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INTERCORRÊNCIAS

CLÍNICAS MAIS FREQÜENTES NA


GESTAÇÃO

Prof. Karen Knopp de


Carvalho
Hiperemêse
 Caracteriza-se por vômitos contínuos e
intensos que impedem a alimentação da
gestante,
ocasiona:
- Desidratação,
- oligúria,
- perda de peso,
- transtornos metabólicos.
Hiperemêse
 Nos casos graves: pode chegar à
insuficiência hepática, renal e neurológica.
 Causas:Aspectos emocionais e adaptações
hormonais.
 Pode, também, estar associada à:
gestação múltipla, mola hidatiforme, pré-
eclâmpsia, diabetes e isoimunização Rh.
SÍNDROMES
HEMORRÁGICAS
 ABORTAMENTO

 AMEAÇA DE ABORTAMENTO

 JÁ FORAM DISCUTIDOS
Gravidez Ectópica –
1º trimestre
 Corresponde à nidação do ovo e
desenvolvimento fora da cavidade
uterina.
 História de atraso menstrual,
 teste positivo para gravidez,
 perda sangüínea uterina (as vezes),
 dores abdominais.
GRAVIDEZ ECTÓPICA
 Locais:
 Cavidade abdominal (0,6%),
 Tubas uterinas, (98,5%)
 Ovários, (0,8%).

(NEME, 2000)
GRAVIDEZ ECTÓPICA

 No exame físico: sinais de irritação


peritoneal e dor abdominal (unilateral)
 História de atraso menstrual e
sangramento irregular
 exame especular: pode ter
sangramento.
GRAVIDEZ ECTÓPICA
 toque vaginal:
 amolecimento do colo,
 presença ou não de aumento uterino,
 a palpação das zonas anexiais pode
provocar dor e demonstrar presença de
tumor.
GRAVIDEZ ECTÓPICA

 Na suspeita diagnóstica, encaminhar a


mulher para hospital de referência para
exame ultrassonográfico, definição e
tratamento.
MOLA HIDATIFORME
 É um tumor benigno que se desenvolve a
partir do tecido placentário em fases
precoces de uma gravidez em que o embrião
não se desenvolve normalmente.
 Assemelha-se a um

“punhado de bagos
de uva”.
MOLA HIDATIFORME
 Diagnóstico clínico:presença de sangramento
vaginal intermitente, geralmente de pequena
intensidade, indolor e, por vezes,
acompanhado da eliminação de vesículas.

 A altura uterina ou o volume uterino, em


geral, são incompatíveis para a idade
gestacional (útero em sanfona).
MOLA HIDATIFORME
 A presença de hiperêmese é mais
acentuada, podendo levar a mulher a
estados de desidratação e distúrbios
hidroeletrolíticos.
 O diagnóstico é ultra-sonográfico e, na
suspeita clínica de mola hidatiforme, os
casos devem ser encaminhados ao
hospital de referência.
PLACENTA PRÉVIA – a partir da
22º semana

 A implantação da placenta,
inteira ou parcialmente, ocorre
no segmento inferior do útero.
 As mulheres Multíparas e com
antecedentes de cesáreas são
consideradas de maior risco.
 Etiologia desconhecida
PLACENTA PRÉVIA

Na anamnese:
 perda sangüínea por via vaginal, súbita,
 cor vermelho-viva,
 de quantidade variável,
 não acompanhada de dor.
 É episódica, recorrente e progressiva.
PLACENTA PRÉVIA

 Habitualmente, os batimentos cardíacos


fetais estão mantidos.
 exame especular - presença de
sangramento proveniente da cavidade
uterina;
 na suspeita clínica, deve-se evitar a
realização de toque vaginal.
DESCOLAMENTO PREMATURO DA
PLACENTA - a partir da 22º semana

 É a separação abrupta da placenta antes


do nascimento do feto.

 Ocorre em cerca de 0,5 a 3% de todas


as gestações, sendo responsável por
25% de mortalidade perinatal e
materna.
DESCOLAMENTO PREMATURO DA
PLACENTA

 Causas:
 Traumas do útero gravídico,
 Traumas por Cordão curto,
polihidrâmnio,
 Multiparidade, uso de drogas,
 Gestantes com mais de 35 anos,
 tabagismo,.
DESCOLAMENTO PREMATURO DA
PLACENTA

 O diagnóstico clínico:
 dor abdominal súbita, com intensidade
variável,
 perda sangüínea de cor vermelho-escura e
em quantidade às vezes pequena, que
pode ser incompatível com quadro
materno de hipotensão ou de choque.
 Em alguns casos, o sangramento pode
ser oculto.
DESCOLAMENTO PREMATURO
DA PLACENTA

• Contração hipertônica do útero,

• Batimentos cardiofetais ausentes ou


irregulares,

• Palidez, sudorese, mucosas


hipocoradas.
Comparação entre p. prévia e DPP
ANEMIA

 Conceitua-se anemia na gravidez quando os


valores de hemoglobina são iguais ou
menores que 11,0g/dl (OMS,1974).

