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Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Faculdade de Odontologia de Araraquara

MANUAL
DE
BIOSSEGURANÇA

Comissão de Biossegurança
2022

1
ELABORAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO MANUAL

Este manual, publicado em 2009, foi elaborado pela então Comissão de Biossegurança da Faculdade de Odontologia de Araraquara
(UNESP).

1ª ATUALIZAÇÃO (Gestão 2016/2018)

2ª ATUALIZAÇÃO (Gestão 2019/2021)

3ª ATUALIZAÇÃO (Gestão 2022/2024)

DIREÇÃO DA FOAr:

PROF. DR. EDSON ALVES DE CAMPOS (DIRETOR)

PROFª. DRª. PATRÍCIA PETROMILLI NORDI SASSO GARCIA ( VICE-DIRETORA)

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 4

OBJETIVOS 5

1. MEDIDAS DE PRECAUÇÃO PADRÃO 8

1.1 Imunização 8

1.2 Higienização das Mãos 8

1.3 Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) 10


1.3.1 Luvas/Sobreluvas 11
1.3.2 Máscaras 12
1.3.3 Óculos de proteção 12
1.3.4 Gorro 12
1.3.5 Vestimenta clínica 12

2. MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA PARA AMBIENTES CLÍNICOS 15


2.1 Limpeza e Desinfecção do Ambiente 15

2.2 Limpeza e Desinfecção de Superfície e Equipamentos Odontológicos de Uso Clínico 16

2.3 Desinfecção de Moldes e Próteses 18


2.3.1 Desinfecção de Moldes 18
2.3.2 Desinfecção de Próteses 19

2.4 Barreiras de Proteção de Equipamentos Odontológicos, de Superfícies e do Paciente 19

2.5 Processamento de Instrumentos 20


2.5.1 Preparo da área de expurgo 20
2.5.2 Limpeza, desinfecção, secagem e embalagem de instrumentos 20
2.5.3 Esterilização por processo físico 27
2.5.3.1 Central de Esterilização (CE) 27

3. Conduta Pós-Exposição Ocupacional ao Material Biológico Proveniente do Paciente 31


3.1 Cuidados no momento do acidente 31
3.2 Comunicação do acidente 31
3.3 Precauções básicas 32

4. MANEJO DE RESÍDUOS CONTENDO MATERIAL BIOLÓGICO CONTAMINADO 35

5. ORIENTAÇÕES COMPLEMENTARES PARA CLÍNICAS E LABORATÓRIOS PRÉ-CLÍNICOS 36

REFERÊNCIAS 38

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39

ANEXOS 41

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APRESENTAÇÃO

Este documento traz orientações essenciais para o desenvolvimento de atividades


clínicas em pacientes odontológicos e para o trabalho de ensino e pesquisa em áreas que
envolvam risco biológico, incluindo ambientes laboratoriais e Biotérios da Faculdade de
Odontologia de Araraquara (UNESP).
É de responsabilidade de todos os servidores técnico-administrativos, servidores
terceirizados, docentes, acadêmicos e de todos os profissionais diretamente envolvidos em
atividades nos ambientes de risco biológico seguir as orientações pertinentes para a
segurança de si próprios, dos pacientes e dos demais usuários destes ambientes. As
recomendações de segurança envolvem manuseio, limpeza, descarte e acondicionamento de
materiais e instrumentos odontológicos e de pesquisa, segundo protocolos definidos neste
manual ou em procedimentos operacionais padrão do ambiente específico, preparados de
acordo com diretrizes de Biossegurança recomendadas, tanto no Brasil quanto
internacionalmente.
Este Manual de Biossegurança da FOAr-UNESP foi inicialmente publicado em 2009,
revisado em 2021 e em 2022, pelos os membros da Comissão Institucional de
Biossegurança.

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OBJETIVOS

Este manual apresenta recomendações e procedimentos relacionados à biossegurança


no atendimento clínico odontológico nas dependências da FOAr-UNESP, bem como
orientações e informações relacionadas à minimização de riscos biológicos e prevenção de
acidentes em ambientes clínicos, laboratoriais e de biotérios. O objetivo central deste
manual é a redução dos riscos ocupacionais a que estão expostos os acadêmicos, docentes,
pesquisadores, servidores técnico-administrativos, estagiários acadêmicos e/ou
administrativos. Adicionalmente, o Manual de Biossegurança tem por objetivo auxiliar o
processo de conscientização sobre ações que minimizem os riscos de contaminação cruzada
na FOAr-UNESP.
Para atingir esses objetivos, o documento é composto de cinco seções. A PARTE 1,
apresenta as medidas de precaução padrão e contém aspectos de imunização da equipe
odontológica, higienização das mãos e uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs);
a PARTE 2, apresenta as medidas de biossegurança em ambientes clínicos, desde limpeza,
desinfecção e uso de barreiras de proteção em superfícies e equipamentos, além de
orientação quanto aos instrumentos e uso das áreas de expurgo, assepsia para
processamento radiográfico; a PARTE 3 orienta sobre conduta pós-exposição ocupacional
à material biológico contaminado proveniente do paciente; a PARTE 4, explana sobre o
manejo de resíduos contendo material biológico contaminado, e a PARTE 5 são
orientações gerais e complementares para clínicas e laboratórios pré-clínicos.
Quanto aos ambientes de pesquisa não-clínicos (laboratórios e biotérios), as
orientações, recomendações e Procedimentos Operacionais Padrão (POP) são elaboradas
pelos responsáveis diretos pelos ambientes e devem considerar as informações deste
manual, assim como orientações e normatizações aplicáveis, nacionais e/ou internacionais.
Os responsáveis diretos pelos ambientes de pesquisa não clínicos devem instituir um
programa de treinamento/orientação adequado a todos os usuários do ambiente e as
recomendações relacionadas à biossegurança devem ser amplamente divulgadas/acessíveis
por meio impresso (mantido no próprio ambiente e com cópia encaminhada à Comissão
Institucional de Biossegurança) e também digital.

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Recomenda-se que os responsáveis pelos ambientes mantenham registro do treinamento e
da ciência das normas de biossegurança pertinentes ao ambiente específico para todos os
usuários. Tanto treinamento quanto registro de ciência das normas devem ser
periodicamente atualizados, sendo esta periodicidade definida pelo responsável direto pelo
ambiente. A periodicidade de atualização, entretanto, não pode ser superior a 2 anos (24
meses).
A filosofia de instrução/orientação/prevenção deste manual deve ser seguida na elaboração
das normas e orientações de biossegurança dos ambientes de pesquisa não-clínicos, as quais
também devem prever (por meio de Procedimentos Operacionais Padrão) as condutas
recomendadas em caso de acidentes e intercorrências, específicos de cada ambiente.

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PARTE 1

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1. MEDIDAS DE PRECAUÇÃO PADRÃO

Precauções-padrão ou básicas são parte das Normas de Biossegurança, consistindo


em atitudes e medidas práticas que devem ser tomadas por todo trabalhador de saúde frente
a qualquer paciente, com o objetivo de reduzir os riscos de transmissão de agentes
infecciosos, principalmente os veiculados por sangue e fluidos corpóreos ou presentes em
lesões de pele, mucosas, restos de tecidos ou de órgãos. Ex: líquor, líquido pleural,
peritoneal, pericárdico, sinovial, amniótico, secreções e excreções respiratórias, do trato
digestivo e genito-urinário.
Especificamente para o ambiente das clínicas odontológicas da FOAr, estas medidas
de precaução visam a proteção do aluno/docente/profissional/servidor, do paciente em
atendimento e também a prevenção da infecção cruzada em outros pacientes, com especial
consideração a todo material biológico que contenha sangue e/ou saliva contendo sangue.

