a quem não seja permitido vestir suas
próprias roupas, deverá receber roupas apropriadas ao clima e em quanti-
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dade suficiente para manter-se em boa saúde. Ditas roupas não poderão
ser, de forma alguma, degradantes ou humilhantes. 2. Todas as roupas
deverão estar limpas e mantidas em bom estado. A roupa de baixo será
trocada e lavada com a frequência necessária à manutenção da higiene.
VI – Regra 20: 1. A administração fornecerá a cada preso, em
horas determinadas, uma alimentação de boa qualidade, bem prepara-
da e servida, cujo valor nutritivo seja suficiente para a manutenção da
sua saúde e das suas forças. 2. Todo preso deverá ter a possibilidade
de dispor de água potável quando dela necessitar.
Sabemos da precária realidade das prisões e instituições pe-
nais, sem as condições mínimas de sobrevivência, com algumas exce-
ções, como essa escassez material fosse uma maneira de infligir algu-
ma forma de punição e sofrimento ao sujeito preso, embora o mesmo
continue digno de tratamento humano apesar do crime cometido.
Assistência Laboral
Assistência Educacional-Cultural
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multidisciplinar aos egressos do sistema prisional e seus familiares em políticas
setoriais diversas, tais como: acesso à Educação, Qualificação Profissional,
Saúde, Cultura, Esporte, Trabalho e Geração de Renda, Assistência Social.
Essas políticas serão geridas e implementadas nos âmbitos local, estadual e
federal. Com essa política formulada, pretende-se fomentar sua implantação
nos estados e municípios, de modo que se proporcione suporte integral aos
egressos de forma eficiente e com uma abordagem humana, contribuindo sig-
nificativamente para a redução da reincidência criminal (Depen, 2015).
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ASSISTÊNCIA A SAÚDE
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTAO1
(CESPE/UnB – DEPEN/2013)
Com relação às políticas de educação e trabalho no âmbito do sis-
tema penitenciário, julgue os próximos itens e aponte a incorreta:
A) são previstas políticas de atendimento educacional à criança que esteja
em estabelecimento penal devido à privação de liberdade de sua genitora.
B) o trabalho serve como instrumento de ressocialização e além disso,
favorece ganhos financeiros para a família fora do sistema penal.
C) a remuneração do trabalho da pessoa condenada à privação de liber-
dade deve atender, entre outros destinos, à indenização de danos causa-
dos pelo crime, desde que seja determinado judicialmente e não repara-
do por outros meios, e ao ressarcimento do Estado quanto às despesas
realizadas com a manutenção do condenado, em proporção definida.
D) o sistema prisional é contemplado apenas pela educação básica na
modalidade de educação de jovens e adultos.
E) acerca do Plano Estratégico de Educação no âmbito do Sistema Pri-
sional (PEESP), julgue o item a seguir. Um dos objetivos do PEESP é
oferecer condições para que os egressos do sistema prisional deem
continuidade aos seus estudos.
ASSISTÊNCIA À SAÚDE E PSICOLOGIA APLICADA AO SISTEMA PRISIONAL - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO 2
(Concurso Público: SEAP-PR - 2013)
É atribuição do Departamento Penitenciário Nacional
A) supervisionar os patronatos, bem como a assistência aos egressos.
B) emitir parecer sobre indulto e comutação de pena.
C) requerer a aplicação de medida de segurança.
D) requerer a internação, a desinternação e o restabelecimento da si-
tuação anterior.
E) inspecionar e fiscalizar periodicamente os estabelecimentos e servi-
ços penais.
QUESTÃO 3
(Concurso Público:SEAP-PR - 2013) Quanto aos atendimentos de
caráter preventivo que integram a assistência à saúde do preso e
do internado, considere os itens a seguir.
I. Psicológico.
II. Médico.
III. Farmacêutico.
IV. Odontológico.
Assinale a alternativa correta.
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A) somente as afirmativas I e II são corretas.
B) somente as afirmativas I e IV são corretas.
C) somente as afirmativas III e IV são corretas.
D) somente as afirmativas I, II e III são corretas.
E) somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
QUESTÃO 4
(Concurso Público: SEAP-PR - 2013)
Sobre os elementos que constituem direitos do preso, considere
as afirmativas a seguir.
I. Previdência social.
II. Constituição de pecúlio.
III. Chamamento numérico.
IV. Escolha de local de trabalho.
Assinale a alternativa correta.
A) somente as afirmativas I e II são corretas.
B) somente as afirmativas I e IV são corretas.
C) somente as afirmativas III e IV são corretas.
D) somente as afirmativas I, II e III são corretas.
E) somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
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QUESTÃO 7
(FGV - 2013 - SEGEP-MA - Agente Penitenciário) O Decreto Fede-
ral n. 678/92, que ratifica a Convenção Americana sobre Direitos
Humanos, estabelece os procedimentos que devem ser seguidos
quando da prisão de uma pessoa. Sobre esses procedimentos,
analise as afirmativas a seguir.
I. Os processados devem ficar separados dos condenados, salvo
em circunstâncias excepcionais, e devem ser submetidos a trata-
mento adequado à sua condição de pessoa não condenada.
II. As pessoas detentoras de diploma de nível superior devem ficar
separadas dos presos com formação inferior.
III. Os menores, quando puderem ser processados, devem ser se-
parados dos adultos e conduzidos a tribunal especializado, com a
maior rapidez possível, para seu tratamento.
Assinale:
A) se somente a afirmativa I estiver correta.
B) se somente a afirmativa II estiver correta.
C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
ASSISTÊNCIA À SAÚDE E PSICOLOGIA APLICADA AO SISTEMA PRISIONAL - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO 8
(FGV - 2013 - SEGEP-MA - Agente Penitenciário) O Capítulo IX da
Resolução n. 14/94 estabelece as regras mínimas para o tratamen-
to do preso. Acerca do uso de algemas e de camisa de força, anali-
se as afirmativas a seguir.
I. O uso de algemas é permitido, durante o deslocamento do preso,
como medida de precaução contra fuga.
II. O uso de camisa de força é permitido, segundo recomendação
médica, por motivo de saúde.
III. O uso de algemas é proibido por humilhar o detento.
Assinale:
A) se somente a afirmativa I estiver correta.
B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
TREINO INÉDITO
De acordo com o preceituado no Decreto nº 40/1991 (Convenção
Contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desuma-
nos ou Degradantes), não deve ser considerada “tortura”:
A) qualquer ato pelo qual dores ou sofrimentos agudos, físicos ou men-
tais, são infligidos intencionalmente a uma pessoa, a fim de obter dela,
ou de uma terceira pessoa, informações ou confissões.
B) qualquer ato pelo qual dores físicas venham a ser impostas para infli-
gir castigo por ato que uma terceira pessoa tenha cometido.
C) qualquer ato pelo qual sofrimentos agudos de natureza mental venham
a ser infligidos para o fim de intimidar ou coagir determinada pessoa.
D) qualquer ato pelo qual dores ou sofrimentos agudos, físicos ou men-
tais, são infligidos por qualquer motivo, baseado em discriminação de
qualquer natureza.
E) qualquer ato pelo qual dores ou sofrimentos que sejam consequência
unicamente de sanções legítimas, ou que sejam inerentes a tais san-
ções ou delas decorram.
NA MÍDIA
NA PRÁTICA
A primeira etapa de implantação do Banco Nacional de Monitoramento
de Prisões (BNMP 2.0) resultou no cadastramento individual de 602
mil presos, quase a totalidade das pessoas privadas de liberdade no
país. Balanço do Cadastro Nacional de Presos permitiu extrair um perfil
da população carcerária nacional, apresentado na tarde de terça-feira
(7/8), pela a presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra
Carmen Lúcia, que elegeu o BNMP 2.0 como prioridades da sua gestão.
De acordo com os dados do BNMP 2.0 do último dia 6 de agosto, havia
no país 262.983 pessoas condenadas ao regime fechado. Outros 85.681
brasileiros cumpriam pena no regime semiaberto e 6.078, no regime aber-
to, principalmente em instituições conhecidas como casas do albergado.
ASSISTÊNCIA À SAÚDE E PSICOLOGIA APLICADA AO SISTEMA PRISIONAL - GRUPO PROMINAS
O balanço parcial do BNMP 2.0 já indica qual tipo de crime mais leva
pessoas à prisão no Brasil. O roubo representa 27% dos crimes co-
metidos pela população carcerária. O tráfico de drogas corresponde a
24% do total de tipos penais atribuídos aos presos brasileiros. O ter-
ceiro artigo do Código Penal que mais motivou prisões – o homicídio –
vem atrás, com 11%. Em comparação, a Lei Maria da Penha representa
0,96% dos crimes que levaram pessoas à prisão.
No estágio atual do Cadastro Nacional de Presos pelos tribunais, já estão
disponíveis informações também sobre idade e nacionalidade da massa
prisional. Mais da metade dos presos brasileiros tem até 29 anos de ida-
de. A maioria dos presos (30,5%) tem entre 18 e 24 anos, a segunda faixa
etária mais populosa (23,39%) do sistema é a de 25 a 29 anos.
Fonte: http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/87316-bnmp-2-0-revela-o-per-
fil-da-populacao-carceraria-brasileira.
