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CURSO DE
ENFERMAGEM EM CENTRO -
CIRÚRGICO
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
1
CURSO DE
ENFERMAGEM EM CENTRO-
CIRÚRGICO
MÓDULO I
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
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do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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SUMÁRIO
1 UNIDADE DO CENTRO-CIRÚRGICO
1.1 ESTRUTURA FÍSICA
1.1.1 Vestiários (masculino e feminino)
1.1.2 Área de conforto
1.1.3 Sala dos cirurgiões e anestesiologistas
1.1.4 Sala de Enfermagem
1.1.5 Sala de recepção dos pacientes
1.1.6 Sala de material de limpeza
1.1.7 Sala para guarda de equipamentos
1.1.8 Sala para armazenamento de material esterilizado (arsenal)
1.1.9 Sala de gases medicinais
1.1.10 Expurgo
1.1.11 Apoio técnico e administrativo do Centro-cirúrgico
1.1.12 Sala de Operação (SO)
1.1.13 Tamanho da sala
1.1.14 Portas
1.1.15 Piso
1.1.16 Paredes
1.1.17 Teto
1.1.18 Janelas
1.1.19 Iluminação
1.1.20 Ventilação/ Ar-condicionado
1.1.21 Tomadas
1.1.22 Rede de gases
1.1.23 Lavabo
1.2 RECURSOS MATERIAIS
1.3 RECURSOS HUMANOS
1.4 ROTINAS E SALAS DE OPERAÇÃO
1.4.1 Procedimentos básicos
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1.4.2 Procedimentos em relação à equipe médica e à instrumentadora cirúrgica
1.4.3 Procedimentos relacionados ao paciente
1.4.4 Fase de desmontagem da sala
1.4.5 Limpeza da sala de operação
MÓDULO II
2 TRATAMENTO CIRÚRGICO
2.1 HISTÓRICO DA CIRURGIA
2.2 CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS
3 INSTRUMENTAIS, AGULHAS E FIOS
3.1 INSTRUMENTAL DE DIÉRESE
3.2 INSTRUMENTAL PARA HEMOSTASIA
3.3 INSTRUMENTAL PARA PREENSÃO
3.4 INSTRUMENTAL PARA SEPARAÇÃO
3.5 INSTRUMENTAL E MATERIAL PARA A SÍNTESE
3.5.1 Fios cirúrgicos
3.5.1.1 Características físicas de manuseio e reação tecidual dos fios cirúrgicos
3.5.2 Classificação dos fios cirúrgicos
3.5.2.1 Fios cirúrgicos absorvíveis
3.5.2.2 Fios cirúrgicos absorvíveis biológicos
3.5.2.3 Fios cirúrgicos absorvíveis sintéticos
3.5.2.4 Polímeros sintéticos monofilamentares mais recentes
3.5.2.5 Fios cirúrgicos não absorvíveis
3.5.2.6 Fios cirúrgicos não absorvíveis biológicos
3.5.2.7 Fios cirúrgicos não absorvíveis sintéticos
3.6 AGULHAS CIRÚRGICAS
3.7 GRAMPOS DE PELE
3.8 FITAS ADESIVAS DE PELE
3.9 INSTRUMENTO ESPECIAL
3.10 INSTRUMENTAL DE CAMPO
3.11 INSTRUMENTAL LAPAROSCÓPIO
4 TERMINOLOGIAS
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4.1 CLASSIFICAÇÃO
5 ANESTESIOLOGIA
5.1 CONCEITOS BÁSICOS EM ANESTESIOLOGIA
5.1.1 Anestesia
5.1.2 Analgesia
5.1.3 Anestesia local
5.1.4 Anestesia regional
5.1.5 Anestesia geral
5.1.6 Hipnótico
5.1.7 Narcose
5.1.8 Anestesia basal
5.1.9 Sedação
5.1.10 Notria
5.2 FATORES FÍSICOS E FISIOLÓGICOS DOS ANESTÉSICOS
5.2.1 Profundidade da anestesia
5.3 MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA
5.4 TIPOS DE ANESTESIA
5.4.1 Anestesia geral
5.4.2 Anestesia geral por inalação
5.4.3 Anestesia geral endovenosa
5.4.4 Anestesia local
5.4.5 Anestesia regional
5.4.6 Anestesia espinhal
6 CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS
6.1 PRÉ-OPERATÓRIO
6.1.1 Pré-operatório Mediato
6.1.1.1Consentimento cirúrgico
6.1.1.2 Avaliação Pré-operatória
6.1.1.3 Preparo psicoespiritual
6.1.1.4 Preparo físico
6.1.1.5 Pré-operatório Imediato
6.1.1.6 Checagem Pré-operatória
6.2 PERÍODO TRANS-OPERATÓRIO (INTRA-OPERATÓRIO)
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MÓDULO III
7 UNIDADE DE RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA
8 COMPLICAÇÕES NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO
8.1 RESPIRATÓRIA
8.2 CARDIOVASCULAR
8.3 TEMPERATURA ANORMAL
8.3.1 Cuidados de enfermagem na hipotermia
8.4 PROCESSO MENTAL ALTERADO
8.5 DOR
8.5.1 Cuidados de enfermagem
8.6 Náusea e Vômito
8.6.1 Cuidados de enfermagem
8.7 SOLUÇOS
8.8 SEDE
8.8.1 Cuidados de enfermagem
8.9 CHOQUE
8.9.1Cuidados de enfermagem
8.10 COMPLICAÇÕES PULMONARES
8.10.1 Cuidados de enfermagem
8.11COMPLICAÇÕES URINÁRIAS8.11.1 Cuidados de enfermagem
8.12 HEMORRAGIA8.12.1 Cuidados de enfermagem
9 COMPLICAÇÕES NO PÓS-OPERATÓRIO MEDIATO OU TARDIO
9.1 DISTENSÃO ABDOMINAL
9.2 COMPLICAÇÕES PULMONARES
9.3 COMPLICAÇÕES VASCULARES
9.4 COMPLICAÇÕES DA FERIDA OPERATÓRIA
9.4.1 Infecção
9.4.2 Deiscência de sutura e evisceração
9.5 INFECÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO
10 AVALIAÇÃO
11 ALTA DA URPA
12 ADMISSÃO NA UNIDADE CIRÚRGICA
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12.1 CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA URPA:
12.2 ÁREA FÍSICA DA URPA
12.3 RECURSOS HUMANOS
12.4 DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
12.5 IDENTIFICAÇÃO DOS RESULTADOS
MÓDULO IV
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13.8.3 Princípios ativos utilizados para desinfecção ou esterilização química
13.8.3.1Aldeídos
13.8.3.2 Álcoois
13.8.3.3 Compostos Inorgânicos Liberadores de Cloro Ativo
13.8.3.4 Compostos Orgânicos Liberadores de Cloro Ativo
13.9 MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO
13.9.1 Métodos Físicos
13.9.1.1Vapor Saturado Sob Pressão (autoclavação)
13.9.1.2 Esterilização por gravidade
13.9.1.3 Esterilização por alto-vácuo
13.9.1.4 Esterilização por vácuo-pulsátil
13.9.1.5 Esterilização ultrarrápida (flash sterilization)
13.9.1.6 Calor Seco (Estufas ou Fornos de Pasteur)
13.9.1.7 Radiação
13.9.2 Métodos químicos
13.9.3 Métodos Físico-Químicos
13.9.3.1 Óxido de Etileno (ETO)
13.9.3.2 Peróxido de Hidrogênio
13.10 INVÓLUCROS
13.11 CONTROLE DE QUALIDADE
13.11.1 Testes Físicos
13.11.1.1 Avaliador de desempenho do esterilizador
13.11.1.2 Qualificação térmica (termopares)
13.11.1.3 Dosimetria de radiação
13.11.2 Testes Químicos
13.11.2.1 Indicadores Químicos
13.11.2.1 Teste de Bowie & Dick (passo a passo)
13.11.3 Testes Biológicos
13.11.3.1 Teste de esterilidade de controle biológico
13.11.4 Avaliação de Esterilizantes Químicos
13.11.5 Controle de esterilização por radiações ionizantes: gama ou cobalto 60:
13.11.5 Monitorização dos processos de esterilização
13.11.6 Prazo de validade da esterilização
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13.11.7 Validação dos Processos de Esterilização
13.12 REPROCESSAMENTO DE ARTIGOS HOSPITALARES
13.12.1 Legislação vigente
13.13 ARTIGOS DESCARTÁVEIS X ARTIGOS DE USO ÚNICO
13.14 REPROCESSAMENTO E REESTERILIZAÇÃO
13.14.1 Protocolo de Reprocessamento
13.14.2 Etapas do reprocessamento descritas passo a passo, determinando o
processo a ser adotado
13.15 PREPARO E EMPACOTAMENTO DE ARTIGOS ESTERILIZADOS
13.16 ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ARTIGOS ESTERILIZADOS
14 FONTE DE INFECÇÃO RELACIONADA AO AMBIENTE
15 CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS HOSPITALARES
15.1 ÁREA CRÍTICA
15.2 ÁREA SEMICRÍTICA
15.3 ÁREA NÃO CRÍTICA
MÓDULO V
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MÓDULO I
1 UNIDADE DO CENTRO-CIRÚRGICO
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1.1.1 Vestiários (masculino e feminino)
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1.1.5 Sala de recepção dos pacientes
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1.1.9 Sala de gases medicinais
1.1.10 Expurgo
Local para o desprezo de secreções das salas de cirurgia. Deve estar provida
de um vaso sanitário apropriado com descarga e uma pia para lavagem dos artigos
utilizados nas cirurgias.
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leitos não especializados ou 15 leitos cirúrgicos.
Para um dimensionamento ideal, devem-se levar em consideração alguns
aspectos como:
- Horário de funcionamento do Centro-cirúrgico;
- Especialidades cirúrgicas atendidas (cardiologia, neurocirurgia, ortopedia,
oftalmologia, etc.);
- Duração média das cirurgias;
- Número de cirurgias por dia;
- Número de leitos cirúrgicos do hospital;
- Hospital escola;
Quantidade de artigos médicos e instrumentais cirúrgicos disponíveis.
1.1.14 Portas
As portas das salas de cirurgia devem ser largas o bastante para facilitar a
passagem de macas e equipamentos cirúrgicos. Devem possuir metal na altura da
maca para evitar seu estrago, ser de materiais laváveis e resistentes, de preferência
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revestidas de fórmica.
É indicado o uso de portas do tipo “vaivém” que impeçam o uso das mãos
para abri-la. O ideal é que se tenha outra porta de acesso à sala apenas para
membros das equipes com visor de separação dos dois ambientes.
1.1.15 Piso
1.1.16 Paredes
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1.1.17 Teto
Deve ser de material resistente, lavável, não deve conter ranhuras e não
deve ser poroso, para facilitar a limpeza e impedir a retenção de micro-organismos.
Deve ser contínuo, não sendo permitida a utilização de forro falso-removível, a não
ser nas demais áreas do centro-cirúrgico, onde é necessário este tipo de forro por
razões ligadas à manutenção desde que resistentes aos processos de limpeza,
descontaminação e desinfecção.
É recomendado um espaço útil de no mínimo 80 cm de altura livre entre a
laje do forro e o piso do pavimento superior, possibilitando assim a instalação de
novos equipamentos e a entrada do pessoal do serviço de manutenção.
Devido ao grande risco de incêndio, pelo elevado número de materiais de
fácil combustão, a sala cirúrgica, além de contar com os equipamentos de combate
a incêndio do centro-cirúrgico (extintores e mangueiras) a sala de cirurgia deve
contar com um sistema de segurança que, por meio da elevação da temperatura,
produz fortes borrifos de água no ambiente - (borrifador de teto – também conhecido
como splinkers).
1.1.18 Janelas
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1.1.19 Iluminação
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ser discretamente mais elevada que nos demais compartimentos do centro-cirúrgico;
- Proporcionar umidade relativa adequada e temperatura ambiente de
conforto e segurança para o paciente e para a equipe que o assiste: temperatura
entre 22 e 23°C. A umidade deve permanecer entre 55 a 60%. No entanto, não deve
ultrapassar 70% para não se tornar ambiente propício ao desenvolvimento de micro-
organismos;
- Manter nível sonoro mínimo de instalação e utilização do sistema de
ventilação: não devem ultrapassar os previstos pela norma brasileira NBR n°
6401/80;
- Sistema energético alternativo para o sistema de ventilação na falta do
sistema elétrico principal.
1.1.21 Tomadas
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1.1.22 Rede de gases
- Oxigênio:
O sistema de abastecimento pode ser descentralizado (utilização de cilindros
avulsos, transportados até o local de utilização) ou centralizado (conduzido por
tubulação central até os pontos de utilização).
- Ar comprimido:
Também pode advir de um sistema descentralizado (cilindros com pressões
entre 120 e 190 Kgf/cm², como o oxigênio) ou centralizado (compressor com 100%
de consumo máximo provável, que funcione automaticamente ou manualmente).
- Vácuo clínico:
Produzido por bombas, que devem ter capacidade de 100% do consumo
máximo provável, que funcione alternadamente ou em paralelo em caso de
emergência. É importante manter outro tipo de sistema de suprimento autônomo de
emergência, para manutenção da rede de vácuo ou pane da distribuição
convencional.
