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Disciplina Saúde da Mulher-Uniritter/Manhã

Restrição de crescimento intra


uterino do feto

Luciana Oliveira, Elói,Jade Numair,Viviane,Liriane Santos, Andréia Saneski,Gabriel


* A Restrição de Crescimento Fetal (RCF) é definida como uma incapacidade do
feto em alcançar seu potencial máximo de crescimento.
* Afeta 5-10% das gestações.
* Está associada ao maior risco de morte fetal, morte neonatal e morbidade
perinatal, além de efeitos secundários, incluindo paralisia cerebral (PC) e doenças
no adulto, como diabetes mellitus tipo II, doença cardiovascular e obesidade.
* Nesses fetos, há um crescimento desigual das estruturas cerebrais e reconhece-
se que, na dependência de hipoxemia crônica e privação de nutrientes provocados
pela insuficiência placentária, o feto tende a preferenciar o fluxo sanguíneo para o
cérebro em detrimento de outros órgãos.
Existem 2 tipos:
Tipo I – Simétrico (20% dos casos)
• O feto apresenta crescimento harmônico e proporcionado,
mantendo regularidade nas relações entre as circunferências
cefálica, abdominal e o comprimento do fêmur. O líquido
amniótico pode estar normal ou alterado e os resultados das
provas de vitalidade fetal são variáveis (na dependência da
etiologia):
• Anomalias congênitas
• Infecções pré-natais
• Irradiações ionizantes
Tipo II – Assimétrico (80% dos casos)
Ocorre crescimento desarmônico e desproporcionado, com alterações nas relações
entre as circunferências cefálica, abdominal e o comprimento do fêmur. Cursa mais
freqüentemente com oligoâmnio e alterações circulatórias materno-fetais:
• Hipertensão arterial ;
• Desnutrição materna ;
• Cardiopatias cianóticas;
Colagenoses ;
• Trombofilias ;
• Diabetes com vasculopatia;
• Anemias graves ;
• Tabagismo ;
• Etilismo ;
• Uso de drogas ilícitas.
Causas:
• São variadas e icluem:
• Anormalidades da placenta;
• Pressão arterial elevada na mãe
• Infecções
• Tabagismo e/ou abuso do álcool;
• Segunda causa de morte perinatal;
• Nos casos mais graves, a RCIU pode levar ao
óbito;
• Isquemia placentária.
Sinais e sintomas
• Baixo peso ao nascer;
• Sofrimento fetal durante o trabalho de parto e parto vaginal;
• Diminuição dos níveis de oxigênio;
• Hipoglicemia (baixa de açúcar no sangue)Baixa resistência à
infecção;
• Baixos escores de Apgar (avaliação aplicada imediatamente
após o nascimento para avaliar a condição física do recém-
nascido e determinar a necessidade de cuidados médicos
especiais;
• Aspiração de mecônio (material evacuado pelo feto), que
pode levar a problemas respiratórios;
• Problema na manutenção da temperatura corporal;
• Contagem anormalmente alta de glóbulos vermelhos
Tratamento
• Já constatado não há um tratamento medicamentoso eficaz
na RCI;
• O melhor tratamento se torna o acompanhamento. Pois o
médico que avaliará a continuação/ interrupção da gestação
para que não ocorra o sofrimento fetal e não nasça com
sequelas graves ou optar para um parto prematuro.Cabendo
após o nascimento, seguir com acompanhamento e cuidados
para evolução cognitiva e psicomotora desta criança.
• Ultrassonografias com frequência durante a gestação ajudam
a monitorar o crescimento e o peso do bebê, conforme forem
os resultados, o parto prematuro talvez seja necessário.
Cuidados de Enfermagem
• Os cuidados de enfermagem se inciam no PN,
acompanhando o bem estar fetal.Sendo
assim, a/o enfermeira(o) deve avaliar fatores
de risco, controlar AU e o ganho de peso da
gestante.
• Orientar a paciente sobre a etiologia,
sintomatologia e possíveis consequências da
RCIU.
• Estabelecer relação terapêutica transmitindo empatia e respeito
incondicional e estar disponível para ouvir e conversar com a
cliente;
• Realizar exame físico e medida do fundo uterino.;
• Realizar controle da hipertensão e orientar quanto a atividade
física, que não pode ser vigorosa;
• Disponibilizar informações sobre o quadro clínico de forma clara e
adequada ao nível de instrução da gestante.;
• Criar plano de cuidados para melhorar a assistência e promover
um vínculo entre a gestante a equipe multi profissional e a família;
• Orientar a mãe a ter um aumento calórico de ingesta de forma
saudável e ter controle de seus exames.
• Orientar o impacto do uso e a interação de drogas, álcool e
cigarros durante a gestação na vida da mãe e do feto;
• Orientar sobre a importância do pré natal e dos exames solicitados.

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