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PATOLOGIAS E DISTÚRBIOS METABÓLICOS DO PERÍODO NEONATAL- GRUPO PROMINAS
Núcleo de Educação a Distância
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Um abraço,
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PATOLOGIAS E DISTÚRBIOS METABÓLICOS DO PERÍODO NEONATAL- GRUPO PROMINAS
Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!
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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao
seu sucesso profissional.
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Esta unidade irá apresentar as patologias e distúrbios metabó-
licos do período neonatal. Especificamente, foram enfocados: Infecções
Relacionadas à Assistência à Saúde; Infecções Congênitas sintomas,
manejos dessas infecções, sintomas, prevenção e demais aspectos re-
lativos à temática. Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, onde
foram abordados os principais conceitos e técnicas, de modo a conhecer
e compreender a temática, contextualizando com a atualidade e a apli-
cabilidade da assistência de enfermagem em neonatologia, focado ao
profissional enfermeiro. Justifica-se pela importância em se compreen-
der a importância das principais infecções nos quais os recém-nascidos
podem estar expostos, de modo a fornecer uma assistência qualificada.
Os resultados relevam a ampla tecnologia disponível para auxiliar a as-
PATOLOGIAS E DISTÚRBIOS METABÓLICOS DO PERÍODO NEONATAL - GRUPO PROMINAS
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Apresentação do Módulo ______________________________________ 11
CAPÍTULO 01
INFECÇÕES COMUNS EM RECÉM-NASCIDOS
Recapitulando _________________________________________________ 26
CAPÍTULO 02
INFECÇÕES CONGÊNITAS
Recapitulando _________________________________________________ 42
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CAPÍTULO 03
PREVENÇÃO E ASSISTÊNCIA AO RECÉM-NASCIDO
A Prematuridade ______________________________________________ 45
Recapitulando ___________________________________________________ 57
Referências ____________________________________________________ 63
PATOLOGIAS E DISTÚRBIOS METABÓLICOS DO PERÍODO NEONATAL - GRUPO PROMINAS
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Conhecer as infecções as quais os recém-nascidos estão pro-
pícios a terem contato proporciona o planejamento de um cuidado inte-
gral e qualificado a esses pacientes pela equipe multiprofissional.
Além disso, torna-se possível os avanços na enfermagem e
ciência do cuidado, de acordo com desenvolvimento e elaboração de
técnicas e protocolos assistenciais.
Diversas são as infecções os quais os RN podem estar expos-
tos, o que evidencia a importância de uma capacitação ampla e treina-
mento de profissionais que proporcionam assistência a esses pacien-
tes, como os enfermeiros e a equipe de enfermagem como um todo.
É comum existir dúvidas por parte dos próprios profissionais
sobre o manejo desses pacientes, além de dúvidas dos pais ou respon-
sáveis por esses pacientes acerca da condição de vida de seus filhos, o
que gera medo e incerteza.
Isso salienta a necessidade de profissionais preparados e uma
equipe estruturada, para que a melhor assistência possível seja forneci-
da e a garantia de acolhimento à família e a gestante portadora de HIV,
por exemplo.
À vista disso, serão discutidas e apresentadas diversas infec-
ções de cunho hospitalar ou congênitas adquiridas pelos recém-nasci-
dos, caracterizando seus aspectos gerais, tais como etiologia, sintomas
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INFECÇÕES COMUNS EM
PATOLOGIAS E DISTÚRBIOS METABÓLICOS DO PERÍODO NEONATAL - GRUPO PROMINAS
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As IRAS afetam mais de 30% dos neonatos, e quando comparados à po-
pulação pediátrica de maior idade seus índices podem ser até cinco vezes
maiores. Estima- se que no Brasil, 60% da mortalidade infantil ocorra no pe-
ríodo neonatal, sendo a sepse neonatal uma das principais causas conforme
dados nacionais disponibilizados no Sistema de Informação de Mortalidade
(SIM), acessados no endereço eletrônico http://tabnet.datasus.gov.br (BRA-
SIL, 2013, p. 9).
- Transplacentárias
a) Herpes
A infecção neonatal pelo herpes-vírus simples (HVS) é, em geral,
transmitida através o parto. Um sinal dessa doença é a erupção vesicular,
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b) Rubéola
- CRITÉRIO 1:
Hemoculturas com resultado positivo para microrganismos não
contaminantes da pele que o mesmo patógeno não esteja relacionado
a outra infecção no paciente.
