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AGROALIMENTAR - DCI_NSAPVD/2012/288-844
INDICE
INDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Principais características de alteração dos alimentos. ................................................. 5
Tabela 2 - Exemplos de perigos físicos. ....................................................................................... 12
Tabela 3 - Classes de alimentos em função do seu pH. .............................................................. 14
Tabela 4 - Limites mínimos de pH que permitem o crescimento de alguns microrganismos. ... 15
Tabela 5 - Ácidos orgânicos de uso mais comum em alimentos e exemplos de aplicações....... 16
Tabela 6 - Valores mínimos de atividade da água que permitem o crescimento de
microrganismos. .......................................................................................................................... 17
Tabela 7 - Valores aproximados de aw de cinco grupos de alimentos. ....................................... 18
Tabela 8 - Limites de temperatura (oC) de crescimento de quatro grupos fisiológicos de
bactérias. ..................................................................................................................................... 23
Tabela 9 - Valores de Q10 de diversas reações. ........................................................................... 23
Tabela 10 - Tempos de redução decimal (valores D) para alguns microrganismos. ................... 24
Tabela 11 - Tempos de redução decimal (valores D) para alguns esporos a determinadas
temperaturas............................................................................................................................... 25
Tabela 12 - Grupos fisiológicos de microrganismos em função das condições ótimas de
atmosfera de crescimento. ......................................................................................................... 26
Tabela 13 - Escala de maturação de banana, segundo o aspeto, teores de açúcar e amido. .... 36
Tabela 14 - Avaliação sensorial de bananas-passa obtidas a partir de frutas de diferentes
variedades de banana selecionados do Banco Ativo de Germoplasma da Embrapa Mandioca e
Fruticultura. ................................................................................................................................. 41
Tabela 15 - Composição nutricional da farinha de fruta-pão. .................................................... 48
Tabela 16 – Regras e regulamentos em rotulagem para diversos países. .................................. 58
Tabela 17 – Exemplos de pragas comuns. .................................................................................. 83
Tabela 18 - Classificação dos microrganismos de acordo com o seu risco e difusão segundo o
National Advisory Committee on Microbiological Criteria for Foods (N.A.C.M.C.F.), EUA (2004).
..................................................................................................................................................... 93
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INDICE DE FIGURAS
Figura 1 – Multiplicação de Microrganismos ................................................................................ 8
Figura 2 - Diferentes formas apresentadas por bactérias. ............................................................ 9
Figura 3 – Classificação da banana de acordo com o seu amadurecimento. ............................. 29
Figura 4 - Fluxograma do procesamento de Farinha de Banana. ............................................... 30
Figura 5 – Câmaras de Maturação. ............................................................................................. 32
Figura 6 - Padrão de empilhamento 4 – bloco alternado, para climatização de banana. .......... 34
Figura 7 - Detalhes construtivos e localização do galpão de maturação de banana. ................. 36
Figura 8 - Secador solar. .............................................................................................................. 40
Figura 9 - secador de cabine com circulação forçada de ar. ....................................................... 40
Figura 10 - Fluxograma do processamento de banana-passa. .................................................... 41
Figura 11 - Fluxograma do processamento de chips de banana. ................................................ 45
Figura 12 - Fluxograma para obtenção da farinha de fruta-pão. ............................................... 48
Figura 13 - Moagem da fruta-pão seca. ...................................................................................... 50
Figura 14 – Fluxograma de processamento de Pálas-Pálas de Fruta-Pão................................... 51
Figura 15 – Pacote de Chips de Fruta-Pão .................................................................................. 51
Figura 16 - Etapas do processo de produção de Pála-Pála de Matabala. ................................... 52
Figura 17 – Exemplo de rótulo com informação nutricional e respetiva correção..................... 60
Figura 18 – Sequência de 6 passos para uma correta lavagem das mãos. ................................. 65
Figura 19 – Armazenamento seguro de detergentes e químicos. .............................................. 73
Figura 20 – Acondicionamento de materiais de embalagem. .................................................... 73
Figura 21 – Estação rateira com isco e devida sinalética. ........................................................... 85
Figura 22 - Matriz de Risco .......................................................................................................... 93
Figura 23 - Árvore de Decisão Fonte: Codex Alimentarius .......................................................... 94
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CARACTERÍSTICA DEFEITO
TEXTURA Perda de solubilidade
Perda de capacidade de retenção de água
Endurecimento
Amolecimento
AROMA E SABOR Rancificação
Desenvolvimento de cheiros anormais
Desenvolvimento de sabores anormais
COR Escurecimento
Descoloração
Desenvolvimento de cores anormais
APARÊNCIA Diminuição do tamanho de partículas
Aumento do tamanho de partículas
Aparecimento de grânulos
VALOR NUTRITIVO Perda ou degradação de:
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Vitaminas
Minerais
Proteínas
Lípidos
Alguns processos de degradação apenas afetam as características nutricionais e sensoriais do
produto (sabor, aroma, cor, textura, características nutritivas) enquanto outros, afetando, ou
não, aquelas características, poderão beneficiar o desenvolvimento de microrganismos
patogénicos ou a produção de toxinas, transformando-os em produtos perigosos para a saúde.
Também, a presença de resíduos químicos (p. ex. pesticidas ou resíduos medicamentosos) ou
de materiais físicos (p. ex. restos de metal) poderão colocar em causa a saúde dos
consumidores.
A principal causa de alteração dos alimentos resulta, como já referido, do desenvolvimento de
microrganismos (bactérias, leveduras e bolores) que, dispondo de condições favoráveis, se
multiplicam muito rapidamente e, por ação das suas enzimas, provocam reações que levam à
sua degradação.
São diversos os géneros microbianos (Perigos Biológicos) que aparecem nos alimentos.
Apresentam diferentes necessidades nutricionais e são influenciados pelo ambiente que os
envolve.
As principais origens destes microrganismos são: solo, ar/poeiras, água, utensílios e
equipamentos, animais (a sua pele, penas e pelos), plantas e o Homem.
As plantas podem ser contaminadas pelo solo e pela água, por exemplo se a rega for efetuada
com água contendo material fecal, ou a lavagem de produtos hortícolas for realizada com água
de má qualidade microbiológica.
Os utensílios, nomeadamente as superfícies de corte como facas e tábuas, mal higienizados,
são muitas vezes a origem de contaminação dos alimentos com que entram em contacto.
O ar e as poeiras são a principal fonte de leveduras e bolores.
O Homem também é responsável, enquanto manipulador dos alimentos, pela disseminação de
microrganismos, estando associado sobretudo, à propagação de Staphylococcus spp. Esta
contaminação pode ser feita pelas mãos, a partir da cavidade nasal, boca, trato
gastrointestinal e pele.
Alguns microrganismos são também capazes de produzir compostos tóxicos ou, são eles
próprios agentes diretos de doenças. Estes são denominados como patogénicos. Como
exemplos podem citar-se os agentes da tuberculose, da brucelose, da salmonelose entre
muitos outros.
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As doenças causadas pela ingestão de alimentos que não sejam seguros (contaminados) são
um dos principais problemas de Saúde Pública. São doenças muito desagradáveis!
Para muitos consumidores, como por exemplo, crianças, grávidas e idosos, podem até ser
fatais. Os sintomas mais frequentes são:
1 - Náuseas e vómitos;
2 - Diarreia;
3 - Dores de estômago;
4 - Dores de cabeça;
5 - Febre.
Um alimento pode tornar-se não seguro e, consequentemente, causar doença, se estiver
contaminado com pelo menos um dos seguintes agentes (perigos alimentares):
1 - Biológicos;
2 - Químicos;
3 - Físicos.
i. Perigos Biológicos
Estima-se que cerca de 90% das doenças transmitidas por alimentos sejam provocadas por
microrganismos. Estes podem ser encontrados em quase todos os alimentos, mas a sua
transmissão resulta, na maioria dos casos, da utilização de práticas erradas nas etapas da sua
confeção ou distribuição. Embora se conheçam mais de 250 tipos diferentes de bactérias, vírus
e parasitas causadores de doenças de origem alimentar, apenas alguns aparecem
frequentemente.
Os perigos biológicos englobam um conjunto de seres vivos como:
Tabela 2 - Exemplos de perigos biológicos.
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Bactérias
As bactérias são o tipo de microrganismo mais comum. São seres vivos de dimensão muito
pequena que apenas podem ser vistas ao microscópio. Muitas bactérias são prejudiciais à
saúde das pessoas (bactérias patogénicas) podendo causar doenças de origem alimentar
(intoxicações e/ou infeções alimentares).
As bactérias são residentes habituais das mãos, nariz, cabelo e intestino, daí que o
manipulador de alimentos seja uma das principais fontes de contaminação através do contacto
direto dos alimentos com as mãos. Há alimentos que por si só são veículos de contaminação
uma vez que há bactérias presentes na sua estrutura física (carnes, peixes, mariscos e
vegetais).