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A PSICOLOGIA E O SISTEMA
de apresentá-las:
ve; Já num estágio grave são 10,5% dos homens e 17,2% das mulheres
(ARAUJO et al, 2009). Os estudos de Constantino, Assis e Pinto (2016)
apontaram uma elevada prevalência de estresse (35,8% em homens e
57,9% em mulheres) e de sintomas depressivos moderado e grave (entre
31,1% e 47,1%, respectivamente) entre indivíduos encarcerados no estado
do Rio de Janeiro. Já a pesquisa de Lizardo de Assis e Vitória (2016), reali-
zado com mulheres numa penitenciária de Rondônia apontou que 76,47%
das encarceradas apresentaram sinais indicativos de depressão, e 47,05%
indicaram episódio depressivo grave. Segundo Constantino, Assis e Pinto
(2016), acerca da promoção da saúde mental no sistema prisional, espe-
cialmente para se pensar numa gestão dos serviços:
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Possibilidades de Atuação da Psicologia no Sistema Prisional
60
temos que apurar e emitir pareceres sobre infrações disciplinares, opinando
quanto à culpabilidade do apenado e propondo punições, que vão desde ad-
vertência verbal até restrição de direitos e isolamento, podendo este chegar
a 30 dias sem sair da cela.
Quanto ao EC exigido do psicólogo, pretende inferir sobre a periculosidade
do sujeito, tendendo a naturalizar as determinações do crime, ocultando os
processos de produção social da criminalidade.
Desnaturalizar, ouvir, incluir, respeitar as diferenças, promover a liberdade
são missões do psicólogo. Classificar, disciplinar, julgar, punir são missões
impossíveis para o psicólogo. (p. 55).
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delito delinquente.
QUESTÃO 2
(PM de Angra dos Reis/RJ, 1995)
A percepção da saúde como direito de cidadania é um dado novo
na história das políticas sociais brasileiras. Nesse contexto, a no-
ção de saúde tende a ser percebida como:
A) conjunto de condições coletivas de existência com qualidade de vida.
B) expressão de decisão e gestão exclusiva do Estado.
C) visão medicalizada da saúde de forma globalizada.
D) compreensão da saúde como um estado biológico.
E) estado de ausência de patologia.
QUESTÃO 3
(SAD-MT, 2009)
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Segundo a Lei de Execução Penal, n° 7210, de 17 de julho de 1984,
"a classificação do condenado deve ser feita segundo seus ante-
cedentes e personalidade para orientar a individualização da exe-
cução penal", em programa individualizado, o qual é baseado na
análise de uma Comissão Técnica de Classificação.
De acordo com o art. 7° da LEP, além do psicólogo, quais outros
membros fazem parte dessa comissão?
A) o diretor da penitenciária, um psiquiatra, um psicólogo e um assis-
tente social.
B) o diretor da penitenciária, um chefe de serviço e dois assistentes sociais.
C) um psiquiatra, um assistente social, dois diretores da penitenciária e
dois chefes de serviço.
D) o diretor da penitenciária, dois chefes de serviço, um psiquiatra e um
assistente social.
E) o diretor da penitenciária, um defensor público, um psiquiatra e um
assistente social.
QUESTÃO 4
(SAD-MT, 2009)
Compete ao Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciá-
ria, no exercício de suas atividades, em âmbito federal ou estadual
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QUESTÃO 5
(SAD-MT, 2009)
A função do psicólogo, como membro de equipe de uma institui-
ção prisional, deve ter como foco:
A) o reeducando ou preso, que deve ser acolhido como se fosse acolhi-
do em consultório particular.
B) o cumprimento das determinações judiciais, já que há uma hierarquia
institucional que não poderá ser destituída.
C) as técnicas e testes psicodiagnósticos, já que estes se constituem
como práticas específicas do trabalho do psicólogo.
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D) o trabalho para a manutenção do bom relacionamento interpessoal,
mediando as relações entre a equipe e a administração.
E) além do reeducando, as questões institucionais e sua relação com a
sociedade, lutando por políticas públicas que visem saúde, educação e
inclusão social.
QUESTÃO 6
(SAD-MT, 2009)
Dentro das possibilidades contidas na Lei de Execução Penal, o
fato de um apenado ser beneficiado a sair do regime fechado para
o regime semiaberto caracteriza:
A) a regressão da pena.
B) a progressão da pena.
C) o indulto.
D) a conversão da pena.
E) a individualização da pena.
QUESTÃO 7
(SAD-MT, 2009)
Goffman denomina os hospitais psiquiátricos, as prisões e os con-
ventos como "instituições totais".
