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Patologias da gestação

Dra. Claudia D Monteiro Toma


Afecções da gestação

 Origem materna

 Anomalias dos envoltórios fetais

 Originárias de causas embrionárias e fetais

 Distúrbios metabólicos (toxemia/cetose)


Afecções por causas maternas

 Edema da gestação
 Causas: confinamento, alterações circulatórias, hidropsias, gestações
gemelares ou múltiplas, distúrbios hepáticos ou renais, hipoproteinemia

 Sinas clinicos: edemaciação das regiões perineal, ventral do abdomen,


membros pélvicos, glândula mamária, dificuldade locomoção, distocias
Afecções por causas maternas

 Edema da gestação
 Causas: confinamento, alterações circulatórias, hidropsias, gestações
gemelares ou múltiplas, distúrbios hepáticos ou renais, hipoproteinemia

 Sinas clinicos: edemaciação das regiões perineal, ventral do abdomen,


membros pélvicos, glândula mamária, dificuldade locomoção, distocias
Afecções por causas maternas

Diagnóstico diferencial:
• ruptura do tendão pré-púbico
• hérnias ventrais

Tratamento
 profilático: não confinar e boa alimentação
 curativo: exercícios leves, ducha fria,
diuréticos
Afecções por causas maternas

 Ruptura do tendão pré - púbico

Causas:
Final gestação, gestação gemelar,
traumatismos, hidropsias, gigantismo
fetal, degeneração do tendão, animais
senis com excesso de trabalho
Afecções por causas maternas

Sinais clínicos
 edemaciação da gl. mamária e desvio caudal
 aumento de volume em região ventral
 “afundamento” do flanco
 dificuldade de locomoção, desconforto
abdominal (cólicas)
 taquicardia, taquipnéia, sudorese, hemorragia e
choque
 luxação coxo-femural ou lombo-sacra
Afecções por causas maternas

Diagnóstico diferencial:
• hérnias, eventração e edema da gestação

Tratamento: medidas paliativas


 Estabilizar a paciente
 Interrupção da gestação
 Uso de cintas abdominais
Afecções por causas maternas

Hemorragias

Causas
 Lesões acidentais em vulva, vagina e cérvix
 Cópula ou IA em fêmeas com estro durante a gestação
 Tumores venéreo transmissíveis
 Abortamento

 Hemorragia placentária

 Mola hemática
Afecções por causas maternas

Tratamento
 Cirúrgico

 Anti - hemorrágicos e transfusão sangüínea

 Indução do parto ou abortamento


Afecções por causas maternas

Histerocele Gravídica
Presença parcial ou total do útero gravídico em hérnias inguinais,
umbilicais, perineais, ventrais e diafragmáticas;
- Causas:
Hereditariedade, hidropsias, gigantismo fetal, gestações gemelares
múltiplas, traumatismos
- Sintomas:
Aumento de volume ectópico
- Tratamento:
Cesariana, herniorrafia, descarte
HISTEROCELE INGUINAL - cadela

- hérnia contendo todo o útero ou parte dele; associado a


prévias hérnias inguinais (hereditárias ou adquiridas);

- saco herniário: pode conter de 1 a 3 fetos;

- diagnóstico diferencial: neoplasia mamária, abscesso local,


lipomas;
Histerocele inguinal
 RX: confirmar conteúdo herniário

 ultra-som

 tratamento: reposicionamento do útero encarcerado até a 7a

semana (?) de gestação, ou OSH


GESTAÇÃO NO CORPO DO ÚTERO
 feto em desenvolvimento no corpo do útero e não nos cornos
uterinos;
 “hematoma marginal”  secreção sanguinolenta;

GESTAÇÃO EXTRA-UTERINA OU ECTÓPICA


= desenvolvimento fetal fora do útero

• primária (+ na mulher);

