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Emiliana Alvites
MORAL:
É o conjunto de princípios, valores e normas que regulam a conduta humana em suas relações
sociais, existentes em determinado momento histórico.
A moral diz respeito ao coletivo, na sociedade contemporânea existe uma pluralidade moral,
fundada em diferentes princípios e valores.
ÉTICA:
• A ética implica opção individual, escolha ativa, requer a adesão íntima da pessoa a valores, princípios e
normas morais; está ligada à autonomia individual.
• Visa a interioridade da pessoa, não podendo ser imposta por fatores exteriores. Cada pessoa é
responsável por definir a sua ética.
ÉTICA:
• São normas que servem como padrão de conduta para os profissionais em suas relações com membros
da própria categoria, com profissionais de outras categorias, com os utentes, com os familiares, etc.
Dilemas Éticos
• Um dilema ético é uma situação em que a dificuldade de escolha da opção a realizar é por diversas
razões difícil.
• Envolve uma situação em que existem duas ou mais escolhas disponíveis, mas nenhuma delas parece
satisfatória, sendo necessário escolher a melhor de todas.
Competência Ética
• A competência ética exige que o enfermeiro confronte os valores humanos universais face aos valores
dos atores em presença.
Competência Ética
• Esta exige do enfermeiro a necessária qualificação especifica para analisar, refletir contribuir para as
decisões que estão inerentes a todo o processo de cuidados.
Competência Ética
• O enfermeiro deve, assim, considerar em cada situação com a qual é confrontado, os seus valores
pessoais e profissionais, as crenças e tradições, as perspetivas multidisciplinares, o enquadramento das
várias alternativas para a Acão, a decisão coletiva e as implicações concretas da decisão tomada.
O Processo de Decisão Ética
• Consiste na aplicação das competências éticas na análise e síntese referentes à identificação da situação
e dos textos legais ou deontológicos que se podem aplicar, bem como os desejos e reações do doente e
família face à doença e ao tratamento.
O Processo de Decisão Ética
Visa a aplicação da escolha proposta e a necessária avaliação de resultados, enquadrando as implicações práticas
da decisão.
Sigilo Profissional
• Esta situação constitui frequentemente um dilema ético, exigindo a consideração dos aspetos técnico-
científicos pelos profissionais de saúde.
• Ex: Portador de sida que recusa comunicar à sua parceira de relacionamento sexual efetivo a sua situação
clínica.
• O profissional sabendo que existe a possibilidade franca de transmissão, constituindo um risco importante
para a saúde de outros, deve ter em conta estes aspetos.
• Estasdecisões devem ser fundamentadas pelos aspetos legais em vigor e deverá ser apresentada à
comissão de ética.
•O enfermeiro deverá ainda fazer uma reflexão pessoal centrada nos valores ético morais e nesta
perspetiva, na experiência de vida, pessoal e profissional, no quadro de referência para a ética pessoal (nossa
consciência).
• Este baseia-se em normas éticas relativas ao respeito pela intimidade e confidencialidade do doente, que
nos obriga a guardar tudo aquilo que chegou ao nosso conhecimento através da relação enfermeiro –
doente, aceite por ambos de forma voluntária
Existem outros aspetos a ter em conta e que dizem respeito ao próprio segredo, nomeadamente:
Esfera do Segredo – abrange o chamado círculo de reserva do sujeito, onde se incluem as coisas naturalmente
secretas, tais como, a história médica, os diários íntimos, códigos ou chaves secretas (de cofres, por ex.); coisas que
são secretas apenas por determinação da pessoa (confidências).
Ex: Uma menor que já iniciou a sua vida sexual enão quer que os pais saibam.
Ou segredo profissional tem como objeto tudo o que chega ao conhecimento, pelas diversas formas, do
enfermeiro no exercício da sua atividade.
Dilemas Possíveis
• Segredo profissional versus informação aos • Segredo profissional versus Investigação científica
profissionais • Segredo profissional versus Atribuição de recursos
• Segredo profissional versus Direito à informação do • Ética médica versus Direito positivo
doente – direito à verdade
• Segredo profissional versus Hierarquias
profissionais, outros elementos da equipa ou
instituição em si mesma
Limites do Segredo
• É reconhecer à doente liberdade na esfera da decisão, devendo ser considerado como um ser
autónomo e independente, com crenças e valores que deverão ser respeitados.
• A decisão terapêutica deixa de ser da exclusiva responsabilidade do profissional de saúde,
passando a ser partilhada pelo doente
O Conceito de CI é composto por 2 elementos essenciais alem de outros: Compreensão Livre consentimento
A presença de tais elementos é a garantia de que qualquer decisão assenta em pressupostos de
autorresponsabilização e liberdade de escolha.
A compreensão inclui a informação e o conhecimento quer da situação clínica, quer das diferentes
possibilidades terapêuticas.
Implica o fornecimento de informação adequada sobre o diagnóstico, prognóstico e terapêuticas possíveis, com
os riscos inerentes, incluindo os efeitos da não realização de qualquer terapêutica.
Linguagem compreensível, adequada ao nível cultural do doente, incluindo aqueles que tenham limitações
linguísticas ou de natureza cognitiva.
O consentimento informado é constituído por 5 elementos distintos:
• Competência • Voluntariedade
• Comunicação • Consentimento
• Compreensão
Assim:
• O doente dá um consentimento informado se for competente para agir, se receber a informação
completa, se compreender essa mesma informação, se decidir voluntariamente e se consentir a
intervenção.
