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ÉTICA E DEONTOLOGIA

Emiliana Alvites

Professora Hortense Cotrim


ÉTICA E DEONTOLOGIA

Origem da Ética e da Moral


Moral: deriva do latim mos ou mores, significando “costumes”, “conduta de vida”. Refere-se às
regras de conduta humana no quotidiano.
Ética: Provém do grego ethos, que também significa “caracter”, “modo de ser”, “costumes”,
“conduta de vida”.
O QUE É A ÉTICA?
É um dos mecanismos de regulação das relações sociais do homem que visa garantir a coesão social e
harmonizar interesses individuais e coletivos.

MORAL:
É o conjunto de princípios, valores e normas que regulam a conduta humana em suas relações
sociais, existentes em determinado momento histórico.
A moral diz respeito ao coletivo, na sociedade contemporânea existe uma pluralidade moral,
fundada em diferentes princípios e valores.
ÉTICA:
• A ética implica opção individual, escolha ativa, requer a adesão íntima da pessoa a valores, princípios e
normas morais; está ligada à autonomia individual.
• Visa a interioridade da pessoa, não podendo ser imposta por fatores exteriores. Cada pessoa é
responsável por definir a sua ética.
ÉTICA:

• Os atos éticos devem ser livres, voluntários e conscientes.


• Para que um ato seja julgado eticamente é necessário:
• Afetar pessoas;
• Afetar o meio ambiente;
• Afetar a coletividade.
ÉTICA:

• A reflexão ética em saúde é multiprofissional. Defende a autonomia e a humanização, considerando o


indivíduo na sua globalidade.
ÉTICA E NORMAS DEONTOLÓGICAS

• Deontologia é a ciência dos deveres.


• Constitui um conjunto de normas que indicam como devem agir os indivíduos na qualidade de membros
de determinado grupo sócio profissional: ética profissional.
• A deontologia diz o que “deve ser”, e “o que não se pode fazer”.
• Iniciam-se geralmente pela palavra “não”.
• Expressam proibições, impedimentos à ação dos profissionais.
Normas deontológicas

• São normas que servem como padrão de conduta para os profissionais em suas relações com membros
da própria categoria, com profissionais de outras categorias, com os utentes, com os familiares, etc.
Dilemas Éticos

• Um dilema ético é uma situação em que a dificuldade de escolha da opção a realizar é por diversas
razões difícil.
• Envolve uma situação em que existem duas ou mais escolhas disponíveis, mas nenhuma delas parece
satisfatória, sendo necessário escolher a melhor de todas.
Competência Ética

• A competência ética exige que o enfermeiro confronte os valores humanos universais face aos valores
dos atores em presença.

Competência Ética
• Esta exige do enfermeiro a necessária qualificação especifica para analisar, refletir contribuir para as
decisões que estão inerentes a todo o processo de cuidados.
Competência Ética
• O enfermeiro deve, assim, considerar em cada situação com a qual é confrontado, os seus valores
pessoais e profissionais, as crenças e tradições, as perspetivas multidisciplinares, o enquadramento das
várias alternativas para a Acão, a decisão coletiva e as implicações concretas da decisão tomada.
O Processo de Decisão Ética

• Consiste na aplicação das competências éticas na análise e síntese referentes à identificação da situação
e dos textos legais ou deontológicos que se podem aplicar, bem como os desejos e reações do doente e
família face à doença e ao tratamento.
O Processo de Decisão Ética

Visa a aplicação da escolha proposta e a necessária avaliação de resultados, enquadrando as implicações práticas
da decisão.

Aspetos a ter em conta:


• Assegurar-se dos aspetos técnico- • Analisar as cartas, as recomendações e os
científicos; • “avisos” especializados;
• Ter como referência os direitos do Homem; • Ter em conta os dados religiosos e
• Considerar os aspetos jurídicos; respeitar as diferenças culturais.
• Pensar nos aspetos deontológicos;

Sigilo Profissional

• Esta situação constitui frequentemente um dilema ético, exigindo a consideração dos aspetos técnico-
científicos pelos profissionais de saúde.
• Ex: Portador de sida que recusa comunicar à sua parceira de relacionamento sexual efetivo a sua situação
clínica.
• O profissional sabendo que existe a possibilidade franca de transmissão, constituindo um risco importante
para a saúde de outros, deve ter em conta estes aspetos.
• Estasdecisões devem ser fundamentadas pelos aspetos legais em vigor e deverá ser apresentada à
comissão de ética.
•O enfermeiro deverá ainda fazer uma reflexão pessoal centrada nos valores ético morais e nesta
perspetiva, na experiência de vida, pessoal e profissional, no quadro de referência para a ética pessoal (nossa
consciência).
• Este baseia-se em normas éticas relativas ao respeito pela intimidade e confidencialidade do doente, que
nos obriga a guardar tudo aquilo que chegou ao nosso conhecimento através da relação enfermeiro –
doente, aceite por ambos de forma voluntária

Existem outros aspetos a ter em conta e que dizem respeito ao próprio segredo, nomeadamente:
Esfera do Segredo – abrange o chamado círculo de reserva do sujeito, onde se incluem as coisas naturalmente
secretas, tais como, a história médica, os diários íntimos, códigos ou chaves secretas (de cofres, por ex.); coisas que
são secretas apenas por determinação da pessoa (confidências).
Ex: Uma menor que já iniciou a sua vida sexual enão quer que os pais saibam.

Existem 3 tipos de segredos, consoante a forma de obrigação de o guardar:


• Segredo natural – é a própria natureza do facto, que determina a obrigação de o calar.
• Segredo prometido – é o que nos obriga a calar um compromisso, uma promessa dada de forma livre e
voluntária.
• Segredo confiado, negociado ou autorizado: quando existe uma condição prévia, de o guardar para ambas
as partes, mediante um acordo tácito ou um pacto. Se está no âmbito do exercício de uma profissão,
chama-se segredo profissional
Sigilo Profissional

Ou segredo profissional tem como objeto tudo o que chega ao conhecimento, pelas diversas formas, do
enfermeiro no exercício da sua atividade.

Os elementos do segredo profissional são:


• A própria natureza da doença (doenças denúncia a uma autoridade competente.? É
congénitas, mentais, hereditárias, etc.) problemático quando a pessoa não aceita as
denuncias)
• As circunstâncias relacionadas com a doença e
que ao serem conhecidas podem lesar o doente • No caso de doenças de declaração obrigatória
e os seus familiares ou pessoas próximas. (sida, hepatite B ou C, Febre tifoide, Brucelose,
tuberculose) somos obrigados a quebrar o sigilo
• O enfermeiro pode ver-se obrigado a revelar o junto da ordem ou do tribunal
segredo profissional:
• No caso de ser requerido como testemunho
• Quando se trata de pessoas que foram vítimas de
jurídico/judicial.
um delito. Sendo neste caso obrigatório a

Dilemas Possíveis
• Segredo profissional versus informação aos • Segredo profissional versus Investigação científica
profissionais • Segredo profissional versus Atribuição de recursos
• Segredo profissional versus Direito à informação do • Ética médica versus Direito positivo
doente – direito à verdade
• Segredo profissional versus Hierarquias
profissionais, outros elementos da equipa ou
instituição em si mesma

Limites do Segredo

Este pode ser quebrado quando se verifica:


• O consentimento do interessado • Limites do Segredo
• A exigência do bem comum • Se da não revelação do segredo decorrer
• A exigência do bem de terceiro prejuízo grave para a pessoa depositária do
segredo
• Se a sua revelação poupar prejuízo grave à
pessoa interessada no segredo • Justa causa. Estado de necessidade (o maior, o
menor mal).
• É reconhecer ao, doente liberdade na esfera • A decisão terapêutica deixa de ser da exclusiva
da decisão, devendo ser considerado como um responsabilidade do profissional de saúde,
ser autónomo e independente, com crenças e passando a ser partilhada pelo doente.
valores que deverão ser respeitados.
Consentimento Informado/ documento

• É reconhecer à doente liberdade na esfera da decisão, devendo ser considerado como um ser
autónomo e independente, com crenças e valores que deverão ser respeitados.
• A decisão terapêutica deixa de ser da exclusiva responsabilidade do profissional de saúde,
passando a ser partilhada pelo doente

Em Portugal o Consentimento Informado baseia-se no artigo 25º da Constituição da República


Portuguesa:
• A integridade moral e física das pessoas é inviolável.
• Ninguém pode ser submetido a tortura, nem a tratos ou penas cruéis, degradantes ou desumanos
• Constitui uma manifestação de respeito pelo próprio ser humano, doente ou não;
• Reflete o direito moral da pessoa à integridade corporal;
• Reflete o direito de autonomia na participação ativa da tomada de decisões conducentes à
manutenção da sua saúde e à própria adesão terapêutica;
• Pressupõe a adequada informação e uma decisão livre e esclarecida.

O código penal, artigo 38º refere:


O consentimento só é eficaz se for prestado por quem tiver MAIS DE 16 ANOS e POSSUIR O
DESCIRNIMENTO NECESSÁRIO PARA AVALIAR O SEU SENTIDO E ALCANCE NO MOMENTO EM
QUE O PRESTA.
• Em última instância a decisão é do doente, que • Em situação normal a partir dos 18 anos
exprimirá a sua vontade, aceitando ou não a (Portugal), podendo em algumas situações ser
estratégia terapêutica proposta. pedido consentimento a menores.
• Para que o consentimento informado seja • Adulto: deverá estar consciente; mentalmente
considerado válido: competente e não ser sujeito a qualquer tipo de
coerção que influencie a sua decisão.
• O doente deverá ser considerado
competente.