• secundária: decorrente de rupturas (traumáticas ou


espontâneas), na 2a metade da gestação.
Afecções por causas maternas

Torção uterina
Rotação em sentido longitudinal

Fatores predisponentes
 sustentação e posição uterina na cavidade
abdominal
 assimetria do cornos uterinos
 diminuição da quantidade de líquidos fetais
 maior deslocamento do útero no interior da
cavidade (esvaziamento ruminal)
Afecções por causas maternas
Torção uterina
 Sintomas
 45º a 90º sinais brandos de desconforto/cólica, resolução espontânea;
 90º a 180º ou mais sinais agudos dor abdominal - inquietação, abdomen
distendido e tenso,
 sudorese, decúbito
 Pode ocorrer congestão venosa/desvitalização do órgão
 Ruptura uterina presente ou não;
 Melhora súbita dos sinais e óbito;
Afecções por causas maternas
Torção uterina
 Diagnóstico
 Palpação retal/vaginal
 Vaginoscopia

 Determinação do sentido e grau de rotação


 Vaca– normalmente ocorre no sentido antihorário
 Égua – indiferente
 multíparas (cadela): torção no meio do corno uterino, por entre os
fetos.
Afecções por causas maternas

Causas
 Movimentação do animal
 Contrações uterinas pré parto
 Hipermotilidade fetal
 Pastagens em terrenos inclinados
 Acidentes e traumas
Afecções por causas maternas
Torção uterina
 Tratamento
 Laparotomia, correção da posição uterina e cesariana;

 Rolamento
 Decúbito para o mesmo lado da torção;
 Rotação dorsal para o lado oposto, fazendo fixação manual do feto através
da vagina e/ou com auxílio de uma tábua na região do flanco;
Afecções por causas maternas

Ruptura uterina/vaginal
 Ocorrência esporádica

 Etiologia
 Distocias; (tração forçada, fetotomia, manobras)
 Torção uterina;
 Sobrecarga (hidropsia, gestação gemelar)
 Traumatismos
 Sequela de cirurgias (aderências)
Ruptura uterina/vaginal
 Sinais clinicos
 Dor abdominal e sinais associados
 hemorragia
 Peritonite
 Insinuação de alças intestinais pela rima vulvar
 Choque
 Morte

 Tratamento
 Correção cirúrgica quando possível;
 Prognóstico é mau; tratamento de suporte
Afecções por causas maternas
Hidropsia dos envoltóriosfetais

 Excesso de líquidos fetais no útero gestante;

 Hidroâmnio e hidroalantóide

 Mais frequenteembovinonoterçofinalda gestação


 Líquido amniótico:
 Égua: 3 a 7litros
 Vaca: 2 a 8 litros
 Líquido alantoideano:
 Égua: 4 a 15litros
 Vaca: 4 a 15 litros
Afecções por causas maternas
Hidropsia dos envoltóriosfetais
 Hidroâmnio 5% casos
 Associado a alguma anormalidade fetal – alteração
deglutição fetal
 Fenda palatina, bezerro “bulldog”

 Sinais clínicos
 Início insidioso
 Aumento abdominal exagerado, desconforto, dificuldade
respiratoria e locomoção, levando a suspeita de gestação gemelar;
 Distenção uterina excessiva leva à inércia distocia
Hidropsia dos envoltóriosfetais

 Tratamento

 Não há tratamento específico;

 Dependente do grau de desconforto;

 Pode ser necessário assistência no parto;

 Indução do parto ou cesariana;


Hidropsia dos envoltóriosfetais
 Hidroalantóide 90% dos casos
 Associado a anormalidade vascular placentária
 Evolução rápida;
 Problemas hepato-renais do feto

 Sinais clínicos
 Grande distensão abdominal
 Complicações
 Dificuldade respiratória
 Anorexia
 Prolapso retal/vaginal
 Ruptura de tendão pré-púbico
 Decúbito
SINAIS CLINICOS

CASOS LEVES - até 80 litros


Atonia uterina

CASOS MÉDIOS - até 150 litros


Abdome em forma de tonel
Compressão e deslocamento dos órgãos abdominais - timpanismo

