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práticas de
higiene e
segurança
alimentar
.aplicação dos princípios de haccp para a
hotelaria e restauração.
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índice
Apresentação 4
Introdução 6
O novo Código:
CÓDIGO DE BOAS PRÁTICAS DE
HIGIENE E SEGURANÇA ALIMENTAR
– Aplicação prática dos princípios de
HACCP para a Hotelaria e para
Restauração –
É um documento produzido com base no
re- ferido Regulamento 852/2004, no
Codex Ali- mentarius, em documentos de
trabalho quer da Comissão Europeia, quer
da HOTREC – Con- federação Europeia de
Hotelaria, Restauração e Cafés –, bem como
na nossa própria experiên- cia associativa,
empresarial e profissional.
|ÂMBITO|
Este Código destina-se a todos os que traba-
lham, empregadores e empregados, nos
seguin- tes estabelecimentos:
-Empreendimentos turísticos – estabelecimen-
tos hoteleiros – conforme decreto-lei
39/2008 de 7 de Março;
-Estabelecimentos de restauração e de bebidas
– conforme decreto-lei 234/2007 de 11 de Ju-
nho.
INTRODUÇÃO |6
O bem-estar, o conforto, a saúde e a segurança pessoal.
dos nossos clientes são, para nós, valores
essen- ciais. As refeições que servimos, sejam
ligeiras, como o pequeno-almoço ou o
lanche, ou mais substanciais, como o almoço
ou o jantar, devem ser saudáveis, no sentido
em que não devem provocar doenças ou,
mais especificamente, in- toxicações.
Por isso, é nosso dever eliminar todos os facto-
res que contribuam para que tal possa
aconte- cer.
Para alcançar este objectivo, e nos termos do
re- ferido Regulamento 852/2004, os
empresários deverão adoptar e cumprir
procedimentos de segurança alimentar
adequados à sua activida- de, com base nos
princípios do HACCP – Análi- se dos Perigos
e Controlo dos Pontos Críticos. A efectiva
aplicação do HACCP só é possível se,
previamente, forem cumpridas duas etapas
essenciais.
ORIGEM E VEÍCULOS DE
A contaminação de matérias-primas e de alimentos
CONTAMINA- ÇÃO
que não são sujeitos a qualquer tratamento térmico
pode ser frequente.
O principal habitat de Escherichia coli é o tracto
intes- tinal dos humanos e de outros animais de
CONDIÇÕES DE DESENVOLVIMENTO sangue quen- te. Muitas das contaminações dos
_TEMPERATURA alimentos ocorrem devido à contaminação do solo
com excrementos dos animais (muitas vezes
A Listeria monocytogenes desenvolve-se num intervalo utilizados como fertilizantes sem qualquer tratamento
de temperaturas entre 00C e 450C, tendo uma prévio) ou à contaminação da água devido a descargas
tempera- tura óptima de crescimento entre os 300 e de esgotos. Por vezes, as más práti- cas de higiene nos
os 370C. Sabe-se que sobrevive por longos períodos locais de abate podem ser uma fonte de contaminação
em alimen- tos congelados (-180C). das carcaças. Más práticas de higiene pessoal quando
se utilizam os sanitários também po- dem conduzir a
PRINCIPAIS ALIMENTOS ASSOCIA- que os próprios manipuladores de ali- mentos sejam
DOS A INFECÇÕES POR LISTERIA MO- veículos de contaminação dos mesmos.
NOCYTOGENES
CONDIÇÕES DE DESENVOLVIMENTO
As infecções alimentares com Listeria monocytogenes _TEMPERATURA
encontram-se associadas a alimentos como o leite
cru, leite e queijos supostamente pasteurizados, Algumas estirpes de Escherichia coli conseguem
gelados, cres- cer em ambientes com temperaturas entre 70 e
460C e têm uma temperatura óptima de crescimento
entre 350 e 400C
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_OXIGÉNIO CONDIÇÕES DE DESENVOLVIMENTO
_TEMPERATURA
Escherichia coli é uma bactéria que se desenvolve
quer na presença quer na ausência de oxigénio
Staphlylococcus aureus desenvolve-se num intervalo de
(anaeróbia facultativa).
temperaturas entre 70 e 460C, tendo uma temperatura
óptima de crescimento entre 350 e 370C.
PRINCIPAIS ALIMENTOS ASSOCIADOS
A enterotoxina produz-se geralmente no intervalo
A INFECÇÕES POR ESCHERICHIA COLI
de temperatura entre os 100 e 450C, sendo muito
resistente ao calor (é necessária a aplicação de um
Água, carnes mal cozinhadas, principalmente de bovi-
processo térmi- co muito elevado e durante muito
nos, enchidos curados, alface e outros vegetais, queijo
tempo para se alcan- çar a destruição da mesma).
e leite cru, sumos de fruta não pasteurizados.
_OXIGÉNIO
|STAPHYLOCOCCUS AUREUS|
Staphlylococcus aureus é uma bactéria que cresce na
Staphylococcus aureus é uma bactéria que
presença e na ausência de oxigénio (anaeróbia faculta-
pertencente à família Micrococcaceae.
tiva). A sua toxina, por sua vez, necessita de
Estas bactérias, quando as condições são favoráveis,
oxigénio para se produzir.
desenvolvem uma toxina – enterotoxina – que, normal-
mente, é responsável por uma grande parte dos
ALIMENTOS MAIS FREQUENTEMENTE
proble- mas provocados pelos alimentos. Esta toxina
ASSOCIADOS A INTOXICAÇÕES POR
é muito resistente ao calor, enquanto a bactéria
STAPHYLOCOCCUS AUREUS
Staphlylococcus aureus é facilmente destruída pelo
calor.
Recheios de carne, saladas preparadas com ovo ou ma-
risco, bolos com recheio, fiambre, queijo e gelados
ORIGEM E VEÍCULOS DE são os alimentos mais frequentemente associados a
CONTAMINA- ÇÃO into- xicações alimentares devido à presença deste
micror- ganismo. Como se pode observar, estes
Este tipo de bactérias existe no nariz, na garganta, alimentos são sujeitos a manipulações após a sua
na saliva, na pele e nos golpes e lesões dos seres confecção, ficando muitas vezes a temperaturas
humanos, pelo que estes são muitas vezes os entre 10º e 45ºC antes de serem consumidos.
principais veículos de contaminação dos alimentos.
Qualquer pessoa que manipula os alimentos
facilmente os contamina: espirra sobre os mesmos,
coça a cabeça ou mexe na cara e depois nos
alimentos, sem lavar as mãos entretanto. Todos os
cuidados de higiene pesso- al são imprescindíveis
para prevenir este tipo de infec-
ção.
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|CLOSTRIDIUM PERFRINGENS| _OXIGÉNIO
O Clostridium perfringens tem a capacidade de, em con-
Esta bactéria desenvolve-se melhor na ausência de oxi-
dições adversas, ficar sobre a forma de esporo, isto
génio. Produtos com pouco ou nenhum oxigénio
é, como se a bactéria ficasse protegida por uma espécie
são geralmente mais propícios ao desenvolvimento
de “armadura”. Quando as condições adversas
deste microrganismo.
desapare- cem, a bactéria volta à sua forma normal e
desenvolve- se rapidamente. Os esporos de
ALIMENTOS MAIS FREQUENTEMENTE
Clostridium perfringens são muito resistentes à
ASSOCIADOS A INTOXICAÇÕES POR
temperatura.