COMPETÊNCIA
• A competência para decidir está relacionada com a decisão a ser tomada.
• Em saúde, a competência de decisão está relacionada com a capacidade de exercício da
autodeterminação do doente.
• Se a incompetência é devida a uma causa reversível – como dor, sofrimento ou efeito de
medicação – o principal objetivo deve ser o de restituir ao doente a capacidade necessária à
tomada de decisão.(nunca se deve incluir uma pessoa num estudo quando se esta sob o efeito
de doença que retire a autonomia)
• Existem doentes considerados competentes e aos quais as suas decisões devem ser
respeitadas, e aqueles que necessitam de representante que o substitua.
• O sofrimento físico intenso tem repercussões ao nível psíquico, com alterações do estado emocional do
doente, tornando-o muito vulnerável.
• Nestas situações o doente pode não se encontrar competente para decidir, visto existir uma influência
clara na sua liberdade de decisão.
• É papel do profissional avaliar o grau de perturbação, no sentido de perceber se a decisão é livre deste
tipo de influência, perturbadora por excelência.
• O uso de forças manipuladoras ou coercivas, violam o direito à autodeterminação individual porque o
doente não age segundo a sua vontade, mas influenciada por fatores que lhe são estranhos.
• A persuasão (utilização de argumentos de natureza racional), é legitima no plano ético e usada
correntemente na prática clínica.
• Existe uma linha muito ténue entre a persuasão, legitima e desejável, e a utilização de qualquer tipo de
ameaça (física ou psicológica) ainda que à luz do princípio da beneficência.
COMUNICAÇÃO DA INFORMAÇÃO, RECOMENDAÇÃO E COMPREENSÃO
O consentimento informado só é valido se:
• O sujeito tiver a capacidade para compreender a informação;
• For capaz de fazer um julgamento sobre essa informação – à luz do seu próprio sistema de valores;
• Elaborar mentalmente uma resposta;
• Comunicar livremente o seu desejo ao profissional de saúde ou à equipa de investigação.
• Por vezes é necessário recorrer ao uso de escalas de avaliação de demência, testes de avaliação do nível
intelectual ou de avaliação da orientação espácio-temporal, da memória, da compreensão e da
coerência.
• O consentimento não deve ser obtido através da omissão de informação.
• O doente deve ser informado através de uma linguagem acessível, que lhe seja familiar, não utilizando
terminologia demasiado técnica e explicando os riscos mais prováveis de ocorrência de complicações.
DECISÃO
• A autorização legal é dada por escrito, através de documento próprio para o efeito.
• Para procedimentos cujas consequências são nulas (palpação , auscultação) e não agravam o estado de
saúde do doente não é necessário consentimento.
Diferenças entre informado e esclarecido
• A pessoa informada pode não ter sido esclarecida, se não compreendeu o conteúdo.
• O consentimento deve ser renovado quando ocorram modificações
• Significativas na situação clínica do doente, desde a altura em que o consentimento inicial foi obtido.
Consentimento Nas Situações De Urgência
• Quando o doente se encontra impossibilitado de dar o seu consentimento e em situação de urgência, a
Acão do profissional fundamenta-se no princípio da beneficência, assumindo este o papel de protetor
natural do doente, por meio de ações positivas a favor da vida e da saúde.
• Em emergências aceita-se a noção de existência de consentimento presumido ou implícito,
pelo qual se supõe que a pessoa, se estivesse na posse da sua real autonomia e capacidade, se
manifestaria favorável às tentativas, causas e/ou consequências das suas condições de saúde.
Consentimento Informado
As qualidades humanas dos profissionais de saúde, como a sensibilidade, são imprescindíveis para criar um clima
acolhedor – de segurança e tranquilidade – tão importante para a criação de uma relação de confiança.
AUTONOMIA
PESSOA AUTONOMA
• É aquela que tem liberdade de pensamento, que é livre de coações internas ou externas, para escolher
entre as alternativas que lhe são apresentadas: liberdade de decidir, de optar.
• Em saúde ser autónomo significa:
• Que a pessoa não se entregue inteiramente aos profissionais de saúde, não renuncie à sua liberdade em
troca da sua saúde.
• Autonomia exige o respeito pela dignidade da natureza humana.
• Respeitar a pessoa autónoma pressupõe a aceitação do pluralismo ético-social, dos seus pontos de vista,
das suas expectativas, crenças, aspirações e valores.
• Não devemos esquecer que o corpo, a dor, o sofrimento, a doença, são da própria pessoa e desrespeitar
a sua autonomia é tratá-la como um meio e não como um fim em si mesmo.
PAPEL DO ENFERMEIRO
Em situação de autonomia reduzida, temporária ou permanente, cabe ao enfermeiro ou a familiares decidirem
pela pessoa.
• O enfermeiro tem o dever ético de estabelecer medidas terapêuticas adequadas, mesmo contrariando a
vontade do utente. A perda transitória da sua condição autónoma poderia causar danos não somente à
própria pessoa, mas também à sociedade.
LIMITES DA AUTONOMIA
• A autonomia não é um direito absoluto, pois deste modo conduziria ao atomismo social.
• Ela é limitada pelo respeito pela dignidade e liberdade dos outros e da sociedade .
PRINCÍPIOS ÉTICOS
PRINCÍPIO DA BENEFICÊNCIA
• Tem implícita a obrigatoriedade de promover positivamente o bem, evitar e remover o mal.