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- CRITÉRIO 2:
Apresentar algum dos sintomas ou sinais abaixo, sem relação
com outras infecções:
– Instabilidade térmica;
– Bradicardia;
– Apneia;
– Intolerância alimentar;
– Agravo do desconforto respiratório;
– Intolerância à glicose;
– Instabilidade hemodinâmica;
– Letargia.
- CRITÉRIO 1:
Apresentar algum dos sintomas ou sinais abaixo, sem relação
com outras infecções:
– Instabilidade térmica;
– Apneia;
– Bradicardia;
– Intolerância alimentar;
– Piora do desconforto respiratório;
– Intolerância à glicose;
– Instabilidade hemodinâmica;
– Hipoatividade/letargia.
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Figura 3: Pneumonia Clínica
- Meningite
- CRITÉRIO 1:
Micro-organismo isolado do líquor e instituição de terapia anti-
microbiana específica pelo médico assistente.
No caso de germes contaminantes comuns da pele, apresentar:
- Difteróides;
- Propionebacterium spp;
- Bacillus spp;
- Estafilococos coagulase negativa;
- Micrococos.
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- CRITÉRIO 2:
Apresentar algum dos sinais ou sintomas sem outra causa co-
nhecida
– Instabilidade térmica;
– Apneia;
– Bradicardia;
– Abaulamento de fontanela anterior;
– Sinais de envolvimento de pares cranianos;
– Irritabilidade;
– Convulsão;
– Instituição de terapia antimicrobiana para meningite pelo mé-
dico assistente.
Além de também:
Apresentar os critérios
- CRITÉRIO 1:
Apresentar algum dos sintomas ou sinais sem outra causa en-
volvida
– Instabilidade térmica;
– Apneia;
– Bradicardia;
– Baixo ganho ponderal;
– Letargia;
– Vômitos.
Além de também:
- CRITÉRIO 2:
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Apresentar algum dos sintomas ou sinais sem outra causa en-
volvida:
– Instabilidade térmica;
– Apneia;
– Bradicardia;
– Baixo ganho ponderal;
– Hipoatividade/letargia;
– Vômitos.
Além de também
– Piúria;
– Bacterioscopia positiva pelo GRAM em urina não centrifugada;
– Nitrito positivo;
– Pelo menos duas uroculturas com isolamento do mesmo uro-
patógeno.
- Enterocolite necrosante:
- CRITÉRIO 1:
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Drenagem purulenta através da incisão superficial;
- CRITÉRIO 2:
Microrganismo isolado de cultura obtida de forma asséptica da
secreção de incisão superficial;
- CRITÉRIO 3:
Apresentar ao menos algum dos sinais ou sintomas abaixo:
– Dor;
– Sensibilidade;
– Edema;
– Calor/rubor localizado.
- CRITÉRIO 4:
Diagnóstico de infecção do sítio cirúrgico feito pelo médico as-
sistente
- CRITÉRIO 1:
Drenagem com aspecto purulento pela incisão superficial;
- CRITÉRIO 2:
Microrganismo isolado de cultura obtida de forma asséptica da
secreção de incisão superficial;
- CRITÉRIO 3:
Apresentar ao menos algum dos sintomas abaixo:
– Dor;
- Sensibilidade;
– Edema;
– Calor ou rubor localizado.
Além de também:
– Incisão superficial aberta pelo cirurgião, exceto se a cultura
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da incisão resultar negativa;
- CRITÉRIO 4:
Diagnóstico de infecção do sítio cirúrgico feito pelo profissional
médico assistente.
- CRITÉRIO 1:
Presença de secreção com aspecto purulento na incisão, aco-
metendo a fáscia dos músculos ou tecidos subjacentes.
- CRITÉRIO 2:
Apresentar os seguintes sinais ou sintomas:
– Febre;
– Dor ou sensibilidade localizada;
- CRITÉRIO 3:
Abscesso ou qualquer outra evidência de infecção envolvendo
a incisão profunda detectada diretamente durante a reoperação, exame
de radiografia ou histologia.
- CRITÉRIO 4:
Diagnóstico da ISC profunda feito pelo cirurgião que realizou o
procedimento.
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Figura 4: Classificação da Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC)
- CRITÉRIO 1:
Infecção ocorrida pelo período de até 30 dias após o procedi-
mento cirúrgico ou até um ano em casos de colocação de implante no
local e infecção.