1.1.Imunização

O aluno deverá possuir sua carteira de vacinação atualizada. Assim, é recomendado


que, no início do primeiro ano do curso de graduação, cada estudante realize essa
atualização junto a um serviço de saúde municipal. Além disso, antes mesmo do início das
atividades em clínica, o acadêmico deverá ter realizado o exame Anti-HBsAg para conferir
sua imunização contra o Vírus da Hepatite B.

1.2.Higienização das Mãos

Antes de proceder à higienização das mãos é necessário que se retirem os adornos,


pois a NR32 prevê a proibição do uso de adornos pelos trabalhadores (item 32.2.4.5, letra b
(BRASIL, 2011)), principalmente os que tiverem contato com agentes biológicos. São
considerados adornos: alianças, anéis, pulseiras, relógios de uso pessoal, colares, brincos,
broches, piercings, gravatas e crachás pendurados com cordão.

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I - A lavagem de mãos é obrigatória para todos os componentes da equipe de
saúde bucal.
II - O lavatório deve contar com:
● Dispositivo que dispense o contato de mãos com o volante da torneira ou do registro
quando realizar o fechamento da água,
● Toalhas de papel descartáveis ou compressas esterilizadas, e
● Sabonete líquido em saboneteira especial.
III - A limpeza e/ou descontaminação de artigos não deve ser realizada no
mesmo lavatório para lavagem de mãos.

*QUANDO REALIZAR A LAVAGEM DAS MÃOS?

● Antes e após o atendimento ao paciente,


● Após tocar, inadvertidamente, com a mão desprotegida em objetos, equipamentos
e/ou superfícies contaminados,
● Antes de calçar as luvas,
● Após a remoção das luvas,
● Após remover os EPIs,
● Após ter contato com secreções respiratórias (após tossir, espirrar ou assoar o nariz),
sendo indicado para a equipe odontológica e para os pacientes na sala de espera,
● Antes e após utilizar o banheiro, e
● Ao término do dia de trabalho.

*TÉCNICAS PARA LAVAGEM DAS MÃOS

● Antes de iniciar o processo é necessário retirar adornos (anéis, pulseiras, relógio,


etc),
● Abrir a torneira e molhar as mãos, evitando encostar-se na pia,
● Aplicar, na palma da mão, quantidade suficiente de sabonete líquido com solução
antisséptica de digluconato de clorexidina 2%; ou alternativamente álcool gel 70%

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(INPM) para cobrir toda a superfície (seguir a quantidade recomendada pelo
fabricante),
● Ensaboar as palmas das mãos friccionando-as entre si, por 15s,
● Esfregar a palma da mão direita contra do dorso da mão esquerda e vice-versa,
entrelaçando os dedos,
● Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais,
● Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta e vice-versa,
segurando os dedos, com movimento de vai-e-vem,
● Esfregar o polegar direito, com o auxílio da palma da mão esquerda, utilizando
movimento circular e vice-versa,
● Friccionar as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão
direita, fechada em concha, fazendo movimento circular e vice-versa,
● Esfregar o punho esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita, utilizando
movimento circular e vice-versa,
● Enxaguar as mãos por 10s, retirando os resíduos do agente de limpeza e
desinfecção utilizado, evitando o contato direto das mãos com a torneira, e
● Secar as mãos com papel toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos
punhos. No caso de torneiras com contato manual para fechamento, sempre utilize
papel toalha para fechar a torneira (ANEXO A: POP 1).

1.3.Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)

A FOAr-UNESP requer os seguintes equipamentos de proteção individual para os


atendimentos nos ambientes clínicos (segundo o Artigo 36 da Resolução SS-15/99
- SÃO PAULO, 1999):
I. Luvas para atendimento clínico e cirúrgico que devem ser descartadas após o
atendimento de cada paciente,
II. Avental para proteção descartável,
III. Máscaras descartáveis,
IV. Óculos de proteção, e

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V. Gorro descartável.
Todo aluno deverá providenciar seu equipamento de proteção individual e estar ciente
da obrigatoriedade do seu uso em clínica. Os EPI’s devem ser removidos antes de sair do
ambiente clínico, sendo os descartáveis desprezados em lixo apropriado (risco biológico).

1.3.1. Luvas / Sobreluvas

Utilizadas após o atendimento de cada paciente, sempre que houver risco de contato
da pele das mãos e antebraços com sangue, secreções ou mucosas durante o atendimento ou
na manipulação de instrumentos ou superfícies. Deverão ser observados os seguintes
cuidados:
a. Não manipular objetos fora do campo de trabalho enquanto estiver de luvas
(canetas, fichas, maçanetas, telefones, materiais de almoxarifado como resina,
potes, caixas, etc),
b. Retirar as luvas após o término do atendimento do paciente sem tocar na parte
externa das luvas, e
c. Lavar as mãos assim que retirar as luvas.

*QUANTO AO USO DE LUVAS DE PROCEDIMENTO E CIRÚRGICAS

● Lave as mãos antes de calçar as luvas,


● Após a colocação das luvas de procedimento não esterilizadas, fazer
descontaminação da mão enluvada utilizando água e sabão antisséptico, líquido
degermante ou solução de álcool a 70% (INPM),
● Enquanto estiver de luvas, não manipular objetos fora do campo de trabalho e que
não são passíveis de esterilização (caneta, fichas de paciente, maçanetas, telefone,
caixas plásticas de fresas, pacotinhos de matriz, tiras de lixa, resina composta,
seringa do ácido fosfórico, etc.). Se isto ocorrer, você deverá lavar o produto
contaminado com água e sabão e desinfetar com algodão e álcool 70% (INPM),
friccionando num único sentido, sem movimentos de vai e vem,
● Retirar as luvas imediatamente após o término do atendimento do paciente,

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● Não tocar na parte externa das luvas, ao removê-las, e
● Lavar as mãos imediatamente após a retirada das luvas em pia apropriada.
1.3.2. Máscaras

As máscaras devem ser descartáveis, necessitando serem trocadas se houver


evidências de fluidos ou sempre que ficar úmida.

1.3.3. Óculos de proteção

Tem por objetivo proteger a mucosa ocular e face contra secreções contaminantes. É
de uso individual, devendo ser lavados com sabão antisséptico, desinfetados utilizando
líquido degermante apropriado e enxaguados em água ao final do atendimento.

1.3.4. Gorro

O gorro deve ser descartável, trocando-o, na ocorrência de respingo de sangue ou


secreções.

1.3.5. Vestimenta clínica


Deve ser composta sempre, de acordo com a Portaria número
010/2013-DTA-FO/CAr, sendo constituído por:
● Calça comprida branca (até o peito do pé),
● Camisa ou blusa branca sem exposição do tórax ou outra região do corpo,
● Sapato branco fechado, de salto baixo e solado antiderrapante (podendo ser tênis
desde que não seja de tecido),
● Meias brancas de cano longo, e
● Jaleco / Avental de manga longa.

*SOBRE O USO E TRANSPORTE DE AVENTAL CONTAMINADO

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● Trocar seu avental ao final do atendimento clínico, ou sempre que apresentar
respingos (sujidades),
● Retirar o avental todas as vezes que sair das clínicas, e
● Caso seja utilizado avental de tecido, é obrigatório o uso de um avental descartável
sobre o de tecido.