1 - Alimento e Água: as bactérias crescem muito bem em alimentos ricos em proteínas e água
(carne, peixe, gelados, ovos);
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Vírus
Alguns vírus são causadores de doenças de origem alimentar, apesar de não terem a
capacidade de se multiplicar nos alimentos. A sua destruição nos alimentos pode não ocorrer.
Os vírus mais frequentemente associados a doenças de origem alimentar são os da hepatite A
e da hepatite E, os rotavírus (principal causa de diarreia infantil) e os vírus da família Norwalk
(que provocam gastroenterites).
Parasitas
Os parasitas podem crescer e atingir o estado adulto no trato gastrointestinal dos Humanos ou
podem ser diretamente ingeridos como resultado do consumo de alimentos contaminados.
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Nalguns casos os sintomas podem durar várias semanas ao fim das quais diminuem ou
desaparecem, para posteriormente reaparecerem. Entre os principais parasitas que causam
doenças de origem alimentar, encontram-se Giardia lamblia ou intestinalis, Cryptosporidium
parvum e Trichinella spiralis.
Sabe-se que cerca de 100 mil compostos químicos são atualmente usados em todo o mundo.
Estes compostos podem ter efeitos adversos para a saúde. Alguns destes compostos químicos
podem, inadvertidamente, contaminar os alimentos, servindo, deste modo, de meio de
intoxicação do Ser Humano.
Existem também outros químicos que também têm importância em termos de Segurança
Alimentar, como os compostos naturais de origem animal ou vegetal, como por exemplo as
micotoxinas ou as ficotoxinas.
Também os materiais usados para contacto com os alimentos, não sendo completamente
inertes, podem ser possíveis fontes de migração de substâncias que, se forem transferidas da
embalagem para os alimentos, poderão constituir um perigo para o consumidor, como é o
caso dos ftalatos que têm sido detetados em óleos alimentares.
tecnologias baseadas em altas temperaturas, como por exemplo a fritura, poderão conduzir à
formação de novas substâncias tóxicas como por exemplo os compostos polares.
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Nota* - Os Operadores das Empresas do Setor Alimentar devem estar conscientes que estes
exemplos são meramente elucidativos e que podem surgir outros perigos, por exemplo, os
ligados à disposição do seu estabelecimento ou ao processo que estiver a ser aplicado, os
quais podem não estar previstos neste manual, não deixando assim de ser necessário
continuar à procura da presença de outros perigos e encontrar os respetivos métodos de
controlo adequado.
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alimentos e que os alimentos congelados mantêm as suas características por longos períodos
de tempo. Também percebeu que o aquecimento elimina os microrganismos e que,
embalando os alimentos tratados pelo calor eles se degradam mais lentamente. Verificou
também que, alguns alimentos quando são mantidos à temperatura ambiente modificam as
suas características organoléticas (relacionadas com o seu sabor) mas mantêm-se estáveis e,
inclusivamente, melhoram a sua capacidade de conservação e o seu sabor. Esta observação
deu origem a diversos alimentos e bebidas fermentadas, a maioria de origem étnica e
característicos de algumas regiões (p. ex. leite azedo, cerveja de massambala). Uma grande
variedade de produtos fermentados é, hoje em dia, encontrada nos mercados e se, nalguns
casos, esses produtos beneficiaram com a aplicação dos princípios científicos atuais, na
maioria dos casos permanecem idênticos aos produtos originais. Este é o caso de bebidas
alcoólicas como o vinho e a cerveja variados queijos e leites fermentados ou mesmo produtos
cárnicos, como algumas salsichas.
Assim, as razões mais importantes para o processamento e conservação de alimentos têm que
ver com a natureza sazonal das produções agrárias, com o interesse em acrescentar valor aos
produtos e, com a necessidade de garantir a variedade da dieta.
O conhecimento dos fatores que afetam o desenvolvimento dos microrganismos é pois crucial
na aplicação das tecnologias de conservação.
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•pH/acidez
Há milhares de anos que o aumento da acidez dos alimentos, quer de forma natural, através
de um processo de fermentação (p. ex. iogurte, leites fermentados ou pickles) quer
artificialmente, através da adição de ácidos fracos, tem sido usada para aumentar a
estabilidade microbiológica dos alimentos e para garantir a sua conservação.
A acidez é o principal fator que garante a conservação dos alimentos fermentados e, este fator
pode ser combinado com outros que também promovam a sua conservação, como sejam, o
calor, a adição de conservantes e, a atividade da água.
O grau de acidez de um alimento pode ser medido por titulação química ou, mais vulgarmente,
a determinação do pH de um produto alimentar é usada como um excelente indicador da sua
acidez. O pH é medido numa escala entre 0 e 14, sendo o valor de 7 o indicador da
neutralidade. Valores superiores a 7 indicam condições básicas e, inferiores a esse valor
indicam condições ácidas.
Em termos práticos, os alimentos que são submetidos a tratamentos térmicos para a sua
conservação são normalmente divididos em dois grupos, consoante o seu pH: alimentos pouco
ácidos, com um valor de pH superior a 4,5 e, alimentos ácidos com valores de pH mais baixos.
ALIMENTOS pH
NEUTROS: 7,0 – 6,5
CARNE LOGO APÓS O ABATE
LEITE
PEIXE
OVOS
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MICRORGANISMOS pH Mínimo
Salmonella paratyphy Ø 4,0
Escherichia coli Ø 4,4
Vibrio parahaemolyticus Ø 4,8
Bacillus cereus Ø 4,9
Clostridium botulinum Ø 4,7
Staphylococcus aureus Ø 4,0
Enterococcus spp 4,8
Lactobacillus spp 3,8
Saccharomyces cerevisiae 2,3
Aspergillus oryzae 1,6
Penicillium italicum 1,9
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Os ácidos orgânicos formam-se nos frutos, como por exemplo, o ácido cítrico nos limões e o
ácido benzoico nas amoras. O ácido láctico ocorre nos tecidos animais e no leite e, vários
outros ácidos orgânicos estão presentes nas especiarias.
Os ácidos orgânicos (acético, benzoico, cítrico, propiónico e sórbico) são vulgarmente usados
em alimentos como conservantes ou acidificantes. É a forma não dissociada do ácido que
possui ação antimicrobiana. Esta forma é facilmente solúvel na membrana celular dos
microrganismos e interfere com a sua permeabilidade afetando a atividade dos
microrganismos. Se o pH do alimento for baixo (acidez elevada) a atividade dos ácidos
orgânicos como conservantes é mais eficaz.
Tabela 5 - Ácidos orgânicos de uso mais comum em alimentos e exemplos de aplicações.
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MICRORGANISMO aw mínima
BACTERIAS
Clostridium botulinum Ø 0,94
Bacillus cereus Ø 0,95
Clostridium perfringens Ø 0,95
Escherichia coli Ø 0,95
Salmonella spp Ø 0,95
Staphylococcus aureus Ø 0,86
LEVEDURAS
Debaryomyces hansenii 0,80
Saccharomyces bailii 0,83
Saccharomyces cerevisiae 0,90
BOLORES
Alternaria citri 0,77
Aspergillus niger Ø 0,78
Aspergillus flavus Ø 0,84
Botrytis cinerea 0,93
Rhizopus nigricans 0,93
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ALIMENTOS aw
CARNE E PEIXE FRESCOS 1,0-0,98
LEITE E BEBIDAS
IOGURTE E QUEIJO FRESCO
FRUTOS E VEGETAIS FRESCOS
CARNE LIGEIRAMENTE SALGADA 0,98-0,93
SALSICHAS FERMENTADAS
LEITE EVAPORADO
CARNES CURADAS ENLATADAS
QUEIJO SEMI DURO
CARNE E PEIXE SECOS 0,93-0,85
QUEIJOS DUROS
LEITE CONDENSADO
PRESUNTO
MANTEIGA
FRUTA SECA 0,85-0,60
FUBA
CEREAIS
DOCES E GELEIAS
QUEIJOS EXTRA DUROS
BACALHAU SALGADO
CAJÚ
GINGUBA
MEL <0,60
BOLACHAS
LEITE EM PÓ
Adaptado de ICMSF (1980) e de Jay, (1992).
Sais de cura
A adição de sal conduz à redução da atividade da água, criando condições adversas para a
multiplicação da maior parte dos microrganismos. O processo de cura para a preservação de
alimentos teve origem com o processo de salga.
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O sal (cloreto de sódio) contém nitrato de sódio (NaNO3) juntamente com outras impurezas.
• Nutrientes disponíveis
À semelhança de qualquer organismo, os microrganismos necessitam de um conjunto básico
de nutrientes para o seu crescimento e para a realização das suas funções metabólicas. A
exigência quanto à quantidade e ao tipo de nutrientes difere substancialmente de
microrganismo para microrganismo. Entre os nutrientes que a generalidade dos
microrganismos necessita encontram-se: a água, uma fonte de energia, o azoto, as vitaminas e
os sais minerais.
