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Direitos e Deveres

Técnico Auxiliar de Saúde

Trabalho realizado por: Vítor Queirós, Fernanda Nunes e Bárbara Silva


UFCD 6558
Temas abordar:

O papel do TAS perante os direitos e deveres da


pessoa que recorre aos serviços de saúde;
O dever de respeitar e promover a liberdade e
privacidade do utente, criança, adolescente e
jovem;
Os deveres para com a familia do utente.
O papel do TAS perante os direitos e deveres da
pessoa que recorre aos serviços de saúde
O papel do TAS perante os
direitos e deveres da
pessoa que recorre aos
serviços de saúde

Definição de técnico Auxiliar de


Saúde
O TAS é o profissional que, sob a
orientação de profissionais de
saúde com formação superior,
auxilia na prestação de cuidados de
saúde aos utentes.
O papel do TAS perante os direitos e deveres
da pessoa que recorre aos serviços de saúde

Ética Deontologia

Ética é o conjunto de padrões e valores Deontologia é um conjunto de princípios e


morais de um grupo ou individuo que regras de conduta ou deveres. A
permitem distinguir o bem e o mal. deontologia serve como guia para cada
profissão. Deontologia é conhecida pela
Teoria do Dever e da obrigação.

Ética e deontologia contribuem assim para a qualificação da prática profissional


Cumprir os deveres éticos e princípios
deontológicos pelo respetivo título profissional;
O papel do TAS Exercer a sua profissão com autonomia técnica e
perante os direitos científica;
Respeitar o direito á proteção de saúde do utente
e deveres da e da comunidade;
pessoa que recorre Cumprir o sigilo profissional;
aos serviços de Contribuir para a defesa dos interesses do utente
no âmbito da organização das unidades e serviços,
saúde bem como a necessária atuação interdisciplinar;
Garantir a continuidade e qualidade da prestação
de cuidados;
O profissional de saúde tem
o dever de: De esclarecer devidamente o utente sobre os
cuidados a prestar e a serem prestados, sobre a
medida das suas competências e assegurar a
efetividade do consentimento informado.
O papel do TAS
perante os Obter do utente todas as informações necessárias, para
assim haver um diagnostico correto e tratamento
direitos e deveres adequado;
da pessoa que O utente deve colaborar, respeitar e aceitar as indicações
recorre aos que lhe são fornecidas pelo profissional de saúde;
O utente deve respeitar as funções do profissional de
serviços de saúde saúde e a capacidade de zelo pelas normas e
funcionamento dos serviços.
O profissional de saúde
tem o direito de:
Direito ao respeito pelas suas convicções culturais,
O papel do TAS filosóficas e religiosas;
Direito a receber os cuidados apropriados ao seu
perante os direitos estado de saúde, no âmbito dos cuidados preventivos,
curativos, de reabilitação e terminais Atividade
e deveres da profissional do/a técnico/a auxiliar de saúde;
pessoa que recorre Direito à prestação de cuidados continuados;
Direito a ser informado acerca dos serviços de saúde
aos serviços de existentes, suas competências e níveis de cuidados;
saúde Direito a ser informado sobre a sua situação de saúde;
Direito de obter uma segunda opinião sobre a sua
Com estes direitos e deveres situação de saúde;
acima mencionados, os Direito a dar ou recusar o seu consentimento, antes
mesmo devem contribuir de qualquer ato médico ou participação em
investigação ou ensino clínico;
para promover também os
O direito a ser tratado no respeito pela dignidade
direitos do utente: humana;
Direito à privacidade na prestação de todo e qualquer
ato médico;
O papel do TAS perante os direitos e deveres da pessoa que
recorre aos serviços de saúde
Com estes direitos e deveres acima mencionados, os mesmo devem contribuir para
promover também os direitos do utente:
Direito, por si ou por quem o represente, a apresentar sugestões e reclamações;
Direito a dar ou recusar o seu consentimento, antes de qualquer ato médico ou
participação em investigação ou ensino clínico;
O direito a ser informado sobre a identidade e a profissão de todos os profissionais que
participem no seu tratamento; (O TAS deve andar sempre identificado. Sempre que entra
em contato com o utente deve-se apresentar dizendo o seu nome para privilegiar a
relação TAS e o utente de forma a criar segurança e confiança)
Direito à confidencialidade de toda a informação clínica e elementos identificativos que
lhe respeitam; (O TAS não pode facultar ao utente nem família do mesmo diagnósticos
ou resultados de exames)
Direito de acesso aos dados registados no seu processo clínico; importante. (O TAS tem o
direito e acesso aos registos clínicos do utente esse é um direito privilegiado do TAS)
1.2.2.
O dever de respeitar e promover a liberdade e
privacidade do utente: criança, adolescente,
jovem, idoso, marginal ou carenciado
Para um Técnico Auxiliar de
Saúde é essencial o respeito
pelas pessoas e a sua própria
dignidade.
O utente entrega-se aos
cuidados de um técnico de
saúde que é responsável pela
satisfação das suas
necessidades e cuidados à
sua sobrevivência
O TAS deve ter uma presença capaz de transmitir segurança ao utente
mesmo em situações de doença dolorosas.
Deve também demonstrar respeito pelos princípios de vida e os seus valores,
a sua cultura, convicções religiosas, ideológicas e políticas.
É importante procurar o
bem-estar do outro como
finalidade.

