Você está na página 1de 47

(I manual

••
. II ••
:, I
I
I
I

l 11
prático
••
I I •
I l ••

~ I de •
•••

auriculoterapia

Marcos Lisboa Neves


Auriculoterapia
CENTER"

nlla Gal. Polidoro, 20


Loja D - Botafoqo
10de Janeiro - RJ
1 I fone: 2542-9992
R nh cida m 1990 pela OMS

(O níz çã o Mundial da Saúde), a


r I Iax: 2542-7626
11\/111: ncupullluracenter@hotmaiJ.com
IlIljl.llwww.ocupunluracenter.com.br
manual
a terapia de

mí r

111
íst m mais difundida no

:td . Tr ta-se de uma técnica de


prático
t nd s r sultados, motivo da
itação por pacientes e
de
m ntos podem ser buscados

rmr n s bases da Medicina


auriculoterapia
pr ndizado. fácil execução

us o.

A r v s do Manual Prático de
I1vri uloterapia possível praticá-Ia

gur ,minimizando os
M rcos Lisboa Neves
um n ndo sua eficácia.
,.
M rcos Lisbo N v s

1 edição
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Sumário
N518m Neves, Marcos Lisboa

Manual prático de auriculoterapia / Marcos Lisboa


Neves. - Porto Alegre: Ed. Do Autor, 2009.
88 p. ; 23 cm.

Agradecimentos 04
ISBN: 978-85-910010-0-2
Introdução 05
1. Auriculoterapia. 2. Medicina Chinesa. I. Título.
Referencial histórico 09

Fundamentos da Auriculoterapia 12
CDD 615.89
Correspondência auricular 15

A diferença entre mapas 19

Diagnóstico em Auriculoterapia 21
Bibliotecária Responsável Distribuição e classificação dos pontos auriculares 31
Ginamara Lima Jacques Pinto
Métodos terapêuticos 43
CRB 10/1204
Reações da Auriculoterapia 62

Riscos da Auriculoterapia 64

Fotos Contraindicações da Auriculoterapia 67


Marcos Lisboa Neves
Indicações 67
Desenhos
Vantagens da Auriculoterapia 70
Daniel Kohlrausch
Seleção dos pontos 71
Revisão
Ana Maria Portella Montardo Consulta em Auriculoterapia 73

I " Terapêutica em Auriculoterapia 78


Capa, Projeto Gráfico e Diagramação
André Luiz Menezes de Lima Considerações finais 87

Todos os direitos reservados Referências bibliográficas 88


2009
• •
• •
4 • • 5
• •
• •
• •
• •
• •
• •
• •
• •
• •

Agradecimentos Introdução

Agradeço a todos que de alguma forma contribuíram para esta A Auriculoterapia, assim como a acupuntura, é parte integrante
obra, os autores citados, meus professores, meus pacientes, meus da Medicina Tradicional Chinesa. Embora existam evidências de sua
alunos, meus colegas, meus amigos e minha família. utilização por diversos povos desde a Antiguidade, foi na China que se
deu seu maior desenvolvimento, a partir da relação do pavilhão auricular
com os demais órgãos e regiões do corpo.

Existem relatos do Antigo Egito segundo os quais as mulheres


i •
usavam pontos auriculares como forma anticoncepcional. No Siri
Lanca, documentos descrevem pontos aurículares para controle da
deambulação do elefante. Os turcos do século III usavam a cauterização
de pontos auriculares no tratamento de diversas doenças. Escritos
6 Manual Prático de Auriculoterapia Manual Prático de Auriculoterapia 7

de Hipócrates diziam que incisões efetuadas no pavilhão auricular do descoberta de Auriculoterapia.


homem produziam ejaculação escassa, inativa e infecunda, e que a
As primeiras experiências de Nogier iniciaram quando o médico
punção de urna veia no dorso da orelha curava a impotência. Na obra O
observou a existência de cicatrizes na orelha de alguns pacientes que
Livro das Epidemias, Hipócrates indicava a punção de vasos auriculares
chegavam ao seu consultório em Lyon. Essas pessoas tinham sido
para tratar processos inflamatórios.
tratadas da ciatalgia.
Na China, muito antes do cristianismo e de Hipócrates, o uso
A existência desse ponto específico, que quando cauterizado
terapêutico do pavilhão auricular era associado ao tratamento de
aliviava a dor do nervo ciático, já era conhecido de alguns na Europa. O
acupuntura sistêmica. Os primeiros escritos chineses demonstram a
fato de observar a existência de relação entre um ponto na orelha e urna
orelha corno um órgão isolado que mantém relação com os demais órgãos
parte distante no corpo levou Nogier a buscar o surgimento de novos
e regiões do corpo.
pontos na orelha, submetendo, para tanto, qualquer parte do corpo a
Técnicas corno o sopro com tubo de bambu e a moxa, entre outras, algum sofrimento. Por estatística clínica, o médico francês mapeou
eram utilizadas no tratamento de enfermidades através do pavilhão aproximadamente 35 pontos auriculares.
auricular. Em escavações, antropólogos Chineses encontraram vários
Os estudos de Nogier também serviram de base para o
documentos antigos evidenciando o uso do pavilhão auricular no
desenvolvimento da Auriculoterapia na China. Em 1958 a descoberta da
tratamento de diversas enfermidades.
Auriculoterapia e o mapa auricular de Nogierforam publicados na Revista
Assim corno os antigos escritos da Medicina Tradicional Chinesa de Medicina Tradicional de Shangai. Em urna cultura que é o berço da
e documentos de outras civilizações antigas, não são poucos os fatos Acupuntura, a descoberta da Auriculoterapia impulsionou um grande
curiosos na história das civilizações que demonstram o interesse pelo número de estudos em diversas universidades e hospitais da China.
pavilhão auricular. Povos corno Incas, Astecas e os habitantes da Ilha
Conforme as pesquisas eram intensificadas e novas publicações
de Páscoa cultivavam orelhas grandes utilizando a hipertrofia mecânica,
eram feitas, o desenvolvimento da Auriculoterapia se acentuou
acreditando que o aumento das orelhas tinha relação direta com a
gradativamente, e a orelha foi sendo mapeada e utilizada corno meio de
vitalidade e a superioridade do ser. Algumas tribos indígenas utilizavam
diagnóstico e tratamento das doenças.
instrumentos perfurando a orelha em pontos específicos, estimulando a
agressividade dos guerreiros, corno os piratas que usavam um brinco de O desenvolvimento da terapia auricular cresceu vertiginosamente
ouro no lóbulo da orelha para aguçar a visão. após a década de setenta. Em 1989 celebrou-se em Pequim o Primeiro
Congresso Internacional de Auriculoterapia. Esse evento foi um novo
Já em tempos mais recentes, por volta de 1950, o médico francês
marco mundial. Nesse momento a Auriculoterapia passa a constituir uma
Paul Nogier deu importante contribuição para o uso terapêutico
. i 6'-
especialidade universitária.
do pavilhão auricular. Através de estudos que partiram dos pontos
auriculares chineses e da criação de novos métodos de mapeamento Em 1990 a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece a
e estimulação dos pontos, Nogier estabeleceu a relação do pavilhão Auriculoterapia como terapia de microssistema para benefício, promoção
auricular com a figura de um feto na posição invertida e batizou sua


8 Manual Prático de Auriculoterapia • 9


e manutenção da saúde, no tratamento de diversas enfermidades. •

Inúmeras publicações sobre essa terapia vêm sendo editadas nos •
últimos tempos no mundo inteiro. Em 1999 a médica chinesa Huang Li •

Chun publica, na Conferência Mundial de Auriculoterapia, um novo mapa •
posterior dos pontos auriculares. Em seus 30 anos de pesquisas, ela põde •
comprovar a eficácia no estímulo dos pontos pelo uso de sementes e a
importância tanto dos pontos posteriores no tratamento das disfunções
osteomioarticulares como do uso dos pontos de área correspondente
Referencial
para analgesia, além de ter criado a técnica das sementes duplas.

Histórico

1951 - o médico francês Paul Nogier descobre a Auriculoterapia.

Apartir do curioso tratamento de ciatalgia por cauterização de um


ponto no pavilhão auricular em alguns pacientes que chegavam ao seu
consultório, Nogier iniciou seus estudos clínicos: produziu o primeiro
mapa auricular, comparou-o com a figura de um feto na posição invertida
e batizou a técnica de Auriculoterapia.

1958 - A revista de Medicina Tradicional de Shangai publica os estudos


de Nogier.

o
mapa auricular publicado por Paul Nogier serviu de base e
grande impulso para o desenvolvimento da Auriculoterapia dentro da
China. Em 1960, pesquisadores de Nanking concluíram o estudo que
verificou a exatidão clínica do homúnculo auricular de Nogier em 2 mil
pacientes clínicos.

1963 - Omédico francês J. E. H. Niboyet apresenta sua tese de doutorado


-
1O Manual Prático de Auriculoterapia
Manual Prático de Auriculoterapia 11

em Ciências, em que demonstra que a menor resistência elétrica na importantes contribuições para a Auriculoterapia moderna.
superfície da pele coincide com os pontos de acupuntura e com o trajeto A pesquisa e o empenho desses profissionais, e de muitos
de seus meridianos. outros que contribuíram para o desenvolvimento da Auriculoterapia,
Esse estudo inaugura uma nova fase, tanto para a Acupuntura comprovam a eficácia do que há milhares de anos muitos povos - como
como para a Auriculoterapia, pois introduz o desenvolvimento de os chineses, egípcios, turcos - e mesmo Hipócrates já usavam como
aparelhos localizadores e eletroestimuladores de pontos. forma de promover a saúde, embora o fizessem de uma forma bastante
simplificada.
1972 - É criado na China o mapa estandardizado dos pontos auriculares.

Com a grande diversidade de trabalhos publicados por diversos


centros de estudos e atendimentos em Auriculoterapia, apareceram
algumas diferenças entre os mapas que eram publicados na época. Era
comum ver nomes diferentes para um mesmo ponto e diferentes pontos
com o mesmo nome. Por essa razão, surgiu a necessidade de se unificar
a nomenclatura e a localização dos pontos de Auriculoterapia chinesa.

1980 - Terry Oleson realiza um estudo duplo cego na Universidade


da Califórnia de Los Angeles (UCLA), Estados Unidos da América, que
verificou a exatidão científica do diagnóstico auricular.

Em um nível estatístico significativo, com exatidão de 75%,


conseguiu-se diagnosticar os problemas de dor musculoesquelética em
40 pacientes através do pavilhão auricular. Para tanto, áreas da orelha
submetidas a elevação de atividade elétrica foram avaliadas e comparadas OBSERVAÇÕES
às áreas do corpo que apresentavam alguma disfunção patológica. Pág ina 16: a concha abaixo da raiz do hélix é chamada de concha cava conforme está
descrito na página 17. '
1980 - Nguyen Van Nghi publica o livro Auriculopuntura. Página 17: a fossa triangular representa a pelve, e a incisura supratrágica está localizada
entre o trago e o hélix.
Essa importante obra traz dados estatísticos de várias pesquisas
Pág!na 35: o ponto visão 2 tem a função de beneficiar a visão, controlar a pressão ocular e
em Auriculoterapia realizadas nos principais hospitais da China. uxiliar no tratamento do glaucoma.
Página 37: ?s pontos do hélix 1 a ~ têm função antiinflamatória e analgésica, como o ápice
1990 - A OMSreconhece a Auriculoterapia. da orelha, porem direcionada para a area correspondente que Ihes é mais próxima.
Página 40: o ponto tronco cerebral está localizado posterior à área da vertigem.
1999 - A Dra. Huang Li Chun publica na Conferência Mundial de
Página 41: o ponto hipófise está localizado anterior à área da vertigem.
Auriculoterapia um novo mapa posterior dos pontos auriculares. Os 30
anos de experiência em Auriculoterapia dessa médica chinesa deram


12 • Manual Prático de Auriculoterapia 13


• determinado órgão ou parte do corpo poderá ser detectada e tratada
• pelo pavilhão auricular.


A orelha possui dois tipos de inervação, urna cranial e outra,

• espinhal. Essa rede nervosa está entrelaçada por praticamente todo o
• pavilhão auricular, mas os nervos de origem craniana predominam na

Fundamentos da região central ou interna da orelha, ao passo que os nervos espinhais


predominam nas regiões externas ou periféricas da aurícula.