• Este princípio não tem em conta a autonomia dos doentes, privilegiando a Acão beneficente
por parte dos profissionais, o “fazer o bem” ao doente, o “cuidar”, ainda que contrariando a
vontade do doente.
• Este princípio tem como fundamento a noção de paternalismo, em que o profissional de saúde
deve tratar o doente como um filho.
• O médico deve proteger o doente, fazendo-lhe o bem, estabelecendo regras de
comportamento e prescrevendo o tratamento adequado.
• É a interferência com a liberdade de um indivíduo eticamente capacitado para decidir,
mediante uma ação beneficente justificada por razões referidas exclusivamente ao bem estar,
às necessidades da pessoa que está a ser coagida, e não por interesses de terceiros, do próprio
profissional de saúde ou mesmo interesse da sociedade.
Não se deve confundir beneficência com paternalismo, pois este último conceito significa contrariar o direito
de uma pessoa autónoma, competente, escolher o que considera melhor para si.
A ação paternalista corresponde à decisão do profissional perante uma pessoa autónoma, o que é bem para
ela, para o seu bem-estar, à luz dos seus próprios valores (do profissional).
PRINCÍPIO DA NÃO-MALEFICÊNCIA
• Defende que o profissional de saúde não deve provocar dano ao doente de forma intencional
ou negligente.
• Este princípio defende que não se deve provocar dano, mas sim prevenir o mal.
Ex. Imobilizar o doente. Eu não posso provocar mal ao outro de forma intencional
Princípio da Não-Maleficência/beneficência
• Estes princípios são justificados em determinadas situações, por evitarem que as pessoas
causem danos a si mesmas, em situações de autonomia reduzida e até que esta seja restituída.
• São defendidos quando os doentes apresentam comportamento não autónomo, p.ex. Em caso
de deficiente poder decisório, como nas fases agudas de distúrbios psíquicos, em intoxicações,
ou quando há manifestação de incompetência decisória, imaturidade, falta de informação, etc.
Princípio da justiça
• Refere-se à justa distribuição de recursos na sociedade.
• Quem deve ser selecionado para transplantação cardíaca, quando há vários candidatos
elegíveis?
• Quem deve ter direito à prestação de cuidados?
Humanização dos cuidados de saúde: o utente deve ser tratado em virtude das suas necessidades de
saúde e não como um meio para a satisfação de interesses de terceiros, da ciência, dos profissionais de
saúde ou de interesses comerciais e industriais.
Não discriminação: todos têm direito à utilização de novas tecnologias, quer sejam pobres ou ricos.
No caso dos profissionais de saúde, o abuso da utilização das tecnologias pode ser motivado pela
vontade de ajudar os utentes, ou derivar de interesses lucrativos, da busca de aumento de prestígio, ou
mesmo do prazer em manipular , receitar, prescrever novos tratamentos.
Poder de decisão: os utentes são seres livres e autónomos para decidirem sobre atos praticados em
sua integridade física e psíquica. Não podendo ser tratados como seres passivos.
Ética e Investigação
Qualquer Investigação que envolva seres humanos, de forma direta ou indireta, individual ou coletivamente,
sejam elas realizadas por quaisquer categorias profissionais, no campo biológico, psíquico, educacional, cultural
ou social , incluindo o manejo de informações e materiais estão sujeitas ao cumprimento de normas.
O Estudo de Tuskegee, também conhecido como Estudo de Sífilis de Tuskegee, foi uma infame
experiência clínica realizada nos Estados Unidos entre 1932 e 1972 pelo Serviço Público de Saúde dos
Estados Unidos (PHS, na sigla em inglês), em colaboração com a Universidade de Tuskegee, no
Alabama. O estudo tinha como objetivo investigar a progressão natural da sífilis em homens afro-
americanos.
Durante o estudo, cerca de 600 homens afro-americanos, a maioria dos quais pobres e sem acesso
adequado à saúde, foram recrutados. Alguns dos participantes já eram portadores de sífilis, enquanto
outros foram infetados intencionalmente com a doença. No entanto, esses homens não foram
informados sobre a verdadeira natureza do estudo ou sobre o fato de que estavam a ser usados como
cobaias.
O especto mais chocante do estudo foi que, mesmo após o desenvolvimento da penicilina como
tratamento eficaz para a sífilis na década de 1940, os participantes não foram informados sobre a
disponibilidade do tratamento e foram deixados para sofrer as consequências não tratadas da doença.
Muitos dos homens acabaram por sofrer graves complicações de saúde, incluindo cegueira, surdez,
danos neurológicos e até mesmo morte.
O Estudo de Tuskegee foi exposto e amplamente condenado após uma investigação jornalística em
1972. Isso levou à criação de regulamentos éticos mais rigorosos para a pesquisa médica e resultou em
mudanças significativas nas políticas de proteção aos participantes de pesquisa. O caso de Tuskegee
continua a ser um dos mais importantes exemplos de violação ética na história da pesquisa médica.
A ética em investigação surgiu como uma resposta à necessidade de proteger os direitos, o bem -
estar e a dignidade dos participantes da pesquisa, bem como para garantir a integridade e
confiabilidade da pesquisa científica como um todo.
( pesquisa não esta no PowerPoint da professora)
Investigação:
• Os dados obtidos somente podem ser utilizados dentro do propósito do estudo, devendo evitar-se que
as informações colhidas sejam usadas com objetivos políticos, empresas ou seguros privados;
• Na publicação dos dados deve-se preservar a exatidão dos resultados do estudo
Todas as pessoas devem poder ser sujeitos de investigação e beneficiar dos seus resultados proveitosos, não
favorecendo apenas as classes sociais mais favorecidas.
