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Rezende,2018
Hipertensão arterial
Pré - Eclâmpsia
ETIOLOGIA
A etiologia da DHEG permanece desconhecida, o que dificulta a sua prevenção primária.
Muitas teorias já foram sugeridas, mas a maioria delas foi abandonada com o passar do tempo.
DEFICIÊNCIA DA INVASÃO TROFOBLÁSTICA
A presença da DHEG, mesmo em situações nas quais não exista feto (como nas moléstias trofoblásticas
gestacionais), e o fato de a retirada da placenta iniciar o processo de resolução da doença, com melhora
dos sintomas, sugerem que a placenta tenha papel de destaque na patogênese da pré-eclâmpsia.
No primeiro trimestre, ocorre a primeira onda de invasão do trofoblasto, que atinge os vasos da decídua.
A placentação normal completa-se com a invasão da camada muscular média das artérias espiraladas do
endométrio pelo sinciciotrofoblasto até aproximadamente o final da 20ª semana, diminuindo a resistência
vascular e aumentando o fluxo sanguíneo placentário.
A placenta torna-se órgão extremamente vascularizado, que permite as trocas materno-fetais.
Esse processo vascular deriva de um intrincado balanço de fatores angiogênicos, antiangiogênicos,
citocinas, metaloproteinases, moléculas do processo principal de histocompatibilidade, antígenos
leucocitários e fatores de crescimento que cada dia mais são implicados na fisiopatologia da doença.
Embora a segunda onda tenha sido mais valorizada, é pouco provável que a primeira onda seja normal,
considerando-se as alterações nos vasos deciduais.
FATORES IMUNOLÓGICOS
Embora ainda sejam desconhecidos os mecanismos imunológicos que protegem o feto de uma possível
rejeição, tais mecanismos têm sido aventados para explicar a falta de tolerância entre os tecidos maternos e
fetais.
Esse fenômeno é responsável pela resposta inflamatória exacerbada que impede a placentação adequada.
Os possíveis mecanismos incluem o excesso de carga antigênica fetal, a ausência de anticorpos
bloqueadores que teriam um efeito protetor contra a imunidade celular materna, a ativação de
polimorfonucleares e do complemento, além da liberação de citocinas citotóxicas e interleucinas.
Entre os fatores epidemiológicos que fortalecem o envolvimento da resposta imunológica na DHEG, destaca-
se o fato de essa doença ser mais comum na nulípara do que na multípara.
Entretanto, quando há troca de parceiro, sua incidência aumenta.
A maioria dos estudos sobre desfechos obstétricos em pacientes submetidas à reprodução assistida com uso
de ovodoação relata uma frequência de 20 a 50% de doença hipertensiva, mesmo quando os dados são
corrigidos para a idade das pacientes (que usualmente são mais velhas quando necessitam dessa técnica).
Supõe-se que a exposição prévia a um mesmo antígeno paterno tenha efeito protetor e um antígeno diferente
apresente efeito contrário.
Na DHEG, o fluxo uteroplacentário diminui, o que leva à diminuição da oxigenação fetal.
Esse efeito é causado pela invasão inadequada do trofoblasto intravascular, impedindo as mudanças
fisiológicas normais, principalmente das artérias miometriais.
Por diversos motivos, contrariamente ao esperado para uma gestação normal, as artérias espiraladas
não modificadas pela invasão deficiente do trofoblasto intravascular mantêm a camada muscular média
com diâmetro menor e alta resistência.
Além disso, também podem surgir alterações ateromatosas na parede dos vasos.
• Anasarca;
• Eclampsia.
Eclâmpsia
É definida pela manifestação de uma ou mais crises convulsivas tônico-
clônicas generalizadas e/ou coma, em gestante com hipertensão gestacional
ou pré-eclâmpsia, na ausência de doenças neurológicas.
• Recomendação:
Aferição da pressão arterial deve ser feita com a paciente sentada, aplicando o aparelho
com manguito de 13 cm, no membro superior direito e mantendo este elevado na altura
do coração.
A posição em decúbito lateral esquerdo será utilizada para o repouso da paciente, porém
no momento da aferição esta deverá estar posicionada preferencialmente sentada.
• Ainda que o ideal seja utilizar manguitos diferenciados para braços com
maior ou menor circunferências, é possível utilizar na prática clínica tabela
de correção.