Auriculoterapia Nervos cranianos


Nervo auriculotemporal: provém de um ramo sensitivo do
Lrigêmeo. chega até a borda em que a orelha se une à face e ramifica-
internamente pelo conduto auditivo. Pelo seu trajeto na face e
brangência auricular, esse nervo pode estar envolvido com as sensações
zumbido e obstrução do ouvido, dor e ardor na garganta, língua, ATM,
face e a sensação de obstrução nasal.

Ramo auricular do vago: originário de um segmento do vago,


t mbém chamado de pneumogástrico, que acompanha as veias cervicais,
p netra na orelha após se ramificar com o nervo glossofaríngeo e com
lqumas fibras do nervo facial, abrangendo a face central e interna da
Embora pesquisas científicas não nos forneçam respostas orelha. É responsável pela inervação parassimpática de praticamente
completas para entendermos o mecanismo de ação da Acupuntura e todos os órgãos abaixo do pescoço, exceto parte do intestino grosso
Auriculoterapia através da neurofisiologia, e a teoria neuro-humoral (colo transverso e descendente) e órgãos sexuais.
forneça dados pobres ao citar a ação de endorfinas ou do portal da dor,
já está clinicamente comprovada a riqueza dos resultados dessa terapia
em sua própria história.

Podemos acreditar que a grande quantidade de ramificações


Nervos espinhais
nervosas derivadas dos nervos espinhais e cranianos ligam os pontos Originam-se do segundo e terceiro pares do plexo cervical e
auriculares a regiões cerebrais que estão ligadas através da rede são constituídos pelo nervo auricular maior e nervo occipital menor.
nervosa aos órgãos e partes do corpo. Assim qualquer alteração em um Chegam até a orelha através de sua face posterior, onde possuem


14 Manual Prático de Auriculoterapia • 15


maiores ramificações. Na face anterior do pavilhão, abrangem a região •

externa ou periférica. Possuem polaridade simpática e abrangem todas

as estruturas musculoesqueléticas representadas no pavilhão auricular. •


Nervo Auriculotemporal
Correspondência
Auricular
Nervo Auricular Maior

Pela visão oriental, segundo a Medicina Tradicional Chinesa (MTC)


e conforme seus antigos escritos, os 12 meridianos reúnem-se na orelha.
A orelha também é uma das principais zonas onde o Yang e o Yin se inter-
relacionam. Ostrês Yang da mão e os três Yang do pé chegam diretamente
na orelha, diferentemente dos três Yin da mão e dos três Yin do pé, que
chegam indiretamente através de seus ramos.

O pavilhão auricular guarda estreita relação com os órgãos. É


conhecido como o palácio do rim, que tem sua p~rta de entrada através
do ouvido. Além disso, ambos apresentam claramente a mesma forma
anatõmica.

Quando algum meridiano é obstruído e a circulação do sangue e O pavilhão auricular possui um formato ovoide que se assemelha
energia perde seu fluxo, aparecem pontos dolorosos na orelha como uma à forma de um feijão, de um rim e à figura de um feto em posição
reação reflexa do local obstruído. embrionária, conforme descreve Paul Nogier.
16 Manual Prático de Auriculoterapia
Manual Prático de Auriculoterapia 17

Sua morfologia acidentada, composta por um conjunto de sulcos Cruz inferior - emrnencia da bifurcação inferior do ante-hélix,
e eminências, é a principal referência para a localização dos pontos representa a inervação do membro inferior.
auriculares. Dessa forma, cada estrutura do relevo auricular representa
urna região do corpo, presente nas duas orelhas. Fossa triangular - sulco localizado entre a cruz superior e inferior do
ante-hélix, representa a cavidade abdominal.

Escafa - sulco localizado entre a hélix e o ante-hélix, representa o


membro superior.
Cruz Membro
Superior Inferior
Fossa
Triangular Escafa
Pelve Lóbulo - estrutura localizada na extremidade inferior da orelha, formada
Cruz Inferior Ciático de tecido adiposo e representa a face.
Hélix Coluna
Ante-hélix

Concha Cimba
C. Abdominal Antetrago - eminência localizada entre o lóbulo e o ante-hélix.
lncisura
Coluna
Supratrág ica Ouvido representa o crânio.
Raiz do Diafragma
Hélix Ante-hélix
Trago Vícios Trago - eminência que recobre o orifício auditivo e se funde à face,
Concha Cimba
/ representa os vícios e as vias aéreas superiores.
Antetrago
Incisura
Intertrágica Incisura intertrágica - Sulco localizado entre o trago e o antetrago,
representa o sistema endócrino.

Incisura supratrágica - Sulco localizado entre o trago e o ante-hélix,


representa o ouvido externo.

Concha cava - sulco inferior à raiz do hélix, representa a cavidade


Hélix - emrnencia mais externa da orelha, circunda a periferia do torácica.
pavilhão, dando-lhe o formato ovoide, e possui pontos de ação anti-
Concha cimba - sulco superior à raiz do hélix, representa a cavidade
inflamatória.
abdominal.
Raiz do hélice =eminéncia que nasce no centro da orelha, dá origem ao
Periferia da raiz do hélix - região que circunda toda a raiz do hélix,
hélix e representa o diafragma.
representa o sistema digestivo.
Ante-hélix - eminência que fica à frente do hélix, bifurca-se em forma
Observando a morfologia do pavilhão auricular, podemos notar
de cruz e representa a coluna vertebral. ! .•

que existe um antagonismo entre seu relevo anterior e posterior.


Cruz superior - eminência da bifurcação superior do ante-hélix, Toda eminência anterior se torna um sulco posterior, assim corno todo
representa o membro inferior. sulco anterior se torna urna eminência posterior. Também é possível
observar que a face anterior do pavilhão auricular possui um relevo


• 19
18 Manual Prático de Auriculoterapia


mais significativo e que seu verso evidencia um pavilhão praticamente •
liso. Por essa razão, o relevo anterior é a principal referência não só


para a localização dos pontos anteriores, corno para a localização das •
estruturas e pontos posteriores, motivo pelo qual a avaliação auricular é •
feita principalmente pela região anterior. •

Sulco
Hipotensor
A Diferença Entre
Membro
Inferior

Mapas
Sulco
Eminência Posterior do
Posterior da Ante-hélix
Concha Cimba

Sulco
Posterior da
Raiz do élix Membro
Superior
Eminência
Eminência
Rosterior da Posterior da
Concha Cava Escafa

Sulco
Posterior
do Anterago
As dificuldades que Paul Nogier teve em difundir sua descoberta
no ocidente não foram as mesmas encontradas no oriente, por este se
tratar do berço da acupuntura. Esse fato fez com que a Auriculoterapia se
desenvolvesse com muito mais velocidade na China do que no ocidente.
Na prática, conforme os estudos da Dra. Huang Li Chun, a Mas o grande número de estudos realizados em vários centros da China
importância do dorso auricular está no tratamento das disfunções também contribui para o surgimento de diferenças entre vários modelos
músculoesqueléticas, onde se produz melhores resultados. Por essa de mapas da época.
razão, as estruturas mais importantes são: lóbulo, sulco posterior' do
Esse problema não ocorreu no ocidente, visto que os poucos
antetrago, sulco posterior do ante-hélix, sulco posterior da cruz inferior,
que aderiram ao uso da Auriculoterapia também se mantiveram fiéis à
região posterior do membro inferior e eminência posterior da escafa.
cartografia auricular de Nogier.

• 21
20 Manual Prático de Auriculoterapia •


Em 1972 foi criada a unificação dos mapas de Auriculoterapia •
chinesa, e, a partir desse momento, ficou bem definida a existência


de duas escolas de Auriculoterapia: a escola chinesa, que tem sua •
fundamentação amparada nas teorias da Medicina Tradicional •
Chinesa, e a escola francesa, que está amparada pelos fundamentos da •

neurofisiologia.

Ambas as escolas alcançaram um nível de excelência indiscutível,


comprovada tanto por seus resultados clínicos como por pesquisas, e o
Diagnóstico em
fato de estarem difundidas no mundo inteiro aponta para a credibilidade
de que gozam junto a profissionais e pacientes. A Auriculoterapia
é a terapia de microssistema mais utilizada no mundo, além de ser
Auriculoterapia
reconhecida pela Organização Mundial de Saúde.

Em relação à Auriculoterapia chinesa, mesmo depois da


estandardização dos pontos, ainda existem algumas diferenças de
mapas, o que causa confusões entre os profissionais. Isso ocorre tanto
por erros nas traduções dos livros como também pelo uso de sinônimos
na nomenclatura utilizada por alguns autores que buscam personalizar
suas obras, e até mesmo pela descoberta de novos pontos, fundamentada
em experiências clínicas pessoais de cada autor.

Talvez o erro mais grave, no que diz respeito a mapas, esteja


na tentativa de misturar os pontos da cartografia francesa com os da
chinesa. Mesmo que ambas as escolas possuam como base carta gráfica
a figura do feto na posição invertida, a evolução de cada escola, tanto
em técnica como na nomenclatura e distribuição dos pontos, obedece a O diagnóstico em Auriculoterapia consiste na identificação e
critérios diferentes, de acordo com seus fundamentos. Mesclar essas duas localização de pontos ou regiões alteradas no pavilhão auricular. Essas
linhas confunde não apenas o profissional, mas também o organismo que alterações são chamadas de pontos ou áreas reagentes e são localizadas
está sendo tratado. por meio de inspeção, palpação e eletrodiagnóstico.

O fato de algumas áreas ou pontos estarem reagentes no pavilhão


auricular não indica exatamente uma patologia em específico, e sim uma
desordem da região representada.
22 Manual Prático de Auriculoterapia
Manual Prático de Auriculoterapia 23

Inspeção
As fotos ao lado mostram
A inspeção minuciosa de todas as partes da orelha pode mostrar exemplos de alterações encontradas
a presença de manchas, escamações, aumento da vascularização durante a inspeção: vaso vermelho
e formações de nódulos, indicando o local e a fase da disfunção. É na cruz superior, nódulo na escafa
importante lembrar que nesta fase da avaliação o pavilhão auricular e vasos azulados na cruz superior.
ainda não foi tocado, portanto ainda não foi limpo, evitando qualquer R giões do joelho, cotovelo e
alteração na sua superfície que possa mascarar ou produzir qualquer m mbro inferior, respectivamente.
alteração que prejudique esse exame.

Alteração Diagnóstico

Disfunções agudas, dor ou


Manchas vermelhas
excessos.

Disfunções crõnicas ou
Manchas brancas
deficiência.

Vasos vermelhos Dor ou disfunções circulatórias.


om relação a esse tipo de diagnóstico, cabe fazer algumas
('oll'id rações:
Disfunções crônicas, bastante
Vasos azulados
antigas. A mar a impressa no pavilhão auricular é o registro da alteração do
pOIl indica que alguma disfunção pode estar ocorrendo na área que
Escamações Ponto patológico. (1:1'1 'ponto representa. Não existe uma relação direta do tipo de alteração
"

pl . nte na aurícula com alguma patologia em específico.

Cordões Disfunções articulares.