CLOSTRIDIUM PERFRINGENS
Esta bactéria pertence à família Bacillaceae (bacilos e
cocos esporulados).
Produtos cárneos, produtos preparados em grande
ORIGEM E VEÍCULOS DE quantidade geralmente para banquetes (e conservados
CONTAMINA- ÇÃO durante bastante tempo à temperatura ambiente).
QUANDO DEVE LAVAR AS MÃOS executadas com luvas descartáveis devem decorrer
sem inter- rupções, caso contrário as mesmas
deverão ser subs- tituídas.
- Antes de iniciar, durante e no fim de qualquer tarefa.
É obrigatório usar luvas sempre que houver escoria-
- Depois de usar as instalações sanitárias.
ções, queimaduras ou cortes.
- Quando mexer no cabelo, no nariz ou noutra parte do
corpo, ou usar um lenço de assoar.
- Antes e depois de mexer em alimentos crus – |II.1.3 – COMPORTAMENTO NO LO-
legumes, fruta, carne, ovos...
CAL DE TRABALHO E BOAS PRÁTI-
- Depois de tocar em objectos sujos – embalagens, lixo,
CAS PROFISSIONAIS|
superfícies sujas.
- Depois de fumar e comer. - Os manipuladores devem manter um elevado nível
- Sempre que considere necessário. de higiene pessoal e bons hábitos de higiene durante
todo o período de trabalho.
- Os locais de trabalho devem manter-se sempre limpos
COMO DEVE LAVAR AS MÃOS
e arrumados.
- Os desperdícios e resíduos devem ser eliminados com
1 – Molhar as mãos.
regularidade (sem esperar que um superior ou um
2 – Ensaboar bem, de preferência com sabão líquido
cole- ga o peça.)
an- ti-séptico ou bactericida.
- As mãos devem ser lavadas com frequência, como
3 – Passar por água corrente para retirar o sabão.
já referimos.
4 – Desinfectar com solução desinfectante própria para
- São comportamentos expressamente proibidos nas zo-
mãos.
nas onde se manipulam e armazenam alimentos:
18|
fumar, comer, mascar pastilha elástica, tomar ou requisitos.
guardar medicamentos, mexer na cabeça, nariz ou
boca, provar alimentos com os dedos.
- Para além dos comportamentos atrás enunciados, de-
vem ainda ser tomadas medidas preventivas para
que os manipuladores tenham práticas de higiene
pessoal sempre que mudam de tarefa, para evitar
contamina- ções.
|CAPÍTULOII.2 – INSTALAÇÕES E
EQUIPAMENTOS|
|II.2.1.1.1 – PAVIMENTO|
A limpeza é uma operação extremamente Procurar limpar a fundo. Utilizar para este efeito
importante. Contudo, é um assunto sobre o qual bons detergentes. Respeitar as dosagens e o tempo de
consideramos fre- quentemente que já sabemos tudo, acção prescritos.
pois realizamos esta operação várias vezes durante o Enxaguar abundantemente com água e evacuar a água
dia. de enxaguagem.
Porque é que limpamos? Como limpamos? Quais os Escolher um bom desinfectante. Ter em conta a eficácia
produtos mais indicados?Com que frequência devemos do produto e a sua forma de conservação.
limpar? Estas são algumas das questões que surgem Respeitar as indicações de dosagem, de tempo de
com mais frequência e a que tentaremos responder. con- tacto e o modo de aplicação do desinfectante.
Enxaguar as superfícies e os aparelhos tratados com
|II.2.2.1 – LIMPEZA E DESINFECÇÃO| água limpa em quantidades suficientes para eliminar
os restos de detergente e de desinfectante.
As operações de limpeza e desinfecção, por vezes tam- Desinfectar, após as actividades de lavagem, o material
bém designadas por higienização, têm por finalidade de limpeza e outros acessórios.
as- segurar que nos locais onde se manipulam,
preparam e confeccionam alimentos não existem O QUE É NECESSÁRIO DESINFECTAR?
micróbios, ou que, se existirem, seja na menor
quantidade possível. Tudo o que estiver em contacto com as mãos, como por
Quando limpamos, removemos a sujidade, restos de exemplo, as facas, as colheres, as bancadas, etc.
ali- mentos, gorduras ou outro tipo de detritos. Todas as superfícies que contactam com os
Quando desinfectamos, eliminamos micróbios, invisí- alimentos quer no armazém, quer durante a
veis aos nossos olhos, e que, portanto, resistiram à lim- preparação ou confec- ção dos alimentos.
peza. Todo o equipamento e utensílios, os quais deverão
ser desinfectados periodicamente e não apenas após a
sua utilização.
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A desinfecção não deve ser feita a não ser que seja alimentos.
ver- dadeiramente necessária.
PONTOS A OBSERVAR NA
REALIZAÇÃO DE UMA DESINFECÇÃO
EFICAZ
CONSELHOS PRÁTICOS
RESUMINDO:
FICHA: Recomendações para um esquema de limpeza/
desinfecção/plano de limpeza (F1, F2)
REGISTO: Controlo das operações de limpeza (R1)
CONTROLO: Visual e microbiológico
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|CAPÍTULO II.3 – CONTROLO DE tipo de tratamento, o seu controlo e a sua manutenção.
ABASTECIMENTO DE ÁGUA| Nestes casos, recomenda-se que se tenha os
seguintes registos: boletins de análises periódicas;
Todas as empresas alimentares devem ter fichas técnicas dos produtos utilizados no tratamento
um abastecimento adequado de água potá- da água; registo de medidas correctivas.
vel. No território português a legislação (DL
306/2007) define os padrões físico-químicos GELO
e biológicos que a água tem de observar
para ser considerada potável, ou seja, O gelo que contacta com os alimentos ou que, de algum
adequada para o consumo humano. modo, os possa contaminar tem de ser fabricado
com água potável. Tem de ser ter cuidado para não
A tarefa de verificar a conformidade da qualidade contami- nar o gelo quer no seu fabrico quer na sua
da água compete aos responsáveis pela rede de armazena- gem.
distribui- ção. Como, geralmente, a grande maioria dos Mais indicações podem ser encontradas na
estabele- cimentos são abastecidos com água da rede legislação em vigor, nomeadamente no Regulamento
pública, os mesmos deverão pedir à entidade gestora nº 852/2004 de 29 de Abril, e no Decreto-Lei 306/2007
da rede pú- blica os boletins de análise do controlo da de 27 de Agos- to.
água. No en- tanto, é necessário referir-se que a
responsabilidade da entidade gestora cessa sempre |CAPÍTULO II.4 – CONTROLO DE PRA-
que se comprove que o incumprimento dos resultados GAS|
das análises ocorre devi- do a deficiências do sistema
de distribuição predial (isto é, nas canalizações, Existem certos animais que são
acessórios ou outros aparelhos ins- talados entre as considerados nocivos e que, portanto, são
torneiras e as redes de distribuição, que não sejam da indesejáveis nos locais onde se manipulam,
responsabilidade da entidade gestora). Os armazenam e co- mercializam alimentos. A
responsáveis dos estabelecimentos, além de solicitar sua presença cons- titui um perigo
à entidade gestora de distribuição de água os
importante para a segurança dos alimentos.
resultados periódicos de análises, também podem
Estes animais são habitual- mente
periodicamente efectuar análises de rotina para
designados por pragas ou parasitas.
atestar a qualidade da água.