O Conceito de CI é composto por 2 elementos essenciais alem de outros: Compreensão Livre consentimento
A presença de tais elementos é a garantia de que qualquer decisão assenta em pressupostos de
autorresponsabilização e liberdade de escolha.
A compreensão inclui a informação e o conhecimento quer da situação clínica, quer das diferentes
possibilidades terapêuticas.
Implica o fornecimento de informação adequada sobre o diagnóstico, prognóstico e terapêuticas possíveis, com
os riscos inerentes, incluindo os efeitos da não realização de qualquer terapêutica.
Linguagem compreensível, adequada ao nível cultural do doente, incluindo aqueles que tenham limitações
linguísticas ou de natureza cognitiva.
O consentimento informado é constituído por 5 elementos distintos:
• Competência • Voluntariedade
• Comunicação • Consentimento
• Compreensão
Assim:
• O doente dá um consentimento informado se for competente para agir, se receber a informação
completa, se compreender essa mesma informação, se decidir voluntariamente e se consentir a
intervenção.

COMPETÊNCIA
• A competência para decidir está relacionada com a decisão a ser tomada.
• Em saúde, a competência de decisão está relacionada com a capacidade de exercício da
autodeterminação do doente.
• Se a incompetência é devida a uma causa reversível – como dor, sofrimento ou efeito de
medicação – o principal objetivo deve ser o de restituir ao doente a capacidade necessária à
tomada de decisão.(nunca se deve incluir uma pessoa num estudo quando se esta sob o efeito
de doença que retire a autonomia)
• Existem doentes considerados competentes e aos quais as suas decisões devem ser
respeitadas, e aqueles que necessitam de representante que o substitua.

• A competência individual varia no tempo: somos incompetentes durante o sono, a anestesia ou


sob efeito de uma dor intensa.
VOLUNTARIEDADE

• O sofrimento físico intenso tem repercussões ao nível psíquico, com alterações do estado emocional do
doente, tornando-o muito vulnerável.
• Nestas situações o doente pode não se encontrar competente para decidir, visto existir uma influência
clara na sua liberdade de decisão.
• É papel do profissional avaliar o grau de perturbação, no sentido de perceber se a decisão é livre deste
tipo de influência, perturbadora por excelência.
• O uso de forças manipuladoras ou coercivas, violam o direito à autodeterminação individual porque o
doente não age segundo a sua vontade, mas influenciada por fatores que lhe são estranhos.
• A persuasão (utilização de argumentos de natureza racional), é legitima no plano ético e usada
correntemente na prática clínica.
• Existe uma linha muito ténue entre a persuasão, legitima e desejável, e a utilização de qualquer tipo de
ameaça (física ou psicológica) ainda que à luz do princípio da beneficência.
COMUNICAÇÃO DA INFORMAÇÃO, RECOMENDAÇÃO E COMPREENSÃO
O consentimento informado só é valido se:
• O sujeito tiver a capacidade para compreender a informação;
• For capaz de fazer um julgamento sobre essa informação – à luz do seu próprio sistema de valores;
• Elaborar mentalmente uma resposta;
• Comunicar livremente o seu desejo ao profissional de saúde ou à equipa de investigação.
• Por vezes é necessário recorrer ao uso de escalas de avaliação de demência, testes de avaliação do nível
intelectual ou de avaliação da orientação espácio-temporal, da memória, da compreensão e da
coerência.
• O consentimento não deve ser obtido através da omissão de informação.
• O doente deve ser informado através de uma linguagem acessível, que lhe seja familiar, não utilizando
terminologia demasiado técnica e explicando os riscos mais prováveis de ocorrência de complicações.
DECISÃO

• A autorização legal é dada por escrito, através de documento próprio para o efeito.
• Para procedimentos cujas consequências são nulas (palpação , auscultação) e não agravam o estado de
saúde do doente não é necessário consentimento.
Diferenças entre informado e esclarecido
• A pessoa informada pode não ter sido esclarecida, se não compreendeu o conteúdo.
• O consentimento deve ser renovado quando ocorram modificações
• Significativas na situação clínica do doente, desde a altura em que o consentimento inicial foi obtido.
Consentimento Nas Situações De Urgência
• Quando o doente se encontra impossibilitado de dar o seu consentimento e em situação de urgência, a
Acão do profissional fundamenta-se no princípio da beneficência, assumindo este o papel de protetor
natural do doente, por meio de ações positivas a favor da vida e da saúde.
• Em emergências aceita-se a noção de existência de consentimento presumido ou implícito,
pelo qual se supõe que a pessoa, se estivesse na posse da sua real autonomia e capacidade, se
manifestaria favorável às tentativas, causas e/ou consequências das suas condições de saúde.

Consentimento Informado
As qualidades humanas dos profissionais de saúde, como a sensibilidade, são imprescindíveis para criar um clima
acolhedor – de segurança e tranquilidade – tão importante para a criação de uma relação de confiança.
AUTONOMIA

• É a capacidade da pessoa se conduzir a si mesmo, é a capacidade de assumir os seus próprios


condicionalismos e de se apoiar neles para se tornar a pessoa que se é.
• É a base que fundamenta a responsabilidade ética.
• É a capacidade que a pessoa tem de tomar decisões que afetam a sua vida, a sua integridade física, as
suas relações sociais.

PESSOA AUTONOMA

• É aquela que tem liberdade de pensamento, que é livre de coações internas ou externas, para escolher
entre as alternativas que lhe são apresentadas: liberdade de decidir, de optar.
• Em saúde ser autónomo significa:
• Que a pessoa não se entregue inteiramente aos profissionais de saúde, não renuncie à sua liberdade em
troca da sua saúde.
• Autonomia exige o respeito pela dignidade da natureza humana.
• Respeitar a pessoa autónoma pressupõe a aceitação do pluralismo ético-social, dos seus pontos de vista,
das suas expectativas, crenças, aspirações e valores.
• Não devemos esquecer que o corpo, a dor, o sofrimento, a doença, são da própria pessoa e desrespeitar
a sua autonomia é tratá-la como um meio e não como um fim em si mesmo.

COMPETÊNCIA E AUTONOMIA REDUZIDA


• O ser humano conquista a sua autonomia e capacidade de decidir com a sua maturidade, interferindo
neste processo fatores de ordem biológica, psíquica e socioculturais.
• Existem inúmeras pessoas que apresentam a sua autonomia reduzida, temporária ou
permanentemente:
Crianças, deficientes mentais, as pessoas em fase agudas de perturbações mentais, em intoxicação
medicamentosa , sob o efeito de drogas, em coma, ETC.

PAPEL DO ENFERMEIRO
Em situação de autonomia reduzida, temporária ou permanente, cabe ao enfermeiro ou a familiares decidirem
pela pessoa.
• O enfermeiro tem o dever ético de estabelecer medidas terapêuticas adequadas, mesmo contrariando a
vontade do utente. A perda transitória da sua condição autónoma poderia causar danos não somente à
própria pessoa, mas também à sociedade.

LIMITES DA AUTONOMIA
• A autonomia não é um direito absoluto, pois deste modo conduziria ao atomismo social.
• Ela é limitada pelo respeito pela dignidade e liberdade dos outros e da sociedade .
PRINCÍPIOS ÉTICOS

• Respeito pela Autonomia


• Beneficência
• Não-Maleficência
• Justiça
• Vulnerabilidade

Cada princípio pressupõe a exigência de determinado valor:


A autonomia ou liberdade das pessoas (utentes ou sujeitos de experimentação), o seu bem-estar, a
igualdade ou a imparcialidade.

PRINCÍPIO DA AUTONOMIA OU DA LIBERDADE


• Refere-se à ausência de limitações e incapacidades pessoais que impedem ou diminuem a liberdade
de decisão.
• Este princípio prescreve o respeito pela legitima autonomia das pessoas, pelas suas escolhas e
decisões que sejam verdadeiramente autónomas e livres.

PRINCÍPIO DA AUTONOMIA EM ENFERMAGEM


• Implica: promover comportamentos autónomos por parte dos utentes, informando-os
convenientemente, assegurando a correta compreensão a informação ministrada e livre decisão.
• Implica que os profissionais de saúde passem a ter em conta a vontade dos utentes, nomeadamente
no que respeita à abstenção ou suspensão de tratamentos.

PRINCÍPIO DA BENEFICÊNCIA
• Tem implícita a obrigatoriedade de promover positivamente o bem, evitar e remover o mal.
• Este princípio não tem em conta a autonomia dos doentes, privilegiando a Acão beneficente
por parte dos profissionais, o “fazer o bem” ao doente, o “cuidar”, ainda que contrariando a
vontade do doente.
• Este princípio tem como fundamento a noção de paternalismo, em que o profissional de saúde
deve tratar o doente como um filho.
• O médico deve proteger o doente, fazendo-lhe o bem, estabelecendo regras de
comportamento e prescrevendo o tratamento adequado.
• É a interferência com a liberdade de um indivíduo eticamente capacitado para decidir,
mediante uma ação beneficente justificada por razões referidas exclusivamente ao bem estar,
às necessidades da pessoa que está a ser coagida, e não por interesses de terceiros, do próprio
profissional de saúde ou mesmo interesse da sociedade.
Não se deve confundir beneficência com paternalismo, pois este último conceito significa contrariar o direito
de uma pessoa autónoma, competente, escolher o que considera melhor para si.

A ação paternalista corresponde à decisão do profissional perante uma pessoa autónoma, o que é bem para
ela, para o seu bem-estar, à luz dos seus próprios valores (do profissional).
PRINCÍPIO DA NÃO-MALEFICÊNCIA
• Defende que o profissional de saúde não deve provocar dano ao doente de forma intencional
ou negligente.
• Este princípio defende que não se deve provocar dano, mas sim prevenir o mal.
Ex. Imobilizar o doente. Eu não posso provocar mal ao outro de forma intencional

Princípio da Não-Maleficência/beneficência
• Estes princípios são justificados em determinadas situações, por evitarem que as pessoas
causem danos a si mesmas, em situações de autonomia reduzida e até que esta seja restituída.
• São defendidos quando os doentes apresentam comportamento não autónomo, p.ex. Em caso
de deficiente poder decisório, como nas fases agudas de distúrbios psíquicos, em intoxicações,
ou quando há manifestação de incompetência decisória, imaturidade, falta de informação, etc.