DEFINIÇÕES
Hipertensão Arterial
• Definida como pressão arterial diastólica maior ou igual a 90 mmHg, após 5 minutos de repouso, com a
paciente sentada ou decúbito dorsal; elevações relativas nas pressões arteriais sistólica e diastólica não
são relevantes para o diagnóstico.
Proteinúria
• A proteinúria significante é definida como pelo menos 0,3 g/l (300mg)
em urina de 24 horas, ou 1 g/l (1 + ou mais pelo método quantitativo de fita) em amostra simples.
Edema Gestacional
• É o excessivo acúmulo generalizado de líquidos nos tecidos, principalmente das mãos e face, e valorizado
quando de aparecimento súbito, isto é, correspondendo a aumento de peso maior que 1.000 g por
semana.
ALTERAÇÕES ANATÔMICAS E FUNCIONAIS
• ALTERAÇÕES CEREBRAIS
É a causa mais freqüente de morte decorrente da hipertensão grave e na eclâmpsia.
Sinais neurológicos:
sofrimento cerebral,
convulsões e
coma.
ALTERAÇÕES RENAIS
• A taxa de filtração glomerular e o fluxo plasmático renal diminuem
progressivamente na pré-eclâmpsia, mas em face de grande elevação da
hemodinâmica renal, a taxa de filtração mantém-se normal na maioria das
vezes, porém valor de creatinina plasmática acima de 0,9 mg%, deve ser
considerado como indicador de comprometimento renal.
ALTERAÇÕES HEPÁTICAS
• Lesões isquêmicas periportais com evolução até necrose hemorrágica, na dependência
da intensidade do angioespasmo.
• Focos hemorrágicos disseminados ou a ruptura hepática com uma ou mais fissuras que
variam de profundidade e extensão.
• A invasão trofoblástica deficiente nas artérias espiraladas diminui o fluxo interviloso, e a vasoconstrição
das arteríolas vilosas determina elevação da resistência vascular fetoplacentária.
Esfregaço sanguíneo:
Pode auxiliar no diagnóstico da hemólise a partir do achado de formas anômalas das hemácias decorrentes de anemia
hemolítica microangiopática.
• Proteinúria de 24 horas:
Utilizando-se das mesmas referências, serve para avaliar o grau de gravidade clínica e pode ser relacionado ao prognóstico
materno e fetal.
Creatinina:
• Os níveis normais para a gestação são 0,4 a 0,6 mg/dl. Elevação de seus níveis se
correlaciona com a gravidade da patologia. Valores acima de 1,2 mg/dl devem ser
interpretados como insuficiência renal aguda.
Transaminases hepáticas:
• Considerar níveis elevados quando se observar valores iguais ou maiores que três vezes
da média laboratorial utilizada como referência no serviço.
Desidrogenase láctica:
• Níveis acima de 600U/l podem estar associados à hemólise.
AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL
TRATAMENTO
HIPERTENSÃO GESTACIONAL
• A partir do diagnóstico clínico, se idade gestacional inferior que 37 semanas:
• Diante de elevação da pressão arterial diastólica acima de 100 mmHg ou detecção de proteinúria:
internação
• Também devem ser internadas gestantes no termo para indução eletiva do parto.
PRÉ-ECLÂMPSIA:
Idade gestacional acima de 34 semanas:
• Decisões devem ser individualizadas,
• Antecipação do parto, introduzir indução seriada, precedida por preparo
cervical com misoprostol.
Idade gestacional abaixo de 34 semanas:
• Condições estáveis conduta expectante
Tratamento clínico:
• Repouso em decúbito lateral esquerdo o maior tempo possível
• Monitorização diária da pressão arterial
• Observar ganho ponderal diário
• Avaliar proteinúria de 24 horas a cada três dias
• Avaliação semanal do bem estar fetal (vitalidade e ganho ponderal)
• Utilizar corticóides para maturação pulmonar fetal, se menos de 34 semanas.
• Avaliação semanal de plaquetas e transaminases hepáticas
Tratamento Obstétrico:
• Se possível aguardar até 34 semanas
MEDIDAS NÃO FARMACOLÓGICAS
• Repouso : recomenda-se repouso para as pacientes portadoras de DHEG. O repouso em decúbito lateral
esquerdo promove o aumento do fluxo plasmático renal, intensifica a natriurese e, consequentemente,
diminui os níveis de pres- são arterial. Somado a isso, melhora ainda o fluxo uteroplacentário.
