Você está na página 1de 50

POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS

AJUDÂNCIA-GERAL

SEPARATA
DO
BGPM

Nº 15

BELO HORIZONTE, 25 DE FEVEREIRO DE 2010.

Para conhecimento da Polícia Militar de Minas


Gerais e devida execução, publica-se o
seguinte:
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 1 - )

DIRETORIA DE SAÚDE

INSTRUÇÃO DE SAÚDE Nº 06/09 de 28 de Dezembro de 2009

Institui o Manual de Biossegurança para


utilização nos Núcleos de Atenção Integral à
Saúde – NAIS e nas Seções de Assistência à
Saúde – SAS e estabelece procedimentos.

O Coronel PM Diretor de Saúde da PMMG, no uso de suas atribuições legais


previstas no artigo 3º, incisos IV, XI e XII do Regulamento da Diretoria de Saúde
e Órgãos Subordinados ,R-107,aprovado pela Res. Nº 519 de 21 de março de
1978 e considerando:

- a importância de informar, orientar e atualizar as equipes técnicas de saúde dos


NAIS e das SAS e demais Unidades de saúde da PMMG quanto às normas e
rotinas de Biossegurança e controle de infecções na assistência á saúde
prestada;

- a relevância de se incentivar as boas práticas de Biossegurança e estimular a


busca do conhecimento científico para garantir a qualidade do serviço prestado;

- a necessidade de padronizar condutas e rotinas referentes ao controle de


infecções e subsidiar os profissionais de saúde no cumprimento às normas
previstas na literatura e legislação vigentes.

RESOLVE:

Art 1° - Instituir o Manual de Biossegurança para orientar e auxiliar as condutas


nos NAIS/SAS no manejo dos artigos e superfícies e suas implicações para a
saúde dos profissionais em serviço, conforme Anexo Único desta Instrução.

Art 2º – Todos os profissionais de saúde dos NAIS/SAS são responsáveis pelas


práticas de biossegurança, sendo o oficial mais antigo o coordenador desta
atividade e responsável pelo treinamento dos executores dos procedimentos.
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 2 - )

Parágrafo único – o processamento de artigos e superfícies será executado sob


supervisão do oficial coordenador, por profissional tecnicamente habilitado.

Art 3º – Os processamentos de artigos e superfícies descritos no Manual de


Biossegurança deverão ser cumpridos, rigorosamente, pelos profissionais de
saúde envolvidos nessa atividade.

Art 4º- Os Procedimentos Operacionais Padrão- POP deverão ser divulgados e


afixados, onde serão executados.

Art 5º- O Fluxograma de Acidentes com Material Biológico (Anexo I do Manual de


Biossegurança) deverá ser amplamente divulgado à tropa.

Art 6º – Os equipamentos que se fizerem necessários à correta estruturação do


processo de biossegurança nas unidades deverão ser solicitados à DS, conforme
INSTRUÇÃO NR 01- 2007 DE 19 DE OUTUBRO DE 2007 – DS.

Art 7º- Os procedimentos serão atualizados de acordo com as normas


reguladoras oficiais, devendo a Seção de Atenção à Saúde- SAT da Diretoria de
Saúde providenciar a atualização do Manual de Biossegurança.

Art 8º – Os casos omissos serão decididos pelo Diretor de Saúde.

Art 9º – A presente instrução entra em vigor na data de sua publicação, revoga


as disposições em contrário.

Belo Horizonte, 28 de dezembro de 2009

(a) Elói Lopes Filho, Cel PM

Diretor de Saúde
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 3 - )

Anexo “Único” à Instrução de Saúde Nº 06/09 de 28 de Dezembro de 2009

MANUAL DE BIOSSEGURANÇA PMMG .

MANUAL DE BIOSSEGURANÇA

POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS

Belo Horizonte
2009
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 4 - )

Elaboração
Diretoria de Saúde da Polícia Militar de Minas Gerais
Centro Odontológico da Polícia Militar de Minas Gerais

Coordenação
Maria Henriqueta Barreto Nascimento, Maj PM QOS

Equipe Técnica
Cristina Dutra Vieira, Cap PM QOS
Marcela de Almeida Ruback, 2º Ten PM QOS
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 5 - )

SUMÁRIO

Lista de Figuras 06
Lista de Abreviaturas e Siglas 06

1. Introdução 08

2. Objetivos 09

3. Definições 10

4. Precauções padrão 13
4.1 Lavagem de mãos 13
4.2 Equipamento de proteção individual 16
4.3 Limpeza 17
4.4 Desinfecção 20
4.5 Esterilização 20
4.6 Gerenciamento de resíduos sólidos 23

5. Acidentes com material biológico 26

6. Vacinação da equipe de saúde 28

7. Anexos
Anexo I – Ficha de acidente biológico – CRCT/AIDS 29
Anexo II – Ficha de acidentes com águas contaminadas 32
Anexo III – Normas para inspeção e limpeza dos bebedouros e caixas d’água 33
Anexo IV – Rotina de limpeza dos filtros de ar condicionado 34
Anexo V - Rotina Técnica de antissepsia para aplicação parenteral 35
Anexo VI – Rotina Técnica de limpeza e desinfecção de leito após 36
contaminação com flúidos corpóreos
Anexo VII – Rotina Técnica de limpeza e desinfecção de viatura após o transporte 37
de pacientes
Anexo VIII – Rotina Técnica de limpeza e desinfecção de E.P.I. 38
Anexo IX – Rotina Técnica de limpeza de almotolias 40
Anexo X – Rotina Técnica de limpeza de artigos 41
Anexo XI – Rotina Técnica de desinfecção de vidros, borrachas e plásticos com 43
hipoclorito de sódio
Anexo XII – Rotina Técnica de qualificação do processo de esterilização em 44
autoclave por teste biológico

8. Referências Bibliográficas................................................................................... 45
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 6 - )

Lista de Figuras

Figura 01 - Técnica para higienização simples das mãos 07

Figura 02 - Fluxograma de limpeza de superfícies com matéria orgânica 10

Figura 03 - Fluxograma de processamento de artigos 13

Figura 04 - Simbologia de resíduo infectante 17

Quadro 01 – Características e indicações das embalagens para processamento de artigos 14

Quadro 02 – Características e indicações dos métodos de processamento de artigos 15

Quadro 03 – Características e etapas do gerenciamento dos resíduos dos serviços de saúde 17


Quadro 04 – Medidas imediatas locais após exposição ocupacional a material biológico 18

Quadro 05 – Fluxograma recomendado pelo Centro de Referência Controle e Tratamento19


de AIDS – CRCT/AIDS, após exposição ocupacional a material biológico

Quadro 06 – Proposta de calendário de vacinação para adultos 20


( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 7 - )

Lista de Abreviaturas e Siglas

Aids Síndrome da Imunodeficiência Adquirida em Humanos


Anvisa Agência Nacional de Vigilância Sanitária
AO Atestado de Origem
CRCT Centro de Referência Controle e Tratamento
DT Difteria e Tétano
EAO Estabelecimentos de Assistência Odontológica
FA Febre Amarela
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
NAIS Núcleo de Atenção Integral à Saúde
PGRSS Plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde
PMMG Polícia Militar de Minas Gerais
RSS Resíduos dos Serviços de Saúde
RMBH Região Metropolitana de Belo Horizonte
SAS Seção de Assistência à Saúde
SCR Sarampo, Caxumba e Rubéola
SES Secretaria Estadual de Saúde
SLU Serviço de Limpeza Urbana
SR Sarampo e Rubéola
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 8 - )

1. Introdução

A Diretoria de Saúde da Polícia Militar de Minas Gerais – PMMG tem como


uma de suas metas a disseminação de conhecimentos sobre temas relevantes na área da
saúde. Dentro desta proposta, surgiu a necessidade de elaboração de um manual sucinto
para auxiliar a prática clínica de todos os profissionais dos Núcleos de Atenção Integral
à Saúde – NAIS e das Seções de Assistência à Saúde – SAS em diferentes temas
relacionados ao controle e a prevenção das infecções advindas das atividades clínicas.

Sem a pretensão de esgotar todos os assuntos com a profundidade que muitos


temas merecem, o fato de serem abordados, ressaltam sua importância dentro de uma
proposta de controle de infecções nos ambientes clínicos da Saúde. Pretende-se
incentivar as boas práticas de Biossegurança e estimular a busca do conhecimento
científico para garantir a qualidade do serviço prestado em todas as Unidades de Saúde
da PMMG.

A iniciativa para a construção deste trabalho foi embasada na legislação e na


literatura nacional e internacional e reflete a preocupação com a adoção de práticas
clínicas seguras, contribuindo para a melhoria das ações e da prestação de serviços em
saúde.
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 9 - )

2. Objetivos

Contribuir para a melhoria da qualidade na prestação da assistência à saúde nos


NAIS e SAS.