Princípio da justiça
• Refere-se à justa distribuição de recursos na sociedade.
• Quem deve ser selecionado para transplantação cardíaca, quando há vários candidatos
elegíveis?
• Quem deve ter direito à prestação de cuidados?

Princípio da Vulnerabilidade( este princípio vai em encontro do princípio da beneficência)

• O respeito pela vulnerabilidade surge tendo em conta a fragilidade de algumas pessoas –


deficientes mentais, doentes em coma, crianças – que estão muito fragilizadas, ao ponto da
sua integridade física estar ameaçada.

Ética – importância em saúde


• Alta tecnologia leva a cuidados de saúde mais desumanizados e impessoais;
• Profissionais mais distantes dos utentes;
• Cidadãos mais conscientes dos seus direitos;
• As transformações culturais e sociais diminuem o conformismo e a passividade dos utentes
face à doença e à morte;
• Alta tecnologia conduz a uma falsa imagem da realidade existente.
• Existe a ideia deturpada de que defender os direitos dos profissionais é garantir que os
profissionais cheguem sempre a resultados positivos, satisfatórios, sem os quais não cumprem
a sua obrigação.
• Eticamente pretende-se que sejam utilizados os meios possíveis para que as finalidades da
atividade dos profissionais de saúde possam ser atingidas.
• Não são permitidas ações negligentes, imprudentes, ou condutas impróprias ou incompetentes
dos profissionais nas suas relações com os utentes.
Direitos dos Utentes

Respeito pela dignidade humana: o desenvolvimento técnico-científico é possível e aceitável desde


que se garanta o respeito à dignidade humana.

Humanização dos cuidados de saúde: o utente deve ser tratado em virtude das suas necessidades de
saúde e não como um meio para a satisfação de interesses de terceiros, da ciência, dos profissionais de
saúde ou de interesses comerciais e industriais.

Não discriminação: todos têm direito à utilização de novas tecnologias, quer sejam pobres ou ricos.
No caso dos profissionais de saúde, o abuso da utilização das tecnologias pode ser motivado pela
vontade de ajudar os utentes, ou derivar de interesses lucrativos, da busca de aumento de prestígio, ou
mesmo do prazer em manipular , receitar, prescrever novos tratamentos.

Poder de decisão: os utentes são seres livres e autónomos para decidirem sobre atos praticados em
sua integridade física e psíquica. Não podendo ser tratados como seres passivos.

Ética e Investigação

Qualquer Investigação que envolva seres humanos, de forma direta ou indireta, individual ou coletivamente,
sejam elas realizadas por quaisquer categorias profissionais, no campo biológico, psíquico, educacional, cultural
ou social , incluindo o manejo de informações e materiais estão sujeitas ao cumprimento de normas.

Experiências humanas ao longo da história : Ao longo da história, houve muitos exemplos de


experiências em humanos sem o consentimento adequado ou a consideração pelos direitos e bem-
estar dos que nelas participavam. Exemplo disso são as experiências medicas realizadas durante a “ª
guerra mundial, como os estudos nazistas e as experiências em Tuskegee.

Codificação de princípios éticos: No século XX, várias organizações começaram a codificar


princípios éticos para a pesquisa. Por exemplo, o Código de Nuremberga (1947) estabeleceu
princípios éticos para aa experiências médicas após os horrores das experiências nazistas. Mais
tarde, a Declaração de Helsinki (1964, revista várias vezes desde então) forneceu diretrizes éticas
para a pesquisa médica que envolve seres humanos.

Desenvolvimento de comissões de ética em pesquisa : Com o aumento da conscientização sobre


a importância da ética em pesquisa, muitos países desenvolveram comissões de ética em pesquisa.
Essas comissões são responsáveis por rever propostas de pesquisa para garantir que estejam em
conformidade com os princípios éticos e que protejam os direitos e o bem-estar dos participantes.
Casos notáveis de violações éticas: Os casos mais notáveis de violações éticas na pesquisa, como
o estudo de Tuskegee e o experimento de Milgram, destacaram a necessidade de regulamentação e
supervisão ética mais rigorosas na pesquisa. Estes casos levaram a mudanças significativas na
legislação e nas políticas relacionadas à ética em pesquisa.

O Estudo de Tuskegee, também conhecido como Estudo de Sífilis de Tuskegee, foi uma infame
experiência clínica realizada nos Estados Unidos entre 1932 e 1972 pelo Serviço Público de Saúde dos
Estados Unidos (PHS, na sigla em inglês), em colaboração com a Universidade de Tuskegee, no
Alabama. O estudo tinha como objetivo investigar a progressão natural da sífilis em homens afro-
americanos.
Durante o estudo, cerca de 600 homens afro-americanos, a maioria dos quais pobres e sem acesso
adequado à saúde, foram recrutados. Alguns dos participantes já eram portadores de sífilis, enquanto
outros foram infetados intencionalmente com a doença. No entanto, esses homens não foram
informados sobre a verdadeira natureza do estudo ou sobre o fato de que estavam a ser usados como
cobaias.
O especto mais chocante do estudo foi que, mesmo após o desenvolvimento da penicilina como
tratamento eficaz para a sífilis na década de 1940, os participantes não foram informados sobre a
disponibilidade do tratamento e foram deixados para sofrer as consequências não tratadas da doença.
Muitos dos homens acabaram por sofrer graves complicações de saúde, incluindo cegueira, surdez,
danos neurológicos e até mesmo morte.
O Estudo de Tuskegee foi exposto e amplamente condenado após uma investigação jornalística em
1972. Isso levou à criação de regulamentos éticos mais rigorosos para a pesquisa médica e resultou em
mudanças significativas nas políticas de proteção aos participantes de pesquisa. O caso de Tuskegee
continua a ser um dos mais importantes exemplos de violação ética na história da pesquisa médica.

Desenvolvimento de diretrizes e regulamentações: Ao longo do tempo, foram desenvolvidas e


implementadas várias diretrizes e regulamentações que visam orientar a conduta ética em pesquisa.
Isso inclui regulamentações governamentais, como os Padrões de Proteção à Privacidade do Paciente
e a Regra de Privacidade da HIPAA nos Estados Unidos, bem como diretrizes éticas de organizações
profissionais e acadêmicas.

A ética em investigação surgiu como uma resposta à necessidade de proteger os direitos, o bem -
estar e a dignidade dos participantes da pesquisa, bem como para garantir a integridade e
confiabilidade da pesquisa científica como um todo.
( pesquisa não esta no PowerPoint da professora)

Investigação:

• Mecanismo de aquisição de novos conhecimentos


• Dilemas éticos
• Choque de interesses entre pesquisadores, sociedade e pesquisados.
Fundamentos éticos
• As pesquisas devem ter relevância e utilidade social e científica;
• O projeto de pesquisa deve ser apresentado num protocolo experimental e submetido à apreciação e
aprovação de uma comissão ética de investigação;
• A reflexão ética deve ser orientada pela garantia do respeito à dignidade humana, não
podendo o pesquisado ser utilizado como meio de satisfação de interesses de terceiros, da ciência, dos
cientistas ou dos interesses industriais e comerciais.
• O bem-estar das pessoas que se submetem a pesquisas deve prevalecer sobre os interesses da ciência e
da sociedade;
• Nenhuma investigação deve ser realizada se ela puder ocasionar morte ou invalidez previsível;
• A experiência deve estar fundamentada laboratorialmente, in vitro, em animais ou outro meio

• Os dados obtidos somente podem ser utilizados dentro do propósito do estudo, devendo evitar-se que
as informações colhidas sejam usadas com objetivos políticos, empresas ou seguros privados;
• Na publicação dos dados deve-se preservar a exatidão dos resultados do estudo

Todas as pessoas devem poder ser sujeitos de investigação e beneficiar dos seus resultados proveitosos, não
favorecendo apenas as classes sociais mais favorecidas.

Respeito à autonomia do pesquisado

• As pesquisas em seres humanos devem ter em conta os princípios éticos:


• Respeito à autonomia individual;
• Direito à informação;
• Consentimento esclarecido;
• Privacidade;
• Confidencialidade das informações e da ponderação entre riscos e benefícios, com predomínio dos
benefícios esperados sobre os riscos previsíveis.
• O estudo deve escolher preferencialmente indivíduos com autonomia plena, respeitando os seus valores
ético-morais, culturais, sociais e religiosos.
• A participação deve ser livre, voluntária e consciente.
• O respeito pela autodeterminação do pesquisado obriga a que ele não seja submetido a coerções que
impeçam a sua livre decisão;
• Não pode sentir-se ameaçada na continuidade da sua assistência, pela possibilidade de ser abandonada
pelos profissionais se se recusar a participar.
• Não devem ser pesquisadas pessoas que, por dependerem do investigador, tenham dificuldade em
recusar participar, como por exemplo, estudantes das áreas de saúde, prisioneiros, asilados, funcionários
de laboratórios de pesquisa, etc.
• Garantir o respeito pelos princípios éticos nos estudos com indivíduos hospitalizados. Atenção à sua
dependência com os profissionais de saúde.
• Pessoas com autonomia reduzida, como deficientes mentais e crianças, somente devem ser sujeitos a
pesquisa quando os conhecimentos daí provenientes lhes possam trazer benefícios diretos, ou para
outras pessoas da sua faixa etária, e só se o estudo não puder ser efetuado em pessoas autónomas
• O consentimento informado deverá ser colhido junto dos seus representantes legais
• A participação em pesquisas não deve ser paga. Os pesquisados podem sim ser reembolsados dos
gastos adicionais que possam surgir (deslocações, falta ao trabalho, etc.)
• Os pesquisados devem ser esclarecidos sobre a natureza, os objetivos, métodos, procedimentos, a
duração da pesquisa, inconvenientes., desconfortos, riscos físicos, psíquicos e sociais, benefícios,
métodos alternativos existentes, liberdade de recusa, possibilidade de revogação do consentimento
dado e garantia de sigilo.
• Consentimento livre e esclarecido:
• O pesquisador informa, de modo adequado ao padrão sociocultural e às condições emocionais de cada
sujeito de pesquisa, todos os aspetos relacionados com a pesquisa.