Recomendam-se o afastamento das atividades profissionais, a redução dos afazeres domésticos e o
repouso em decúbito lateral esquerdo por pelo menos 1 hora no período da manhã e da tarde (ou 2 horas
de- pois do almoço).
Para os casos graves, o repouso no leito é feito com a paciente internada.
Nifedipina - atua nas células musculares lisas e no miocárdio. Ao contrário dos demais vasodilatadores, não causa edema acentuado pois
não retém sódio e água.
DOSE - 10 mg de 8/8 horas
Hidralazina
• Age diretamente sobre vasos de resistência (pequenas artérias e arteriolas) com menos efeito sobre vênulas e pequenas veias. Ela inibe
ou reverte a ação pressora da serotonina e da renina.
Apesar de resguardar a oxigenação de áreas vitais (esplâncnica, coronariana, cerebral e renal), sua atuação na queda da pressão arterial ativa
os barorreceptores que estimulam a atividade simpática, com consequente taquicardia, aumento do volume de ejeção sistólico e do
débito cardíaco.
• via oral: pico de ação é de 4 - 6 horas. Seus efeitos colaterais são dor de cabeça, náuseas e vômitos, taquicardia, hipotensão postural,
palpitações, fadiga.
DOSE – comp. de 25 e 50 mg - dose máxima de 200 mg / dia em 4 tomadas
BETA-BLOQUEADORES COM AÇÃO SIMPATICOMIMÉTICA INTRÍNSECA
Pindolol
• É o beta bloqueador mais usado em nosso país, com ótimos resultados.
DOSE- 10 a 30 mg/dia (comp de 5 e 10 mg)
Atenolol
• De todos os beta bloqueadores, é o que mais tem efeitos deletérios fetais
(crescimento retardado e aliterações dos padrões cardiotocográficos)
• DOSE - comp de 50 e 100 mg - 50 a 150 mg / dia
BLOQUEADORES ADRENÉRGICOS DE AÇÃO CENTRAL
Alfa Metildopa
• Ação: diminuição da resistência vascular sistêmica, sem alterações no débito cardíaco
(consequente pouca bradicardia).
• Seus efeitos colaterais são a secura da boca, congestão nasal, hipotensão postural,
sonolência, zumbidos e depressão.
• DOSE - comp de 250 e 500 mg - 1 a 2 gramas / dia
DIURÉTICOS
• DOSE - furosemida - venosa (20 a 40 mg / por dose) ou oral (40 a 200 mg / dia)
Uso na CRISE HIPERTENSIVA
HIDRALAZINA:
• Início de ação de 10 a 20 minutos, persistindo até 8 horas em pacientes
com função renal normal.
• DOSE - 5 a 10 mg em bolus a cada 15 a 20 minutos até atingir o objetivo,
com dose máxima de 40 mg.
Se necessária associação:
1ª opção: Nifedipina
• Dose: 10 – 80 mg VO/ dia (intervalo de 8 – 12 horas)
“Dieta hipossódica”
ECLÂMPSIA
Os dez passos no manejo da convulsão eclâmptica
1. Aspirar as secreções e inserir um protetor bucal
2. Administrar O2 3 litros por minuto
3. Instalar solução glicose a 5% em veia periférica
4. Recolher amostra de sangue e urina para avaliação laboratorial
5. Manter a paciente em decúbito lateral
6. Administrar sulfato de magnésio
7. Administrar hidralazina (IV) ou nifedipina (SL) se PA>160/110mmHg
8. Inserir um cateter vesical contínuo
9. Aguardar a recuperação do sensório
10. Interromper a gestação
TRATAMENTO DAS CONVULSÕES
• Tratamento Anti-Convulsiante com Sulfato de Magnésio:
• Esquema de Pritchard:
Dose de ataque:
• 20ml de Mg S04.7H20 a 20% IV lentamente (3 min.)
• 10ml de MgSO4.7H120 a 50% IM no quadrante superior externo de cada glúteo (total
20ml ou 10g) com agulha calibre 20 de 10 cm de comprimento.
Dose de manutenção
• 10 ml de MgSO4.7H20 a 50% IM de 4/4 h.
OBS - Só aplicar cada nova dose se:
• Diurese estiver igual ou maior do que 25ml/hora
• Reflexos patelares estiverem preservados
• Manter o tratamento até 24 horas de pós parto
Esquema de Sibai:
• MgSO4.7H20 IV 2g/hora: diluir 4ml de sulfato de magnésio em 56 ml de soro fisiológico e
infundir em bomba na velocidade de 60ml/hora continuamente.