!
A int nsidade das alterações registradas no pavilhão auricular não
I im relação direta com a gravidade do problema, e sim com o tempo de
Disfunções crônicas e ('V lução do mesmo. Essas alterações auriculares também podem variar
Nódulos
degenerativas. I p ssoa para pessoa.
24 Manual Prático de Auriculoterapia
Manual Prático de Auriculoterapia 25

• Não é obrigatório que a pessoa tenha sintomatologia na área corporal relevo da orelha, além de ativar a circulação e tornar mais visível sua
na qual a orelha está registrando a alteração. Opavilhão auricular pode vascularização.
estar mostrando apenas que determinada estrutura corporal está sendo
sobrecarregada, o que mais tarde pode levar ao aparecimento de alguma o principal objetivo da palpação é localizar regiões ou pontos que
sintomatologia. sejam reagentes à dor e também observar possíveis marcas deixadas pelo
método.
• Toda alteração evidenciada na inspeção da orelha deve ser checada na
anamnese do paciente ou questionada com ele no exato momento do A palpação digital é realizada com o examinador posicionado
exame, a fim de buscar urna justificativa para tal alteração. trás do examinado, usando os dedos indicador e polegar das duas mãos
simultaneamente nas duas orelhas e realizando pressões nas regiões de
• Para iniciar a inspeção auricular, parte-se do princípio de que o pavilhão l bulo, antetrago, ante-hélix, cruz superior e escafa, ou seja, face, crânio,
fisiológico não apresenta nenhuma alteração, encontra-se liso corno oluna vertebral, membro inferior e membro superior. Este processo deve
a orelha de um recém-nascido, apenas com os acidentes do seu relevo r repetido várias vezes, com aumento progressivo da pressão, sempre
anatõmico.
I1 mesmo trajeto, até o aparecimento das áreas reagentes à dor. É um
xame indicado para avaliar a periferia auricular, verificando as áreas
• A inspeção é um exame visual, o pavilhão auricular não deve ter sido
tocado para que não cause prejuízo ao exame. ue correspondem às estruturas musculoesqueléticas do corpo.

• O processo de alterações no pavilhão auricular acompanha o


envelhecimento da pessoa. A orelha registra toda a sua história pregressa.
Assim como o organismo apresenta urna degeneração fisiológica ao
longo dos anos, é esperado que o pavilhão apresente um aumento na
quantidade e qualidade de suas alterações.

Palpação
o método de palpação auricular pode ser feito através da pressão
digital ou por uso de lápis exploratório. Através desse exame, é possível
identificar os pontos dolorosos da orelha e a presença de cistos,
tubérculos, cordões, edemas e escamações.

Algumas alterações que não foram visíveis na inspeção podem


ser percebidas durante a palpação, já que a manipulação das estruturas
auriculares pode revelar áreas que estavam escondidas pelo próprio Ilustração inspirada na figura do livro Noções Práffcas de Auriculoterapia, de Paul Nogier
26 Manual Prático de Auriculoterapia
Manual Prático de Auriculoterapia 27

o lápis exploratório é um instrumento de ponta esférica, lisa e Com relação à pressão, inicia-se com urna pressão leve,
com dois milímetros de diâmetro. Através deste palpador é possível umentando-a progressivamente até o aparecimento dos primeiros
localizar os pontos que serão tratados, tanto pela reatividade à dor como pontos reagentes. Já no que se refere à velocidade, deve-se empregá-la
pela marca em forma de "cacifo" deixada pela ponta do instrumento. s mpre de modo lento, para dar tempo de o estímulo ser percebido pelo
Todo ponto reagente apresenta uma hipersensibilidade, pela alteração p ciente.
nervosa, e um edema local, pela alteração vascular. Por isso é importante
prestar atenção nas sensações expressas pelo paciente, nas sensações A reatividade à dor observada por meio da palpação digital e do
impostas pelo palpador e nas marcas patológicas deixadas por ele. Essas II pí exploratório pode ser classificada em urna escala de três níveis:
marcas patológicas podem variar de um edema cujo cacifo demora a
G. u I: Paciente refere verbalmente a dor.
desaparecer até uma descamação provocada pelo palpador.
,',lU 11: Paciente expressa a dor através da face, pisca os olhos ou franze
1111 sobr ncelhas (sinal da careta).

(. ti 1lI: Paciente tenta impedir o exame retirando a cabeça ou levando


Ilo! iI1t o té a mão do examinador.

A scala da dor não fornece dados para medir a gravidade do


1I111t110, nm vez que não tem relação direta com o mesmo, mas serve
1'111 I d('OIIlP nhar a evolução do tratamento. Vale lembrar que uma
1111 IJllld"d bastante aumentada é indicativa de doenças em sua fase
11111 IIJudf'

Al runs profissionais preferem, antes de iniciar a exploração por


1I1111)/ld " r alizar a palpação digital. Dessa forma é possível definir

Lápis exploratório
11111 ('\ I)"d mente as regiões reagentes para depois verificar os pontos
Marca do cacifo
I run I) P 1 dor, bem como estabelecer a relação da lateralidade da orelha
111111 I qu ix do paciente.
Apresentação de todas as estruturas do corpo no pavilhão
,1111 ('lÜcl , incluindo os órgãos internos, obedece a urna relação de
o métodode palpação por lápis exploratório consiste em arrastar 1.111 I \,'\i d. Na aurícula direita está representado o hemicorpo direito,
ou deslizar o instrumento pela superfície da orelha com pressão e
111 mo na aurícula esquerda está representado o hemicorpo
velocidade constante, sempre com urna das mãos sustentando o pavilhão
litl( rdo. Também cabe ressaltar
que as estruturas centrais, co~o
auricular por sua face posterior, observando as reações do paciente e as IllIIII,\ v rtebral, estão representadas nas duas aurículas.
marcas deixadas pelo palpador.
28 Manual Prático de Auriculoterapia
Manual Prático de Auriculoterapia 29

o eletrodiagnóstico
baseia-se na detecção dos pontos de menor
Região Orelha direita Orelha esquerda I 1111 i tência elétrica, ou, tecnicamente falando, menor impedância. Sabe-

/1(' qu qualquer alteração de um órgão, tecido ou parte de corpo tem a


111 esí tência" elétrica diminuída no ponto correspondente no pavilhão
Membro inferior Membro inferior
Cruz superior 1111 ; ular. Vale pontuar que esse método pode ser prejudicado por edemas
direito esquerdo
1111 O lha, pois estes provocam aumento da resistência elétrica, ou por
111 vi s manipulações e fricções auriculares, os quais causam o efeito
Nádega e ciático à Nádega e ciático à
Cruz inferior contr rio. Também pressões exageradas da ponta do eletrodo na orelha
direita esquerda
Ili)!1t iente, feitas pelo examinador, podem contribuir para diminuição
I11I I \ istência.
Membro superior Membro superior
Escafa
direito esquerdo Os sinais sonoros obtidos através da exploração elétrica podem
v.n lnr de débil (frequência sonora baixa), positivo (frequência sonora
Fígado e vesícula 111I1(\i ) e forte positivo (frequência sonora "contínua"), representando
Concha cimba Pâncreas
biliar 1 t.ido normal, doença crônica e doença aguda, respectivamente.

Conhca cava Coração e baço


.onsiderações gerais
A prática clínica mostra que em mais de 90% dos casos o ponto P ra evitar interferências ou erros na avaliação auricular, deve-se
reagente é encontrado na orelha homolateral à queixa ou ao órgão do II 11 'it r uma sequência nas etapas da avaliação: anamnese, inspeção e
paciente. Quando isso não ocorre, é porque essa relação do corpo com a 11,,11' ·~o.
orelha é cruzada.
A inspeção auricular evidencia o estado geral do paciente.
AI ru rcas observadas na orelha representam a história de vida do
I'xdminado e está relacionada com disfunçôes pregressas ou de caráter
Eletro diagnóstico ('I uí o, mas não indicam necessariamente os pontos que devem ser
IllIl dos ou estimulados.
É o método de detecção elétrica dos pontos auriculares.
Geralmente um aparelho de localização elétrica vem com um controle As regiões e pontos auriculares detectados durante apalpação
de sensibilidade, uma luz indicadora dos pontos e um emissor sónóro. 11 ti am a história atual pela reatividade à dor. São esses pontos que
Alguns aparelhos necessitam conectar o paciente através de um bastão Il \ ~o selecionados para o tratamento.
colocado em sua mão homolateral à orelha explorada. Em outros, esse
aterramento é feito através do contato do examinador com o paciente. Se em alguma situação a região ou ponto diagnosticado na


30 Manual Prático de Auriculoterapia • 31


inspeção for o mesmo detectado na palpação. trata-se de disfunção •
crônica em processo agudo.


A detecção de muitos pontos dolorosos pelo lápis exploratório


evidencia excesso de pressão sobre superfície da orelha, produzindo •
urna falsa reatividade do ponto. Qualquer ponto da orelha, quando •
pressionado
pressão.
excessivamente, torna-se doloroso e fica marcado pela
Distribuição e
Em pacientes com o limiar de dor muito baixo ou, pelo contrário,
com o limiar de dor muito alto, o examinador deve desconsiderar
reações do paciente e focar o exame nas marcas deixadas pelo palpador.
as
classificação
o diagnóstico
do ponto reagente será sempre mais preciso quando
o ponto reativo à dor for o mesmo ponto que apresentar o sinal de edema
e quando ambos tiverem relação com a queixa do paciente.
dos pontos
o
auriculares
eletrodiagnóstico não é um recurso indispensável, pelo contrário,
o nível de subjetividade desse exame compromete seu resultado. É
perfeitamente substituível pelo uso de lápis exploratório, este sim é
um recurso da palpação que desenvolve a sensibilidade e habilidade
do examinador em identificar os pontos reagentes à dor, assim corno a
sensibilidade do examinado em diferenciar os pontos patológicos dos
sadios.

No que tange ao exame das estruturas auriculares, vale ressaltar Os pontos auriculares estão distribuídos nas duas orelhas, tanto
que estruturas centrais e bilaterais devem ser avaliadas nas duas nterior corno posterior, e com a mesma localização. Porém a prática
aurículas, ao passo que estruturas unilaterais devem ser avaliadas na línica mostrou que todas as estruturas do corpo representadas na
aurícula homolateral. orelha são homolaterais à queixa ou ao órgão do paciente, terna que já
foi abordado no diagnóstico.

É importante enfatizar que a distribuição dos pontos na orelha


apenas urna referência gráfica da localização onde o ponto reagente
parece frente a alguma disfunção. Na prática a localização exata é feita
través da palpação e busca do ponto reagente.
32 Manual Prático de Auriculoterapia Manual Prático de Auriculoterapia 33

diversas
A Auriculoterapia
disfunções do organismo,
possibilita
e classificar
o diagnóstico
os pontos
e tratamento
auriculares
de
é a
ontos da área correspondente
forma mais criteriosa de selecioná-los para um tratamento. Representam a anatomia corporal no pavilhão auricular e levam
Il': nomes de acordo com as partes anatômicas. Na avaliação, tornam-
P I tivos quando existe algum problema na área que representam,
1IIIIl f nto são considerados pontos de diagnóstico. Na terapia tem função
d!' .uivar a circulação de Qi e Xue, drenar a umidade e dispersar o calor,
Meio do Pé
_.'W_W
Dedos do Pé
• • Dedos da Mão
ilqlll\do os critérios da Medicina Tradicional Chinesa. Por isso são
Calcanhar.'--
(1lIlldd rados pontos de analgesia e de ação antiinflamatória, conforme
.s-: "'-_,

'-,_. Tornozelo '~~


eHípotensor - ••• __•__• ALERGI{"'- -,
11 ('I i rios ocidentais. Esses pontos têm relação direta com a queixa
Úter...... Hepatite '~oelho ""> Ya~gdo

Constipaçã~
...•••
<, Cólon
e.., Anexos
• '..
• Quadrei
\ Flgadoe
.Punho 111 Ild:p 1 do paciente quando esta for física.
Genitais ...• -. .Shen Men " \
Externos • IguinaL" <, " \ Sacro -IHª,a \,

SNV Simpático
~--
'"
.>

<, _,••.
,
,
.r'
-.
\
• Pélve
.::çó~~i~-.
e-------- \\ '~

.