- Óxido nitroso:
O sistema de abastecimento pode ser descentralizado (alto consumo -
conduzido por tubulação dos cilindros até os pontos de utilização) ou centralizado
(utilizado em caso de baixo consumo – utilização de cilindros transportáveis até os
pontos de utilização).
- Nitrogênio:
É fornecido em cilindros com pressão variando entre 120 e 190 Kgf/cm², e
também em forma líquida. Quando misturado com oxigênio medicinal, é chamado de
ar estéril.
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- Amarela segurança: ar comprimido medicinal;
- Cinza claro: vácuo medicinal.
Cuidados no manuseio, movimentação e armazenamento dos cilindros de
gases medicinais:
- Uso de equipamentos especiais para o transporte de cilindros;
- Manter o cilindro acorrentado durante o transporte;
- Evitar choques mecânicos, inclusive de um cilindro contra o outro;
- Não arrastar o cilindro;
- Armazenados em locais secos, limpos e bem ventilados;
- As etiquetas não devem ser arrancadas ou estragadas;
- Oxigênio e óxido nitroso não devem ser armazenados no mesmo ambiente
que outros gases inflamáveis devido à mistura destes ser facilmente incendiada.
- Cilindros cheios devem estar separados dos cilindros vazios para evitar
erros de procedimento e sempre com o capacete rosqueado.
- Os cilindros devem ser sempre limpos antes de serem levados ao centro-
cirúrgico.
- Cilindros sem identificação ou com identificação duvidosa devem ser
devolvidos ao fabricante ou distribuidor.
1.1.23 Lavabo
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Os antissépticos devem estar regulamentados por órgão governamental e
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- Suporte de soro;
- Artroscópio;
- Balão intra-aórtico;
- Bomba de circulação extracorpórea;
- Cardioversor ou desfibrilador;
- Colchão de água para hiper ou hipotermia;
- Criogênico;
- Manta térmica;
- Microscópio eletrônico;
- Monitor multiparamétrico.
Equipamentos fixos: adaptados à estrutura da sala de operação que são:
- Foco central;
- Negatoscópio;
- Torre retrátil ou painel de gases medicinais.
Os materiais de consumo (médico-hospitalares) por se tratar de grande
diversidade e rotatividade podem ser classificados em três tipos:
▪ Classe A: São os itens de maior importância e que merecem um
tratamento preferencial, justificando procedimentos meticulosos e uma grande
atenção por parte de toda a administração;
▪ Classe C: São os itens de menor importância e que justificam pouca ou
nenhuma atenção. Os procedimentos são os mais rápidos possíveis.
▪ Classe B: São os itens em situação intermediária entre as classes A e C.
Os materiais pertencentes à classe A são os que representam maior custo
para o centro-cirúrgico. Não significa que sejam os de maior custo unitário. Pode ser
que o custo unitário de certo material seja pequeno, porém, conforme a quantidade
em que é usado pode representar um custo elevado.
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1.3 RECURSOS HUMANOS
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anestésica até as primeiras 48 horas pós-operatórias.
Para cada hora de cirurgia, são necessárias 2,25 horas de assistência de
Enfermagem. No que se refere à proporção do quadro de pessoal, 65% são
Enfermeiros e 35% técnicos com atribuições de circulação de sala à instrumentação
cirúrgica.
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invasiva e temperatura, capnografia);
- Testar o funcionamento de aparelhos elétricos como monitores, focos,
aspiradores, entre outros;
- Testar o funcionamento da rede de gases medicinais;
- Verificar os artigos do carrinho de anestesia; bandeja para intubação,
esfigmomanômetro, estetoscópio, etc.;
- Verificar material e equipamento para procedimentos especiais como:
bisturi elétrico, trépano, microscópio, etc.;
- Observar controle ambiente quanto à temperatura recomendada da sala de
operação entre 22 a 24ºC;
- Observar controle terapêutico da sala quanto à segurança elétrica;
- Realizar degermação das mãos.
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Prover com artigos diversos:
- talas;
- ataduras;
- acessórios para o posicionamento do paciente na mesa cirúrgica;
- soluções antissépticas (PVPI tópico e degermante, clorexidina);
- soluções medicamentosas como Ringer simples e lactato, soro fisiológico e
glicosado, etc.;
- medicamentos de forma geral e anestésicos;
- adesivos (micropore, esparadrapo);
- escovar para degermação à base de PVPI ou clorexidina.
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1.4.3 Procedimentos relacionados ao paciente
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idênticas, o que exige, da equipe de enfermagem, algum preparo para o bom inter-
relacionamento com o paciente.
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continuidade dos cuidados de enfermagem.
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- Encaminhar as ampolas e frascos vazios de medicamentos controlados ao
destino determinado pela instituição.
- Reunir campo de pano nos hamperes, revisando-os.
- Retirar instrumental das mesas e colocar em suas caixas apropriadas para
devolução no CME verificando integridade, número de peças, colocando os mais
delicados sobrepostos aos mais pesados.
- Aspirar com o aspirador da sala todos os líquidos restantes em mesa
cirúrgica e encaminhá-lo para limpeza conforme rotina da instituição.
- Cânulas endotraqueais devem ser desprezadas após o uso.
- Conexões do aspirador de secreções devem ser retiradas, desprezadas ou
levadas ao expurgo.
- Frascos de aspiração devem ser descartados ou trocados e desinfetados
antes do uso da próxima cirurgia.
- As Lâminas de laringoscópios devem ser limpas com água e sabão com pH
neutro, utilizando-se uma escova para remoção da sujidade e desinfecção com
álcool a 70%. Na presença de sangue, recomenda-se a desinfecção com
glutaraldeído a 2% por 30 minutos.
- Recolher cubas e avulsos colocando-os no carrinho abastecedor de
devolução.
- Retirar luvas de procedimentos.
- Lavar as mãos.
- Encaminhar o carro abastecedor conforme designação da instituição.
- A roupa e o lixo devem ser retirados da sala de operação em carros
fechados, seguindo a rotina da instituição.
- Após as etapas anteriores, realizar a limpeza da sala de operação conforme
preconizado.
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pisos, paredes mediante a aplicação de energia química, mecânica e térmica.
A escolha do procedimento de limpeza deve estar condicionada ao potencial
de contaminação das áreas e artigos e dos riscos inerentes de infecções
hospitalares. Os ambientes podem ser assim classificados:
- Áreas críticas:
São aquelas que oferecem risco potencial de transmissão de infecção, seja
por procedimentos invasivos realizados, pela presença de pacientes com seu
sistema imunológico deprimido ou por executar limpeza de artigos (hemodiálise,
central de material e esterilização, centro-cirúrgico, UTI, etc.).
- Áreas semicríticas:
São todas as áreas ocupadas por pacientes com doenças infecciosas de
baixa transmissibilidade e doenças não infecciosas (unidades de internação,
ambulatórios).
- Áreas não críticas:
Áreas hospitalares não ocupadas por pacientes (salas administrativas,
depósitos).
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horizontais dos móveis e equipamentos.
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Já a limpeza periódica envolve itens cuja frequência de limpeza não
necessita ser diária, por não se sujar com facilidade e ou por não estarem
diretamente relacionados com a infecção direta do sítio cirúrgico. Dessa forma,
rotinas de limpeza com periodicidades maiores podem ser estabelecidas. É o caso
das superfícies verticais, janelas, portas, teto, grades de entrada e saída do ar-
condicionado, armários que permanecem fechados dentro e fora da sala de
operação.
A equipe de limpeza:
A limpeza do CC é dividida entre o pessoal da limpeza e o circulante da sala.
O pessoal da limpeza deve ter noções de: micro-organismos e sua
transmissão; o porquê da limpeza da sala de operação; como realizar a limpeza em
função da técnica (paredes e anexos de cima para baixo; tetos no sentido
unidirecional; pisos: do fundo para a porta da sala; piso e corredores, saguões: de
dentro para fora e de trás para frente; iniciar sempre da área menos contaminada
para a mais contaminada; nunca realizar movimentos de vai-vém; iniciar a limpeza
pelas paredes e por último o piso).
Os procedimentos devem estar escritos, organizados em um manual, de fácil
acesso a qualquer pessoa que deseja consultá-los, e devem sofrer revisão
periódica.
Deve-se ter um programa contínuo de atualização e desenvolvimento da
equipe de CC, ressaltando a importância da limpeza no processo de controle de
infecção.
FIM DO MÓDULO I
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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
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CURSO DE
ENFERMAGEM EM CENTRO-
CIRÚRGICO
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MÓDULO II
2 TRATAMENTO CIRÚRGICO
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FIGURA 1 - PRIMEIRA CIRURGIA COM NARCOSE REALIZADA EM 1846
Cirurgia eletiva:
Cirurgia de urgência:
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Cirurgia de emergência:
Cirurgia Curativa:
Tem por objetivo extirpar ou corrigir a causa da doença, devolvendo a saúde
ao paciente. Para essa finalidade é necessário às vezes a retirada parcial ou total de
um órgão. Este tipo de cirurgia tem uma significação menos otimista quando se trata
de câncer, neste caso, a operação curativa é aquela que permite uma sobrevida de
alguns anos. Ex. Apendicectomia.
Cirurgia Paliativa
Tem a finalidade de atenuar ou buscar uma alternativa para aliviar o mal,
mas não cura a doença. Ex. Gastrostomia.
Cirurgia Diagnóstica
Realizada com o objetivo de ajudar no esclarecimento da doença.
Ex. laparotomia exploradora.
Cirurgia Reparadora
Reconstitui artificialmente uma parte do corpo lesada por enfermidade ou
traumatismo. Ex. enxerto de pele em queimados.
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As cirurgias podem ainda ser classificadas quanto ao porte cirúrgico ou risco
cardiológico (pequeno, médio ou grande porte), ou seja, a probabilidade de perda de
fluidos e sangue durante sua realização.
Pequeno porte:
Com pequena probabilidade de perda de fluido e sangue. Por exemplo:
plástica mamoplastia e endoscopia.
Cirurgia limpa:
Eletiva, primariamente fechada, sem a presença de dreno, não traumática.
Realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência
de processo infeccioso e inflamatório local. Cirurgias em que não ocorreram
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penetrações nos tratos digestivo, respiratório ou urinário. Por exemplo:
mamoplastia.
Cirurgia contaminada:
Cirurgia realizada em tecidos abertos e recentemente traumatizados,
colonizados por microbiota bacteriana abundante, de descontaminação difícil ou
impossível, bem como todas aquelas em que tenha ocorrido falha técnica
grosseira, na ausência de supuração local; presença de inflamação aguda na
incisão e cicatrização de segunda intenção ou grande contaminação a partir do
tubo digestivo. Obstrução biliar ou urinária também se inclui nesta categoria. Por
exemplo: hemicolectomia.
Cirurgia infectada
São todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou
órgão em presença de processo infeccioso (supuração local), tecido necrótico,
corpos estranhos e feridas de origem suja. Por exemplo: cirurgias de reto e ânus
com secreção purulenta.
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Para a AMB as cirurgias são classificadas de porte 0 a 8, sendo o
porte zero um procedimento com anestesia local e à medida que se utiliza a
classificação em ordem crescente, existe também crescimento da
complexidade cirúrgica. Portanto, trata-se de uma classificação com
finalidade de cobrança do convênio e Serviço Único de Saúde (SUS),
principalmente dos honorários médicos (anestesista e cirurgião), da
instrumentação cirúrgica e da sala de operação.
Tempos Cirúrgicos
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- Crioterapia: consiste no resfriamento intenso e repentino da área em que
vai ser realizada a intervenção cirúrgica. Normalmente é utilizado o nitrogênio
liquefeito por ser uma substância criogênica potente.
- Raio laser: o aparelho de raio laser consiste em um bisturi que emprega
um feixe de radiação infravermelha de alta intensidade. Os sistemas laser podem
ser obtidos com materiais em estado sólido, líquido e gasoso. Existem vários
sistemas laser, mas o mais utilizado na cirurgia é o laser de dióxido de carbono
(CO2).
▪ Hemostasia:
É o processo que consiste em impedir, deter ou prevenir o sangramento,
pode ser feito simultâneo ou individualmente por meio de pinçamento e ligadura
de vasos, eletrocoagulação ou compressão. Na realidade a hemostasia começa
antes da cirurgia, quando se realizam, no pré-operatório imediato, os exames de
tempo de coagulação e dosagem de pró-trombina.
Pode ser classificada em:
- Preventiva: hemostasia que pode ser medicamentosa e cirúrgica. A
hemostasia medicamentosa é baseada nos exames laboratoriais pré-operatórios,
enquanto a cirúrgica é realizada com a finalidade de interromper a circulação
durante o ato operatório, temporária ou definitiva.
- Urgência: hemostasia realizada quase sempre em condições não
favoráveis e com material muitas vezes improvisado, como, por exemplo,
compressão digital, garrotes e torniquetes.
- Curativa: consiste na hemostasia realizada durante a intervenção
cirúrgica e pode ser medicamentosa (drogas que diminuem o sangramento por
vasoconstrição), mecânica (compressão e esponjas sintéticas), física (bisturi) ou
biológica (absorventes).
▪ Exérese:
Também denominada “cirurgia propriamente dita”. Possui caráter curativo,
paliativo, estético/corretivo, diagnóstico.
