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Evolução Médica e
Exame Físico na UTI
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Resumo de Evolução Médica e Exame Físico na UTI 1
1. Introdução
Baseado na evidência de que a separação dos pacientes de acordo com sua
gravidade trazia benefícios e modificava desfechos dos pacientes internados em uma
unidade hospitalar, as instalações de Unidades de Terapia Intensiva começaram a se
popularizar na década de 1950 na Europa. Com o advento de novos recursos técnicos-
científicos, novos desafios foram impostos às equipes responsáveis.
A terapia intensiva pode ser considerada um recurso caro e limitado e só deve
ser indicado para pacientes avaliados e classificados como graves. Ou seja, para aqueles
que realmente vão ter benefícios.
Assim sendo, a avaliação, admissão, evolução dos pacientes críticos são etapas
indispensáveis para que os serviços prestados nas UTI’s sejam de qualidade.
2. Admissão e Evolução
A avaliação inicial de pacientes de acordo com o modelo de prioridade atribui aos
pacientes quatro categorias:
• Prioridade 1: pacientes críticos, gravemente enfermos, em que o tratamento
e monitorização não podem ser providos fora da UTI com segurança.
• Prioridade 2: pacientes que demandam monitorização mais cuidadosa, pelo
risco de deterioração de sua condição.
• Prioridade 3: são pacientes gravemente enfermos, instáveis, mas com baixa
probabilidade de recuperação devido às doenças de base ou pela gravidade
da doença atual. Pela sua condição, poderiam ter limitações terapêuticas
relacionadas a ventilação mecânica, procedimentos cirúrgicos ou reanimação
cardiopulmonar.
• Prioridade 4: esses são os pacientes que não se beneficiam da internação em
UTI. São aqueles em que a doença ou seus sintomas podem ser tratados sem
a utilização de recursos mais elaborados.
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3. Avaliação Neurológica
O exame físico neurológico dos pacientes internados na UTI deve sempre
constar o nível de consciência e a avaliação da Escala de Glasgow com a pontuação final
do paciente. Além disso, ao longo da evolução do paciente, deve constar se há ou não o
uso de sedação, bem como a pontuação na escala de Escala de Agitação e Sedação de
Richmond - RASS (observar tabela abaixo). O exame físico neurológico propriamente
dito, além de tudo que já foi dito, deve constar avaliação de pupilas, avaliação de pares
cranianos, reflexos e força muscular.
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4. Avaliação Torácica/Ventilatória
O exame físico do aparelho respiratório deve ser realizado da forma
tradicional: inspeção, palpação, percussão, ausculta e frequência respiratória.
Entretanto, neste setor hospitalar é muito comum que alguns pacientes
necessitem de suporte ventilatório, e esta informação deve constar na evolução e no
exame físico da seguinte forma:
• Ventilação
o Espontânea
Com O2, e via de administração
▪ Sem O2 (em ar ambiente)
o Mecânica
▪ Intubação Orotraqueal
▪ Traqueostomia
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5. Avaliação Circulatória/Cardiovascular
O exame físico cardíaco, assim como o vascular periférico também devem ser
realizados de modo tradicional, ou seja, sem alterações da técnica.
Neste tópico, é válido chamar a atenção para a avaliação da presença de
úlceras de pressão, uma vez que os pacientes de UTI estão acamados e, em muitos
casos, imobilizados. Um outro ponto que deve constar na evolução e avaliação
cardiovascular é a estabilidade hemodinâmica e os dados sobre a frequência cardíaca,
pressão arterial e pressão arterial média, bem como a impressão médica sobre o estado
geral hemodinâmico (estável – quando não há o uso de drogas vasoativas –,
compensado – quando o panorama está estável por uso de drogas vasoativas -, ou
descompensado – paciente se apresenta sinais de desestabilização cardiovascular).
6. Avaliação Abdominal
Nesta etapa do exame físico, a avaliação também é feita sem alterações à
propedêutica tradicional. Dessa forma, a avaliação abdominal é constituída de inspeção,
ausculta, palpação e percussão.
Referências Bibliográficas
1. Manual de medicina intensiva: AMIB. -- São Paulo: Editora Atheneu, 2014. Vários
editores. Bibliografia. ISBN 978-85-388-0532-81. Medicina intensiva 2. Medicina
intensiva
2. Azevedo, Luciano César Pontes de. Medicina intensiva: abordagem prática/ Luciano
César Pontes de Azevedo, Leandro Utino Taniguchi, Jose Paulo Ladeira. – Barueri, SP:
Manole, 2013.
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