Próstata
Ciátíc:;-----. Glúteo -"'"
-'.
MUSCULQS
LOMBJ}~S
.:
Cotovelo
toZltegião Agudo Crônico
Uretra -Bexiga • Rim ~L~;;;bar 1 1J;.,

Hélix a Coluna cervical Dor à palpação I e Il,


Inte,,~:bill~ V. :-(D7:bdômen\,\, Dor à palpação II e Ill,
i,i
11'1~llllill'lior do ante-hélix. reatividade elétrica,
reatividade elétrica forte e
Ouvido Reto. G.sso Apêndice Pâncreas (Esq) (1lIIollcr1,anterior e engrossamento da cartilagem,
1 edema à palpação.
Externo e:,: •• Intestino Fígado (Dir~ p sterior) nódulos na cartilagem.
Diaf ra9m3
.Delgado
• /
_-e Tórax:
: •
:
'. Duodenc • : M • Ombro
Órgão
Coração
••
,f
Boca "....
Esofago ..• ,_ Estômago.
' • amas J
:
P scoço Dor à palpação II e Ill, Dor à palpação I e Ir,
"""",:Dorsal . Ij" 11111111
do terço inferior do
Faringel Larin~~.(3 Apice
Cardia
-:

reatividade elétrica forte e reatividade elétrica e edema à
,IIIL -hélix,
Sede :-:=e" do Trago •• ~,l!lmão Baço (Esq. • Hêlix j edema à palpação. palpação.
NarizExterno--e:~·· 1': l!ia
••••.••.• ·Coração (1111.11
1'1al anterior)
Fome ~ _. // ::: ~:~~;al .pe~~ço/TireÔide". _
& ronqulo. .• ,'ArtlculaçaoOmbro
I
Dor à palpação I e n.
NarizIntemo ...• Adren~j/·· •• Pulmão 'ltiRTíGEM .cervical ,/ Coluna dorsal
Dor à palpação II e Ill, reatividade elétrica,
,,,/ parotlda..,.... -'Oc(Íptal / 1III,IIIII('dl do ante-hélix.
-: San Jiac • Htpofise • / reatividade elétrica forte e engrossamento da
(I 1I1,lll'r,ll,anterior e
ViSãO.1.:, .~dôcrino "'.sma,/ / edema à palpação. cartilagem e cordões ou
• Sebcôrtex ---_ ./ ,.... .Clavícula no t rior) hipervascu larização.
. , . Temporal.•• ·• ,/" /')

Hjpertenso.
: . _
y"I~~?_~.
üvénc • . __. __.-.
Frontal
NÉURASiENIA
.<//' • Nervo Au icular Maior Tórax
------------T--------.------------r------------------------------------------. Dor à palpação Ir e Ill, Dor à palpação I e Ir,
Hétlx z, 111111111111
do L rço médio do
reatividade elétrica forte e reatividade elétrica e edema à
Dente.: Li ua
/,f-----',,, • ATM ,1111
c-h lixo
edema à palpação. palpação.
(1111,111'1,11
anterior)
N;~;;:;:~;;----j-------------/::~9-+-E.Ç~:~;----
• Hélix5
• l !o
"·"-------"·J------.---
\~·----t···~uvid~ntern
. ~_._L.-_. __"... _ '1',11,11111
Mamas
(\10do ante-h élix,
Dor à palpação Ir e Ill, Dor à palpação I e Il,
reatividade elétrica forte e reatividade elétrica e edema à
IlIllx11110 a escafa.
! ' (lill,ll ornl anterior)
edema à palpação. palpação.

1"lulIlI lombar, musculatura


I bdome Dor à palpação Ir e !lI, Dor à palpação I e Il.
1"11,11Ilpl'11 I do ante-hélix, reatividade elétrica forte e reatividade elétrica, cordões
(I tll.lll\1,11.anterior e edema à palpação, ou hipervascularização e
lIosl rior) nódulos.
34 Manual Prático de Auriculoterapia Manual Prático de Auriculoterapia 35

Ponto/Região Agudo Crônico


ontos de ação específica
Como diz o próprio nome, correspondem a uma determinada ação,
Musculatura lombar ndo função tanto no diagnóstico, por se tornarem reagentes, como
Terço superior do ante-hélix, Dor à palpação II e III, Dor à palpação I e II,
próximo à Escafa. reatividade elétrica forte e reatividade elétrica, cordões no tratamento de disfunções bem específicas. Representam a queixa
(bilateral, anterior e edema à palpação. ou hipervascularização e
posterior) nódulos. principal do paciente quando esta não for física.

Abdome , Ponto Diagnóstico Função


No muro do terço superior do Dor à palpação II e III, Dor à palpação I e II,
ante-hélix. reatividade elétrica forte e reatividade elétrica e edema à
(bilateral, anterior e edema à palpação. palpação. Ansiedade
posterior) Sétimo quadrante do lóbulo. Controla a ansiedade e a
Dor à palpação e edema.
(bilateral, anterior e depressão.
posterior)

Membro inferior Dor à palpação II e III, Dor à palpação I e II,


Cruz superior reatividade elétrica forte, reatividade elétrica, cordões Neurastenia
(bilateral, anterior e hiperemia local e edema à Quarto quadrante do lóbulo. Acalma a mente e favorece o
ou hipervascularização e Dor à palpação e edema.
posterior) palpação. (bilateral, anterior e sono.
edema à palpação.
posterior)

Hipertensor
Dor à palpação II e III, Dor à palpação I e Il, Logo abaixo da incisura Presença de um sulco ou linha
Membro superior
reatividade elétrica forte, reatividade elétrica, cordões Não produz bons resultados
Escafa intertrágica. vertical e reação elétrica
edema à palpação e possível ou hipervascularização e na prática.
(bilateral, anterior e (bilateral, anterior e positiva.
posterior) ruptura da pele à palpação escamação à palpação (cuidar posterior)
(ombro). Cuidado! ruptura da pele).

Visão 1
Anterior à incisura Na prática, é substituído pelo
Occipital, temporal e frontal Dor à palpação I e Il, Sem função diagnóstica.
Dor à palpação II e III, intertrágica. ponto Visão 2.
Anti Trago reatividade elétrica, perda do
(bilateral, anterior e reatividade elétrica forte e (bilateral e somente anterior)
sulco inferior e
posterior) edema à palpação.
nódulos.
Visão 2
Posterior à incisura Dor à palpação, edema ou Acalma a mente e favorece o
intertrágica. nódulo. sono.
(bilateral e somente anterior)
Nariz interno e laringe Dor à palpação II e III, Dor à palpação I e Il,
Face interna do trago. reatividade elétrica forte e reatividade elétrica e Área da neurastenia
(bilateral) edema à palpação. engrossamento da cartilagem. Inferior e posterior ao
Dor à pa\pação, edema ou Acalma a mente e favorece o
antetrago.
nódulo. @ sono.
(bilateral, anterior e
posterior)
Boca, esôfago, cárdia e
duodeno Dor à palpação II e III, Dor à palpação I e Il, Excitação
Periferia da raiz do hélix. reatividade elétrica forte e reatividade elétrica e Sobre a linha vertical que Estimula a atividade cerebral
(bilateral e anterior) edema à palpação. engrossamento da cartilagem. divide a face interna do Sem função diagnóstica.
e trata a letargia.
antetrago.
(bilateral)
36 Manual Prático de Auriculoterapia
Manual Prático de Auriculoterapia 37

Ponto Diagnóstico Função Diagnóstico Função


Área da vertigem
Na borda superior do Área da Alergia
antetrago. Escamação ou hiperemia. Acalma a vertigem. Dor à palpação, edema ou Antialérgico, acalma o prurido
Porção superior da escafa.
(bilateral) escamação. e beneficia a imunidade.
(hllateral e somente anterior)

Asma
Logo abaixo do ápice do Área da flatulência ou
antetrago. Dor à palpação e edema. Acalma a tosse e a dispneia. umbilical Dor à palpação, edema ou Distensão abdominal e
(bilateral) Centro da concha cimba. nódulo. flatulência.
(1111teral e somente anterior)

Fome Importante ação


Ápice da Orelha
antiinflamatória, antialérgica,
Metade inferior do trago. Sem função diagnóstica. Controle da fome e saciedade. Ponto mais alto da borda do
antipirética, dispersa o calor,
(bilateral e somente anterior) hélix. Sem função diagnóstica.
acalma a dor e a mente,
(bilateral)
clareia a visão e abaixa a
Específico para sangria.
pressão.
Sede
Metade superior do antetrago. Sem função diagnóstica. Controle do mecanismo da Hélix 1 a 6
(bilateral e somente anterior) sede. Borda do hélix Controle do mecanismo da
Sem função diagnóstica.
(bilateral) . sede.
Específico para sangria.
Órgão coração
No trago, acima do ponto sede. Sem função diagnóstica. Controle do ritmo cardíaco.
(bilateral e anterior)

Ápice do trago
ontos da Medicina Tradicional
Borda superior do trago. Na prática, é substituído pelo
(bilateral)
Sem função diagnóstica.
ápice da orelha.
Chinesa (MTC)
Representam os cinco Zang e os seis Fu, seus meridianos, assim
Constipação
Próximo à base inferior da Na prática, não produz mo o órgão ou víscera propriamente dito, nesse caso, como área
fossa triangular. Dor à palpação e edema.
resultados importantes. c rrespondente. São utilizados com muita frequência no tratamento
(bilateral e somente anterior)
r uricular, mas para isso é preciso que estejam reagentes, pois são pontos
Hepatite 1 diagnóstico.
Metade superior da fossa Na prática, é substituído pelo
triangular. Dor à palpação e edema.
ponto Fígado. ígado - É o órgão que armazena o sangue, controla os tendões e
(bilateral e somente anterior)
Ligamentos e a região intercostal, regula a energia através da ativação
Hipotensor o Qi e Xue, fortalece a função digestiva, beneficia os olhos e as unhas,
Base superior da fossa Dor à palpação, edema e
triangular. reação elétrica positiva. Controle da hipertensão. ontrola a raiva e tem como acoplado a vesícula biliar.
(bilateral e somente anterior)
Coração - Controla o sangue e os vasos, abriga a mente e todas as
38 Manual Prático de Auriculoterapia
Manual Prático de Auriculoterapia 39

emoções, fortalece a função do próprio coração e tem como acoplado o Indicação


Indicação Física Diagnóstico
intestino delgado. Emocional

Triplo aquecedor
Baço - É o principal órgão da digestão. Transporta e transforma os Naconcha cava, entre
alimentos, mantém o sangue dentro dos vasos, eleva o Qi, fortalece os a borda inferior do Constipação, distensão Sem valor
orifício auditivo e a Sem indicação. diagnóstico.
abdominal e edemas.
membros e a imunidade, e controla a qualidade dos músculos, a umidade face interna do Anti
Trago.
e o pensamento e tem como acoplado o estômago. (bilateral)

Pulmão - determina a dispersão, acalma a tosse e a dispneia, regula Disfunções


osteomioarticulares,
os líquidos, drena a garganta, controla a energia e a respiração, a Baço digestivas e
Na concha cava, Preocupação e Dor à palpação e
hemorrágicas; pensamentos
melancolia, a pele e os pelos, e tem como acoplado o intestino grosso. . o da raiz do
abaix cansaço físico, edemas, edema.
hélix e somente na excessivos.
peso nas pernas,
orelha esquerda. hemorragias e melhora
Rim - Favorece a manutenção e conservação da saúde, armazena a
da imunidade.
essência, tonifica o Yang e nutre o Yin, fortalece a lombar e a medula,
beneficia a função cerebral, drena os líquidos, clareia a audição, controla Estômago Mancha vermelha,
Onde inicia a raiz do Disfunções digestivas e nódulo branco,
o medo e a qualidade dos ossos e dos cabelos, e tem como acoplado a Histeria. edema e cordão
hélix. cefaleias.
horizontal.
bexiga. (bilateral)

Pulmão
Indicação Acima e abaixo do Disfunções respiratórias Pápulas, edema,
Zang/Fu Indicação Física Diagnóstico
Emocional cora ção. Na prática, e de pele, tosse, Melancolia e apego ao hiperemia e dor à
é usado o ponto opressão no peito com passado. Palpação.
Disfunções
Fígado Edema, nódulo inferior. suspiros e edemas.
osteomioarticulares,
Na concha cimba, branco, cordões (bilateral)
ginecológicas, Irritabilidade e
acima da raiz do hélix diagonais, vasos
oftalmológicas e depressão.
e somente na orelha diagonais e dor à Intestino Grosso
digestivas, hipertensão Depressão,
direita. palpação. Naperiferia da raiz
e cefaleia. Melancolia e apego ao nódulo,
do hélix, no terço Constipação e
Edema, nódulo diarreia. passado. vermelhidão e
Vesícula biliar final da sua porção
Doenças digestivas, branco, cordões dor à palpação.
Na concha cimba superior.
amargo na boca e dor Indecisão. diagonais, vasos (bilateral)
direita, acima do
no trajeto meridiano. diag anais e dor à
fígado.
palpação. Rim Disfunções ósseas e
Na concha cimba, articulares, lombalgias, Edema, escamação
Coração Hipertensão, Ansiedade, em um sulco abaixo debilidade dos joelhos, Medo e insegurança.
Edema, pápulas, e dor à palpação.
No centro da concha taquicardia, bradicardia depressão, angústia, do início da cruz da coluna, edemas e
cordão horizontal e inferior.
cava da orelha e disfunções agitação mental e infertilidade.
dor à palpação. (bilateral)
esquerda. circulatórias. insõnia.

