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Gonçalo Neves
7 –elaboração de documentos e registos adequados
à natureza e dimensão da empresa, a fim de
O QUE SIGNIFICA HACCP? demonstrar a aplicação eficaz das medidas referidas
nos princípios anteriores.
HACCP – “Hazard Analysis Critical Control Points” mais
não significa, em Português, do que Análise de Perigos
HACCP – BREVE EXPLICAÇÃO
e Controlo de Pontos Críticos.
TEÓRICO / PRÁTICA
O HACCP consiste num sistema baseado na identifica-
ção e avaliação de perigos específicos e na implementa-
O responsável de um estabelecimento
ção de medidas para o seu controlo, focadas na preven-
deverá analisar todas as operações que
ção e não na análise do produto final, de forma a
compõem o processo produtivo, desde a
garantir a segurança dos alimentos.
recepção da ma- téria-prima até ao serviço
PRINCÍPIOS DE HACCP das refeições aos seus clientes. Deve
identificar as etapas de transformação dos
A legislação refere-se aos sete princípios do método de alimentos potencialmente perigosas e
HACCP, que são os seguintes: inseguras para a saúde, de forma a poder
1 – identificação de quaisquer perigos que devam ser evi- estabelecer controlos suficientes para
tados, eliminados ou reduzidos para níveis aceitáveis; minimizar os riscos de toxinfecções ali-
2 – identificação dos pontos críticos de controlo na fase mentares.
ou nas fases em que o controlo é essencial para evitar A aplicação da metodologia HACCP obriga
ou eliminar um perigo ou para o reduzir para níveis a um conhecimento profundo do produto,
aceitá- veis; do seu processo de fabrico e da sua
3 – estabelecimento de limites críticos em pontos de posterior utilização.
controlo, que separem a aceitabilidade da não
aceitabili- dade, com vista à prevenção, eliminação ou O QUE É NECESSÁRIO FAZER?
redução dos perigos identificados;
4 – estabelecimento e aplicação de processos eficazes de - Identificar possíveis perigos, aquilo que pode ser
vigilância em pontos críticos de controlo; noci- vo (1º Princípio do HACCP):
5 – estabelecimento de medidas correctivas quando . avaliar os perigos alimentares que podem existir no
a vigilância indicar que um ponto crítico não se estabelecimento;
encontra sob controlo; . identificar as áreas/etapas em que os mesmos podem
ocorrer.
6 – estabelecimento de processos a efectuar regular-
mente, para verificar se as medidas referidas nos - Identificar aqueles pontos que são críticos para assegu-
princí- pios 1 a 5 funcionam eficazmente; rar a segurança alimentar, isto é, em que podem ocorrer
os perigos alimentares (2º Princípio do HACCP).
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POR ONDE COMEÇAR? QUE TIPO DE PERIGOS EXISTEM? COMO IDENTIFICAR
OS PERIGOS E AS ETAPAS EM QUE OCORREM?
O primeiro passo consiste em formar uma equipa de trabalho que, em conjunto, identificará os potenciais perigos
alimentares que podem ocorrer no estabelecimento. Esta equipa poderá necessitar do apoio de técnicos com
conhecimentos específicos em Higiene e Segurança Alimentar e do suporte de alguns manuais, devendo ter o
conhecimento da legislação existente.
Esta equipa deverá analisar:
- os aspectos operacionais da empresa;
- as condições e os procedimentos de trabalho actualmente existentes;
- o nível de conhecimentos em Higiene e Segurança Ali- mentar dos colaboradores
- os potenciais perigos.
Essencialmente existem três categorias de perigos ali- mentares: Físicos, Químicos, Biológicos/Microbiológicos.
FÍSICOS
Os alimentos podem ser contaminados com algum elemento estranho à sua composição, como por exemplo um
fragmento de vidro.
QUÍMICOS
Contaminação dos alimentos com produtos químicos, como produtos de limpeza, insecticidas ou lubrificantes de
máquinas.
BIOLÓGICOS/MICROBIOLÓGICOS
Contaminação dos alimentos devido à presença de pragas ou de microrganismos patogénicos, como por exemplo
salmonelas.
Para facilitar a identificação dos potenciais perigos, conhecer as etapas em que os mesmos poderão ocorrer, bem
como decidir o tipo de controlo possível, poderá ser útil desenhar um fluxograma (ou um percurso genérico dos
alimentos) que inclua as etapas do processamento de alimentos, desde a recepção das matérias-primas até ao
serviço ao cliente, e também traçar um plano de HACCP.