- CRITÉRIO 2:
Infecção que envolva qualquer órgão ou tecido do organismo,
excluindo a incisão da pele, fáscia dos músculos e camadas muscula-
res, que seja aberta ou manipulada durante a cirurgia, e apresenta, ao
menos alguns dos seguintes aspectos
– Drenagem com aspecto purulento pelo dreno colocado na
incisão cirúrgica do órgão ou espaço;
– Microrganismo isolado de material obtido de forma asséptica
de um órgão ou espaço;
– Abscesso ou outra evidência de infecção que envolva órgão
ou espaço visto em exame direto durante a reoperação ou através de
exame de radiografia e/ou histopatologia;
– Diagnóstico da ISC de Órgão ou Espaço feito pelo cirurgião.
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– Cirurgia ortopédica;
– Osteomielite;
– Cirurgia cardíaca;
– Infecções como endocardite e/ou mediastinite;
– Neurocirurgia;
– Abscesso cerebral, doenças como meningite ou ventriculite.
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CAPÍTULO 1
TREINOS INÉDITOS
QUESTÃO 1
O que são IRAS?
A) Infecções Relativas à Saúde;
B) Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde;
C) Irritações Relacionadas à Assistência à Saúde;
D) Irritações é Relativas à Saúde;
E) Infecções Restritas à Assistência à Saúde.
QUESTÃO 2
O que é IPCSL?
A) Infecção Pioneira de Corrente Sanguínea Laboratorial;
B) Infecção Primária de Corrente Sanguínea de Laboratório;
C) Infecção Pioneira de Corrente Sanguínea de Laboratório;
D) Infecção Persistente de Corrente Sanguínea Laboratorial;
E) Infecção Primária de Corrente Sanguínea Laboratorial.
QUESTÃO 3
Que doença está relacionada a Infecção Relacionada à Assistência
PATOLOGIAS E DISTÚRBIOS METABÓLICOS DO PERÍODO NEONATAL - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO 4
Que doença está relacionada a Infecção no Sistema Nervoso?
A) Alzheimer;
B) Parkinson;
C) Meningite;
D) ELA;
E) TDAH.
QUESTÃO 5
Como a Infecção Primária de Corrente Sanguínea Laboratorial tam-
bém é conhecida?
A) Sepse;
B) Anemia Falciforme;
C) Mononucleose
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D) Leucopnenia;
E) Leucemia.
NA MÍDIA
A higienização correta das mãos pode salvar muitas vidas, e este é um
dos protocolos de segurança dos pacientes, essencial na prevenção e
controle das infecções hospitalares. O Hospital Regional Norte, em So-
bral, do Governo do Ceará, conseguiu reduzir em 42,3% a incidência de
casos de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS). O indi-
cador é em comparação aos pacientes internados entre 2015 e 2018,
quando começou a ser implantada uma série de Protocolos de Controle
de Infecção. Em 2016, a redução de IRAS foi de 14,61% na comparação
com o ano anterior. Já em 2017, em relação ao ano base 2015, o alcance
foi de 33,6% na redução de infecções. “Essa redução nas IRAS deve-se
a adoção dos Protocolos de Prevenção, treinamento e amadurecimento
das equipes”, avalia Kildery Teófilo, gerente de risco do HRN. Ele des-
taca o índice alcançado na Clínica Pediátrica, Obstetrícia, Unidade de
Cuidados Especiais (UCE), UTI Neonatal, Centro Cirúrgico Geral (CCG),
NA PRÁTICA
As medidas de prevenção e controle das complicações ocorridas dentro
das unidades de terapia intensiva, principalmente as UTINs, são conhe-
cidas, e contam com diretrizes de recomendações internacionais para
melhor qualidade e segurança na assistência à saúde, contudo, estas
continuam sendo um grande desafio na atualidade. Cabe destacar que,
além dos riscos e complicações, a taxa de infecção nesta clientela torna-
-se muito difícil de ser estimada em virtude de fatores como a premente
necessidade de procedimentos invasivos para instalação do CVC, son-
da vesical, ventilação mecânica e medidas adicionais adotadas face a
esses procedimentos. Para a população neonatal e pediátrica em UTI
esta situação se agrava ainda mais em função da fragilidade de seu
sistema imunológico, tornando maior o risco à saúde.