A cada 60 minutos, antes de autorizar nova dose de 60m1, verificar se a diurese está
preservada (mínimo de 25ml/hora) e se os reflexos tendinosos estão presentes.
• É considerada droga segura, uma vez que as gestantes permanecem acordadas e alertas com os reflexos
protetores laríngeos intactos.
• Ocorre no período anteparto em 70% das vezes, sendo muito frequentes formas graves
ocorrerem em fases precoces da gestação (15% no 2º trimestre).
• Ainda que menos frequente, formas graves podem ocorrer no puerpério, instalando-se
nas horas iniciais ou até 6 dias após (média de 2 dias).
QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
A sindrome HELLP é um diagnóstico predominantemente laboratorial.
As manifestações clínicas são geralmente múltiplas e imprecisas e superpõem-se às da pré-eclâmpsia, sendo
comuns as queixas de cefaleia, dor epigástrica e/ou no hipocôndrio direito, perda de apetite, náuseas e
vômitos, escotomas e níveis pressóricos elevados.
Nos casos mais graves, como na iminência de eclâmpsia e na eclâmpsia, as pacientes apresentam-se com
alteração do estado de consciência.
O diagnóstico deve ser o mais precoce possível, e quanto maior o número de sintomas e sinais sugestivos de
síndrome HELLP, maior a chance do diagnóstico e a necessidade do tratamento.
• A pressão arterial está elevada em 2/3 das pacientes (média de 160 x 110
mmHg), sendo que em cerca de 85% dos casos, observa-se proteinúria
significativa.
• A elevada morbidade materna decorre principalmente de alterações na coagulação, podendo
observar falência de múltiplos órgãos, sendo de enorme relevância a insuficiência hepática e
a renal. Tem- se relatado mortalidade materna em até 24% dos casos e perinatal em
até 30 a 40%.
• As taxas de mortalidade se situam em cerca de 2% dos casos sendo que os principais eventos
envolvidos diretamente na morte materna são:
Falência cárdio-pulmonar
Coagulopatia
Hemorragia intracraniana
Ruptura hepática
Choque pós-cesárea
Falência de múltiplos órgãos
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• apendicite,
• colecistopatia
• úlcera péptica,
• gastroenterocolite,
• colestase trans-infecciosa e
• hepatites de causas diversas.
CONDUTA OBSTÉTRICA
• Via vaginal: manter plaquetas acima de 20.000.
• Cesárea: manter plaquetas acima de 50.000. Nos casos de plaquetas abaixo deste
valor, iniciar a transfusão de 6 a 10 bolsas de plaquetas no peri e intra-operatório.
A incisão de Pfannenstiel
PUERPÉRIO (as consultas puerperais são realizadas no 10º, 20º e 40º dia do puerpério)
ASSISTÊNCIA HOSPITALAR
Doença hipertensiva específica da gestação/ pré-eclampsia leve
• Orientar previamente de forma clara e sucinta procedimentos a serem realizados para a cliente.
• Atentar para sinais e sintomas hipertensivos, observar controles com intuito de prevenir a pré-eclâmpsia grave ou a eclâmpsia
(pressão arterial, peso corpóreo, débito urinário e batimentos cardíacos fetais).
• Promover ambiente favorável e estimular repouso no leito, preferencialmente em decúbito lateral esquerdo (DLE) com intuito de
melhorar a vascularização interplacentária e reduzir os índices pressóricos por ação no sistema angiotensina.
• Manter a postos material de emergência incluindo cânula de Guedel, MgSO4 e hipotensor de ação
rápida (hidralazina, nifedipina).
• Agilizar exames solicitados, verificar necessidade de reserva de sangue, materiais e sala cirúrgica,
leito em unidade de terapia intensiva (mãe e para seu recém nascido).
• Manter disponível e de fácil acesso ampolas de gluconato de cálcio a 10% (não abrir ampola
antecipadamente) para ser utilizado diante de eventual intoxicação pelo MgSO4.
• Promover repouso físico e psíquico. Quarto isolado e com pouca luz, camas com grades e restringir paciente se necessário, diminuição de visitas e orientar familiares.
• Observação criteriosa em todos os controles (eleger uma pessoa para executar a tarefa e sempre
utilizar o mesmo equipamento para aferição da pressão arterial, quando não monitorizada).