As gorduras e os óleos podem ser utilizados como fonte de energia por microrganismos
lipolíticos, como vários bolores, leveduras e bactérias (Pseudomonas, Achromobacter,
Alcaligenes e outras); embora a maioria dos microrganismos não consiga crescer neste
substrato.
Os aminoácidos são a fonte mais importante de azoto para os microrganismos, podendo ser
também utilizado como fonte de energia. Existem, no entanto outros compostos azotados que
podem ser utilizados como fonte de azoto como, por exemplo, a ureia, a amónia e
metilaminas.
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• Constituintes antimicrobianos
Alguns alimentos contêm naturalmente algumas substâncias com características anti-
microbianas que lhes conferem alguma estabilidade acrescida. Substâncias com características
antimicrobianas podem ser encontradas quer em alimentos de origem vegetal, quer em
alimentos de origem animal, como por exemplo:
- Ovo: possui a lisozima (muramidase), que destrói a parede celular de bactérias Gram-
positivas. Na albumina do ovo existe a avidina, substância que age contra algumas bactérias e
leveduras.
- Amora, ameixa e morango: possuem o ácido benzoico com ação bactericida e fungicida,
sendo mais eficaz em valores de pH entre 2,5 e 4,5.
- Leite: no leite cru existem muitos grupos de substâncias com atividade antimicrobiana, como
o sistema lacto-peroxidase, lacto-ferrina e outras proteínas que se ligam ao ferro, protegendo
o leite contra a deterioração e inibindo o crescimento de bactérias patogénicas.
Alguns processos de transformação de alimentos resultam também na formação de
compostos com características antimicrobianas nos alimentos. Entre esses processos incluem-
se:
- A deposição de substâncias com características antimicrobianas na superfície do produto, nos
processos de fumagem de carnes e de pescado;
- A formação de compostos de Maillard resultantes de reações entre açúcares e aminoácidos
ou peptídeos, na sequência de processos térmicos em alguns alimentos;
- A formação de bactericidas, antibióticos e outros inibidores, resultantes de processos
fermentativos (e.g. bactérias ácido lácticas).
Embora estas substâncias antimicrobianas possam contribuir positivamente para inibir o
crescimento microbiano, normalmente o nível em que se encontram é demasiado baixo para
que só por si possam assegurar uma adequada estabilidade do alimento, devendo ser
combinado com outros fatores como, por exemplo, o pH e a atividade da água.
Em adição às substâncias antimicrobianas que ocorrem naturalmente nos alimentos, podem
ser adicionados aos alimentos um conjunto de conservantes químicos e aditivos para estender
o tempo de vida dos alimentos e/ou inibir o crescimento microbiano, quer individualmente,
quer de forma combinada.
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• Estruturas biológicas
Existe um determinado número de alimentos, de origem animal e vegetal, cuja estrutura física
os protege da entrada e crescimento de microrganismos, incluindo os patogénicos.
Como exemplos de tais barreiras físicas é possível enumerar a casca de frutos e vegetais, as
conchas de animais e as cascas e as membranas nos ovos. A manutenção intacta destas
estruturas biológicas dos alimentos pode ser importante para prevenir a entrada e o
subsequente desenvolvimento microbiano. No caso de frutos e alguns vegetais, danos
provocados na casca durante a colheita, transporte e armazenagem, bem como picadas de
insetos, podem permitir a penetração de microrganismos e facilitar-lhes o acesso aos
nutrientes necessários ao seu desenvolvimento. Após a colheita, os microrganismos
patogénicos podem sobreviver na superfície exterior dos frutos e de vegetais, mas
normalmente não têm condições para crescer, dado que, na generalidade, não é normal que
os microrganismos patogénicos tenham capacidade para produzir as enzimas necessárias para
atacar a casca destes produtos, o que lhes restringe o acesso à água e restantes nutrientes
necessários ao seu desenvolvimento.
O ovo é um outro exemplo de um alimento em que a sua estrutura biológica, quando intacta,
contribui para prevenir a contaminação a partir do exterior. Para que a contaminação do
interior do ovo ocorra por microrganismos que se encontrem na superfície, é necessário que
estes penetrem através da casca e da membrana do ovo. Embora o ovo possua naturalmente
substâncias antimicrobianas, estas são insuficientes para garantir a sua conservação caso os
microrganismos consigam atravessar a casca e a membrana. A temperatura de conservação, a
humidade relativa, a idade dos ovos e o nível de contaminação superficial, são alguns dos
fatores que podem influenciar a penetração dos microrganismos no alimento.
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• Temperatura
A temperatura é provavelmente o mais importante fator ambiental que afeta o crescimento e
a viabilidade dos microrganismos. Embora algumas espécies de microrganismos possam
crescer a temperaturas de -8ºC ou a +90ºC, a gama de temperaturas que permite o
crescimento de microrganismos, incluindo os patogénicos, raramente ultrapassa os +35ºC. A
tabela 8 apresenta os limites de crescimento de quatro grupos fisiológicos de bactérias.
o
Tabela 8 - Limites de temperatura ( C) de crescimento de quatro grupos fisiológicos de bactérias.
As reações químicas bem como a inativação dos microrganismos são afetadas pela
temperatura. Normalmente, um aumento da temperatura de 10ºC (Q10) origina um aumento
da velocidade das reações químicas de 2 a 4 vezes. O mesmo aumento da temperatura tem
um efeito muito mais pronunciado sobre a velocidade de inativação dos microrganismos
(entre 8 a 20 vezes). A tabela 9 apresenta os valores de Q10 de diversos processos.
Q10 PROCESSOS
1,8-4,0 Reações Químicas
8,0-12,0 Inativação de Esporos Bacterianos
10,0-20,0 Inativação de Microrganismos
10,0-100,0 Desnaturação de Proteínas
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Tabela 11 - Tempos de redução decimal (valores D) para alguns esporos a determinadas temperaturas.
• Humidade do ar ambiente
A humidade relativa influencia diretamente a atividade de água do alimento. Se um alimento
com baixa atividade de água está armazenado num ambiente com alta humidade relativa, a
atividade de água deste alimento aumenta, permitindo a multiplicação de microrganismos.
A combinação entre humidade relativa e temperatura não pode ser desprezada. Geralmente,
quanto maior a temperatura de armazenagem, menor a humidade relativa, e vice-versa.
Alterando o gás da atmosfera é possível retardar a multiplicação de microrganismos, sem
diminuir a humidade relativa.
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• Composição da atmosfera
Os diferentes grupos de bactérias também necessitam de condições específicas de composição
do ar para o seu crescimento. Alguns apenas se desenvolvem em presença de oxigénio
(aeróbios), enquanto outros exigem a ausência deste elemento para o seu crescimento
(anaeróbios). A tabela seguinte apresenta diferentes grupos de microrganismos em relação à
composição da atmosfera de crescimento que necessitam.
GRUPOS EXEMPLOS
AERÓBIOS ESTRITOS Pseudomonas aeruginosa Ø
AERÓBIOS Sacharomyces cerevisae
ANAERÓBIOS FACULTATIVOS Escherichia coli Ø
ANAERÓBIOS ESTRITOS Clostridium botulinum Ø
Ø microrganismos patogénicos.
O CO2 é o gás mais utilizado para retardar a deterioração de alimentos (frutas, produtos
cárneos). A maioria das bactérias, bolores e leveduras são inibidas, mas não destruídos em
atmosfera contendo 5 e 50 % de CO2 (v/v). Uma concentração de 10%, reduz até 50% nas
contagens totais de microrganismos O CO2 é muito eficiente contra microrganismos
psicrotróficos - bolores e leveduras oxidativas e bactérias Gram-negativas. A utilização de 15%
de CO2 na atmosfera, praticamente duplica o espaço de tempo para estas bactérias se
multiplicarem a 0ºC. As bactérias Gram-positivas, principalmente as lácticas, são resistentes ao
CO2.
Alguns microrganismos naturalmente presentes nos alimentos produzem substâncias que são
inibidoras ou letais para outros microrganismos. Estas incluem os antibióticos, bacteriocinas,
peróxido de hidrogénio e ácidos orgânicos.
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1 BANANA
Para o processamento da maior parte dos produtos derivados de banana são utilizadas frutas
maduras, com aroma e sabor intensos. Entretanto, alguns produtos, como a farinha e os chips
de banana, requerem que a matéria-prima contenha maior teor de amido. Neste caso,
utilizam-se frutas verdes ou semi-maduras.
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A farinha de banana verde é produzida a partir de banana verde com baixo teor de açúcares
(cerca de 0,5 a 1%), apresentando a casca e as extremidades de coloração totalmente verde. A
farinha produzida a partir das bananas verdes não tem sabor acentuado característico de
banana. Este sabor é mais pronunciado no caso de farinha de banana madura porém, o
processo e desidratação deve ser mais elaborado.
A farinha de banana pode ser produzida, praticamente, de todas as variedades de banana, mas
geralmente são utilizadas as do subgrupo cavendish, nanica ou nanicão.