A adoção de medidas básicas como higienização das mãos, precauções
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máximas de barreira, antissepsia com clorexidina, reavaliação diária da
necessidade de manutenção do cateter, bem como adoção de um pro-
grama multidisciplinar são fundamentais para a prevenção e superação
das complicações em UTIN’s.
Fonte: Santos e Martins, 2019
Data: dez., 2019
Link: https://www.revista.fateccruzeiro.edu.br/index.php/htec/article/
view/121/82
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PATOLOGIAS E DISTÚRBIOS METABÓLICOS DO PERÍODO NEONATAL - GRUPO PROMINAS
SÍFILIS CONGÊNITA
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casos da doença neste intervalo de tempo. Em 2003 observou-se uma mor-
talidade de 2,7 óbitos por 100 mil, em menores de 1 ano, demonstrando ain-
da um insuficiente controle do agravo em todo o território nacional (BRASIL,
2006, p. 6).
- Prematuridade;
- Baixo peso;
- Lesões cutâneas;
- Sofrimento respiratório;
- Anemia;
- Icterícia;
- Linfadenopatia;
- Petéquias;
- Edema;
- Fissura peribucal
- Entre outras.
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recém-nascido. A sífilis congênita e as suas consequências podem ser evita-
das, se houver o diagnóstico precoce e tratamento adequado. Por isso, em
países desenvolvidos são realizados testes sorológicos em todos os bebês,
mesmo sem sintomas, com mães com teste positivo para sífilis. No entanto,
se uma mulher adquire a doença no final da gravidez, o teste pode ser nega-
tivo mesmo se o RN estiver contaminado. E ainda, outros podem ter resul-
tados falso positivos devido à passagem de anticorpos da mãe. Tudo isso,
somado a um quadro clínico discreto e problemas de infraestrutura dificultam
o diagnóstico e pode afetar gravemente a implementação de programas de
prevenção da sífilis em países menos desenvolvidos (COSTA et al., 2020, p.
201).
AIDS NA GESTAÇÃO
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não esteja disponível, após o consentimento verbal da gestante ou familiar
responsável quando a parturiente não tiver condições de fazê-lo (distúrbios
psiquiátricos, por exemplo) (BRASIL, 2007, p. 60).
- Monitoramento
Posterior ao diagnóstico, deve ser realizado o monitoramento
do número de linfócitos CD4+ e do número de partículas virais de HIV
no sangue.
- Prevenção
- Vacinação
PATOLOGIAS E DISTÚRBIOS METABÓLICOS DO PERÍODO NEONATAL - GRUPO PROMINAS
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CAPÍTULO 2
TREINOS INÉDITOS
QUESTÃO 1
Qual é a causa da Sífilis?
A) Vírus;
B) Fungo;
C) Bactéria;
D) Carrapato;
E) Pulga.
QUESTÃO 2
Qual das características abaixo representa a sífilis congênita?
A) Lesões cutâneas, anemia e espirros frequentes;
B) Icterícia, sofrimentos respiratórios e lesões cutâneas;
C) Excesso de peso, pele ressecada e inchaço agudo no tímpano;
D) Cólicas, petéquias e edema;
E) Prematuridade, excesso de peso e tosse.
QUESTÃO 3
Quais fatores estão relacionados ao aumento de risco de transmis-
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QUESTÃO 4
O que é TAR?
A) Transtorno antirretroviral;
B) Terapia da gestante não portadora de HIV
C) Terapia intravenosa
D) Terapia antirretroviral;
E) Vacina contra Hepatite A.
QUESTÃO 5
Qual das opções abaixo não se refere ao cuidado com o recém-
-nascido portador de HIV?
A) Monitoramento laboratorial;
B) Escrever o diagnóstico do RN em sua carteirinha;
C) Higiene com compressas macias;
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D) Suspensão da amamentação;
E) Não levar a criança para a creche, caso ela possua movimentos mais
agressivos, como dar mordidas.