*NO CASO DE USO DE AVENTAL DE TECIDO, A LAVAGEM DEVE SER:


● O avental sujo deve ser transportado em sacos impermeáveis,
● Lavar separadamente das outras roupas de uso pessoal,
● O tecido do avental deve permitir o uso de água quente, detergente para roupas e
agentes alvejantes. Além da lavagem, o calor da passagem da roupa também
contribui para a eliminação de microrganismos,
● Receita para desinfecção: colocar a roupa de molho em uma medida de água
sanitária para quatro medidas de água por 30 minutos, ou aquecer a roupa a 70°C
por 30 minutos,
● Com exceção dos procedimentos em que se utiliza luva de procedimentos, está
indicado o uso de sobre luvas descartáveis em qualquer situação externa ao campo
operatório (saídas para tomadas radiográficas e respectivo processamento, para
buscar material no setor de distribuição de materiais, para preenchimento de fichas e
etc.), e
● As sobre luvas deverão ser trocadas sempre que contaminadas externamente.

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PARTE 2

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2. MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA PARA AMBIENTES CLÍNICOS
Nos ambientes clínicos, há de se considerar as medidas protetoras contra a
contaminação cruzada, seja pelo contato com superfícies ou equipamentos odontológicos.

2.1.Limpeza e Desinfecção do Ambiente

A limpeza das dependências das clínicas (piso, paredes, armários), além das
cuspideiras, que deverão ser realizadas com solução de hipoclorito de sódio, seguindo as
normas de "Processamento de Artigos e Superfícies em Estabelecimento de Saúde"
(BRASIL, 1994). Esta limpeza deverá ser realizada ao final de cada turno de uso do
ambiente clínico pela equipe da limpeza responsável.
Quadro 1 - Limpeza e desinfecção do ambiente
MATERIAL PROCEDIMENTO PERIODICIDADE
Telefone Fricção com álcool 70% Diária
(INPM) e papel toalha
Piso Limpeza com água e sabão. Diária
Desinfecção com
Hipoclorito de Sódio a 1%
por fricção
Janelas, Luminárias e Limpeza com água e sabão. Semanal
Paredes
Pias do Expurgo Limpeza com água e sabão e Diária
desinfecção com Hipoclorito
de Sódio a 1% por fricção
Pias da clínica Limpeza com água e sabão Diária
Fonte: Elaboração própria.

Para a limpeza dos ambientes clínicos e não clínicos de pesquisa (laboratórios e biotério)
poderão ser empregados produtos registrados no Ministério da Saúde como desinfetantes
hospitalares, os quais devem ser efetivos contra o bacilo da tuberculose e ter atividade
virucidas, incluindo vírus hidrofílicos como o Herpes Simples tipos 1 e 2, Influenza, HIV,

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os lipofílicos, Rotavírus e Polivírus. Estas especificações devem constar no rótulo do
produto.
Os produtos autorizados para serem utilizados na FOAr-Unesp são:

Compostos clorados: são liberadores de cloro ativo sendo o mais utilizado o


HIPOCLORITO DE SÓDIO. É indicado para desinfecção de nível intermediário de artigos
nas concentrações que variam de 0,02 a 1%, devendo o artigo ficar submerso por um
período de 20 a 60 minutos. Sua atividade é dificultada pela presença de altas temperaturas.
O cloro é altamente corrosivo para metais. O Hipoclorito de Sódio deve ser colocado em
recipiente plástico, devendo ser utilizado imediatamente após a diluição e desprezado em
24 horas. Diluição: normalmente, as águas sanitárias são comercializadas em uma
concentração de 2,5%. Para desinfecção, utiliza-se uma concentração de 1%, por isso
realizamos a seguinte diluição: 25 partes de água para 1 parte de Hipoclorito de Sódio a
2,5%.

Álcoois: o produto a ser utilizado é o Álcool Etílico a 70% (INPM). Os álcoois são
bactericidas de baixa potência, destroem o bacilo da tuberculose e o vírus do Herpes
simples, mas não o vírus da Hepatite B. São irritantes à pele quando deixados por períodos
prolongados e causam seu ressecamento. O álcool evapora rapidamente sendo que os
materiais devem ser friccionados na superfície. Não é aconselhável imergir os materiais em
álcool, devido a sua evaporação e pela dificuldade de ação quando em contato com o
material. Não pode ser utilizado em acrílico, borracha e tubos plásticos.

2.2. Limpeza e Desinfecção de Superfícies e Equipamentos Odontológicos de Uso


Clínico
Antes de dispor seu material para o desenvolvimento do trabalho do dia e no intervalo
para troca de pacientes, friccionar álcool 70% (INPM) com papel toalha ou algodão por 30
segundos nas superfícies de trabalho que não foram protegidas por filme PVC ou campo de
proteção e as seguintes superfícies obrigatoriamente:
1. Tampo e alças da mesa auxiliar,
2. Engate das pontas de alta e baixa rotação,

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3. Seringa tríplice,
4. Encosto da cabeça do paciente,
5. Mangueiras do alta e do baixa rotação, e
6. Mangueiras e pontas das mangueiras de sucção.

Quadro 2 – Limpeza e desinfecção de superfícies e equipamentos odontológicos


MATERIAL PROCEDIMENTO PERIODICIDADE
Refletor Fricção de papel toalha com A cada atendimento
álcool 70%(INPM) por 30seg.
Cuspideira Desinfecção com Hipoclorito A cada atendimento
de Sódio a 1% e limpeza com
água e sabão.

Equipo Odontológico Desinfecção com Hipoclorito A cada atendimento


de Sódio a 1% seguida por
fricção com álcool
70%(INPM) e papel toalha
por 30seg.
Seringa tríplice, Limpeza com água e sabão. A cada atendimento
Aparelho de ultrassom, Fricção com papel toalha e
fotopolimerizador. álcool etílico 70% por 30seg.
Esterilização alta e baixa
rotação em autoclave.

Limpeza com água e sabão A cada atendimento


Aparelho de raios-X neutro e desinfecção com
álcool 70% (INPM). Fricção
ou encape com sacos plásticos
e ou filme plástico.

Estetoscópio Fricção com álcool Após cada paciente


70%(INPM) e papel toalha
Esfigmomanômetro Fricção com álcool Diária, após cada turno de
70%(INPM) e papel toalha. trabalho
Trocar manguito sempre que o
mesmo estiver sujo.
Fonte: Elaboração própria

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2.3.Desinfecção de Moldes e Próteses

É de fundamental importância o controle da infecção cruzada a partir da desinfecção


de moldes para que os modelos e trabalhos protéticos sejam manuseados com segurança
biológica.

2.3.1. Desinfecção de moldes


Existe uma preocupação quanto à influência da desinfecção dos moldes sobre a
reprodução dos detalhes, a estabilidade dimensional e o grau de umedecimento dos
materiais de moldagem. É importante, portanto, a seleção de desinfetante compatível com o
material, lembrando que a compatibilidade pode variar com o fabricante. São usadas
soluções de Hipoclorito de Sódio a 0,5 ou 1%.
O Hipoclorito de Sódio deve ser empregado para alginato, polissulfeto, silicona,
poliéter, e godiva, por imersão. Apenas a pasta de óxido de zinco e eugenol, borrifar
pequena quantidade ao invés de imergir.