3 técnicas
• Escuta Ativa( eu estou a ouvir e demonstro que estou a ouvir)
• Reformulação (ao ouvirmos o que dizemos obrigamos a mente a ver outras formas de ver o
problema
• Confrontação (confrontar o doente).
Existe dois tipos de relação de ajuda a Formal e Informal
Perguntas para frequência
O que é ser autónomo.
O que é autonomia reduzida.
Princípio da beneficência e o paternalismo quais as diferenças.
É constituído por 5 elementos distintos:
• Competência
• Comunicação
• Compreensão
• Voluntariedade
DIREITO E ÉTICA
Direito e ética são duas ordens normativas: traduzem-se em normas ou regras de conduta
“Mínimo Ético ”: defende que nem tudo o que a moral ordena é prescrito pelo direito, pois este
só recebe da moral o que se impõe com muito particular vigor.
O direito é um mínimo em relação à moral, mas um mínimo cuja observância se reclama com um
máximo de intensidade.– Esse mínimo reportar-se-ia àquelas regras morais sem as quais a ordem
social careceria de paz, liberdade e justiça.
Essa citação destaca a relação entre direito e moral, sugerindo que o direito representa um mínimo
em comparação com a moral, mas é um mínimo que deve ser observado com a máxima intensidade.
Isso significa que enquanto o direito pode estabelecer as regras básicas para a convivência em
sociedade, é a moral que muitas vezes fornece os fundamentos subjacentes a essas regras.
O "mínimo" ao qual se refere pode ser interpretado como as normas legais mínimas necessárias para
garantir a paz, a liberdade e a justiça na sociedade. Isso implica que algumas das regras morais
fundamentais são incorporadas ao direito para manter a ordem social.
Nem todas as normas estão impregnadas de moral, este principio alerta-nos para a necessidade de
algumas normas éticas darem corpo ao ordenamento jurídico
Heteronomia/Autonomia
Exterioridade/Interioridade
Contudo grande número de normas, nomeadamente no direito penal, fazem apelo aos aspetos
mais íntimos do comportamento humano, mais especificamente à personalidade do arguido.
Qualquer destas ordens normativas têm de ser orientadas por valores, que lhes deem coerência.
– Estes valores definem-se relacionalmente, ou seja, tendo em conta o homem relacionado e não
isolado.
Esta só tem efetividade quando respeita o Homem como Pessoa e não o sacrifica a certo “Bem
Comum” ou o dissolve nos interesses de uma “Sociedade”.
Por sua vez os direitos fundamentais sendo do âmbito jurídico constituem também normas morais
basilares, sem as quais a própria ética não passaria de um conjunto de “moralismos”.
As normas jurídicas têm assim um papel pedagógico, tendo em conta que exprimem valores
desejáveis para a sociedade, com benefício para o bem da pessoa e para o bem da própria
sociedade.
Estes valores conduzem à construção da democracia e do estado de direito (onde são respeitados os
direitos humanos).
Responsabilidade Disciplinar:
Esta subdivide-se em
À responsabilidade dos médicos pelos atos dos seus auxiliares, ou pela utilização dos
métodos ou instrumentos perigosos, etc.
Responsabilidade Criminal:
O código penal atualmente em vigor define o relevo penal das intervenções e tratamentos
médico-cirúrgicos com e sem consentimento do utente; do aborto; da inseminação artificial;
da violação do segredo profissional; dos atestados falsos; da alteração de análises e de
receituário; do dever do tratamento; etc.
Salientam-se os seguintes:
Requisitos do consentimento: são estabelecidos de modo rigoroso nos arts. 38.º e 159.
CÓDIGO DE NUREMBERGA
COMISSÕES DE ÉTICA
Competências – Gerais-
• Zelar, no âmbito do funcionamento da respetiva instituição, pela observância de
padrões de ética, salvaguardando o princípio da dignidade e integridade da pessoa
humana- emitir pareceres, relatórios, recomendações e outros documentos, por sua
iniciativa ou por solicitação, sobre questões éticas relacionadas com as atividades da
respetiva instituição.
DILEMAS ÉTICOS
Ética Assistencial Aborto Estado vegetativo persistente
Futilidade terapêutica Genética
PMA Eutanásia Objeção ao uso de sangue
Gestação de substituição DILEMAS ÉTICOS para fins terapêuticos por
VIH Clonagem motivos religiosos
Genética Sigilo
Colheita de órgãos Transplantes
Ética de Investigação
Avaliação ética de um protocolo de investigação
Pareceres – natureza
O senhor João, 24 anos, individuo do sexo masculino e estudante de medicina, foi conduzido ao hospital. Apresentava
dores e rigidez na zona occipital, respondia a estímulos e sentia-se sonolento.
Realizou alguns exames e um deles detetou uma leucocitose. Num raio x efetuado observou-se a presença de um filtrado
no lobo inferior direito.
Foi-lhe diagnosticado meningite, assim como uma pneumonia meningocócica. O doente recusou terapêutica através de
antibióticos e pouco tempo depois entrou em paragem cardíaca.
Devemos reanimar?
R: O doente apresenta autonomia reduzida devido à sua condição (dores e sonolência), e por isso, segundo o princípio da
beneficência, o profissional de saúde deve fazer o bem e fazer o que acha que o doente gostava que lhe fizessem. Visto que
o senhor João é estudante de medicina, deduz-se que saiba que sem antibiótico iria morrer, dai a reanimação e o
tratamento com antibióticos ter de ser efetuado.