• Agilizar oxigenioterapia contínua ou intermitente como também material para pressão venosa central
(PVC) se necessária instalação.
Instaladas situações de inconsciência
• Estabelecer a oxigenioterapia
• Controlar eliminações
• Mudança de decúbito programada seis vezes ao dia e uso de materiais apropriados para redução da
pressão e atrito em regiões mais propensas a formação de escaras (coxins, colchões apropriados, bolsas de
água ou ar, curativos protetores, etc.).
na resistência
Metabolismo energético
periférica à insulina
pode ser dividido em duas
fases distintas:
diabetes mellitus
gestacional definido como
qualquer grau de
intolerância a carboidratos
diagnosticado pela primeira
vez na gestação.
Em 2010 ( International Association of Diabetes and Pregnancy Study Groups
pgnancy Study Groups) propôs que o diabetes diagnosticado durante a gravidez
fosse classificado de duas formas:
Zugaib, 2018
RASTREAMENTO E DIAGNÓSTICO
DO DIABETES NA GRAVIDEZ
Deve ser realizado entre 24 e 28 semanas para as pacientes que ainda não
tiveram o diagnóstico de diabetes mellitus (gestacional ou não) confirmado.
Fase gestacional:
Anamnese: detalhada relativa ao início e ao curso do diabetes e seu
controle
Exame físico: para avaliar o estado geral e cardiovascular (ECG), avaliação
da retina, controle da pressão arterial e mensuração uterina.
Controle glicêmico de jejum e pós-prandiais semanais (ponta de dedo).
Após 7 a 14 dias de dieta – teste glicêmico (jejum, 1h após café e 1h após
almoço) – valores alterados (maior ou iguais a 95 mg/dl em jejum e
140mg/dl após as refeições) – iniciar insulinoterapia.
Testes laboratoriais:
Urina de 24 horas: avaliar a função renal
Urocultura: presença de infecções
Perfil glicêmico: jejum e 1 ou 2 horas após as refeições
TRATAMENTO DA GRÁVIDA DIABÉTICA
O tratamento dado à gestante diabética baseia-se na utilização
racional de dieta, hipoglicemiante oral, insulina e exercícios,
aplicados sob orientação de equipe multiprofissional de
assistência.
Objetivo: euglicemia.
Via: é uma decisão obstétrica, sendo necessário estimar o peso fetal (se
maior ou igual a 4.500g considerar cesariana).
Icterícia,hepatoesplenomegalia, petéquias,
Fase 4: ocorre após o período neonatal, (2 a 3 meses), sinais de paralisia cerebral pela
encefalopatia bilirrubínica.
DIAGNÓSTICO
Diagnóstico antenatal:
Coombs abaixo de 1/64 ( 1:16 e 1:32 (Rezende, 2019) : não deve haver alarme
Titulos superiores: 60% de possibilidade de o feto não estar afetado
Protocolos de acompanhamentos,
Imunuprofilaxia anti – D
• Doença hemolítica: 3%
• Mãe O: fetos do grupo A e grupo B
• Fetos graves: raro
• Grupos Sanguíneos: Possíveis Genótipos
Para ter um feto AB, a mãe não pode ser do grupo O, por isso nunca ocorre
incompatibilidade.
• Deve-se a entrada de anticorpos IgG anti A ou B materno na circulação fetal e
subsequente reação com eritrócitos fetais;
TRATAMENTO
Fototerapia;
Exsanguineotransfusão
Rh ABO
Grupo sanguíneo
Mãe Negativo O
RN Positivo A, B
Aspectos clínicos
Exames laboratoriais
Tratamento
Necessidades de medidas pré-natais Sim Não
Exsanguineotransfusão 2/3 1/10
Incidência de anemia Comum rara
Rotura Prematura de
membranas e Trabalho de
parto prematuro
Rotura prematura de membranas-RPM
Amniorrexe prematura - AMP
Rotura prematura das membranas pretermo -
RPM
Rotura Prematura espontânea das membranas
ovulares- RPMO
Origem grega:
“Amnio” = Membrana
“Rhexis”= Rotura
►Incidência: 10 a 12% quanto ao numero total de
parto. 1/3 das vezes ocorre antes da 37ª semana.
Responsável por +/- 30% de todos o RNPT ( Amed;
Camano; Souza, 2011).
Projeto Diretrizes
Período de Latência: intervalo entre a rotura das membranas
e o início do trabalho de
parto.