Quando a água utilizada no estabelecimento não
Dentre estes há alguns que constituem o grupo de pra-
pro- vém da rede pública de abastecimento, mas de
gas mais frequentes nos estabelecimentos de hotelaria,
uma fon- te individual, como por exemplo um furo ou
de restauração e de bebidas, dos quais destacamos:
uma mina, os mesmos são equiparados a um sistema
- pássaros;
de gestão de água e devem cumprir todas as
- roedores (ratos, ratazanas, etc.);
imposições presentes no Decreto-lei já referido.
- insectos:
Relembramos alguns aspec- tos que têm de ser tidos
. rastejantes ( baratas, formigas, etc.);
em conta: a origem do abaste- cimento, o
. voadores (borboletas, moscas, mosquitos, etc).
armazenamento e distribuição, assim como o
Estes animais, como todos os seres vivos, necessitam de
28|
condições favoráveis ao seu desenvolvimento, como
- instalar electrocutores nos locais de entrada e saída
se- jam: alimento, humidade, calor. Todas estas
das instalações;
condições podem ser facilmente encontradas nos
- proceder à descartonagem das embalagens
locais onde se manipulam alimentos.
terciárias dos produtos na recepção dos mesmos;
- manter os locais de manipulação e armazenagem
INDÍCIOS DA PRESENÇA DE PRAGAS de produtos em perfeito estado de limpeza (proceder à
lim- peza sempre que se derrame ou espalhe um
É de primordial importância observar as instalações produto);
para descobrir sinais que manifestem a presença de - manter os ralos e as caleiras em bom estado de
pra- gas, de forma a poderem ser tomadas limpeza e conservação;
rapidamente as medidas correctivas convenientes. A - colocar os resíduos sólidos (lixo) sempre em
título de exemplo indicam-se alguns desses indícios: caixotes com tampa e mantê-los sempre fechados.
- presença de dejectos, ovos, larvas, pêlos de animais;
- presença de cadáveres de animais; 2. Controlo de Exclusão
- cheiros inusuais; Este tipo de controlo pode ser realizado quer por meios
- presença de pegadas ou outros indícios da físicos, quer por meios químicos. No primeiro caso
passagem de pragas; pode usar-se, para este efeito, equipamentos como
- presença de embalagens ou outros acessórios roídos electrocu- tores, barreiras de ar forçado nas entradas,
ou danificados; armadilhas, entre outros. Os meios químicos
- presença de barulhos correspondentes ao arranhar, ao compreendem a uti- lização de substâncias químicas,
bicar, ao roer… como por exemplo in- secticidas, pesticidas, raticidas,
etc.
TIPOS DE CONTROLO DE PRAGAS
QUEM DEVE FAZER O CONTROLO
O controlo de pragas pode ser de dois tipos: DE PRAGAS?
- controlo preventivo
- controlo de exclusão Geralmente, os produtos químicos para o combate
de pragas são muito perigosos, pelo que as
1. Controlo Preventivo desinfestações devem ser executadas por técnicos
O controlo preventivo consiste essencialmente em especializados.
im- pedir a entrada e/ou a permanência das pragas Quando se contratam empresas para executarem
nas ins- talações. Para se alcançar este objectivo, existe este serviço, devem ser solicitadas às mesmas as
um con- junto de medidas que deve ser posto em seguintes informações:
prática: - plano anual de controlo de pragas;
- colocar redes mosquiteiras nas janelas e aberturas - fichas técnicas e segurança dos produtos utilizados;
para o exterior; - relatório de visitas;
- colocar protecções nas portas (por exemplo, molas de - mapa de localização de iscos (a utilização dos mesmos
retorno, cortinas de lamelas, etc.); tem de ser muito bem ponderada, pois os iscos podem
- manter as portas e as janelas fechadas; ser também uma fonte de atracção de pragas).
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PARTE III–
O HACCP
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|CAPÍTULO III.1 – APRESENTAÇÃO 7 –elaboração de documentos e registos adequados
DO HACCP – BREVE EXPOSIÇÃO à natureza e dimensão da empresa, a fim de
TE- ÓRICA| demonstrar a aplicação eficaz das medidas referidas
nos princípios anteriores.
|III.1.1 – O QUE SIGNIFICA HACCP?|
|CAPÍTULO III.2 – HACCP – BREVE
HACCP – “Hazard Analysis Critical Control Points” mais EX- PLICAÇÃO TEÓRICO /
não significa, em Português, do que Análise de Perigos PRÁTICA|
e Controlo de Pontos Críticos.
O HACCP consiste num sistema baseado na identifica-
O responsável de um estabelecimento
ção e avaliação de perigos específicos e na implementa-
deverá analisar todas as operações que
ção de medidas para o seu controlo, focadas na preven-
compõem o processo produtivo, desde a
ção e não na análise do produto final, de forma a
recepção da ma- téria-prima até ao serviço
garantir a segurança dos alimentos.
das refeições aos seus clientes. Deve
identificar as etapas de transformação dos
|III.1.2 – PRINCÍPIOS DE HACCP|
alimentos potencialmente perigosas e
inseguras para a saúde, de forma a poder
A legislação refere-se aos sete princípios do método de
estabelecer controlos suficientes para
HACCP, que são os seguintes:
minimizar os riscos de toxinfecções ali-
1 – identificação de quaisquer perigos que devam ser evi-
mentares.
tados, eliminados ou reduzidos para níveis aceitáveis;
A aplicação da metodologia HACCP obriga
2 – identificação dos pontos críticos de controlo na fase
a um conhecimento profundo do produto,
ou nas fases em que o controlo é essencial para evitar
ou eliminar um perigo ou para o reduzir para níveis
do seu processo de fabrico e da sua
aceitá- veis;
posterior utilização.
3 – estabelecimento de limites críticos em pontos de
controlo, que separem a aceitabilidade da não
|III.2.1 – O QUE É NECESSÁRIO FA-
aceitabili- dade, com vista à prevenção, eliminação ou
ZER?|
redução dos perigos identificados;
- Identificar possíveis perigos, aquilo que pode ser
4 – estabelecimento e aplicação de processos eficazes de
noci- vo (1º Princípio do HACCP):
vigilância em pontos críticos de controlo;
. avaliar os perigos alimentares que podem existir no
5 – estabelecimento de medidas correctivas quando
estabelecimento;
a vigilância indicar que um ponto crítico não se
. identificar as áreas/etapas em que os mesmos podem
encontra sob controlo;
ocorrer.
6 – estabelecimento de processos a efectuar regular-
- Identificar aqueles pontos que são críticos para assegu-
mente, para verificar se as medidas referidas nos
rar a segurança alimentar, isto é, em que podem ocorrer
princí- pios 1 a 5 funcionam eficazmente;
os perigos alimentares (2º Princípio do HACCP).
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|III.2.2 – PROCEDIMENTOS DE
CON- TROLO| cumprir os requisitos legais e assegurar a higiene e a
segurança alimentar.