CASOS GRAVES - + de 200 litros


Ascite, decúbito, distúrbios gerais (desidratação – choque – morte)
Hidropsia dos envoltóriosfetais
 Tratamento
 Conservativo – proximidade ao parto x condição geral da fêmea;
 Drenagem uterina
 Alívio temporário, risco de infecção e perda da gestação;
 Indução do parto
 Cesariana eletiva
 Drenagem uterina antes do procedimento

 Raramente o feto sobrevive;


COMPLICAÇÕES

• ANTES DO PARTO – prolapso de vagina, paraplegia, hérnia


abdominal, ruptura de útero, aborto, colapso

• DURANTE O PARTO – atonia uterina e parto distócico

• APÓS O PARTO – Colapso, retenção de placenta, agalactia


Afecções por causas maternas
Prolapso Vaginal
 Eversão da mucosa vaginal, em graus variados
 Parcial, permanente ou não (recorrente);
 Completo
 podendo envolver até a cérvix, óstio uretral externo e
vesícula urinária;

 Mais comum em ruminantes e suínos;


 *em suínos é comum prolapso retal associado;
Prolapso Vaginal
 Principal mecanismo envolvido  Altos níveis de estrógeno
 Origem
 Conversão de P4 em E2 em fase final de gestação;
 Crescimento folicular durante a gestação;
 Alimentação
 Zearalenona
 Plantas Fitoestrogênicas
Prolapso Vaginal
 Outros fatores:
 Hereditariedade – raças leiteiras, Brahman/Nelore
 Confinamento – Bovinos de Elite
 OPU
 Cistos ovarianos
 Obesidade
 Decúbito
 Piso inclinado
 Fêmeas idosas
 Tenesmo
Prolapso Vaginal
Sinais clínicos:
Insinuação da mucosa vaginal através da rima vulvar, em graus variados
Prolapso Vaginal
 Tratamento
 Prevenir lesões adicionais
 Limpeza da porção prolapsada e região perineal

 Redução manual periodicamente até o parto;


 Indução do parto ou cesariana;
 Redução manual e aplicação de suturas – buhner, caslick;
 Ressecção da mucosa prolapsada
Prolapso permanente/recidivante em fêmeas não gestantes;

 Antibióticos sistêmicos, antinflamatórios;


PEQUENOS RUMINANTES

- Comum em ovinos (20 a 30%)

- Final da gestação (2 semanas)

- Prolapso total de vagina (complicações - prolapso de reto)

- Parto = não há dilatação da cérvix


SUÍNOS

- Prolapso parcial ou total de vagina


- Pressão no abdome = prolapso uterino, bexiga e/ou reto

CARNÍVOROS
- Ocorrência rara durante a gestação

- Durante o parto = prolapso de vagina – prolapso uterino

- Diferenciar de hiperplasia vaginal que ocorre durante o cio

- Evolução do processo = prolapso parcial ou total da vagina e bexiga


HIPERPLASIA VAGINAL
(pode ser hiperplasia “prolapsada”)

 crescimento exuberante da mucosa vaginal em conseqüência


do estro (estrógeno);

 predisposição hereditária: Boxer, Bulldog, Fila Bras.,


Doberman.

Tratamento:
- aguardar final do estro (↓ estrógeno); OSH;
- vaginoplastia.
Diagnóstico diferencial:

 TVT
TVT – tumor venéreo transmissível
 Cirurgia ?
 Na citologia, Plasmocitóide (núcleo excêntrico), linfocitóide (núcleo central e menor
relação núcleo citoplasma) (vincristina), mistos

 Quimioterapia com sulfato de vincristina (0,025mg/kg ou 0,7 mg/m2) uma


vez semana um mês (4-5 sessões e repete cito)
 Refratário a vincristina (geralmente Plasmocitóide, avaliação após 3 aplicações
semanais)

 Doxorrubicina segunda opção

 Lomustina? Terceira opção

 Alta só com citologia negativa para células de TVT


PROLAPSO UTERINO

 gata;

 pós-parto (distócico)
Gestação ectópica ou extra-uterina

Definição: Desenvolvimento fetal fora da cavidade uterina (ovariana,


tuba uterina, abdominal ou vaginal)