Informar, orientar e atualizar as equipes técnicas de saúde quanto às normas e


rotinas de Biossegurança e controle de infecções na assistência.

Padronizar condutas e rotinas referentes ao controle de infecções.

Subsidiar os profissionais das Unidades de atenção à saúde no cumprimento às


normas previstas na literatura e na legislação.
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 10 - )

3. Definições

3.1. Artigos críticos: são artigos ou produtos utilizados em procedimentos invasivos


com penetração de pele e mucosa adjacentes, tecidos subepiteliais e sistema vascular,
incluindo também todos os artigos que estejam diretamente conectados com esses
sistemas. Pelo grande risco de transmissão de agentes infecciosos, devem ser
esterilizados.

3.2. Artigos não-críticos: aqueles que entram em contato apenas com a pele íntegra do
paciente.

3.3. Artigos semi-críticos: são artigos ou produtos que entram em contato com a pele
não íntegra ou com mucosas íntegras. Requerem como processamento mínimo a
desinfecção de alto nível ou esterilização para ter garantida a qualidade do seu múltiplo
uso.

3.4. Desinfecção: processo de destruição de microrganismos na forma vegetativa,


mediante aplicação de agentes químicos e/ou físicos, podendo ser de alto, intermediário
ou baixo nível. A desinfecção é utilizada somente para objetos inanimados.

3.5. Desinfecção de alto nível: destruição total dos vírus, bactérias na forma vegetativa,
a maioria, mas não todos, os esporos fúngicos e bacterianos.

3.6. Desinfecção de nível intermediário: inativa o Mycobacterium tuberculosis,


bactérias na forma vegetativa, a maioria dos vírus e fungos, exceto esporos bacterianos.

3.7. Desinfecção de baixo nível: destrói a maioria das bactérias, alguns vírus e fungos,
exceto microrganismos resistentes como o bacilo da tuberculose e esporos.

3.8. Equipamento de proteção individual (EPI): dispositivo ou produto de uso


individual, utilizado pelo trabalhador e destinado à proteção de riscos suscetíveis de
ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 11 - )

3.9. Esterilização: processo de destruição de todas as formas de vida microbiana,


mediante aplicação de agentes físicos e/ou químicos. Considera-se artigo esterilizado
quando a probabilidade de sobrevivência dos microorganismos que o contaminam for
menor que 1:1.000.000 (10-6).

3.10 Reesterilização: reprocessamento de artigos adquiridos do fabricante esterilizados,


mas que não foram utilizados e, cujo prazo de validade da esterilização foi ultrapassado
ou foi rompida a integridade da embalagem.

3.11. Infecção cruzada: transmissão de agentes infecciosos entre pacientes e a equipe de


saúde, dentro de um ambiente clínico.

3.12. Limpeza: processo manual ou mecânico de remoção de sujidades presentes nos


artigos e superfícies. Tem como objetivo reduzir a carga microbiana, a matéria orgânica
e os contaminantes de matéria inorgânica devendo preceder os processos de desinfecção
e/ou esterilização.

3.13. Plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde (PGRSS): documento


que aponta e descreve as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos, observadas
suas características e riscos, no âmbito dos estabelecimentos, contemplando os aspectos
referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte,
tratamento e disposição final, bem como as ações de proteção à saúde pública e ao meio
ambiente.

3.14. Solução degermante: solução contendo um agente anti-séptico em sua formulação;


destina-se a degermação da pele.

3.15. Microbiota: conjunto de microrganismos que colonizam um determinado sítio ou


tecido e encontra-se distribuído nos grupos residente e transitório.

3.16. Microbiota residente: grupo relativamente fixo que se multiplica e se mantem em


equilíbrio com as defesas do hospedeiro.
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 12 - )

3. Microbiota transitória: pode ser adquirida pelo contato com o ambiente,


instrumental e pessoas e colonizam transitoriamente os sítios anatômicos por horas,
dias ou semanas. Por sua facilidade de remoção, por meio de ação mecânica, os
componentes da microbiota transitória também podem espalhar-se com mais
facilidade por contato. A eliminação deste grupo microbiano é facilitada pela
utilização de antisépticos.
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 13 - )

4. Precauções padrão

As precauções padrão são os cuidados designados para proteger os profissionais


da área de saúde e os pacientes, independente do diagnóstico comprovado ou presumido
de doença infecciosa, da presença de microrganismos que podem ser dispersos pelo
sangue ou quaisquer outros fluídos corpóreos, excreção ou secreção.

4.1 Lavagem das mãos


As mãos são consideradas a principal via de transmissão de agentes de doenças
infecciosas aos pacientes, durante o atendimento. A pele alberga uma diversidade de
microrganismos, que podem se transferir de uma superfície para a outra, por contato
direto (pele com pele) ou indireto (por meio de objetos ou superfícies contaminadas).
Na literatura atual, o termo “lavagem das mãos” foi substituído por “higienização das
mãos”, considerado mais abrangente. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária - Anvisa, o termo engloba a higienização simples, a higienização anti-séptica,
a fricção anti-séptica e a anti-sepsia cirúrgica das mãos.
A higienização das mãos é, isoladamente, a ação mais importante para prevenir e
controlar as infecções cruzadas e não deve ser negligenciada pelo profissional da saúde.
A técnica de higienização das mãos deve conter os passos mínimos mostrados na Figura
01 e deve sempre ser precedida da remoção de todos os adereços (anéis, pulseiras e
relógios).
A finalidade da higienização demonstrada na Figura 01 é a remoção dos
microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, o suor, a oleosidade e
as células mortas. Na técnica de higienização anti-séptica, o objetivo é a remoção de
sujidades e microrganismos, reduzindo a carga microbiana das mãos, sempre com o
auxílio de um anti-séptico. Ao realizar este procedimento (uso de anti-séptico) o
profissional deve analisar o tipo de contato, o grau de contaminação, as condições do
paciente e o procedimento a ser realizado. Em procedimentos invasivos, na prestação de
cuidados a pacientes em estado crítico e durante o contato direto com feridas e/ou
dispositivos invasivos (colocação de cateteres e drenos), recomenda-se esta técnica.
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 14 - )
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 15 - )

Figura 01: Técnica para higienização simples das mãos (Anvisa)


A fricção Anti-séptica das mãos, com preparações alcoólicas, é recomendada
para reduzir a carga microbiana das mãos, no entanto não há remoção de sujidades.
Deve ser utilizado o gel alcoólico preferencialmente a 70% ou de solução alcoólica a
70% com 1-3% de glicerina. Este procedimento pode substituir a higienização com água
e sabão quando as mãos não estiverem visivelmente sujas. A anti-sepsia cirúrgica ou
preparo pré-operatório das mãos objetiva eliminar a microbiota transitória e minimizar a
residente. Devem ser utilizadas escovas de cerdas macias e descartáveis.
No sentido de garantir a qualidade da assistência ao paciente, todas as medidas e
recursos devem ser utilizados com o objetivo de incorporar a prática da higienização das
mãos, por todos os profissionais.
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 16 - )

4.2 Equipamento de Proteção Individual - EPI


Os EPI’s, definidos no item 3, devem ser fornecidos pela instituição,
gratuitamente, devendo ser adequados ao risco, estar em perfeito estado de conservação
e funcionamento.
Todos os funcionários dos NAIS / SAS, civis e militares, devem utilizar os EPI’s
apenas para a finalidade a que se destinam, responsabilizar-se pela guarda e
conservação e, sempre que necessário, comunicar qualquer alteração que os tornem
impróprios para uso.
Os equipamentos de proteção devem ser utilizados de acordo com as indicações
definidas para cada especialidade das diversas áreas da Saúde, o procedimento a ser
realizado, o risco associado e as normas e rotinas do setor.
4.2.1 Luvas de uso único, de vinil, látex ou plástico;
4.2.1.1 Luvas de vinil estão indicadas para os profissionais com alergia ao látex;
4.2.1.2 Luvas de látex (cirúrgicas ou de procedimento) estão recomendadas
durante a realização de práticas clínicas que envolvam contato com secreções ou fluidos
corpóreos;
4.2.1.3 Luvas plásticas podem ser utilizadas como sobreluvas quando houver
necessidade de manusear objetos fora do campo de trabalho durante a realização de
procedimentos ou ainda para práticas clínicas que envolvam contato com secreções ou
fluidos corpóreos.
4.2.2 Luvas de borracha:
4.2.2.1 Luvas grossas de borracha e cano longo são indicadas para realização de
limpeza e desinfecção de superfícies do ambiente e instrumental cirúrgico contaminado.
4.2.3 Avental para proteção de mangas longas, comprido, usando sempre fechado,
podendo ser descartável ou de tecido claro.
4.2.4 Máscaras descartáveis, de camada tripla, hipoalergênica, com filtração mínima de
95% de partículas de 1 a 5 µm e, quando a situação exigir, máscara com filtração
mínima de 99% (N-95).
4.2.5 Óculos de proteção individual, com vedação lateral, e, quando a situação exigir,
protetor facial.
4.2.6 Gorro ou touca de material descartável, que proteja todo o couro cabeludo e as
orelhas.
4.2.7 Sapatos fechados, impermeáveis e de material resistente.
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 17 - )

4.3 Limpeza

4.3.1 Ambiente
Ao planejar a rotina para limpeza e desinfecção das superfícies nas áreas clínicas
deve-se considerar o potencial de contato direto com o paciente, o grau e a frequência
de contato das mãos e o potencial de contaminação da superfície com prováveis fontes
de microrganismos, humanas ou ambientais (p.ex. água, solo, sujidade).