⇒ Técnica
1. Lavar em água corrente e remover o excesso de água,
2. Colocar em cuba de vidro ou de plástico com tampa, ou saco de plástico
com fecho, contendo o desinfetante,
3. Deixar imerso durante 10 minutos,
4. Lavar em água corrente abundantemente, e
5. Secar.
Obs: A solução desinfetante só pode ser usada uma vez.

No caso do alginato e do poliéter, recomenda-se a técnica na qual, ao invés de


mergulhar o molde, borrifa-se o mesmo com o Hipoclorito de Sódio a 0,5 ou 1%,
envolvendo-o com papel toalha umedecido com o desinfetante, deixando-o, a seguir,
fechado em saco de plástico com fecho, por 10 minutos. É importante que o papel toalha
permaneça úmido. A seguir, lavar em água corrente, secar e vazar o modelo.

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2.3.2. Desinfecção de próteses

As próteses devem sofrer desinfecção quando são recebidas ou enviadas ao


laboratório, durante as várias etapas da confecção. Um aviso: produtos semelhantes de
diferentes fabricantes podem exibir compatibilidade diferente a um desinfetante.
Próteses fixas de metal e porcelana e próteses removíveis são desinfetadas por
solução específica. Próteses totais são desinfetadas em Hipoclorito de Sódio a 0,5 ou  1%.

⇒Técnica
1. Lavar bem em água corrente,
2. Colocar em recipiente de vidro ou de plástico com tampa ou saco
plástico com fecho, contendo o desinfetante, por 10 minutos, e
3. Enxaguar bem.

2.4.Barreiras de Proteção de Equipamentos Odontológicos, de Superfícies e do


Paciente

É de responsabilidade do aluno providenciar o filme de PVC para embalar


superfícies e equipamentos odontológicos.
Após realizar a desinfecção nas superfícies de trabalho, com a fricção de álcool 70%
(INPM), aplicar as seguintes barreiras:
7. Alça do refletor e as pontas da unidade de sucção: aplicar filme de PVC
(Magipack, Rolopack ou similar), sacolé ou tiras papel alumínio esterilizado,
caso esteja utilizando luvas cirúrgicas esterilizadas,
8. Mesa auxiliar: cobrir com campo descartável,
9. Ponta do fotopolimerizador e cabo com botões, envolver com filme de
PVC, e
10. Seringa tríplice: encapar com sacolé e cobrir a ponta com tubo plástico
descartável (canudo de refrigerante cortado), e substituir as barreiras de proteção
a cada troca de paciente.

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2.5.Processamento de Instrumentos

Para segurança do paciente e da equipe de saúde bucal, todas as etapas do


processamento de instrumentos são essenciais, desde a lavagem, desinfecção e
esterilização.

2.5.1. Preparo da área de expurgo

Todas as clínicas deverão estar providas de:


a. Sabão líquido germicida, com mecanismo dispensador que impeça
o refluxo da solução. Os dispensadores (saboneteiras) deverão ser limpos
semanalmente com álcool 70% (INPM), pela equipe de limpeza,
b. Papel toalha,
c. Dispensador com álcool 70% (INPM), para limpeza de
equipamentos,
d. Torneiras automáticas,
e. Área de expurgo,
f. Lixeira com tampa e pedal, e
g. Lixeira adequada ao descarte de agulhas utilizadas, dos resíduos
restauradores e orgânicos contaminados.

2.5.2. Limpeza, desinfecção, secagem, embalagem de instrumentos

Estes procedimentos são realizados nas salas de expurgo das clínicas e os


alunos deverão estar utilizando EPI's como, avental, gorro, máscara, óculos de proteção e
luvas grossas de borracha.

ETAPAS DO PROCESSO:
● Após o término do atendimento, o aluno OPERADOR deverá:

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1. Colocar todo instrumental e material perfuro cortante na bandeja
metálica ou na forma plástica para transporte e embalar com o campo da mesa
clínica para evitar que o instrumental caia durante o transporte,
2. Remover as luvas de procedimento, desprezando-as no lixo
contaminado,
3. Lavar as mãos com sabão antisséptico,
4. Calçar luva de procedimento limpa,
5. Transportar a bandeja com cuidado,
6. Levar o material contaminado para a pia de lavagem, e a caixa de
instrumental que não foi utilizado até a bancada seca do expurgo (destinada
para embalar o material), e
7. Não tocar na maçaneta da porta do expurgo com as mãos contaminadas.

No expurgo:

8. Colocar a bandeja metálica ou a forma plástica para transporte sobre a


pia,
9. Calçar sobre luva,
10. Calçar a luva grossa de borracha por cima do conjunto “luva de
procedimento + sobre luva”,
11. Descartar o material perfuro cortante (agulhas, bisturi, vidros) na
Descarpack (caixa amarela rígida própria para este fim), com muito cuidado
para não se perfurar,
12. Opção 1: limpeza mecânica: colocar o instrumental na cuba ultrassônica
com detergente enzimático por 5 minutos (as fresas e brocas podem ser
colocadas em um pote dappen para não se perderem no interior da cuba) e, ao
término da lavagem, conferir se houve a remoção das sujidades em cada
instrumento (se ainda sujo, repetir a lavagem),
13. Opção 2: limpeza manual: esfregar cada instrumento separadamente,
utilizando escova e sabão líquido (ATENÇÃO: fechar a torneira durante a
esfregação do instrumental para não desperdiçar água!),
14. Enxaguar o instrumental,
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15. Forrar a superfície da pia com papel toalha e apoiar o instrumental
molhado,
16. Realizar a secagem do instrumental, um a um, com papel toalha,
colocando-os dentro da caixa,
17. Lavar a bandeja metálica ou a forma plástica para transporte e secá-las,
desinfetando-as com papel em álcool 70%(INPM)%,
18. Já na mesa de pedra (superfície seca), fechar a caixa de instrumental e
deixar no aguardo para posterior embalagem,
19. Ainda com luva grossa, limpar alta e baixa rotação: lavar a superfície
com cuidado, desde que se preservem os orifícios, ou passar algodão embebido
em água e um pouco de sabão, retirando o excesso de sabão com outro algodão
umedecido. Para finalizar, passar papel com álcool a 70%(INPM) e reservar
para posterior lubrificação e embalagem,
20. Quando forem utilizadas, mergulhar as mangueiras de cirurgia com
sangue na caixa com Hipoclorito de Sódio destinada para este fim, observando o
preenchimento do interior com a solução,
21. Lavar as luvas grossas, ainda calçadas nas mãos, com sabão. Enxaguar.
Secar com papel toalha e aplicar álcool 70% (INPM), para a desinfecção da
mesma. Pendurar no porta luvas do Expurgo (varal),
22. Colocar sobre luvas limpas por cima da luva de procedimentos,
23. Lubrificar alta e baixa rotação,
24. Embalar os materiais com papel grau cirúrgico (no caso de papel cortado
a partir de rolos, selar somente em seladora),e
25. Sair do expurgo.

De volta ao ambiente da clínica:

26. Descartar as sobre luvas e luvas de procedimento,


27. Remover EPI's (óculos, gorro, máscara, avental),
28. Lavar óculos de proteção com sabão de clorexidina disponível nas
saboneteiras das clínicas. Enxaguar e secar com papel toalha, e
29. Lavar as mãos com sabão antisséptico.