3. RECEPÇÃO - ARMAZENAGEM -
PRE- PARAÇÃO -
ACONDICIONAMENTO
CONFECÇÃO - ARREFECIMENTO -
CONSERVAÇÃO - REAQUECIMENTO -
SERVIÇO
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complexos.
Neste grupo, encontramos preparações dissociadas de
alimentos ou a preparação de alimentos de véspera
e com muita antecedência, e que, por isso, podem
passar mais de uma vez pela “zona de perigo” de
desenvolvi- mento dos microrganismos (50C a 650C).
Nestes casos, há inclusivamente a hipótese de os
mesmos poderem vir a ser recontaminados após a
sua confecção.
AQUISIÇÃO
TRANSPORTE
RECEPÇÃO
ARMAZENAGEM
PREPARAÇÃO
ACONDICIONAMENTO
CONFECÇÃO
CONSERVAÇÃO
SERVIÇO
PONTOS DE CONTROLO:
. Datas de validade
. Características de frescura dos alimentos
. Estado das embalagens
. Temperaturas de transporte dos produtos perecíveis
. Higiene dos meios de transporte
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|III.3.4. – ARMAZENAGEM| Caso se utilize uma embalagem vazia de um
produto alimentar para colocar outro que seja
As condições de armazenagem dos produtos compatível, deve retirar-se o rótulo do primitivo e
dependem do tipo de produto, bem como das suas colocar um novo rótulo com a indicação do que
características. Há produtos que podem ser armazenados contém.
à temperatura ambiente, outros que têm de ser
armazenados em am- bientes refrigerados, ou mesmo Os produtos que não estejam em condições de ser
congelados. De uma for- ma geral, devem ser mantidas uti- lizados devem ser destruídos. No caso de irem
as condições de limpeza e ventilação, bem como de ser de- volvidos ao fornecedor, devem ser colocados
controlo de temperatura para assegurar as boas num local devidamente assinalado e com uma etiqueta
condições de higiene do local. ”Produtos a devolver / destruir”.
Todos os estabelecimentos devem dispor de um espaço Um ponto importante na gestão e controlo de produtos
destinado à armazenagem de produtos alimentares. armazenados consiste na rotação de stocks. Os
É evidente que o espaço necessário depende do primeiros produtos a serem armazenados deverão ser
volume de alimentos armazenados. Os locais de os primeiros a serem consumidos (primeiro a entrar
armazenagem devem apresentar-se sempre em perfeito - primeiro a sair (PEPS), respeitando sempre a data de
estado de lim- peza e arrumação. durabilidade mínima indicada no rótulo. Este é um
princípio a utilizar em todos os produtos armazenados,
O armazém deve ser organizado por grupos de produ- independentemen- te do local onde são guardados.
tos, devendo os alimentares estar separados dos não
alimentares. Todos os produtos devem estar ordenados Nas zonas de armazém devem existir meios eficazes de
e arrumados. Cada local deverá estar devidamente protecção contra insectos e roedores, como por
iden- tificado. exem- plo um electrocutor de insectos junto das
entradas, re- des mosquiteiras nas janelas (se
Não se devem colocar produtos e/ou embalagens existirem), etc. Todas as portas dos armazéns devem
direc- tamente no chão, mas sim em estrados, que estar sempre fechadas (excepto quando se está a
devem ser de material não absorvente e retirar ou a repor produtos e durante a limpeza),
imputrescível. Deverão existir estantes ou armários evitando-se desta forma a entrada de animais
para facilitar a correcta ar- rumação dos produtos. (insectos e roedores, entre outros), a acumu- lação de
poeiras e sujidade e a circulação de pessoas es- tranhas
Já foi referido, mas é importante reforçar, que a ao serviço.
armaze- nagem do material de limpeza e dos produtos
químicos deve ser feita num local separado dos
CÂMARAS DE REFRIGERAÇÃO
produtos alimen- tares, ou num armário próprio
devidamente fechado e identificado.
Todos os alimentos perecíveis, ou seja os que se
Nunca se devem guardar produtos alimentares dentro
alteram com facilidade, devem ser armazenados e
de embalagens de produtos não alimentares e vice-ver-
mantidos em ambiente refrigerado a cerca de 4 a 50C.
sa.
A temperatura é um dos factores mais importantes
para a conservação dos alimentos (é importante relem-
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brar que os microrganismos só se desenvolvem a deter- conser- vação de congelados devem estar embalados
minadas temperaturas). Deve existir um termómetro adequa-
na câmara frigorífica, que permita verificar a
temperatura da mesma e assegurar o seu bom
funcionamento.
Alguns dos alimentos refrigerados têm um prazo de
va- lidade que deve ser respeitado e verificado.
VERIFICAÇÃO DO EQUIPAMENTO
DE FRIO
Relembre-se que:
. Datas de validade
. Características de frescura dos alimentos
. Temperaturas de armazenagem dos produtos perecí-
veis
. Pragas
LIMITES CRÍTICOS:
CONTROLO:
ÓLEOS DE FRITURA
O óleo de fritura deverá ser renovado regularmente.
É aconselhável filtrá-lo diariamente, de forma a retirar
Devem utilizar-se óleos de boa qualidade, resistentes a
to- das as partículas sólidas que flutuam. Por motivos
altas temperaturas. Os óleos de fritura degradam-se
de se- gurança, primeiro deve-se deixá-lo arrefecer.
por acção do calor e do período de tempo a que se
Recomenda-se a recolha dos óleos saturados em
encon- tram expostos a determinada temperatura.
reci- pientes apropriados para reciclagem, evitando-se,
Cada tipo de óleo tem uma temperatura crítica a partir
deste modo, o seu escoamento para a rede de esgoto.
da qual a de- gradação começa a ser mais rápida.
Sabendo que a tem- peratura de fritura não deve
A fritura com um óleo alterado, ou seja, com a presen-
ultrapassar os 1800C, pode- se avaliar a aptidão de um
ça de compostos polares numa percentagem
determinado óleo para fritar através da sua
superior a 25%, é considerada crime de saúde
temperatura crítica. As gorduras mais apropriadas
pública.
para a fritura são o óleo de palma, o óleo de bagaço
de azeitona, o óleo de amendoim, o azeite e a banha,
pois suportam temperaturas superiores a 1800C.