Intestino delgado Bexiga


Edema, nódulo Na concha cimba, na
Na periferia da raiz Constipação, Ansiedade, Afecções urinárias e dor Edemae dor à
branco,cordões metade da distància Medo e insegurança.
do hélix, no terço distensão abdominal depressão, angústia, Palpação.
diag anais, vasos do rim com a no trajeto.
médio da sua porção e sintomatologias do agitação mental e
diagonais e dor à próstata.
superior. coração. insõnia. palpação. (bilateral)
•.•.. (bilateral)
40 Manual Prático de Auriculoterapia Manual Prático de Auriculoterapia 41

Pontos do sistema nervoso Diagnóstico Função


Vasodilatador, relaxa a
Representam as estruturas do sistema nervoso, assim como suas Simpático
musculatura lisa, inibe a
f~ IIIIII~, o da cruz inferior co a Sem função diagnóstica.
funções. Alguns não possuem função diagnóstica, portanto não precisam ',1('1' interna do hélix.
excreção das glãndulas,
controla a atividade do SNC
estar reagentes ou são sempre reagentes. (bilateral)
eSNV.

NI I vo aurícular maior
AII,I xo (10inicio da escafa
Sem função diagnóstica, é
Ponto Diagnóstico Função (II'\'III'I,ll, nterior e sempre reagente.
jlolilcrior).
II IIl'xC'lllsivo de esfera
Ponto sedante e analgésico.
Relaxa a mente. Trata a N VII occípítal menor
I
ShenMen Ativa os canais liberando a
dor e a inflamação quando I~,I'III'IIIIII('I na do hélíx. na Sem função diagnóstica, é
Porção superior do ápice da estagnação dos pontos da
Dor e edema à palpação. combinado com a área 111111111111 ponto do punho
fossa triangular. sempre reagente. coluna cervical e da região
correspondente. Indicado (lilllIL r I).
(bilateral) occipital.
para todos os casos de IJ~III xl'l!lIIlvo d esfera.

-
excesso.

Subcórtex
Face interna e anterior do
antetrago.
Dor e edema à palpação.
Reequilibra as funções
digestivas, nervosas e
cardiovasculares.
os do sistema endócrino
(bilateral)
Hlljlll\ ntam cada uma das glândulas endócrinas e produzem
IIlldlllll/t1 nlluência na liberação de determinados hormônios. Alguns
Cérebro
Face interna e posterior do 11 "1111' 11(111\ unção diagnóstica.
Sem função diagnóstica. Melhora da cognição.
Antetrago.
(bilateral)

Ponto Diagnóstico Função


Tronco cerebral
Na borda superior no
Antetrago, posterior a área da Sem função diagnóstica. Ponto relaxante. Ação antiinflamatória
1111111 1111\/ Atlr nal
alergia. e infecciosa. Tem ação
11111111 I Iti"lllIl 1111 'rraqo Sem função diaqnõstica.
(bilateral) imunológica, relaxa o bronco
(1111,111 lill)
espasmo e é vasoconstritor.

Occipital
1IIIII1nhw
No Anti Trago, posterior ao Estimula e regulariza a função
Ponto calmante, bom para 111 1111 111, II 1I11 flllI çnu mais
seu sulco inferior. Dor e edema à palpação. Sem função diagnóstica, é das glândulas e horrnônios.
ansiedade, insônia e agitação. 111011 I 1111111111 rl.r lucisura
(bilateral, anterior e sempre reagente. Tem ação antiinflamatória e
posterior)
11111111111111'1 ~ imunológica.
(I dl.III'"II)
J ,. .J

Frontal 111\1 ti •
No antetrago, anterior ao seu Ponto estimulante menta, li 11111.111 ~1I11I1I1111 (10
Ponto de ação estimulante e
sulco inferior. Dor e edema à palpação. trata sonolência e melhora a I1 1'" 1111, ti 111 11,1 a d Sem função diagnóstica.
hemostática.
(bilateral, anterior e concentração. 111111111
posterior) (111111'"11)


42 Manual Prático de Auriculoterapia • 43



Ponto Diagnóstico Função •
Ovário

Na borda anterior no Dor e edema à palpação, Regula o ciclo menstrual e •
Antetrago. nódulo nos casos crônicos. disfunções do ovário. •
(bilateral) •
Pâncreas •

todos
Auxilia no controle da
Na concha cimba esquerda, Dor e edema à palpação.
glicemia.
acima de onde seria o fígado.

Tireoide
Na região anterior do terço

rapêuticos
inferior do ante- hélix, junto Dor e edema à palpação. Regula a tireoide.
ao ponto Pescoço.
(bilateral)

Próstata
Prostatite, hiperplasia da
Onde a concha cimba se funde
Dor e edema à palpação, próstata e impotência. Na
com a face interna do hélix,
nódulo nos casos crônicos. mulher pode ter relação com
logo abaixo da cruz inferior.
infecção urinária.
(bilateral)

Considerações gerais
Podemos separar a classificação dos pontos em duas etapas. A
primeira representa os pontos principais, que são aqueles que têm
importância direta nos tratamentos das disfunções, ou seja, têm relação
direta com a queixa principal do paciente. Nestes são incluídos os pontos
de área correspondente e os pontos de ação específica.

Na segunda etapa estão os pontos complementares. Estes têm um


papel de potencializar a ação dos primeiros, agindo no organismo como
um regulador geral ou direcionando sua ação para os pontos principais. -
Nessa etapa estão incluídos os pontos da Medicina Tradicional Chinesa
1n pendente do método empregado e do material utilizado, é
(MTC),pontos do sistema nervoso e pontos do sistema endócrino.
1111 pOli .int salientar que a principal propriedade terapêutica está no
1'11111 I! nurícular. Antes da execução de qualquer técnica, é necessário
11 111~111 limpeza prévia do pavilhão auricular utilizando álcool 70% ou
,,"111101 quoso.

L _
44 Manual Prático de Auriculoterapia Manual Prático de Auriculoterapia 45

Massagem auricular angria auricular


Além de estimular as regiões auriculares com função terapêutica, É utilizada para eliminar calor e ativar a circulação de Qi e Xue,
a massagem auricular ativa a circulação para a realização de posterior I) que libera as estagnações e acalma a dor, conforme os fundamentos
sangria. É feita no sentido ascendente, partindo do lóbulo até o ápice da dll Medicina Tradicional Chinesa. Nesse procedimento, retira-se em
orelha e partindo do trago até o ápice da orelha. III idia de três a cinco gotas de sangue em qualquer ponto auricular.

I~I'omenda-se o uso prévio de massagem auricular para aumentar a


Devem ser evitados os movimentos de fricção para não causar
1'11 ulação e potencializar seus efeitos.
laceração da pele do pavilhão auricular. A técnica consiste na preensão
dos dedos polegar e indicador, dando ênfase às regiões reagentes. Na prática, o ponto mais utilizado para a sangria é o ápice da orelha,
é o encontro da artéria e veia auricular posterior com a artéria e veia
IIII .

lumporal superficial no ponto mais alto do pavilhão. Por essa razão, a


.mqria efetuada nesse ponto age em todo o microssistema da orelha,
11-neficiando todas as regiões auriculares. Nesse ponto está indicada
li retirada de cinco a vinte gotas de sangue, conforme a gravidade

do problema. Essa sangria é indicada para tratar doenças alérgicas,


I dlamatórias, hipertensão, algias em geral, ansiedade, acalmar a mente

I cl rear a visão. É sempre empregada previamente à aplicação de outras

III .nicas. no tratamento de qualquer enfermidade, preferencialmente


11,1, crises.

As principais contraindicações da sangria são: hipotensão,


Preensão partindo do Lóbulo Preensão partindo do Trago li I mofilia, uso de antiplaquetário,
I diabetes mellitos e debilidade
Ix ssiva. Essas não são contraindicações absolutas, mas situações
11111 que será avaliada a relação de risco e benefício da técnica, dando

o tempo de massagem é determinado pela presença de hiperemia p, iferência para se retirar a menor quantidade de sangue possível.
da orelha - sensação do aumento da temperatura percebida pelo paciente
- ou diminuição da sensibilidade das áreas reagentes.

A massagem auricular é sempre realizada de forma bilateral e


simultaneamente, interagindo com o paciente para colher informações
sobre as reações causadas pelo procedimento. É uma técnica que também
serve como autoatendimento quando bem orientada para o paciente,
principalmente nas disfunções musculoesqueléticas.
46 Manual Prático de Auriculoterapia Manual Prático de Auriculoterapia 47

Para a realização dessa técnica é necessário o uso de luva


descartável, algodão e lanceta de sangria, as mesmas usadas para teste
aseiro de glicose, colesterol, etc.

o procedimento é feito com uma das mãos realizando a contensão


lirme da região do ápice auricular. Dessa forma é criada uma área
lsquêmica que minimiza não só a dor da lanceta como o risco de
IItlTIgramentoimediato. Assim o procedimento torna-se seguro e indolor.

Localização do ápice auricular Lanceta de sangria

Contensão e punção do ponto Sangria com auxílio de massagem


48 Manual Prático de Auriculoterapia Manual Prático de Auriculoterapia 49

A sangria ocorre propriamente quando a mão de contensão é


liberada, e a massagem é realizada novamente, sempre com ênfase nas
unção com agulhas filiformes
áreas reagentes, para que algumas gotas de sangue sejam retiradas, São as mesmas agulhas utilizadas na acupuntura sistêmica. Dá-se
geralmente de cinco a vinte gotas, conforme a gravidade dos sintomas. preferência a agulhas menores e mais finas, geralmente não passando de
,20 mm de diâmetro e 30 mm de comprimento na lâmina. Os aplicadores
(\ mola podem ser utilizados com agulhas do tipo facial ou Ting.

O objetivo de usar agulhas mais finas é de tornar o procedimento


mais confortável e seguro para o paciente, reduzindo o risco de
li ngramento e lesões na cartilagem, e a técnica, o mais indolor possível.

Nesse método as agulhas permanecem em torno de vinte a trinta


minutos. Emprega-se a técnica de sedação nos casos agudos ou de
.xcesso, e de tonificação nas doenças crônicas ou de insuficiências.

Sedação Tonificação
A primeira foto acima mostra
urna série de vasos vermelhos na Cruz
Superior, em um paciente com Lombalgia.
Na segunda foto, ainda acima, mostra um Girar a agulha no sentido anti-
aumento da vascularização após a aplicação Girar a agulha no sentido horário.
horário.
da massagem auricular. Na última foto, ao
lado, o desaparecimento dos vasos após
a execução da sangria e a colocação do
adesivo com semente sobre o ponto da
Tempo longo de permanência, Tempo curto de permanência, até
região sacro ilíaca.
acima de 20 mino 15 mino

A sangria do ápice auricular tem maior indicação nos casos de


crise e, exceto a massagem, antecede qualquer outro procedimento.
Todos os pontos auriculares podem ser puncionados por meio de
Em casos de sangramento excessivo, quando não cessa agulhas filiformes, mas pontos como suprarrenal, simpático, próstata
espontaneamente após vinte gotas, ou presença de edema local, é e endócrino tem maior indicação, pois se encontram em regiões
indicada a contensão por bucha de algodão seguido de pressão sobre o anatômicas onde a agulha tem melhor acesso e, consequentemente,
ponto. Além de estancar o sangramento, diminui o risco de hematoma. melhor estimulação em relação aos outros métodos.
Manual Prático de Auriculoterapia 51
50 Manual Prático de Auriculoterapia

Agulhas Semipermanentes
São empregadas quando se necessita de sedação por ~empo ~ais
ríodo que vana de tres a
prolongado. Permanecem na ore lh a por um pe .
J te dias. São fixadas através de esparadrapo ou fita mícroporosa-

Quando são usadas as agulhas soltas, o orifício auditivo deve ser


I\' hado com algodão para evitar possíveis acidentes.