Para isso por vezes pode ser


necessário encaminhar para
outro profissional que esteja
em melhores condições.
O respeito pelo outro implica que:
- a pessoa se encontre em condições
adequadas de consciência
- seja apto e tenha autonomia
- tenha capacidade de decidir sobre a
sua vida
As decisões do técnico são
de grande importância caso
haja alterações da
consciência, não haja
vontade atual ou não seja
possível conhecer a vontade
do utente anteriormente
manifestada.
Por vezes é necessário
recolher esta informação
junto dos familiares e
perceber em que sentido a
vida desta pessoa se dirigia.
Por isso, há o recurso a familiares para perceber a vontade do doente.
O respeito pela sua vontade determina a decisão ética do técnico de saúde,
independentemente da idade ou limitações da mesma, não sendo este
respeito absoluto mas sendo importante nas decisões.
No caso das crianças, existe já um princípio que
permite a um menor participar nas decisões da sua
saúde, na medida da sua capacidade.
Os deveres para com
a família do utente
Os deveres para com a família do utente

• A prestação de cuidados de saúde efetua-se no respeito rigoroso do direito do


doente à privacidade, o que significa que qualquer ato de diagnóstico ou terapia
só pode ser efetuado na presença dos profissionais indispensáveis à sua
execução, salvo se o doente consentir ou pedir a presença de outros elementos

• A família não pode ser esquecida, não só porque é quem normalmente apoia a
pessoa doente, mas porque também ela deve ser tida em conta no planeamento
dos cuidados, não é só a pessoa o alvo dos cuidados de enfermagem.
O papel dos profissionais de saúde é determinante no envolvimento da família, já
que, esta, deve fazer parte integrante do processo de cuidados durante o período
de internamento a que o seu familiar foi sujeito.
• As famílias são muito afetadas e as que mais se
envolvem na doença ou hospitalização do seu
familiar. As suas vidas alteram-se por completo, nas
atividades do dia-a-dia, nas relações com os outros,
a vida passa a ter outro significado e têm de
aprender a lidar com a doença e tudo o que a
envolve.
Acompanhamento e
apoio à família • As preocupações e os receios surgem com as
alterações e agravamento da saúde física do doente,
as dúvidas dos cuidados a ter, que tipo de serviços
devem prestar e o melhor local para serem
prestados, ou até aprender a lidar com o luto
antecipado (dependendo da gravidade da questão).
Algumas medidas são importantes para garantir as
necessidades psicossociais da família cuidadora:
É muito importante estarem na presença do doente.
• Terem oportunidade de ajudar enquanto a doença evolui e
Acompanhamento no fim da mesma.