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Colheita
Transporte
Despencamento
Lavagem Lavagem
Descascamento Corte
Corte Sulfitação
Moagem Embalagem
Embalagem Armazenamento
Colheita e transporte
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cultivares nanica, nanicão, maçã e prata. Para estas cultivares, os cachos não devem ser
colhidos se ainda apresentam na superfície, angulosidades muito pronunciadas, isto é, não
tenham atingido o seu desenvolvimento normal, porque as bananas não amadurecem
satisfatoriamente. Se o amadurecimento ocorrer, este será relativamente mais demorado, as
frutas terão sabor amiláceo e conterão menos açúcar do que aquelas colhidas em estádio mais
avançado de desenvolvimento.
A medição do diâmetro da fruta, para fins de colheita, é feita nas pencas situadas quase no
meio do cacho, ou seja, na quarta ou quinta penca, a contar de cima para baixo. A colheita
pode ser realizada em diferentes estádios de desenvolvimento dos frutos, dependendo do fim
a que se destina o produto e da distância do mercado consumidor. Para a produção de farinha
de banana, deve-se colher no estádio de desenvolvimento correspondente a ¾ gorda, ou seja,
34 e 36 mm de diâmetro para os cultivares nanica e nanicão, respetivamente.
Receção e despencamento
Lavagem
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A lavagem tem outro fator conveniente que é o pré-resfriamento das frutas. A imersão em
água evita um aquecimento excessivo na câmara em seguida ao carregamento e torna mais
fácil atingir a temperatura de 20ºC ideal para o amadurecimento das frutas, para
processamento industrial. No caso da utilização de banana verde, a lavagem facilita também a
remoção da casca. Para o fluxo de produção de farinha de banana verde, visando facilitar o
descascamento, a imersão pode ser efetuada em duas etapas: a primeira em água clorada (5
ppm= 5mg/ 1L) à temperatura de 40-45ºC e a segunda em água clorada (5 ppm) a 70-75ºC.
Esta temperatura facilita a remoção da película aderente na periferia do mesocarpo. Estas
operações podem ser efetuadas no espaço de 5-6 minutos.
Maturação
A maturação controlada é feita em câmaras especialmente construídas para este fim. Estas
câmaras possuem exaustores, os quais são responsáveis pela renovação do ar interno da
câmara. Estas câmaras, podem ser construídas em alvenaria ou pré-moldadas. As paredes, o
teto e o piso, devem possuir isolamento térmico de estiropor ou poliuretano com espessura
mínima de 4 polegadas. A porta deve apresentar um bom isolamento e ser hermética, a fim de
evitar a perda do gás ativador da maturação. As bananas são geralmente armazenadas na
câmara de maturação em caixas de polietileno.
Diversos gases podem ser utilizados para acelerar e produzir uma maturação uniforme,
principalmente o etileno, que é utilizado em uma mistura com nitrogénio (5% etileno, balanço
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Uma vez que a temperatura aumenta devido à respiração das bananas, a área exposta do topo
das caixas é muito importante para prevenir aumento de temperatura na pilha e manter a
temperatura da polpa estável durante a climatização. Para operação paletizada usando paletes
de 1,00 x 1,20 m (40" x 48"), o melhor padrão de empilhamento é o 4-bloco alternado (Figura
6).
As pilhas devem ser distribuídas uniformemente na câmara, para propiciar um bom fluxo de
ar, necessário ao controle da temperatura da polpa e progresso da coloração. As paletes não
devem ser colocadas a menos de 45 cm das paredes frontal e traseira da câmara. Quando se
usa o padrão 4-bloco alternado, as pilhas podem ser justapostas. No entanto, se for usado
outro padrão de empilhamento, deve-se deixar 10 cm entre cada pilha.
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Um tanque de 1.000 litros comporta cerca de 250 pencas de banana e um tonel de 200 litros,
50 pencas. Assumindo-se que o tempo de tratamento de cada lote pode durar 30 minutos,
incluindo o despencamento e a lavagem prévia, num dia de trabalho é possível tratar 4.000
pencas no tanque e 800 no tonel.
Na ausência de árvores, podem ser plantadas variedades de banana de porte alto (Prata,
Pacovan ou Terra) em espaçamento denso (1,50m), nas laterais e no fundo do galpão. A
temperatura no interior do galpão deve ficar entre 14 e 26ºC. Para as regiões e estações do
ano com humidade do ar inferior a 80%, é imprescindível construir valas impermeabilizadas no
piso, ao longo das paredes, para colocação de água; uso de forro sob o telhado e porta com
boa vedação. Pode-se também, para garantia de elevada humidade, regar o piso com água
diariamente.
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Descascamento
O estádio de maturação adequado para se iniciar o descascamento das frutas é decorrente do
produto final desejado. No caso da farinha de banana verde, as frutas devem apresentar-se no
ponto 1 da Escala de Maturação, mostrada abaixo. Para a farinha de banana madura, o estádio
de maturação adequado para se iniciar o descascamento das frutas é quando elas se
apresentam amarelas com extremidades verdes, ponto 5 da escala.
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À medida que vão sendo descascadas, as bananas devem ser imediatamente cortadas, de tal
forma em que o período entre o descascamento, corte e sulfitação seja o menor possível.
Corte
Sulfitação
A sulfitação pode ser feita por via seca em câmaras onde é feita a combustão do enxofre
sublimado ou húmida por aspersão ou imersão. Quando for utilizada a via seca, o enxofre deve
ser puro, podendo ser adicionado de nitrato de sódio ou potássio para garantir a completa
combustão. As doses de enxofre variam de 16 a 20 g/m2 da atmosfera da câmara por 15 a 30
minutos.
Quando for utilizada a via húmida, a solução de bissulfito de metabissulfito de sódio pode ser
de 4.000 a 5.000 ppm de concentração com tempo de imersão de 5 minutos. Uma outra opção
para evitar o escurecimento das frutas, seria a utilização de uma solução com 1% de ácido
cítrico e 1% de bissulfito de sódio, ou somente com 1% de ácido cítrico por cerca de dois
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Deve-se observar que as caixas de polietileno destinadas à sulfitação nunca devem ser
colocadas diretamente sobre o chão, o que facilitaria a contaminação da solução de
metabissulfito, comprometendo a qualidade do produto final. Estas embalagens devem ser
colocadas sempre sobre paletes revestidas de material impermeável enquanto esperam o
banho em metabissulfito e após esta etapa.
As rodelas, fatias ou cubos são distribuídos na razão de 8 a 9 kg/m2. Não se deve jamais
sobrecarregá-las para não impedir a transmissão de calor e desidratação adequada do
material. A espessura obtida varia, ligeiramente, de acordo com a preparação, sendo em geral,
de 2 a 3 cm. Deve-se observar para que o tempo de descascamento e o início da secagem seja
o menor possível para evitar contaminação.
Secagem em câmara
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Durante a secagem é efetuada a troca de posição das bandejas ou dos carrinhos do secador,
para conferir maior uniformidade na humidade e aspeto do produto. O tempo de secagem é
em média de 12 horas, dependendo da carga utilizada, da temperatura, velocidade tangencial
do ar, da condição de humidade do ar de secagem e do tipo de secador (bandejas estáticas ou
móveis).
Em geral, admite-se que 100 kg de banana em regime de operação de corte dão 50 kg de polpa
utilizável. Estes 50 kg, depois de secos, darão 10 a 11 kg de rodelas secas com 6-8% de
humidade.
Moagem
Embalagem e acondicionamento
Devido a farinha ser higroscópica, ela deve ser acondicionada em embalagens à prova de
humidade, sendo armazenada em local seco.
Muitas são as embalagens que podem ser utilizadas para alimentos desidratados como as latas
de folha-de-flandres, vidros e materiais flexíveis. As embalagens metálicas apresentam como
desvantagem o custo elevado. As vantagens da embalagem de vidro são a retenção do aroma
do produto, a facilidade do refechamento após o uso de parte do seu conteúdo e a
impermeabilidade à passagem de gases e vapor d´água.
Uma excelente opção de embalagem para alimentos desidratados é a dos materiais flexíveis.
Nesse caso, há de ser considerada a permeabilidade dos materiais ao vapor de água e ao
oxigénio porque ambas exercem preponderante influência na vida-de-prateleira desses
produtos. Entre o material mais utilizado destaca-se o polietileno, que se caracteriza pela baixa
permeabilidade ao vapor de água, alta permeabilidade ao oxigênio e baixa resistência à
passagem de gordura.
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Banana
Lavagem
Descascamento
Seleção
Retirada do mesocarpo
Branqueamento
Secagem
Acondicionamento
Embalagem
Armazenamento
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Lavagem
Esta etapa pode ser realizada em lavadores de imersão de três estágios. Na primeira lavagem,
a concentração de cloro ideal é de 50 mg/l e o tempo de imersão de 30 min. No segundo
tanque, retiram-se as impurezas presentes nas bananas, com água tratada em uma
concentração de cloro de 20 mg/l, durante 10 min. No terceiro estágio, as bananas já devem
ser despencadas, sem a adição de cloro complementar.