Para a realização da punção é necessano que uma das mãos


sustente o pavilhão auricular enquanto a outra realiza a colocação da
agulha, dando preferência para a posição perpendicular nas conchas e
para a oblíqua nas demais regiões.

Essa técnica é empregada nos pontos anteriores da orelha. Mesmo


sem haver transfixação dos pontos pela agulha, os pontos posteriores
Marca do cacifo pela palpação
serão estimulados pela profundidade da aplicação. Agulha semipermanente

Após o tempo de permanência das agulhas em sedação ou


tonificação, a retirada deve ser feita de forma lenta e combinada com
semigiros nos dois sentidos. Esse método evita o risco de sangramento,
laceração do tecido e dor no pavilhão.

Em caso de sangramento excessivo ou edema local, é indicada a


contenção do ponto por bucha de algodão e massagem. Isso diminui o
risco de hematoma.

o tratamentopode ser feito diariamente, em dias alternados ou


uma vez por semana. Um ciclo de tratamento compreende dez sessões.
Após esse período é indicado o descanso do pavilhão por pelo menos sete
dias para o início de um novo ciclo. Proteção por fita microporosa
Colocação da agulha por pinça

---~----
Manual Prático de Auriculoterapia 53
52 Manual Prático de Auriculoterapia

Entre os estimuladores esféricos estão as sementes e as esferas de


Após a localização do ponto, com a ajuda de uma pinça, a agulha
II istal, prata e ouro. A escolha do material a ser utilizado fica a critério
é fixada e, por último, recoberta por um pedaço de fita microporosa ou
do profissional ou até mesmo do paciente. Alguns autores acreditam
esparadrapo.
que o uso da esfera de prata promova sedação, que o uso da esfera de
. Por ser um método invasivo, é recomendável que as agulhas sejam ouro promova tonificação, e que a semente e a esfera de cristal tenham
retiradas pelo profissional no próprio consultório e no máximo em sete I stímulo neutro.
dias. O período de descanso é feito através do tratamento alternado das
orelhas.

, A exemplo do emprego das agulhas filiformes, também o ciclo


de tratamento com agulhas semipermanentes é compreendido de dez
~e~s.ões, sendo recomendável um repouso de uma semana para que se
ImCIe um novo ciclo de tratamento.

Considerações Gerais
É recomendada a aplicação no menor número de pontos possíveis
evitando passar de seis, para diminuir o desconforto do paciente e evitar
o risco de infecção na orelha. Nos casos agudos, uma única agulha no
local que representa a queixa pode ser suficiente. Nos casos crônicos
há necessidade da combinação de mais pontos, conforme a classificação Na prática, as propriedades mais importantes desses estimuladores
dos mesmos. são uma superfície lisa, o mais esférica possível e um diãmetro que não
xceda 1,7 milímetros. Em relação à estimulação do ponto, para sedação
Caso o pavilhão auricular apresente dor do tipo latejante
u tonificação, dependerá muito da natureza do próprio ponto ou da
acompanhada de fisgadas, aumento da temperatura e hiperemia, o
paciente deve ser orientado a retirar as agulhas. disfunção do mesmo.
Qualquer ponto auricular pode ser estimulado através de esferas
ou sementes. Essa técnica deve ser evitada apenas na presença de lesões
dermatológicas na orelha ou de oleosidade excessiva, devido à fixação
Estimuladores esféricos que é feita através de fita adesiva.
Os estimuladores esféricos estão sendo cada vez mais utilizados Em média, os pontos permanecem na orelha de três a sete dias.
pelos profissionais, uma vez que são mais seguros, não são invasivos e Após esse intervalo, a orelha passa por um período de descanso de no
minimizam os riscos de lesão no pavilhão auricular.
54 Manual Prático de Auriculoterapia
Manual Prático de Auriculoterapia 55

mínimo 24 horas, e logo depois já é possível retomar a colocação dos Dessa forma, é possível usar os dias de menor estimulação para
pontos.
t.izer o descanso do pavilhão, ou seja, os adesivos podem ser retirados ao
Alguns profissionais adotam a rotina de alternar as orelhas I nal do quinto dia, a orelha descansa no sexto, e no sétimo os adesivos
tratadas durante as semanas, destinando um período de sete dias para 1)( dem ser recolocados.
cada orelha. Esse procedimento tem a vantagem de proporcionar um Esse procedimento permite que as duas orelhas sejam estimuladas
longo tempo de descanso ao pavilhão auricular. Contudo, acarreta a I() mesmo tempo ou na mesma semana. Com esse procedimento, existe
desvantagem de não respeitar a relação de lateralidade da orelha com 1111\ potencialização do tratamento, pois um mesmo ponto é estimulado
o organismo, ou seja, em uma determinada semana, urna disfunção do tlll vezes, e a relação da lateralidade com o organismo é respeitada.
hemicorpo esquerdo estará sendo tratada pela orelha contralateral.
Pontos do lóbulo, antetrago, ante-hélix. cruz superior e escafa,
A intensidade do estímulo feito pelas esferas ou sementes tem poel m receber um reforço com a colocação de esferas no dorso da orelha.
relação direta com a sensibilidade que o paciente tem das mesmas, ou li/lia regiões representam estruturas musculoesqueléticas, que têm
seja, quanto maior for a percepção de pressão dos pontos pelo paciente, 1111'1 hor estimulação no dorso auricular, região onde a inervação espinhal
maior será o estímulo.
I IlItlÍS abundante.

Na prática, essa constatação é fácil de observar, até mesmo pelo No caso de estruturas anteriores mais proeminentes, corno o caso
paciente, à medida em que os dias passam. A partir do primeiro dia de dll I gião do ante-hélix, deve-se evitar a colocação das esferas sobre o
colocação das esferas, o paciente relata a diminuição da sensibilidade ou 1111111 mais agudo dessa eminência. É possível substituir com grande
percepção dos pontos.
111' \ SO o ponto cervical pelo ponto pescoço, o ponto dorsal pelo ponto
o
gráfico abaixo mostra a representação da intensidade dos II I .rx. e o ponto lombar pela região muscular da lombar.
estímulos feitos pelas esferas ao longo de sete dias.
Um ciclo de tratamento compreende dez sessões. Após recomenda-
I 111\1 período para descanso de pelo menos vinte dias para o início de um
o
:; 100 II!IVO ido.
.lê
'lij
w 80

60

40

20

o Uso de esferas nos pontos


Ansiedade, Neurastenia,
6 7
Coração, Su bcórtex e
Dias da semana Shen Men
56 Manual Prático de Auriculoterapia Manual Prático de Auriculoterapia 57

Uma das grandes contribuições da Dra. Huang Li Chun para a Para aplicação da técnica das sementes duplas é necessário
Auriculoterapia foi o uso de estimulação por sementes duplas. Esse confeccionar o material usando urna placa plástica moldada com furos
método possibilita a estimulação de vários pontos com um único duplos, para colocação das sementes, e sulcos horizontais e verticais
adesivo, permitindo a estimulação não só de pontos específicos, mas de para o corte dos adesivos. Basta preencher a placa com sementes, em
áreas inteiras da orelha. seguida cobri-Ia com esparadrapo de cor bege e por último passar o
estilete sobre os sulcos horizontais e verticais.
Qualquer ponto de Auriculoterapia pode ser estimulado por
sementes duplas, mas a técnica oferece grande vantagem nas situações
em que há mais de um ponto reagente em urna mesma região.

Acima: Preenchimento com sementes duplas


de todo Sulco Posterior do Ante-hélix, Sulco
Posterior da Cruz Inferior e região posterior
dos membros inferiores.

Acima e ao lado: Colocação das sementes


duplas nos pontos do ombro.

Ao lado: Aplicação das sementes duplas


nos pontos do crânio, sulco inferior do Anti
Trago.
58 Manual Prático de Auriculoterapia
Manual Prático de Auriculoterapia 59

Abaixo está o mapa auricular indicando a direção das sementes


duplas em cada região, segundo os estudos da Dra. Huang Li Chun. As Considerações Gerais
setas indicam a direção da linha de estímulo feita por duas sementes, e o profissional deve estimular os pontos logo após a colocação dos
os pontos indicam pontos específicos para sangria. adesivos. O tempo de estímulo varia em torno de dez segundos, tempo
necessário para que o paciente perceba a diminuição da pressão sobre os
pontos. Isso porque inicialmente o profissional pressiona os pontos até
o limite da dor do paciente e mantém essa pressão até que ela comece
a diminuir. O paciente é orientado a pressionar os pontos durante a
semana pelo menos três vezes ao dia.

Se o paciente retomar à consulta, mesmo após as 24 horas de


descanso, com a orelha marcada pelas esferas, é necessário usar alguma
das alternativas abaixo:

• Recomendar ao paciente diminuir a pressão de estímulo sobre os


pontos;

.- Recomendar ao paciente não pressionar mais os pontos;

• Reduzir o tempo de permanência dos adesivos durante a semana e


aumentar o tempo de descanso.

Um ciclo de tratamento compreende dez sessões. Após recomenda-


se um período para descanso de pelo menos vinte dias, para o início de
um novo ciclo.

Pacientes que após as primeiras sessões já demonstrem sinais


de sensibilidade na orelha, como marcas dos pontos estimulados ou
formação de lesões, devem ter o ciclo de tratamento reduzido para cinco
sessões, com período de descanso de sete dias entre os ciclos.

~ Direção das Sementes

• Ponto de Sangria
60 Manual Prático de Auriculoterapia
Manual Prático de Auriculoterapia 61

Eletroauriculopuntura Na prática, em todos os casos pode-se usar corrente


alternando alta e baixa frequência. Dessa forma consegue-se obter um
mista,

Trata-se da associação da Eletroterapia com a Auriculoterapia. efeito não apenas rápido como também de longa duração na analgesia,
Para isso é necessário o uso de agulhas filiformes e um aparelho de além de evitar o processo de acomodação da corrente pelo organismo.
eletroterapia. A conexão do aparelho com a orelha é feita através das
A dose é ajustada conforme a tolerância do paciente. Nunca deve
agulhas, ao invés de eletrodos. Portanto é importante que esse aparelho
causar irritação ou sensação de agulhadas, e sim ser sempre confortável.
seja próprio para uso em agulhas. Em geral os aparelhos de eletroterapia
Otempo de aplicação é de cerca de trinta minutos.
usados na fisioterapia têm praticamente os mesmos recursos dos
aparelhos de eletroacupuntura. A principal diferença entre eles está A conexão dos cabos é feita sempre com no mínimo duas agulhas,
na potência de saída: enquanto os aparelhos próprios para uso com ou seja, deve haver dois pontos puncionados na mesma orelha. Em
eletrodos possuem potência de até 30 miliamperes, os aparelhos de situações em que haja apenas um ponto de área correspondente reagente,
eletroacupuntura possuem potência de no máximo 10 miliamperes. o Shenmen pode ser usado como segundo ponto.
Atualmente já existem aparelhos que possuem o recurso de mudar a
potência de saída da corrente.

Uma potência de saída muito alta faz com que a corrente cause
muita irritação e seja pouco tolerada pelo paciente quando conectada
às agulhas. Diferentemente, o uso de eletrodos em uma corrente com
potência menor que 30 miliamperes, torna o estímulo praticamente
imperceptível pelo paciente.

oprincipal objetivo de associar o uso de correntes terapêuticas é


de potencializar a ação da acupuntura auricular, geralmente na busca
de efeitos analgésicos e antiinflamatórios, mas de uma forma tolerável e
confortável ao paciente. Puntura dos pontos Ombro e Cervical Colocação dos eletrodos

o ajuste de frequência é feito conforme o efeito fisiológico


desejado para cada caso, conforme a tabela abaixo:
Considerações finais
Baixa Frequência Alta Frequência A escolha da técnica é uma decisão feita pelo profissional que
Menor que 10 Hz na aplicá-la, podendo este levar em consideração as vantagens e
Casos crônicos desvantagens de cada técnica, a preferência do paciente, a anatomia
da orelha, a condição do pavilhão auricular ou a experiência com
tratamentos anteriores no mesmo ou em outros pacientes.


62 • Manual Prático de Auriculoterapia 63


• hiperestimulação da rede nervosa. Segundo os critérios da MTC, isso
• ocorre quando o Qi foi estimulado.

