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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DA BAHIA

CAMPUS GILBERTO GIL

Assistência de Enfermagem à gestante com suspeita de pré-


eclâmpsia e eclâmpsia

Ana Lídia Cunha


Jackson Félix
Luana Theresa
Luciana Sampaio
Marilia Conceição
Matheus Teixeira
Nívea Oliveira
Raul Seixas

Orientadoras: Ana Paula, Juqueline Cristal e Maria Adriana Rocha

Salvador
2023
DIAGNÓSTICO E TEORIZAÇÃO

1. Identificação das partes envolvidas e parceiros

O título abordado foi para o público-alvo, mulheres gestantes com risco na


gravidez, com intuito de levar informações necessárias para as mesmas, sendo
leigas, na intenção de realizar uma promoção e educação à saúde. Pelo tema o
mais ideal seria fazer em uma maternidade, mas os componentes acabaram
tendo que ir a uma unidade da saúde da Família prof. Humberto de Castro
Lima na rua nova do valê localizado no bairro de Pernambués, em Salvador no
estado da Bahia, atendendo aos moradores da região.
2. Demandas e ou situações-problema identificados.

Atualmente um grande número de mulheres buscam ajuda em condições


graves no qual não há muito o que ser feito, assim, faz -se necessário a
disseminação de informações de modo que a gestante consiga identificar os
sintomas precocemente. A pré-eclâmpsia apresenta de forma recorrente e
grave se não tomar aos devidos cuidados, com isso, a gestante, o parceiro e a
família devem estar ciente sobre a importância e a necessidade de ir às
consultas de pré-natal rigorosamente, fazer atividades físicas, seguir
recomendações médicas, estar alerta para o aparecimento dos sinais e
sintomas, ente outros.

Dificuldade de entrar em consenso sobre o tema abordado, a mesma situação


em concretizar onde seria realizado o nosso projeto, que acabou sendo feito
com entrega de panfletos na localidade da unidade. Tentamos entrar em
contato com uma boa parte das maternidades em Salvador sem retorno, então
foi designado a procura de uma unidade básica ou saúde da Família sem
sucesso.
3. Demanda socio comunitária e motivação acadêmica

O papel da enfermagem é de extrema importância na idealização sobre a pré-


eclâmpsia, devido ao fato de que nem todas as pessoas têm acesso a saúde
ou ao conhecimento necessário. Com isso, torna-se evidente a necessidade do
papel do enfermeiro como profissional e educador da saúde tornar-se possível
o acesso as gestantes sobre essa patologia, que vem se tornando bastante
evidente, como também, disseminar informações importantes para redução dos
impactos causados pela doença.

A escolha do tema se deu pela grande quantidade de mulheres grávidas


atualmente que não tem conhecimento sobre a pré-eclâmpsia, os sintomas,
seus riscos, como se prevenir, etc, além de reduzir o número de mulheres que
buscam ajudam quando não há muito o que ser feito, uma vez que, essa
temática é indispensável pelo bem-estar da mãe e do bebê durante todo seu
ciclo gravídico puerperal.
4. Objetivos/resultados/efeitos a serem alcançados

Objetivo geral :
Realizar o projeto com intuito de levar conhecimentos a população sobre a pré-
eclâmpsia / eclâmpsia, a fim de possibilitar o rastreamento precoce da
patologia e prevenir o seu desenvolvimento .
Objetivo Específicos:
 Realizar uma promoção em saúde.
 Procurar um profissional sempre que perceber algum dos sintomas.
 Orientar as gestantes sobre os riscos e as formas de prevenção da pré-
eclâmpsia e eclâmpsia.
 Desenvolver material sobre as principais características da doença.
 Sanar dúvidas sobre o tema abordado.
 Promover educação em saúde para as gestantes do local.
 Conscientizar sobre a patologia.
 Relembrar e fixar sobre a importância das consultas de pré- natal.
5. Referencial teórico