4.3.1.1 Superfícies fixas


De acordo com a literatura, paredes, janelas, portas, tetos e pisos não constituem
risco de infecção, desde que mantidos limpos. As Unidades devem estabelecer uma
rotina de limpeza periódica, conforme a área ou quando houver sujidade visível.
Diariamente deve ser realizada a limpeza dos pisos e, semanalmente, ou quando
necessário, as demais superfícies. Em presença de matéria orgânica, deve-se proceder
conforme as orientações mostradas na Figura 02.
Os funcionários que realizam esta tarefa devem receber treinamento e utilizar a
paramentação completa. Para um melhor andamento do trabalho, regras básicas devem
ser seguidas, a saber:

Iniciar o procedimento pela área menos contaminada;


• Limpar as paredes com água e sabão, de cima para baixo, em sentido único;
• Enxaguar e secar as paredes com panos e água limpa;
• Limpar o piso do fundo para a porta;
• Realizar somente a varredura úmida e nunca utilizar vassouras;
• Utilizar um rodo, dois baldes, panos limpos ou carrinhos próprios para limpeza e
água e sabão;
• Afastar o mobiliário e equipamentos;
• Utilizar um balde com água e sabão seguido de outro com água limpa;
• Secar com pano limpo;
• Processar e armazenar os panos e demais utensílios em área reservada para esta
finalidade
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 18 - )

Superfície fixa com presença de matéria orgânica

Desinfecção Descontaminação

Remoção de
matéria orgânica
com papel

Aplicar Aplicar
desinfetante produto

Remover o produto após o Remover o produto/


tempo de ação desinfetante resíduo com papel,
após o tempo de ação

Limpar a superfície com água e sabão

Secar a superfície

Figura 02: Fluxograma de limpeza de superfícies com matéria orgânica (Adaptado do


Manual da PUC-RS, 2006).

4.3.1.2 Mobiliário
O mobiliário utilizado em atividades administrativas, desde que não tenha
entrado em contato com secreções ou outros fluídos corpóreos, deve ser submetido à
limpeza com água e sabão. Os produtos utilizados para desinfecção devem ser aqueles
indicados pelo fabricante.

4.3.1.3 Equipamentos
As superfícies do equipamento que podem entrar em contato com fluídos
corpóreos de pacientes e que sejam passíveis de viabilizar infecções cruzadas, devem
ser recobertas com filme plástico (PVC - policloreto de vinila) e trocados a cada
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 19 - )

paciente. As superfícies devem receber limpeza com água e sabão e posterior


desinfecção com produtos recomendados pelo fabricante.
94ytTGGHHH

4.3.2 Instrumental / Material


A limpeza deve ocorrer imediatamente após o uso do artigo e ser realizada de
maneira cuidadosa de modo a evitar acidentes ocupacionais. Todos os instrumentos
constituídos de mais de uma parte, devem ser desmontados. Com objetivo de expor ao
máximo as reentrâncias e o interior de seus componentes, as pinças e tesouras devem
sempre estar abertas.
Na impossibilidade da limpeza imediata, recomenda-se a imersão do
instrumental em solução aquosa de detergente com pH neutro ou enzimático, usando um
recipiente de paredes rígidas. Este procedimento irá prevenir o ressecamento das
secreções presentes e facilitar a limpeza, diminuindo seu tempo de execução. Os artigos
devem permanecer totalmente imersos para viabilizar a limpeza adequada. A solução
deve ser preparada e manuseada de acordo com as orientações do fabricante.

4.3.2.1 Limpeza manual


Remoção manual de sujidades utilizando água corrente e detergente, com o
auxílio de escova de cerdas macias e cabo longo, escovas de aço e/ou escovas para
limpeza de lúmen. Os funcionários que realizam esta atividade devem utilizar luvas de
borracha resistentes à perfuração, além dos demais equipamentos de proteção
recomendados.
Deve ser utilizada uma pia específica para esta finalidade, preferentemente com
torneira com jato direcionável e cuja cuba tenha profundidade adequada.

4.3.2.2 Limpeza mecânica


Remoção automatizada de sujidades, por meio de lavadoras com jatos de água
ou lavadoras com ultra-som de baixa frequência, que operam em diferentes condições
de temperatura e tempo. A limpeza mecânica não requer pré-embebição ou escovação
dos instrumentos e pode aumentar a produtividade, melhorar a efetividade da limpeza e
diminuir o risco ocupacional dos trabalhadores. Portanto, o processo é mais seguro e
mais eficiente que a limpeza manual.
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 20 - )

4.3.2.3 Enxágue
Esta etapa deve ser realizada com água de boa qualidade, pois existe relação
direta desta com a durabilidade do instrumental. Recomenda-se que o último enxágue
seja realizado com água livre de metais pesados. Os artigos com lúmen devem sofrer
enxágue com bicos de água sob pressão.

4.3.2.4 Secagem
Todo o instrumental deve passar por rigorosa secagem, para evitar a
interferência posterior de umidade no processamento e diminuir a possibilidade de
corrosão. Podem ser utilizados panos limpos e secos, exclusivos para esta finalidade,
secadoras de ar quente/frio e/ou ar comprimido medicinal.

4.4 Desinfecção
O sucesso do processo de desinfecção depende da realização de limpeza
adequada. A definição do termo encontra-se no item 3 (Definições). O processo se
aplica a objetos inanimados e foi classificado em desinfecção de baixo, intermediário e
alto nível (item 3, Definições).
Os vários produtos comercializados no Brasil devem possuir registro no
Ministério da Saúde e ter a eficácia, relação custo-benefício e características do artigo a
ser processado, avaliados previamente.

4.5 Esterilização
Para garantir a efetividade do processo de esterilização, devem ser seguidos,
corretamente, os passos já descritos anteriormente e os que seguem abaixo.
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 21 - )

Figura 03: Fluxograma de processamento de artigos (Anvisa, 2006, pág. 75)

4.5.1 Inspeção visual


Esta importante etapa visa avaliar a eficácia do processo de limpeza, as
condições do artigo e sua necessidade de reposição. Quando for detectada a ocorrência
de corrosão na superfície do artigo, recomenda-se a utilização de leite mineral
hidrossolúvel ou de produtos similares como a solução aquosa de nitrito de sódio a 1%
(Anvisa, 2006). Após a limpeza, os instrumentos sujeitos à corrosão, deverão ser
imersos na solução, de acordo com a recomendação do fabricante, enxaguados, secos e
embalados para posterior processamento.

4.5.2 Empacotamento e seleção de embalagens


A seleção da embalagem deve preceder o processamento e atender a alguns
quesitos básicos como: permitir a penetração do agente esterilizante, assegurar proteção
contra contaminação durante o manuseio e ser uma barreira microbiológica que garanta
a condição de esterilidade até sua utilização.
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 22 - )

Quadro 01 – Características e indicações das embalagens para processamento de artigos

Embalagem Características Indicações


Papel grau cirúrgico Sua matéria prima é papel de celulose alvejado Indicado como embalagem para
e filme transparente de polietileno e artigos a serem processados em
polipropileno (NBR 12.946/93). Os índices de vapor saturado sob pressão
porosidade para o papel grau cirúrgico, são de (autoclave).
65s (mínimo) e 105s (máximo). A gramatura
mínima do papel deve ser de 65gr/m 2 e 54gr/m2
para o filme plástico (Normas Internacionais
BS 6256 e DIN 58953/87).
Papel crepado Considerado uma barreira microbiana eficiente, Embalagens de artigos a serem
composto de celulose tratada, flexível, atóxico processados pelo vapor saturado
e resistente a temperaturas até 150º C por 1 h. sob pressão (autoclave).
Tecido de algodão Tecido de algodão cru, com 140 a 200 fios, Indicado como embalagem para
isento de amido, de baixo custo e requer artigos a serem processados em
processamento a cada uso. O número de vapor saturado sob pressão
lavagens altera as propriedades do tecido, (autoclave).
diminuindo a efetividade da barreira
microbiológica.
Caixas metálicas Quando utilizadas, devem possuir orifícios em Indicados para processamento em
perfuradas toda sua extensão, com o objetivo de permitir a autoclave, devem ser recobertos
saída de ar e a entrada do vapor. externamente com embalagem
adequada, para garantir a
esterilização.
Tecido Não Tecido Também denominado SMS, é composto por Indicado como embalagem para
três camadas de não-tecido, 100% artigos a serem processados em
polipropileno. vapor saturado sob pressão
(autoclave).