NA MÍDIA
EM APENAS 1 ANO, 24 MIL BEBÊS FORAM DIAGNOSTICADOS
COM SÍFILIS NO BRASIL
Somente em 2019, foram notificados 24.130 casos de sífilis em bebês,
a maioria dos quais (44,6%) residiam no Sudeste. Depois, vinham as
regiões Nordeste (26,3%), Sul (13,7%), Norte (9,2%) e Centro-Oeste
(6,1%). Os dados são do Boletim Sífilis de 2020, divulgado pelo Mi-
nistério da Saúde. Os maiores percentuais de casos de sífilis congê-
nita em 2019 ocorreram em crianças cujas mães tinham entre 20 e 29
anos de idade (55,1%), seguidas daquelas nas faixas de 15 a 19 anos
(22,3%) e de 30 a 39 anos (17,6%). As consequências da sífilis em be-
bês são terríveis, e incluem cegueira, surdez, problemas neurológicos e
NA PRÁTICA
No tratamento da Sífilis, a assistência de enfermagem precisa ser feita em
torno das gestantes e parceiros com o desenvolvimento de atividades con-
duzidas pelo enfermeiro, propiciando uma melhor qualidade, com acompa-
nhamento da sífilis na consulta Pré-Natal, ações associadas à educação
em saúde, monitorando de casos da enfermidade, fazendo sempre a notifi-
cação para um tratamento necessário dos parceiros sexuais, orientando na
realização de exames sorológicos para propiciar possibilidades de cura. A
ação de conhecer e buscar é a ferramenta mais eficaz do enfermeiro, pois
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promove tanto o contato precoce das mães, quanto a prática assistencial
ao atendimento de saúde. Quando identificada a necessidade do serviço
especializado, deve-se inserir a programação do calendário de atendimen-
to pré-natal, nas consultas e de suporte da equipe de enfermagem, asse-
gurando-se que todas as avaliações sejam feitas.
Fonte: Silva, 2018
Data: 20/08/2018
Link do artigo: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/assis-
tencia-do-enfermeiro
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PREVENÇÃO E ASSISTÊNCIA
PATOLOGIAS E DISTÚRBIOS METABÓLICOS DO PERÍODO NEONATAL - GRUPO PROMINAS
A PREMATURIDADE
- Hipertensão na gestação
- Diabetes gestacional
- Doenças uterinas:
- Miomas;
- Malformação uterina;
- Insuficiência do colo do útero;
- Entre outras.
- Infecções maternas
Mesmo parecendo simples, uma infecção urinária, muito comum
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durante a gravidez, pode apresentar grave risco para a gestação. Assim
como qualquer outra infecção vaginal ou sistêmica quando não tratadas,
podem levar a um parto prematuro. Mas, afinal, o que é a prematuridade?
A prematuridade é nascimento do bebê antes da 37ª semana,
tendo peso inferior a 1500g.
Diante disso, a prematuridade pode ser classificada nos TRE
tipos a seguir:
- Prematuro extremo
Bebês que nascem antes de 28 semanas, apresentando um
organismo mais imaturo. Esse prematuro necessita de mais interven-
ções médicas para que consiga se desenvolver, tendo em vista que
órgãos vitais como pulmões, coração, entre outros, não estão comple-
tamente desenvolvidos.
- Prematuro moderado:
Bebês que nascem entre a 29ª e 33ª semana, apresentando
sistema nervoso central e sistema respiratório não totalmente desenvol-
vido. Além disso, podem apresentar dificuldade em manter uma tempe-
ratura ideal para o organismo.
- Prematuro tardio:
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Figura 5: Prolongamento de gravidez
PATOLOGIAS E DISTÚRBIOS METABÓLICOS DO PERÍODO NEONATAL - GRUPO PROMINAS
O RECÉM-NASCIDO ASFÍXICO
- Circulação e respiração
Durante a presença de hipóxia, a respiração fetal é o primeiro
a se alterar. Com isso, há inversão do movimento do fluxo de líquido
pulmonar, tornando-se um fluxo de fora para dentro dos pulmões e, si-
multaneamente, desencadeando movimentos respiratórios rápidos, que
são seguidos de apneia primária.
Em caso de persistência da hipóxia, ocorre novo esforço respi-
ratório com movimentos respiratórios irregulares de amplitude e profun-
didade variáveis, denominado de gaspings.
Após algum tempo, ocorre novamente um período de apneia,
denominado de apneia secundária. A seguir, o feto evolui para o óbito,
caso não sejam aplicadas as manobras de reanimação.
Na apneia primária, a frequência cardíaca começa a declinar,
mas nesse momento, a pressão arterial ainda se mantém elevada,
usualmente, até o início da apneia secundária, quando então ocorre
uma queda acentuada da pressão arterial e da frequência cardíaca.
PATOLOGIAS E DISTÚRBIOS METABÓLICOS DO PERÍODO NEONATAL - GRUPO PROMINAS
- Distúrbios metabólicos
Com a hipoxemia e má perfusão tecidual, o metabolismo
anaeróbico torna-se preponderante, com diminuição da produção de
energia e formação de acido lático e ocorrência de acidose metabólica.