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HIGIENE ALIMENTAR E rencia de intoxicações alimentares, e definindo-se
APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DE me- todologias de controlo para as diferentes etapas do
HACCP pro- cesso produtivo, independentemente dos pratos
especí- ficos a confeccionar. A proposta consiste em
estabelecer pontos de controlo críticos para as
INTRODUÇÃO
matérias-primas, para os procedimentos culinários
comuns a vários pra- tos, para o comportamento
Um estabelecimento de Restauração e de Bebidas, individual dos funcionários, para as condições
tal como um estabelecimento de Hotelaria, com serviço estruturais dos locais onde se efectu- am as operações
de alimentação e de bebidas, é também considerado culinárias, etc.
uma empresa alimentar. No entanto, é para todos
evidente que, dentro do sector alimentar, estes PERCURSOS GENÉRICOS DOS
estabelecimentos apresentam características ALIMENTOS / FLUXOGRAMAS
específicas que os distin- guem das outras empresas
alimentares, nomeadamen- te: Como já referimos, os restaurantes (bem como os esta-
- confeccionam uma grande variedade de pratos, geral- belecimentos de hotelaria, enquanto prestadores de ser-
mente num curto espaço de tempo e em simultâneo, viços de alimentação e bebidas), apesar de serem
e maioritariamente para consumo imediato; empre- sas alimentares, apresentam uma
- usam uma multiplicidade de matérias-primas; particularidade que os distingue das restantes
- sujeitam os alimentos a uma elevada manipulação du- empresas: confeccionam uma grande variedade de
rante a sua confecção. pratos e produtos, geralmente em simultâneo e num
Por todos estes motivos, e apoiados no Regulamento curto espaço de tempo, para consumo imediato. Estes
nº 852/2004, concretamente na flexibilização da apli- factores dificultam a implementação de um sistema
cação dos princípios HACCP, entendemos que a HACCP clássico, razão pela qual sugerimos a
implementação de um sistema de segurança alimentar implementação do sistema HACCP segundo o modelo
baseado nos princípios de HACCP deve ser cujo percurso vai ser detalhado através do Fluxograma
alicerçada em blocos, etapas ou processos e não em desenhado.
pratos confec- cionados. Por outras palavras, a Esta abordagem dos princípios do HACCP, tal como já
abordagem incide nas etapas do processo – Recepção a apresentámos anteriormente, desenvolve-se por
das matérias-primas, Armazenagem, Preparação de blocos ou etapas, permitindo identificar em cada uma
alimentos, Confecção e Serviço –, identificando-se os pon- tos que têm de ser controlados para prevenir a
em cada uma os potenciais perigos, os pontos a ocorrên- cia de toxinfecções alimentares.
controlar para prevenir a ocor-
Habitualmente, num estabelecimento, podemos dividir
em três grandes grupos o fluxo dos alimentos:
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1.RECEPÇÃO - ARMAZENAGEM -
PRE- PARAÇÃO - SERVIÇO Estamos perante um conjunto de procedimentos mais
3. RECEPÇÃO - ARMAZENAGEM -
PRE- PARAÇÃO -
ACONDICIONAMENTO
CONFECÇÃO - ARREFECIMENTO -
CONSERVAÇÃO - REAQUECIMENTO -
SERVIÇO
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complexos.
Neste grupo, encontramos preparações dissociadas de
alimentos ou a preparação de alimentos de véspera
e com muita antecedência, e que, por isso, podem
passar mais de uma vez pela “zona de perigo” de
desenvolvi- mento dos microrganismos (50C a 650C).
Nestes casos, há inclusivamente a hipótese de os
mesmos poderem vir a ser recontaminados após a
sua confecção.
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RECEPÇÃO DE MATÉRIAS-
- uma carne que, após ser preparada, é imediatamente
PRIMAS
cozinhada ou que é armazenada no frio e mais tarde
co- zinhada;
Uma das etapas de grande importância no desenvolvi-
- um prato cozinhado servido quente ou arrefecido, mento de todo o processo produtivo de um
con- servado no frigorífico e mais tarde servido frio ao estabeleci- mento é a recepção das matérias-primas.
clien- te, ou que é reaquecido e servido quente. É preciso ter sempre muito presente que alimentos
que não se en- contrem em boas condições antes de
Nos capítulos seguintes deste código, vamos tentar cozinhados não se transformam em alimentos
alertar para os perigos associados a estas diferentes eta- seguros e inócuos para os clientes depois de
pas, para algumas medidas de prevenção, para cozinhados. Por este motivo, apre- sentam-se de
algumas observações visuais que se podem e devem seguida alguns cuidados a ter em atenção durante a
fazer para controlar as operações culinárias e, ainda, recepção de matérias-primas no estabeleci- mento.
para algumas medidas correctivas.