4.5.3 Esterilização
O processo de esterilização objetiva destruir os microrganismos presentes em
uma superfície ou artigo, para prevenir a transmissão de agentes de doenças infecciosas
associadas ao seu uso (ver item 3 - Definições). Para esterilização dos artigos críticos,
termo-resistentes, recomenda-se o processamento pelo vapor saturado sob pressão,
devido à grande margem de segurança e eficiência. Os artigos termo-sensíveis devem
ser processados por meio de tecnologia de esterilização em baixa temperatura (p.ex.
ácido peracético, óxido de etileno, plasma de peróxido de hidrogênio). Frente à nova
situação encontrada nos serviços de saúde de quase todos os Estados do país, a Anvisa,
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 23 - )

por meio da Nota Técnica 08/08/2008, recomenda, como medida cautelar, a suspensão
do uso do glutaraldeído a 2% para esterilização de artigos críticos, diante dos indícios
da espécie microbiana Micobacterium massiliense resistente à solução química.
Antes de selecionar o método de esterilização, o profissional de saúde deve
avaliar as especificidades do artigo e a legislação vigente.

Quadro 02 – Características e indicações dos métodos de processamento de artigos


Método Características Indicações
Vapor saturado sob Processamento de artigos em autoclave, em Artigos médico-odonto-
pressão que a morte microbiana ocorre por hospitalares, termoresistentes. O
termocoagulação e desnaturação de proteínas, volume de material a ser
pela ação combinada dos fatores: tempo, esterilizado não deverá exceder a
temperatura e pressão. 2/3 da capacidade total do
equipamento. Deve-se manter os
artigos afastados das paredes
internas laterais do equipamento e
sua disposição deve permitir a
circulação adequada do vapor.
Calor seco Morte microbiana ocorre por oxidação das Indicado para óleos, pós e
células. Não recomendado para instrumentos cortantes
processamento de artigos em Odontologia a termoresistentes. O equipamento
partir da publicação da Resolução SES 1559 recomendado é o de convecção
em agosto de 2008. mecânica (CDC, 2008).

4.6 Gerenciamento de resíduos sólidos


A última pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE,
2002) informou que eram recolhidas, mais de 125.000 toneladas diárias em todos os
municípios brasileiros. O estudo mostra que 63,9% destes municípios utilizavam os
lixões para o destino final de seus resíduos, 32,2% utilizavam aterro adequado e 5% não
informaram a destinação final de seus resíduos. Não somente nesta pesquisa, mas
também em referências internacionais, os resíduos dos Serviços de Saúde (RSS) são
mencionados como representando cerca de 1% do volume total de resíduos gerados
(IBGE, 2002; Garcia e Zanetti-Ramos, 2004; Hassan et al., 2008).
O gerenciamento dos resíduos dentro de um estabelecimento de saúde passa por
várias etapas, desde a sua geração até o seu destino final. No Brasil, a Resolução RDC
306 de 07 de dezembro de 2004 distingue estas etapas em: geração, segregação,
acondicionamento, identificação, transporte interno, armazenamento temporário,
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 24 - )

tratamento, armazenamento externo, coleta e transporte externos e disposição final


(Quadro 03). Durante todas as etapas, deve haver o cuidado com a paramentação (uso
de equipamento de proteção individual – EPI) dos profissionais que irão manusear os
RSS.
De acordo com a legislação brasileira, os resíduos são classificados em cinco
grupo sendo os do grupo A aqueles que apresentam componentes com possível presença
de agentes biológicos, que, por suas características de maior virulência ou concentração,
podem representar risco de contaminação.
Os resíduos do grupo B são os que contém substâncias químicas que podem
causar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características.
Os do grupo C são aqueles contendo radionuclídeos, não utilizados em
NAIS/SAS e devem ser gerenciados de acordo com as normas da Comissão Nacional de
Energia Nuclear – CNEN.
Os resíduos do grupo D assemelham-se aos domiciliares e não apresentam riscos
biológicos, químicos ou radiológicos à saúde e ao meio ambiente.
No grupo E estão incluídos todos os materiais perfurocortantes e escarificantes.
Para um aprofundamento do gerenciamento de cada um destes grupos deverá ser
consultada a legislação recente. Os serviços de saúde devem elaborar um plano de
gerenciamento (PGRSS – Plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde),
que deverá ser aprovado conforme a recomendação da Secretaria de Vigilância Sanitária
do município.
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 25 - )

Quadro 03 – Características e etapas do gerenciamento dos resíduos dos serviços de


saúde
Etapas do gerenciamento Características
Segregação Separação dos resíduos no local e momento de sua geração, de acordo com as características
físicas, químicas, estado físico e riscos envolvidos.
Acondicionamento Ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes que evitem vazamentos e
resistam às ações de punção e ruptura. A capacidade dos recipientes de acondicionamento
deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo. Os resíduos sólidos
devem ser acondicionados em saco de material resistente, impermeável, baseado na NBR
9191/2000 da ABNT, respeitados os limites de peso de cada saco, sendo proibido seu
esvaziamento ou reaproveitamento. Os sacos devem estar contidos em recipientes
resistentes, de material lavável, com tampa provida de sistema de abertura sem contato
manual, com cantos arredondados e ser resistente ao tombamento. Os resíduos
perfurocortantes devem ser acondicionados em embalagens resistentes à punctura,
vazamentos e que possuam identificação adequada.
Identificação Conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e
recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos RSS. A identificação dos resíduos
perfurocortantes (Grupo E) e os potencialmente infectantes (Grupo A) é dada pelo símbolo de
substância infectante (NBR 7.500 da ABNT), com rótulos de fundo branco, desenho e
contornos pretos (Figura 04).

Figura 04 – Simbologia de resíduo


infectante

Transporte interno Traslado dos resíduos dos pontos de geração até o local destinado ao armazenamento
temporário ou externo, com a finalidade de apresentação para a coleta.
Armazenamento temporário Guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em local
próximo aos pontos de geração, visando agilizar a colheita dentro do estabelecimento e
otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o ponto destinado à apresentação
para coleta externa. Esta etapa não poderá ser feita com disposição direta dos sacos sobre
o piso, sendo obrigatória a conservação dos sacos em recipientes de acondicionamento.
Tratamento Utilização de método, técnica ou processo que modifique as características dos riscos inerentes
aos resíduos, reduzindo ou eliminando o risco de contaminação, de acidentes ocupacionais ou
de dano ao meio ambiente. Pode ser aplicado no próprio estabelecimento gerador ou em outro
estabelecimento, observadas as condições de transporte entre o estabelecimento gerador e o
local do tratamento.
Armazenamento externo O NAIS/SAS que gerar mais de 150 litros diários ou menos de 700 litros semanais deve possuir
um ambiente exclusivo para a guarda dos recipientes de resíduos até a realização da coleta
externa. O acesso dos veículos coletores ao local deve ser facilitado. Não é permitida a
manutenção dos sacos de resíduos fora dos recipientes ali estacionados.
Coleta e transporte externos Remoção dos RSS do abrigo até a unidade de tratamento ou disposição final, utilizando-se
técnicas que garantam a preservação das condições de acondicionamento e a integridade dos
trabalhadores, da população e do meio ambiente, devendo estar de acordo com as orientações
dos órgãos de limpeza urbana.
Disposição final Consiste na disposição dos resíduos no solo previamente tratado para recebê-los,
obedecendo aos critérios técnicos de construção e operação, com licenciamento ambiental
de acordo legislação.
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 26 - )

5. Acidentes com material biológico


Devido à manipulação de secreções e à presença de agentes de doenças
infecciosas, o profissional da saúde está exposto, em sua prática, ao risco biológico que
é definido pela Anvisa como sendo “a probabilidade da ocorrência de um evento
adverso devido a presença de um agente biológico”.
Frente à exposição ocupacional envolvendo material biológico o profissional
deve tomar, imediatamente, providências no sentido de minimizar os agravos à sua
saúde (Quadro 04).
Concomitante às medidas locais, o profissional de saúde acidentado, deverá
comunicar, imediatamente, conforme protocolo institucional (Quadro 05). O tempo
decorrente da comunicação do acidente até o início da quimioprofilaxia, quando
necessária, não deve exceder a uma, até duas horas.