Descascamento e Seleção
Nessa fase, as bananas maduras são dispostas em caixas plásticas devidamente higienizadas.
Em seguida, são descascadas manualmente, retirando-se as partes estragadas e escurecidas, e
cortadas as pontas para se evitar adstringência, devido à grande concentração de taninos nas
extremidades da fruta, esta etapa deverá ser efetuada com facas de aço inoxidável. Por fim,
são colocadas em bacias para aguardarem a retirada do mesocarpo.
Retirada do mesocarpo
Este processo consiste em retirar a fina película (mesocarpo) que recobre a fruta.
Caso contrário, o produto final ficará esbranquiçado.
Branqueamento
Os frutos são submetidos ao branqueamento com vapor saturado a 100 °C por 2 min, ou
colocando-se as bananas numa vasilha com água a 750C por 2 min. Por fim, todas são lavadas
em água à temperatura ambiente.
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(polifenoloxidases), que têm como produto final um composto de cor castanha (melanoidina),
que escurece a banana ou o produto processado.
O escurecimento enzimático pode ser evitado por meio de tratamento com antioxidantes
(como o metabissulfito de sódio e os ácidos ascórbico e cítrico) ou por meio de tratamento
térmico (branqueamento), aplicados no início do processamento.
O baixo teor de acidez da banana pode exigir o emprego de agentes acidulantes no
processamento. A diminuição do pH para 4,2 permite que o tratamento térmico para
conservação seja feito em temperaturas mais brandas, preservando as propriedades
organoléticas do produto.
Secagem
Sem o mesocarpo, as bananas devem ser distribuídas sobre as bandejas de secagem a uma
razão de aproximadamente 12 a 15 kg/m², em temperatura de 65°C a 70°C, até humidade
final de 20%-25%. A cada 4 ou 6 horas, as bandejas devem ser giradas a 180° para que se
reduza o tempo de secagem e se obtenha um teor de humidade final uniforme. Concluído o
processo de desidratação, deve-se desligar o sistema de aquecimento de ar do secador e
deixar apenas o ventilador ligado, até que o produto atinja a temperatura ambiente.
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Acondicionamento e empacotamento
Nessa etapa, as bananas secas são embaladas em sacos de polietileno com capacidade para 5
a 10 kg. Em seguida, são armazenadas de 10 a 15 dias em local seco, arejado e protegido da luz
para que atinjam o equilíbrio quanto à humidade.
Após esse tempo, deve-se inspecionar a banana-passa para retirar as pontas mais duras e
escurecidas. Por fim, o produto é embalado em filme plástico de PVC, ou em papel celofane
com capacidade para 100 ou 200 g, ou em potes plásticos de polipropileno com selo e tampa,
fechados hermeticamente. Tudo é feito antes do empacotamento. Sua durabilidade é de
aproximadamente 6 meses.
Rotulagem e encaixotamento
Para ser comercializada, a banana-passa deve receber um rótulo, contendo todas as
informações exigidas pela legislação. Este deve apresentar:
- Todos os dados do fabricante, como razão social, número fiscal, endereço e telefone;
- Marca e denominação do produto;
- Peso líquido;
- Informações nutricionais;
- Ingredientes;
- Validade e lote;
- Informações sobre conservação;
- Código de barras ou lote.
Armazenamento
Neste setor, o espaço deve ser suficiente para uma perfeita organização dos lotes, de maneira
que os mais antigos saiam sempre antes dos mais novos. Além disso, o ambiente deve ser
fresco, ventilado e protegido contra a entrada de pássaros, insetos e roedores.
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Banana verde
Tratamento térmico
Descascamento
Corte
Tratamento antioxidante
Escorrimento ou centrifugação
Fritura
Escorrimento ou centrifugação
Salga
Embalagem
Armazenamento
O processamento da banana chips é praticado na maioria das vezes de forma artesanal, e por
ser prática e de fácil execução, não exige emprego de tecnologia moderna, permitindo assim a
manipulação por pequenas e micro indústrias.
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2. FRUTA-PÃO
A fruta-pão (Artocarpus altilis) é uma planta originária de certas ilhas do sul do Pacífico,
estando hoje espalhada por todas as regiões tropicais e subtropicais do mundo (CAVALCANTE,
1991).
Apresenta-se sob duas variedades: apyrena, sem sementes, conhecida como “fruta-pão de
massa”, e seminífera, com sementes, é a “fruta-pão de caroço” (CALVACANTE, 1991).
A polpa da fruta-pão de massa é vista com interesse por ser rica em hidratos de carbono
(importante na dieta em diversos países, principalmente nas ilhas do Pacífico Sul), água,
vitamina B1, B, C, cálcio, fósforo, ferro, tendo baixo teor de gorduras, podendo sua polpa ser
aproveitada como fruta seca, farinha panificável e fonte para extração de amido (SEAGRI,
2006).
Em uso caseiro a polpa - quase madura - pode ser cozida, assada, transformada em purê ou
cortada em fatias consumidas fritas (como a batatinha) com manteiga, mel ou melaço.
Madura, a polpa poerá ser aproveitada na fabricação de doces.
As sementes da fruta-pão de caroço podem ser consumidas assadas, torradas, ou fervidas em
água e sal; poderá fazer-se também a extração de farinha alimentícia bastante nutritiva. Em
alguns estados brasileiros as sementes são usadas em substituição ao feijão para preparar
guisados e ensopados. As sementes são consumidas, facilmente, pelo gado em geral.
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Determinação Média
Proteína (%N x 6,25) 3,68
Lípidos (%) 0,65
Cinzas (%) 2,91
Fibra Alimentar Total (%) 4,26
Amido (%) 78,86
Valor Calórico 367,29
Fonte: MOREIRA et al., 2006.
Receção da Matéria-Prima
Lavagem
Desinfeção
Corte
Secagem
Moagem
Embalagem
Armazenamento
Figura 12 - Fluxograma para obtenção da farinha de fruta-pão.
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Os frutos vindos do campo devem ser separados de sujidades grosseiras e mantidos em locais
limpos, arejados e ao abrigo de insetos até o processamento.
Seleção
Lavagem e sanitização
Os frutos devem ser lavados em água corrente, para retirada de sujidades como areia e outras
impurezas. Em seguida, são sanitizados em uma solução de cloro a 100 mg/L, durante 20
minutos e, a seguir, enxaguados em água potável.
Corte e descascamento
Os frutos são descascados e o miolo retirado com auxílio de facas de aço inoxidável. Em
seguida, a polpa é cortada em cubos de tamanho médio de 2 cm x 2 cm.
Secagem
Moagem
Após a secagem, o material deve ser finalmente moído, obtendo-se assim a farinha de fruta-
pão.
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Embalagem
Industrialmente a polpa foi aproveitada como fruta seca e farinha panificável além de fonte
para extração do amido e de farinha granulada semelhante ao "sagu".
Cortada em fatias (de 50-10 mm de espessura) secas ao sol ou em fornos a polpa é usada para
o preparo de raspas ou crueiras ou aparas e para o preparo de farinhas que, misturadas à
farinha de trigo, podem compor o pão caseiro.
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Fruta -Pão
Lavagem e desinfeção
Descascamento
Corte
Escorrimento ou centrifugação
Fritura
Escorrimento ou centrifugação
Salga
Embalagem
Armazenamento
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3. MATABALA
É um tubérculo vermelho ou branco, mais duro que a batata e usada como substituto desta,
parecido com a batata-doce, mas um pouco maior. É usado cozido, frito ou em puré.
Matabala
Receção e Pesagem
Armazenamento
Descascamento
Corte
Fritura
Desengorduramento
Salga (1 a 2 %)
Acondicionamento e embalagem
Armazenamento e Expedição
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Receção e pesagem
À receção para além do controle das quantidades da nota de encomenda, as raízes de
matabala têm de ser avaliadas qualitativamente em relação ao número de defeitos por lote.
As raízes têm de ser previamente selecionadas quanto à firmeza, à ausência de danos
mecânicos e à infeção fúngica.
O produto deverá estar fresco, isento de substâncias terrosas, sujidades ou corpos estranhos
aderidos à superfície externa e no ponto de consumo.
A classificação das raízes quanto ao tamanho é importante, para uniformização do corte.
O lote da matabala deve obedecer a um padrão mínimo de qualidade. Não são tolerados os
defeitos que prejudiquem o consumo ou o rendimento como dano profundo, murcho, passado
e podridão.
Armazenamento
Deve ser levada em consideração a recomendação de que as raízes, se não forem processadas
imediatamente após a receção devem ficar armazenadas por no máximo 5 dias a temperaturas
entres os 3°C e os 5°C, tanto em sacos plástico perfurados como em caixas de polietileno,
também elas perfuradas. As caixas ou sacos devem ser arrumados sobre paletes em polietileno
de alta densidade, com espaços de arejamento e indicadas para indústria alimentar, sendo que
a organização das paletes em câmara de frio não deve encostar às paredes, deixando espaço
para circulação de ar. Deverá armazenar-se em câmara a quantidade suficiente para a
produção diária ou semanal, no entanto é importante manter um stock que evite paralisações
e queda na produtividade.