AN02FREV001/REV 4.0
43
▪ Síntese:
É a união de tecidos, que será mais perfeita quanto mais anatômica for a
separação, para facilitar o processo de cicatrização e restabelecer a continuidade
tecidual por primeira intenção. Pode ser realizada da seguinte forma:
- Cruenta: a união de tecidos é realizada por meio de instrumentos
apropriados com agulhas de sutura e fios cirúrgicos permanentes ou removíveis.
- Incruenta: consiste na aproximação dos tecidos com auxílio de gesso,
adesivos (esparadrapos) ou ataduras.
- Completa: a união ou aproximação dos tecidos, realizada em toda a
extensão da incisão cirúrgica.
- Incompleta: consiste na aproximação incompleta em toda a extensão da
ferida em consequência da colocação de dreno em determinado local da incisão
cirúrgica.
- Imediata: ocorre imediatamente após a segmentação deles por
traumatismos.
- Mediata: Consiste na união dos tecidos após algum tempo depois do
rompimento da continuidade ou contiguidade deles.
AN02FREV001/REV 4.0
44
Constituído pelos bisturis e tesouras, serras, agulhas, trépano, ruginas e
outros, utilizados nas cirurgias gerais, assim como nas especiais.
O bisturi é o melhor instrumento para a secção dos tecidos, sendo um
instrumental de corte por excelência. Grande parte dos bisturis são cabos com uma
extremidade destinada à fixação de lâminas descartáveis. Os cabos de bisturis são
designados por números, por exemplo: cabo n°3 ou n°4. Quanto menor o número,
menor a lâmina, destinado a atos cirúrgicos delicados. Os cabos de bisturis com
números maiores apresentam encaixe maior para lâminas também maiores,
destinados a procedimentos cirúrgicos gerais.
AN02FREV001/REV 4.0
45
Formado por afastadores é destinado à exposição, permitindo a melhor
visualização da cavidade operatória. Os afastadores são divididos em dois grupos:
autoestáticos e dinâmicos.
Os autoestáticos são usados para a abertura da cavidade abdominal. Os
mais utilizados são: Gosset, Balfour, e para a cirurgia torácica, o Finochietto. Os
afastadores Weitlaner, Gelpi, Alm são usados em operações mais superficiais.
Os afastadores dinâmicos são usados para a separação e abertura do
campo operatório em diversas áreas do corpo. Nas operações do abdômen os mais
usados são Valvas de Doyen e suprapúbicas. Nas cirurgias torácicas são usados os
afastadores Harrington, Deaver, Allison, Coryllos e Davidson. Nas operações mais
superficiais ou na apresentação de órgãos específicos, podem ser utilizados os
afastadores planos, como Farabeuf, Langenbeck.
Outros afastadores com usos diversos, em formas laminares, rígidos ou
maleáveis, são as espátulas de Reverdin, utilizados geralmente na cavidade
abdominal.
AN02FREV001/REV 4.0
46
Algumas características devem ser consideradas para a escolha do fio
cirúrgico:
- Manter a força de tensão por tempo suficiente até que a cicatriz adquira
sua própria resistência frente aos estímulos mecânicos habituais.
- Portar-se como material inerte, provocando o mínimo de reação tecidual.
- Tipo de tecido a ser suturado.
- Configuração física:
Refere-se à composição dos fios quanto aos seus filamentos. O fio pode
ser monofilmentar, quando é constituído de um único filamento, ou
multifilamentar que contém várias fibras trançadas ou intercaladas compondo um
único fio.
- Capilaridade: refere-se à capacidade de captar e absorver líquidos ao
longo do fio cirúrgico. Os fios multifilamentares possuem maior superfície e maior
capilaridade, portanto podem apresentar maior aderência microbiana em relação
aos monofilamentares.
AN02FREV001/REV 4.0
47
- Força do nó: é a força necessária para fazer com que certo tipo de nó
deslize parcial ou completamente. Os fios multifilamentares apresentam coeficiente
de atrito mais elevado do que os fios monofilamentares, permitindo assim uma
fixação mais segura do nó, enquanto os fios monofilamentares possuem um bom
deslize do nó, mas a fixação é menos segura, necessitando reforçar o nó simples
com nós duplos.
- Manuseio: relacionado com a rigidez, ou seja, quão facilmente ele pode ser
dobrado quanto com o coeficiente de fricção, ou seja, quão facilmente o fio cirúrgico
se desliza pelo tecido e dá o nó. Um fio cirúrgico com alto coeficiente de fricção
tende a deslizar com dificuldade pelo tecido. Ele é mais difícil de dar nó porque este
não se mantém. Certos fios são revestidos para reduzir o coeficiente de fricção,
entretanto o coeficiente não deve ser muito baixo, pois ao contrário, os nós podem
se desfazer facilmente.
AN02FREV001/REV 4.0
48
3.5.2 Classificação dos fios cirúrgicos
AN02FREV001/REV 4.0
49
3.5.2.3 Fios cirúrgicos absorvíveis sintéticos
AN02FREV001/REV 4.0
50
São resistentes à digestão enzimática em tecido animal vivo. São de dois
tipos: biológicos e sintéticos.
AN02FREV001/REV 4.0
51
- Polipropileno: fio derivado das poliefinas, não biodegradável, e tem sido
recomendado o tipo monofilamentado, para a síntese de feridas contaminadas,
devido à reação tecidual mínima. É um dos fios mais inertes, com baixa capilaridade,
com mínima reação tissular e com alta resistência à tração. É indicado nas cirurgias
cardiovasculares.
- Metálico: constituído de aço inoxidável e tântalo. Muito utilizado em
tenorrafia; eventualmente em neurorrafias e fechamento de parede abdominal. O
tântalo é menos resistente do que o aço inoxidável. São de fácil esterilização, bem
tolerados, de espessura variável, mono e multifilamentar.
AN02FREV001/REV 4.0
52
universalmente mais usado. Nas traumáticas os fios são montados no momento de
uso e elas provocam dilacerações nos tecidos.
As agulhas espatuladas são achatadas com bordas laterais cortantes. São
utilizadas principalmente em cirurgias oftalmológicas.
AN02FREV001/REV 4.0
53
Indicado para determinado tipo de cirurgia a ser realizada, por exemplo, a
pinça de Abadie é empregada na cirurgia gastrointestinal especialmente para
anastomose gastroentérica; o descolador de amídalas, na amidalectomia; a pinça
Satinsky, na cirurgia vascular, pinças Duval e Allis na histerectomia.
- Irrigador/ aspirador
Utilizado para a irrigação e aspiração de fluidos orgânicos ou não.
Importante para a aspiração de sangue e para a lavagem da cavidade com soro
fisiológico.
- Trocartes
AN02FREV001/REV 4.0
54
Compostos de cânulas de 5, 10, 12, 23 e de 33 mm no interior das quais um
mandril (tipo de lança pontiaguda) é introduzido. O conjunto perfura a parede
abdominal ou torácica. Uma vez no interior da cavidade, o mandril é retirado e a
cânula fica postada para a introdução dos instrumentos. Normalmente nos trocantes
maiores, utilizam-se um redutor de diâmetro permitindo a introdução de instrumental
de menor diâmetro sem a perda de CO2.
4 TERMINOLOGIAS
4.1 CLASSIFICAÇÃO
AN02FREV001/REV 4.0
55
Os termos são formados por um prefixo que designa a parte do corpo
relacionada com a cirurgia e por um sufixo que indica o ato cirúrgico realizado.
Prefixo Relativo a
A Sem, negativa
Adeno Glândula
Artri(o) Artéria
Artr(o) Articulação
Bi Dois
Blefaro Pálpebra
Cardi(o) Coração
Cefal(o) Cabeça
Célio Abdome
Cerat(o) Tecido corneano
Circun Ao redor
Cist(o) Bexiga
Cleido Clavícula
Colecist(o) Vesícula biliar
Colo Cólon
Cólon Intestino grosso
Colpo Vagina
Condr(o) Cartilagem
Costo Costela
Derm(a) Pele
Dia Através, separado
Ecto Fora
Enter(o) Intestino delgado
Episio Vulva
Espen(o) Baço
Face Membrana do cristalino
Faring(o) Faringe
Fleb(o) Veia
Gastro Estômago
Glico Glicose, açúcar
Gloss(o) Língua
Hem(o) Sangue
Hepat(o) Fígado
Híster(o) Útero
Lapar(o) Abdome
Lip(o) Gordura
Mast. Mama
Mega Grande
AN02FREV001/REV 4.0
56
Meso Meio
Metro Útero
Mi(o) Músculo
Mielo Medula
Nefro Rim
Odont(o) Dente
Oftalmo Olho
Olig(o) Pouco, escasso
Onfalo Cordão umbilical, umbigo
Ooforo Ovário
Orqui Testículo
Osteo Osso
Oto Ouvido
Peri Ao redor, próximo
Pleur(o) Pleura
Pneum(o) Pulmão
Post Prepúcio
Proct(o) Reto, ânus
Rin(o) Nariz
Ritido Face
Salping(o) Trompa
Semi Metade
Sialo Saliva
Taqui Rápido, veloz
Ten(o) Tendão
Traque(o) Traqueia
Ur(o) Urina, aparelho urinário
AN02FREV001/REV 4.0
57
Anastomose Formação de passagem entre dois órgãos
Centese Punção
Clise Fechamento
Dese Ação de ligar, fixação, fusão
Clise Injeção de fluidos
Ectomia Extirpação, excisão, remoção parcial ou total
Estase Parar
Estesia Relacionado sensibilidade
Grafo Desenho, registro gráfico
Ite Inflamação
Lise Dissolução, liberação
Lito Pedra, cálculo
Malácia Amolecimento
Oma Que denota tumor
Ostomia Criação de um novo orifício/artificial
Penia Falta de, redução
Pexia Fixação de um órgão
Plastia Alteração da forma e/ou função de um órgão
Poiese Formando, produzindo
Polese Fazer, formar
Ptose Queda
Ráfia Sutura
Ragia Fluir, jorrar.
Síntese Composição
Stasia Detenção, parada
Scopia Visualização do interior do corpo em geral por meio de
aparelhos com lentes especiais
Strofia Torção
Tomia Abertura de um órgão
Stomia Abertura de uma nova boca
Tripsia Esmagamento
Trofia Crescimento, desenvolvimento
AN02FREV001/REV 4.0
58
Cirurgia Remoção de
Apendicectomia Apêndice
Cistectomia Bexiga
Colecistectomia Vesícula biliar
Colectomia Cólon
Craniectomia Calota óssea
Embolectomia Êmbolo
Esofagectomia Esôfago
Esplenectomia Baço
Fistulectomia Fístula
Gastrectomia Parcial ou total do estômago
Hemorroidectomia Hemorroidas
Hepatectomia Parcial do fígado
Histerectomia Útero
Lobectomia Lobo de um órgão
Mastectomia Mama
Ooforectomia Ovário
Miomectomia Mioma
Pancreatectomia Pâncreas
Pneumectomia Pulmão
Prostatectomia Próstata
Retosigmoidectomia Reto-sigmoide
Salpingectomia Trompa
Simpatectomia Segmentos selecionados do sistema nervoso
simpático produzindo vasodilatação.
Tiroidectomia Tiroide
AN02FREV001/REV 4.0
59
Cirurgia Alterar forma e/ou função
Artroplastia Articulação para restaurar movimento e função
Blefaroplastia Pálpebras
Mamoplastia Mamas
Piloroplastia Piloro
Queiloplastia Lábio
Rinoplastia Nariz
Ritioplastia Rugas da face
Salpingoplastia Trompa para sua recanalização
Toracoplastia Parede torácica
AN02FREV001/REV 4.0
60
QUADRO 8 - PRINCIPAIS APARELHOS PARA VISUALIZAÇÃO DIRETA
Aparelho Finalidade
Artroscópio Artroscopia
Broncoscópio Broncoscopia e laringoscopia
Cistoscópio Cistoscopia, uretroscopia e ureteroscopia
Colposcópio Colposcopia
Colonoscópio Colonoscopia
Endoscópio Esofagoscopia, gastroscopia, duodenoscopia
digestivo
Sigmoidoscópio Sigmoidoscopia
Laringoscópio Laringoscopia
AN02FREV001/REV 4.0
61
Cirurgia Para abertura e
Amputação Remoção de um membro ou parte necrosada do
corpo
Anastomose Conexão e sutura de dois órgãos ou vasos
Artrodese Fixação cirúrgica de articulações
Bartolinectomia Retirada de cisto de Bartholin
Biópsia Remoção de um tecido vivo para diagnóstico
Cauterização Destruição de tecido por meio de agente cáustico ou
calor
Cesariana Retirada do feto por incisão através da parede
abdominal
Circuncisão Ressecção da pele do prepúcio que cobre a glande
Cistocele Queda de bexiga
Curetagem uterina Raspagem e remoção do conteúdo uterino
Deiscência Separação dos bordos previamente separados e
unidos
Dissecção Corte, retalhamento
Divertículo Bolsa que sai da cavidade
Enxerto Transplante de órgão ou tecido
Episiotomia Incisão perineal destinada a evitar a rutura do períneo
durante o parto
Evisceração Saída de vísceras de sua cavidade
Fístula Orifício que coloca em comunicação parte de um
órgão, cavidade ou foco supurativo com a superfície
cutâneo ou mucosa
Goniotomia Cirurgia de glaucoma
Onfalectomia Remoção do umbigo
Bursh Levantamento da bexiga
Hammsted Correção de estenose pilórica
Manchester Correção do prolapso de útero
Paracentese Punção cirúrgica da cavidade abdominal para retirada
de líquido
Ressecção Retirada de parte de órgão
Retocele Protusão de parte do reto
Toracocentese Punção da cavidade torácica
Varicocele Veias dilatadas no escroto
Vasectomia Corte de um segmento do canal deferente para
controle da natalidade
AN02FREV001/REV 4.0
62
Ação Sufixo Instrumental cirúrgico
Que corta Tomo Craniótomo, costótomo
Que detém Stato Laparóstato
Que rompe Clasto Osteoclasto
5 ANESTESIOLOGIA
5.1.1 Anestesia
5.1.2 Analgesia
AN02FREV001/REV 4.0
63
Também tem origem na palavra grega an = privação + algesía = sensação à
dor + ia, que significa perda da sensibilidade à dor com conservação das demais
sensações. Supressão temporária da dor sem perda da consciência.