90% das mulheres
entrarão em TP Entre 20 e 26 semanas o período
espontaneamente dentro de latência é de 12 dias
de 24h
(Rezende,2019). -32 e 34 semanas 4 dias
Rotura prematura das membranas a pré-termo ( < 37 sem.): 3% das gestações, 50% entra em
TP em 1 semana ( 3 a 13% podem parar de perder líquido e restaura o volume do LA à
normalidade. Infecção (1 a 5% no termo e 25 % no pré-termo), DPP ( 2 a 5%) Corioamionite (
ascendente= Escherichia coli, estreptococos do grupo B), Complicações 1 a 2 % ( prematuridade –
SAR, enterocolite necrosante, paralisia cerebral, acidentes de cordão).
Rotura prematura das membranas a pré-viável ( < 24 sem.): 1% , cerca de 40 a 50% dão à luz na
primeira semana e 70 a 80% dentro de 2 a 5 semanas. Sobrevida até 55% após 22 sem.
Hipoplasia pulmonar: < de 24 sem. É de 10 a 20%. Está associa a alta mortalidade. Raramente
letal se RPMO ocorrer entre 23 e 24 sem.
Vazamento de líquido após amniocentese: 1% e de perda fetal de 0,5% . Na maioria das vezes ,
há resselagem das membranas com normalização em 70% dentro de 1 mês.
Etiologia:
Rotura Fisiológica: com a aproximação do termo, as
membranas vão se tornando cada vez mais
susceptíveis à rotura devido ao estiramento causado
pelo crescimento fetal, gemelaridade e contrações
uterinas, além da diminuição do seu conteúdo de
colágeno.
Rotura patológica:
Causa intrínseca: constituição defeituosa,
polidrâmnio, incompetência cervical
Causa extrínseca: infecção Intra-amniótica
( corioamnionite) 50% . Tabagismo, uso de drogas
ilícitas ou após procedimento como cerclagem,
coonização ou amniocentese
Fatores de risco
______________________________
Tabagismo: diminui a disponibilidade de cobre e
ácido ascórbico, alterando a estrutura do colágeno
Gestações múltiplas e Polidrâmnio: hiperdistensão
DPP
Antecedente de RPM
Procedimentos ou lacerações cervicais
Fadiga e longas horas de trabalho
Infecção LA
nível socioeconomico
DST
Complicações – Infecção
______________________________
√Infecção maternas: corioamnionite, endometrite
►IG ?
►Infecção ?
►Teste nitrazina:
pH vagina: 4,0 -4,5
pH LA: 7,1-7,3
( detectar pH maior que 6, significa que provavelmente há presença de líquido amniótico)
Avaliação – Confirmação diagnóstico
_____________________________
► Ecografia: Oligoâmnios
avaliação fetal
Avaliação – Confirmação diagnóstico
_____________________________
►T>37,8 Ou
IMPORTÂNCIA:
1) Responsável por 75% da morbidade e mortalidade perinatal
2) A prematuridade ocorre em 5 a 8 % das gestações nos
países desenvolvidos.
Na América Latina atinge alarmantes 40%
ETIOLOGIA
O parto pretermo pode ser dividido em três
grupos:
Peso
Baixo peso: < 2.500g
Muito baixo peso: < 1.500g
Extremo baixo peso: < 1.000g
CAUSAS
CAUSAS OBSTÉTRICAS: história prévia de parto pré-
termo (10%), primiparidade jovem e idosa; pequeno
intervalo interpartal; grande multípara; prematuridade
prévia; morte fetal anterior; gravidez múltipla; DHEG;
doença hemolítica perinatal; polihidrâmnio; inserção baixa
da placenta; DPP; rotura prematura das membranas-
RPMO ( 25%); corioamnionite; anomalias congênitas;
insuficiência ístmica.
CAUSAS GINECOLÓGICAS: malformações uterinas;
sinéquias uterinas; leiomiomas
INDICADOS: 30%
CAUSAS EXTRA-GINECOLÓGICAS: baixo nível
socioeconômico; desnutrição e anemias; raça negra;
gestante jovem; pequena estatura materna; tabagismo;
alcoolismo; estados hipertensivos; diabete melito;
coardiopatia materna; infecções maternas; bacteriúria
assintomática e ITU.