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Descascamento
As raízes de matabala devem ser descascadas com facas em aço inoxidável e imersas em água
(quanto mais fria melhor).
Corte
As raízes são cortadas manualmente ou em processador de acordo com o produto desejado:
Pála-pála lisa, ondulada a retalho. No caso de pála-pala lisa ou ondulada, a espessura de corte
deve estar ajustada para obter fatias de 2 mm a 6 mm. É importante que as fatias obtidas
apresentem espessura uniforme com o mínimo de células rompidas ou amassadas.
O corte mais fino proporciona maiores perdas após a fritura, como fatias quebradas, sem o
formato adequado, além de conferir sabor mais acentuado de gordura ou do óleo utilizado na
fritura.
Fritura
A temperatura inicial da gordura ou do óleo para a fritura deve ser de 180°C, com uma
variação de 5°C para mais ou para menos, e a final, de 170°C, também com variação de 5°C
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para mais ou para menos, devendo-se regular a quantidade de fatias de matabala a serem
fritas em cada operação em 70% da capacidade da fritadeira, para garantir que a temperatura
do óleo não baixe muito. O tempo de fritura deverá ser entre 2 a 5 minutos.
T0 = 180°C ± 5°C
Tf = 170°C ± 5°C
Temperaturas mais altas implicam rápida deterioração do óleo ou da gordura, ao passo que
temperaturas mais baixas provocam o aumento de sua viscosidade, a maior absorção pela
matabala, encharcando-a e dificultando a etapa de desengorduramento do produto final.
O óleo ou a gordura usada na fritura de matabala exerce grande influência nas características
de sabor, aroma, textura, aparência e estabilidade do produto final. Recomenda-se utilizar
óleo vegetal hidrogenado, para aumentar a estabilidade e evitar a rancificação (margarina feita
à base de óleo de dendê não necessita de hidrogenação, sendo livre de gorduras trans).
Para garantir a vida útil do óleo ou da gordura, estes devem ser substituídos tão logo que
apresentem características de deterioração (cor escura, odor a ranço). Se essa prática não for
seguida, rigorosamente, as características de cor, sabor e tempo de armazenamento dos chips
de matabala serão comprometidos.
Procura-se manter proporção de 1 kg de matabala para 6 litros de óleo, pois tal proporção
evitará o resfriamento do óleo quando a matabala é colocada para fritar. A taxa de reposição
do óleo deve ser suficiente para que sua qualidade se mantenha e não haja necessidade de ser
descartado. Ou seja, a quantidade de óleo reposto deve ser igual à quantidade de óleo
absorvido pelas fatias de matabala. Os procedimentos para operação indicados pelo fabricante
devem ser observados atentamente.
Desengorduramento
Para pequenas e médias produções, o excesso de óleo das pála-pálas deve ser drenado após a
fritura, deve-se retirar o excesso de óleo ou de gordura das fatias de matabala fritas, pelo
escorrimento por gravidade, fazendo-se uso também de papel absorvente.
Aconselha-se utilização de uma bancada com superfície perfurada e papel absorvente sobre a
mesma. Isto para que as fatias fritas assim que saem da fritadeira lhes seja retirado o excesso
de óleo e ao mesmo tempo se possa fazer seleção das fatias não-conformes. Passando em
seguida à salga manual.
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Salga
A adição de 1% a 2% de sal deve ser feita manualmente, logo após a retirada das fatias de
matabala da fritadeira. Isso é importante, pois o óleo ou a gordura ainda quente apresenta-se
no estado líquido, o que propicia máxima aderência do sal aos chips.
Acondicionamento e embalagem
O acondicionamento deve ser feito em sacos de plástico de polipropileno, celofane ou em
sacos de alumínio plastificados, estampados, sendo estes últimos os mais caros. Embalagens
transparentes não são recomendadas, porque a luz acelera a rancificação. Deve-se dar
preferência a embalagens opacas ou estampadas, para aumentar o tempo de comercialização
do produto (tempo de prateleira).
As pála-pálas são embaladas quando atingirem a temperatura ambiente.
Pequenos e médios produtores podem fazer uso de pequenas máquinas para embalar,
devidamente acopladas a balanças. O produto pode ser embalado em saquinhos com
capacidade para 40, 100, 190 gramas de produto. Embalagens com outras capacidades
também podem ser utilizadas conforme a procura e mercado.
Depois do ensacamento, os sacos são fechados a quente, e arrumados no interior de caixas de
papelão, que devem ser mantidas em lugares frescos, até a sua comercialização.
No rótulo da embalagem, devem constar as seguintes informações:
• Data de fabricação e de validade;
• Peso líquido do produto;
• Rotulagem nutricional obrigatória exigida pela legislação (Ver País de Venda);
• Nome e endereço da empresa, CGC e inscrição estadual;
• As denominações – Indústria São Tomense e Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento.
Nas caixas de papelão, devem constar, também, data de fabricação e número do lote.
O produto final deve ser rotulado seguindo as instruções do país.
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Expedição
O produto deve ser comercializado imediatamente. A vida-de-prateleira deste produto é muito
curta, sendo de até 35 dias quando armazenado a temperatura máxima de 25°C. Recomenda-
se realizar um teste de vida-de-prateleira para poder especificar adequadamente o tempo de
validade do produto.
Este teste baseia-se em análises físicas, químicas e sensoriais, feitas com o produto
armazenado.
4. Embalagem e Rotulagem
A importância da Embalagem
A embalagem é necessária para quase todos os produtos, permite que estes cheguem ao
consumidor final em boas condições.
Funções da Embalagem:
Acondicionar o produto: Quantidades adequadas e unidades transportáveis;
Identificar o produto;
Informar o consumidor sobre o produto – Rotulagem;
Ser atrativa – marketing;
Utilização prática e segura;
Aumentar a higiene e reduzir estragos e perdas de produtos;
Adaptável à evolução das tecnologias de acondicionamento;
Conservar o produto ;
Proteger o produto.
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(produtos
origem
animal
embalados)
PAÍS DE ORIGEM Sim Sim Sim (junto ao Sim
nome e
morada)
LÍNGUA Português Português Inglês (pode Português
ter
na língua de
origem)
INFORMAÇÃO Sim Sim Sim Sim
NUTRICIONAL
CEREAIS C/ GLUTEN
CRUSTÁCEOS
OVOS
SOJA
LEITE E DERIVADOS
AMENDOIM
FRUTOS CASCA RIJA
AIPO
MOSTARDA
SEMENTES DE SÉSAMO
DIÓXIDO DE ENXOFRE E SULFITOSk TREMOÇO
MOLUSCOS
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Características Nutricionais:
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ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DO
PRODUTO
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Tais sistemas devem especificar também os limites toleráveis para as variações de tempo e
temperatura.
Os dispositivos de registro de temperatura devem ser verificados a intervalos regulares e
avaliados quanto a sua exatidão.
O conjunto de regras, condições e práticas que asseguram uma adequada higiene pessoal
constituem as Boas Práticas de Higiene Pessoal. A observância das regras e procedimentos
constantes das Boas Práticas de Higiene Pessoal é fundamental para garantir uma adequada
segurança e higiene dos alimentos. É de realçar a importância da consciencialização dos
trabalhadores para o cumprimento das Boas Práticas de Higiene Pessoal, ao nível do corpo, da
roupa/fardamento e ao nível do comportamento.
Todos os dias os trabalhadores devem proceder à sua limpeza e higiene corporal, antes de se
dirigirem ao seu posto de trabalho.
1.3.1. Vestuário
Antes de iniciar o seu dia de trabalho os manipuladores devem equipar-se com vestuário
apropriado:
De cor clara, pois permite colocar em evidência a sujidade;
De uso exclusivo no local de trabalho;
Deve manter-se limpo;
Composto por farda, calçado e touca;
Confortável e adequado ao trabalho a realizar;
Deve ser lavado regularmente;
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1.3.2. Adornos
Não deve ser permitida a utilização de qualquer tipo de adornos (ex. joias, relógios, pulseiras,
brincos, etc.), dado o risco de poderem soltar-se e contaminar os alimentos.
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recorrer-se ao lava loiças ou onde haja um ponto de água com torneira, provendo-se o mesmo
de sabão azul ou outro sabão desinfetante da pele. Para uma correta lavagem das mãos deve-
se seguir sequencialmente as seguintes regras (Figura 18):
Uma incorreta lavagem das mãos pode levar a que estas fiquem com microrganismos.
As mãos são uma importante fonte de contaminação dos alimentos; o manipulador deve dar-
lhe especial atenção. As mãos devem:
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1.3.5. Saúde
Mesmo que as pessoas que contactam com alimentos durante a sua preparação apresentem
um estado de saúde normal, têm no seu corpo microrganismos que podem contaminar os
alimentos.