• O aumento de temperatura está associado com a ativação da

circulação na rede vascular da orelha. Nesse caso, pelos fundamentos da

• MTC,o Xue foi estimulado.

Reações da Na prática, essas reações parecem ter ligação direta com a resposta
terapêutica do organismo. Caso o paciente não refira ou não perceba
essa resposta, o profissional deve rever se a seleção dos pontos foi a

Auriculoterapia mais indicada e se respeitou a reatividade do diagnóstico. Se os pontos


foram selecionados e colocados corretamente, é sinal de que a reação
do paciente é fraca, e provavelmente a resposta ao tratamento será mais
demorada.

Reações à distância
É a reação que ocorre no corpo, geralmente na região que está
sendo tratada ou até mesmo em outra região não definida. É uma resposta
própria e específica de cada organismo.

O paciente .pode referir aumento da temperatura na reqiao,


dormência, alívio dos sintomas e até mesmo piora, ou simplesmente não
perceber qualquer sensação.

Essa reação não tem relação direta com a terapêutica, variando


conforme a pessoa ou momento do tratamento.

Reações locais
Ocorre no pavilhão auricular, independente da técnica escolhida
para a terapia. O paciente tem a sensação de distensão e aumento da
temperatura da orelha.

A distensão, que é a sensação de aumento da orelha, ocorre pela




64 • Manual Prático de Auriculoterapia 65


• Os sinais de fadiga podem ser observados pelo surgimento de
• marcas das sessões anteriores, aparecimento de pequenas lesões,

• hipossensibilidade e hipersensibilidade da orelha.


Riscos da Inflamação da Cartilagem


É o aparecimento de pequenos nódulos vermelhos e dolorosos nos
locais de aplicação.

Auriculoterapia Nesses locais está contraindicada a estimulação dos pontos.

Infecção do Ponto
. Pode ocorrer no uso de agulhas semipermanentes quando o
paciente não mantém uma boa higiene local. Esse risco também existe
por a região auricular apresentar grande concentração de oleosidade da
pele, o que facilita o acúmulo de pó e de impurezas e prejudica a limpeza.

Nos casos das esferas, ocorre quando a pele da orelha se rompe


pelo excesso de pressão feita pelo paciente ou pela sensibilidade do
pavilhão.

Em ambos os casos é observada uma pequena lesão no local do


ponto, e a Auriculoterapia deve ser suspensa até o reparo da região.
Durante esse processo o paciente deve ser orientado a realizar a limpeza
Fadiga auricular regular da orelha com água e sabão.
São sinais que a orelha pode apresentar ao longo de uma
determinada sequência de sessões. A fadiga auricular faz parte do
pr~ce~so de acomodação do sistema nervoso e até mesmo de reações
propnas da orelha. O repouso da orelha feito durante as sessões e seus
Lipotimia
ciclos tem o objetivo de evitar esse processo. Em pacientes muito ansiosos ou com limiar de dor muito baixo

r


66 Manual Prático de Auriculoterapia • 67


pode ocorrer Lipotimia, ainda que isso seja raro. Essa reação acontece •
em três níveis: •

• Leve: Tontura. •

• Moderada: Náusea, palpitação e sudorese. •

• Severa: Escurecimento da visão e possível perda de consciência.

A Lipotimia não é urna reação restrita à Auriculoterapia, podendo


Contraindicações
acontecer em procedimentos corno a acupuntura, manipulações e
intervenções odontológicas, entre outros. Em grau leve, basta conversar
para acalmar o paciente e baixar o nível de ansiedade; em grau moderado,
se retira os estímulos até a recuperação do paciente; e em grau severo,
da
deita-se o paciente com os membros inferiores inclinados acima do nível
da cabeça. Auriculoterapia

Durante a gravidez estão contraindicados os pontos que tenham


alguma relação com o útero e a região abdominal, evitando contrações
que possam colocar em risco o ciclo normal da gestação.

Em cardiopatas severos devem-se evitar estímulos muito fortes que


possam provocar o aumento da ansiedade, contração de grandes grupos
musculares, vasoconstrições e consequentes sobrecargas cardíacas.

Em pacientes muito idosos ou debilitados devem-se evitar


" -
estímulos fortes e/ou a estimulação de muitos pontos, não os expondo
dessa maneira ao risco de desconfortos como tonturas e alterações da
pressão.


68 • Manual Prático de Auriculoterapia 69


• Correspondente, permite elevar a produção de corticoides, produzindo-
• se efeito antiinflamatório, além de elevar o nível imunológico.




• Tratamento de enfermidades endócrino
Indicações metabólicas
Nas disfunções da tireoide, hipófise, diabetes, obesidade e
anorexia, a Auriculoterapia auxilia na redução e desaparecimento dos
sintomas, assim como na diminuição da administração de medicamentos.

Tratamento de enfermidades funcionais


AAuriculoterapia produz efeitos bastante satisfatórios no controle
das vertigens, palpitações, espasmos de musculatura lisa, hipertensão e
nas disfunções respiratórias, urinárias, digestivas e circulatórias.

Tratamento das alterações emocionais


Tratamento de dores por trauma externo As disfunções mentais leves e moderadas podem ser tratadas com
o uso dos pontos de Área Correspondente no tratamento de bons resultados. Já nos casos mais severos, a Auriculoterapia deve ser
torções, contusões, distensões, contraturas, espasmos e luxações leva a combinada com o uso de medicação.
resultados terapêuticos que podem chegar a 95%, com 67% de cura total.

Tratamento de enfermidades crônicas


Tratamento de enfermidades reumáticas o uso da Auriculoterapia no tratamento de enfermidades
A utilização de alguns pontos auriculares como Baço, Suprarrenal, crônicas apresenta bons resultados. Porém, necessita de um tempo mais
Endócrino, Área da Alergia e Ápice da Orelha, combinado com a Área prolongado de aplicação.
• •
• •
70 • • 71
• •
• •
• •
• •
• •
• •
• •
• •
• •

Vantagens da Seleção dos


Auriculoterapia pontos

A seleção de pontos deve ter corno critério inicial a classificação


dos mesmos, respeitando a sua ordem. Isso evita que algum ponto
importante possa ser esquecido ou que pontos desnecessários sejam
Além de ser urna terapia que produz resultados rápidos, na maioria incluídos.
das vezes imediato, a Auriculoterapia tem baixo custo, fácil aprendizado,
fácil aplicação e boa aceitação pelos pacientes.

Também podemos destacá-Ia corno uma terapia de administração Pontos Principais Pontos Complementares
contínua: o paciente passa várias horas ou dias em tratamento, mesmo
Pontos da MTC
não estando no consultório, enquanto permanecer com os adesivos na Pontos de área correspondente
Pontos de ação neurológica
orelha. Por essa razão, tem sido bastante usada corno complemento de Pontos de ação específica
Pontos da endocrinologia
outras terapias que costumam ter frequência de tratamento semanal.
, -
--~
, -
-~-~--


72 Manual Prático de Auriculoterapia • 73


o segundo critério se refere à lateralidade dos pontos. A •
estatística clínica mostra que os pontos obedecem à homolateralidade •

das estruturas que representam.

o terceiro critério refere-se à reatividade dos pontos. Com algumas


exceções, os pontos a serem estimulados devem ser diagnosticados •
anteriormente na própria orelha, ou seja, devem ser reagentes.

Existe também um critério em relação à quantidade de pontos a


serem utilizados. Talvez esse critério seja o mais difícil de definir, pois
Consulta em
ele obedece ao bom senso. Isso quer dizer que devemos utilizar o menor
número de pontos necessário para o máximo de efetividade. Os excessos
de pontos tendem a evidenciar:
Auriculoterapia
• Falta de critério na seleção dos pontos;

• Utilização de pontos não reagentes;

• Ansiedade do profissional em solucionar todas as queixas do paciente


em uma única sessão.

Como em qualquer outro atendimento, a consulta de


Auriculoterapia inicia pela coleta dos dados pessoais do paciente e pela
anamnese. A partir desses dados, levanta-se a hipótese dos pontos que
serão utilizados, que deve ser confirmada através do exame físico do
paciente e da avaliação auricular propriamente dita.
74 Manual Prático de Auriculoterapia Manual Prático de Auriculoterapia 75

Anamnese Exame Físico


QP- A Queixa Principal do paciente, quando for física, indica os pontos É feita a inspeção da estrutura aparente do corpo, como face,
de Área Correspondente. Se a queixa for emocional ou funcional, pode pele, cabelos, unhas, etc. Essas estruturas têm relação direta com
indicar um dos pontos de ação específica. órgãos e vísceras, que por sua vez estão relacionadas com os pontos
complementares da Medicina Tradicional Chinesa.
HDA- A História da Doença Atual indica se o quadro é crônico ou agudo.
Nos casos agudos, o tratamento tem um enfoque nos Pontos Principais. Na palpação é feito o exame das estruturas relacionadas com
Já nos casos crônicos, o tratamento divide-se entre Pontos Principais e a queixa principal do paciente e das áreas adjacentes, auxiliando a
Complementares. identificar o trajeto da queixa e os principais locais afetados.

HDP - na História da Doença Pregressa o objetivo é identificar Por fim, são solicitados ao paciente alguns testes físicos. Esses
disfunções crônicas ou pregressas que possam ter relação com a atual testes podem ser simples, como pedir que o paciente movimente o
queixa do paciente, o que auxilia na identificação da causa e de segmento afetado ou demonstre alguns movimentos que não consegue
afecções ou condições do paciente que possam contraindicar alguns dos executar por custas da sua queixa. No caso de pacientes crônicos, é
procedimentos da Auriculoterapia. recomendado fazer uma lista relacionando as atividades de vida diária
que estão comprometidas em função da sua queixa. Essas informações
Uso de Medicamentos - alguns medicamentos causam reações adversas
servem como importantes sinais para acompanhar a evolução do
que podem ter relação direta com a Queixa Principal do paciente,
tratamento, não deixando o profissional dependendo exclusivamente
como mialgia, cefaleia, náusea, dor visceral, sonolência, ansiedade,
dos sintomas como principal referência de melhora.
palpitação, etc. Nesses casos, essa condição deve ser revista pelo
especialista que acompanha o paciente e receitou o medicamento.
Muitas vezes são medicamentos que não podem ser dispensados pelo
paciente. Desse modo, a Auriculoterapia tem uma indicação importante Exame Auricular
no controle desses sintomas.
Inspeção: os sinais apresentados no pavilhão auricular mostrarão a
Estado Geral do Paciente - são verificadas as informações gerais sobre história pregressa do paciente. Eles devem ser comparados com os
função cardíaca, pulmonar, digestiva, intestinal, urinária, nervosa e dados da anamnese ou questionados novamente com o paciente durante
comportamental. O paciente deve ser questionado sobre palpitação, esse exame. Esses sinais não necessariamente indicarão os pontos do
dor no peito, falta de ar, tosse, dor visceral, função digestiva, função tratamento.
intestinal, função urinária, cefaleias, alterações emocionais, dispqsjção,
qualidade do sono, etc. Essas informações são úteis na identificação Palpação: A busca dos pontos dolorosos e a marca de cacifo impressa
dos problemas associados à queixa principal e na seleção dos Pontos pelo lápis exploratório irão confirmar os pontos reagentes. O conjunto
Complementares da Medicina Tradicional Chinesa. desses pontos nada mais é do que a seleção ou combinação dos pontos
que serão usados na sessão.
Manual Prático de Auriculoterapia 77
76 Manual Prático de Auriculoterapia

Ficha de Avaliação Avaliação Auricular


Nome: _

Idade: Nascimento: Sexo: _


Profissão: _

Anamnese
Motivodaconsutta: _
HDA: _
Inspeção (manchas, vascularização, escamações e alterações morfológicas)

HDP: _

Medicações: _

Estado Geral
Emocional: _

Cardiorrespiratório: _ Palpação (alterações morfológicas, reação à dor, depressões, edemas e escamações)

Digestivo: _
Intestinal: _
Urinário: _

Dermatológico: - _
Neurológico: _

Exame Físico
Conclusão


78 • Manual Prático de Auriculoterapia 7Ç;


• Materiais necessários:

• Algodão

• Álcool 70%

• Luvas de procedimento (sangria)

Terapêutica em Palpador rígido de ponta romba (lápis exploratório)

Pinça

Auriculoterapia Lancetas de sangria

Agulhas filiformes

Esferas ou sementes

Fita adesiva (esparadrapo ou fita microporosa)

Placa para sementes duplas

Mapa auricular

Auriculaterapia nas disfunções


mataras

a) Pontos principais:
Os casos a seguir são apenas alguns exemplos de prescrições de
pontos que têm como principal critério a classificação destes. !Esses 1';'01

exemplos, muito mais que citações de pontos, mostram as localizações Pontos de Área correspondente
das possíveis áreas reagentes para um diagnóstico auricular. Porém o
mais importante é registrar a forma de dividir, classificar e selecionar os Esses estão localizados na região anterior e posterior do lóbulo,
pontos na prática. ante-hélix, cruz superior do ante-hélix e escafa, representam os
80 Manual Prático de Auriculoterapia
Manual Prático de Auriculoterapia 8·

pontos da ATM, coluna vertebral, membro inferior e membro superior, Nervo auricular maior: ativa a circulação nos canais de toda a coluna
respectivamente. Têm com principal objetivo tratar a dor e combater e do membro superior até o cotovelo, conforme o trajeto do nervo na
a inflamação. Segundo os critérios da Medicina Tradicional Chinesa , orelha.
ativam a circulação de ai e Xue liberando as estagnações, dispersam o
Nervo occipital menor: ativa a circulação nos canais da cervical,
calor e drenam a umidade.
conforme a origem do nervo e seu trajeto até a orelha.

