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FAFIA

BACHARELADO EM ENFERMAGEM
2º PERÍODO

ÉTICA E BIOÉTICA

DIREITO A INFORMAÇÃO
A VERDADE DEVE SER INFORMADA?
INFORMAÇÃO
• É a base da fundamentação das decisões autônomas dos
pacientes;
• Necessária para que possa consentir ou recusar-se;
• É gerada nas relações entre os profissionais de saúde e seus
pacientes;
• Constitui direito moral e legal dos pacientes.
CARACTERÍSTICAS ÉTICAS DA INFORMAÇÃO
• Adequada ao direito do paciente de ser informado;
• Não há necessidade de linguajar técnico-científico;
• Deve ser simples;
• Aproximativa;
• Inteligíveis;
• Leais;
• Respeitosas;
• De padrões acessíveis à compreensão intelectual e cultural;
INFORMAÇÃO
• Indevida e mal organizada, resulta em baixo potencial
informativo;
• DESINFORMAÇÃO.
O paciente tem direito moral a ser esclarecido sobre os ...
• Objetivos dos procedimentos: Diagnósticos; Preventivos;
Terapêuticos;
• Da natureza dos procedimentos;
• De sua invasibilidade;
• Da duração dos tratamentos;
• Dos benefícios;
• Prováveis desconfortos;
• Inconvenientes;
• Possíveis riscos físicos, psíquicos, econômicos e sociais;
• Entender a eficácia presumida das medidas propostas
• Probabilidades de alteração das condições de dor; sofrimento e
de suas condições patológicas.
Esclarecer tudo aquilo que vá fundamentar as decisões
• Quanto aos riscos: devem ser capaz de compreender sua
natureza, magnitude, probabilidade e a iminência de sua
materialização;
• Deve conter os riscos normalmente previsíveis em função da
experiência habitual e dos dados estatísticos;
• Não precisa informar riscos excepcionais ou raros;
Formulários padronizados não são suficientes para
garantir adequada informação;
• Deve ser personalizado;
Muitas vezes, informações por escrito consistem em
mero rito legal e administrativo, e por isso não devem ser
fontes exclusivas de esclarecimento da pessoa assistida.
Boa parte das vezes, se os pacientes não compreendem as
informações, a causa está na inadequação da informação,
e não na pretensa incapacidade de compreensão do
paciente.
Efeitos danosos da revelação da verdade ao paciente
• Se aponta que a verdade pode aliviar a angústia e a
ansiedade sentida pelas pessoas que desconhecem os
motivos de sinais e sintomas que possuem;
• Os profissionais se escusam do penoso dever de
dialogar e revelar situações desagradáveis de
diagnóstico ou prognóstico;
As informações são desagradáveis, sofridas e
danosas para quem?
• A mentira é contagiosa;
• A falsa compaixão pode produzir danos maiores do que
se quer evitar;
• Talvez seja ilusório pensar que o paciente grave
desconheça seu diagnóstico ou mesmo seu prognóstico;
• Sente a mudança de comportamento dos profissionais
e dos familiares;
A comunicação não é somente por meio de palavras
• É o silêncio;
• Mudança da rotina de comportamento;
• Olhares tristes;
• Passam a tratá-lo diferentemente de antes;