MARCADORES ULTRA-SONOGRÁFICOS:
comprimento do colo < 3,9cm (chance de 80% de
parto pré-termo)
Efeitos adversos graves (0,9% dos casos) têm sido relatados: infarto do
miocárdio, dispneia intensa,hipóxia materna, hipotensão com morte fetal e
fibrilação atrial;
Efeitos colaterais maternos: pulso > 120 bpm e/ou queda da PA > 15%
• DIU,
• GE anterior,
• Endometriose,
• Cirurgias tubárias,
• Tubárias (98,55):
• Ampolar e ístimica ( 96,7%), intersticial (1,2%)
• Ováricas ( 0,88%)
• Abdominal (0,66%)
Diagnóstico clínico
• Gravidez tubária: raramente evolui além de 12
semanas
• Íntegra: discreta dor abdominal, sangramento discreto
e palidez cutânea (aborto tubário);
• Rota: abdome agudo, alterações hemodinâmicas e
choque
• hipovolêmico.
• # culdocentese
Diagnóstico clínico
• Gravidez cervical: hemorragia incontrolável do colo uterino (5 -7
semanas)
• DUM
• Atividade sexual
ULTRA-SONOGRAFIA PÉLVICA
LAPAROSCOPIA
TRATAMENTO CLÍNICO
O tratamento clínico da GE pode ser realizado por meio de
administração de medicamentos, de forma sistêmica ou
local, ou por acompanhamento de casos com regressão
espontânea, denominada de conduta expectante.
• Conduta medicamentosa
Várias drogas têm sido empregadas no tratamento da GE,
em especial o Metotrexato (MTX),
TRATAMENTO CIRÚRGICO
O tratamento cirúrgico é a
primeira escolha quando
acontece a rotura tubária, ou
quando o diâmetro do saco
gestacional ultrapassa 4cm e
presença de dor por período
superior a 24hora.
TIPOS
• Laparoscopia
• Laparotomia
salpingectomia
PLACENTA PRÉVIA OU INSERÇÃO BAIXA DA
PLACENTA
• Segundo Mathias (2000), é a placenta que se localiza sobre ou
muito próxima ao orifício interno do colo, podendo estar ou não
à frente da apresentação.
• Multiparidade,
• Idade materna avançada,
• Cicatrizes uterinas prévias,
• Abortamento provocado,
• Extração manual e intempestiva da placenta,
• leiomioma,
• Endometrites
• Tabagismo, ...
QUADRO CLÍNICO
• Sangramento vermelho rutilante,
• Indolor,
“TOQUE VAGINAL”
Laboratorial
• USG;
• Hematológico completo.
CONDUTA
• Gestação pré-termo:
• Expectante
• Hospitalização
• Monitorização da mãe e do feto
• Tocólise (betamiméticos, sulfato de magnésio,
bloqueadores de canais de cálcio, inibidores da síntese
de prostaglandinas),
• Aceleração da maturidade pulmonar fetal
( surfactante- dexametasona( 4 doses de 6mg, intervalo
de 12 hs) e betametasona(2 doses de 12 mg, intervalo
de 24 hs)
• Gestação a termo:
• Parto cesária: incisão longitudinal ???
PROGNÓSTICO
• Na gestação: hemorragias,abortamento tardio, TPP,
RPMO, RCIU, situações oblíquas e transversas,...
• Internas:
• Cordão curto (normal +- 50 cm)
• Poiidrâmnio
• MF excessivos
• Hipertonia
• Uso indevido de ocitócitos
• Causas não traumáticas:
• Fatores predisponentes:
• Sócio-econômico
• Multiparidade (após a 7ª paridade o risco é 6 vezes
maior)
• Idade
• Mau antecedente obstétrico
• DPP anterior
• Tabagismo, alcoolismo e cocaína
• Hipertensão
• Anemia (isquemia placentária)
QUADRO CLÍNICO
• Obstétrico:
• Hemorragia vaginal: 80% vermelho rutilante e 20%
oculto;
• Hipertonia;
• Dor abdominal
• Hemoâmnio
• Fetal:
• Vitalidade fetal
• Óbito fetal
DIAGNÓSTICO
• CLÍNICO
• Anamnese: dor, história de SH, traumas, esvaziamento de
poiidrâmnio, brevidade de cordão, versões externas, tabagismo
e anemia.
• Exame físico:
• Sangramento transvaginal
• Hipertonia uterina
• Sinais de hipovolemia aguda
• Ausculta fetal
• Toque
• USG
CONDUTA
• DPP
• Feto vivo Feto morto