22
● Aluno AUXILIAR:
1. Jogar luva de procedimento, contaminada, no lixo da clínica,
2. Lavar as mãos e calçar sobre luvas,
3. Pedir para o paciente aguardar na cadeira odontológica até que o aluno
OPERADOR termine a limpeza do instrumental no expurgo (isso evita
problemas em caso de acidente perfuro cortante),
4. Preenchimento da ficha do SUS de outras fichas dos alunos,
5. Descartar todas as barreiras de proteção das superfícies (mesa clínica e
gaveta, refletor, equipo, sugador, cadeira odontológica, etc.),
6. Descartar lixo da mesa auxiliar na lixeira em frente ao equipo,
7. Realizar limpeza final das superfícies com papel e álcool 70% (INPM),
8. Trocar sobre luvas,
9. Remover EPI's (óculos, gorro, máscara, avental),
10. Lavar óculos de proteção com sabão de clorexidina disponível nas
saboneteiras das clínicas. Enxaguar e secar com papel toalha,
11. Descartar sobre luvas,
12. Lavar as mãos com sabão antisséptico, e
13. Agendar o paciente e dispensá-lo.

Quanto à embalagem do material, de acordo com o Título I “Normas para Manipulação,


Limpeza e Acondicionamento de Materiais, Instrumentos Odontológicos e Equipamentos”
do Regimento Interno da Central de Esterilização – CE-FOAr (UNESP, 2016):

Artigo 1º - O preparo e acondicionamento de materiais e instrumentos


odontológicos devem:

I - Seguir as normas de uso do expurgo disponíveis em cartazes fixados no


ambiente, ou ainda no site da Faculdade:
http://www.foar.unesp.br/Home/ComissoeseComites/Biosseguranca/Expurgo.pdf

23
II - Ser executado dentro dos expurgos da FOAr, sobre bancada previamente
limpa e desinfetada com álcool etílico 70% (INPM).

Parágrafo único. Fica proibido:

I - Embalar os instrumentos no balcão da Central de Esterilização,


II - Manipular instrumentos contaminados em local externo às áreas de
expurgo das Clínicas, e
III - Usar glutaraldeído para desinfecção.

Artigo 2º - Os artigos odontológicos, imediatamente após lavagem deverão


ser inspecionados por observação direta, secos com papel toalha, selecionados conforme
uso clínico e acondicionados para posterior esterilização.

Artigo 3º - Os instrumentos articulados (ex: pinças hemostáticas, pinça


porta grampo, perfurador de dique de borracha, fórceps, porta agulha, tesoura, alicate, etc.)
devem se manter abertos para posterior acondicionamento, permitindo circulação de vapor
adequada no processo de esterilização.

Artigo 4º - As caixas de acondicionamento devem ser perfuradas e com


registro no Ministério da Saúde/ Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA),
assim como as embalagens de grau cirúrgico utilizadas.

Artigo 5º - O acondicionamento de todos os instrumentos deve ocorrer,


obrigatoriamente dentro de caixas perfuradas, exceto os posicionadores de radiografias
(utilizados na Disciplina de Radiologia), que serão acondicionados diretamente na
embalagem de papel grau cirúrgico.

I.O tamanho das caixas perfuradas dos alunos de graduação e pós-graduação


deve ser padronizado pelas disciplinas e aprovadas no Conselho de Curso de
Graduação - CCG.

24
Artigo 6º - A tampa de cada caixa deverá ser lacrada com uma tira de fita
zebrada para autoclave, evitando que a mesma se abra acidentalmente.

Artigo 7º - A caixa deverá ser embalada em papel crepado ou em papel tipo


grau cirúrgico e selada em seladora localizada no expurgo.

Artigo 8º - A embalagem de papel tipo grau cirúrgico deve ser de tamanho


compatível com a medida da caixa de instrumentos ou da bandeja, deixando uma margem
lateral excedente de três centímetros em todas as quatro margens para posterior selagem (tal
cuidado permite que o envelope infle sem rasgar durante o ciclo de esterilização).

Artigo 9º - Ao recortar o papel tipo grau cirúrgico do em rolo é importante


manter em cada pedaço o marcador químico de fábrica (fita bilateral na margem do rolo)
para que o envelope recortado possa ser identificado quanto à correta esterilização.

Artigo 10º - Os pacotes devem estar completamente selados, sem falhas ou


descontinuidades e o ar deve ser retirado de dentro da embalagem durante o processo de
selagem para que o mesmo não atue como obstáculo no processo de esterilização.

Artigo 11º – Exclusivamente para caixas de cirurgia, o TNT (de gramatura


30 e de tamanho 60 x 60 cm) será utilizado para proteção externa da embalagem de papel
grau cirúrgico, e a fita para autoclave (zebrada) deve ser utilizada para fechamento da
embalagem.

I - O TNT não deve ser utilizado dentro das caixas.

Artigo 12º – Os instrumentos rotatórios (canetas de alta-rotação, micro


motor, peça de mão reta e contra ângulo) devem ser higienizados e lubrificados
previamente ao acondicionamento em caixas perfuradas metálicas ou plásticas.

25
Artigo 13º – É expressamente proibido a reutilização de envelopes grau
cirúrgico.

I - Todo o conteúdo embalado em grau cirúrgico que for aberto deverá ser
limpo, embalado e esterilizado novamente para próxima utilização.

Artigo 14º – Os materiais e instrumentos deverão ser entregues,


obrigatoriamente na CE-FOAr para esterilização, sendo proibido esterilizar os mesmos fora
das dependências das FOAr.

No processamento de peças de mão de alta e baixa rotação, considerados materiais


semi críticos, por muitas vezes apresentarem contato com saliva contaminada com sangue
do paciente, a esterilização é obrigatória e deverá seguir as etapas desde a limpeza até
esterilização:
1. Usar escova de cabo longo,
2. Usar sabão líquido, específico para limpeza de instrumentos, na
superfície externa dos motores, para a remoção de sujidade e matéria orgânica.
Friccionar na região da “cabeça”, ou do contra ângulo, as hastes, pinça onde
prende a ponta diamantada ou a fresa, ou broca,
3. Enxaguar a superfície externa dos motores em um fio de água da
torneira, sem deixar penetrar água no terminal de encaixe inferior dos motores,
parte que acopla na mangueira do equipo. Não submergir o instrumento
rotatório em cuba de ultrassom,
4. Secar a superfície externa com papel toalha,
5. Lubrificar o orifício do terminal de encaixe de cada um dos motores e o
orifício do terminal de fixação da fresa. O contra ângulo e a peça reta do baixa
rotação deverão ser lubrificados nos dois extremos. Borrifar o lubrificante
mantendo a aplicação do spray durante 3 segundos, para a eliminação de
resíduos e material biológico da parte interna, a qual está indisponível para
acesso e limpeza manual,
6. Secar o excesso do óleo com papel toalha, e

26
7. Colocar em embalagem de papel grau cirúrgico e selar o envelope, para
esterilização em autoclave a vácuo.

ATENÇÃO
OS MOTORES DEVERÃO SER LAVADOS E ESTERILIZADOS A CADA
PACIENTE.

2.5.3. Esterilização por processo físico

Na esterilização por processo físico, a mais indicada para a Odontologia, se utiliza o


calor como agente esterilizante (vapor saturado sob pressão em autoclave), sendo
considerado o processo que oferece maior segurança e economia.
A Central de Esterilização da Faculdade de Odontologia de Araraquara – CE-FOAr
utiliza autoclaves de pré-vácuo (esses equipamentos têm uma bomba de vácuo, para retirar
rapidamente o ar da câmara em forma de pulsos, de modo que o vapor entre na câmara com
maior velocidade, melhorando a eficiência da autoclave ao eliminar as bolsas de ar e
aumentando a velocidade do processo), com ciclos de 134ºC.