NA MÍDIA
POUCOS DETENTOS TRABALHAM NAS PENITENCIARIAS
Uma lei sancionada pelo governo do Estado de Santa Cataria há menos
de um mês busca ampliar as parcerias com empresas privadas para
aumentar a quantidade de detentos envolvidos em alguma atividade la-
boral. Tal lei defende que, se os sujeitos presos ganham uma profissão,
geram renda e têm reduzidas as chances de voltarem ao crime. Atual-
mente, dos 620 detentos que cumprem pena na Penitenciária de Blu-
menau, 168 trabalham (27%, enquanto a média nacional fica em 11%).
A psicóloga social Catarina Gewehr explica que o trabalho também tem
papel importante no futuro processo de ressocialização do apenado, no
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NA PRÁTICA
Em tese se prevê que, após cumpridas as obrigações jurídicas e pe-
nais, que haja o retorno sujeito preso ao convívio social, numa outra e
melhor condição, se comparada a sua entrada no sistema penal. Assim,
espera-se que sujeito saia pronto para se reinserir na sociedade, e que
o Estado, a quem lhe foi confiado e que possui o dever de conferir tal
condições, apresente um indivíduo sem risco de reincidência da prática
delituosa. Nesse sentido, como estudado, o art. 10 da Lei de Execuções
Penais – LEP dispõe que a assistência ao preso e ao internado é dever
do Estado, objetivando prevenir o crime e orientar o retorno à convivên-
cia em sociedade.
Se durante o encarceramento, a LEP prevê as assistências material, à
saúde, jurídica, educacional, social e religiosa, a própria legislação brasi-
66
leira prevê uma assistência que deve ser estendida também ao egresso,
pelo prazo de um ano, a contar da saída do estabelecimento prisional, de
modo a lhe facilitar a reinserção social. Nesse caso, prevê-se formas de
apoio como alojamento e alimentação, ajuda na busca de trabalho.
Ocorre que, se o Estado mal consegue assegurar aquelas assistências
primeiras, quando do período de encarceramento do sujeito, inclusive
colaborando com sua educação e profissionalização, muito menos exer-
ce papel no momento da saída do sistema e que demanda esse “meio
de campo” para a reinserção social, de modo que o sujeito sai de um
estado institucional-confusional para vácuo em que, além de perda de
vínculos, enfrentará discriminações e um grande desafio na contextua-
lização ao novo meio. Nesse cenário, muitos sujeitos voltam a delinquir,
posto que haveria nesse papel uma maior “segurança”.
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Se por um lado, o ato criminoso precisa ser corrigido por um apa-
rato legal e jurídico eficiente, por outro, precisa existir um sistema prisional
ou algum outro dispositivo que execute a sentença promulgada, em nome
da sociedade que clama por justiça, mesmo quando busca vingança.
Como bem conhecido de todos, nosso sistema penal mais pune
que educa, e mais castiga que redime, apesar de termos inúmeros docu-
mentos oficiais e diretrizes que pregam uma assistência digna ao sujeito
encarcerado. É a famosa distância entre o ideal da letra e o real da prática.
Entretanto, essas leis, diretrizes e políticas devem se constituir
em horizonte para qualquer gestor de políticas prisionais, e qualquer
profissional que atue no sistema prisional, caso se queira uma mudança
desse estado de coisas.
E nesse contexto, esse gestor precisará dos aportes teóricos,
técnicos e éticos da Psicologia, ciência e profissão que tem se consolida-
do como instrumento de humanização de sujeitos, que têm sido tratados,
milenarmente, como objetos ou bestas, sem a devida dignidade humana.
O espaço é precário e insalubre, o contexto apresenta inúme-
ras falhas e lacunas históricas, o horizonte brasileiro não parece otimista,
entretanto, qualquer que seja o profissional que ouse gerir esse sistema,
precisará de uma postura criativa e tenaz, de enfrentamento e inventivi-
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GABARITOS
CAPÍTULO 01
QUESTÕES DE CONCURSOS
TREINO INÉDITO
Gabarito: C
69
CAPÍTULO 02
QUESTÕES DE CONCURSOS
TREINO INÉDITO
Gabarito: B
70
CAPÍTULO 03
QUESTÕES DE CONCURSOS
TREINO INÉDITO
Gabarito: D
71
ONU: É uma organização intergovernamental criada para promover a
cooperação internacional. Uma substituição à Liga das Nações, a orga-
nização foi estabelecida em 24 de outubro de 1945, após o término da
Segunda Guerra Mundial, com a intenção de impedir outro conflito como
aquele. Na altura de sua fundação, a ONU tinha 51 estados-membros;
hoje são 193. Os seus objetivos incluem manter a segurança e a paz
mundial, promover os direitos humanos, auxiliar no desenvolvimento eco-
nômico e no progresso social, proteger o meio ambiente e prover ajuda
humanitária em casos de fome, desastres naturais e conflitos armados.
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WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO).Health in prisons: a WHO
guide to the essentials in prison health.Copenhagen: Organization Re-
gional Office for Europe; 2007.
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