A pré – eclâmpsia é uma doença que acontece na gestação, diagnosticada


pela presença do que chamamos de tríade da pré – eclâmpsia: hipertensão
arterial ( < ou = a 140 x 90mmHg), edema e proteinúria ( 300 mg) após a 20°
semana de gravidez, como também, se a hipertensão estiver associada a
lesão de um órgão alvo (insuficiência renal, edema pulmonar, disfunção
hepática, etc) pode ser diagnosticada mesmo sem a presença da proteinúria.
Já a eclâmpsia refere- se a um estado mais grave com ocorrências de
convulsões na gestante que já apresenta a pré-eclâmpsia.
Apesar da fisiopatologia ainda ser desconhecida, é aceito que: alterações no
desenvolvimento placentário e alterações insuficiente na circulação uterina
ocorrem por hipóxia do tecido placentário ,por esse motivo e pela reoxigenarão
leva ao desenvolvimento do estresse oxidativo e produção de substâncias
inflamatórias, como também, a disfunção da placenta e seus fatores liberados
danifica o endotélio resultando no aparecimento da hipertensão e
comprometimento de órgãos -alvo; as alterações glomerulares são as
responsáveis pelo aparecimento da proteinúria.
É válido ressaltar que a pré-eclâmpsia está se tornando evidente que mulheres
com sobrepeso ou com alto índice de massa corporal( IMC > 30kg/m2)
apresentam risco para desenvolvimento da doença.
Outras alterações de risco são a hipertensão crônica, diabetes pré -gestacional
e lúpus, histórico familiar e tabagismo.
De acordo com a OMS, 10 a 15% das mortes maternas estão relacionadas a
pré – Eclâmpsia em todo mundo, 99% dessas mortes ocorreram em países de
baixa e média renda.
25% são classificadas como grave, 75% como leve, estima-se que 1% de
todos os casos e 10% dos casos graves de PE exigem partos prematuros
antes da 34° semana de gestação.
Segundo a Secretária do Estado da Saúde de Santa Catarina , a pré-eclâmpsia
afeta até 7% das gestantes brasileiras, como também, é responsável por 25%
das mortes maternas na América Latina .
Mais de 80 mil mulheres morrem todos os anos ao redor do mundo durante a
gravidez e após o parto devido a pré-eclâmpsia, e mais de 500 mil bebes
morrem todos os anos.
com isso, a sintomatologia são: proteinúria, anasarca, pressão arterial elevada,
ganho de peso rapidamente, sinais e sintomas de acometimento de órgãos
alvos; sintomas mais graves ( alterações na visão, PA superior a 160x 110
mmHg, dor de cabeça constante, dor abdominal.
Sinais e Sintomas graves (caso de internação): baseado no modelo
matemático PIERS para tomada de decisão: eclâmpsia, coma, cegueira
central, deslocamento de retina, acidente vascular cerebral (AVC),
deslocamento prematuro da placenta, coaglopatia, disfunção hepática grave,
hematoma hepático, edema pulmonar, infarto do miocárdio, insuficiência renal
aguda e ascite.
*Quadro grave: Pressão Arterial maior que 140mmHg, proteinúria igual ou
superior a 2,0g em 24hrs ou 2+ em fita urinária, oliguria (menos que 500ml/dia
ou 25ml/hora), níveis serviços de creatinina maiores que 1,2mg/dl, sinais de
cefaleia e distúrbios visuais, dor epigástrica ou no hipocôndrio direito, aumento
de enzimas hepáticas e de bilirrubina, etc.
Os fatores de risco para desenvolver a pré- eclâmpsia são hipertensão crônica,
idade > 40 anos, histórico familiar, nuliparidade, gestação múltipla, diabetes
mellitus, história prévia de pré-eclâmpsia, síndrome do anticorpo antifosfolipide,
obesidade, doenças autoimunes, ter idade menor que 18 anos e maiores que
35 anos.
Os riscos apresentados na gestante e a insuficiência renal, algumas mulheres
tornam -se hipertensa definitivo, risco em desenvolver problemas
cardiovasculares, insuficiência placentária, AVC, convulsões, edema pulmonar,
parto prematuro, deslocamento de placenta e restrição de crescimento
intrauterino do bebê , síndrome de Help, má desenvolvimento na infância ,
desconforto respiratório no bebê, morte materno -fetal.
Eclâmpsia: É uma manifestação grave da pré-eclâmpsia, com presença de
uma ou mais crises convulsivas seguidos de coma em gestante com pré-
eclâmpsia já estabelecida.
Os sinais e sintomas da eclampsia se caracteriza em convulsões, dor de
cabeça intensa, anasarca, aumento de peso rápido, dor de barriga intensa,
zumbido no ouvido, vômitos, alteração na visão, hipertensão arterial, presença
de proteína na urina.
O tratamento e feito com dieta, repouso hospitalar ou domiciliar,
acompanhamento laboratorial ( a frequência varia de acordo com o quadro de
cada paciente) mas recomenda – se 1 vez por semana( hemoglobina,
contagem de plaquetas, AST, entre outros), alterações clínicas ou descontroles
da PA, monitorização do bem-estar e crescimento fetal, a recomendação da
internação hospitalar se dá se houver forte suspeita ou o diagnóstico da pré –
eclampsia para avaliação das condições materno- fetal, uso de anti-
hipertensivos, parto ( a melhor forma de tratar a eclâmpsia é o parto).
Os cuidados pós parto se destaca em monitorar a PA a cada 4 hrs, evitar uso
de anti-inflamatórios não esteroides como controle da dor principalmente em
pacientes com insuficiência renal, uso do sulfato de magnésio por 24hrs devido
ao risco persistente de convulsões, reavaliação laboratorial 24hrs após o parto,
evitar o uso de medicamentos destinados a suprimir a lactação, manutenção /
introdução ou substituição de anti-hipertensivos, acompanhamento hospitalar
até 3° pós parto, mesmo com alta hospitalar deve ser reavaliadas após 7 dias
pois tem o risco de complicações, todas as pacientes que tiverem pré
eclampsia devem ser alertadas sobre os riscos.
A prevenção e um fator primordial na saúde das gestantes e do seus filhos,
com isso, faz-se necessário o rastreamento precoce ( antes da 20 semana de
gravidez) , atividades físicas regulamente , baixa dose diária de AAS
( pacientes com fator de risco), sulfato de magnésio (evitar a evolução para
eclampsia ), suplementação de cálcio ( para mulheres com risco de pré-
eclampsia recomenda -se 1,0 a 2,0 g/dia), orientações sobre sinais e
sintomas, avaliação do bem -estar fetal, identificação precoce das alterações
laboratoriais.
*Prevenção (eclâmpsia): evitar traumas decorrentes de queda, manter a
permeabilidade das vias aéreas, garantir o suporte de O2 e prevenir a
aspiração em caso de vômitos, posicionar a gestante em decúbito lateral
esquerdo, controle rigoroso da pressão arterial durante todo pré-natal.
A SAE e importante em todo cuidado de qualquer paciente, e as gestantes
precisam de um atenção especial nos seus cuidados puerperais, com isso e
necessário identificar adequadamente o diagnóstico precoce, acolher a
gestante, orienta-la a uma alimentação saudável, exercícios físicos leves, e
fazer as consultas de pré-natal adequadamente , como também, controle de
infecções, sondagem vesical, controle de hidroeletrolíticos, avaliação diária da
proteinúria, cuidados de higiene, apoio psicológico, controle do ambiente para
melhor conforto .
Faz se necessário o desenvolvimento de habilidades específicas em
enfermeiros de unidade básica para realizarem uma consulta satisfatória e
minuciosa a gestante com pré-eclâmpsia, desenvolver ações para acompanhar
os cuidados as gestantes com pré-eclâmpsia.
Planejamento para desenvolvimento do projeto