5.1.6 Hipnótico Estado semelhante ao sono profundo normal (sono fisiológico) que
causa depressão moderada do SNC.
AN02FREV001/REV 4.0
64
O indivíduo dorme, mas pode ser despertado por estímulos sensitivos.
5.1.7 Narcose
5.1.9 Sedação
5.1.10 Notria
AN02FREV001/REV 4.0
65
Estado de torpor ou estupor, sendo o termo utilizado para definir inatividade
mental e motora do sistema nervoso. O tipo de anestesia em que há bloqueio
sensitivo, motor, dos reflexos e do estado mental ou vigília é denominado anestesia
equilibrada ou notria.
FIGURA 2 - ANESTESIOLOGIA
AN02FREV001/REV 4.0
66
- Posição do paciente durante a cirurgia;
- Exigências particulares do cirurgião.
AN02FREV001/REV 4.0
67
A profundidade da anestesia é determinada por sinais físicos. Sua
classificação é dividida em quatro estágios, cada um dos quais apresenta um grupo
definido de sinais e sintomas:
AN02FREV001/REV 4.0
68
Praticamente a anestesia inicia-se com o pré-anestésico. Essas ações
devem influir globalmente na qualidade da anestesia, a fim de contribuir para a
segurança e sucesso do ato anestésico.
AN02FREV001/REV 4.0
69
intramuscular ou oral, com melhor absorção pela mucosa gástrica. O diazepan,
lorazepan, flunitrazepan, midazolan são as drogas mais utilizadas, cujo efeito
colateral mais significativo está relacionado com a depressão respiratória discreta,
sendo mais perigosa em idosos; a sonolência pode se prolongar no período pós-
anestésico, prejudicando a alta da sala de recuperação e a alta do doente de
ambulatório. A principal alteração cardiovascular decorre da discreta redução da
pressão sanguínea arterial média por diminuição da resistência vascular sistêmica.
O midazolan tem a vantagem de provocar amnésia anterógrada, potencializa o efeito
dos anestésicos gerais e pode provocar depressão respiratória.
AN02FREV001/REV 4.0
70
cirurgia, é mais calmante para o paciente que os medicamentos utilizados no pré-
anestésico. As medicações pré-anestésicas devem ser administradas 45 a 75
minutos antes de começar a anestesia, para que tenham ação antes do início da
anestesia com a finalidade de produzir sedação, amnésia, analgesia, diminuição do
metabolismo basal e bloqueio vagal.
AN02FREV001/REV 4.0
71
Os anestésicos líquidos podem ser administrados pela mistura de vapores
com oxigênio ou óxido nitroso-oxigênio e, então, fazer o paciente inalar a mistura. O
vapor é administrado ao paciente por meio de um tubo ou máscara.
A técnica endotraqueal para administração de anestésico consiste na
introdução de um tubo endotraqueal ou da máscara laríngea de borracha macia ou
plástico, dentro da traqueia (tubo) ou laringe (máscara laríngea), com a ajuda de um
endoscópio óptico de fibra flexível, ou também pela exposição da laringe com um
laringoscópio ou pela introdução do tubo cegamente. O tubo pode ser inserido tanto
pelo nariz quanto pela boca (a ML somente pela boca). Quando o tubo encontra-se
no local, o mesmo isola os pulmões do esôfago de forma que, se o paciente vomita,
nenhum conteúdo do estômago entra nos pulmões.
São exemplos de anestésicos líquidos voláteis: o alotano, tricloetileno,
metoxiflurano, enflurano e cevoflurano e gases (óxido nitroso e ciclopropano –
combinado com oxigênio). O que determina a profundidade da anestesia é a
concentração do anestésico no cérebro.
AN02FREV001/REV 4.0
72
FONTE: Disponível em: <http://www.viaaereadificil.com.br/tecnicas_int/guias.htm>. Acesso em: 12
set. 2013.
AN02FREV001/REV 4.0
73
FONTE: Disponível em:
<http://www.viaaereadificil.com.br/mascara_laringea/ML_p/ML/historico_ML.htm>. Acesso em: 12 set.
2013.
AN02FREV001/REV 4.0
74
Anestesia local pode ser tópica (mucosa do nariz, boca, árvore
traqueobrônquica, esôfago e trato geniturinário) ou por infiltração (injeção de
anestésico nos tecidos nos quais deve passar a incisão).
AN02FREV001/REV 4.0
75
processo de recuperação - a consciência. Essa se processa em três fases e quatro
estágios clínicos.
Fases:
- Imediata (minutos): o paciente apresenta volta à consciência, existe
presença de reflexo das vias aéreas superiores e movimentação;
- Intermediárias (minutos/horas);
- Tardia (normalidade motora e sensorial): deve-se julgar o desempenho do
paciente entre 24 e 48 horas após a anestesia porque alguns efeitos indesejáveis
podem persistir por este período.
Estágios clínicos:
1º estágio: o paciente responde a estímulo doloroso;
2º estágio: ocorre abertura dos olhos ao comando verbal;
3º estágio: o paciente responde a pergunta simples;
4º estágio: apresenta boa orientação no tempo e no espaço.
AN02FREV001/REV 4.0
76
6 CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS
6.1 PRÉ-OPERATÓRIO
AN02FREV001/REV 4.0
77
6.1.1.1Consentimento cirúrgico
AN02FREV001/REV 4.0
78
6.1.1.2 Avaliação Pré-operatória
AN02FREV001/REV 4.0
79
6.1.1.3 Preparo psicoespiritual
AN02FREV001/REV 4.0
80
6.1.1.4 Preparo físico
AN02FREV001/REV 4.0
81
inferiores e estimula o peristaltismo intestinal, evitando a distensão abdominal por
acúmulo de gases e conteúdo intestinal estático.
h) Limpar a pele com banho completo no dia anterior, e no dia da cirurgia,
banho corporal completo com antisséptico degermante (ex. chlorexidina
degermante).
i) Manter as unhas curtas, limpas e sem esmalte.
j) Iniciar o jejum, conforme a prescrição médica, normalmente após o
jantar. Suspende-se a ingestão de água de 8 a 10 horas antes da cirurgia.
Comumente a última refeição ingerida pelo paciente antes da cirurgia contém
apenas líquidos, alimentos facilmente digeríveis, como sopa, caldos, etc. Após essa
refeição, o paciente precisa permanecer em jejum absoluto por várias horas, até o
momento da cirurgia, não sendo também permitida a ingestão de líquidos (chá,
suco, etc.) e água. Antes do período de jejum total, o enfermeiro estimula o paciente
a manter uma boa nutrição para ajudar a suprir a demanda aumentada de nutrientes
do organismo durante o processo de cicatrização. Proteínas e ácido ascórbico
(vitamina C) são particularmente importantes na cicatrização da ferida.
AN02FREV001/REV 4.0
82
mais indicado fazê-la até duas horas antes da cirurgia, para evitar a proliferação de
germes após o preparo da pele. A rotina de limpeza da pele depende do
procedimento cirúrgico e das normas do cirurgião ou da instituição. O objetivo é
diminuir a quantidade de microrganismos sem comprometer a integridade cutânea.
Para uma cirurgia planejada, pode-se solicitar ao paciente que limpe a área
determinada com um sabão detergente germicida durante vários dias antes do
procedimento. Normalmente, os pelos não são removidos antes da cirurgia, exceto
se puderem interferir na incisão. Nesse caso, os pelos são removidos com
tricotomizadores elétricos no momento da cirurgia.
b) Preparo intestinal: para a maioria das cirurgias, principalmente as
realizadas sob anestesia geral, é importante o reto estar vazio, evitando, assim, que
o paciente evacue durante o ato cirúrgico. Em função do tipo de cirurgia a ser
realizada, o médico irá prescrever o preparo adequado, que pode variar desde ouso
de laxante até a aplicação de clister ou lavagem intestinal. Uma cirurgia de intestino
grosso, por exemplo, exige um preparo maior, para o órgão ficar o mais vazio e
limpo possível. Nesses casos, o laxante é administrado dias antes, mas o clister e a
lavagem são feitos na véspera da operação. Já em cirurgias de pequeno porte,
pode-se dispensar a execução desse preparo, desde que o paciente tenha
evacuado normalmente na manhã do dia da cirurgia. Um intestino limpo permite a
visualização acurada do sitio cirúrgico e previne traumas intestinais ou contaminação
acidental do peritônio por fezes. Um enema evacuador ou um laxante é prescrito
para a noite que antecede a cirurgia, e pode ser repetido na manhã do dia da
cirurgia. Quando uma cirurgia intestinal é programada, antibióticos também podem
ser prescritos para reduzir a microbiota intestinal.
c) Higiene geral: além do preparo local da pele, um banho completo antes
da cirurgia, ajuda a evitar infecções, principalmente com uso de antissépticos
degermantes.
d) Retirar os esmaltes: no mínimo em uma das unhas, se for o caso, para
o anestesista controlar melhor a oxigenação durante a cirurgia.
e) Orientar o paciente deambulante para ir ao banheiro, com o objetivo de
esvaziar a bexiga e o intestino, realização da higiene bucal adequada.
f) Fornecer camisola limpa e ajudar o paciente a vesti-la com a abertura
para as costas, orientando-a para não colocar qualquer roupa de baixo.
AN02FREV001/REV 4.0
83
g) Pentear os cabelos do paciente e cobri-lo com gorro.
h) Retirar próteses, lentes de contato, joias, adornos em geral. Depois,
para evitar que se percam, identificar esses objetos e entregá-los ao responsável ou
encaminhar para guarda-volumes no hospital. A retirada de prótese dentária antes
da anestesia para alguns pacientes em violação da privacidade, em que alguns
serviços têm como rotina a retirada na SO, guardando-as para posterior devolução.
i) Conferir os exames pré-operatórios, à autorização para a operação e
as radiografias, se estão juntas ao prontuário médico do paciente.
j) Administrar a medicação pré-anestésica prescrita aproximadamente 30
a 60 minutos antes de encaminhar ao CC, quando prescrita. Quando o efeito da
medicação estiver iniciando, o paciente deve permanecer sob observação, jamais
sendo deixado sozinho, pois poderá apresentar reações adversas, como depressão
respiratória ou mesmo agitação. A medicação pré-anestésica visa basicamente
reduzir a ansiedade, diminuir secreções do trato respiratório e reduzir as
intercorrências alérgicas.
k) Deixar o paciente deitado, protegido com grades. Verificar, novamente,
os SSVV, anotando-os no prontuário e comunicando qualquer anormalidade
observada.
l) Alguns hospitais usam como protocolo de rotina a SVD no período pré-
operatório, neste caso realizá-la.
AN02FREV001/REV 4.0
84
A maioria dos hospitais ou dos serviços de cirurgia utiliza uma checagem
pré-operatória para que não haja dúvida de que se realizaram todas as avaliações e
procedimentos antes da cirurgia. Essa checagem geralmente envolve:
Avaliação: inclui a pulseira de identificação de alergia; lista de
medicamentos em uso atualmente, horário de a última ingestão alimentar ou líquida
do paciente; destino de objetos de valor, dentaduras ou próteses; remoção da
maquiagem e do esmalte para unhas; e o uso de vestimentas hospitalares.
Medicamentos pré-operatórios: inclusive a via e o momento da
administração.
IV: inclusive localização, tipo de solução, velocidade de infusão.
Preparos pré-operatórios: incluindo, quando apropriado, preparo da
pele, passagem de sonda vesical de demora ou de sonda nasogástrica, horários e
resultados de enemas ou duchas, uso de meias ou ataduras antiembolismo, e
horário e quantidade da última micção.
Prontuário: inclui o consentimento cirúrgico assinado, história e exame
físico, registros antigos, e resultados de exames solicitados.
Outras informações: conforme as exigências do serviço.
Assinatura(s): do enfermeiro e de outras pessoas envolvidas no
preparo do paciente para a cirurgia e no seu transporte para o CC.
Quando a checagem pré-operatória termina, o paciente está pronto para ser
encaminhado ao CC. O pessoal do setor cirúrgico ajuda na transferência do paciente
para a maca e depois para o CC ou para a área de espera.
AN02FREV001/REV 4.0
85
paciente durante e após a cirurgia, encaminhando o paciente para a RPA, UTI ou
enfermaria.