Além da acidose metabólica, outros distúrbios metabólicos,
como a hipoglicemia, a hipocalcemia, a hiponatremia e a hiperpotasse-
mia podem ser encontradas na asfixia perinatal.
- Comprometimento pulmonar:
Na asfixia perinatal, pode haver comprometimento do sistema
respiratório devido a síndrome de aspiração de mecônio, síndrome de
escape de ar, hipertensão pulmonar, síndrome do desconforto respira-
tório, edema e hemorragia pulmonar. (COSTA, 2017)
- Edema pulmonar:
Durante a asfixia pode também ocorrer lesão endotelial com
extravasamento de líquido e proteínas para dentro dos alvéolos pulmo-
nares, provocando e edema pulmonar. (COSTA, 2017)
- Síndrome do desconforto respiratório:
Na asfixia perinatal, pode ocorrer lesão da célula de pneumóci-
to tipo II com consequência da diminuição de produção de surfactante.
Somado a isso, o extravasamento de proteínas e líquidos pode inativar
o surfactante alveolar, possibilitando a ocorrência de síndrome de des-
conforto respiratório em prematuros tardios.
- Hemorragia pulmonar:
A hemorragia pulmonar pode ser devida a trombocitopenia, al-
teração dos fatores de coagulação e por atonia e lesão do endotélio
capilar com extravasamento de sangue para os alvéolos.
PATOLOGIAS E DISTÚRBIOS METABÓLICOS DO PERÍODO NEONATAL - GRUPO PROMINAS
- Comprometimento cardíaco
A acidose reduz a contratilidade miocárdica e diminui a respos-
ta a catecolaminas, provocando a hipotensão arterial. Além disso, na
asfixia grave, também ocorre a disfunção cardíaca devido à sobrecarga
hemodinâmica decorrente, sobretudo, da hipertensão pulmonar, aco-
metendo predominantemente o coração direito com insuficiência tricús-
pide e insuficiência cardíaca. (COSTA, 2017)
A ocorrência de arritmia cardíaca pode ser observada na pre-
sença de hiperpotassemia.
- Comprometimento neurológico
O quadro neurológico da asfixia perinatal é representado clas-
sicamente pela encefalopatia hipóxico-isquêmica. O edema cerebral
também pode ocorrer com certa frequência, mas a hemorragia intracra-
niana é ocasional. A encefalopatia hipóxico-isquêmica será discutida em
capítulo especifico. (COSTA, 2017)
ICTERÍCIA NEONATAL
Fototerapia
tindo assim que os fotoprodutos possam ser eliminados através dos ór-
gãos fígado ou ruim, de modo a não sofrerem modificações metabólicas.
Portanto, o mecanismo de ação básico da fototerapia é a utili-
zação de energia luminosa na transformação da bilirrubina em produtos
mais hidrossolúveis.
A bilirrubina absorve luz na região de 400 a 500 nanômetros. A
luz emitida nesta faixa penetra na epiderme e atinge o tecido subcutâneo.
Dois mecanismos são propostos para explicar a ação e eficá-
cia da fototerapia na redução dos níveis séricos da bilirrubina: fotoiso-
merização e fotooxidação.
- Fotoisomerização
Após irradiada pela luz, a molécula de bilirrubina dá origem a
dois tipos de isômeros: o isômero geométrico ou configuracional e o
isômero estrutural ou lumirrubina.
O isômero geométrico forma-se de modo rápido, sendo rever-
sível à molécula de bilirrubina que lhe deu origem, no entanto, sua ex-
creção é devagar em recém-nascidos.
Assim, a formação de isômeros estruturais é mais lenta do que
a do isômero geométrico, entretanto, esta reação, é irreversível.
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A lumirrubina, é solúvel em água, e rapidamente excretada
pela bile e através da urina do RN ictérico, sem precisar de conjugação.
- Fotooxidação
Em ambiente aeróbico (com oxigênio disponível) pequena par-
te da molécula ativa de bilirrubina passa pelo processo de oxidação, le-
vando à produção de complexos pirólicos, sendo eles solúveis em água
e posteriormente excretados através da urina.