1. Cronograma

Período de idealização do projeto: março a maio/ 2023


Escolha do local de projeto: abril/2023
Definição da população do projeto: março/2023
Definição de situação problema: março/2023
Levantamento bibliográfico: abril/2023
Construção do diagnóstico e teorização do projeto: maio/2023
Elaboração do planejamento para desenvolvimento do projeto: março/2023
Apresentação de relatório coletivo: maio/2023
2. Descrição da atuação da equipe de trabalho

Escolha do tema abordado: Luciana, Luana e Marilia.


Idealização da promoção: Luana e Marilia.
Escolha do local: Luciana
Idealização da parte escrita: Luciana
Responsável pelo orçamento: Luciana, Luana e Marilia
Pesquisa em campo: Ana Lídia
Idealização do panfleto: Ana Lídia, Matheus, Nívea, Jackson, Raul
Responsável pela construção do banner: Luana e Marilia
3. Recursos previstos
Descrever os recursos previstos (materiais, institucionais e humanos) para o
desenvolvimento do projeto. Esclarecer que qualquer indicação de gastos
financeiros deve apontar a fonte deste recurso. Sugere-se dar preferência a
estratégias que minimizem ao máximo possível o dispêndio de custos
financeiros, tendo em vista que as IES não possuem previsão de recursos
específicos para a execução de projetos de extensão a serem desenvolvidos
nas disciplinas da matriz curricular.
ENCERRAMENTO DO PROJETO

1. Relato de Experiência coletiva

A idealização do projeto foi difícil, pra achar um tema que englobasse 3


matérias e pra manter a atenção dos componentes do grupo sempre em levar o
projeto pra frente foi bem difícil, mas conseguimos.
Pra acharmos um tema interessante levou mais de duas semanas, acredito que
a parte mais fácil foi desenvolver em cima do tema, fazer toda a pesquisa nos
artigos e entrar realmente nesse tema. Foi muito difícil o processo de fazer toda
a parte escrita pois a implementação do nosso projeto não ocorreu como a
gente imaginava, várias respostas negativas ou até nenhuma resposta dos
lugares que eram possíveis a gente fazer a promoção da saúde, e até os
lugares que não cabia nosso tema não estavam nos dando resposta positiva, a
única chance que a gente teve foi de fazer essa ação na rua mesmo, fizemos
panfletos informativos e fomos na frente de uma UBS pra entregar eles.
De qualquer maneira, acho que o tema que escolhemos para desenvolver o
projeto ajudou bastante no nosso conhecimento, eram coisas que aparentavam
ser de conhecimento básico nosso mas ao se aprofundar no assunto fomos
achando inúmeras coisas que agregaram positivamente na nossa vida
acadêmica.
A escolha do tema se deu pela grande quantidade de mulheres grávidas
atualmente que não tem conhecimento sobre a pré-eclâmpsia, os sintomas,
seus riscos, como se prevenir, etc, além de reduzir o número de mulheres que
buscam ajudam quando não há muito o que ser feito, uma vez que, essa
temática é indispensável pelo bem-estar da mãe e do bebê durante todo seu
ciclo gravídico puerperal.
ANEXOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

OBSERVAÇÃO: Exige-se que todo o processo de desenvolvimento do


projeto de extensão seja documentado e registrado através de evidências
fotográficas ou por vídeos, tendo em vista que o conjunto de evidências
não apenas irá compor a comprovação da realização das atividades, para
fins regulatórios, como também poderão ser usadas para exposição do
projeto em mostras acadêmico-científicas e seminários de extensão a
serem realizados pelas IES.

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