Quando uma pessoa está doente, por exemplo com gripe ou diarreia, no seu corpo existe um
número muito elevado de microrganismos. Tal facto torna a possibilidade de contaminação de
alimentos muito mais provável. Assim, qualquer pessoa que manipule alimentos e que tenha
contraído, ou suspeite ter contraído, doença contagiosa, ou sofra de doença de pele, doença
do aparelho digestivo acompanhada de diarreia, vómito ou febre, inflamação da garganta, do
nariz, dos ouvidos ou dos olhos, não deve trabalhar. Neste caso, deve informar imediatamente
o responsável do estabelecimento. Uma pessoa nesta situação, só poderá voltar a trabalhar
quando houver absoluta certeza de que não constitui perigo para a segurança alimentar e com
a respetiva autorização do médico.
- Layout e Circuitos;
- Pavimentos, paredes, tetos, portas e janelas;
- Iluminação;
- Ventilação, Ar Condicionado e Extração de Ar;
- Tubagens e Canalizações;
- Instalações sanitárias e vestiários;
- Armazém de Produtos de Higienização;
- Armazém de Materiais de Embalagem.
2 - Equipamentos e utensílios:
- Equipamentos;
- Utensílios e Superfícies em Contacto com os Alimentos;
- Materiais.
3 - Serviços de apoio:
- Água, Gelo e Vapor;
- Sistema de esgotos;
- Meios de transporte.
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Layout e Circuitos
Para facilitar o fluxo dos produtos, o estabelecimento e a organização do trabalho devem
assegurar que:
1 - Todas as tarefas se desenvolvem sem cruzamentos ou retrocessos;
2 - Os visitantes circulam das zonas “limpas” para as zonas “sujas”;
3 - As matérias-primas circulam das zonas “sujas” para as zonas “limpas” à medida que vão
sendo preparados;
4 - O ar condicionado e os esgotos circulam das zonas “limpas” para as zonas “sujas”;
5 - O fluxo das embalagens exteriores usadas não se cruza com o fluxo das matérias-primas
não embaladas nem dos produtos acabados;
6 – Existe espaço suficiente para as operações, incluindo a transformação dos alimentos, a
limpeza e a manutenção;
7 - É igualmente necessário prever espaço para a circulação dos alimentos e dos funcionários.
Pavimentos
Os pavimentos devem respeitar as seguintes regras:
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Paredes
As paredes devem respeitar as seguintes regras:
1 - Serem projetadas, construídas, acabadas e mantidas de forma a prevenir a acumulação de
sujidade, minimizarem a condensação e o crescimento de bolores e facilitar a limpeza;
2 - Os materiais usados devem ser laváveis, não absorventes, não tóxicos, resistentes e
impermeáveis. Podem ser usados os seguintes materiais: azulejo ou outro material cerâmico,
resina epóxi, tinta lavável, tinta antifúngica ou inox. No caso dos azulejos deve ser dada
especial atenção às juntas, que devem ser mínimas e em materiais resistentes e fáceis de
higienizar;
3 - Serem lisas, até pelo menos 2 metros de altura, para serem adequadas à realização
higiénica das operações;
4 - As paredes devem ser mantidas em bom estado de conservação evitando e reparando as
fendas, materiais partidos, rachadelas;
5 - A junção das paredes com o pavimento e teto, deve ser arredondada para evitar a
cumulação de sujidade e facilitar as operações de higienização.
Tetos
Os tetos devem respeitar as seguintes regras:
1 - Os tetos e as estruturas suspensas devem ser projetados, construídos, acabados e mantidos
de forma a prevenirem a acumulação de sujidade, minimizarem a condensação e o
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Portas
As portas devem respeitar as seguintes regras:
1 - As portas devem ter as superfícies lisas e serem de materiais não absorventes,
impermeáveis, laváveis e não tóxicos, no caso de se usarem madeiras locais as mesmas
deverão ser tratadas;
2 - Quando existirem portas abertas para o exterior nas áreas de manuseamento de matérias-
primas, preparação, processamento, embalamento e armazenamento, devem ser tomadas
precauções adequadas para prevenir a entrada de pragas. As portas e outras entradas, nestas
áreas, devem ser bem vedadas ou estarem adequadamente protegidas;
3 - É recomendável que as portas abram para ambos os lados (de retorno ou “vaivém”) para
evitar o contacto com as mãos e disponham de mola vaivém, em vez de puxadores, para se
manterem sempre fechadas;
4 - As portas devem estar em boas condições e devem ser fáceis de higienizar.
Janelas
As janelas devem respeitar as seguintes regras:
1 - Serem construídas de modo a evitar a acumulação de sujidade. Para tal devem ter os
parapeitos inclinados (cerca de 45º) para que não seja possível colocar objetos e utensílios;
2 - Se projetadas para serem abertas para ventilação, devem ser adequadamente protegidas
de forma a impedir a entrada de pragas. Para tal, podem ser usadas redes mosquiteiras;
3 - As redes mosquiteiras devem ser amovíveis para limpeza.
Iluminação
A iluminação (natural ou artificial) deve respeitar as seguintes regras:
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1 - Deve existir iluminação adequada e suficiente para um ambiente de trabalho seguro, para a
correta manipulação e inspeção eficaz dos alimentos e para a realização das operações de
higienização de forma eficaz;
2 - As lâmpadas, incluindo as dos equipamentos elétricos para eliminação de moscas, devem
ser protegidas com armaduras de forma adequada para evitarem a contaminação dos
alimentos devido à queda de vidros em caso de rebentamento. Quando a proteção completa
não poder ser salvaguardada, devem ser implementadas medidas alternativas como telas finas
de arame ou procedimentos de verificação. A proteção deve ser amovível para higienização.
Tubagens e Canalizações
As tubagens e canalizações devem respeitar as seguintes regras:
1 - Devem estar fixadas de forma firme no seu suporte, alinhadas e providas de acessórios,
válvulas e outros dispositivos;
2 - Os tubos, torneiras, válvulas e acessórios das tubagens e canalizações devem poder ser
facilmente identificados e devem ser pintados ou marcados com cores distintas para uma
rápida identificação.
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4 - Os cacifos devem ser duplos por funcionário, para que a roupa do exterior e outros objetos
pessoais seja guardados em compartimentos separados, nunca contactando com o vestuário
de trabalho;
5 - Os vestiários devem estar situados de forma a permitir o acesso direto dos funcionários às
áreas de produção, embalamento ou armazenamento, sem passar por nenhuma área externa;
- Toalhetes de papel;
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2 - Caso não seja possível, devem estar em prateleiras ou armários exclusivos nas áreas de
armazenamento de alimentos, separados destes.
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Equipamentos
1 - Os equipamentos devem ser posicionados de forma a permitirem o acesso por baixo, por
dentro e à volta dos mesmos, para facilitar as operações de higienização, inspeção e
manutenção. Se a sua localização for permanente, devem ser fixados ao chão;
2 - Devem ser construídos com materiais adequados, e devem ser desenhados de forma a
garantirem que podem ser limpos eficazmente e aplicadas as boas práticas de higiene.
Materiais
1 - O aço inoxidável é o material mais indicado porque apresenta uma resistência muito grande
à corrosão e é fácil de higienizar;
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2 - Não deve ser usado ferro fundido nem metal galvanizado. Estes materiais apenas podem
ser usados nas superfícies dos fogões;
3 - Não deve ser usada cerâmica pintada e utensílios de cristal que contenham metais pesados
como chumbo ou cobre;
4- A madeira deve ser evitada, uma vez usada como material local, deverá ser tratada.
Sistema de Esgotos
1 - Os sistemas de esgoto devem ser adequados ao fim a que se destinam.
Meios de Transporte
1 - Os veículos de transporte e/ou os contentores utilizados para o transporte de alimentos
devem ser concebidos e construídos de forma a permitirem uma limpeza e/ou desinfeção
adequadas e proteger os alimentos de contaminações;
2 - Os materiais usados no interior dos veículos de transporte devem ser de material:
- Liso, resistente e imputrescível;
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Supervisão
O Responsável deve:
• Analisar as medidas colocadas em prática para controlar potenciais contaminações
relacionadas com as instalações, materiais, equipamentos e utensílios;
• Efetuar verificação periódica e preventiva a todos os equipamentos e utensílios.
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5 - Esperar 2 minutos;
6 - Ler a temperatura indicada. Esta deve ser de 0ºC (zero graus);
7 - Se a temperatura for inferior a -1ºC ou superior a 1ºC, o termómetro deve ser verificado ou
substituído;
8 - Se o termómetro permitir, a temperatura deve ser ajustada até que este leia 0ºC;
9 - Registar a calibração em registo adequado.
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Controlo Preventivo
Deve ser definido e implementado um programa preventivo de controlo de pragas. Este deve
cobrir todas as áreas do estabelecimento, de forma a minimizar a infestação por pragas.
Devem ser considerados os aspetos a seguir descritos.