RESUMINDO:
A qualidade do óleo deve ser controlada
frequentemen- te, com base nos itens que se seguem: POTENCIAIS PERIGOS:
RESUMINDO:
|III.3.7. – SERVIÇO AOS CLIENTES /
DISTRIBUIÇÃO|
POTENCIAIS PERIGOS:
Após a preparação das refeições, estas podem ser apre-
Crescimento microbiano
sentadas ao cliente final de diferentes formas, sendo
elas serviço na mesa, self-service, buffet, room service,
PONTOS DE CONTROLO:
take- away ou mesmo o consumo fora do
estabelecimento,
. Manipulação dos alimentos
. Temperatura de estufas e banhos-maria e de frigorífi-
|51
cos
52|
LIMITES CRÍTICOS:
CONTROLO:
ACÇÕES CORRECTIVAS:
FICHAS DE REGISTO:
Boas condições de
armazenagem
Eliminar todos os produ-
Separação dos Temperaturas de tos cujas embalagens se
diferentes tipos conservação dos Controlo visual e encontrem abertas, roídas
Contaminação de matéria-prima Datas de validade pro- dutos em olfactivo ou com fezes de animais
biológica (cresci- existentes ambiente
mento microbiano) Características refrigerado Verificação da Rejeitar os produtos
Boas condições de de frescura temperatura dos sempre que se
Contaminação higiene das insta- dos alimentos Ausência de man- equipamentos de Diariamente ficha R3 verifiquem anomalias
ARMAZENAGEM química (detergen- lações e equipa- chas, podridão e odor frio ou significativas
tes, desinfectantes) mentos Temperaturas de estranhos ao produto 2 vezes por dia ficha R4 temperaturas dos equipa-
armazenagem dos Verificação da exis- mentos de frio
Ccontaminação Controlo da tem- produtos perecíveis Ausência de produ- tência de fezes ou
física peratura dos equi- tos fora do prazo de outros indícios Efectuar manutenção/
(estilhaços de vidro) pamentos de frio Controlo de pragas de validade da presença de reparação ou substituição
pragas do equipamento avariado
Rotação de stocks Inexistência de sinais
(PEPS) de pragas Eliminar os produtos
fora do prazo de
Controlo de pragas validade
48|
|49
APRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DA ANÁLISE DE PERIGOS E PONTOS DE CONTROLO (PLANO DE
Boas condições de
higiene do local,
superfícies e uten-
sílios
Lavagem de
Rejeitar as matérias-pri-
ve- getais
mas que tenham entrado
em contacto com produ-
Lavagem das mãos
tos químicos ou pragas
antes e depois do Contacto entre pro-
serviço dutos em
Observação visual Executar correctamente
diferentes estados
as tarefas
Boas condições de de prepa- ração
higiene pessoal Controlo do tempo
Contaminação
Ausência de produ- de exposição à tem- Prolongar a descongela-
biológica Higiene de
tos descongelados há peratura ambiente ção separando a matéria-
Exposição à tem- superfí- cies e
mais de 24 horas prima em porções mais
Contaminação peratura ambiente utensílios Durante a execução das
PREPARAÇAO Observação visual Não se aplica pequenas
química por um período não tarefas
superior a 1 hora Ausência de práticas do processo de
Desinfecção de
de contaminação descongelação Executar correctamente
Contaminação vegetais e frutas
cruzada as medidas preventivas
física Descongelação da
matéria-prima na Verificação da tem-
Higiene das mãos
peratura do Eliminar os produtos
prateleira inferior
equipa- mento de que não sejam
do frigorífico, em Condições de
frio confecciona- dos nas 24
condições de frio, descongelação dos
horas após a
sem contacto com o produtos
descongelação
líquido de exsu-
dação
Descongelação
apenas das
quanti- dades
necessárias,
sabendo que não
se pode voltar a
congelar
Boas condições de
higiene do local e
dos equipamentos
|ANÁLISE DE PERIGOS E CONTROLO DOS PONTOS CRÍTICOS /
PLANO HACCP|
O QUE PODE O QUE PODEMOS SE CORRER MAL O QUE
PONTOS DE CON- COMO VERIFICO? QUANDO VERFIFICO
ETAPAS COR- RER MAL? PREVER? LIMITES CRÍTICOS REGISTOS FAÇO?
TROLO CONTROLO FREQUÊNCIO
DO PROCESSO PERIGOS MEDIDAS PRE- (PRÍNCIPIO 3) (PRÍNCIPIO 7) ACÇÕES CORRECTIVAS
(PRINCÍPIO 2) (PRÍNCIPIO 4) (PRINCÍPIO 4)
(PRINCIPIO 1) VENTIVAS (PRÍNCIPIO 5)
O centro térmico do
Presença, em
alimento deve atin-
produtos considera-
gir a temperatura
dos cozinhados, de
mínima de 650C Qualidade e tem-
sangue e de sucos
durante a confecção peratura dos
que denotam que os
óleos de fritura
produtos estão crus
Comprovar que o
Observação visual
estado de cozedura Estado de cozedura
Sobrevivência de Utilização simul- do estado de coze-
é adequado dos alimentos ficha R5
patogénicos tânea da mesma dura dos alimentos Durante a execução das
CONFECÇÃO/ superfície e dos mes- tarefas
Não colocar na Temperatura de ficha R6 Continuar a cozinhar
COZINHAR Contaminação mos utensílios para Verificação da
mesma superfície banho-maria e
biológica/microbio- produtos cozinhados temperatura do 2 vezes por dia
(tábuas, bancadas, estufas ficha R7
lógica e crus (em diferente equipamento de frio
etc.) produtos crus
estado de conser- e do banho-maria
e cozinhados Higiene das mãos
vação)
Não usar os mes- Higiene das
Ausência de sinais
mos utensílios para superfí- cies e
de aquecimento cor-
manipular produtos utensílios
recto (ex. líquido
crus e cozinhados
sem estar a
em simultâneo
borbulhar)
50|
APRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DA ANÁLISE DE PERIGOS E PONTOS DE CONTROLO (PLA
ANEXOS 1
FICHAS
F1 RECOMENDAÇÕES PARA UM
ESQUEMA DE |52
LIMPEZA/DESINFECÇÃO
-LOCAL DE PREPARAÇÃO
DIÁRIA SEMANAL MENSAL
PAVIMENTO L- Limpar
L L
PAREDES DAS ZONAS DE TRABALHO L+D D D- Desinfectar
CALEIRAS DE ESCOAMENTO L L L M- Mudar
TODAS AS TORNEIRAS E CABOS L+D
L*- Limpar todos
PIAS E LAVABOS os 3 meses.
FORNO
BLOCOS DE COZEDURA
RECIPIENTE DO LIXO
JANELAS, BEIRAIS
PORTAS L
PUXADORES DE PORTAS L
EXAUSTOR
D
GRELHAS
L*
TECTOS L
-UTENSÍLIOS E APARELHOS
TÁBUAS E SUPERFÍCIES DE TRABALHO
L+D L+D L+D
UTENSÍLIOS
APARELHOS DE PREPARAÇÃO L+D
MÁQUINAS DE PICAR CARNES, FACA ELÉC- L+D L
TRICA L L
MISTURADOR, BATEDEIRA L+D L+D L L+D
FRITADEIRA
BANHO-MARIA
MICROONDAS, FORNO, MARMITA
-CASAS DE BANHO
RETRETES E URINÓIS
TORNEIRAS E PUXADORES
LAVABOS
PAVIMENTO
PAREDES
VESTIÁRIOS
L+D
-LOCAIS DE ARMAZENAGEM
L
TODOS OS PUXADORES
PAVIMENTOS
D
PAREDES E PRATELEIRAS
L
VEÍCULOS DE TRANSPORTE
L*
REFRIGERADOR, ARMÁRIOS FRIGORÍFICOS
CONGELADOR L
ESCOVAS L+D
LOCAL DE ARMAZENAGEM DOS LIXOS L*
-RESTAURANTE L+D
MESAS L
CADEIRAS
PAVIMENTOS L
PORTAS, JANELAS L
PAREDES L
-VESTUÁRIO E ACESSÓRIOS DE COZINHA L
VESTUÁRIO DE TRABALHO L*
GUARDANAPOS E TOALHAS DE COZINHA
M
M
53|
PLANO DE LIMPEZA_ÁREA:COZINHA F2
EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO
ÁREA/EQUIPAMENTO FREQUÊNCIAPRODUTO PROCEDIMENTOSUTENSÍLIOS RESPONSÁVEL
PAVIMENTO
PAREDES DAS ZONAS DE TRABALHO
TECTO JANELAS/BEIRAIS PORTAS
PUXADORES DE PORTAS EXAUSTOR
GRELHAS PIAS TORNEIRAS
SUPERFÍCIES DE TRA-
BALHO
CALEIRAS DE ESCOA- MENTO
F3 LAVAGEM E DESINFECÇÃO DE LEGUMES
(incluindo ervas aromáticas, como por |54
exemplo a salsa)
PAVIMENTO
PAREDES DAS ZONAS DE TRABALHO
TECTO JANELAS/BEIRAIS PORTAS
PUXADORES DE PORTAS EXAUSTOR
GRELHAS PIAS TORNEIRAS
SUPERFÍCIES DE TRA-
BALHO
CALEIRAS DE ESCOA- MENTO
|58
59|
FICHA DE REGISTO DE ENTRADA DE R2
PRODUTOS E INGREDIENTES
C- Congelados B- Bebidas
F- Frescos MA- Marisco Vivo
M- Mercearia
MÊS_ / 200_
FRIGORÍFICO Nº OBSERVAÇÕES RUBRICA
DIA MANHÃ
TARDE
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29.