Causas: implantação incorreta, ruptura uterina espontânea ou


traumática

Evolução
 Ruptura cordão umbilical Morte fetal  mumificação  Peritonite  morte

Tratamento: laparotomia exploratória ou descarte


(Corpa, 2006)
(Corpa, 2006)
Morte do concepto
 Morte embrionária REABSORÇÃO EMBRIONÁRIA
 Precoce
 Tardia

Morte Fetal ABORTAMENTO

Aborto – produto do abortamento, feto expulso sem vida


antes da data prevista para o nascimento
Morte do concepto

 Morte embrionária
 Precoce – “imperceptível”, ciclos estrais normais, ocorre
antes do reconhecimento materno da gestação;
 Tardia – Irregularidade do ciclo estral (prolongamento,
CL gravídico)

 Morte Fetal
 Maceração
 Mumificação
 Causas não infecciosas;

 Causas genéticas;
 Clima;
 Nutrição;
 Estresse;
 Falha nos mecanismos de reconhecimento materno fetal da gestação;
 Condições uterinas;
 Anormalidades da vulva, vagina, cérvix e útero;
 Agentes teratogênicos;
 Causas infecciosas

 Neosporose
 Brucelose
 Leptospirose
 Campilobacteriose
 BVD
 IBR
 Aspergilose
ABORTAMENTO - cadelas

# INFECÇÃO POR Brucella (B. canis em caninos)

- abortamento geralmente após 30 dias;


- pode haver “reabsorção”/mortalidade precoce;
- aumento generalizado dos linfonodos;
- material abortado e sêmen altamente contagiosos;
- afastar ao animais afetados da reprodução! (resposta pobre
ao tratamento).
# “MISCELÂNIA DE BACTÉRIAS” - cadela

- podem estar presentes no útero a partir da concepção;

- fêmea expele todos os fetos e membranas; tratamento c/ antibiótico


de amplo espectro;

- E.coli, campylobacter, pseudomonas, salmonela, streptococcus e clostridium.


# TOXOPLASMA GONDII / Neospora caninum - cadela

# CAUSAS VIRAIS DE ABORTAMENTO


-hepatite infecciosa canina;
-cinomose;
-herpesvírus canino

# ABORTAMENTO DE ETIOLOGIA INDETERMINADA?


(insuficiência endócrina ?)
# ABORTAMENTO PARCIAL
- abortamento de alguns filhotes, mantendo os demais a termo;

- ultra-sonografia;

- pode ser feito preventivo com ATB: evitar tetraciclinas.

- Indicados: ampicilina, amoxicilina.


Mumificação fetal
 Ocorrência em todas as espécies – a partir do 2ºterço
gestacional;

 Caracterizado por:
 Morte fetal sem abortamento, cérvix permanece fechada e o
ambiente uterino asséptico;
 Absorção de fluidos placentários;
 Desidratação da placenta e do feto;
 Involução uterina obedecendo os contornos fetais;
 Manutenção do CL, ausência de estro;
ETIOLOGIA

· TORÇÃO DO CORDÃO UMBILICAL


· TRAUMATISMOS
· PROBLEMAS PLACENTÁRIOS
· APLICAÇÃO DE HORMÔNIOS
· FATORES HEREDITÁRIOS
 mumificação de feto suíno, fetos viáveis e mumificados

 Vírus da síndrome respiratória  Parvovírus


PAPIRÁCEA -feto e placenta com aspecto de papiro
devido ao processo de desidratação;
 HEMÁTICA – feto recoberto por substância de aspecto
viscoso, espessa e coloração escura;
Mumificação fetal
SINAIS CLÍNICOS

Espécies multíparas
 Fetos mumificados com permanência e nascimento de fetos normais;

Gestação gemelar

 um dos fetos torna-se mumificado, e ambos podem ser abortados, sendo o feto
vivo inviável devido a prematuridade;

 Prolongamento do período normal de gestação, com pouco volume abdominal;

 Anestro, feto mumificado permanece no útero enquanto perdurar o CL;