2.5.3.1.Central de Esterilização – CE

Segundo o Regimento Interno da Central de Esterilização – CE-FOAr (UNESP,


2016), a Central de Esterilização (CE) é responsável pelo recebimento, esterilização,
armazenagem e posterior distribuição dos artigos odontológicos destinados ao uso clínico,
podendo ser provenientes de qualquer um dos segmentos didáticos, dos departamentos ou
unidades auxiliares que fazem parte desta Unidade.
Compete à CE-FOAr receber, esterilizar, controlar, organizar, armazenar
temporariamente e instrumentos odontológicos de uso clínico em humanos. Portanto, os
serviços da CE-FOAr envolvem os segmentos I a VI, a seguir:
I.Acadêmicos regularmente matriculados no curso de graduação em Odontologia,

27
II.Alunos dos seus programas de Pós-Graduação stricto sensu, latu-sensu, alunos
de pós doutorado, aperfeiçoamento profissional, bolsistas FUNDAP e
residentes FOAr,
III.Docentes e servidores técnicos lotados nos Departamentos de Ensino, e
IV.Alunos matriculados em cursos regulares de extensão universitária, decorrentes
de convênios.

Os horários de funcionamento e atendimento da CE-FOAr estão afixados próximo ao


balcão de atendimento (das 7h45 às 12h20, e das 14h às 18h20).

O servidor da CE-FOAr deverá realizar a recepção de materiais preparados e


acondicionados segundo o Título I deste Regimento. Caberá ao servidor a inspeção e a
recusa dos materiais que estiverem inadequados segundo a norma e que forem entregues
fora do horário determinado para a atividade de esterilização (UNESP, 2016, Regimento
Interno da CE, Título IV, Artigo 22).

*PROCEDIMENTO PARA A ENTRADA E RETIRADA DO MATERIAL

Conforme o TÍTULO II “Procedimentos para a Entrada e Retirada do Material” do


Regimento Interno da CE-FOAr (UNESP, 2016):

Artigo 15º – A entrada e retirada dos materiais só será permitida com a apresentação
do crachá do próprio usuário e por ele próprio.
Artigo 16º - Entregar na área de recepção da CE-FOAr, o material limpo, embalado e
etiquetado, identificando clínica e, se for o caso, especificando os instrumentos rotatórios
(como alta-rotação - ALTA, micro-motor - MICRO, peça de mão reta - PEÇA ou contra
ângulo - CONTRA ÂNGULO- CA).
Artigo 17º – A retirada dos materiais esterilizados é realizada na área de retirada.

28
Artigo 18º – Ao final de cada semestre, o usuário deverá retirar todo o material da
CE-FOAr, para que seja realizada a limpeza geral dos nichos e do ambiente.
I – Transcorrido 6 meses da conclusão dos cursos de graduação e
pós-graduação, o material que não for retirado da CE-FOAr será doado.
Artigo 19º – Uma vez retirado da CE-FOAr, é de responsabilidade dos usuários,
acondicionar os envelopes íntegros dentro um veículo plástico (saco ou caixa de
acondicionamento com tampa), para manter a integridade dos invólucros até o atendimento
clínico.
Artigo 20º – A validade da esterilização do material será de 1 (um) mês após sua
retirada da CE-FOAr.

29
PARTE 3

30
3. CONDUTA PÓS EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO MATERIAL BIOLÓGICO
PROVENIENTE DO PACIENTE

Consideramos acidentes com material biológico, que devem ser notificados, os


seguintes tipos de acidentes:
1. Ferimentos com objetos perfuro cortantes contaminados ou suspeitos de
contaminação, por sangue ou outros produtos biológicos humanos (secreções e
excreções),
2. Ferimentos com objetos perfuro cortantes não contaminados por sangue
ou outros produtos biológicos humanos, mas que rompe barreira cutânea,
favorecendo a entrada de micro-organismos durante a atividade de trabalho
clínico. Recomendação = proteção prévia ao atendimento,
3. Respingos de sangue ou outros produtos biológicos humanos em
mucosas, e
4. Contaminação de lesões cutâneas previamente existentes com produtos
biológicos humanos. Recomendação - proteção prévia ao atendimento.

3.1.Cuidados no momento do acidente


1. Em caso de ferimentos perfuro cortantes lavar durante 5 a 10 minutos
com água e sabão degermante, enxaguar e realizar antissepsia com álcool 70%
(INPM) ou clorexidina 2%,
2. Em casos de projeção de partículas de material biológico ou químico
sobre as mucosas de olhos, boca, nariz, etc: lavar abundantemente com água ou
soro fisiológico, e
3. Em caso de contato de material biológico com a pele lesada: limpar com
água e sabão degermante e realizar antissepsia com clorexidina 2%.

3.2.Comunicação do acidente

1. Em todas as clínicas estão disponibilizados os formulários de Acidente


com Material Biológico e as instruções de preenchimento. No site da Faculdade
também estão disponibilizadas as instruções,

31
2. Todo acidente que ocorra com os funcionários, docentes e alunos, onde
haja exposição a fluidos corporais (sangue, secreções, etc.) bem como com
material biológico, deve ser imediatamente comunicado ao responsável da
clínica ou professor supervisor, que irá comunicar ao paciente e explicar a
necessidade dos exames,
3. Ao realizar a comunicação, o docente responsável da clínica ou o
próprio aluno/Servidor, deverá preencher as fichas de notificação (ANEXO B):
SINAN - Sistema de Informação de Agravos de Notificação (ANEXO B 1),
RAAT - Relatório de Atendimento em Acidente de Trabalho (ANEXO B 2),
FICHA DE NOTIFICAÇÃO DE ACIDENTE BIOLÓGICO DO ALUNO
(ANEXO B 3) ou FICHA DE NOTIFICAÇÃO DE ACIDENTE BIOLÓGICO
- SERVIDOR/FUNCIONÁRIO (ANEXO B 4) e o TERMO DE
CONSENTIMENTO DO PACIENTE FONTE (ANEXO B 5),
4. O professor responsável pela clínica deverá acompanhar o
paciente-fonte e o aluno acidentado ao SESA (acidentes até as 15h em dias
úteis) ou Pronto-Socorro (após as 15h dias úteis, finais de semana e feriados)
para pronto atendimento,
5. Dispensar o paciente após o término da lavagem e embalagem do
instrumental, e
6. Seguir as orientações disponíveis nos Fluxogramas (ANEXO C).

3.3.Precauções Básicas

1. Ter a máxima atenção durante a realização dos procedimentos,


2. Jamais utilizar os dedos como anteparo durante a realização de
procedimentos que envolvam materiais perfuro cortantes,
3. As agulhas não devem ser reencapadas, entortadas, quebradas ou
retiradas da seringa com as mãos sem que estejam protegidas, devem ser
reencapadas sem o uso das mãos, encaixando a agulha na proteção e removidas
com cuidado,

32
4. Todo material perfuro cortante (agulhas, lâminas de bisturi, vidrarias,
entre outros), mesmo que estéril, deve ser desprezado em recipientes resistentes
à perfuração e com tampa, e
5. Os coletores específicos para descarte de material perfuro cortante não
devem ser preenchidos acima do limite de 2/3 de sua capacidade total e devem
ser colocados sempre próximos do local onde é realizado o procedimento.