30.
31.
RESPONSÁVEL_
61| TEMPERATURA DO EQUIPAMENTO FRIO R4
ÁREA_
MÊS_ / 200_
FRIGORÍFICO Nº FRIGORÍFICO Nº OBSERVAÇÕES RUBRICA
DIA
MANHÃ TARDE MANHÃ TARDE
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29.
30.
31.
RESPONSÁVEL_
R5 REGISTO DOS RESULTADOS DOS TESTES
AO ÓLEO DE FRITURA |62
MÊS_ / 200
DIA
FRITADEIRA 1 COR FRITADEIRA 2 COR
OBSERVAÇÕES OBSERVAÇÕES
(MAX. 180ºC) DO (MAX. 1800C) DO
1. TESTE TESTE
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29.
30.
31.
Nota: nas Observações, indicar se houve mudança de óleo
|63 REGISTO DOS RESULTADOS DOS TESTES
R6 AO ÓLEO DE FRITURA
MÊS_ / 200_
MÊS_ / 200_
BANHO-MARIA Nº OBSERVAÇÕES RUBRICA
DIA MANHÃ
TARDE
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29.
30.
31.
ANEXO 3
APRESENTA
– ÇÃO DO
HACCP
66|
7. elaboração de documentos e registos adequados à
|APRESENTAÇÃO DO HACCP – natureza e dimensão da empresa, a fim de
BRE- VE EXPOSIÇÃO TEÓRICA demonstrar a aplicação eficaz das medidas referidas
BASEADA NO CODEX nos princípios anteriores.
ALIMENTARIUS|
|METODOLOGIA DE APLICAÇÃO DOS
|O QUE SIGNIFICA HACCP?| SETE PRINCÍPIOS DE UM SISTEMA
HACCP|
HACCP – “Hazard Analysis Critical Control Points” mais
não significa, em português, do que Análise de Perigos Habitualmente, recomenda-se a aplicação de uma
e Controlo de Pontos Críticos. se- quência lógica de etapas ou passos sucessivos
O HACCP consiste num sistema baseado na identifica- (doze passos), que englobam a aplicação dos sete
ção e avaliação de perigos específicos e na implementa- princípios, de forma a não descurar nenhum aspecto
ção de medidas para o seu controlo, focadas na preven- importante. De seguida, apresentamos esses doze
ção e não na análise do produto final, de forma a passos. (Esta par- te do manual tem por base directa o
garantir a segurança dos alimentos. Codex Alimentarius e uma proposta da União Europeia
para a sua aplicação nas empresas do sector
alimentar).
|PRINCÍPIOS DE HACCP|
A legislação refere-se aos sete princípios do método de 1º PASSO – DEFINIR UMA EQUIPA
HACCP, que são os seguintes: MULTIDISCIPLINAR – A EQUIPA
1. identificação de quaisquer perigos que devam ser HACCP
evi- tados, eliminados ou reduzidos para níveis
aceitáveis; Esta equipa deverá ter as seguintes características:
2. identificação dos pontos críticos de controlo na . ser multidisciplinar;
fase ou nas fases em que o controlo é essencial para . ter especialistas;
evitar ou eliminar um perigo ou para o reduzir para . ter autoridade dentro da própria empresa.
níveis aceitá- veis;
3. estabelecimento de limites críticos em pontos de con- 2º PASSO – DESCRIÇÃO DO PRODU-
trolo, que separem a aceitabilidade da não aceitabilida- TO
de, com vista à prevenção, eliminação ou redução
dos perigos identificados; Deverá ser formulada uma descrição completa do pro-
4. estabelecimento e aplicação de processos eficazes de duto, incluindo informações relativas à sua segurança,
vigilância em pontos críticos de controlo; como por exemplo a sua composição, a sua
5. estabelecimento de medidas correctivas quando a vi- estrutura, as suas características físico-químicas, os
gilância indicar que um ponto crítico não se seus proce- dimentos de fabrico, a sua forma de
encontra sob controlo; conservação e de armazenagem.
Após ter-se desenhado o diagrama de fabrico, este 1. assegurar que as medidas de controlo estão correcta-
de- verá ser confirmado no local e durante as horas mente desenhadas e implementadas (se um perigo
de la- boração. Se for observado algum desajuste, foi bem identificado no ponto em que o controlo é
dever-se-á proceder à respectiva correcção. necessá- rio para a segurança do produto, e não existe aí
nenhuma medida de controlo, então é necessário
6º PASSO – LISTA DE PERIGOS E ME- implementá-la);
DIDAS DE CONTROLO (PRINCÍPIO 1)
2. estabelecer e implementar um sistema de monitoriza-
Deverá ser elaborada uma lista de todos os ção/vigilância para cada ponto crítico.
potenciais perigos (que se consigam prever), sejam
químicos, físi- cos ou biológicos, para cada uma das
etapas do proces- so. 8º PASSO – ESTABELECER OS LIMI-
A equipa de HACCP deverá conduzir a análise de peri- TES CRÍTICOS DE CADA PCC (PRINCÍ-
gos de forma a identificar, no plano de HACCP, PIO 3)
aqueles que, devido à sua natureza, deverão ser
eliminados ou reduzidos para níveis aceitáveis, tendo Cada medida de controlo associada a um ponto crítico
em conta a segu- rança do produto. deve dar origem à especificação de um limite crítico.
Deverão ser consideradas e descritas as medidas de Os limites críticos correspondem aos valores extremos
con- trolo que poderão ser tomadas para cada perigo. aceitáveis, relativamente à segurança do produto. Estes
valores separam a aceitabilidade da inaceitabilidade.