CASO 2:
A Senhora Maria de 77 anos de idade foi levada ao serviço de urgência por um vizinho. Apresentava o pé esquerdo com
gangrena.
Vive sozinha há 12 anos e é conhecida pelos vizinhos e pelo seu médico como sempre inteligente e extremamente
independente, as suas capacidades mentais estão relativamente intactas mas às vezes está bastante esquecida e por vezes
confusa.
Nas 2 últimas visitas ao médico tratou-o sistematicamente pelo nome do médico anterior que já morreu há algum tempo.
O médico disse-lhe que a solução para o seu problema era a amputação e ela, conhecedora das consequências , disse ao
médico, de quem voltou a tratar pelo nome errado, que queria ser enterrada inteira.
O médico interrogou-se sobre se deveria procurar uma autoridade judicial para proceder ao tratamento
R: A Senhora Maria, apesar de ter 77 anos é independente, segundo a opinião dos seus vizinhos, vivendo sozinha há 12
anos.
Apesar de apresentar algum esquecimento e confusão, a senhora é autónoma. Neste caso, a única solução seria persuadi -la
e tentar convencê-la de que a amputação é a melhor solução, podendo apresentar-lhe pessoas que já estiveram naquelas
circunstâncias.
CASO 3:
Homem com 67 anos, metalúrgico e em atividade laboral, foi diagnosticado com cancro do pulmão já em estádio
avançado, sendo considerado um caso com mau prognóstico.
O médico não revela o diagnóstico ao doente apesar deste o ter questionado e 2 dias depois telefona e informa os
membros da família, porque considerava que as informações poderiam trazer danos psicológicos ao doente aumentando o
seu sofrimento.
Um Homem, solteiro, de 34 anos de idade chega ao serviço de urgência acompanhado da irmã com quadro típico de
enfarte. Os sintomas tinham começado há cerca de 3 horas.
Quando o médico da urgência o atendeu lembrou-se que estava a ser realizado um estudo.
O médico pediu à enfermeira que localizasse um grupo de investigadores para verificar se o doente era elegível para o
estudo. Verificaram-se todos os critérios de inclusão e este doente preenchia todos.
O médico informou o doente e convidou-o para participar no estudo, ao qual o doente referiu que não estava em condições
e para o médico ir procurar a sua irmã que responderia por ele. A irmã referiu que o seu irmão tinha de ser tratado, mas o
médico voltou a insistir. Passado várias tentativas, o senhor entrou em paragem cardiorrespiratória e faleceu.
R: Nesta situação temos a quebra do princípio da maleficência, pois o médico fez mal ao doente de forma negligente e
intencional, aproveitando-se da vulnerabilidade, opinião e vontade do doente.
CASO 1:
O senhor João, 24 anos, individuo do sexo masculino e estudante de medicina, foi conduzido ao hospital. Apresentava
dores e rigidez na zona occipital, respondia a estímulos e sentia-se sonolento.
Realizou alguns exames e um deles detetou uma leucocitose. Num raio x efetuado observou-se a presença de um filtrado
no lobo inferior direito.
Foi-lhe diagnosticado meningite, assim como uma pneumonia meningocócica. O doente recusou terapêutica através de
antibióticos e pouco tempo depois entrou em paragem cardíaca.
Devemos reanimar?
R: O doente apresenta autonomia reduzida devido à sua condição (dores e sonolência), e por isso, segundo o princípio da
beneficência, o profissional de saúde deve fazer o bem e fazer o que acha que o doente gostava que lhe fizessem. Visto que
o senhor João é estudante de medicina, deduz-se que saiba que sem antibiótico iria morrer, daí a reanimação e o
tratamento com antibióticos ter de ser efetuado.
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CASO 2:
A Senhora Maria de 77 anos de idade foi levada ao serviço de urgência por um vizinho. Apresentava o pé esquerdo com
gangrena.
Vive sozinha há 12 anos e é conhecida pelos vizinhos e pelo seu médico como sempre inteligente e extremamente
independente, as suas capacidades mentais estão relativamente intactas mas às vezes está bastante esquecida e por vezes
confusa.
Nas 2 últimas visitas ao médico tratou-o sistematicamente pelo nome do médico anterior que já morreu há algum tempo.
O médico disse-lhe que a solução para o seu problema era a amputação e ela, conhecedora das consequências , disse ao
médico, de quem voltou a tratar pelo nome errado, que queria ser enterrada inteira.
O médico interrogou-se sobre se deveria procurar uma autoridade judicial para proceder ao tratamento
R: A Senhora Maria, apesar de ter 77 anos é independente, segundo a opinião dos seus vizinhos, vivendo sozinha há 12
anos.
Apesar de apresentar algum esquecimento e confusão, a senhora é autónoma. Neste caso, a única solução seria persuadi -la
e tentar convencê-la de que a amputação é a melhor solução, podendo apresentar-lhe pessoas que já estiveram naquelas
circunstâncias.
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CASO 3:
Homem com 67 anos, metalúrgico e em atividade laboral, foi diagnosticado com cancro do pulmão já em estádio
avançado, sendo considerado um caso com mau prognóstico.
O médico não revela o diagnóstico ao doente apesar deste o ter questionado e 2 dias depois telefona e informa os
membros da família, porque considerava que as informações poderiam trazer danos psicológicos ao doente aumentando o
seu sofrimento.