A frequência de exposições a sangue pode ser reduzida, em mais de 50%, quando


esforços são direcionados para a motivação e para o cumprimento das normas de
Precauções Básicas. Entretanto, estas mudanças de comportamento podem não alcançar
uma redução consistente na frequência de exposições percutâneas. Outras intervenções
também devem ser enfatizadas para prevenir o contato com sangue e outros materiais
biológicos, como:
● Disponibilidade e adequação dos equipamentos de proteção individual (EPI
- dispositivos de uso individual destinados a proteger a integridade física do profissional),
incluindo luvas, protetores oculares ou faciais, máscaras, aventais e proteção para os
membros inferiores.

33
PARTE 4

34
4. MANEJO DE RESÍDUOS CONTENDO MATERIAL BIOLÓGICO
CONTAMINADO

1. A coleta do lixo contaminado das clínicas odontológicas deverá ser


realizada separadamente à do lixo comum, conforme as normas determinadas
pela Legislação Municipal e deverão ser transportados em sacos brancos e
carrinhos apropriados. Durante o transporte no elevador, este deverá ser
interditado para o uso de outras pessoas não envolvidas no transporte e em
seguida o chão deverá ser limpo com Hipoclorito de Sódio,
2. Os resíduos odontológicos recicláveis deverão ser identificados com um
rótulo em sua embalagem, contendo nome do resíduo, clínica de origem e data
de descarte e deverão ser acondicionados no depósito de resíduos da FOAr, o
qual é gerenciado pela Comissão de Gestão de Ética Ambiental,
3. Sacos de plástico, na cor branca, com indicação de material
contaminado para todos os produtos que não sejam perfuro cortantes,
4. Caixa de papelão resistente (Descarpack) para agulhas, bisturis ou
outros produtos cortantes ou perfurantes,
5. Todo resíduo químico deverá ser encaminhado para local adequado e
recolhido por empresa competente,
6. O fixador e revelador deverão ser armazenados separadamente e
encaminhados para o processamento,
7. Todo resíduo reciclável deverá ser separado para este fim, e
8. Resíduos de serviços de saúde serão descartados de acordo com a
Resolução RDC nº 306, de 7 de dezembro de 2004 (ANVISA, 2004) e de
acordo com o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde –
PPGRSS da FOAr (UNESP, 2009).

35
5. ORIENTAÇÕES COMPLEMENTARES PARA CLÍNICAS E LABORATÓRIOS
PRÉ-CLÍNICOS

1. É obrigatório o uso de vestimenta branca e Equipamento de Proteção


Individual (EPI) - gorro, máscara, óculos de proteção, luvas de procedimento e
avental, durante atendimento e permanência em clínica,
2. O transporte dentro da Faculdade de frascos contendo material
biológico de pesquisa deverá ser realizado em caixas plásticas, evitando o risco
de acidentes,
3. É proibido guardar alimento na mesma geladeira de conservação de
material odontológico e vice-versa,
4. Nos laboratórios de ensino e pesquisa deverão ser utilizados EPI's de
acordo com o mapa de Risco elaborado pela CIPA e segundo as
regulamentações e instruções específicas aplicáveis aos laboratórios de
pesquisa, respectivamente,
5. É proibido comer ou beber nas áreas dedicadas ao atendimento de
pacientes,
6. De acordo com a Lei 13.541 de 07 de maio de 2009 (SÃO PAULO,
2009) é proibido fumar no interior do prédio,
7. A existência de doença infectocontagiosa no aluno deve ser comunicada
prontamente à Direção, objetivando evitar a perda de conteúdo e consequente
comprometimento do semestre letivo dos alunos,
8. O piso de todas as dependências físicas das clínicas deve ser de material
liso, resistente, lavável e impermeável (é proibida a varredura seca das
dependências físicas das clínicas), e as paredes devem ser de cor clara, de
materiais lisos, resistentes e laváveis. Toda matéria orgânica (sangue, saliva) em
chão, ou equipo deve ser imediatamente limpa conforme rotina estabelecida,
9. Todo material que não possa ser submetido à esterilização por
autoclave, deverá ser embalado em saco plástico e/ou filme de plástico,
previamente ao atendimento e uso em paciente e descartado após seu uso. Ex.:
filmes radiográficos, mangueiras de aspiração do sugador, aparelhos de raios x,

36
equipamentos em geral, cadeira odontológica, refletor, maçanetas de gavetas,
alças de equipo e etc.,
10. O Material descartável não pode ser reutilizado (ANVISA, 2016)
devendo ser desprezado adequadamente, imediatamente após o uso,
11. Toda clínica ou laboratório que possuir autoclave deverá seguir a
normatização de preparo, embalagem e esterilização de material, que consta
neste Manual e deverá ter um programa de manutenção e controle biológico das
mesmas, e
12. As canetas de alta e baixa rotação devem ser autoclaváveis.

37
REFERÊNCIAS
ANVISA. Resolução RDC nº 306, de 7 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o
Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.
Brasília, DF: ANVISA, 2004. Disponível em:
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33880/2568070/res0306_07_12_2004.pdf/95e
ac678-d441-4033-a5ab-f0276d56aaa6. Acesso em: 26 nov. 2018.

ANVISA. Consulta Pública n° 257, de 28 de setembro de 2016. Diário Oficial


União, Brasília, DF, 29 set. 2016. Disponível em:
http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/3032238/%281%29Proposta+de+norm
a+em+discuss%C3%A3o.pdf/4dbaf0f8-591b-419e-9675-1db3992f584e. Acesso
em: 14 nov. 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de processamento de artigos e superfícies


em estabelecimentos de saúde. 2.ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 1994.

BRASIL. Ministério do Trabalho. NR 32: segurança e saúde no trabalho em


serviços de saúde. Brasília, DF, 2011. Disponível em:
http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR32.pdf. Acesso em: 14 nov.
2018.

SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Estado da Saúde. Resolução SS-15, de


18-1-99. Aprova Norma Técnica que estabelece condições para instalação e
funcionamento de estabelecimentos de assistência odontológica, e dá providências
correlatas. São Paulo: Coordenação dos Institutos de Pesquisa: Centro de Vigilância
Sanitária: Sistema Único de Saúde, 1999. Disponível em:
http://www.cvs.saude.sp.gov.br/legis.asp?te_codigo=9&as_codigo=42&origem=gt
. Acesso em: 14 nov. 2018.

SÃO PAULO (Estado). Assembleia Legislativa. Lei nº 13.541, de 07 de maio de


2009. Proíbe o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de
qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, na forma que
especifica. São Paulo, 2009. Disponível em:
http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/2009/lei-13541-07.05.2009.html.
Acesso em: 26 nov. 2018.

UNESP. Faculdade de Odontologia. Plano de Gerenciamento de Resíduos


de Serviços de Saúde. Araraquara: FOAr, 2009. Disponível em:
http://www.foar.unesp.br/index.php#!/comissoes-e-comites/gestao-de-residu
os/plano-de-gerenciamento/. Acesso em: 26 nov. 2018.

UNESP. Faculdade de Odontologia. Regimento Interno da Central de


Esterilização- CEFOAr: artigos odontológicos de uso clínico. Araraquara: FOAr,
2016. Disponível em:

38
http://www.foar.unesp.br/index.php#!/comissoes-e-comites/biosseguranca/regiment
o-da-central-de-esterelizacao/. Acesso em: 29 nov. 2018.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ANVISA. Resolução RDC nº 15, de 15 de março de 2012. Dispõe sobre requisitos


de boas práticas para o processamento de produtos para saúde e dá outras
providências. Brasília, DF: ANVISA, 2012. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0015_15_03_2012.html.
Acesso em: 26 nov. 2018.