São estabelecidos parâmetros mensuráveis ou observá-
veis que podem demonstrar que um ponto crítico está
68|
sob controlo. Eles devem estar baseados em evidências
correctivas, quando necessário.
consistentes, de forma a que o valor escolhido se tradu-
A monitorização poderá ser contínua ou
za, na prática, no controlo do processo.
intermitente. Quando for intermitente, é necessário
Para cada ponto crítico de controlo, dever-se-á especifi-
estabelecer a frequência com que será realizada. O
car se é possível estabelecer limites críticos. Em
programa de mo- nitorização descreve os métodos, os
certos casos, para uma determinada fase, fixa-se mais
procedimentos de registo e a frequência com que o
do que um limite crítico. Entre os parâmetros
mesmo é realizado, isto é, estabelece:
aplicados encon- tram-se as medições de temperatura,
. quem efectua a monitorização e a verificação;
de humidade, de tempo, de pH, de cloro, de AW
. quando são efectuadas a monitorização e a verificação;
(actividade da água), bem como aspectos sensoriais
. como são efectuadas a monitorização e a verificação;
como a textura e o aspecto, o odor, etc.
. tipo de registos a realizar (assinados por quem os rea-
Os limites críticos podem provir de uma grande varie-
liza).
dade de fontes pelo menos iguais aos requisitos legais.
Quando os limites críticos não são retirados de
diplo- mas legais ou de guias de boas práticas de 10º PASSO – ACÇÕES CORRECTIVAS
higiene, as equipas deverão confirmar a sua validade (PRINCÍPIO 5)
para o contro- lo dos perigos identificados nesse
ponto crítico. As acções correctivas terão de ser planeadas com an-
tecedência pela equipa HACCP, para cada ponto
críti- co de controlo, de forma a que as mesmas
9º PASSO – ESTABELECER OS possam ser aplicadas sem hesitações sempre que se
PROCE- DIMENTOS DE observe algum desvio.
MONITORIZAÇÃO PARA CONTROLO As acções correctivas devem incluir:
DE CADA PONTO CRÍTICO (PRINCÍPIO
-a identificação da pessoa responsável por
4)
implementar tais acções;
- a descrição das medidas e acções requeridas para cor-
Uma parte essencial do HACCP consiste na
rigir os desvios observados;
monitoriza- ção de cada ponto crítico para assegurar a
- a descrição das medidas a tomar relativamente aos
conformida- de com o limite crítico fixado.
pro- dutos produzidos durante o período em que o
Mediante estas observações ou medidas
processo esteve descontrolado, incluindo um sistema
(monitoriza- ção), dever-se-á poder detectar a perda
adequado de eliminação do produto deteriorado;
de controlo de um PCC. O ideal será que, através da
- registos escritos das medidas tomadas,
monitorização, se obtenham informações a tempo de se
nomeadamente data, tempo, tipo de acção, verificação
poderem fazer cor- recções que permitam assegurar o
de controlo, pes- soal responsável, produtos
controlo do processo, impedindo que se ultrapassem
eliminados, etc.
os limites críticos. Os processos deverão ser corrigidos
A monitorização deve indicar:
quando os resultados indicarem uma perda de
1.que o parâmetro monitorizado se desviou do seu
controlo de um ponto crítico. As correcções deverão
limi- te específico, sendo isto indicativo de perda de
ser efectuadas antes que ocorra um desvio. Os dados
controlo e da necessidade de tomar a apropriada acção
obtidos durante a monitorização deverão ser avaliados
correctiva para retomar o controlo;
por uma pessoa designada, com conhecimentos e
autoridade, para proceder a acções
|69
2. quais as medidas preventivas a implementar (verifi-
nitorização.
cação do equipamento, verificação da pessoa que mani-
pula alimento, etc.) se uma acção correctiva se
A verificação deve ser realizada por alguém
repetir muitas vezes para o mesmo ponto do
diferente daquele que realiza as acções de correcção
processo.
e a monito- rização.
Para algumas verificações, pode recorrer-se a entidades
11º PASSO – PROCEDIMENTOS DE externas à empresa.
VERIFICAÇÃO (PRINCÍPIO 6)
Onde e quando for possível, as actividades de verifica-
A equipa HACCP deve especificar os métodos e os ção deverão incluir medidas que confirmem a
pro- cedimentos utilizados para determinar se o eficácia dos elementos do plano de HACCP.
HACCP está a funcionar correctamente.
Os métodos de verificação podem incluir amostras e Sempre que se realizarem mudanças, é necessário rever
análises, reforço de análises ou testes em determinados o sistema, verificando se o mesmo permanece válido.
pontos críticos ou num produto final ou mesmo Alguns exemplos de mudanças:
durante a armazenagem ou distribuição de um - mudanças de matéria-prima ou do produto, de condi-
produto. ções de processamento (layout, meio ambiente, equipa-
A frequência da verificação deverá ser suficiente mento, programa de limpeza e desinfecção);
para confirmar que o HACCP funciona correctamente - mudanças das condições de embalagens,
e de- verá depender das características da empresa armazena- gem e distribuição;
(natureza dos produtos, número de funcionários), da - mudança de uso do produto;
frequência da monitorização, do cuidado dos - novas informações sobre algum perigo associado
empregados, da fre- quência de desvio detectados, ao produto.
bem como dos perigos envolvidos.
A verificação dos procedimentos inclui: Muitas destas mudanças poderão obrigar a
- auditorias de HACCP e seus registos; alterações do processo e à reformulação do plano de
- inspecção de operações; HACCP. To- das as mudanças terão de ser incorporadas
- confirmação do controlo dos pontos críticos; na documen- tação do plano de HACCP de forma a que
- validação dos limites críticos; o mesmo este- ja sempre actualizado.
- revisão dos desvios e das disposições
- verificação da aplicação das medidas correctivas.
12º PASSO – ESTABELECER
A frequência da verificação irá influenciar a repetição
DOCU- MENTOS (PRINCÍPIO 7)
de verificações, caso ocorram desvios nos limites
críticos.
Os procedimentos do sistema de HACCP devem ser
su- portados em documentação e registos apropriados
A verificação deverá (não necessariamente ao mesmo
à na- tureza e complexidade das operações. Os
tempo):
registos de- vem ser precisos, eficazes e reveladores de
- verificar se os registos foram correctamente realizados
que o plano de HACCP está controlado e se mantém
e analisar os desvios;
actualizado. A
- realizar a verificação física do processo monitorizado;
- testar a calibração dos instrumentos utilizados na mo
70|
documentação desenvolvida para orientar os
estabeleci- mentos na aplicação do HACCP poderá
servir como su- porte à elaboração dos modelos de
registo a utilizar, que devem reflectir as operações
específicas de cada estabe- lecimento e ser sempre
validadas por um responsável.
- Exemplos de documentos:
. análise de perigos;
. determinação de PCC;
. determinação de limites críticos;
. modificações ao sistema de HACCP.
- Exemplos de registos:
. actividades de monitorização de PCC;
. desvios e acções correctivas associadas;
. actividades de verificação.
segurança?