Um Homem, solteiro, de 34 anos de idade chega ao serviço de urgência acompanhado da irmã com quadro típico de
enfarte. Os sintomas tinham começado há cerca de 3 horas.
Quando o médico da urgência o atendeu lembrou-se que estava a ser realizado um estudo.
O médico pediu à enfermeira que localizasse um grupo de investigadores para verificar se o doente era elegível para o
estudo. Verificaram-se todos os critérios de inclusão e este doente preenchia todos.
O médico informou o doente e convidou-o para participar no estudo, ao qual o doente referiu que não estava em condições
e para o médico ir procurar a sua irmã que responderia por ele. A irmã referiu que o seu irmão tinha de ser tratado, mas o
médico voltou a insistir. Passado várias tentativas, o senhor entrou em paragem cardiorrespiratória e faleceu.
R: Nesta situação temos a quebra do princípio da maleficência, pois o médico fez mal ao doente de forma negligente e
intencional, aproveitando-se da vulnerabilidade, opinião e vontade do doente.
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CASO 5:
Um escritor, com uma doença degenerativa grave cujo prognóstico de vida era se não receber tratamento adequado deve
permanecer vivo mais 2 ou 3 anos.
Seguindo orientação médica o escritor toma os medicamentos recomendados e inicia a escrita do seu livro que ele
considera que será a sua obra-prima.
Infelizmente o medicamento deixa o escritor sem capacidade de concentração e a sua criatividade literária decai
significativamente.
O escritor coloca-se perante um dilema: deve continuar a tomar os medicamentos e prolongar a sua vida ou deve para de
os tomar para poder escrever o seu livro?
R: O escritor apresenta autonomia, logo, nesta situação a persuasão seria a melhor forma de o tentar convencer a
continuar com a medicação.
Perguntas e respostas
1. A ética e a moral têm origens linguísticas diferentes, mas ambas se referem às regras de
conduta humana.
2. O princípio da beneficência implica que os profissionais de saúde devem agir visando apenas o
benefício do paciente, sem considerar sua autonomia.
Escolha Múltipla:
1. Qual dos seguintes princípios éticos se refere à obrigação de não causar dano ao paciente?
a) Autonomia
b) Beneficência
c) Não-maleficência
d) Justiça
1. Verdadeiro 1. c) Não-maleficência
2. Falso 2. b) Quando há suspeita de crime.
3. Falso 3. b) Confrontação
4. Verdadeiro
5. Verdadeiro
Escolha Múltipla:
1. A ética e a moral são conceitos que se sobrepõem e podem ser usados de forma intercambiável.
2. O princípio da autonomia pressupõe que a pessoa tenha a liberdade de tomar decisões sobre sua
própria vida.
3. O sigilo profissional é um conceito ético que não pode ser quebrado em nenhuma circunstância.
4. O consentimento informado é um processo que não requer a compreensão adequada por parte do
paciente.
5. O princípio da beneficência implica que o profissional de saúde deve evitar fazer o bem ao paciente.
Escolha Múltipla:
Escolha Múltipla:
Escolha Múltipla:
1. Qual das seguintes afirmações melhor descreve a diferença entre moral e ética?
a) Moral refere-se aos princípios individuais, enquanto ética refere-se aos padrões sociais.
b) Moral e ética são termos intercambiáveis e têm o mesmo significado.
c) Moral é relativa à conduta pessoal, enquanto ética é relativa aos comportamentos profissionais.
d) Moral e ética são termos filosóficos que não têm aplicação prática.
Verdadeiro ou Falso:
Escolha Múltipla:
1. Qual das seguintes afirmações melhor descreve a relação entre ética e lei? a) A ética sempre se
sobrepõe à lei. b) A lei sempre se sobrepõe à ética. c) A ética e a lei são completamente independentes.
d) A ética pode influenciar a lei e vice-versa.
2. O que significa o princípio da beneficência na área da saúde? a) Evitar causar danos ao paciente. b)
Promover o bem-estar do paciente. c) Respeitar a autonomia do paciente. d) Distribuir recursos de
forma justa.
Verdadeiro ou Falso:
3. A autonomia do paciente refere-se à capacidade do profissional de saúde tomar decisões em nome do
paciente. Verdadeiro / Falso
4. A ética deontológica concentra-se nas consequências das ações para determinar sua moralidade.
Verdadeiro / Falso
5. O sigilo profissional pode ser quebrado apenas com o consentimento do paciente. Verdadeiro / Falso
2. Caso Prático 2: Princípio da Autonomia Maria é uma enfermeira em um hospital. Ela está cuidando de
um paciente terminal que expressou claramente seu desejo de não ser ressuscitado caso seu coração
pare de bater. No entanto, a família do paciente insiste que tudo deve ser feito para prolongar a vida
dele, mesmo contra sua vontade. Como Maria deve lidar com essa situação, considerando o princípio da
autonomia?
3. Caso Prático 3: Sigilo Profissional Ana é uma psicóloga que está tratando uma adolescente com
depressão. Durante uma sessão, a adolescente revela que está sendo abusada por um membro da
família. Ana sabe que, por lei, ela deve denunciar casos de abuso, mas também prometeu sigilo à
adolescente. Como Ana deve proceder, considerando o sigilo profissional e a necessidade de proteger a
adolescente?