Investigação e beneficência/não maleficência

• Um estudo é eticamente válido quando os benefícios são superiores aos riscos.


• Tendo em conta o direito à informação, uma pesquisa baseada na mentira invalida qualquer
estudo.
• Pode sonegar-se informação ao doente se a verdade conduzir à sua deterioração do estado
físico ou psíquico, ou ainda afetar os resultados da pesquisa

Relação de ajuda- é constituída por 6 competências que tem de se desenvolver


• Empatia, capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, e não julgar o outro.
• Respeito Caloroso- tratar o outro pelo nome que este deseja
• Aceitação incondicional (eu aceito o outro como ele é.)
• Apoio, (a forma como eu consigo transmitir ao outro que estou lá)
• Autenticidade (capacidade de explicar a pessoa que no momento não temos disponibilidade
verdadeiramente, nunca mentir para descartar o doente)
• Congruência

3 técnicas
• Escuta Ativa( eu estou a ouvir e demonstro que estou a ouvir)
• Reformulação (ao ouvirmos o que dizemos obrigamos a mente a ver outras formas de ver o
problema
• Confrontação (confrontar o doente).
Existe dois tipos de relação de ajuda a Formal e Informal
Perguntas para frequência
O que é ser autónomo.
O que é autonomia reduzida.
Princípio da beneficência e o paternalismo quais as diferenças.
É constituído por 5 elementos distintos:
• Competência
• Comunicação
• Compreensão
• Voluntariedade
DIREITO E ÉTICA

Direito e ética são duas ordens normativas: traduzem-se em normas ou regras de conduta

A distinção entre ambas assenta em alguns critérios

“Mínimo Ético ”: defende que nem tudo o que a moral ordena é prescrito pelo direito, pois este
só recebe da moral o que se impõe com muito particular vigor.

O direito é um mínimo em relação à moral, mas um mínimo cuja observância se reclama com um
máximo de intensidade.– Esse mínimo reportar-se-ia àquelas regras morais sem as quais a ordem
social careceria de paz, liberdade e justiça.

Essa citação destaca a relação entre direito e moral, sugerindo que o direito representa um mínimo
em comparação com a moral, mas é um mínimo que deve ser observado com a máxima intensidade.
Isso significa que enquanto o direito pode estabelecer as regras básicas para a convivência em
sociedade, é a moral que muitas vezes fornece os fundamentos subjacentes a essas regras.

O "mínimo" ao qual se refere pode ser interpretado como as normas legais mínimas necessárias para
garantir a paz, a liberdade e a justiça na sociedade. Isso implica que algumas das regras morais
fundamentais são incorporadas ao direito para manter a ordem social.

Nem todas as normas estão impregnadas de moral, este principio alerta-nos para a necessidade de
algumas normas éticas darem corpo ao ordenamento jurídico

Heteronomia/Autonomia

Este critério defende que a heteronomia pertence ao direito autonomia à ética

– No direito a exigibilidade e aceitação da norma teriam como apoio indispensável a coercibilidade,


o uso possível da força para o seu cumprimento

Exterioridade/Interioridade

Neste critério a exterioridade pertence ao direito e a interioridade à ética.

– O direito versaria o lado exterior da conduta,a sua manifestação externa, o cumprimento da


norma;

– A moral focaria, mais profundamente, a intenção ou atitude interior que comanda o


comportamento

Contudo grande número de normas, nomeadamente no direito penal, fazem apelo aos aspetos
mais íntimos do comportamento humano, mais especificamente à personalidade do arguido.

Qualquer destas ordens normativas têm de ser orientadas por valores, que lhes deem coerência.
– Estes valores definem-se relacionalmente, ou seja, tendo em conta o homem relacionado e não
isolado.

– O desenvolvimento da consciência social do homem, aliada aos seus direitos fundamentais,


representam o valor cimeiro da sociedade e da sociabilidade

Os critérios demonstram que existe:

– Um “núcleo forte” em que as normas morais e jurídicas convergem.

– A necessidade de coação social da norma jurídica, sob pena de impossibilidade da organização da


sociedade.

A realização de ordenamento jurídico em função da comunidade, da sua conservação, da ordem das


relações afetivas entre os homens, de um certo conceito de “bem comum” que é algo de diferente
do bem moral.

A justiça é por excelência o valor comum à ética e ao direito.

Esta só tem efetividade quando respeita o Homem como Pessoa e não o sacrifica a certo “Bem
Comum” ou o dissolve nos interesses de uma “Sociedade”.

Por sua vez os direitos fundamentais sendo do âmbito jurídico constituem também normas morais
basilares, sem as quais a própria ética não passaria de um conjunto de “moralismos”.

As normas jurídicas têm assim um papel pedagógico, tendo em conta que exprimem valores
desejáveis para a sociedade, com benefício para o bem da pessoa e para o bem da própria
sociedade.

Estes valores conduzem à construção da democracia e do estado de direito (onde são respeitados os
direitos humanos).

Esta matéria é estudada e desenvolvida na subdisciplina da ética: BIOÉTICA.

Esta fundamenta-se em quatro importantes direitos fundamentais:

• O da eminente dignidade da pessoa humana (Constituição da Republica Portuguesa, art.º1º)


• E o da inviolabilidade da vida ou do direito à vida (art.º 24.º 1.º).
• O do direito à integridade física (moral e física (art. 25º - 1).
• E o do direito à liberdade e segurança (artº 27º - 1).
Responsabilidade Profissional
A responsabilidade dos profissionais de saúde divide-se em:

Responsabilidade Disciplinar:

Esta subdivide-se em

• responsabilidade disciplinar profissional , a que estão sujeitos todos os profissionais,


resultante de atos que possam comprometer a autoridade ou disciplina da ordem dos
profissionais de saúde e o exercício da sua atividade, estando em causa interesses
meramente profissionais;

• Responsabilidade disciplinar administrativa : a que estão sujeitos os médicos integrados


em serviços públicos, em que está em causa o prejuízo causado pelo funcionário ao regular
funcionamento do serviço. Decreto-Lei n.º24/84 de 16 de janeiro.

Responsabilidade civil: apresenta duas perspetivas

• Responsabilidade contratual e extracontratual.


Diz respeito às indemnizações por danos patrimoniais e por danos não patrimoniais ou
“morais”;
Às questões da causalidade e do ónus da prova, que oferecem na prática da saúde
dificuldades particulares;

À responsabilidade dos hospitais públicos e clínicas privadas;

À responsabilidade dos médicos pelos atos dos seus auxiliares, ou pela utilização dos
métodos ou instrumentos perigosos, etc.

Responsabilidade Criminal:

O código penal atualmente em vigor define o relevo penal das intervenções e tratamentos
médico-cirúrgicos com e sem consentimento do utente; do aborto; da inseminação artificial;
da violação do segredo profissional; dos atestados falsos; da alteração de análises e de
receituário; do dever do tratamento; etc.

Salientam-se os seguintes:

Intervenções e tratamentos arbitrários: o art.º158.º contempla, como crimes contra a


liberdade, as intervenções e tratamentos realizados sem consentimento do utente ou seu
representante;

Requisitos do consentimento: são estabelecidos de modo rigoroso nos arts. 38.º e 159.

Intervenções e tratamentos com oposição do utente ou do seu representante: o art.º 156.º


configura em tal caso o crime de coação.
COMISSÕES DE ÉTICA

• Código de Nuremberga – 1947


• Declaração de Helsínquia – 1964
• Relatório de Belmont-1979
• CIOMS (Council for International Organizations of Medical Sciences) – 1982, 1993, 2002,
2016
• UNESCO (Universal Declaration on Bioethics and Human Rights) – 2005

CÓDIGO DE NUREMBERGA

• Documento que reúne um conjunto de princípios éticos a aplicar em situações de experimentação


humana em consequência do Julgamento
• O consentimento voluntário surge como essencial

Houve um tempo em que não havia comissões de ética…

Processo de Nuremberga (1947) Reconhecimento da necessidade de definir padrões éticos na


investigação

Processo contra os médicos

COMISSÕES DE ÉTICA

O Código de Nuremberg (1947) Marca a afirmação do referencial ético da autonomia , tornando


obrigatória a obtenção do consentimento do sujeito da investigação Declaração Universal dos Direitos
Humanos (1948)

Declaração de Helsínquia (1964)

• Maior atenção na proteção do indivíduo na investigação não terapêutica


• Justificação muito forte e independente para expor um indivíduo saudável a um risco de lesão . O
investigador deve proteger a saúde e a vida do indivíduo envolvido na investigação
• Obtenção do consentimento sempre que possível retrocesso
• Introduz o conceito de supervisão de Comissão independente ou de Ética

AS COMISSÕES DE ÉTICA PASSAM A TER A RESPONSABILIDADE DE AVALIAR:


• O bem-estar e os direitos dos participantes
• A pertinência e a forma de obtenção do consentimento informado
• A relação risco / benefício
COMISSÃO DE ÉTICA PARA A SAÚDE
Decreto-lei n.º 97/95, de 10 de maio
“As CES funcionam nas instituições e serviços de saúde públicos e unidades privadas de saúde”
(artigo 1º n.º 1)
“Às CES cabe zelar pela observância de padrões de ética no exercício das ciências médicas, por
forma a proteger e garantir a dignidade e integridade humanas, procedendo à análise e
reflexão sobre temas da prática médica que envolvam questões de ética” (artigo 1º n.º 2)

Decreto-lei n.º 97/95, de 10 de maio Decreto-lei n.º 80/2018, de 15 de


23 anos depois… outubro
Decreto-lei n.º 80/2018, de 15 de “As comissões de ética têm como
outubro principal incumbência proceder à
(entra em vigor no dia 14 de análise e reflexão sobre questões
dezembro de 2018) relacionadas com a ética e
bioética” (artigo 1º n.º 3)

Decreto-lei n.º 80/2018, de 15 de outubro


• Órgão dotado de independência técnica e científica, de natureza consultiva
• Obrigatória em instituições de saúde do setor público, privado e social, instituições de
ensino superior que realizem investigação clínica e centros de investigação biomédica
que desenvolvam investigação clínica
• possibilidade de criação de uma comissão de ética única decomposição multidisciplinar
constituída por um número ímpar de membros (5 a 7)
• pelo menos, 2 elementos externos à instituição
• áreas profissionais:
-Medicina, direito, filosofia/ética, teologia, enfermagem, farmácia, e outras que
garantam os valores culturais e morais da comunidade

Competências – Gerais-
• Zelar, no âmbito do funcionamento da respetiva instituição, pela observância de
padrões de ética, salvaguardando o princípio da dignidade e integridade da pessoa
humana- emitir pareceres, relatórios, recomendações e outros documentos, por sua
iniciativa ou por solicitação, sobre questões éticas relacionadas com as atividades da
respetiva instituição.

• Elaborar documentos de reflexão sobre questões de bioética de âmbito geral,


designadamente com interesse direto no âmbito da atividade da instituição

• colaborar com outras entidades relevantes no âmbito da ética e bioética, promover


ações de formação e pronunciar-se sobre a elaboração de documentos instituições que
tenham implicações no domínio da ética
Competências – Específicas Ética clínica ou assistencial

• Zelar pelo respeito dos princípios éticos da dignidade da pessoa humana, da


beneficência, da justiça e da autonomia. pessoal na prestação de cuidados de saúde
• Colaborar com os serviços e profissionais da instituição envolvidos na prestação de
cuidados de saúde, no domínio da ética.
• zelar pela proteção e pelo respeito dos direitos e deveres dos utentes e dos
profissionais de saúde da instituição
• elaborar orientações e recomendações nos casos e nas situações que gerem ou
possam gerar conflitos éticos colocados pela prática clínica

DILEMAS ÉTICOS
Ética Assistencial Aborto Estado vegetativo persistente
Futilidade terapêutica Genética
PMA Eutanásia Objeção ao uso de sangue
Gestação de substituição DILEMAS ÉTICOS para fins terapêuticos por
VIH Clonagem motivos religiosos
Genética Sigilo
Colheita de órgãos Transplantes

Competências – Específicas Ética de investigação


- Emitir parecer prévio à realização dos estudos clínicos na instituição- emitir parecer sobre a
adequação científica e ética dos investigadores
- Avaliar os aspetos metodológicos, éticos e legais dos estudos de investigação clínica
- Monitorizar a realização dos estudos de investigação clínica efetuados na instituição, em
especial no que diz respeito a aspetos éticos e à segurança e integridade dos participantes

Ética de Investigação
Avaliação ética de um protocolo de investigação

Relevância e validade científica


Proteção dos participantes:
integridade e segurança privacidade e confidencialidade dos dados
consentimento informado, esclarecido e livre
Funcionamento ----Reuniões
Reuniões plenárias com maioria dos seus membros
- Pelo menos, uma vez por mês
- Decisões por maioria simples dos membros presentes
Pareceres
Quem pode pedir
• O órgão máximo ou as direções intermédias
• Qualquer profissional da instituição- o investigador que pretenda realizar um estudo de
investigação clínica
• Qualquer participante ou potencial participante em Estudo
• Os utentes, seus representantes ou familiares que demonstrem interesse objetivo com impacto
no exercício dos seus direitos

Pareceres – natureza

- Escritos e, por regra, sem caráter Vinculativo

- Caráter vinculativo, no caso dos estudos clínicos

Casos práticos em aula


CASO 1:

O senhor João, 24 anos, individuo do sexo masculino e estudante de medicina, foi conduzido ao hospital. Apresentava
dores e rigidez na zona occipital, respondia a estímulos e sentia-se sonolento.
Realizou alguns exames e um deles detetou uma leucocitose. Num raio x efetuado observou-se a presença de um filtrado
no lobo inferior direito.
Foi-lhe diagnosticado meningite, assim como uma pneumonia meningocócica. O doente recusou terapêutica através de
antibióticos e pouco tempo depois entrou em paragem cardíaca.
Devemos reanimar?

R: O doente apresenta autonomia reduzida devido à sua condição (dores e sonolência), e por isso, segundo o princípio da
beneficência, o profissional de saúde deve fazer o bem e fazer o que acha que o doente gostava que lhe fizessem. Visto que
o senhor João é estudante de medicina, deduz-se que saiba que sem antibiótico iria morrer, dai a reanimação e o
tratamento com antibióticos ter de ser efetuado.

CASO 2:

A Senhora Maria de 77 anos de idade foi levada ao serviço de urgência por um vizinho. Apresentava o pé esquerdo com
gangrena.
Vive sozinha há 12 anos e é conhecida pelos vizinhos e pelo seu médico como sempre inteligente e extremamente
independente, as suas capacidades mentais estão relativamente intactas mas às vezes está bastante esquecida e por vezes
confusa.
Nas 2 últimas visitas ao médico tratou-o sistematicamente pelo nome do médico anterior que já morreu há algum tempo.
O médico disse-lhe que a solução para o seu problema era a amputação e ela, conhecedora das consequências , disse ao
médico, de quem voltou a tratar pelo nome errado, que queria ser enterrada inteira.
O médico interrogou-se sobre se deveria procurar uma autoridade judicial para proceder ao tratamento
R: A Senhora Maria, apesar de ter 77 anos é independente, segundo a opinião dos seus vizinhos, vivendo sozinha há 12
anos.
Apesar de apresentar algum esquecimento e confusão, a senhora é autónoma. Neste caso, a única solução seria persuadi -la
e tentar convencê-la de que a amputação é a melhor solução, podendo apresentar-lhe pessoas que já estiveram naquelas
circunstâncias.

CASO 3:

Homem com 67 anos, metalúrgico e em atividade laboral, foi diagnosticado com cancro do pulmão já em estádio
avançado, sendo considerado um caso com mau prognóstico.
O médico não revela o diagnóstico ao doente apesar deste o ter questionado e 2 dias depois telefona e informa os
membros da família, porque considerava que as informações poderiam trazer danos psicológicos ao doente aumentando o
seu sofrimento.

R: Nesta situação, o médico quebra alguns pilares éticos.


O Senhor está autónomo e o médico ao omitir a informação ao seu doente quebra o principio da autonomia, recorrendo ao
paternalismo que nos diz que o profissional de saúde não tem em conta a opinião e a vontade da pessoa, que está
perfeitamente autónoma porque o profissional é que sabe o que é melhor para a pessoa.
Por outro lado, ao contar à família da pessoa quebra o sigilo profissional.
CASO 4:

Um Homem, solteiro, de 34 anos de idade chega ao serviço de urgência acompanhado da irmã com quadro típico de
enfarte. Os sintomas tinham começado há cerca de 3 horas.
Quando o médico da urgência o atendeu lembrou-se que estava a ser realizado um estudo.
O médico pediu à enfermeira que localizasse um grupo de investigadores para verificar se o doente era elegível para o
estudo. Verificaram-se todos os critérios de inclusão e este doente preenchia todos.
O médico informou o doente e convidou-o para participar no estudo, ao qual o doente referiu que não estava em condições
e para o médico ir procurar a sua irmã que responderia por ele. A irmã referiu que o seu irmão tinha de ser tratado, mas o
médico voltou a insistir. Passado várias tentativas, o senhor entrou em paragem cardiorrespiratória e faleceu.

R: Nesta situação temos a quebra do princípio da maleficência, pois o médico fez mal ao doente de forma negligente e
intencional, aproveitando-se da vulnerabilidade, opinião e vontade do doente.

CASO 1:

O senhor João, 24 anos, individuo do sexo masculino e estudante de medicina, foi conduzido ao hospital. Apresentava
dores e rigidez na zona occipital, respondia a estímulos e sentia-se sonolento.
Realizou alguns exames e um deles detetou uma leucocitose. Num raio x efetuado observou-se a presença de um filtrado
no lobo inferior direito.
Foi-lhe diagnosticado meningite, assim como uma pneumonia meningocócica. O doente recusou terapêutica através de
antibióticos e pouco tempo depois entrou em paragem cardíaca.
Devemos reanimar?