NÃO
NÃO É UM PCC
STOP
NÃO É UM PCC
Ponto crítico de
controlo
NÃO
ANEXO 5
FORMAÇÃO
|FORMAÇÃO| |CURSO APHORT DE FORMAÇÃO
GERAL EM HIGIENE E SEGURANÇA
O Regulamento 852/2004 estabelece no Capítulo XII
ALIMENTAR / CÓDIGO DE BOAS
o seguinte:
PRÁTICAS|
“Os operadores das empresas do sector alimentar
Destinatários: O curso é preferencialmente dirigido
de- vem assegurar que:
a empregados de unidades hoteleiras e de unidades
O pessoal que manuseia os alimentos seja supervisado
de restauração que manuseiam alimentos.
e disponha, em matéria de higiene dos géneros alimen-
Objectivos:
tícios, de instrução e/ou formação adequadas para o
- Dotar os formandos dos conhecimentos nas áreas
de- sempenho das suas funções;
da Segurança Alimentar, com vista ao correcto
Os responsáveis pelo desenvolvimento e manutenção
exercício das suas funções e ao cumprimento das
do processo referido no nº1 do artigo 5º do presente re-
exigências le- gais, nacionais e comunitárias;
gulamento ou pela aplicação das orientações pertinen-
- Fornecer as competências previstas no nº 1 do
tes tenham recebido formação adequada na
Capítulo XII do Regulamento 852/2004, no quadro de
aplicação dos princípios HACCP;
aplicação do Código de Boas Práticas de Higiene e
Todos os requisitos da legislação nacional relacionados
Segurança Ali- mentar (APHORT).
com programas de formação de pessoas que trabalhem
em determinados sectores alimentares sejam
respeita- dos”. |CURSO APHORT DE FORMAÇÃO
PARA RESPONSÁVEIS EM HIGIENE E
Os estatutos da APHORT estabelecem no seu Artigo 7º SEGURANÇA ALIMENTAR / CÓDIGO
– Atribuições, no seu número 2 o seguinte: DE BOAS PRÁTICAS|
(…)
A ASSOCIAÇÃO tem também atribuições na área da
Destinatários: O curso é preferencialmente dirigido
Formação, nomeadamente:
a empresários e gerentes de unidades hoteleiras e de
(…);
res- tauração.
Formação de Empresários, Gestores e Dirigentes;
Objectivos:
Apoio e assistência às empresas associadas, nomeada-
- Dotar os formandos dos conhecimentos nas áreas
mente através de diagnósticos de necessidade de
da Segurança Alimentar, incluindo a aplicação dos
forma- ção e acções de formação profissional dos seus
prin- cípios do HACCP, com vista ao correcto
empre- gados;
exercício das suas funções (incluindo as de
(…)
supervisão), ao cumpri- mento das exigências legais,
A APHORT, no cumprimento dos seus Estatutos e,
nacionais e comunitárias, e das obrigações comerciais,
para dar cumprimento àquela disposição do
ferramentas de relevância para o aumento da
Regulamento 852/2004, no âmbito da aplicação do
competitividade;
presente Código de Boas Práticas de Higiene e
- Fornecer as competências previstas no nº 2 do
Segurança Alimentar cria dois cursos, ministrados
Capítulo XII do Regulamento 852/2004, no quadro de
pela APHORT ou por Inst- tituições de ensino por ela
aplicação do Código de Boas Práticas de Higiene e
reconhecidas.
Segurança Ali- mentar (APHORT).
74|
GLOSSÁRIO
|77
A
Alimentos de alto risco
C
Características organolépticas
Amplo conjunto de alimentos que, pela sua Características próprias de cada produto, como a cor,
natureza, composição ou forma de preparação sa- bor, cheiro e textura.
culinária, apresen- tam duas características, podendo
estar na origem de grande número de intoxicações Contaminação
alimentares: Presença de qualquer material estranho num alimento,
- são um óptimo caldo nutritivo para o desenvolvimento de origem química, física ou biológica, ou qualquer outro
das bactérias; que torne o alimento inadequado para ser
- degradam-se com facilidade. consumido.
B
quando passa de uns para ou- tros.
Controlo
Estabelecer procedimentos de controlo das operações.
Bactérias
Organismos vivos tão pequenos que são invisíveis
ao olho humano (só podem ser observados com o
auxílio de um microscópio). São seres muito simples,
compos- tos por uma só célula, e que, quando em
condições ópti- mas para o seu desenvolvimento, se
reproduzem muito rapidamente.
76|
D
Diagrama de Fabrico ou Fluxograma
F
FIFO
Representação sistemática da sequência de fases ou Representa a regra de rotação de stocks “First in,
operações levadas a cabo na produção ou elaboração First out”, que em português significa que o primeiro
de determinado produto alimentar. produto a entrar em stock deve ser o primeiro a sair
(PEPS), de- pendendo, no entanto, do prazo de validade
Desinfecção do produto.
H
Redução do número de microrganismos para um nível
que proteja os alimentos de uma contaminação perigo-
sa, através de agentes químicos, sem prejuízo para
os alimentos.
Detergente HACCP
Substância química que se usa para eliminar a sujidade
Hazard Analysis Critical Control Point – Análise de Pe-
e a gordura de uma superfície antes de ser
rigos e Controlo dos Pontos Críticos: sistema que
desinfecta- da.
tem como finalidade a segurança alimentar.
E
Esporos
I
Infecção Alimentar
Formas latentes de resistência que algumas bactérias
Causada devido ao facto do microrganismo presente
possuem para se protegerem contra condições
no alimento se multiplicar originando uma quantidade
extremas de temperatura.
su- ficiente que cause doença no consumidor.
78|
Intoxicação Alimentar
Causada pela ingestão de alimentos que contêm
Microrganismos patogénicos
São seres vivos de reduzidas dimensões causadores de
toxi- nas, substâncias produzidas pelos
doenças.
microrganismos, ou causada por produtos químicos.
L
Limite crítico
P
Perigo
Agente biológico, químico ou físico presente no alimen-
Critério que diferencia a aceitabilidade da
to, ou as condições em que este se encontra, que
inaceitabili- dade do processo numa determinada
pode causar um efeito adverso para a saúde.
fase.
Plano de HACCP
Limpeza
Documento preparado em conformidade com os
Eliminação de sujidade, quer se trate de restos de
princí- pios do sistema HACCP, de forma a que o seu
ali- mentos, de gorduras ou de outro tipo de detritos.
M
cumpri- mento assegure o controlo dos perigos que são
signifi- cativos para a segurança dos alimentos, no
segmento da cadeia alimentar considerado.
R
Marcha em frente
Circuito que os alimentos devem seguir, da zona
mais suja para a mais limpa, de forma a que os
alimentos prontos a servir não se cruzem com os
alimentos que irão ser descascados, lavados, etc.
Microrganismos
Seres vivos de pequenas dimensões, como as bactérias,
|
S
Sistema HACCP
V
Sistema que permite identificar, avaliar e controlar Validação
peri- gos significativos para a segurança dos Constatação de que os elementos do plano de
alimentos. HACCP são efectivos.
Z
Sobras
Alimentos que foram confeccionados em excesso,
que não chegaram a ser servidos e nos quais se
manteve a cadeia de frio/quente.
Zona de perigo
T
Intervalo de temperatura compreendido entre os 50C e
os 650C no qual a maioria dos microrganismos se
de- senvolvem rapidamente.
Toxinfecção alimentar
Doença de natureza infecciosa ou tóxica, causada ou
que se presume ter sido originada pelo consumo de ali-
mentos e de água.
80|
|BIBLIOGRAFIA| - Hazelwood, D. e MCLean, A.C., Hygiene.
Acomplete course for food handlers, 1ª edição,
- Araújo, Manuel, Segurança Alimentar, Lisboa, Hodder & Stoughton, Ltd, MillRoad,
Meribérica/Liber editores, 1997 Dunton Green, Sevenoaks, Kent, Inglaterra