4. Caso Prático 4: Consentimento Informado Carlos é um cirurgião que precisa realizar uma cirurgia
arriscada em um paciente idoso. Ele forneceu todas as informações necessárias sobre os riscos e
benefícios da cirurgia ao paciente e obteve sua assinatura no formulário de consentimento. No entanto,
o paciente parece confuso e não totalmente ciente dos possíveis resultados. O consentimento dado pelo
paciente é considerado válido? Como Carlos deve proceder?
5. Caso Prático 5: Princípio da Beneficência Marta é uma médica que está tratando um paciente com
câncer em estágio avançado. O paciente expressou seu desejo de não receber mais tratamentos
agressivos e optar por cuidados paliativos para garantir uma qualidade de vida melhor em seus últimos
dias. No entanto, a família do paciente insiste que Marta deve continuar tentando todos os tratamentos
disponíveis, mesmo que isso cause mais sofrimento ao paciente. Como Marta deve agir, considerando o
princípio da beneficência?
6. Ética e Moral:
João é um médico que está tratando um paciente idoso, Sr. Silva, que tem uma condição médica grave. O
paciente deseja interromper o tratamento porque acredita que não há mais esperança de melhora. No
entanto, outro médico envolvido no caso acredita que ainda há opções de tratamento disponíveis. Como
João deve lidar com essa situação?
7. Princípio da Autonomia:
Maria é uma enfermeira que está cuidando de um paciente idoso em estado terminal. O paciente
expressou claramente seu desejo de não ser ressuscitado em caso de parada cardíaca. No entanto, a
família do paciente discorda dessa decisão e insiste que tudo deve ser feito para prolongar a vida do
paciente. Como Maria deve proceder?
8. Sigilo Profissional:
Ana é uma psicóloga que está tratando uma adolescente que revelou estar sofrendo abuso doméstico
por parte de um membro da família. A adolescente implora a Ana para não contar a ninguém sobre o
abuso, especialmente seus pais. O que Ana deve fazer
9. Consentimento Informado:
Carlos é um cirurgião que está prestes a realizar uma cirurgia em um paciente. Ele forneceu todas as
informações necessárias sobre os riscos e benefícios do procedimento ao paciente, que concordou em
prosseguir. No entanto, antes da cirurgia, o paciente parece confuso e incapaz de entender
completamente as informações fornecidas. O que Carlos deve fazer?
6. Ética e Moral: João deve respeitar a autonomia do paciente e discutir abertamente com Sr. Silva e sua família sobre as opções
de tratamento, os prognósticos e os desejos do paciente. Ele pode oferecer sua opinião profissional, mas a decisão final deve
ser tomada pelo paciente, desde que esteja capacitado para isso.
7. Princípio da Autonomia: Maria deve respeitar os desejos do paciente e garantir que sua vontade seja cumprida, desde que o
paciente esteja plenamente capacitado para tomar essa decisão. Ela pode tentar conversar com a família para explicar os
desejos do paciente e ajudá-los a entender a importância de respeitar sua autonomia.
8. Sigilo Profissional: Ana tem a obrigação ética de manter o sigilo profissional e respeitar a confidencialidade do paciente. N o
entanto, se houver suspeita de abuso infantil, Ana pode estar legalmente obrigada a relatar a situação às autoridades
competentes, mesmo sem o consentimento do paciente.
9. Consentimento Informado: Carlos deve interromper o processo de consentimento informado e garantir que o paciente
compreenda totalmente as informações fornecidas antes de prosseguir com a cirurgia. Se o paciente estiver confuso ou incapaz
de entender, Carlos deve adiar o procedimento e considerar a nomeação de um representante legal ou tomar outras medidas
apropriadas para garantir o consentimento informado adequado.
10. Princípio da Beneficência: Marta deve considerar o princípio da não-maleficência e o bem-estar geral do paciente ao decidir
sobre os tratamentos a serem realizados. Ela deve discutir abertamente com a família sobre os prognósticos realistas e os
benefícios e riscos dos tratamentos propostos, buscando encontrar um consenso que leve em consideração tanto os desejos do
paciente quanto seu bem-estar.
Ética e investigação
1. Qual é a importância da revisão por uma comissão ética de investigação antes de iniciar um projeto de pesquisa envolvendo
seres humanos?
2. Como os pesquisadores podem garantir o respeito à dignidade humana durante uma investigação?
3. Quais são os princípios éticos fundamentais que devem ser considerados ao obter o consentimento dos participantes de uma
pesquisa?
4. Como os pesquisadores podem equilibrar o princípio da beneficência com o da não maleficência ao conduzir uma investigação?
5. De que forma a inclusão de grupos vulneráveis, como crianças ou pessoas com autonomia reduzida, requer considerações éticas
especiais durante o planejamento e execução de uma pesquisa?
6. Como os pesquisadores podem garantir a privacidade e confidencialidade dos dados dos participantes durante e após o estudo?
8. Quais são os desafios éticos específicos enfrentados pelos pesquisadores ao lidar com informações sensíveis ou controversas?
9. Como os pesquisadores podem evitar conflitos de interesse ao conduzir uma investigação, especialmente em relação ao
financiamento ou colaborações com a indústria?
10. Como a pesquisa baseada em mentiras ou falsas premissas impacta a ética da investigação e a confiança na comunidade
científica?
11. Quais são as medidas que os pesquisadores podem adotar para garantir a imparcialidade e a objetividade em suas pesquisas?
13. que os interesses da ciência entram em conflito com os direitos e interesses dos participantes da pesquisa?