Quadro 04 – Medidas imediatas locais após exposição ocupacional a material biológico


Local Medida recomendada Medidas não recomendadas
Pele Lavar com água limpa e sabão Uso de soluções químicas que
Mucosas (nasal e Lavar com água limpa ou soro
aumentem a injúria tecidual
bucal) fisiológico
(hipoclorito, água oxigenada, álcool,
Mucosa ocular Lavar com água limpa, soro fisiológico
iodo), compressão local, cortes ou
ou soluções específicas para essa
injeções locais.
finalidade

Para minimizar e prevenir a exposição ocupacional a material biológico,


recomenda-se cuidados simples como o ato de não reencapar agulhas com as mãos,
descartar adequadamente os perfurocortantes, utilizar artigos com dispositivo de
segurança e utilizar equipamentos de proteção individual adequado.
A comunicação mencionada anteriormente deve ser realizada no NAIS / SAS
mais próximo, seguindo o fluxograma recomendado pelo Centro de Referência Controle
e Tratamento de AIDS (Quadro 05). Os acidentes que ocorrerem na Região
Metropolitana de Belo Horizonte – RMBH, devem ser encaminhados diretamente ao
pronto atendimento do Hospital Militar, em Belo Horizonte. A abertura e instauração do
Atestado de Origem – A.O deverá ser avaliado pelo médico da Unidade de saúde.
A comunicação do acidente deverá ser realizada conforme o modelo contido no
Anexo I e a avaliação da gravidade e os desdobramentos do acidente deverão ser
avaliados pelo médico. Em casos de acidentes com águas contaminadas, consultar o
Anexo II.
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 27 - )

Quadro 05 – Fluxograma recomendado pelo CRCT/AIDS, após exposição ocupacional


a material biológico

FLUXOGRAMA DE ENCAMINHAMENTO DA SAS AO CRCT-AIDS

SAS

ACIDENTES BIOLÓGICOS

PREENCHER IMPRESSO DE ACIDENTE BIOLÓGICO ( EM DUAS VIAS)

AVALIAR RISCO OCUPACIONAL DO ACIDENTADO PARA HEPATITES: B, C e HIV

AGENTE FONTE CONHECIDO: SE AGENTE FONTE


POSSÍVEL FAZER EXAMES DESCONHECIDO OU POSITIVO
IMEDIATAMENTE. PARA O HIV

Negativo Positivo

INICIAR QUIMIOPROFILAXIA, SE NECESSÁRIO,


CONFORME PROTOCOLO e SOLICITAR EXAMES DO
ACIDENTADO

ENCAMINHAR AO CRCT PARA ORIENTAÇÕES E ACOMPANHAMENTO. NOS FINS


DE SEMANA OU FERIADOS, ENCAMINHAR NO 1º DIA UTIL APÓS ATENDIMENTO.

Se possível, o médico da SAS deverá solicitar, em caráter de urgência, os seguintes


exames para o agente fonte do acidente, encaminhando o resultado ao CRCT: Anti
HIV I e II (Elisa): HbsAg e Anti HCV.
. O esquema antiretroviral disponível na SAS de: AZT +3TC = Biovir, possuí dose
para 3 dias de tratamento, tempo suficiente para se chegar ao CRCT/AIDS.
. Militares com acidente de alto risco deverão ser encaminhados ao CRCT/AIDS para
se avaliar a necessidade de associação de outro antiretroviral, disponibilizados no
CRCT/AIDS.

Fonte: Coordenação do CRCT/AIDS – PMMG, 2008


( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 28 - )

6. Vacinação da equipe de saúde


Quadro 06 – Proposta de calendário de vacinação para adultos
Vacina Idade Doses Doenças evitadas Observações
DT A partir de 20 1ª dose Tétano e Difteria Reforço a cada 10 anos, por
anos 2ª dose: 2 meses toda a vida
após a primeira
3ª dose: 4 meses
após a primeira
FA 10 anos após a Dose inicial Febre amarela Reforço a cada 10 anos, por
última dose na toda a vida
juventude
SR e/ou A partir de 20 Dose única Sarampo, A vacina dupla viral – SR
SCR anos Caxumba e (Sarampo e Rubéola) e/ou a
Rubéola tríplice viral (Sarampo,
Caxumba e Rubéola) deve ser
administrada em mulheres de
12 a 49 anos que não tiveram
comprovação de vacinação
anterior e em homens de até
39 anos.
Influenza A partir de 60 Dose anual Gripe Oferecidas anualmente no
anos outono
Profissionais de
Saúde
Pneumococo A partir de 60 Dose única Pneumonia Reforço: 05 anos após a
anos causada por primeira dose
Pneumococo
Hepatite B Profissionais de 1ª dose Hepatite B Necessidade de teste
Saúde 2ª dose: 30 dias após sorológico de 30 a 60 dias
a primeira após a terceira dose.
3ª dose: 180 dias
após a primeira
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 29 - )

ANEXO I

DIRETORIA DE SAÚDE
HOSPITAL DA POLÍCIA MILITAR
CENTRO DE REFERÊNCIA CONTROLE E TRATAMENTO DE HIV/AIDS
FICHA DE ACIDENTE BIOLÓGICO-CRCT/AIDS
IDENTIFICAÇÃO DO ACIDENTADO

Nome_______________________________________________________________________________________
__
Sexo _______ Idade ____________ Estado Civil ________________
TEL_________________________________
Número________________ P/G ____________ Função____________ OPM/ OBM
_________________________
Local do Acidente ___________________________ Data do Acidente ____/____/_____
Hora_________________
Vacinado Contra: Hepatite B ( ) Sim ( ) Ignorado ( ) Não em ____/____/___ Dose 1º( ) 2º( ) 3º( )
Tétano ( ) Sim ( ) Ignorado ( ) Não em ______/______/_____ Dose 1º( ) 2º( ) 3º( )

IDENTIFICAÇÃO DO AGENTE FONTE


Nome___________________________________________________________________________
Sexo _____Idade _____Número ________________Tel.___________________________________
Endereço_________________________________________________________________________
Origem__________________________________________________________________________
HBV ( ) Positivo ( ) Negativo ( ) Ignorado
HCV ( ) Positivo ( ) Negativo ( ) Ignorado
HIV ( ) Positivo ( ) Negativo ( ) Ignorado CD4______PCR_________

NATUREZA DA EXPOSIÇÃO
Local da Lesão______________________________ Mecanismo da lesão_________________________
Profundidade da Lesão _______________________Tipo de Secreção____________________________
Calibre da Agulha__________________________Outros______________________________________

CUIDADOS PÓS-EXPOSIÇÃO – MEDIDAS IMEDIATAS TOMADAS


Horário do atendimento____________ Local (Setor) do Atendimento ____________________
Limpeza do local com água e sabão ( ) Sim ( ) Não
Assepsia do local com álcool etílico a 70º GL ( ) Sim ( ) Não
Exames solicitados do agente fonte ( ) HbsAg ( ) Anti HIV ( ) HCV

NECESSÁRIO QUIMIOPROFILAXIA ( ) Sim ( ) Não ( ) Oferecido

ESQUEMA PROPOSTO:
______ Biovir (Zidovudina 300+Lamivudina 150mg) – 1 comprimido de 12 em 12 horas
_______ *Stocrin (Efavirenz 600mg) – 1 comprimido preferencialmente a noite
*ATENÇÃO: O Efavirenz não deve ser utilizado em mulheres grávidas ou com possibilidade de gravidez
durante o período de quimioprofilaxia, nestes casos usar Kaletra.

ESQUEMA PROPOSTO PARA GESTANTE:


______ Biovir (Zidovudina 300+Lamivudina 150mg) – 1 comprimido de 12 em 12 horas
_______ Kaletra (- Lopinavir 200 Mg + Ritonavir 50 mg )– 2 comprimidos de 12 em 12 horas

TEMPO DE TRATAMENTO - até liberação do resultado do agente fonte ( ) 28 dias ( )


____________________________________________________________________________________________
__

Eu _________________________________________________concordo com a realização dos exames


laboratoriais solicitados e fui orientado quanto aos efeitos colaterais dos medicamentos prescritos.

