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ELISABETE GONÇALVES
SALVADOR – BA
2020
ELISABETE GONÇALVES
SALVADOR – BA
2020
1. EPÍGRAFE
Talvez não tenha conseguido fazer o melhor, mas lutei para que o melhor fosse feito. Não sou
o que deveria ser, mas Graças a Deus, não sou o que era antes.
- Marthin Luther King
2. RESUMO
A gravidez é um período esperado por muitas mulheres e se torna um momento mágico para a
mãe e o bebê, mas algumas vezes pode vir acompanhado de complicações, como aumento da
pressão arterial. O aumento da pressão sanguínea diagnosticado durante a gestação em mulheres
que nunca haviam antes demonstrado o problema é classificado como doença hipertensiva
específica da gestação (DHEG). Este trabalho irá relatar algumas circunstâncias vividas pela
paciente LAdosS, jovem de 22 anos que na sua primeira gravidez apresentou um quadro de pré-
eclâmpsia diagnosticado no 8º mês da gestação. Mas é preciso compreender do que se trata esta
enfermidade.
A pré-eclâmpsia é o aumento da pressão arterial acompanhada da eliminação de proteína pela
urina. Normalmente, essa complicação começa depois da 20ª semana de gravidez. Quando não
tratada adequadamente, pode culminar na própria eclâmpsia, a reta final da doença. Se caracteriza
pela pressão muito elevada escoltada de outros sintomas mais graves, como convulsões e
inchaços. Nesse estágio da DHEG, a vida da mãe e do bebê entra em risco (LARA, 2015).
Existe um consenso que o problema da hipertensão na gravidez não tem uma única causa,
mas é resultado, entre outras coisas, da má adaptação do organismo materno a sua nova condição.
A gravidez pressupõe o crescimento de um ser geneticamente diferente dentro do útero da
mulher, uma vez que herdou metade dos genes do pai. Ela não rejeita esse corpo estranho porque
desenvolve mecanismos imunológicos para proteger o feto. Em alguns casos, porém, ele libera
proteínas na circulação materna que provocam uma resposta imunológica da gestante. Essa
resposta agride as paredes dos vasos sanguíneos, causando vasoconstrição e aumento da pressão
arterial (VARELLA, 2012). Outros fatores de risco são a má alimentação, o estresse e o
sedentarismo, como no caso de LAdosS que teve uma alimentação salgada e sem praticas de
atividades físicas, além de muito estresse no trabalho. LAdosS teve um grande aumento do peso e
achava que era normal da gravidez, mas chegou à maternidade com inchaço de membros
inferiores e rosto, dor de cabeça, visão turva e cansava por qualquer esforço. Em consultas de
pré-natal anteriores não foi constatado hipertensão, relatou LAdosS e ela não havia sentido
nenhum dos sintomas relatados anteriormente. A paciente foi submetida a exames físico que
constataram uma Pressão Arterial de 160/90 mmHg, além de exames laboratoriais de sangue e
urina que tiveram resultado com taxas elevadas. Diante desse quadro LadosS teve que ser
internada ficando em observação por 24 horas, com monitoramento da pressão e administração
de medicações profiláticas, evitando a progressão para o desfecho convulsivo.
Casos leves de pré-eclâmpsia são controlados com repouso, controle da alimentação,
medicação e acompanhamento médico, de acordo com a necessidade. Os quadros mais intensos,
além de tudo isso, necessitam de internação para um acompanhamento rigoroso. Se a situação
estiver estabilizada, a gestação segue normalmente, senão será preciso um parto prematuro. A
saúde do bebê não é comprometida quando a mãe está com a pré-eclâmpsia. Mas, se não for
tratada, e a gestante chegar ao estágio de eclâmpsia, o risco da perda da criança é alto, como o
risco de morte da mãe também. É comum em pacientes que desenvolveram a doença hipertensiva
específica na gravidez tenham a pressão normalizada ou pelo menos reduzida logo em seguida ao
parto. Mas, ainda assim, em muitos casos elas continuam com o anti-hipertensivo por cerca de 40
dias.
4. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES
Esfigmomanômetro Digital
Termômetro Digital
Glicosímetro
Bomba Infusora
Soro glicosado
Hidralazina
Sulfato de Magnésio
Tubos para coleta de sangue
Frasco adequado para o exame de urina
Cateter Venoso Periférico
Scalp
Agulhas e seringas
Luvas de procedimento
Álcool 70%
Adesivos e fita microporosa
Algodão e gaze
6. RESULTADOS ALCANÇADOS
Problema Resolução do
Dinâmica da solução
Identificado Problema
Travesseiro
Desconforto na
para manter o Providenciar travesseiro e acomodar a
cabeça ao deitar-
pescoço em paciente de forma que se sinta confortável
se de lado para seu repouso – equipe de enfermagem
posição neutra
Paciente sentindo
cefaléia forte
Administração Prescrição de analgésico – médico
mesmo após uso
de analgésico Administrar analgésico – equipe de
do anti- enfermagem
hipertensivo
A equipe de saúde deve estar preparada para enfrentar quaisquer fatores que possam afetar
adversamente a gravidez, sejam eles clínicos, obstétricos, ou de cunho socioeconômico ou
emocional. Deve estar capacitada para compartilhar informações com a gestante e os familiares
sobre o andamento da gestação, comportamentos e atitudes que podem assumir para melhorar sua
saúde. As necessidades oriundas da gestação de alto risco necessitam de técnicas e equipes
especializadas. Ainda que alguns casos possam ser resolvidos em nível de atenção primária,
utilizando-se procedimentos simples, outros necessitarão cuidados complexos. A assistência de
enfermagem à gestante tem uma grande responsabilidade quanto ao diagnóstico precoce de
doenças hipertensivas específicas da gestação, bem como o tratamento dos sintomas e a instrução
das gestantes, visando um atendimento humanizado como uma oportunidade de promover o
cuidado e contribuir para um melhor nível assistencial. A conduta do técnico de enfermagem
deve ser prioridade para detectar precocemente os sinais e sintomas de uma hipertensão para
evitar maiores danos ao paciente, requerendo dos profissionais de enfermagem que todas as suas
atividades e atitudes sejam conduzidas de forma correta, com atenção, conhecimento de causa,
julgamento adequado e um senso apropriado de responsabilidade. É através da valorização das
atitudes humanas que se pode contribuir para o fortalecimento do vínculo entre profissional e a
gestante, proporcionando que a paciente sinta confiança e dê continuidade nas orientações
realizadas. A assistência no pré-natal garante o acompanhamento necessário para prevenção e
promoção da saúde materna e fetal reduzindo os fatores de risco para o aparecimento da doença
comum nesse período.
9. REFERÊNCIAS
LARA, Maria Luiza. O Perigo da Hipertensão na Gravidez. Revista Bebê Abril, 2015.
Disponível em: < https://bebe.abril.com.br/gravidez/o-perigo-da-hipertensao-na-gravidez/>.
Acesso em: 07/05/2020.