FIM DO MÓDULO II
AN02FREV001/REV 4.0
86
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
ENFERMAGEM EM CENTRO -
CIRÚRGICO
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
87
CURSO DE
ENFERMAGEM EM CENTRO –
CIRÚRGICO
MÓDULO III
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
AN02FREV001/REV 4.0
88
MÓDULO III
AN02FREV001/REV 4.0
89
segura.
O histórico de enfermagem inicial do paciente pós-operatório começa com a
determinação da avaliação imediata da via aérea e circulatória adequada. A via
aérea é avaliada quanto à perviedade, oxigênio umidificado é aplicado e a
frequência respiratória contada. É iniciada a oximetria de pulso em todos os
pacientes, e a qualidade dos sons respiratórios é determinada. O paciente é então
conectado ao monitor cardíaco, e a frequência cardíaca e ritmo são avaliados, assim
como a verificação da pressão arterial.
Após a avaliação imediata e completados os registros, inicia-se uma
avaliação mais completa pós-anestesia. A avaliação é realizada rapidamente e é
específica para o tipo de procedimento cirúrgico.
Em alguns casos, o enfermeiro da URPA avalia os sinais vitais na admissão
e inicia a avaliação pelo sistema respiratório. A avaliação respiratória consiste em
frequência, ritmo, ausculta dos sons respiratórios e o nível de saturação do oxigênio.
A presença de uma via aérea artificial e o tipo de sistema de liberação de oxigênio
são anotados.
O sistema cardiovascular é avaliado pela monitorização da frequência e
ritmo cardíacos. A pressão arterial inicial do paciente é comparada para uma ou
mais leituras do pré-operatório.
A temperatura corporal é obtida e a condição da pele é examinada, incluindo
o pulso periférico, se indicado. O paciente é então avaliado quanto ao
funcionamento neurológico. O paciente está reativo (despertando da anestesia)? O
paciente pode responder aos comandos? O paciente está orientado no mínimo
quanto a nomes e hospital? O paciente pode movimentar as extremidades? Existem
desvios da função neurológica pré-operatória? Alguns procedimentos operatórios
requerem uma avaliação mais detalhada.
Para avaliar a função renal, a ingesta e a excreta são examinadas. O líquido
total intraoperatório e a estimativa de perda sanguínea são avaliados. Os acessos
venosos, infusões e soluções de irrigação são anotados. A presença de todos os
acessos venosos, drenos e cateteres são anotados; a excreta de urina é anotada
quanto à coloração, quantidade e consistência.
Toda informação obtida da avaliação na admissão é anotada no relatório da
URPA.
AN02FREV001/REV 4.0
90
A avaliação inicial inclui o registro de:
1. Sinais vitais:
- Pressão arterial;
- Pulso;
- Temperatura;
- Respiração
2. Nível de consciência
3. Leitura da pressão venosa central (PVC) se indicado;
4. Posição do paciente;
5. Condição e coloração da pele;
6. Necessidade de segurança do paciente;
7. Neurovascular: pulso periférico e sensação nas extremidades quando
possível;
8. Condições de curativos ou linhas de sutura;
9. Tipo, perviedade e fixação dos tubos de drenagem, cateteres e
recipientes;
10. Quantidade e tipo de drenagem;
11. Resposta muscular e força;
12. Resposta pupilar quando indicado;
13. Terapia venosa: localização, condição, fixação e quantidade de soluções
infundidas em acessos venosos (inclusive sangue e derivados);
14. Nível de suporte físico e emocional;
15. Escore numérico de escala utilizada na unidade.
AN02FREV001/REV 4.0
91
8 COMPLICAÇÕES NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO
8.1 RESPIRATÓRIA
AN02FREV001/REV 4.0
92
um paciente consciente.
Em certas situações como a apneia, intubação com ventilação pode ser
requerida. Se a intubação é impossível, o paciente pode precisar de uma
traqueostomia, embora isto seja raro.
Uma complicação muito séria que pode ocorrer na URPA é o
laringoespasmo. Os músculos da laringe contraem-se e obstruem a via aérea
parcialmente ou completamente. O laringoespasmo geralmente se deve a uma via
aérea irritável. As ações de enfermagem incluem a redução de estímulos irritantes, a
hiperextensão da cabeça do paciente, a oxigenação é possivelmente a
administração de um aerossol com adrenalina racêmica. Em muitos casos, a
ventilação por pressão positiva deve ser administrada por máscara e ambu. Se os
sintomas permanecerem por mais de um minuto e não forem aliviados pela pressão
positiva, a administração de um relaxante muscular é necessária. A intubação é
indesejável e é usada somente como último recurso.
O broncoespasmo é uma obstrução da via aérea baixa, sendo causada
pelos espasmos dos tubos bronqueais. Os broncodilatadores inalados são a terapia
de primeira escolha para estes pacientes, seguidos pela aminofilina EV. A
adrenalina e a metilprednisolina também podem ser administradas em alguns casos.
8.2 CARDIOVASCULAR
AN02FREV001/REV 4.0
93
tamponamento, embolia ou medicações, incluindo agentes anestésicos. Nesse caso,
o coração não está bombeando muito eficazmente. O oxigênio e estimulantes
cardíacos serão usados quando necessário, também com monitoração
hemodinâmica.
A hipovolemia reduz o débito cardíaco e pode ser causada pela hemorragia,
desidratação, ou aumento da pressão positiva expiratória final. A reposição de
líquidos e/ou sangue é usada para tratar a hipovolemia. Se o paciente está com
hemorragia no local da cirurgia, está indicado o retorno à sala de cirurgia.
A resistência vascular reduzida pode estar relacionada com as medicações,
anestesia geral e local, ou anafilaxia. A vasodilatação pode ser tratada com líquidos
vasopressores ou elevação das pernas do paciente. As reações anafiláticas são
tratadas com adrenalina, anti-histaminas e líquidos adicionais.
A hipertensão arterial sistêmica é geralmente definida como uma pressão
arterial maior que 20% do nível basal do paciente ou do pré-operatório. Se novo, os
sinais clínicos são os mais importantes indicadores da gravidade da hipertensão. A
cefaleia, alterações do estado mental e dor subesternal são todos indicadores de
danos a um órgão fim.
A hipertensão assintomática é uma ocorrência comum na URPA e
geralmente é considerada como inofensiva. A solução é determinada, geralmente,
pela causa. A pressão arterial elevada faz causar aumento da tensão na parede
ventricular, pós-carga e trabalho miocárdio. O paciente com uma história de doença
cardíaca corre risco de resultados adversos.
A hipertensão pode ser em razão do volume pré-carga ou edema pulmonar,
que causa um aumento do débito cardíaco. Nesse caso, dá-se diurético ao paciente,
faz-se restrição de líquidos e o paciente é monitorizado hemodinamicamente.
Outras causas de hipertensão são a dor e a ansiedade, hipotermia,
hipoxemia, hipercardia e distensão vesical, todos os quais causam aumento na
resistência vascular. Os pacientes com dor são medicados e os pacientes com
hipotermia são aquecidos. Os pacientes são bem oxigenados e ventilados, se
necessário, para melhorar a hipoxemia ou hipercarpnia. Os pacientes são
estimulados a urinar ou são cateterizados para esvaziar toda a bexiga.
Drogas anti-hipertensivas são usadas, quando necessárias, para controlar a
pressão arterial, os pacientes devem retomar os medicamentos anti-hipertensivos
AN02FREV001/REV 4.0
94
prescritos no pré-operatório tão logo quanto possível após a cirurgia. Aos pacientes
de cirurgia ambulatorial, bem como aqueles internados, deve ser permitido tomar
seus anti-hipertensivos prescritos no dia da cirurgia.
Uma causa comum de disritmia
Uma causa comum de disritmia posterior à cirurgia é a sinus taquicardia
(uma frequência maior que 100 no adulto). Causas frequentes incluem dor,
hipoxemia, hipovolemia, aumento da temperatura e ansiedade. A causa subjacente
é tratada. Propranolol, mesoprolol, ou esmolol podem ser dados. A sinus bradicardia
(frequência cardíaca menor que 60 no adulto) também é uma causa comum de
disritmia na URPA. A causa inclui hipoxemia, hipotermia, anestesia espinhal alta,
estimulação vagal e algumas medicações que são dadas comumente durante a
cirurgia. A causa subjacente é tratada. Atropina é a droga de escolha para aumentar
a frequência cardíaca, e geralmente nenhum outro tratamento é requerido. Marca-
passo temporário ou permanente pode algumas vezes ser requerido.
As contrações vasculares prematuras (CVPs) são representadas pela
visualização de um complexo QRS largo e bizarro. As causas mais comuns no
período pós-operatório são hipoxemia e hipocalemia. Aquelas condições
subjacentes são tratadas. Muitas vezes, se a doença cardíaca ou hipotensão não
está presente, as CVPs não requerem medicação. Se a intervenção é requerida, a
lidocaína mantém-se como a droga de escolha.
AN02FREV001/REV 4.0
95
anestesia geral não produz calor e é dependente da temperatura ambiental. A
prevenção pode incluir o aumento da temperatura ambiental na sala de cirurgia e a
cobertura do paciente na chegada para minimizar a exposição. Os umidificadores de
aquecimento e os aquecedores de líquidos adicionam calor. Uma técnica recente de
prevenção da hipotermia na sala de cirurgia é o dispositivo que força o aquecimento
do ar.
Na URPA, demandas tremendas são feitas ao corpo se o paciente apresenta
calafrios. Os calafrios podem aumentar a necessidade de oxigênio de 300 a 400%.
Os pacientes hipotérmicos devem ter iniciada sua oxigenoterapia imediatamente
após a admissão. Para um paciente com o coração saudável não pode existir
nenhum efeito adverso. Contudo, para o paciente com doença da artéria coronária
ou cardiomiopatia, pode ocorrer descompensação.
Há outros problemas associados com a hipotermia. A perda do volume
intravascular, devido ao deslocamento de líquido do espaço extravascular,
provavelmente está relacionada com a vasoconstrição. Quando o paciente começa a
reaquecer-se, acontece a vasodilatação e o paciente pode requerer grandes
quantidades de líquidos intravenosos para evitar a hipovolemia.
O sistema nervoso central fica deprimido pela hipotermia. O paciente na pós-
anestesia demorará mais tempo para recuperar a sua temperatura corporal. A perda
de nitrogênio e a hipocalemia podem causar uma predisposição à infecção da ferida
e problemas cardíacos. A hipotermia retarda o metabolismo e altera os efeitos de
algumas drogas anestésicas. De especial interesse é o prolongamento da
eliminação de relaxantes musculares nos pacientes hipotérmicos. Podem ocorrer
anormalidades na coagulação. A atividade plaquetária declina e aumenta a
fibrinólise com a hipotermia. Ambas as condições acentuam a tendência ao
sangramento.
O reaquecimento é uma prioridade nos cuidados imediatos do paciente pós-
operatório porque a normotermia reverte todos os efeitos da hipotermia. Roupas e
cobertores úmidos e frios devem ser retirados e aquecidos; roupas e cobertores
secos, aplicados à cabeça e ao corpo. Várias técnicas de reaquecimento externo
estão disponíveis. A aplicação de cobertores aquecidos de tecido de algodão tem
sido a tradição na URPA. Os cobertores aquecidos são aplicados a cada 5 a 10
minutos até que o paciente fique normotérmico. Os cobertores de tecido de algodão
AN02FREV001/REV 4.0
96
fazem aumentar a temperatura do paciente gradualmente. Entretanto, eles não
aquecem o paciente ativamente, e o processo ainda pode ser lento. Os cobertores
de circulação contínua de líquidos ou colchão d'água aquecido têm se mostrado de
pouco valor no reaquecimento de pacientes devido ao tamanho da área de
superfície em contato com a fonte de calor. As lâmpadas de calor radiante
dependem da exposição de grandes áreas da superfície do corpo, o que limita o seu
uso aos pacientes adultos. Os aquecedores de líquidos e sangue são úteis para
grandes volumes de líquidos frios, mas não reverte a hipotermia.
Os dispositivos que forçam o aquecimento do ar, uma tecnologia nova, tem
sido apontada como eficaz no reaquecimento de pacientes. Esse dispositivo produz
um foco térmico no ambiente, que transfere calor pelo fluxo de ar quente por meio
de um cobertor de plástico ou de tecido de papel que cobre o paciente. Esses
dispositivos que forçam o aquecimento do ar são agora a terapêutica-padrão na
hipotermia de pacientes no serviço da URPA.
A hipertermia pode ser uma indicação de um processo infeccioso ou sepse,
ou pode indicar um processo hipermetabólico - hipertermia maligna. Isso é uma
emergência muito séria, que é genética na origem e desencadeada por agentes
anestésicos voláteis e o relaxante muscular despolarizante succinilcolina. A morte
acontece, a menos que a hipertermia maligna seja reconhecida imediatamente e
tratada.
AN02FREV001/REV 4.0
97
8.4 PROCESSO MENTAL ALTERADO
8.5 DOR
AN02FREV001/REV 4.0
98
autossugestiva, distração com música e biofeedback.
Evidências têm indicado que a analgesia precoce reduz os problemas pós-
operatórios. Drogas anti-inflamatórias não esteroidais (AINES) e opiáceos são os
analgésicos de escolha. Uma dose intramuscular de 30 mg de cetorolac é
equivalente a 100 mg de meperidina. AINES e opiáceos são usados geralmente em
combinação na URPA. O paciente pode receber uma dose de cetorolac na sala de
cirurgia ou imediatamente após a chegada a URP A. A dor é então tratada com um
opiáceo por via intravenosa, como a morfina, a meperidina e o fentanil.