Local ____________________ Data ___/____/____ Ass.:_____________________________________________

Responsável pelo preenchimento______________________________ SETOR:


____________________________
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 30 - )

______/_______/________ Ass.: Carimbo


médico_____________________________________________________

OBSERVAÇÕES:
______________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

Exames realizados do Agente Fonte data ____/_____/______

Exames: Anti HIV (ELISA) ______________________________________________


HbsAg _______________________________________________________
HCV_________________________________________________________

Conduta: _____________________________________________________________

Profissional (carimbo) _______________________

Exames do Acidentado
1ª Avaliação Data ______/_______/_________
( ) Orientações

Exames: Anti HIV (ELISA)__________________________________________________


HbsAg ___________________________________________________________
Anti HBs quantitativo_______________________________________________
HCV_____________________________________________________________
Encaminhamentos: Vacinação Hepatite B Sim ( ) Não ( )
Reforço Vacina Sim ( ) Não ( )
Imunoglobulina Sim ( ) Não ( )
Tétano Sim ( ) Não ( )
OBS:_____________________________________________________________________________

Profissional (carimbo)________________________

Recebi as orientações:________________________________________________________________

2ª Avaliação (após 60 dias) Data ______/_____/______

Exames Anti HIV (ELISA)_____________________________________________________________


OBS: ______________________________________________________________________________
Profissional (carimbo)_________________________

3ª Avaliação (após 180 dias) Data ______/______/_______


Exames Anti HIV (ELISA)__________________________________________________________
HCV _________________-___________________________________________________
HBsAg___________________________________________________________________
OBS:_____________________________________________________________________________

Profissional (carimbo)_________________________
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 31 - )

Recebi a 1ª via para ser anexada em minha pasta sanitária em / /


Assinatura:___________________________________________________________________________
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 32 - )

ANEXO II

DIRETORIA DE SAÚDE
HOSPITAL DA POLÍCIA MILITAR
CENTRO DE REFERÊNCIA CONTROLE E TRATAMENTO DE HIV/AIDS

“PROTOCOLO DE ATENDIMENTO A EXPOSIÇÃO A ÁGUAS CONTAMINADAS


ACIDENTES ENVOLVENDO PM E BM EM AGUAS CONTAMINADAS – 2008
Preencher a ficha de exposição em águas contaminadas em duas vias
( 1º via SAS, encaminhar a 2º via ao CRCT)

ASSINTOMÁTICO SINTOMÁTICO

Pesquisar
• Estado vacinal ( Hepatite A, B e tétano) Encaminhar para o HPM (em Belo Horizonte) ou outro
• Natureza das lesões e exposições Hospital (interior) para propedêutica e tratamento
• Alergias medicamentosas específicos.
• Gravidez atual
• Passado de doença infecto contagiosa

Solicitar exames OBSERVAÇÕES


• Hepatite viral A e B: Anti-HAV IgM e IgG,
HbsAg, e Anti-Hbs 1.Considera –se exposição de risco à águas
contaminadas quando houver:
Prescrever a) Contato com água contaminada por tempo
• Profilaxia para Leptospirose: Doxiciclina prolongado se pele íntegra ou qualquer tempo de
200mg 1 vez por semana, enquanto houver contato se pele lesada ou através de mucosas.
risco de exposição (grávidas e crianças usar b) Ingestão de água ou alimentos contaminados.
amoxicilina por 7 dias).*
• Profilaxia para tétano: esquema vacinal 2.A Doxiciclina será fornecida pela
completo, última dose há mais de 5 anos farmácia do Pronto Atendimento do Hospital Militar,
aplicar 1 dose vacina dupla adulto. através de solicitação feita por um responsável pela SAS
Esquema vacinal desconhecido ou das OPM/OBM,constando o nome e número dos
incompleto: dose profilática de 250 UI de militares envolvidos no acidente. Poderá ser feita lista
Imunoglobulina Anti tetânica e iniciar ou única. Cada SAS se
completar o esquema de vacina. responsabilizará pela busca dos medicamentos.

Orientar 3. Os militares que necessitarem de vacina deverão ser


encaminhados ao serviço para vacinação. É necessário
• Sobre sinais e sintomas da leptospirose (febre,
preenchimento de guia para vacina de Hepatite A, as
cefaléia, prostração, dor intensa em
demais vacinas (tétano e Hepatite B) não necessitam de
panturrilhas, coxas e dorso, icterícia,
guia.
sangramentos.)
4. os militares acidentados deverão ser orientados a
Controle
procurar a SAS da Unidade após 60 dias da exposição
• Hepatite viral A : repetir os mesmos para realização de exames parasitológicos em fezes.
marcadores em 8 semanas.
• Hepatite viral B repetir marcadores em180
dias.
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 33 - )

Anexo III

Normas para inspeção e limpeza de Bebedouros e Caixas d’água

P.O.P. nº 01
PMMG Procedimento Operacional Estabelecido em: Junho / 2009
DS Padrão
NAIS

Atividade: normas para inspeção e limpeza de bebedouros e caixas d’água

Responsável: chefe do almoxarifado

Material Necessário

Água;
Sabão;
Água sanitária.

Tarefas Críticas

1. BEBEDOUROS
Diariamente:
1.1 Avaliar a regulagem dos jatos, estado das conexões e funcionamento do motor,
providenciando reparo imediato em presença de qualquer anormalidade.

1.2 Limpeza e higienização dos bicos e do bojo, com água e sabão ou em presença de
sujidade.

Semestralmente:
1.3 Manutenção geral do equipamento, com limpeza interna, troca do filtro,
desmontagem e limpeza das conexões de entrada e saída de água (não esquecer de desligar o
aparelho da rede elétrica e fechar registro).

1.4 Exame das condições de consumo (teste da potabilidade) da água.

2. CAIXAS D’ÁGUA
Semestralmente:
2.1 Esvaziar o conteúdo da caixa d’água;
2.2 Escovar paredes e fundo da caixa;
2.3 Enxaguar com água corrente;
2.4 Aplicar nas paredes e fundo da caixa solução desinfetante (água sanitária e água);
2.4.1 A proporção da diluição deve ser de 1litro de água sanitária para 5litros de
água;
2.5 Aguardar o tempo de ação da solução desinfetante, que é de 30 minutos;
2.6 Enxaguar as paredes e fundo da caixa com água corrente;
2.7 Encher novamente a caixa de água;
2.8 Anotar a data em local visível e de fácil acesso, para registro, controle e
conhecimento.
2.9 Anotar em livro de controle, a data da próxima limpeza.
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 34 - )

Anexo IV
Limpeza e Desinfecção de Filtros de Ar Condicionado

P.O.P. nº 02
PMMG Procedimento Operacional Estabelecido em: Junho / 2009
DS Padrão
NAIS

Atividade: rotina de limpeza e desinfecção de filtros de ar condicionado

Responsável: chefe do almoxarifado

Material Necessário

Hipoclorito de sódio a 1%;


Sabão neutro;
Água corrente;

Tarefas Críticas

Semanalmente:
1. Certifique-se que seu aparelho de ar condicionado esteja desligado;
2. Localize o filtro / tela do aparelho e abra o aparelho para retirá-lo;
3. Lave o filtro / tela com água corrente e sabão neutro;
4. Após a lavagem do filtro/tela, secar ao ar livre e realizar desinfecção com hipoclorito de
sódio a 1%.
Para o filtro: mergulhar na solução, aguardar 30 minutos, enxaguar com água corrente e
secar em temperatura ambiente.
Para a tela: umedecer com a solução desinfetante, aguardar 30 minutos, enxaguar
abundantemente com água corrente.
5. Deixe secar na temperatura ambiente;
6. Reposicionar a tela/ filtro e religar o aparelho;
7. Quando as malhas do filtro estiverem alargadas, providenciar a compra / reposição.

Seguindo estas orientações estarão sendo minimizados os riscos de contaminação cruzada


do seu ambiente de trabalho.
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 35 - )

Anexo V

Antissepsia para aplicação parenteral


P.O.P. nº 03
PMMG Procedimento Operacional Estabelecido em: Junho / 2009
DS Padrão
NAIS
Atividade: Aplicação Parenteral
Responsável: Equipe de Enfermagem

Material Necessário

Esparadrapo ou micropore;
Garrote, em medicações endovenosas;
Algodão com álcool 70%;
Luvas de procedimento;
Medicação prescrita preparada;
Bandeja.

Tarefas Críticas
1. Tomar conhecimento da prescrição médica;
2. Separar o medicamento e material necessário;
3. Lavar as mãos com água e sabão;
4. Orientar o paciente sobre o procedimento a ser realizado;
5. Calçar luvas de procedimento;
6. Posicionar o paciente de maneira a dar-lhe conforto e facilitar a administração do
medicamento;
7. Umedecer o algodão com álcool a 70%;
8. Proceder a antissepsia de cima para baixo, sem repassar o algodão no mesmo local;
9. Aplicar a medicação de acordo com a técnica;
10. Pressionar o local até diminuir o sangramento.
11. Cobrir a área da administração, quando a via de administração for endovenosa, com
esparadrapo ou micropore;
12. Desprezar o algodão no recipiente de resíduo biológico;
13. Desprezar a seringa e agulha em recipiente próprio, com paredes rígidas;
14. Organizar o ambiente;
15. Tirar as luvas e lavar as mãos com água e sabão;.