Todos os produtos à chegada ao estabelecimento
FLUXOGRAMA devem ser examinados.
PERCURSO GENÉRICO
No acto da recepção é necessário verificar:
- as condições de higiene do transporte das
mercado- rias;
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Todas as observações feitas no acto da recepção das directamen- te no fornecedor, o transporte só poderá ser
mercadorias devem ser registadas. Normalmente assegurado
são usadas fichas de registo das matérias-primas.
As facturas ou guias de transporte podem substituir as
fichas de registo desde que se acrescentem os
elemen- tos em falta.
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pelo restaurante se este possuir equipamento com
as condições de transporte/armazenagem que
assegurem a manutenção de todas as características
dos produtos transportados, nomeadamente carros
isotérmicos, sacos
/ caixas isotérmicas, caixas de esferovite, etc.
Esta realidade será traduzida através do fluxograma
se- guinte:
AQUISIÇÃO
TRANSPORTE
RECEPÇÃO
ARMAZENAGEM
PREPARAÇÃO
ACONDICIONAMENTO
CONFECÇÃO
CONSERVAÇÃO
SERVIÇO
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CARACTERÍSTICAS QUE OS PRODUTOS - pescado:
. cefalópodes frescos flácidos e com cheiro
NÃO DEVEM APRESENTAR
desagradável, não característico;
. peixe fresco sem brilho, olhos afundados, escamas
- produtos embalados em vácuo com ar no seu interior
pouco aderentes, boca e guelras escurecidas,
ou com a embalagem descolada do produto;
consistência mole, ventre flácido, untuoso ao tacto e de
- produtos congelados em fase de descongelação; cheiro desagradável, não característico;
- produtos com alteração das suas características - bivalves com conchas leves, ocas e com cheiro
organolépticas próprias (cor, cheiro, sabor, textura, desagradável, não característico.
brilho...); Os moluscos bivalves vivos devem ser provenientes de
- produtos que apresentem sinais de parasitas, como um centro de depuração. As embalagens devem
por exemplo larvas, gorgulho, moscas, baratas, manter- se fechadas e não podem ser reimergidas em
lesmas: água. O documento de registo que acompanha o
- frutas contaminadas com bolores e/ou larvas produto deve conter:
(quando se recebem frutas em estado de maturação .marca de identificação;
avançada, tem de ser ter atenção ao fim a que se .nome comum e cientifico da espécie;
destinam); .data da embalagem (dia/mês).
- produtos hortícolas com folhas velhas, raízes podres,
excesso de terra ou molhados;
ARMAZENAGEM
- ovos partidos ou sujos;
- produtos congelados com manchas escuras ou
As condições de armazenagem dos produtos dependem
com queimaduras provocadas pelo frio, bem como
do tipo de produto, bem como das suas características.
com mui- ta geada;
Há produtos que podem ser armazenados à temperatura
- bacalhau seco salgado mole, com excesso de
ambiente, outros que têm de ser armazenados em am-
humidade, apresentando manchas cinzentas ou
bientes refrigerados, ou mesmo congelados. De uma for-
vermelhas;
ma geral, devem ser mantidas as condições de limpeza e
- produtos de charcutaria:
ventilação, bem como de controlo de temperatura para
enchidos com
assegurar as boas condições de higiene do local.
bolores;
fiambre descolorado, com manchas
acastanhadas/esverdeadas; Todos os estabelecimentos devem dispor de um espaço
destinado à armazenagem de produtos alimentares. É
- queijo com bolores não característicos do tipo de
evidente que o espaço necessário depende do volume
queijo;
de alimentos armazenados. Os locais de armazenagem
- carne:
devem apresentar-se sempre em perfeito estado de lim-
. carne com consistência mole, viscosa, de cor
peza e arrumação.