 Palpação de estrutura endurecida, ausência de balotamento e placentomas,


frêmito das artérias uterinas ausentes;
Mumificação fetal
TRATAMENTO

 PGF2α – (2ml ou 150µg/animal) + Tração manual cuidadosa

 ECP– (5ml ou 10mg/animal) SID, q 48h

 Cesariana

 Prognóstico
Bom para recuperação e fertilidade futura;
Maceração fetal

 Abertura da cérvix, contaminação do ambiente intrauterino;

 Processo séptico, com amolecimento e liquefação dos

tecidos fetais moles;

 Ausência de bactérias produtoras de gás;


Maceração fetal
SINAIS CLÍNICOS

 Secreção vaginal fétida em animais supostamente gestantes;

 Palpação de fragmentos ósseos pontiagudos

 Fragmentos ósseos insinuados na cérvix

 Comprometimento sistêmico – toxemia, febre, anorexia,morte;

 Ossos podem permanecer no útero

 Impede gestação subsequente;

 Perfuração do endométrio  PERITONITE


Maceração fetal
Tratamento
Retirada manual dos restos fetais do útero e lavagem uterina
nem sempre possível

Cesariana / histerectomia

PGF2α – (2ml ou 150µg/animal) – risco de perfuração do útero;


ECP – (5ml ou 10mg/animal) SID
Terapia de suporte
ENFISEMA FETAL

Processo séptico com organismo


anaeróbios (produção de gás)
SINAIS

Corrimento vaginal fétido


Aumento de volume do feto
Crepitação do feto
Pelos e cascos se desprendem com facilidade
MACERAÇÃO
TRATAMENTO

FETOTOMIA TOTAL
Infundir grandes quantidades de mucilagem

CESARIANA - Condições excepcionais

OSH - PEQUENOS
Molas
• Processos patológicos placentários que resultam na morte
embrionária

• Embrião absorvido

• Anexos continuam se desenvolvendo

• Modificações estruturais evidentes

• Observadas em bovinos, caninos e suínos


Tipos

• Mola cística: anexos formam bolsa com conteúdo liquido (descrita em


bov, ov e carnívoros)
• Mola hidatiforme: vilosidades coriônicas sofrem degeneração cística,
recobrindo-se de cistos (bov e caninos)
• Mola vilosa: crescimento exuberante das vilosidades do corion
• Mola hemorrágica: morte traumática do embrião, hemorragia intensa
e coagulo se organiza
• Mola carnosa: evolução da hemorrágica, coagulo toma aspecto cárneo.
HIDATIFORME
VILOSAS
• Diagnóstico:

- Útero aumentado com flutuação e sem feto

- Corrimento hemorrágico em prenhez prolongada (desconfiar)

• Tratamento:

- Abortamento terapêutico:

PGF2 + glicocorticóides
HEMORRAGIA DURANTE A GESTAÇÃO

• lacerações na vulva, vagina, cérvix, útero e bexiga;

• hemorragia placentária infecciosa (Ex: Brucelose);

• TVT;

• multíparas: morte de 1 ou + fetos pode não interromper a


gestação.
TRATAMENTO:

• cirúrgico;

• transfusão sangue;

• fluidoterapia, antihemorrágico, repouso;

• indução do parto ou abortamento.


RUPTURA UTERINA

Etiologia:
 distocia;
 torção uterina;
 traumatismos.

Sinais: desconforto abdominal; sangramento.

Tratamento:

 OSH + lavagem cavidade + ATB (amplo espectro, mínimo 7


dias;
 cesariana; histerorrafia: ???
Malformações fetais
Monstros Simples

1) Alterações em órgãos isolados


2) Aumento exagerado de volume
3) Modificações em colunas e membros

Monstros complexos

Formação anormal de gêmeos univitelinos

(simétricos ou assimétricos)
Malformações fetais
 Polimelia - aumento no número de membros

(Drost, 2005)
Monstros Simples

 Polimelia

 Observado nas espécies canina, felina, suína e em


ruminantes
 Apresentam o tronco com aparência NORMAL e
membros sobressalentes (anteriores e/ou posteriores)
 Pode ocorrer nascimento espontâneo