Observações.
1. Fiscalizar o aspecto do local da aplicação(edema, nódulos, rubor e calor);
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 36 - )

Anexo VI

Limpeza e desinfecção de leito após contaminação com flúidos corpóreos

P.O.P. nº 04
PMMG Procedimento Operacional Estabelecido em: Junho / 2009
DS Padrão
NAIS
Atividade: limpeza e desinfecção de leito após desocupação

Responsável: profissional tecnicamente habilitado

Material Necessário

E.P.I ( luvas de borracha, avental, óculos, gorro e máscara)


01 Balde com água limpa;
01 Balde com água e sabão;
Panos/ compressas limpos;
Álcool a 70%

Tarefas Críticas
1. Providenciar o material necessário
2. Lavar as mãos com água e sabão;
3. Usar o E.P.I;
4. Retirar a roupa de cama, começando pela cabeceira, utilizando movimentos simples
amplos em um só sentido;
5. Molhar o pano na água com sabão e iniciar a limpeza, observando a sequência, da
parte mais limpa para a mais contaminada, utilizando movimentos simples, amplos e
em um só sentido;

6. Lavar o pano com água limpa, sempre antes de retornar à água com sabão;

7. Trocar a água sempre que estiver suja, evitando molhar o chão;

8. Secar o leito cuidadosamente, com panos limpos;

9. Friccionar álcool a 70%, no local contaminado por secreções corporais, por 30


segundos. Deixar evaporar o álcool e repetir a operação por mais 2 vezes;

10. Arrumar o leito, deixando a unidade em ordem;


11. Lavar as mãos ao término da atividade.
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 37 - )

Anexo VII

Limpeza e desinfecção de viatura após o transporte de pacientes


P.O.P. nº 05
PMMG Procedimento Operacional Estabelecido em: Junho / 2009
DS Padrão
NAIS
Atividade: limpeza e desinfecção de viatura após o transporte de pacientes

Responsável: motorista ou substituto

Material Necessário

Luvas de borracha;
Botas de borracha;
Óculos de proteção;
Papel absorvente;
Sacos plásticos;
Álcool 70%

Tarefas Críticas
1. Ensacar toda a roupa ou fardamento contaminado por respingos ou secreções em
saco plástico e encaminhar para lavar, conforme rotina contida no Anexo VIII;
2. Calçar luvas, óculos e botas de borracha;
Retirar o excesso de secreção com o auxílio de papel absorvente, colocar em saco plástico
branco leitoso, com simbologia infectante, fechar e encaminhar para descarte;

3. Lavar o local contaminado com água e sabão;

4. Secar cuidadosamente;

5. Esfregar o local contaminado com uma estopa embebida em álcool a 70% por 30
segundos;

6. Preparar e liberar a viatura para atendimento.

Observações.

OBS. Quando não houver contaminação com líquidos corporais, proceder a limpeza
apenas com água e sabão.
Lavar a viatura após a desinfecção é função do motorista ou substituto.
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 38 - )

Anexo VIII

Limpeza e desinfecção de E.P.I.

P.O.P. nº 06
PMMG Procedimento Operacional Estabelecido em: Junho / 2009
DS Padrão
NAIS
Atividade: limpeza e desinfecção de E.P.I.

Responsável: o profissional que o utilizou

Material Necessário

Hipoclorito de sódio a 1%;


Sabão neutro.

Tarefas Críticas

1. Luvas de Borracha:
1.1 Lavar com água e sabão após o uso.
1.2 Secar cuidadosamente;
1.3 Imergir as luvas em vasilhame plástico, com tampa, contendo hipoclorito
se sódio a 1%, em quantidade suficiente para cobrir as luvas;
1.4 Retirar após 10 minutos;
1.5 Secar;
1.6 Embalar em saco plástico transparente, lacrando-o.

2. Avental:
2.1 Se apresentar área suja com material biológico, lavar com água e sabão.
2.2 Deixar de molho em hipoclorito de sódio a 1% por 30 minutos (nunca exceder
o tempo para minimizar o desgaste das fibras do tecido);
2.3 Enxaguar em água corrente abundantemente;
2.4 Proceder à limpeza com água e sabão, como as demais peças do vestuário;
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 39 - )

3. Óculos de proteção:

3.1 Lavar com água e sabão.

3.2 Secar cuidadosamente.

3.3 Embalar em saco plástico transparente, lacrando-o.

Nunca utilizar álcool 70% ou hipoclorito de sódio a 1% para evitar opacificação e


ressecamento das lentes.
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 40 - )

Anexo IX

Limpeza de almotolias

P.O.P. nº 07
PMMG Procedimento Operacional Estabelecido em: Junho / 2009
DS Padrão
NAIS
Atividade: limpeza de almotolias

Responsável: auxiliares de saúde ou profissional tecnicamente capacitados

Material Necessário

Água;
Sabão neutro.

Tarefas Críticas

Antes de realizar a rotina o profissional deverá utilizar o E.P.I. adequado à atividade

1. Na sexta-feira:

1.1 Jogar fora todo o conteúdo de soluções e sabão não utilizado das almotolias;

1.2 Lavar com água corrente e sabão;

1.3 Enxaguar abundantemente;

1.4 Escorrer e secar;

1.5 Guardar seco;

2. Na segunda-feira:

2.1 Encher as almotolias de forma criteriosa, respeitando as recomendações:

2.2 Soluções de maior consumo, maior quantidade;

2.3 Soluções de menor consumo, menor quantidade;

Obs.: Para minimizar o desperdício de soluções, a partir do meio da semana, as almotolias não
deverão ser completamente preenchidas. Cada Unidade deverá realizar a rotina de acordo com a
sua realidade.
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 41 - )

Anexo X

Limpeza de artigos

P.O.P. nº 08
PMMG Procedimento Operacional Estabelecido em: Junho / 2009
DS Padrão
NAIS
Atividade: limpeza de artigos

Responsável: auxiliares de saúde ou profissional tecnicamente capacitados

Material Necessário
Escovas com cerdas de nylon ou aço;
Detergente neutro;
Desincrostante enzimático;
Tecidos ou compressas

Tarefas Críticas
Antes de realizar a rotina o profissional deverá utilizar o E.P.I. adequado à atividade
(óculos de proteção individual em acrílico, máscara avental impermeável, luvas de
borracha e gorro)

1. Separar os artigos a serem processados;


2. Abrir os instrumentais articulados;
3. Em água corrente, escovar peça por peça utilizando detergente neutro. Quando da
utilização de cubas ultrassônicas, seguir a recomendação do fabricante;
4. Enxaguar com água corrente;
5. Secar com tecidos ou compressas, limpos, específicos para esta finalidade;
6. Avaliar a presença de sujidade na superfície;
7. Encaminhar para o processamento de acordo com a classificação do artigo.
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 42 - )

Observações:

• Material de assistência ventilatória: lavar as partes menores com esponja e/ou


escovas adequadas, lavar tubos de silicone, látex e aramados utilizando jato de
água de forma continua;
• Instrumental cirúrgico: utilizar escovas de cerdas macias para limpeza das
ranhuras, articulações, cremalheiras e widias lavar cuidadosamente os
instrumentais perfuro-cortantes e os que possuem molas e travas

• Lâmina de laringoscópio: desconectar a lâmpada e limpá-la: lavar a lâmina


com água corrente e detergente e logo após friccionar álcool 70 por 30 segundos
e repetir a fricção três vezes. Armazenar em recipiente próprio;
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 43 - )

Anexo XI

Desinfecção de Vidros, Borrachas e Plásticos com Hipoclorito de Sódio

P.O.P. nº 09
PMMG Procedimento Operacional Estabelecido em: Junho / 2009
DS Padrão
NAIS
Atividade: desinfecção de vidros, borrachas e plásticos com hipoclorito de sódio

Responsável: auxiliares de saúde ou profissional tecnicamente capacitados

Material Necessário

E.P.I (Gorro, máscara, avental, óculos de proteção, luvas de borracha);


Soluções químicas desinfetantes;

Tarefas Críticas

1. O profissional deverá colocar o E.P.I. antes de realizar a rotina;


2. Lavar o material seguindo rotina descrita no Anexo X;
3. Imergir o instrumental na solução recomendada, em vasilha plástica com tampa:

3.1 Artigos de vidros e borrachas – Hipoclorito a 1%, por 30 minutos.

3.2 Material de inaloterapia e oxigenoterapia - Hipoclorito a 0,02%, por 60 minutos.

4. Manter o recipiente tampado;


5. Retirar o material com a mão enluvada;
6. Enxaguar o material em água filtrada ou destilada, quando houver;
7. Secar o material utilizando compressas limpas;
8. Acondicionar em recipiente desinfetado;
9. Estocar.
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 44 - )

Anexo XII

Qualificação do Processo de Esterilização em Autoclave por Teste Biológico

P.O.P. nº 10
PMMG Procedimento Operacional Estabelecido em: Junho / 2009
DS Padrão
NAIS
Atividade: qualificação do processo de esterilização em autoclave por teste biológico

Responsável: auxiliares de saúde ou profissional tecnicamente capacitados

Material Necessário

Ampola teste (de G. stearothermophylus);


Livro de Registro de teste biológico;
Incubadora de indicador biológico.