A contribuição quantitativa da fotooxidação para a diminuição
dos níveis séricos de bilirrubina ainda não se encontra totalmente co-
nhecida. No entanto, o que se espera é que sua contribuição é pequena
através dos resultados obtidos
Prevenção da Icterícia
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CAPÍTULO 3
TREINOS INÉDITOS
QUESTÃO 1
O que é prematuridade?
A) Nascimento do bebê antes da 40ª semana, tendo peso inferior a 1000g;
B) Nascimento do bebê antes da 37ª semana, tendo peso inferior a 1500g;
C) Nascimento do bebê antes da 30ª semana, tendo peso inferior a 2000g;
D) Nascimento do bebê antes da 25ª semana, tendo peso inferior a 3000g;
E) Nascimento do bebê antes da 20ª semana, tendo peso inferior a 400g.
QUESTÃO 2
Qual das causas abaixo é referente a Icterícia neonatal?
A) Aumento do nível de glicose no sangue da grávida;
B) Excesso de fast food;
C) Excesso do pigmento biliar;
D) Sonolência excessiva;
E) Diabetes.
QUESTÃO 3
Quais dos métodos abaixo é eficaz para o prolongamento da gra-
videz?
QUESTÃO 4
O que não é característica da asfixia em recém-nascidos?
A) Alteração da troca gasosa a nível placentário por descolamento da
placenta;
B) Falha na expansão pulmonar imediatamente após o nascimento;
C) Interrupção do fluxo sanguíneo através do cordão umbilical;
D) Expansão pulmonar normal imediatamente após o nascimento;
E) Alteração da perfusão placentária.
QUESTÃO 5
Qual das opções abaixo se refere ao período em que o bebê nasce
prematuro tardio:
A) Bebês que nascem entre a 20ª e 24ª semana;
B) Bebês que nascem entre a 34ª e 36ª semana;
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C) Bebês que nascem entre a 36ª e 40ª semana;
D) Bebês que nascem entre a 29ª e 33ª semana;
E) Bebês que nascem entre a 27ª e 30ª semana.
NA MÍDIA
DEPOIS DE VER MEU BEBÊ NASCER COM ASFIXIA, MELHOREI
COMO ENFERMEIRA
Nos últimos três anos, a enfermeira Ailda dos Santos Nascimento cuida
de bebês que nascem com falta de oxigenação no cérebro e precisam de
atenção especial na UTI Neonatal do Hospital Regional de Itanhaém, no
litoral sul de São Paulo. A asfixia ocorre antes do nascimento (em 90%
dos casos) ou logo depois. Ela é a terceira causa de óbito neonatal (atrás
da prematuridade e das infecções) e pode causar sequelas permanentes.
Em agosto, a vida tratou de inverter os papéis. Ailda se viu na posição de
mãe de UTI no próprio hospital em que trabalha, uma experiência trans-
formadora. Segundo Ailda, "Depois de ver meu bebê nascer com asfixia,
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NA PRÁTICA
O desempenho da enfermagem na UTI Neonatal reúne diversas ativida-
des, dentre as quais se destacam: procedimentos invasivos especializa-
dos, cuidado voltado para o conforto, preservação do repouso do RN, arti-
culação dos processos de cuidado humanos e tecnológicos, entre outros.
Tais cuidados irão resultar na recuperação, desenvolvimento e propor-
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cionar a adaptação do RN ao ambiente extrauterino. O cuidado de en-
fermagem deve estar focado às necessidades do binômio mãe-filho e
os demais familiares, criando uma proposta para o cuidado centrado na
família, encorajando-os ao envolvimento afetivo.
Relativo ao aleitamento, no caso do enfermeiro, seu papel é o de infor-
mar as mães e familiares sobre os benefícios do leite materno, fornecer
suporte e cuidado à mulher nutriz e seu filho, propor intervenções para
obter uma lactação efetiva e fortalecer o binômio e família.
Fonte: Prazeres et al., 2021
Data: 19/05/2021
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cle-199410-1-10-20210519.pdf
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GABARITOS
CAPÍTULO 01
TREINOS INÉDITOS
1 2 3 4 5
B E D C A
60
GABARITOS
CAPÍTULO 02
TREINOS INÉDITOS
1 2 3 4 5
C B A D B
61
GABARITOS
CAPÍTULO 03
TREINOS INÉDITOS
1 2 3 4 5
B C E D B
62
AVELLEIRA, J. C. R.; BOTTINO, G.. Sífilis: diagnóstico, tratamento e
controle. Anais brasileiros de dermatologia, v. 81, p. 111-126, 2006.
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