R: O doente apresenta autonomia reduzida devido à sua condição (dores e sonolência), e por isso, segundo o princípio da
beneficência, o profissional de saúde deve fazer o bem e fazer o que acha que o doente gostava que lhe fizessem. Visto que
o senhor João é estudante de medicina, deduz-se que saiba que sem antibiótico iria morrer, daí a reanimação e o
tratamento com antibióticos ter de ser efetuado.
-------------------------
CASO 2:

A Senhora Maria de 77 anos de idade foi levada ao serviço de urgência por um vizinho. Apresentava o pé esquerdo com
gangrena.
Vive sozinha há 12 anos e é conhecida pelos vizinhos e pelo seu médico como sempre inteligente e extremamente
independente, as suas capacidades mentais estão relativamente intactas mas às vezes está bastante esquecida e por vezes
confusa.
Nas 2 últimas visitas ao médico tratou-o sistematicamente pelo nome do médico anterior que já morreu há algum tempo.
O médico disse-lhe que a solução para o seu problema era a amputação e ela, conhecedora das consequências , disse ao
médico, de quem voltou a tratar pelo nome errado, que queria ser enterrada inteira.
O médico interrogou-se sobre se deveria procurar uma autoridade judicial para proceder ao tratamento

R: A Senhora Maria, apesar de ter 77 anos é independente, segundo a opinião dos seus vizinhos, vivendo sozinha há 12
anos.
Apesar de apresentar algum esquecimento e confusão, a senhora é autónoma. Neste caso, a única solução seria persuadi -la
e tentar convencê-la de que a amputação é a melhor solução, podendo apresentar-lhe pessoas que já estiveram naquelas
circunstâncias.
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CASO 3:

Homem com 67 anos, metalúrgico e em atividade laboral, foi diagnosticado com cancro do pulmão já em estádio
avançado, sendo considerado um caso com mau prognóstico.
O médico não revela o diagnóstico ao doente apesar deste o ter questionado e 2 dias depois telefona e informa os
membros da família, porque considerava que as informações poderiam trazer danos psicológicos ao doente aumentando o
seu sofrimento.

R: Nesta situação, o médico quebra alguns pilares éticos.


O Senhor está autónomo e o médico ao omitir a informação ao seu doente quebra o principio da autonomia, recorrendo ao
paternalismo que nos diz que o profissional de saúde não tem em conta a opinião e a vontade da pessoa, que está
perfeitamente autónoma porque o profissional é que sabe o que é melhor para a pessoa.
Por outro lado, ao contar à família da pessoa quebra o sigilo profissional.
-----------------
CASO 4:

Um Homem, solteiro, de 34 anos de idade chega ao serviço de urgência acompanhado da irmã com quadro típico de
enfarte. Os sintomas tinham começado há cerca de 3 horas.
Quando o médico da urgência o atendeu lembrou-se que estava a ser realizado um estudo.
O médico pediu à enfermeira que localizasse um grupo de investigadores para verificar se o doente era elegível para o
estudo. Verificaram-se todos os critérios de inclusão e este doente preenchia todos.
O médico informou o doente e convidou-o para participar no estudo, ao qual o doente referiu que não estava em condições
e para o médico ir procurar a sua irmã que responderia por ele. A irmã referiu que o seu irmão tinha de ser tratado, mas o
médico voltou a insistir. Passado várias tentativas, o senhor entrou em paragem cardiorrespiratória e faleceu.

R: Nesta situação temos a quebra do princípio da maleficência, pois o médico fez mal ao doente de forma negligente e
intencional, aproveitando-se da vulnerabilidade, opinião e vontade do doente.

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CASO 5:

Um escritor, com uma doença degenerativa grave cujo prognóstico de vida era se não receber tratamento adequado deve
permanecer vivo mais 2 ou 3 anos.
Seguindo orientação médica o escritor toma os medicamentos recomendados e inicia a escrita do seu livro que ele
considera que será a sua obra-prima.
Infelizmente o medicamento deixa o escritor sem capacidade de concentração e a sua criatividade literária decai
significativamente.
O escritor coloca-se perante um dilema: deve continuar a tomar os medicamentos e prolongar a sua vida ou deve para de
os tomar para poder escrever o seu livro?

R: O escritor apresenta autonomia, logo, nesta situação a persuasão seria a melhor forma de o tentar convencer a
continuar com a medicação.
Perguntas e respostas
1. A ética e a moral têm origens linguísticas diferentes, mas ambas se referem às regras de
conduta humana.

2. O princípio da beneficência implica que os profissionais de saúde devem agir visando apenas o
benefício do paciente, sem considerar sua autonomia.

3. O sigilo profissional pode ser quebrado apenas em situações de extrema emergência.

4. A competência ética do enfermeiro inclui a capacidade de confrontar os valores universais com


os valores dos envolvidos na situação.

5. O consentimento informado é válido apenas se o paciente estiver consciente e competente.

Escolha Múltipla:

1. Qual dos seguintes princípios éticos se refere à obrigação de não causar dano ao paciente?
a) Autonomia
b) Beneficência
c) Não-maleficência
d) Justiça

2. O sigilo profissional pode ser quebrado em que situação?


a) Quando o paciente solicita.
b) Quando há suspeita de crime.
c) Quando o enfermeiro considera necessário.
d) Sempre que o profissional julgar conveniente.

3. Qual das seguintes competências não está relacionada à relação de ajuda?


a) Empatia
b) Confrontação
c) Aceitação incondicional
d) Respeito caloroso

1. Verdadeiro 1. c) Não-maleficência
2. Falso 2. b) Quando há suspeita de crime.
3. Falso 3. b) Confrontação
4. Verdadeiro
5. Verdadeiro
Escolha Múltipla:
1. A ética e a moral são conceitos que se sobrepõem e podem ser usados de forma intercambiável.
2. O princípio da autonomia pressupõe que a pessoa tenha a liberdade de tomar decisões sobre sua
própria vida.
3. O sigilo profissional é um conceito ético que não pode ser quebrado em nenhuma circunstância.
4. O consentimento informado é um processo que não requer a compreensão adequada por parte do
paciente.
5. O princípio da beneficência implica que o profissional de saúde deve evitar fazer o bem ao paciente.
Escolha Múltipla:

1. Qual é o objetivo principal da deontologia?


a) Promover a autonomia do paciente.
b) Estabelecer padrões de conduta para os profissionais.
c) Assegurar a justiça na distribuição de recursos.
d) Proteger os interesses comerciais dos profissionais de saúde.

2. Quais são os elementos essenciais do consentimento informado?


a) Comunicação e coerção.
b) Competência, comunicação, compreensão, voluntariedade e consentimento.
c) Informação adequada e presença de um testemunho jurídico.
d) Respeito e compaixão.

3. O que o princípio da não-maleficência proíbe?


a) Fazer o bem ao paciente.
b) Provocar dano intencional ou negligente ao paciente.
c) Respeitar a autonomia do paciente.

1. Falso b) Estabelecer padrões de conduta para os profissionais.


2. Verdadeiro
3. Falso 2. Quais são os elementos essenciais do consentimento
4. Falso informado?
5. Falso b) Competência, comunicação, compreensão, voluntariedade e
consentimento.

3. O que o princípio da não-maleficência proíbe?


Escolha Múltipla: b) Provocar dano intencional ou negligente ao paciente
1. Qual é o objetivo principal da deontologia?

1. A ética profissional é um ramo da ética que se aplica exclusivamente aos médicos.


2. O princípio da justiça refere-se à distribuição justa e equitativa de recursos na sociedade.
3. O consentimento informado só é válido se o paciente não compreender completamente as informações
fornecidas.
4. A relação de ajuda requer empatia, respeito caloroso, aceitação incondicional, apoio, autenticidade e
congruência.
5. O paternalismo médico é uma manifestação do princípio da autonomia.

Escolha Múltipla:

1. Qual é o principal objetivo do sigilo profissional?


a) Proteger os interesses comerciais dos profissionais de saúde.
b) Garantir a confidencialidade das informações do paciente.
c) Limitar a comunicação entre os membros da equipe médica.
d) Promover a transparência nas práticas médicas.

2. O que significa o princípio da vulnerabilidade?


a) Respeitar a integridade física e psicológica do paciente.
b) Reconhecer a fragilidade de algumas pessoas e garantir sua proteção.
c) Priorizar o bem-estar do profissional de saúde sobre o do paciente.
d) Fornecer tratamento igualitário a todos os pacientes, independentemente de sua condição.

3. Quais são as competências essenciais na relação de ajuda?


a) Empatia e competição.
b) Respeito e autoridade.
c) Aceitação e confronto.
d) Empatia, respeito caloroso, aceitação incondicional, apoio, autenticidade e congruência.

1. Falso - A ética profissional se aplica a todos os 5. Falso - O paternalismo médico é contrário ao


profissionais de uma determinada área, não apenas princípio da autonomia, pois envolve tomar decisões
aos médicos. em nome do paciente sem considerar sua
2. Verdadeiro - O princípio da justiça refere-se à autonomia.
distribuição justa de recursos na sociedade. Escolha Múltipla:
3. Falso - O consentimento informado só é válido se o
paciente compreender completamente as 1. Resposta b) Garantir a confidencialidade das
informações fornecidas. informações do paciente.
4. Verdadeiro - A relação de ajuda requer empatia, 2. Resposta b) Reconhecer a fragilidade de algumas
respeito caloroso, aceitação incondicional, apoio, pessoas e garantir sua proteção.
autenticidade e congruência. 3. Resposta d) Empatia, respeito caloroso, aceitação
incondicional, apoio, autenticidade e congruência.

Escolha Múltipla:

1. Qual das seguintes afirmações melhor descreve a diferença entre moral e ética?
a) Moral refere-se aos princípios individuais, enquanto ética refere-se aos padrões sociais.
b) Moral e ética são termos intercambiáveis e têm o mesmo significado.
c) Moral é relativa à conduta pessoal, enquanto ética é relativa aos comportamentos profissionais.
d) Moral e ética são termos filosóficos que não têm aplicação prática.

2. Qual das seguintes situações viola o princípio da não-maleficência?


a) Um médico prescreve um tratamento que beneficia o paciente.
b) Um enfermeiro negligencia os cuidados com um paciente.
c) Um psicólogo revela informações confidenciais de um paciente sem permissão.
d) Um fisioterapeuta administra um tratamento que causa danos ao paciente.