 No entanto, os valores de hemoglobina,


assim como os do hematócrito e do número
total de glóbulos vermelhos, ficam na
dependência do aumento da massa
eritrocitária, ambos variáveis nas gestantes.
ANEMIA
 Assim, mesmo as mulheres saudáveis
apresentam redução das concentrações
de hemoglobina durante a gravidez não
complicada.
 Essa redução manifesta-se em torno da
oitava semana, progride lentamente até
a 34ª semana e, então, permanece
estabilizada até o parto.
ANEMIA
 Não causa danos à mãe ou ao feto,
pois, embora a concentração da
hemoglobina esteja diminuída, a
hipervolemia possibilita a perfusão e a
oxigenação adequadas dos tecidos.

 Uso de sulfato ferroso a partir do 2º


trimestre
HIPERTENSÃO ARTERIAL NA
GESTAÇÃO E ECLÂMPSIA

 A pré-eclâmpsia/eclâmpsia é a
primeira causa de morte materna
no Brasil e determina o maior número
de óbitos perinatais, além do aumento
significativo do número de neonatos
com seqüelas quando sobrevivem aos
danos da hipóxia cerebral.
Pré-eclâmpsia/eclâmpsia

 A pré-eclâmpsia/eclâmpsia geralmente
ocorre após a 20ª semana de
gestação, classicamente, pelo
desenvolvimento gradual de
hipertensão e proteinúria.
Pré-eclâmpsia/eclâmpsia
 Apresenta-se quando:
 pressão arterial maior ou igual a
140/90mmHg,
 (>300mg/24h),
 Edema.
 após 20 semanas de gestação.
 Pode evoluir para eclâmpsia.
ECLÂMPSIA
 caracteriza-se pela presença de
convulsões tônico-clônicas generalizadas
em mulher com qualquer quadro
hipertensivo, não causadas por epilepsia
ou qualquer outra doença convulsiva.

 Pode ocorrer na gravidez, no parto e no


puerpério imediato.
DIABETES MELLITUS NA
GESTAÇÃO

 Conceito de Diabetes Mellitus: é uma


síndrome de etiologia múltipla,
decorrente da falta de insulina e/ou da
incapacidade da insulina de exercer
adequadamente seus efeitos.
DIABETES MELLITUS NA
GESTAÇÃO
 Caracteriza-se por hiperglicemia
crônica, freqüentemente acompanhada
de dislipidemia, hipertensão arterial e
disfunção do endotélio.
DIABETES MELLITUS NA
GESTAÇÃO
 O diabetes mellitus gestacional é a
diminuição da tolerância à glicose, de
magnitude variável, diagnosticada pela
primeira vez na gestação, podendo ou não
persistir após o parto.

Abrange os casos de diabetes propriamente dita


e de tolerância à glicose diminuída detectados
na gravidez.
TOXOPLASMOSE

 Infecção causada pelo Toxoplasma


gondii (TG), que assume especial
relevância quando ocorre no período
gestacional pela possibilidade de
acometimento do feto.
TOXOPLASMOSE
 A gravidade das manifestações clínicas
no feto ou no recém-nascido é
inversamente proporcional à idade
gestacional de ocorrência da transmissão
transplacentária da infecção.
 Achados comuns são prematuridade,
baixo peso, estrabismo, icterícia e
hepatomegalia.
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO
(ITU)

 Infecção comum em mulheres jovens e


representa a complicação clínica mais
freqüente na gestação.

 Dois a 10% das gestantes apresentam


bacteriúria assintomática, com 25 a
35% desenvolvendo pielonefrite aguda.
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO
(ITU)

 A gestação ocasiona modificações, algumas


mediadas por hormônios que favorecem as ITU:
 estase urinária pela redução do peristaltismo
ureteral,
 aumento da produção de urina, favorecendo o
crescimento bacteriano e infecções.
 Os microorganismos envolvidos são aqueles da
flora perineal normal, principalmente a
Escherichia coli.
BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA

 É definida como a condição clínica de


mulher assintomática que apresenta
urocultura positiva, com mais de 100
mil colônias por ml.
 Se não tratada, 25% das mulheres
desenvolverão sintomas e progressão
para pielonefrite.
PIELONEFRITE AGUDA

 Clinicamente, a sintomatologia é evidente,


com febre alta, calafrios e dor nos rins,
além da referência pregressa de sintomas de
infecção urinária baixa.
 A presença de náuseas e vômitos, além de
taquicardia, dispnéia e hipotensão, podem
sugerir evolução para quadro séptico. O
tratamento inicial deve ser hospitalar.
PIELONEFRITE AGUDA

 Na suspeita de pielonefrite, a gestante


deve ser encaminhada para o hospital
de referência.

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