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO


HOSPITALAR. Esterilização de artigos em unidades de saúde. São Paulo:
APECIH, 1998.

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO


HOSPITALAR. Limpeza, desinfecção de artigos e áreas hospitalares e
anti-sepsia. São Paulo: APECIH, 1999.

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO


HOSPITALAR. Esterilização de artigos em unidades de saúde. 2.ed. rev. ampl.
São Paulo: APECIH, 2003.

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO


HOSPITALAR. Controle de infecção na prática odontológica. São Paulo:
APECIH, 2000.

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO


HOSPITALAR. Limpeza, desinfecção de artigos e áreas hospitalares e
anti-sepsia. 2.ed. rev. ampl. São Paulo: APECIH 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Controle de infecções e a prática odontológica em


tempos de AIDS: manual de condutas. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2000.

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de condutas em exposição ocupacional a


material biológico. Brasília, DF: Secretaria da Saúde de Políticas de Saúde
Coordenação Nacional de DST e AIDS, 2001.

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de condutas em exposição ocupacional a


material biológico. Brasília, DF: Secretaria da Saúde de Políticas de Saúde
Coordenação Nacional de DST e AIDS, 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Serviços odontológicos: prevenção e controle de


riscos. Brasília: ANVISA, 2006. Disponível em:
<http://www.prosaude.org.br/2013/legislacao_2013/Manuais/Manual%20Servi%C3
%A7os%20Odontol%C3%B3gicos%20-%20Preven%C3%A7%C3%A3o%20e%20
Controle%20de%20Riscos%20-%20ANVISA.pdf>. Acesso em: 14 nov. 2018.

39
BRASIL. Ministério da Saúde. Exposição a materiais biológicos. Brasília, DF:
Secretaria de Atenção à Saúde: Departamento de Ações Programáticas Estratégicas,
2006.

BRASIL. Ministério da Saúde. Serviços odontológicos: prevenção e controle de


riscos. Brasília, DF: ANVISA, 2006.

BRASIL. Ministério da Saúde. Higienização da mão em serviços de saúde.


Brasília, DF: ANVISA, 2007.

BRASIL, Ministério da Saúde. Prevenção e controle de riscos nos serviços


odontológicos. Brasília, DF: ANVISA, 2008.

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Guidelines for


infection control in dental health-care settings. MMWR, Atlanta, v. 52, n. RR-17,
p.1-68, 2003. Disponível em:
file:///C:/Users/user/Downloads/cdc_6743_DS1%20(1).pdf. Acesso em: 14 nov.
2018.

DONATELLI, L. J. P. Manual de biossegurança para odontologia. Campo


Marão: [S.n.], 2008.

ESTRELA, C.; ESTRELA, C. R. A. Controle de infecção em odontologia. São


Paulo: Artes Médicas, 2003.

GUANDALINE, S. L. M.; OLIVEIRA, N. S. F. O.; SANTOS, E. P. Biossegurança


em odontologia. 2.ed. Porto Alegre: Edelbra, 1999.

GUIMARÃES JR, J. Biossegurança e controle de infecção cruzada em


consultórios odontológicos. São Paulo: Santos Ed., 2001.

PEDROSO, L. H. Recomendações práticas de biossegurança e esterilização em


odontologia. Campinas: Komedi, 2004.

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL.


Faculdade de Odontologia. Manual de biossegurança dos ambulatórios da
Faculdade de Odontologia da PUCRS. 2.ed. rev. Porto Alegre: PUCRS, 2006.

SILVA, A. S. F.; RISSO, M.; RIBEIRO, M. C. Biossegurança em ambientes


odontológicos. São Paulo: Pancast, 2004.

40
ANEXO A - HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

POP 01 Título: Data da Data da Atualização:


HIGIENIZAÇÃO 1ª Versão: 29/11/2019
DAS MÃOS 15/12/2016

Objetivos:
Remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, retirando a sujidade propícia à permanência e à
proliferação destes, com o auxílio de um antisséptico.

Material utilizado:
Sabão líquido antisséptico (Digluconato de Clorexidina degermante a 2%) e papel toalha descartável.

Abrangência/Responsáveis pelo Processo:

Alunos, funcionários técnicos e docentes.

Etapas do Processo:

1. Antes de iniciar o processo é necessário retirar jóias (anéis, pulseiras, relógio, etc);
2. Abrir a torneira e molhar as mãos, evitando encostar-se na pia;
3. Aplicar, na palma da mão, quantidade suficiente de agente químco apropriadopara cobrir toda a superfície (seguir a
quantidade recomendada pelo fabricante);
4. Iniciar pelas s palmas das mãos, friccionando-as entre si;
5. Esfregar a palma da mão direita contra do dorso da mão esquerda (e vice-versa), entrelaçando os dedos;
6. Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais;
7. Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta (e vice-versa), segurando os dedos, com movimento
de vai-e-vem;
8. Esfregar o polegar direito, com o auxílio da palma da mão esquerda, utilizando movimento circular e vice-versa;
9. Friccionar as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, fechada em concha, fazendo
movimento circular e vice-versa;
10. Esfregar o punho esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita, utilizando movimento circular e vice-versa;
11. Enxaguar as mãos, retirando os resíduos do agente químico utilizado (evitar o contato direto das mãos ensaboadas com a
torneira);
12. Secar as mãos com papel toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos. No caso de torneiras com
contato manual para fechamento, sempre utilize papel toalha (ANEXO A).

Observação:

A higienização antisséptica das mãos deve ter duração mínima de 40 a 60 segundos.

Referências:

ANVISA. Cartaz higienização simples das mãos. Brasília, DF: ANVISA, 2015. Disponível em:
http://portal.anvisa.gov.br/resultado-de-busca?p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1
&_101_struts_action=%2Fasset_publisher%2Fview_content&_101_assetEntryId=450722&_101_type=document. Acesso em: 27 nov. 2018.

ANVISA. Segurança do paciente em serviços de saúde: higienização das mãos. Brasília, DF: ANVISA, 2009. Disponível em:
file:///C:/Users/user/Downloads/seguranca_paciente_servicos_saude_higienizacao_maos_verde%20(2).pdf. Acesso em: 26 nov. 2018.

BRASIL. Ministério do Trabalho. NR 32: segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde. Brasília, DF, 2011. Disponível em:
http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR32.pdf. Acesso em: 14 nov. 2018.

41
Responsável pela elaboração: Responsável pela revisão: Responsável pela aprovação:
Fernanda Sotrate, Comissão de Biossegurança Diretoria
Priscila C. M. Dias

42
Anexo A: HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

Fonte: BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. SEGURANÇA DO PACIENTE: higienização das mãos.

43
ANEXO B - NOTIFICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO COM EXPOSIÇÃO
À MATERIAL BIOLÓGICO

1. FICHA SINAN

44
45
2. FICHA RAAT

46
3. FICHA DE NOTIFICAÇÃO DE ACIDENTE BIOLÓGICO DO ALUNO

47
4. FICHA DE NOTIFICAÇÃO DE ACIDENTE BIOLÓGICO
SERVIDOR / FUNCIONÁRIO

48
5. TERMO DE CONSENTIMENTO DO PACIENTE FONTE

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ANEXO C: FLUXOGRAMA - ACIDENTE DE TRABALHO COM EXPOSIÇÃO À
MATERIAL BIOLÓGICO

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