Verdadeiro ou Falso:

3. O consentimento informado só é necessário para procedimentos cirúrgicos e intervenções invasivas.


Verdadeiro / Falso

4. O princípio da justiça na área da saúde refere-se à distribuição equitativa de recursos e serviços.


Verdadeiro / Falso
5. O sigilo profissional pode ser quebrado se houver suspeita de abuso infantil ou ameaça à vida.
Verdadeiro / Falso
Respostas escolha múltipla
1. Qual das seguintes afirmações melhor descreve a Verdadeiro ou Falso:
diferença entre moral e ética? 3. O consentimento informado só é necessário para
Resposta: c) Moral é relativa à conduta pessoal, procedimentos cirúrgicos e intervenções invasivas.
enquanto ética é relativa aos comportamentos Resposta: Falso
profissionais.
4. O princípio da justiça na área da saúde refere-se à
2. Qual das seguintes situações viola o princípio da distribuição equitativa de recursos e serviços.
não-maleficência?
Resposta: d) Um fisioterapeuta administra um Resposta: Verdadeiro
tratamento que causa danos ao paciente.
5. O sigilo profissional pode ser quebrado se houver
suspeita de abuso infantil ou ameaça à vida.
Resposta: Verdadeiro

Escolha Múltipla:
1. Qual das seguintes afirmações melhor descreve a relação entre ética e lei? a) A ética sempre se
sobrepõe à lei. b) A lei sempre se sobrepõe à ética. c) A ética e a lei são completamente independentes.
d) A ética pode influenciar a lei e vice-versa.
2. O que significa o princípio da beneficência na área da saúde? a) Evitar causar danos ao paciente. b)
Promover o bem-estar do paciente. c) Respeitar a autonomia do paciente. d) Distribuir recursos de
forma justa.
Verdadeiro ou Falso:
3. A autonomia do paciente refere-se à capacidade do profissional de saúde tomar decisões em nome do
paciente. Verdadeiro / Falso
4. A ética deontológica concentra-se nas consequências das ações para determinar sua moralidade.
Verdadeiro / Falso
5. O sigilo profissional pode ser quebrado apenas com o consentimento do paciente. Verdadeiro / Falso

respostas: 3. A autonomia do paciente refere-se à capacidade de o


Escolha Múltipla: profissional de saúde tomar decisões em nome do
1. Qual das seguintes afirmações melhor descreve a paciente. Resposta: Falso
relação entre ética e lei? Resposta: d) A ética pode 4. A ética deontológica concentra-se nas consequências
influenciar a lei e vice-versa. das ações para determinar sua moralidade.
2. O que significa o princípio da beneficência na área da Resposta: Falso
saúde? Resposta: b) Promover o bem-estar do 5. O sigilo profissional pode ser quebrado apenas com
paciente. o consentimento do paciente. Resposta: Verdadeiro
Verdadeiro ou Falso:
Casos práticos
1. Caso Prático 1: Ética e Moral João é um médico que trabalha em uma pequena comunidade. Ele
descobre que um de seus pacientes, um idoso chamado Sr. Silva, está tomando medicação prescrita por
outro médico que pode interagir negativamente com o tratamento que João planejou para ele. No
entanto, o Sr. Silva confia plenamente no outro médico. Como João deve agir considerando os conceitos
de ética e moral?

2. Caso Prático 2: Princípio da Autonomia Maria é uma enfermeira em um hospital. Ela está cuidando de
um paciente terminal que expressou claramente seu desejo de não ser ressuscitado caso seu coração
pare de bater. No entanto, a família do paciente insiste que tudo deve ser feito para prolongar a vida
dele, mesmo contra sua vontade. Como Maria deve lidar com essa situação, considerando o princípio da
autonomia?

3. Caso Prático 3: Sigilo Profissional Ana é uma psicóloga que está tratando uma adolescente com
depressão. Durante uma sessão, a adolescente revela que está sendo abusada por um membro da
família. Ana sabe que, por lei, ela deve denunciar casos de abuso, mas também prometeu sigilo à
adolescente. Como Ana deve proceder, considerando o sigilo profissional e a necessidade de proteger a
adolescente?

4. Caso Prático 4: Consentimento Informado Carlos é um cirurgião que precisa realizar uma cirurgia
arriscada em um paciente idoso. Ele forneceu todas as informações necessárias sobre os riscos e
benefícios da cirurgia ao paciente e obteve sua assinatura no formulário de consentimento. No entanto,
o paciente parece confuso e não totalmente ciente dos possíveis resultados. O consentimento dado pelo
paciente é considerado válido? Como Carlos deve proceder?

5. Caso Prático 5: Princípio da Beneficência Marta é uma médica que está tratando um paciente com
câncer em estágio avançado. O paciente expressou seu desejo de não receber mais tratamentos
agressivos e optar por cuidados paliativos para garantir uma qualidade de vida melhor em seus últimos
dias. No entanto, a família do paciente insiste que Marta deve continuar tentando todos os tratamentos
disponíveis, mesmo que isso cause mais sofrimento ao paciente. Como Marta deve agir, considerando o
princípio da beneficência?
6. Ética e Moral:
João é um médico que está tratando um paciente idoso, Sr. Silva, que tem uma condição médica grave. O
paciente deseja interromper o tratamento porque acredita que não há mais esperança de melhora. No
entanto, outro médico envolvido no caso acredita que ainda há opções de tratamento disponíveis. Como
João deve lidar com essa situação?
7. Princípio da Autonomia:
Maria é uma enfermeira que está cuidando de um paciente idoso em estado terminal. O paciente
expressou claramente seu desejo de não ser ressuscitado em caso de parada cardíaca. No entanto, a
família do paciente discorda dessa decisão e insiste que tudo deve ser feito para prolongar a vida do
paciente. Como Maria deve proceder?

8. Sigilo Profissional:
Ana é uma psicóloga que está tratando uma adolescente que revelou estar sofrendo abuso doméstico
por parte de um membro da família. A adolescente implora a Ana para não contar a ninguém sobre o
abuso, especialmente seus pais. O que Ana deve fazer

9. Consentimento Informado:
Carlos é um cirurgião que está prestes a realizar uma cirurgia em um paciente. Ele forneceu todas as
informações necessárias sobre os riscos e benefícios do procedimento ao paciente, que concordou em
prosseguir. No entanto, antes da cirurgia, o paciente parece confuso e incapaz de entender
completamente as informações fornecidas. O que Carlos deve fazer?

10. Princípio da Beneficência:


Marta é uma médica que está cuidando de um paciente idoso em estado terminal. A família do paciente
insiste que ele seja submetido a tratamentos agressivos para prolongar sua vida, apesar de sua condição
já ser irreversível. No entanto, Marta acredita que esses tratamentos apenas causarão mais sofrimento
ao paciente, sem melhorar sua qualidade de vida. Como Marta deve lidar com essa situação?
Respostas para os casos práticos:

1. Caso Prático 1: Ética e moral


João deve priorizar o bem-estar do paciente, o que inclui garantir que ele receba o tratamento mais seguro e eficaz possível.
Isso pode envolver entrar em contato com o outro médico para discutir a situação e chegar a um consenso sobre o melhor curso
de ação para o Sr. Silva.

2. Caso Prático 2: Princípio da Autonomia


Maria deve respeitar o desejo do paciente de não ser ressuscitado, desde que ele esteja em plena capacidade mental para
tomar essa decisão. Ela pode tentar dialogar com a família para explicar os desejos do paciente e buscar um entendimento
mútuo. No entanto, se o paciente não estiver mais em condições de tomar decisões, Maria deve seguir as diretrizes legais e
éticas sobre quem é o responsável por tomar decisões médicas em seu nome.

3. Caso Prático 3: Sigilo Profissional


Ana tem a obrigação ética e legal de denunciar casos de abuso, mesmo que isso signifique quebrar o sigilo profissional. No
entanto, ela deve abordar a situação com sensibilidade, explicar o motivo da denúncia à adolescente e garantir que ela receba o
apoio necessário durante o processo.

4. Caso Prático 4: Consentimento Informado


O consentimento informado requer que o paciente tenha compreensão adequada das informações fornecidas pelo profissional
de saúde. Como o paciente parece confuso, o consentimento pode não ser considerado válido. Carlos deve dedicar mais tempo
para garantir que o paciente entenda completamente os riscos e benefícios da cirurgia antes de obter seu consentimento
novamente.

5. Caso Prático 5: Princípio da Beneficência


Marta deve respeitar a autonomia do paciente e seu desejo de receber cuidados paliativos. Ela pode explicar à família os
motivos por trás dessa decisão, enfatizando o objetivo de proporcionar conforto e qualidade de vida ao paciente em seus
últimos dias. Marta também pode oferecer apoio emocional à família durante esse período difícil.

6. Ética e Moral: João deve respeitar a autonomia do paciente e discutir abertamente com Sr. Silva e sua família sobre as opções
de tratamento, os prognósticos e os desejos do paciente. Ele pode oferecer sua opinião profissional, mas a decisão final deve
ser tomada pelo paciente, desde que esteja capacitado para isso.

7. Princípio da Autonomia: Maria deve respeitar os desejos do paciente e garantir que sua vontade seja cumprida, desde que o
paciente esteja plenamente capacitado para tomar essa decisão. Ela pode tentar conversar com a família para explicar os
desejos do paciente e ajudá-los a entender a importância de respeitar sua autonomia.

8. Sigilo Profissional: Ana tem a obrigação ética de manter o sigilo profissional e respeitar a confidencialidade do paciente. N o
entanto, se houver suspeita de abuso infantil, Ana pode estar legalmente obrigada a relatar a situação às autoridades
competentes, mesmo sem o consentimento do paciente.