e apoio à família • Terem reuniões familiares e com profissionais de saúde para


compartilharem sentimentos, tirarem duvidas e abordarem a
necessidade de aprenderem a lidar com o processo da morte.
• Serem apoiados e reconfortados quando contribuem para o
bem-estar e conforto do doente.
• Procurarem grupos de apoio e suporte de modo a promover
a partilha de experiências. (se necessário)
• Serem incentivados a procurar fontes de lazer, momentos de
relaxamento, como forma a reduzir o stress e obter satisfação.
Acompanhamento e
apoio à familia

A integração dos familiares, não se torna


uma tarefa fácil, já que, exige, dos
profissionais de saúde, disponibilidade e
sensibilidade para esta situação, devendo
encarar todo este processo como um
esforço compensatório no que respeita a
uma maior humanização e melhoria dos
cuidados.
A comunicação é então um
elemento-chave na relação entre
os profissionais de saúde, os
doentes e suas famílias.

Muitas das vezes, a gravidade e


complexidade inerentes à
prestação de cuidados de saúde
tornam a comunicação difícil, não
só pelos temas que são tratados,
mas também pela situação de
vulnerabilidade do doente.
Assim a verdade assume um papel
importante na discussão com os
doentes, nomeadamente, na
comunicação de más notícias ou
prognósticos terminais.
A importância da verdade

É dever do clínico informar, mas nem sempre é desejo do doente ser informado. Assim, não deve
ser negado ao doente, informação e conhecimento necessários para que este faça escolhas
críticas. Porém, uma vez que esta partilha pode incluir uma verdade dolorosa, requer grande
sensibilidade e bom senso para julgar como, quando e onde é apropriado partilhá-la.
Ainda que a verdade seja importante, várias questões devem ser levantadas:

• Quanta informação verdadeira devem os doentes saber?


• Como deve ser contada?
• Deve estar o doente em controlo do fluxo de informação?
• Deve o doente conhecer o diagnóstico terminal, ainda que esta informação seja indesejada?
A melhor forma de comunicar notícias caracteriza-se por
uma abordagem centrada no doente, em que a
informação é dada de forma gradual e progressiva, de
acordo com as necessidades do doente, encorajando-os,
simultaneamente, a falarem dos seus sentimentos e
preocupações.
A família com laços afetivos tem necessidade de
informação, sendo que a delicadeza por parte dos
Comunicação à família enfermeiros/TAS ajuda a preparar para enfrentar uma má
notícia ou adaptação ao problema de saúde do seu
membro de família. Adianta ainda que o suporte
psicológico ajuda a diminuir a ansiedade, o stress e o
medo. Os enfermeiros devem convidar os familiares a
participar nos cuidados ao doente ao mesmo tempo que
são esclarecidos sobre a situação clínica, sobre as
responsabilidades da família e a melhor maneira de
manifestar e assumir o sofrimento, a inquietude e a
frustração de forma a reduzir sentimentos de
culpabilidade e conflitos internos.
confiança É importante que a família tenha
confiança nos profissionais e que tenha
consciência que tanto ela como o seu
ente querido podem beneficiar da
exteriorização desses dados, na medida
em que é através deles que nos é
possível estabelecer um diagnóstico e
fazer um plano de cuidados sempre com
o objetivo de melhor cuidar o utente e
não o privar da aproximação com a
família.
A família é, assim, o elemento fulcral para a continuidade dos cuidados, pelo que a sua participação na
prestação de cuidados é fundamental, havendo da parte do profissional de saúde a preocupação de
estabelecer uma relação cada vez mais próxima com o elemento cuidador, para garantir a qualidade
destes cuidados após a alta hospitalar

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