Tarefas Críticas
1.Requisitar as ampolas de teste no C.Farm;
2. Realizar o teste semanalmente;
3. Separar duas ampolas de indicador biológico do mesmo lote;
4. Para o processo de teste de esterilização, seguir as orientações do fabricante da da
incubadora teste;
5. Coloque uma das ampolas de indicador biológico em um pacote, identificado como
ampola teste, dentro da autoclave já abastecida para um ciclo padrão;

6. Realize um ciclo completo de esterilização;


7. Recupere a ampola teste de indicador biológico que foi autoclavada;
8. Introduza a ampola teste dentro da incubadora e ative-a, de acordo com as
orientações do fabricante;

9. Repita essa mesma operação na ampola controle que não foi autoclavada;
10. Coloque ambas para incubar por 48 h. É recomendado avaliar os indicadores
biológicos em intervalos regulares para verificação das mudanças de cores após,
por exemplo, 12, 18, 24 e a leitura final em 48 h. Retirar os testes da incubadora;
11. O crescimento é indicado pela mudança de cor do indicador biológico de acordo
com as instruções do fabricante.
12. O esperado é que haja mudança da coloração das ampolas autoclavadas. A ampola
teste manterá a mesma cor, ou seja houve o crescimento bacteriano.
13. caso a ampola autoclavada tenha mantido a cor, providenciar manutenção para o
equipamento.
14. Retire a etiqueta das ampolas e cole num livro de registros, com a data e o resultado
de cada leitura;
15. Arquive em pasta toda a documentação de monitorização da esterilização.
16. Desprezar as ampolas teste na caixa de material perfuro cortante;
17. Desligar a incubadora e guardá-la em local próprio;
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 45 - )

Referências Bibliográficas

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução da


Diretoria Colegiada - RDC n. 306 de 7 de dezembro de 2004. Diário Oficial da União,
DF. 10 dez 2004.

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO


HOSPITALAR – APECIH. Limpeza, Desinfecção de Artigos e Áreas Hospitalares e
Anti-sepsia. APECIH: São Paulo. 66 p. 1999.

______Esterilização de Artigos em Unidades de Saúde. APECIH: São Paulo. 86


p. 1998.

CENTERS FOR DISEASES CONTROL. Guidelines for Infection Control in


Dental Health-Care Settings. USA: Centers for Diseases Control. v. 52, n. RR-17, 2003.
76 p.

______Guidelines for Disinfection and Sterilization in Healthcare Facilities,


2008. USA: Centers for Referências Bibliográficas

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução da


Diretoria Colegiada - RDC n. 306 de 7 de dezembro de 2004. Diário Oficial da União,
DF. 10 dez 2004.

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO


HOSPITALAR – APECIH. Limpeza, Desinfecção de Artigos e Áreas Hospitalares e
Anti-sepsia. APECIH: São Paulo. 66 p. 1999.

______Esterilização de Artigos em Unidades de Saúde. APECIH: São Paulo. 86


p. 1998.
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 46 - )

CENTERS FOR DISEASES CONTROL. Guidelines for Infection Control in


Dental Health-Care Settings. USA: Centers for Diseases Control. v. 52, n. RR-17, 2003.
76 p.

______Guidelines for Disinfection and Sterilization in Healthcare Facilities,


2008. USA: Centers for Diseases Control. 2008. 158 p.

______Exposure to Blood: What Healthcare Personnel Need to Know. 2003.


USA: Centers for Diseases Control. 2003. 10 p.

BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Serviços


odontológicos: prevenção e controle de riscos – Série A – Normas e Manuais Técnicos.
Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 156p.

______, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.


Higienização das mãos em Serviços de Saúde. Brasília: Anvisa, 2007. 49 p.

______, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.


Segurança do Paciente: Higienização das Mãos. Brasília: Anvisa, [s.d.], 100 p.

______Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual


de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde. Brasília: Anvisa, 2006. 190 p.

BRASIL. Secretaria de Inspeção do Trabalho. Portaria Nº 25, de 15 de outubro


de 2001. Nr. 6 – Equipamentos de Proteção Individual. Brasília, 2001. (Altera a Norma
Regulamentadora que trata de Equipamento de Proteção Individual - NR6 e dá outras
providências).

BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.


Resolução - RDC nº 306, de 7/12/2004. (Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o
gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.)
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 47 - )

BRASIL, Ministério do Trabalho. Portaria Nr. 3.214, 08/06/1978. Aprova as


Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do
trabalho, relativas a Segurança e Medicina do Trabalho. D.O.U. de 06/07/78.

GARCIA, L.P.; ZANETTI-RAMOS, B.G. Gerenciamento dos resíduos de


serviços de saúde: uma questão de biossegurança. Cad Saúde Pública. v. 20, n.3, p.
744-752, mai-jun, 2004.

GUIMARÃES Jr, J. Biossegurança e controle de infecção cruzada: em


consultórios odontológicos. São Paulo: Santos, 2001. 536p.

HASSAN, M.M.; AHMED, S. A.; RAHMAN, K. A.; BISWAS, T. K. Pattern of


medical waste management: existing scenario in Dhaka City, Bangladesh. BMC Public
Health, v. 3, n. 36, 2008.

INSTITUTO BRASILEIRO de GEOGRAFIA e ESTATÍSTICA - IBGE.


Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2000. Rio de Janeiro: IBGE, 2002. 397 p.

MINAS GERAIS, Secretaria de Estado de Saúde. Resolução SES Nº 1559 de 13


de agosto de 2008. Belo Horizonte: Secretaria de Estado de Saúde. 2008.

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS, Faculdade


de Odontologia. Infecção cruzada em Odontologia: Prevenção e Controle. Belo
Horizonte: FO/PUCMinas, 2007.

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL,


Faculdade de Odontologia. Manual de Biossegurança dos ambulatórios da Faculdade
de Odontologia da PUCRS. Porto Alegre: FO/PUCRS, 2ª Ed. 2006.

SAMARANAYKE, L. P.; SCHEUTZ, F.; COTTONE, J. A. Controle da


Infecção para a equipe odontológica. São Paulo: Santos, 1995. 146 p.

SANTOS, A. A. M. Higienização das mãos no controle das infecções em


serviços de saúde. Brasília: Anvisa, [s.d.]. 10 p.
( - Separata do BGPM Nº 15, de 25 de fevereiro de 2010 - ) Página: ( - 48 - )

SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO. Manual de


Biossegurança em Odontologia. Rio de Janeiro: Secretaria de Estado de Saúde. Ano??.
78 p.

SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE SÃO PAULO. Manual de


Desinfecção e Esterilização para a Rede Básica. Secretaria de Estado de Saúde de São
Paulo: São José do Rio Preto. 30 p. 2004.

http://www.ccih.med.br/forum/messages/19/152.html?1181915836. Papel Grau


Cirúgico em autoclave. 19/03/2009, 08:54. Autor: Fórum da CCIH.

Farma & Farma S.A. Rotina de aplicação de Injetáveis. Disponível em:


<http://www.farmaefarma.com.br/farma_new/imagens/pop_materiais/pop_05.pdf>.
Acesso em: 17 dez.2009

Júnior, J.G., Adde, C.A. Manual de Biossegurança Odontológica. Disponível em


www.fo.usp.br/downloads/biosseguranca/BS_Manual_FO.pdf. Acesso: 20 dez. 2009.
Página: ( - 49 - )

( - SEPARATA DO BGPM Nº 15 de 25 de fevereiro de 2010 -)

(a) RENATO VIEIRA DE SOUZA, CORONEL PM


COMANDANTE-GERAL

CONFERE COM O ORIGINAL:

GERALDO ANTONIO DOS REIS, Ten Cel PM


AJUDANTE-GERAL

Você também pode gostar