9. Consentimento Informado: Carlos deve interromper o processo de consentimento informado e garantir que o paciente
compreenda totalmente as informações fornecidas antes de prosseguir com a cirurgia. Se o paciente estiver confuso ou incapaz
de entender, Carlos deve adiar o procedimento e considerar a nomeação de um representante legal ou tomar outras medidas
apropriadas para garantir o consentimento informado adequado.

10. Princípio da Beneficência: Marta deve considerar o princípio da não-maleficência e o bem-estar geral do paciente ao decidir
sobre os tratamentos a serem realizados. Ela deve discutir abertamente com a família sobre os prognósticos realistas e os
benefícios e riscos dos tratamentos propostos, buscando encontrar um consenso que leve em consideração tanto os desejos do
paciente quanto seu bem-estar.
Ética e investigação

1. Qual é a importância da revisão por uma comissão ética de investigação antes de iniciar um projeto de pesquisa envolvendo
seres humanos?

2. Como os pesquisadores podem garantir o respeito à dignidade humana durante uma investigação?

3. Quais são os princípios éticos fundamentais que devem ser considerados ao obter o consentimento dos participantes de uma
pesquisa?

4. Como os pesquisadores podem equilibrar o princípio da beneficência com o da não maleficência ao conduzir uma investigação?

5. De que forma a inclusão de grupos vulneráveis, como crianças ou pessoas com autonomia reduzida, requer considerações éticas
especiais durante o planejamento e execução de uma pesquisa?

6. Como os pesquisadores podem garantir a privacidade e confidencialidade dos dados dos participantes durante e após o estudo?

7. Qual é o papel da transparência e honestidade na divulgação dos resultados de uma pesquisa?

8. Quais são os desafios éticos específicos enfrentados pelos pesquisadores ao lidar com informações sensíveis ou controversas?
9. Como os pesquisadores podem evitar conflitos de interesse ao conduzir uma investigação, especialmente em relação ao
financiamento ou colaborações com a indústria?

10. Como a pesquisa baseada em mentiras ou falsas premissas impacta a ética da investigação e a confiança na comunidade
científica?

11. Quais são as medidas que os pesquisadores podem adotar para garantir a imparcialidade e a objetividade em suas pesquisas?

12. Como os pesquisadores podem lidar com situações em

13. que os interesses da ciência entram em conflito com os direitos e interesses dos participantes da pesquisa?

14. Quais são as implicações éticas da utilização de dados pessoais e informações genéticas em pesquisas científicas?

15. Como os pesquisadores podem garantir que as comunidades afetadas por sua pesquisa sejam consultadas e envolvidas de
forma ética durante todas as fases do estudo?

16. Quais são as responsabilidades éticas dos pesquisadores em relação à comunicação e disseminação de resultados de pesquisa
para o público em geral?

17. Quais são as considerações éticas ao conduzir pesquisas em países ou regiões com culturas, leis e normas diferentes das do
pesquisador?

18. Como os pesquisadores podem abordar questões de equidade e justiça na seleção de participantes para estudos de pesquisa?
19. Quais são os desafios éticos específicos associados à pesquisa em áreas sensíveis, como saúde mental, sexualidade ou vícios?

20. Quais são as implicações éticas da colaboração entre pesquisadores de diferentes disciplinas ou instituições em projetos de
pesquisa?

21. Como os pesquisadores podem garantir a integridade e a ética na coleta, análise e interpretação de dados de pesquisa?

Respostas
1. A revisão por uma comissão ética de investigação é fundamental para garantir que os projetos de
pesquisa atendam aos padrões éticos necessários para proteger os participantes humanos. Isso inclui
avaliar a relevância e utilidade social e científica da pesquisa, além de garantir que os participantes
sejam tratados com dignidade e respeito.

2. Os pesquisadores podem garantir o respeito à dignidade humana durante uma investigação através do
cuidadoso planeamento e execução do estudo, assegurando que os participantes sejam tratados como
seres autônomos e com direitos. Isso inclui obter o consentimento informado, proteger a privacidade
e confidencialidade dos participantes e minimizar qualquer risco ou desconforto desnecessário.

3. Os princípios éticos fundamentais a serem considerados ao obter o consentimento dos participantes


incluem respeito à autonomia individual, direito à informação, consentimento esclarecido,
privacidade e confidencialidade. Os participantes devem estar plenamente informados sobre os
objetivos, métodos, riscos e benefícios da pesquisa, e devem ter a liberdade de consentir ou recusar
participar sem coerção.

4. Os pesquisadores podem equilibrar o princípio da beneficência (maximizar os benefícios para os


participantes) com o da não maleficência (evitar causar danos) garantindo que os benefícios
potenciais da pesquisa superem os riscos potenciais para os participantes. Isso envolve
cuidadosamente avaliar e mitigar os riscos, garantindo que os procedimentos sejam éticos e que os
participantes sejam protegidos contra danos físicos, psicológicos ou sociais.

5. A inclusão de grupos vulneráveis requer considerações éticas especiais, incluindo garantir que os
participantes compreendam completamente os riscos e benefícios da pesquisa, respeitando sua
autonomia e tomando medidas adicionais para proteger sua segurança e bem-estar.

6. Os pesquisadores podem garantir a privacidade e confidencialidade dos dados dos participantes


através da implementação de medidas adequadas de segurança de dados, obtendo consentimento
informado para o uso e divulgação de informações pessoais e garantindo que apenas as pessoas
autorizadas tenham acesso aos dados.

7. A transparência e honestidade na divulgação dos resultados de uma pesquisa são essenciais para
garantir a integridade e credibilidade da ciência. Os pesquisadores devem relatar seus resultados de
forma precisa e imparcial, incluindo todas as limitações e incertezas associadas aos achados.

8. Os desafios éticos específicos enfrentados pelos pesquisadores ao lidar com informações sensíveis ou
controversas incluem garantir a confidencialidade dos dados, minimizar qualquer dano potencial aos
participantes ou grupos envolvidos e garantir que a pesquisa seja conduzida de forma ética e
responsável.

9. Os pesquisadores podem evitar conflitos de interesse ao conduzir uma investigação através da


divulgação completa de quaisquer conexões financeiras, pessoais ou institucionais que possam
influenciar seus julgamentos ou resultados. Eles também devem garantir que a pesquisa seja guiada
pela busca da verdade e do benefício público, em vez de interesses pessoais ou comerciais.

10. A pesquisa baseada em mentiras ou falsas premissas compromete a ética da investigação e mina a
confiança na comunidade científica. Isso pode levar a danos significativos aos participantes, à
reputação dos pesquisadores e à credibilidade da ciência como um todo. É fundamental que os
pesquisadores sejam honestos e transparentes em todas as etapas da pesquisa, desde a conceção do
estudo até a divulgação dos resultados. Para garantir a imparcialidade e a objetividade em suas
pesquisas, os pesquisadores podem adotar medidas como utilizar métodos de pesquisa transparentes
e replicáveis, evitar viéses na seleção de participantes e na análise de dados, divulgar conflitos de
interesse e buscar revisão por pares independente.

11. Os pesquisadores podem lidar com conflitos entre os interesses da ciência e os direitos dos
participantes garantindo que a pesquisa seja conduzida de maneira ética e responsável, priorizando
sempre o bem-estar e os direitos dos participantes e buscando alternativas para minimizar ou mitigar
quaisquer impactos negativos.

12. A utilização de dados pessoais e informações genéticas em pesquisas científicas levanta questões
éticas relacionadas à privacidade, consentimento informado, proteção de dados e potencial
discriminação. Os pesquisadores devem garantir que o uso dessas informações seja feito de maneira
ética e responsável, com respeito aos direitos e interesses dos participantes.

13. Os pesquisadores podem garantir que as comunidades afetadas por sua pesquisa sejam consultadas e
envolvidas de forma ética através da realização de consultas públicas, estabelecendo parcerias com
representantes comunitários, respeitando as perspectivas culturais e valores locais, e compartilhando
os resultados da pesquisa de forma acessível e compreensível.

14. As responsabilidades éticas dos pesquisadores em relação à comunicação e disseminação de


resultados de pesquisa incluem garantir a precisão e honestidade na divulgação dos resultados, evitar
sensacionalismo ou exageros, reconhecer limitações e incertezas, e comunicar de forma clara e
compreensível para o público em geral.

15. Ao conduzir pesquisas em países ou regiões com culturas, leis e normas diferentes, os pesquisadores
devem respeitar os princípios éticos universais, adaptando suas práticas de pesquisa às necessidades e
contextos locais, obtendo aprovação ética e consentimento informado de acordo com as normas
locais, e colaborando com parceiros locais.

16. Para abordar questões de equidade e justiça na seleção de participantes para estudos de pesquisa, os
pesquisadores podem adotar critérios de inclusão e exclusão claros e transparentes, garantir que a
seleção de participantes seja baseada em critérios relevantes para os objetivos da pesquisa, e buscar
representatividade da população-alvo.

17. Os desafios éticos associados à pesquisa em áreas sensíveis, como saúde mental, sexualidade ou
vícios, incluem garantir o consentimento informado e a proteção dos participantes vulneráveis,
minimizar qualquer estigma ou discriminação associada aos temas de pesquisa e garantir o acesso a
serviços de apoio e acompanhamento para os participantes, quando necessário.

18. As implicações éticas da colaboração entre pesquisadores de diferentes disciplinas ou instituições


incluem garantir a comunicação clara e eficaz entre os membros da equipe, respeitar as normas e
práticas éticas de todas as disciplinas envolvidas, e garantir a atribuição justa e equitativa de créditos e
reconhecimento.

19. Para garantir a integridade e a ética na coleta, análise e interpretação de dados de pesquisa, os
pesquisadores devem seguir rigorosos padrões metodológicos e éticos, manter registos precisos e
completos de todas as etapas do processo de pesquisa, e estar abertos à revisão e escrutínio por pares
para garantir a validade e confiabilidade dos resultados.

20.

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