14. Quais são as implicações éticas da utilização de dados pessoais e informações genéticas em pesquisas científicas?
15. Como os pesquisadores podem garantir que as comunidades afetadas por sua pesquisa sejam consultadas e envolvidas de
forma ética durante todas as fases do estudo?
16. Quais são as responsabilidades éticas dos pesquisadores em relação à comunicação e disseminação de resultados de pesquisa
para o público em geral?
17. Quais são as considerações éticas ao conduzir pesquisas em países ou regiões com culturas, leis e normas diferentes das do
pesquisador?
18. Como os pesquisadores podem abordar questões de equidade e justiça na seleção de participantes para estudos de pesquisa?
19. Quais são os desafios éticos específicos associados à pesquisa em áreas sensíveis, como saúde mental, sexualidade ou vícios?
20. Quais são as implicações éticas da colaboração entre pesquisadores de diferentes disciplinas ou instituições em projetos de
pesquisa?
21. Como os pesquisadores podem garantir a integridade e a ética na coleta, análise e interpretação de dados de pesquisa?
Respostas
1. A revisão por uma comissão ética de investigação é fundamental para garantir que os projetos de
pesquisa atendam aos padrões éticos necessários para proteger os participantes humanos. Isso inclui
avaliar a relevância e utilidade social e científica da pesquisa, além de garantir que os participantes
sejam tratados com dignidade e respeito.
2. Os pesquisadores podem garantir o respeito à dignidade humana durante uma investigação através do
cuidadoso planeamento e execução do estudo, assegurando que os participantes sejam tratados como
seres autônomos e com direitos. Isso inclui obter o consentimento informado, proteger a privacidade
e confidencialidade dos participantes e minimizar qualquer risco ou desconforto desnecessário.
5. A inclusão de grupos vulneráveis requer considerações éticas especiais, incluindo garantir que os
participantes compreendam completamente os riscos e benefícios da pesquisa, respeitando sua
autonomia e tomando medidas adicionais para proteger sua segurança e bem-estar.
7. A transparência e honestidade na divulgação dos resultados de uma pesquisa são essenciais para
garantir a integridade e credibilidade da ciência. Os pesquisadores devem relatar seus resultados de
forma precisa e imparcial, incluindo todas as limitações e incertezas associadas aos achados.
8. Os desafios éticos específicos enfrentados pelos pesquisadores ao lidar com informações sensíveis ou
controversas incluem garantir a confidencialidade dos dados, minimizar qualquer dano potencial aos
participantes ou grupos envolvidos e garantir que a pesquisa seja conduzida de forma ética e
responsável.
10. A pesquisa baseada em mentiras ou falsas premissas compromete a ética da investigação e mina a
confiança na comunidade científica. Isso pode levar a danos significativos aos participantes, à
reputação dos pesquisadores e à credibilidade da ciência como um todo. É fundamental que os
pesquisadores sejam honestos e transparentes em todas as etapas da pesquisa, desde a conceção do
estudo até a divulgação dos resultados. Para garantir a imparcialidade e a objetividade em suas
pesquisas, os pesquisadores podem adotar medidas como utilizar métodos de pesquisa transparentes
e replicáveis, evitar viéses na seleção de participantes e na análise de dados, divulgar conflitos de
interesse e buscar revisão por pares independente.
11. Os pesquisadores podem lidar com conflitos entre os interesses da ciência e os direitos dos
participantes garantindo que a pesquisa seja conduzida de maneira ética e responsável, priorizando
sempre o bem-estar e os direitos dos participantes e buscando alternativas para minimizar ou mitigar
quaisquer impactos negativos.
12. A utilização de dados pessoais e informações genéticas em pesquisas científicas levanta questões
éticas relacionadas à privacidade, consentimento informado, proteção de dados e potencial
discriminação. Os pesquisadores devem garantir que o uso dessas informações seja feito de maneira
ética e responsável, com respeito aos direitos e interesses dos participantes.
13. Os pesquisadores podem garantir que as comunidades afetadas por sua pesquisa sejam consultadas e
envolvidas de forma ética através da realização de consultas públicas, estabelecendo parcerias com
representantes comunitários, respeitando as perspectivas culturais e valores locais, e compartilhando
os resultados da pesquisa de forma acessível e compreensível.
15. Ao conduzir pesquisas em países ou regiões com culturas, leis e normas diferentes, os pesquisadores
devem respeitar os princípios éticos universais, adaptando suas práticas de pesquisa às necessidades e
contextos locais, obtendo aprovação ética e consentimento informado de acordo com as normas
locais, e colaborando com parceiros locais.
16. Para abordar questões de equidade e justiça na seleção de participantes para estudos de pesquisa, os
pesquisadores podem adotar critérios de inclusão e exclusão claros e transparentes, garantir que a
seleção de participantes seja baseada em critérios relevantes para os objetivos da pesquisa, e buscar
representatividade da população-alvo.
17. Os desafios éticos associados à pesquisa em áreas sensíveis, como saúde mental, sexualidade ou
vícios, incluem garantir o consentimento informado e a proteção dos participantes vulneráveis,
minimizar qualquer estigma ou discriminação associada aos temas de pesquisa e garantir o acesso a
serviços de apoio e acompanhamento para os participantes, quando necessário.
19. Para garantir a integridade e a ética na coleta, análise e interpretação de dados de pesquisa, os
pesquisadores devem seguir rigorosos padrões metodológicos e éticos, manter registos precisos e
completos de todas as etapas do processo de pesquisa, e estar abertos à revisão e escrutínio por pares
para garantir a validade e confiabilidade dos resultados.
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