A analgesia controlada pelo paciente (ACP) permite que este controle a
administração analgésica. Dosagem, tempo entre as doses e a dosagem máxima
que pode ser administrada são prescritos pelo médico. A ACP pode ser iniciada na
URPA ou imediatamente na chegada à sala do paciente. Outros métodos de alívio
da dor no pós-operatório incluem a colocação de opiáceo espinhal e epidural e a
colocação direcionada de anestésico local pelo cirurgião.
AN02FREV001/REV 4.0
99
enfermeiro da URPA deve proteger as vias aéreas do paciente inconsciente ou
semiconsciente para prevenir a possibilidade de aspiração de conteúdo gástrico.
Fatores precipitantes devem ser eliminados, como evitar conversações que
poderiam suscitar náusea e vômito, prevenir o movimento rápido e elevar a cabeça
do paciente.
Terapia antiemética é planejada para reduzir os sintomas gastrointestinais
(GI) sem supersedar o paciente. Uma droga usada frequentemente, especialmente
nos serviços de cirurgia ambulatorial, é o droperidol. Outras drogas usadas
comumente são metoclopramida (Reglan, Plasil), proclorperazina (Compazine) e
prometazina (Fenergan). O agente antiemético odansetron (Zofran) foi aprovado
recentemente para a prevenção da náusea e do vômito pós-operatório. Essa droga
tornou-se popular devido a sua ausência de efeitos colaterais como a sedação,
hipotensão e tremores. Outras medicações úteis incluem dimenidrinato
(Dramamine), hidroxizina (Vistaril, Atarax) e escopolamina (Transderm-Scop).
AN02FREV001/REV 4.0
100
8.7 SOLUÇOS
8.8 SEDE
AN02FREV001/REV 4.0
101
8.8.1 Cuidados de enfermagem
8.9 CHOQUE
AN02FREV001/REV 4.0
102
8.10 COMPLICAÇÕES PULMONARES
8.11COMPLICAÇÕES URINÁRIAS
AN02FREV001/REV 4.0
103
FIGURA 6 – COMPLICAÇÕES URINÁRIAS
AN02FREV001/REV 4.0
104
8.11.1 Cuidados de enfermagem
8.12 HEMORRAGIA
AN02FREV001/REV 4.0
105
Compreende o período que decorre após 24 horas da cirurgia até o
momento da alta hospitalar e pode apresentar inúmeras situações de complicações,
sendo as principais:
AN02FREV001/REV 4.0
106
São frequentes e graves para o paciente cirúrgico, em especial para os
idosos e debilitados ou aqueles cujo período de convalescença é longo. Grande
parte das complicações respiratórias, no entanto, pode ser evitada, a profilaxia
consiste em um pré-operatório bem feito e na tomada de precauções durante e após
a cirurgia. Por isso, se antes da cirurgia o paciente apresenta sintomas como tosse,
espirro, conjuntivas inflamadas e secreção nasal, o cirurgião deve ser avisado
imediatamente. Durante a cirurgia, e logo depois também, deve-se evitar que o
paciente sinta frio, para protegê-lo de possíveis complicações respiratórias. Outro
procedimento importante para evitar tais problemas é a aspiração de secreções na
sala de recuperação. Também é necessário estimular o paciente a realizar
exercícios de tosse e respiração, pois com a dor, principalmente em operações
torácicas e abdominais, eles evitam respirar profundamente. Dentre as principais
complicações encontramos:
AN02FREV001/REV 4.0
107
estimular a tosse e a prática de exercícios respiratórios, inclusive com aparelhos
especiais, nebulizar, tapotar e promover drenagem postural para o paciente.
AN02FREV001/REV 4.0
108
FONTE: Disponível em: <http://www.omniccni.com.br/noticias.php?id=26>. Acesso em: 12 set. 2013.
AN02FREV001/REV 4.0
109
quente, edemaciado, hiperemiado. Febre.
Os cuidados incluem: elevar o membro afetado, administrar os
anticoagulantes e anti-inflamatórios prescritos e orientar o paciente para fazer
repouso, dentre outros.
9.4.1 Infecção
AN02FREV001/REV 4.0
110
FIGURA 10 – DEISCÊNCIA CIRÚRGICA
AN02FREV001/REV 4.0
111
internação, lavagem criteriosa das mãos pelos profissionais de saúde, banho pré-
operatório e tricotomia. No Centro Cirúrgico, as medidas adotadas relacionam-se à
preparação do ambiente, equipe cirúrgica e paciente.
Segundo o Centers of Desease Control and Prevention (CDC), as infecções
de sítio cirúrgico devem ser divididas em:
- superficiais: que acometem apenas a pele e o tecido celular subcutâneo;
- incisionais profundas: que podem acometer os mesmos tecidos moles mais
fáscias e camadas musculares;
- infecção de sítio cirúrgico de órgãos ou espaços profundos manipulados
durante o ato cirúrgico.
AN02FREV001/REV 4.0
112
10 AVALIAÇÃO
11 ALTA DA URPA
AN02FREV001/REV 4.0
113
informação importante.
AN02FREV001/REV 4.0
114
7. Controlar infusões EV, soros, infusão de soroterapias, controle de SSVV
tão intensamente conforme o quadro de estabilidade pós-operatória e porte da
cirurgia.
8. Controle da diurese.
9. Estimular o paciente a realizar os exercícios respiratórios e de tosse,
treinados no pré-operatório.
10. Administrar medicações prescritas criteriosamente.
11. Realizar a mudança de decúbito.
12. Aspirar vias aéreas superiores – VAS - conforme a necessidade,
principalmente nos pacientes submetidos à anestesia geral e com déficits
respiratórios.
0 Apneia
AN02FREV001/REV 4.0
115
1 Pálido, marmóreo, ictérico/ Necessita de O2 p/ Sat O2 >90%
AN02FREV001/REV 4.0
116
- Possuir equipamentos e materiais de suporte:
- Carro de emergência;
- 01 ventilador mecânico;
- Materiais de enfermagem diversos;
- Entorpecentes;
- Cilindros pequenos de O2 para transporte;
- Aspirador elétrico;
- Elementos:
- Sala de estocagem;
- Sala de utilidades;
- Posto de enfermagem para área de anotações;
- Área de preparo de medicações;
- Área de visitantes;
- Pia para lavagem das mãos.
A planta física da URPA deve ser planejada para que haja adequada
visualização de todos os pacientes.
AN02FREV001/REV 4.0
117
- Participar de grupos de estudos e pesquisa em anestesia;
- Ter visão administrativa da unidade;
- Conhecer “o dia cirúrgico”;
- Participar de orientações de pacientes e familiares;
- Manter o grupo de funcionários treinados;
- Controle de entorpecentes;
- Estar presente em todas as admissões e altas dos pacientes da URPA;
- Viabilizar boletim dos pacientes da unidade a cada hora.
AN02FREV001/REV 4.0
118
Os resultados identificados para os diagnósticos de enfermagem
selecionados poderiam ser afirmados como:
- O paciente manterá a ventilação, perfusão e expansão adequadas dos
pulmões na alta da URPA;
- O paciente manterá o débito cardíaco adequado na alta da URPA;
- O paciente manterá a temperatura corporal em níveis normais (35,5 a
37,5°C) na alta da URPA;
- O paciente demonstrará apropriado funcionamento cognitivo na alta da
URPA;
- O paciente exibirá uma redução no nível da dor ou a dor terá melhorado e
estará em nível tolerável na alta da URPA.
AN02FREV001/REV 4.0
119
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
ENFERMAGEM EM CENTRO -
CIRÚRGICO
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
120
CURSO DE
ENFERMAGEM EM CENTRO -
CIRÚRGICO
MÓDULO IV
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
AN02FREV001/REV 4.0
121
MÓDULO IV
Atividades:
- Receber, desinfetar e separar os artigos;
- Lavar os artigos;
- Receber as roupas vindas da lavanderia;
AN02FREV001/REV 4.0
122
- Preparar os artigos e roupas (pacotes);
- Esterilizar os artigos, roupas por meio de métodos físicos ou químicos;
- Realizar o controle microbiológico e das validades dos produtos
esterilizados;
- Armazenar e distribuir os artigos e as roupas esterilizadas;
- Zelar pela proteção e pela Segurança dos operadores
Janelas:
- Amplas que permitam a entrada de luz natural;
- Altas e fechadas – quando a ventilação for feita por ar-condicionado;
- Altas e abertas – proporcionando ventilação natural. Estas devem ser
protegidas com telas milimétricas de nylon de forma a evitar entrada de vetores.
AN02FREV001/REV 4.0
123
Iluminação:
- Artificial;
- Natural.
Temperatura:
- Adequada ao ambiente do processo de trabalho da Central de Esterilização
entre 18° e 25°C
Ambiente de apoio:
- Vestiários com sanitários e chuveiros para funcionários e barreiras para
áreas limpas e para áreas sujas com barreiras, podem ser áreas em comum desde
que tenham barreiras com acessos específicos;
- Depósito de material de limpeza, que pode ser comum às áreas limpas e
sujas, desde que seu acesso seja externo;
- Sala administrativa;
- Área e manutenção dos equipamentos de esterilização física;
- Local próprio destinado a descanso e lanche dos funcionários;
- Pia para lavagem das mãos de fácil acesso.
Dinâmica e Fluxo:
- O fluxo contínuo e unidirecional do artigo, evitando o cruzamento de artigos
sujos com os limpos e esterilizados, como também evitar que o trabalhador escalado
para área contaminada transite pelas áreas limpas e vice-versa. Caso seja
necessário o trabalhador deverá trocar de roupa.
1 - Fluxo unidirecional com barreiras físicas entre as áreas.
- Expurgo (área suja) – Preparo de material e carga da autoclave (área limpa) –
AN02FREV001/REV 4.0
124
retirada de material da autoclave e guarda do material estéril (área estéril).
13.3.1 Gerência
AN02FREV001/REV 4.0
125
- Inspirar confiança e credibilidade;
- Planejar e organizar;
- Ser atento;
- Ter postura profissional;
- Ter espírito de trabalho em equipe;
- Possuir responsabilidade profissional;
- Estar atento às regras básicas de assepsia e antissepsia;
- Estar envolvido em processos de educação continuada.
13.3.3 Quantitativo
13.3.4 Equipamentos
AN02FREV001/REV 4.0
126
- Lavadoras termo-desinfectadoras;
- Máquina seladora de embalagens;
- Embalagens;
- Cestos suspensos para armazenamento de materiais a serem esterilizados
e/ou estéreis;
- Carrinho de transporte interno na Central de Esterilização e externo, para
diversos setores;
- Lupa.
AN02FREV001/REV 4.0
127
- Fazer teste físico com termopares para assegurar que os registradores
externos de temperatura sejam fiéis à temperatura interna da câmara e que haja
uniformidade e estabilidade de temperatura dentro do esterilizador;
- Fazer ensaio de esterilização com o uso de indicadores biológicos com
vários tipos de cargas;
- Checar tempo de cada fase do ciclo.
AN02FREV001/REV 4.0
128
- limpar dreno;
- verificar ralo da câmara interna;
- limpar a câmara interna do aparelho.
- Quinzenalmente:
- limpar filtros, válvulas de retenção, gerador e purgadores;
- verificar as borrachas de vedação da porta;
- lubrificar a guarnição com silicone líquido.
- Mensalmente:
- verificar elementos filtrantes;
- verificar ajuste de fechamento de porta;
- verificar troca da guarnição da tampa;
- verificar acionamento manual das válvulas de segurança;
- verificar grau de impregnação dos elementos hidráulicos. Se necessário
desimpregnar.
- Anualmente:
- teste e avaliação hidrostática e aferição dos instrumentos de controle;
- validação do equipamento;
- calibração dos instrumentos de medida que integram o equipamento.
Observação:
As manutenções mensais devem ser realizadas pelo fabricante, ou empresa
devidamente capacitada a realizar o serviço, sendo que este deve ser acompanhado
por um profissional de engenharia clínica.
AN02FREV001/REV 4.0
129
A equipe de enfermagem tem importante papel na manutenção dos artigos
hospitalares de sua unidade de trabalho, sejam em ambulatórios, unidades básicas
ou outros setores em que esteja atuando. Para sua previsão e provisão, devem-se
levar em consideração as necessidades de consumo, as condições de
armazenamento, a validade dos produtos e o prazo de esterilização. Os artigos
permanentes devem ter seu uso assegurado pela limpeza, desinfecção,
descontaminação e esterilização.
Os artigos utilizados nos serviços de saúde são classificados em três
categorias, propostas pela primeira vez por Spaulding, conforme o grau de risco de
provocar infecção nos pacientes, nas seguintes categorias: críticos, semicríticos e
não críticos. Esta classificação irá nortear a escolha do processo de desinfecção ou
esterilização a ser utilizado.
São aqueles que entram em contato com a pele não íntegra e membranas
mucosas. Devem ser submetidos no mínimo à desinfecção. Em algumas
circunstâncias a esterilização é desejável pelo risco do artigo tornar-se crítico, como
em lesões acidentais de mucosas.