escurecida ou alterada e cheiro desagradável, não
característico;
O armazém deve ser organizado por grupos de produ-
. aves com muitas penas, mal preparadas, com
tos, devendo os alimentares estar separados dos não
manchas, com alterações de cor, com odor
alimentares. Todos os produtos devem estar ordenados
desagradável, não característico;
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e arrumados. Cada local deverá estar devidamente de protecção contra insectos e roedores, como por
iden- tificado. exem- plo um electrocutor de insectos junto das
entradas, re- des mosquiteiras nas janelas (se
Não se devem colocar produtos e/ou embalagens existirem), etc. Todas as portas dos armazéns devem
direc- tamente no chão, mas sim em estrados, que estar sempre fechadas (excepto quando se está a
devem ser de material não absorvente e retirar ou a repor produtos e durante a limpeza),
imputrescível. Deverão existir estantes ou armários evitando-se desta forma a entrada de animais
para facilitar a correcta ar- rumação dos produtos. (insectos e roedores, entre outros), a acumu- lação de
poeiras e sujidade e a circulação de pessoas es- tranhas
Já foi referido, mas é importante reforçar, que a ao serviço.
armaze- nagem do material de limpeza e dos produtos
químicos deve ser feita num local separado dos CÂMARAS DE REFRIGERAÇÃO
produtos alimen- tares, ou num armário próprio
devidamente fechado e identificado. Todos os alimentos perecíveis, ou seja os que se alteram
Nunca se devem guardar produtos alimentares dentro com facilidade, devem ser armazenados e mantidos em
de embalagens de produtos não alimentares e vice-ver- ambiente refrigerado a cerca de 4 a 50C.
sa.
A temperatura é um dos factores mais importantes para
Caso se utilize uma embalagem vazia de um a conservação dos alimentos (é importante relembrar que
produto alimentar para colocar outro que seja os microrganismos só se desenvolvem a determinadas
compatível, deve retirar-se o rótulo do primitivo e temperaturas). Deve existir um termómetro na câmara
colocar um novo rótulo com a indicação do que frigorífica, que permita verificar a temperatura da mesma
contém. e assegurar o seu bom funcionamento.
Alguns dos alimentos refrigerados têm um prazo de va-
Os produtos que não estejam em condições de ser lidade que deve ser respeitado e verificado.
utilizados devem ser destruídos. No caso de irem
ser devolvidos ao fornecedor, devem ser colocados De preferência, devem existir câmaras diferentes para os
num local devidamente assinalado e com uma
diferentes tipos de produtos.
etiqueta ”Produtos a devolver / destruir”.
O peixe e a carne crua devem ser armazenados numa
câmara frigorífica diferente daquela onde se colocam os
Um ponto importante na gestão e controlo de produtos já cozinhados ou semi-preparados.
produtos armazenados consiste na rotação de stocks. Quando existir um só frigorífico, para prevenir a conta-
Os primeiros produtos a serem armazenados deverão minação cruzada é preciso colocar os alimentos da se-
ser os primeiros a serem consumidos (primeiro a guinte forma:
entrar - primeiro a sair (PEPS), respeitando sempre a - os alimentos cozinhados devem ser armazenados na
data de durabilidade mínima indicada no rótulo. Este parte superior;
é um princípio a utilizar em todos os produtos - as carnes, os peixes e os legumes crus na parte infe-
armazenados, independentemente do local onde são rior.
guardados. Desta forma, evita-se que o sangue e os líquidos de des-
congelação, bem como partículas de terra caiam sobre
Nas zonas de armazém devem existir meios eficazes os alimentos prontos a ser servidos, evitando-se assim
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também as consequências que daí podem surgir. Relembre-se que:
VERIFICAÇÃO DO EQUIPAMENTO
DE FRIO
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RESUMINDO: ACÇÕES CORRECTIVAS:
FICHAS DE REGISTO
PONTOS DE CONTROLO:
Temperatura do equipamento de frio (exemplos R3 ou
. Datas de validade R4).
. Características de frescura dos alimentos
. Temperaturas de armazenagem dos produtos perecí-
veis
. Pragas
LIMITES CRÍTICOS:
CONTROLO:
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PREPARAÇÃO DOS ALIMENTOS E tos cozinhados e pré – cozinhados, quer por contacto
INGREDIENTES
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RESUMINDO: . Executar correctamente as medidas preventivas
. Eliminar os produtos que não sejam
POTENCIAIS PERIGOS: confeccionados nas 24 horas após a descongelação
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dade do processo de arrefecimento dos alimentos. Os
biente refrigerado, é necessário reaquecê-los a uma
re- cipientes rasos (por exemplo, tabuleiros, tachos)
tem- peratura superior a 65ºC antes de os servir. Esta
permi- tem que o calor do alimento se disperse com
opera- ção é muito importante.
uma maior rapidez do que um recipiente fundo como
(Por exemplo, se temos de reaquecer um estufado ou
as panelas.
uma jardineira ou caldeirada, sabemos que este
prato está a uma temperatura superior a 65C se o
- Utilizar banho de água gelada
mesmo se encontra a borbulhar.)