O paternalismo deve ser relativizado


• Não pode ser regra;
• Padrão de comportamento;
• Deve ser exceção, condicionada a circunstâncias de
tempo e local;
• Ser informada é um direito e não uma obrigação para o
paciente;
• Ele tem direito de recusar ser informado.
PRONTUÁRIO
• Consiste em um conjunto de documentos padronizados e
ordenados, proveniente de várias fontes destinados ao
registro dos cuidados profissionais prestados ao paciente;
Serve para ...
• Paciente;
• Instituição;
• Profissionais de saúde;
• Sociedade como um todo;
• Para fins científicos de estudo e pesquisa.
É utilizado para ...
• Planejamento;
• Análise;
• Avaliação dos cuidados;
• Meio de comunicação entre os profissionais.
Contém ...
• Fichas de atendimento ambulatorial ou hospitalar;
• Dados de anamnese;
• História de vida;
• Motivo de internação;
• Exame físico;
• Psicológico;
• Evolução;
• Prescrição terapêutica;
• Procedimentos cirúrgicos, anestésicos, odontológicos;
• Fichas de acidentes de trabalho;
• Exames complementares laboratoriais e radiológicos;
• Cuidados de enfermagem e de outros profissionais;
• Papéis da administração;
• Relatório de ocorrência e de alta, resultado de autópsia.
É legalmente propriedade física ...
• Dos estabelecimentos de saúde;
• Deve ter sua guarda zelada;
• O direito do paciente requer que as informações a ele
concernentes sejam adequadamente registradas;
Estudo de caso: Pessoa recorre a um serviço hospitalar
com dores abdominais sugestivas de apendicite ou
pancreatite aguda. Referia o paciente ter sido operado
havia um ano atrás, de urgência, e que o diagnóstico, na
época, fora apendicite, mas não sabia informar se o
apêndice fora retirado. Ao serem procuradas as
informações sobre cirurgia realizada, constatou-se seu
desaparecimento do prontuário.
Infelizmente demonstra o potencial de dano para o
paciente e para a própria equipe de saúde.
Estudo de caso: Um antigo cliente do hospital demanda à
direção deste que lhe seja entregue relatório de suas
fichas médicas, com informações sobre o
acompanhamento clínico de sua doença, no ambulatório
do estabelecimento, pois desejava se tratar com médico de
seu convênio. A chefia da Unidade nega o pedido sob a
alegação de que há 1 ano o paciente havia abandonado o
tratamento, e por isso os dados demandados não
poderiam ser fornecidos.
•Tal conduta não é eticamente justificada. As informações
constantes em prontuários, fichas médicas ou similares,
que digam respeito ao paciente, a ele pertencem ética e
legalmente;
• O estabelecimento de saúde tem o dever da guarda dessas
informações, mas elas não pertencem a profissionais, clínicas
ou hospitais;
• O dever de proteção não pode confrontar-se com o
direito do paciente à informação.
A guarda do prontuário ...
• Objetiva possibilitar que, após algum tempo
decorrido dos eventos que nortearam a procura do
paciente pelas ações de saúde desenvolvidas nos
estabelecimentos possam ser novamente utilizadas
em seu benefício;
• Não importa se os profissionais de saúde que
atenderam ao paciente, formularam e escreveram as
fichas, não deram seu consentimento ou não mais se
encontram prestando serviços no estabelecimento;
• As informações continuam sendo do paciente, sob a
guarda da administração da unidade de saúde.
Informações que não pertencem ao paciente ...
• Dados para contabilização financeira ou estatística;
• Documentos relacionados a terceiros pagantes
PRONTUÁRIOS ÚNICOS

• Não fere os princípios éticos;


• Em alguns estabelecimentos hospitalares, tem se
iniciado uma prática de fornecer cópia do prontuário na
alta;
• Deve-se conservar o prontuário por prazo não inferior a
10 anos, a partir da data do último registro de
atendimento do paciente;
• Nos que cuidam de gestantes devem manter os
documentos por 18 anos, segundo o Estatuto da
Criança e do Adolescente.
• Não há obstáculos éticos para a existência de
prontuários eletrônicos;
• Em encaminhamentos as informações devem ser
remetidas com o paciente.
(VALOR= 0,5) Leiao artigo: Reflexões Teóricas acerca
do Termo de Responsabilidade na Prática da Saúde
e responda até 17 de novembro:
https://forms.gle/JmYGQLmuJmTEek2X9
1. Como as autoras justificam a necessidade de
utilização do termo de responsabilidade? (0,2)
2. Com a assinatura deste termo o que o
paciente está declarando? (0,2)
3. O que as autoras quiseram dizer com: ”A
informação é a base da decisão, do julgamento
e da ponderação”. (0,2)
4. No artigo são citados 2 pontos importantes
sobre a natureza da informação. Descreva-os:
(0,2)
5. O que o artigo fala a respeito do DIREITO?
(0,1)
6. Quais foram as conclusões das autoras neste
artigo? (0,1)

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