AN02FREV001/REV 4.0
130
Dificuldades técnicas e riscos inerentes aos processos de desinfecção
química também concorrem para a indicação da esterilização. Ex.: sonda
nasogástrica, equipamentos respiratórios, equipamentos de anestesia e
endoscópios.
Inaladores, máscaras de
Metais sem/ fio de corte;
nebulização, extensores
Metais sem/ motor; Termômetro
plásticos, ambú, cânula de
Instrumental cirúrgico
Guedel, acronebulizacão
AN02FREV001/REV 4.0
131
Vidraria e borracha para Espéculos vaginais, Comadres e patinhos
aspiração nasais, otológicos
(metálicos).
Meios de equipamentos:
AN02FREV001/REV 4.0
132
FIGURA 11 – LAVADORA
AN02FREV001/REV 4.0
133
- Artigos canulados, utilizar pistola de ar comprimido;
- Instrumentais novos devem passar por todos os processos;
- Enxaguar abundantemente o artigo;
- Realizar a inspeção e secagem;
- Lubrificar os instrumentais com articulações;
- Validar o processo de limpeza e desinfecção dos artigos;
- Retirar os instrumentais danificados.
Processo de Limpeza:
- Agrupar por tipo de artigo;
- Imergir ou embeber em solução;
- Limpar;
- Enxaguar em água potável;
- Enxaguar em água deionizada;
- Secar.
FONTE: Disponível em :
<http://www.hospitalar.com/index.php?http://www.hospitalar.com/noticias/not1931.html>. Acesso em:
12 set. 2013.
AN02FREV001/REV 4.0
134
13.6 USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO
ÁLCOOL ETÍLICO A 70%
GLUTARALDEÍDO A 2%
ÁCIDO PERACÉTICO
ÓXIDO DE ETILENO
PROCESSOS
FORMALDEÍDO
ÁGUA QUENTE
AUTOCLAVE
ESTUFA
Equipamentos
LUVA DE AMIANTO
x x x
CANO LONGO
LUVA DE LÁTEX
x
CANO LONGO
LUVA DE BORRACHA x x x x x
ÓCULOS x x x
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135
QUÍMICO
AVENTAL IMPERMEÁVEL x x x
CONFORME LEGISLAÇÃO
x
VIGENTE
AN02FREV001/REV 4.0
136
barreira para o contato com agentes esterilizantes químicos, físicos ou físico-
químicos.
A limpeza de artigos deve ser feita preferencialmente por equipamentos que
utilizem processos físicos, como lavadoras termodesinfetadoras, pois promovem
limpeza e descontaminação simultâneas, reduzindo a manipulação do material
contaminado.
Detergentes enzimáticos facilitam a ação mecânica, reduzindo
potencialmente os riscos ocupacionais. Agem removendo a matéria orgânica, são
atóxicos e biodegradáveis.
Na ausência do detergente enzimático, os instrumentais deverão sofrer
exposição à água morna e corrente. Estes artigos deverão estar preferencialmente
em cestos aramados para minimizar a manipulação do material contaminado e
reduzir a produção excessiva de aerossóis.
Além das lavadoras que utilizam jatos de água quente há no mercado as
lavadoras ultrassônicas, as quais a ação desencrostante do detergente enzimático é
potencializada pelo ultrassom.
Na impossibilidade de tais processos, efetuar lavagem manual por fricção,
auxiliada por escova ou esponja. Este método deve ser utilizado após a imersão do
artigo em desencrostantes, preferencialmente enzimáticos.
O enxágue deverá ser feito em água corrente.
A água que abastece as Centrais de Esterilização deve ter qualidade
diferenciada. Para este setor não basta obedecer a padrões de potabilidade, pois
muitas vezes água em uso é potável, porém está impregnada com metais pesados e
cloro, o que acelera a corrosão dos metais.
AN02FREV001/REV 4.0
137
- Detergente não enzimático (desencrostante): Detergente de baixa
alcalinidade a base de tensoativo aniônico ou em associação de tensoativos
aniônicos e não iônicos (nonilfenois), cuja formulação coadjuvante é à base de
polifosfato, agente alcalinizante e agentes antioxidantes.
13.7.3 Secagem
AN02FREV001/REV 4.0
138
Desinfecção de nível intermediário - Viruscida, bactericida para formas
vegetativas, inclusive contra o bacilo da tuberculose. Não destrói esporos.
13.8.1Agentes Físicos
Pode ser feita imersão dos artigos em água a 100°C (ebulição) por 30
minutos. Preferencialmente utilizando sistemas automáticos, lavadoras
termodesinfetadoras, com programas específicos, validados para cada grupo de
artigos.
AN02FREV001/REV 4.0
139
Quando o artigo tem áreas ocas, a solução desinfetante deve preenchê-la
totalmente.
O recipiente utilizado deve ser preferencialmente de plástico. Caso de metal,
este deve ser forrado com tecido (tipo compressa) para evitar que sua superfície
entre em contato com os instrumentos metálicos, evitando a formação de corrente
galvânica e, consequente desgaste dos materiais.
Após a desinfecção, os artigos devem ser abundantemente enxaguados em
água de qualidade, conforme descrito posteriormente.
AN02FREV001/REV 4.0
140
13.8.3.1Aldeídos
AN02FREV001/REV 4.0
141
Formaldeído
Tem o mesmo mecanismo de ação semelhante ao do Glutaraldeído. É
pouco ativo a temperaturas inferiores a 20°C, aumentando a atividade em
temperaturas superiores a 40°C. Em processo de desinfecção ou esterilização
possui desvantagens, pois tem baixo poder de penetração, distribuição não uniforme
e alta toxicidade que restringem o seu uso.
O tempo de exposição deve seguir orientações do fabricante: para
desinfecção utiliza-se solução 4% volume-volume (v/v) por trinta minutos. Para
esterilização, tanto na solução alcoólica a 8%, quanto para a solução aquosa a 10%,
o tempo mínimo é de 18 horas.
Além da forma líquida, existem os polímeros sólidos do formaldeído, o
paraformaldeído, conhecidos como “pastilhas de formalina”. Para se alcançar a
esterilização deste modo necessita-se de concentração de 3%, estufa pré-aquecida
a 50°C, em tempo de 4 horas e umidade relativa de 100%. Devido à dificuldade
técnica de execução do processo em condições ideais e de sua validação, não deve
ser utilizado de rotina.
13.8.3.2 Álcoois
- álcool isopropílico: tem ação seletiva para vírus, é mais tóxico e com
menor poder germicida que o etílico.
AN02FREV001/REV 4.0
142
13.8.3.3 Compostos Inorgânicos Liberadores de Cloro Ativo
AN02FREV001/REV 4.0
143
13.8.3.4 Compostos Orgânicos Liberadores de Cloro Ativo
Fenólicos:
Desinfetante de nível médio tendendo ao desuso por sua toxicidade, sendo
inclusive contraindicado para desinfecção de centros obstétricos e berçários devido
à ocorrência de hiperbilirrubinemia em neonatos.
Iodo e derivados:
Não há no mercado nacional iodo para desinfecção de artigos e superfícies.
Biguanidas
Disponível no mercado brasileiro somente como antisséptico.
Quaternário de amônio
Disponível e indicado somente para desinfecção de superfícies, em áreas
críticas e semicríticas, especialmente superfícies e mobiliários em berçários,
pediatria e SND por possuir baixa toxicidade.
Ácido peracético
É bactericida, fungicida, viruscida e esporicida. Promove a desnaturação de
proteínas e alteração na permeabilidade da parede celular.
AN02FREV001/REV 4.0
144
Possui como vantagens manter-se efetivo em presença de matéria orgânica
e não promover a formação de resíduos tóxicos. Como desvantagens: é corrosivo e
instável depois de diluído.
Ácido peracético ou peroxiacético, em baixas concentrações (0,001% a
0,02%) apresenta rápida ação contra os micro-organismos, incluindo os esporos.
AN02FREV001/REV 4.0
145
O uso de radiação ultravioleta para esterilização de artigos é proibido pelo
Ministério da Saúde (Portaria n. 674, de 31.12.97).
Tipos de autoclaves:
Gravitacional – A injeção de vapor na câmara força a saída do ar frio por
uma válvula localizada na parte inferior. Pode ocorrer formação de bolhas de ar no
interior do pacote, que impede a esterilização. Para que a penetração de vapor
ocorra em todos os materiais, o tempo deve ser mais logo, tornando o ciclo mais
demorado.
Pré-Vácuo – Por meio de bomba de vácuo contida no aparelho, o ar é
removido do material e da câmara, podendo ter um ou três ciclos o que favorece a
AN02FREV001/REV 4.0
146
penetração mais rápida do vapor dentro dos pacotes. Após a esterilização ocorre a
sucção do vapor e da umidade interna, secando mais rápido e completando o ciclo.
Mecanismo de ação: O processo baseia-se na transformação das partículas
de água em vapor. Na esterilização da autoclave, ocorre a morte celular pela
coagulação de proteínas bacterianas, por meio de calor.
Tempo: pode variar três a 30 min de acordo com a temperatura e o tipo de
equipamento utilizado.
Temperaturas X Tempo:
• Gravitacional 132°c a 135°c 10 a 25min
121ºc a 135°c 15 a 30 min
• Pré-vácuo 132°c a 135ºc 3 a 4 min
Qualidade do Vapor
O vapor pode ser obtido em vários estados físicos, cada um com um efeito
na qualidade da esterilização.
AN02FREV001/REV 4.0
147
Vapor Saturado Superaquecido
Formado a partir do vapor saturado, o qual é submetido a temperaturas mais
elevadas. O vapor torna-se deficiente em umidade e consequentemente, com maior
dificuldade de penetração.
AN02FREV001/REV 4.0
148
dos pacotes. Após esta fase a bomba de vácuo irá fazer a sucção do vapor
promovendo assim a secagem dos pacotes. Esse sistema permite mais rapidez no
processo total, pois com a rápida extração do ar e consequente aumento da
temperatura da carga, obtém-se o ciclo de esterilização e secagem em tempo mais
reduzido que nos processos descritos anteriormente.
AN02FREV001/REV 4.0
149
Os pacotes não podem ocupar o volume total da câmara interna das
autoclaves, objetivando favorecer a circulação e penetração do vapor nos pacotes
centrais.
Para garantir a qualidade da esterilização deve-se ter a certeza de que o
material encontra-se seco ao término do processo e a estocagem em local e posição
adequados.
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150
13.9.1.7 Radiação
AN02FREV001/REV 4.0
151
13.9.2 Métodos químicos
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13.9.3 Métodos Físico-Químicos
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13.9.3.2 Peróxido de Hidrogênio
AN02FREV001/REV 4.0
154
13.10 INVÓLUCROS
Tipos de embalagens
- Tecido;
- Não tecidos;
- Papel grau cirúrgico;
- Papel crepado;
- Containers rígidos.
AN02FREV001/REV 4.0
155
13.11 CONTROLE DE QUALIDADE
AN02FREV001/REV 4.0
156
13.11.1.3 Dosimetria de radiação
AN02FREV001/REV 4.0
157
• Para uso em materiais tipo pacotes ou caixas.
- Classe 2: Indicadores para uso em testes específicos: ex.: Bowie & Dick.
• Projetados para testar a eficácia do sistema de vácuo nas autoclaves de
pré-vácuo. Faz a detecção de bolhas de ar e avalia a habilidade das autoclaves pré-
vácuo em remover o ar quando o vapor é admitido, formando o vácuo. Não deve
haver formação de bolhas que possam comprometer o processo de esterilização.
Deve ser realizado diariamente, antes do processamento da primeira carga.
- Classe 6: Simuladores:
• Projetados para reagir com todos os parâmetros críticos do processo de
esterilização. A leitura do indicador é capaz de apontar possíveis falhas em
parâmetro específico.
AN02FREV001/REV 4.0
158
- Colocar a folha teste no meio de uma pilha de campos de tecido com 25
cm a 28 cm de altura.
- Esta pilha pode ser embalada em tecido ou papel, podendo ser atada com
fita adesiva.
- Colocar apenas o pacote teste na autoclave na direção do dreno e apoiado
no “rack”.
- Iniciar o ciclo, que poderá ser interrompido antes da fase de secagem; e
após o tempo determinado pela temperatura, conforme esquema abaixo:
134° – 3 e meio a 4 minutos;
127° – 11 minutos;
129° – 15 minutos.
Leitura do Teste:
AN02FREV001/REV 4.0
159
- O material é esterilizado e logo após o resfriamento são retirados os
indicadores de dentro do material.
- O indicador incubado é retirado juntamente com o indicador controle.
- O tempo necessário para crescimento da cepa varia de 3 a 48 horas, de
acordo com o teste biológico utilizado.
- Deve-se observar a colocação correta das ampolas no cesto.
- O teste biológico deve ser realizado em toda carga que contenha próteses
e estas devem ficar retidas até o resultado final da incubação.
Os bacilos utilizados na preparação de indicadores biológicos são:
- Em autoclaves a vapor: Bacillus stearothermophilus.
- Em calor seco, óxido de etileno e plasma de peróxido de hidrogênio:
Bacillus subtilis variedade niger.
- Em radiação gama: Bacillus pumilus.
AN02FREV001/REV 4.0
160
- O micro-organismo – o teste será selecionado levando-se em consideração
a indicação de uso do produto químico. Em caso de esterilização, é obrigatória a
avaliação da ação sobre esporos.