Regras Gerais
1 - As instalações devem ser concebidas de forma a não permitirem que as pragas entrem nem
se instalem;
2 - Manter as instalações em bom estado de conservação e organização:
- Consertar vazamentos e infiltrações;
- Não acumular equipamentos e materiais no exterior das instalações;
- Vegetação exterior cuidada;
- Ausência de água estagnada no exterior.
3 - Manter as instalações adequadamente higienizadas. A higienização cuidadosa elimina os
restos de alimentos, destrói os ovos de insetos e reduz o número de locais onde as pragas se
podem instalar;
4 - Manter todas as aberturas para o exterior devidamente fechadas (orifícios, drenos, ralos e
outras possíveis entradas);
5 - As portas devem possuir molas de retorno e com ajuste perfeito às ombreiras e pavimento.
Se necessário, devem ser colocadas escovas por baixo das portas, para seu isolamento;
6 - Reparar imediatamente todos os buracos, fendas e ranhuras, após a sua deteção;
7 - Reparar os tetos e paredes (ex.: azulejos partidos ou deslocados);
8 - Verificar se as portas fecham adequadamente, não deixando frinchas que possibilitem a
entrada de pragas. Manter as portas e janelas sempre fechadas;
9 - Colocação de redes de proteção contra insetos nas janelas e outras aberturas de ligação
exterior, facilmente removíveis para higienização;
10 - Manter as aberturas dos esgotos devidamente protegidas;
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21 - Refrigerar os alimentos como leite em pó, cacau e nozes, após abertura. Estes alimentos
atraem insetos, mas muitos insetos tornam-se inativos a temperaturas inferiores a 5ºC;
22 - Colocar as embalagens de cereais e farinhas noutros contentores com tampas justas que
fechem;
23 - Colocar em prática o PEPS (Primeiro a Expirar Primeiro a Sair), para que as pragas não
tenham tempo para se instalarem e multiplicarem;
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28 - A manutenção dos sistemas de drenagem devidamente limpos, por forma a que não haja
nenhum obstáculo que impeça o escoamento de águas residuais ou pluviais, que permitam o
refugio ou entrada de pragas.
1.9. Procedimentos
O POP – Procedimento Operacional Padronizado é um documento que descreve passo-a-
passo como executar as tarefas no estabelecimento.
É como uma receita de bolo, que deve ser seguida rigorosamente, para que tudo vá bem. O
POP destaca as etapas da tarefa, os responsáveis por fazê-la, os materiais necessários e a
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frequência em que deve ser feita. Como os POP são documentos aprovados pelo responsável
do estabelecimento, por meio do responsável, é dever de cada manipulador segui-los.
Exemplos de POP necessários:
1) Limpeza das instalações, equipamentos e utensílios;
2) Controlo de vetores e pragas;
3) Limpeza do reservatório de água;
4) Higiene e saúde dos manipuladores.
O Manual de Boas Práticas e os POP devem estar disponíveis para consulta de todos os
funcionários.
• O lixo não deve ser colocado diretamente no caixote/contentor do lixo, devendo ser
utilizados sacos para o efeito;
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1.12. Formação
As pessoas envolvidas em operações alimentares que tenham contacto direto ou indireto com
os alimentos devem receber formação e/ou instruções em matéria de higiene alimentar a um
nível adequado às operações que irão executar.
A formação tem uma importância fundamental para qualquer sistema de higiene alimentar. A
formação e/ou instruções e a supervisão inadequadas de todas as pessoas envolvidas em
atividades relacionadas com alimentos gera uma potencial ameaça à segurança dos alimentos
e à sua adequação ao consumo.
Todo o pessoal que trabalha em unidades de produção alimentar, seja em produção primária
ou transformação, seja em unidades de grande, média ou pequena dimensão, deve ter
consciência do seu papel e responsabilidades na proteção dos alimentos da contaminação ou
deterioração. As pessoas que manuseiam os alimentos devem dispor dos conhecimentos e
qualificações necessários que lhes permitam ratar os alimentos de forma higiénica. As pessoas
que manuseiem substâncias químicas de limpeza fortes ou outros produtos potencialmente
perigosos devem também receber formação em técnicas de manuseamento seguro.
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Princípios Gerais
O sistema HACCP tem uma base científica e sistemática, identificando perigos específicos e
medidas para seu controlo, de forma a garantir a segurança dos alimentos. Trata-se de uma
ferramenta que deve ser aplicada para analisar e avaliar os perigos e estabelecer medidas de
controlo direcionadas para a prevenção da ocorrência de situações indesejáveis. Um Sistema
HACCP adequado é capaz de se adaptar aos alimentos em causa e às atividades.
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Princípio 2: Determinação dos Pontos Críticos de Controlo – Identificação dos pontos críticos
de controlo na fase ou fases em que o controlo é essencial para evitar ou eliminar um perigo
ou para o reduzir para níveis aceitáveis;
Princípio 3: Estabelecimento de Limites Críticos – Identificação de limites que separem a
aceitabilidade da não aceitabilidade, com vista à prevenção, eliminação ou redução dos
perigos identificados;
Princípio 4: Estabelecimento do Sistema de Monitorização – Aplicação de processos eficazes
de vigilância em pontos críticos de controlo;
Princípio 5: Estabelecimento de Ações Corretivas – Quando a vigilância indicar que um Ponto
Crítico de Controlo está fora de controlo, deve ser colocada em prática a respetiva Ação
Corretiva;
Princípio 6: Estabelecimento de Procedimentos de Verificação – Deve ser efetuada
regularmente, uma verificação para analisar se as medidas referidas nos Princípios 1 a 5 estão
a funcionar eficazmente;
Princípio 7: Estabelecimento da Documentação – Elaboração de documentos e registos
adequados à natureza e dimensão das empresas, a fim de demonstrar a aplicação eficaz das
medidas referidas nos Princípios 1 a 6.
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A Equipa HACCP será responsável por toda a aplicação do Sistema, nomeadamente pela sua
definição, implementação, operacionalidade e atualização. Deve existir um Responsável da
Equipa, que coordenará todas estas atividades.
A Equipa deve definir o âmbito de aplicação do Sistema HACCP, incluindo todas as atividades e
todos os produtos.
Todos os elementos da Equipa devem ter formação nos princípios do Sistema HACCP.
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Após a identificação dos perigos, deve ser realizada uma avaliação do perigo no sentido de
determinar qual é o risco associado a cada perigo, considerando o seguinte:
1 - A possível ocorrência de perigos (Probabilidade de Ocorrência);
2 - A gravidade dos efeitos adversos para a saúde (Severidade).
A atribuição da Probabilidade de Ocorrência a um determinado perigo deve ter em
consideração:
1 - O histórico do alimento em causa;
2 - O histórico da empresa em questão;
3 - As práticas estabelecidas – medidas de controlo existentes;
4 - A capacidade de detetar falhas.
A atribuição da Severidade deve ser baseada em informação científica e reconhecida associada
ao perigo em causa (Tabela 18).
Tabela 18 - Classificação dos microrganismos de acordo com o seu risco e difusão segundo o National
Advisory Committee on Microbiological Criteria for Foods (N.A.C.M.C.F.), EUA (2004).
Interpretação:
Risco ≥ 3: Perigo Significativo
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Árvore de Decisão
Não
Sim
Sim
É necessário o controlo neste
passo para a segurança?
Não
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Questão 4: Existe uma etapa posterior que elimina o perigo ou o reduz para níveis
aceitáveis?
A Equipa HACCP avalia se alguma etapa seguinte no processo poderá controlar o perigo,
eliminando-o ou reduzindo-o para níveis aceitáveis.
Resposta Sim: Se existe uma etapa posterior que controle o perigo. Continuar para o próximo
perigo significativo identificado.
Resposta Não: Se não há nenhuma etapa posterior no processo que controle o perigo.
Esta fase constitui um PCC para o perigo em causa.
Pela aplicação da árvore de decisão são obtidas etapas que constituem PCC para perigos
identificados. Para os perigos significativos em que não foi determinada qualquer etapa que
constituísse um PCC, significa que o processo de fabrico é suficientemente robusto para
controlar o perigo em questão, não sendo necessárias preocupações adicionais.
As etapas seguintes aplicam-se apenas aos PCCs.
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visual, devem ser disponibilizadas ajudas como fotografias ou a descrição detalhada e clara da
forma como deve ser efetuada a monitorização).
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Websites
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https://www.google.pt/search?q=RUBRICA+TECNOL%C3%93GICA+DE+HORTICULTURA+18++T
RANSFORMA%C3%87%C3%83O,+CONSERVA%C3%87%C3%83O+E+ARMAZENAGEM.htm&ie=u
tf-8&oe=utf-8&gws_rd=cr&ei=DkCvVJelFoKtUdzZgsAG
http://www.SEBRAE_SC - Banco de Idéias de Negócios - PRODUÇÃO BANANA
DESIDRATADA.htm
http://www.codexalimentarius.net
http://www.quali.pt
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