Se colocarmos os recipientes que contêm alimentos
quentes num banho com água gelada, aceleramos a
Os alimentos só devem ser reaquecidos uma vez
transferência de calor entre ambos, o que permite dimi-
depois de cozinhados.
nuir rapidamente a temperatura do alimento.
(Antes de servidos, os pratos preparados com
antece- dência devem ser reaquecidos a pelo menos
- Colocar os alimentos num abatedor de temperatura
75ºC para garantir a destruição de formas
Existem no mercado aparelhos que provocam a dimi-
vegetativas eventual- mente presentes de Clostridium
nuição rápida da temperatura dos alimentos em apenas
perfingens.)
alguns minutos e que se costumam designar por abate-
dores de temperatura.
TRATAMENTO DE SOBRAS DE
CONFECÇÃO DE VÉSPERA ALIMENTOS
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As sobras não devem ser reaproveitadas em conjunto persistente.
com novos produtos.
Quando se guardam sobras, deve-se colocar um letreiro 2. Testes rápidos colorimétricos
a indicar o que contém e a data de produção. O óleo não pode ser aquecido a uma temperatura
superior a 180ºC, pelo que a fritadeira deverá ter
Todas as sobras que já tenham sido conservadas e incorporado um termóstato que controle a
tenham estado à temperatura ambiente, se não foram temperatura do óleo.
utilizadas terão de ser rejeitadas. O óleo de fritura deverá ser renovado regularmente.
É aconselhável filtrá-lo diariamente, de forma a retirar
Os alimentos de alto risco, como produtos com ovo cru todas as partículas sólidas.
e/ou com picados, pelas suas características, Por motivos de segurança, primeiro deve-se deixá-lo
encontram- se por vezes na origem de toxinfeções arrefecer.
alimentares, pelo que não deverão ser conservados Recomenda-se a recolha dos óleos saturados em
para posteriores utilizações. recipientes apropriados para reciclagem, evitando-se,
deste modo, o seu escoamento para a rede de esgoto.
ÓLEOS DE FRITURA
1.Características de alteração da
gordura
Odor – queimado, irritante e penetrante
Cor – escura e turva
Forte formação de fumos a 170ºC
Formação de espuma em grande quantidade e
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. Temperatura de banhos-maria e estufas
seja na residência seja no local de trabalho.
. Higiene das mãos
O tempo intermédio entre a confecção e o serviço ao
Higiene de superfícies e utensílios
cliente deve ser o menor possível.
A cadeia de frio ou de calor, no serviço de pratos frios ou
LIMITES CRÍTICOS: quentes, respectivamente, não deve ser interrompida.
No “serviço” tradicional, quer na mesa, quer no quarto,
. Presença, em produtos considerados cozinhados, de este tipo de perigo raramente se verifica, pois os
sangue e sucos que denotam que o produto está cru alimen- tos são confeccionados e servidos no
. Utilização simultânea da mesma superfície e dos mes- momento.
mos utensílios para produtos cozinhados e crus (em di- No entanto, cada vez se diversifica mais o tipo e a orga-
ferente estado de preparação) nização do serviço ao cliente, pelo que é necessária
. Ausência de sinais de aquecimento correcto uma grande atenção a esta matéria, em que o grande
(líquido sem estar a borbulhar) perigo é constituído pelas contaminações dos pratos
preparados; estas podem resultar de um processo de
CONTROLO: contaminação cruzada, ser provocadas pelos
empregados ou mesmo pelos clientes.
. Observação visual do estado de cozedura dos alimen- Esta situação é mais frequente nos serviços de self-
tos ser- vice, buffets e banquetes, em que os alimentos
. Verificação da temperatura do equipamento de frio poderão estar expostos durante algumas horas. Nestas
e do banho-maria situações, os alimentos devem ser repostos
frequentemente e os alimentos novos, quentes ou
ACÇÕES CORRECTIVAS: frios, não podem ser colo- cados sobre os existentes.
Nos serviços, aliás em grande expansão, de take-away
Continuar a cozinhar e de entregas ao domicílio, há que ter muito cuidado
com as embalagens de transporte. Os materiais de
FICHAS DE REGISTO: acondicio- namento e embalagem não devem constituir
uma fonte de contaminação dos alimentos, pelo que
deverão estar identificados com a simbologia
. Resultados dos testes ao óleo de fritura (exemplo: R5
própria.
ou R6)
. Temperatura do banho-maria (R7)
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