- Os micro-organismos envolvidos nos testes são Clostridium sporogenes e
Bacillus subtilis.
- A temperatura, a técnica, a composição do meio de cultura e outros
detalhes são especificados no processo oficial e devem ser obedecidos para que os
resultados sejam válidos.
AN02FREV001/REV 4.0
161
Todos os procedimentos executados, bem como as condições dos ciclos,
disposição das cargas, tipos de artigos e embalagens, devem fazer parte do
relatório.
Ao término do processo deverão ser feitas as recomendações e os relatórios
checados pelo Controle de Infecção Hospitalar da Instituição.
O controle rotineiro das cargas e dos esterilizadores é de vital importância
para a qualidade do processamento.
Este controle será feito por:
- Meios mecânicos: Observação de pressão, tempo, temperatura e
manutenção preventiva com aferição do equipamento.
- Meios Químicos: Teste BOWIE & DICK em autoclaves pré-vácuo,
integradores químicos no interior e indicadores na parte externa das embalagens.
- Meios Biológicos: Testes biológicos, já disponíveis para leitura após 3 à
48h de incubação.
AN02FREV001/REV 4.0
162
Tolerável para estocagem, sem condições ideais: setor fechado, com janelas
fechadas ou teladas e ambiente limpo.
Importante:
- Nas instituições em que o material esterilizado não puder permanecer
estocado na Central de Esterilização, o mesmo deve ficar o menor tempo possível
nos setores, visto que estes podem não oferecer condições adequadas de
armazenagem.
- A manutenção preventiva se aplica a qualquer equipamento.
AN02FREV001/REV 4.0
163
13. 12 REPROCESSAMENTO DE ARTIGOS HOSPITALARES
Até 1986, apenas duas Unidades Federadas, São Paulo e Minas Gerais,
possuíam legislação normativa sobre o uso e a reutilização de materiais médico-
hospitalares descartáveis. Por conta disto, o Ministério da Saúde reuniu em Brasília,
em 1985, um grupo de profissionais peritos, que emitiu um relatório de conclusões e
recomendações. Este relatório deu origem à única legislação nacional, ainda
vigente, a Portaria n. 4, de fevereiro de 1986, da Divisão Nacional de Vigilância
Sanitária de Medicamentos e ainda, a portaria n. 3, da mesma data, que revê o
artigo 35 do Decreto n. 79.094/77, enquadrando os produtos descartáveis que
devem ser objeto de registro na DIMED/MS.
AN02FREV001/REV 4.0
164
Portaria N°3, de fevereiro de 1986:
- Normatiza a obrigatoriedade ou não de registro de artigos médico-
hospitalares estéreis e de uso único em órgão competente da Vigilância Sanitária do
MS:
- Todo artigo de uso único, utilizado para monitoração diagnóstica e
terapêutica deve ser registrado.
- Todo artigo de uso único, utilizado na área hospitalar deve ter registro.
Com exceção de
Roupas descartáveis não estéreis;
Gaze simples, em rolo ou em compressa não estéril;
Adesivos (esparadrapos, fitas adesivas e curativos adesivos);
Absorventes higiênicos externos;
Fraldas;
Ataduras;
Cotonetes;
Dispositivos externos para incontinência urinária;
Embalagens para uso em esterilização de materiais por processos
físicos;
Ataduras gessadas;
Salto de borracha ortopédico e estribo para salto ortopédico.
AN02FREV001/REV 4.0
165
- Processo de esterilização ao qual o material foi submetido;
- Prazo máximo de validade da esterilização recomendado pelo fabricante.
AN02FREV001/REV 4.0
166
13.13 ARTIGOS DESCARTÁVEIS X ARTIGOS DE USO ÚNICO
Riscos no processamento:
Ao reprocessar e reutilizar artigos hospitalares, alguns riscos reais ou
potenciais devem ser considerados, destacando-se:
- Infecção;
- Pirogênio;
AN02FREV001/REV 4.0
167
- Toxicidade residual, decorrente de produtos ou substâncias empregados
nos usos antecedentes ou no reprocessamento;
- Alterações físicas, químicas e biológicas na matéria-prima utilizada para
confeccionar o material;
- Perda das características originais em decorrência da fadiga dos usos
prévios e reprocessamento;
- Perda da funcionalidade.
AN02FREV001/REV 4.0
168
estabelecido pela comissão multiprofissional.
Controle de qualidade:
- Inspeção visual rigorosa dos artigos com auxílio de lupa;
- Validação dos processos de desinfecção e esterilização utilizados;
- Controle do número de reprocessamentos;
- Solicitação periódica de laudos técnicos de toxicidade residual;
- Solicitação periódica de pareceres técnicos quanto à funcionalidade do
artigo aos profissionais usuários, a fim de reavaliar o número de reprocessamentos
estabelecidos.
AN02FREV001/REV 4.0
169
13.15 PREPARO E EMPACOTAMENTO DE ARTIGOS ESTERILIZADOS
AN02FREV001/REV 4.0
170
• Seleção de embalagens: é necessário selecionar o sistema de
embalagem de acordo com as características:
- Registro no Ministério da Saúde;
- Apropriado para o artigo;
- Promover integridade adequada de selagem;
- Barreira microbiana.
- Resistir a rasgos e furos;
- Permitir a penetração e a remoção do agente esterilizante;
- Barreira adequada a líquidos;
- Manter a esterilidade até a utilização do artigo;
- Não conter ingredientes tóxicos, alvejante, corante.
- Evitar a liberação de fibras ou partículas;
- Ter relação custo – benefício no mercado;
- Possuir data de validade do produto;
- Permitir adequada remoção de ar;
- Ser livre de furos ou microfuros.
AN02FREV001/REV 4.0
171
no chão;
- Efetuar inspeção periódica dos artigos, datas de validades;
- Adotar sistema de controle de distribuição dos artigos;
- Validação dos processos de esterilização;
- Registrar todos os resultados desejados para o estabelecimento de um
processo com especificações pré-determinadas.
AN02FREV001/REV 4.0
172
15.1 ÁREA CRÍTICA
São todas as áreas não ocupadas por pacientes. Ex.: Áreas administrativas,
almoxarifado.
FIM DO MÓDULO IV
AN02FREV001/REV 4.0
173
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
ENFERMAGEM EM CENTRO -
CIRÚRGICO
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
174
CURSO DE
ENFERMAGEM EM CENTRO -
CIRÚRGICO
MÓDULO V
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
AN02FREV001/REV 4.0
175
MÓDULO V
- Segurar o pacote afastado do corpo e soltar a ponta que está afixada com
adesivo, levando-a do lado oposto de quem está manuseando;
- Abrir, alternadamente, as pontas laterais do campo; afastar a ponta do
campo, próxima do conteúdo do pacote, segurando-o com uma das mãos e, com a
outra, prender as pontas soltas, tendo o cuidado de não contaminar a face interna do
campo; a seguir, depositar o conteúdo deste sobre a mesa do instrumentador.
Os pacotes grandes como os de aventais, campos e outros, devem ser
abertos sobre uma mesa.
AN02FREV001/REV 4.0
176
FONTE: Arquivo pessoal.
AN02FREV001/REV 4.0
177
17.1 POSIÇÃO DORSAL
AN02FREV001/REV 4.0
178
17.3 POSIÇÃO LATERAL
AN02FREV001/REV 4.0
179
- evitar contato de partes do corpo do paciente com as superfícies metálicas
da mesa cirúrgica;
- posicioná-lo de modo funcional e seguro, a fim de prevenir distensões
musculares, evitar compressão de vasos, nervos e saliências ósseas, e facilitar a
dinâmica respiratória;
- possibilitar livre fluxo das infusões venosas e a adaptação dos eletrodos
para a perfeita avaliação intraoperatória.
Da mesma maneira, ao se retirar o paciente da posição cirúrgica, alguns
pontos precisam ser observados:
- manusear o paciente anestesiado com movimentos firmes e lentos, pois a
mudança repentina de posição pode levar à queda de pressão arterial;
- ao se retirar o paciente da posição ginecológica, deve-se ter o cuidado de
descer, alternadamente, as pernas, a fim de prevenir o afluxo rápido de sangue para
os membros inferiores, podendo causar a mesma situação acima referida;
- manter a cabeça voltada para um dos lados, quando o paciente
permanecer em decúbito dorsal;
- observar o posicionamento correto das infusões e drenagens.
Nesta fase do período operatório é que mais frequentemente costumam
acontecer às quedas acidentais. Daí a necessidade de redobrar a vigilância, NÃO
deixando o paciente sozinho em nenhum momento, até que seja transportado para a
recuperação pós-anestésica.
AN02FREV001/REV 4.0
180
18.1 DEGERMAÇÃO DAS MÃOS E ANTEBRAÇOS
AN02FREV001/REV 4.0
181
FIGURA 15 - LAVAGEM DAS MÃOS
Para uma lavagem adequada das mãos deve-se, após molhá-las e colocar o
sabão, fazer os seguintes movimentos: friccionar palma contra palma (figura 1),
palma direita sobre o dorso da mão esquerda, com os dedos entremeados (figura 2)
e vice-versa, palma contra palma, friccionando a região interdigital com os dedos
entremeados (figura 3), dedos semifechados em gancho da mão esquerda contra a
mão direita (figura 4) e vice-versa, movimento circular do polegar direito (figura 5) e
esquerdo, movimento circular para frente e para trás com os dedos fechados da mão
direita sobre a palma da mão esquerda (figura 6) e vice-versa.
O processo de fricção repetida deve ser realizado com as mãos e os
antebraços voltados para baixo, evitando-se que o sabão e a água, já sujos,
retornem às áreas limpas. Cinco fricções de cada tipo são suficientes para remover
mecanicamente os microrganismos. Após esse processo, as mãos não devem ser
AN02FREV001/REV 4.0
182
enxaguadas em água corrente, mas sim posicionadas sob a torneira com os dedos
voltados para cima, de modo que a água escorra das mãos para os punhos.
Após a lavagem, mantendo os dedos voltados para cima, secar as mãos
com papel-toalha descartável, começando pelas mãos e, depois, os antebraços.
O uso de sabão é suficiente para a lavagem rotineira das mãos.
Em situações especiais, como surtos de infecção ou isolamento de
microrganismo multirresistente, seguir as orientações do setor responsável pela
prevenção e controle de infecção hospitalar.
AN02FREV001/REV 4.0
183
- escovar a palma da mão, começando pela face lateral do dedo mínimo, os
demais dedos e espaços interdigitais, desde as pontas dos dedos até a região do
pulso;
- virar a palma da mão para baixo e continuar a escovação da região dorsal,
mantendo os dedos afastados e começando pela face lateral externa do polegar;
- escovar, a seguir, as regiões anterior, laterais e posterior do antebraço com
movimentos amplos do pulso ao cotovelo;
- passar para o cotovelo, escovando-o com movimentos circulares;
- lavar a escova, conservando-a em posição vertical; a seguir, passá-la para
a outra mão, segurando-a pela extremidade oposta àquela que segurava
anteriormente;
- embeber as cerdas na solução degermante e proceder à escovação da
outra mão;
- ao terminar a escovação, enxaguar as mãos separadamente, de modo que
a água escorra dos dedos para o cotovelo;
- manter as mãos e antebraços em posição vertical, acima da cintura e
dirigir-se à sala de cirurgia;
- enxugar as mãos, antebraços e, por último, os cotovelos com compressa
esterilizada;
- desprezar a compressa em local apropriado, de modo a não se misturar
com aquelas utilizadas no campo cirúrgico.
AN02FREV001/REV 4.0
184
desempenhar esta função. As medidas de assepsia cirúrgica relacionadas ao
manuseio dos aventais esterilizados são fundamentais como prevenção da infecção
da ferida operatória.
Ao vestir o avental, os componentes da equipe cirúrgica devem:
- segurá-lo com as pontas dos dedos pelas dobras do decote, elevá-lo do
campo esterilizado e trazê-lo para fora da mesa;
- abri-lo com movimentos firmes para que as dobraduras se desfaçam, tendo
o cuidado de não o esbarrar em superfícies não estéreis ou em pessoas da sala;
- segurá-lo pela parte interna do ombro, afastando do corpo e, com ligeiro
movimento para cima, introduzir, ao mesmo tempo, os dois braços nas mangas,
conservando-as em extensão para cima;
- colocar-se de costas para o circulante de sala e solicitar-lhe ajuda para
acertar as mangas. Desta feita, o circulante introduz as mãos nas mangas pela parte
interna do avental, puxando-as até que os punhos cheguem à região dos pulsos;
- permanecer de costas ao circulante, para que este amarre as tiras ou fitas
do decote do avental;
- distanciar da cintura os cintos, para que o circulante possa pegá-los e
amarrá-los.
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FIGURA 16 – AVENTAL ESTERILIZADO
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186
FIGURA 17 – VESTINDO AVENTAL ESTERILIZADO
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187
Atualmente, já se encontra comercializado o avental-opa que, por constituir
uma única peça, toma mais prático o uso.
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FIGURA 18 – TÉCNICA DE CALÇAR LUVA ESTÉRIL
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189
FIGURA 19 – TÉCNICA DE CALÇAR LUVA ESTÉRIL
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19 PREPARO DA UNIDADE DO PACIENTE
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FIGURA 20 – PREPARO DA CAMA
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FIM DO CURSO!
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