Tratamento: Fetotomia ou cesariana

(Drost, 2005)
Monstros Simples
Acondroplasia
• Malformação congênita de transmissão hereditária na maioria dos
casos, caracterizada pelo desenvolvimento anormal da cartilagem de
crescimento intersticial (ossificação endocondral) dos ossos longos.
Feto tipo “bulldog”. (Hidroâmnio)

Tratamento
Se não for possível parto normal (cabeça), fetotomia ou cesariana e
afastar da reprodução (gene recessivo)
Monstros Simples
 Hidropsia fetal
 Anasarca fetal: edema generelizado
 Ascite fetal: acúmulo localizado
 Hidrocefalia: acúmulo de líquido entre a dura-
mater e o encéfalo
 Causas
 anomalias hereditárias e congênitas (malformação)
 Problemas infecciosos da mãe
 Alterações nutricionais: Avitaminose A
Hidropsia fetal
Anasarca ou hidropisia geral

 Equilíbrio hemodinâmico
 Anomalia hipofisária
 Torção cordão umbilical
 Gene autossômico recessivo
 Bovino, suíno, cães braquicefálicos
(Drost, 2005)
Anasarca ou hidropisia geral
Hidropsia fetal
 Hidrocefalia

> Liquido cefalorraquidianos nos ventrículos cerebrais


Todas espécies (bovinos, canina e felina)
Consanguinidade, deficiência de vitamina A
Hidropsia fetal

Hidrocefalia

Diagnóstico: A Palpação evidência o aumento de volume e


a consistência da formação (presença ou não de arcabouço
ósseo)

Tratamento: Incisar a formação para reduzir o volume e


extrair o feto ou fetotomia parcial ou cesariana.

Fator hereditário/ Afastar da reprodução


Hidropsia fetal

 Ascite enfermidades gerais ou circulatórias, hidropisia das


membranas e consangüinidade

Tratamento anasarca e ascite: lubrificação e


extração, fetotomia ou cesariana.
(Drost, 2005)
Monstros Simples
 Contraturas e torções de articulações

(Drost, 2005)
• Fator hereditário
Pode ocorrer o encurtamento dos músculos ou
tendões do pescoço, membros anteriores e/ou
posteriores.

Diagnóstico: Pela palpação percebe-se a retração e


a grande dificuldade para retificação.

Tratamento: Lubrificar as vias genitais e proteger as


partes moles do conduto para evitar ferimentos.
Na impossibilidade de realizar o parto recorrer a
fetotomia/cesariana.

Afastar da reprodução
CONTRATURAS E TORÇÕES DE
ARTICULAÇÕES
Monstros Simples
Esquistossoma/Schistossoma reflexum
 Ampla abertura da cavidade torácica e abdominal, com evisceração,
lordose (contratura dorsal).
 Os órgãos abdominais e torácicos fetais expostos no interior do útero.

Tratamento: Tração forçada e/ou Fetotomia


Monstros Simples
Monstros Simples
Perosomus elumbis (Síndrome caudo-reto-urogenital)
• Ausência de vértebras coccígeas, sacras e lombares,
pelve atrofiada, membros contraídos ou rígidos e o terço
anterior muito desenvolvido
• Observada em bovinos e com menos freqüência em
suínos e carnívoros
Monstros Complexos

 Diprosopus - Unidos pela Face

(Elmore, 1996)
Monstros Complexos

 Dicephalus - Cabeça e pescoço


Monstros Complexos
 Thoracopagus - Unidos toráx

(Drost, 2005)
Monstros Complexos

 Thoracogastropagus
Unidos toráx e abdomen
Monstros Complexos

• Cefalotoracópagos
Unidos cabeça e toráx
Monstros Complexos

 Isquiópagos

Unidos no ísquio
Monstros Complexos
 Ciclopia
Assimétrico
Monstros Complexos
 Amorphus globosus
Assimétrico

(Drost, 2005)
Doenças Metabólicas

 Toxemia da gestação/Cetose
FIM

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