Pontos de Ação Específica


Pontos do sistema endócrino
Sem indicação.
Endócrino: tem ação antiinflamatória e, conforme a Medicina Tradicional
Chinesa, ajuda a nutrir o Yin do Rim.

b) Pontos complementares:
Auriculoterapia nas disfunções
Pontos da Medicina Tradicional Chinesa respiratórias
Ponto do fígado: estimula a circulação do ai e Xue, liberando as
estagnações, nutre tendões, ligamentos e todas as partes moles das
articulações. a) Pontos principais
Baço: nutre os músculos, fortalece os membros e drena edemas. Pelos
critérios das MTC,fortalece o ai e os músculos e combate a umidade.
Bastante indicado nos casos crônicos, principalmente nas síndromes de
Pontos de área correspondente
deficiência. Esses pontos estão localizados na concha cava (pulmão, traqueia
e brônquios), ante-hélix (tórax) e face interna do trago (nariz interno e
Rim: nutre os ossos, protege a coluna e fortalece a lombar e os joelhos.
faringejlaringe ).

Pontos do sistema neurológico


Pontos de ação específica
Shen Men: acalma a dor e a inflamação quando combinado com o ponto
Ponto asma: é indicado nos casos de dispneia e tosse.
de área correspondente.
____ L __ ., ~__ _ _

82 Manual Prático de Auriculoterapia Manual Prático de Auriculoterapia 83

Área da alergia: indicado


imunidade.
nos casos alérgicos e para fortalecer a
Auriculoterapia nas disfunções
gastrintestinais
b) Pontos complementares
a) Pontos principais
Pontos da Medicina Tradicional Chinesa
Pontos de área correspondente
Pulmão: é responsável pelo Qi da respiração.
Estão localizados na periferia da raiz do hélix (boca, esôfago,
Rim: é quem recebe o Qi do Pulmão.
cárdia, estômago, duodeno, intestino delgado e intestino grosso) e no
Baço: indicado quando houver tosse produtiva, pois trata a umidade e a ante-hélix (Abdômen).
fleuma.

Pontos de ação específica


Pontos do sistema neurológico Área da flatulência ou umbilical: indicado nos casos de distensão
Shen Men: Acalma e relaxa a mente, ação importante nos casos de crise. abdominal.

Constipação: não é importante na prática, pois não é eficaz nos casos de


constipação.
Pontos do Sistema Endócrino
Suprarrenal: importante ação antiinflamatória, pois libera corticoides
endógenos, relaxa as fibras brônquicas e fortalece a imunidade. b) Pontos Complementares
Endócrino: tem ação antiinflamatória e fortalece a imunidade.

Pontos da Medicina Tradicional Chinesa


Baço: segundo os critérios da MTC, é o principal órgão da digestão,
responsável pelo transporte e transformação dos alimentos. Tem
importante ação tonificante, sendo por isso indicado nos casos de
84 Manual Prático de Auriculoterapia Manual Prático de Auriculoterapia 85

deficiência corno distensão abdominal, digestão lenta e diarreia


Auriculoterapia nas disfunções
Fígado: é indicado nos casos de excesso corno dor abdominal, visceral e
constipação. nervosas
Triplo aquecedor: apesar de estar classificado corno ponto da MTe, a) Pontos Principais
estimula o parassimpático e aumenta o tônus da musculatura lisa visceral,
por isso é indicado nos casos de distensão abdominal e constipação.

Pontos de área correspondente

Pontos do sistema neurológico Nos casos de cefaleia, esses pontos estão localizados sobre o sulco
inferior do antetrago (occipital, temporal e frontal).
Shen Men: indicado nos casos de excesso, por sua ação sedativa e
relaxante.

Subcórtex: indicado em todos os casos de disfunções gastrintestinais. Pontos de ação específica


Simpático: relaxa a musculatura lisa, portanto é indicado nos casos de Ospontos do lóbulo, corno ansiedade e neurastenia, são indicados
dor visceral. Além disso, por inibir a excreção das glândulas, aumenta o nos casos de ansiedade, insônia e depressão.
ph do suco gástrico, indicado nos casos de gastrite.

Pontos do Sistema Endócrino


b) Pontos complementares
Sem indicação.
Pontos da Medicina Tradicional Chinesa
Coração: é a morada da mente e abriga todas as emoções, indicado nos
casos de alterações emocionais.

Fígado: nas alterações emocionais, é indicado nos casos de irritabilidade,


pois acalma o espírito. Nas cefaleias, é indicado quando essa atinge a
região temporal ou vértex da cabeça.

Baço: indicado nos casos de fadiga mental, desânimo e prostração. É um


ponto de característica tonificante: nutre o corpo, o espírito e a mente.


86 Manual Prático de Auriculoterapia • 87


Rim: pelos critérios da MTC,esse órgão gera a espinha e a medula, e seu •
mar é o cérebro. Tonificar esse órgão não só beneficia a vitalidade corno


fortalece a capacidade mental e emocional. •

Estômago: além do trajeto interno do seu meridiano cruzar a parte •
frontal do crânio, o bom funcionamento dessa víscera facilita o sono e •
tranquiliza o espírito.
Considerações
Pontos do sistema neurológico
Shen Men: indicado em todos os casos de dor corno ponto analgésico e
nos casos de alteração emocional quando o objetivo for sedar.
finais
Subcórtex: indicado nos casos de cefaleia e de alterações emocionais. É
um ponto que trata a dor e acalma.

Simpático: controla a atividade do SNCe dirige a atividade do SNV. Existe urna frase atribuída a Hipócrates segundo a qual "A cura
está ligada ao tempo e às vezes também às circunstâncias." De fato, um
paciente nunca é apenas um paciente, mas um paciente oriundo de um
contexto social, cultural, familiar, profissional e econômico específico,
Pontos do sistema endócrino
ou seja, alguém cercado de determinadas circunstâncias que podem
Sem indicação. contribuir tanto para o mal de que padece quanto para a cura deste.

Por essa razão, por mais avançado que seja o recurso terapêutica,
jamais será possível prever com exatidão as respostas individuais de
cada organismo. O processo de "cura" não depende apenas do recurso
empregado, e sim de um conjunto de fatores que estão relacionados
diretamente à vida de cada pessoa.

Portanto, não existem técnicas ou fórmulas mágicas. É preciso


respeitar a capacidade de recuperação de cada organismo, avaliar
todos os aspectos envolvidos e ter sempre em mente que a cura não é
responsabilidade exclusiva de quem trata, mas também de quem é
tratado.
88

Sobre o autor
Referências bibliográficas Marcos Lisboa Neves é

GARCIA,E. Auriculoterapia. São Paulo: Editora Roca, 1999. fisioterapeuta com especialização
GARDNER,E; GRAY,D; O'RAHILLY,R. Anatomia: estudo regional do corpo humano. 4. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 1985.
em acupuntura e formação

GUIMARÃES,R. Auriculoterapia: visão oriental, visão ocidental. Recife: Editora Nossa Livraria, internacional em auriculoterapia,
2001.

GUYTON,A.C.; HALL,J.E. Tratado de fisiologia médica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, tendo estudado com as principais
2002
referências mundiais nesse
HUANG, L.C. Tratamiento auricular: formulas y prescripciones. Estados Unidos: Centro
Internacional de Investigación y Entrenamiento em Medicina Auricular, 2002
assunto. Possui mais de dez anos
JOHANSSON,A.; ISBERG, A.; ISACSSON,G.Aradiographic and histologic studyofthe topographic
relations in the temporomandibular joint region: implications for a nerve entrapment de experiência em atendimento
mechanism. Journal of oral and maxillofacial surgery, n. 48, Philadelphia: 1990, p. 953-961.

KEN, C.; YONGQIANG,C. Manual de terapia auricular chinesa. São Paulo: Organizações Andrei clínico e, como professor,
Editora Ltda, 2006.
ministra cursos em diversos
NEITER, F. H. Atlas de anatomia humana. Porto Alegre: ARTMED,2000.

NGHI, N.V.Auriculopuntura. Madrid: Editora Cabal. 1980. centros do país.


NOGIER,P.M.F. Noções práticas de Auriculoterapia. São Paulo: Organizações Andrei Editora Ltda,
1998.

NOGIER,P.M.F. Treatise of Auriculotherapy. Maisonneuve, Moulins-Les-Metz, 1972.

NOGIER, R. Auriculoterapia ou Acupuntura auricular. São Paulo: Organizações Andrei Editora


Ltda, 2003.

OLESOR T; KROENING,R; BRESLER, D. An experimental evaluatíon of auricular diagnosis: the


somatotopic mapping of musculoskeletal pain at ear acupuncture points. Pain 8, 1980, p.
217-229

OLESON,T. Auriculotherapy Manual: Chinese and Western systems of the ear acupuncture. 2nd
ed. Los Angeles: Health Care Alternatives, 1996.

DULCEITIJr, O. Acupuntura auricular e Auriculoterapia. São Paulo: Parma, 1994.

REICHMANIS, M.; MARINO, A.; BECKER, R. Electrical correlates of acupuncture. IEEE Trans
Biomed Engin 22, 1975, p. 533-535

SOUZA, M.P. Tratado de Auriculoterapia. Brasília: Instituto Yang, 1997.

STUX, G.; HAMMERSCHLAG,R. et al, Acupuntura clínica: bases cientificas. ta ed. São Paulo:
Manole, 2005. , "•

World Health Organization (WHO). Report of the Working Group on Auricular Acupuncture
Nomenclature. France, 1990.
manual
prático de
auriculoterapia
A prática eficaz da Auriculoterapia em nosso
país tem crescido muito, graças ao esforço e
comprometimento de alguns profissionais
sérios e competentes em divulgá-ia de maneír,
verdadeira. Nisso incluo o autor desta incrível
obra, DI. Marcos Lisboa, que traz, de forma
didática, informações precisas sobre o uso des
microssistema tão rico em detalhes e com
resultados surpreendentes. O Manual Prático (
Auriculoterapia, sem sombra de dúvida,
enriquecerá o conhecimento de todos que
utilizam esse método.
Fico feliz com a aceitação cada vez maior c
técnica pelos pacientes e pela nova visão dos
profissionais que tem contato com a Medicina
Tradicional Chinesa, que inter-relaciona todo (
sistema do ser humano e que perdura há cinco
mil anos sem alterações na sua base.

A chave do sucesso na Auriculoterapia é a


precisa leitura dos sinais.
Boa leitura.

Dr. Tho Chieng Chu


Fisioterapeuta / acupunturista
Doutor em Medicina Tradicional Chinesa

ISBN 978-85-910010-0-2

" I"" ""II


9 788591 001002
I
')

Você também pode gostar