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Manual de AURICULOTERAPIA I

Manual de Apoio

AURICULOTERAPIA I
CURSO:
2014/2015
AURICULOTERAPIA
MTC
NATUROPATIA
MASSAGEM

DOCENTES:

Prof.ª Ana Veloso


Prof. André Santos
Prof.ª Cláudia
Raimundo
Manual de AURICULOTERAPIA I

 IDENTIFICAÇÃO DO MÓDULO/ DISCIPLINA


Auriculoterapia I

 DOCENTES
Ana Veloso, diplomada em Medicina Tradicional Chinesa pelo IPN e Pós-
Graduação em MTC pela mesma entidade
André Santos, diplomado em Medicina Tradicional Chinesa pelo IPN e Pós-
Graduação em MTC pela mesma entidade
Cláudia Raimundo, Licenciada em Ergonomia com experiência em contexto
hospitalar, Diplomada em Medicina Tradicional Chinesa pelo IPN

 CARGA HORÁRIA
60 Horas. Estas horas incluem aulas presenciais, estudo acompanhado,
trabalho de investigação orientado e avaliação.

 POPULAÇÃO ALVO
Alunos do 1º ano do curso de MTC, Naturopatia, Alunos do curso de
Massagem ou público em geral.

 OBJECTIVOS GERAIS
Pretende-se que no final dos módulos de Auriculoterapia I o formando seja
capaz de:
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 Identificar as áreas e pontos do pavilhão auricular


 Descrever as funções dos diversos pontos auriculares
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1. Definição, enquadramento e referências históricas da


Auriculoterapia

A Auriculoterapia configura-se hoje como uma das terapias mais eficazes e com resultados
muito rápidos e duradouros. Por razões variadas, conseguiu impor-se a ocidente, tendo sido
alvo de estudos por parte de médicos da medicina alopática que contribuíram enormemente
para a sua evolução. Trata-se de uma terapia de fácil aceitação, que habitualmente recorre a
técnicas pouco invasivas.

A sua aprendizagem é relativamente acessível, podendo ser praticada com um elevado grau
de segurança, desde o início do estudo.

A Auriculoterapia começa lentamente a fazer parte integrante dos hábitos diários de muitas
pessoas com patologias crónicas, sendo por exemplo, uma das terapias de eleição no
controle da dor.

Em resumo, a Auriculoterapia assume cada vez mais importância devido:


Indicações muito vastas
Efeito rápido
Fácil utilização e aprendizagem
Económica e pouco invasiva
Poucos efeitos secundários
Permite diagnóstico energético
Função preventiva

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1.1. Referências históricas


Na China há 5000 anos a manipulação da orelha era
aliada à prática da Acupunctura. Estão perfeitamente
descritas algumas técnicas, tal como a punção, a moxabustão ou a massagem. De
acordo com o texto de medicina interna do Imperador Amarelo, os “seis meridianos
Yang conectam-se com a orelha”.

Outras referências estão datadas de 400 a.C. no Egipto, Grécia e Roma cujos
tratamentos de distúrbios sexuais eram habituais. Nomes como os de Galeno ou
Hipócrates estão ligados a estas práticas.

Na Pérsia (200 d.C.) os tratamentos de algias, em particular ligadas ao nervo ciático,


eram comuns, sendo a cauterização o método utilizado. Por volta do ano 1500 os
holandeses trazem do oriente os conhecimentos de Oto-Acupunctura.

O pintor Hieronymus Bosch (1450? -1516) criou a obra


emblemática o Jardim das delícias, que se tornou uma das mais
relevantes fontes de investigação para o desenvolvimento da
Auriculoterapia em particular no campo das disfunções sexuais.

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O Jardim das Delícias – Museu do Prado - Madrid

Em 1637, um médico português, Zacutus Lusitanus, deu relevância


à cauterização no pavilhão para o tratamento da algia do nervo
ciático.

Outra curiosidade é o facto de ser comum entre os piratas o uso de


um brinco em ouro no lóbulo da orelha direita. A área escolhida
está hoje identificada como sendo a representação do olho e o uso do ouro serviria
como fortificante da visão.

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Por volta dos anos 50 o médico Paul Nogier desenvolveu


estudos com base na teoria do feto invertido e dos textos
antigos chineses. Pode ser considerado o pai da
Auriculoterapia moderna.

Os avanços levados a cabo pelo Dr. Nogier tiveram origem nos


seus fracassos no tratamento da algia do nervo ciático. Na
época verificou que uma curandeira local cauterizava uma
área do pavilhão auricular com repercussão imediata sobre a
dor. A descoberta levou-o ao estudo da orelha e dos seus mecanismos de acção.

Localização da cauterização efectuada pela Sra. Barrin

Poucos anos depois, na China, houve um empenho no estudo do pavilhão auricular


levando à criação de duas visões diferenciadas da Auriculoterapia – oriental e
ocidental.

Hoje em dia estão identificados cerca de 300 pontos em cada orelha, reconhecidos à
luz das bases orientais e ocidentais.

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Exemplo de uma cartografia auricular moderna

1.2. Definição de Auriculoterapia


É a arte milenar que visa o diagnóstico energético, prevenção, tratamento ou melhoria
da doença, pela observação e manipulação de pontos ou áreas do pavilhão auricular,
de forma a facilitar ao organismo o processo de auto-cura.

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Não deveremos esquecer que o pilar da saúde é, sem


dúvida, a prevenção, pelo que deve ser sempre essa a
prioridade do terapeuta. Os chineses dizem que ”não
devemos escavar um poço apenas quando temos sede”, e
acrescentamos que provavelmente nessa altura poderá ser
tarde demais.

É também designada Oto – Acupunctura, sendo hoje em


dia a terapia oriental mais ocidentalizada.

2. Fundamentos de Auriculoterapia Representação anatómica do


O funcionamento da Auriculoterapia tem por base a corpo humano no pavilhão
teoria do feto invertido. Esta teoria que serviu de base auricular

de estudo ao Dr. Paul Nogier, diz que o pavilhão


auricular reflecte fielmente todo o organismo, estando
todas as estruturas corporais dispostas à semelhança do
feto no ventre materno.

A Auriculoterapia orienta-se em duas grandes


vertentes: a vertente baseada na filosofia da
Medicina Tradicional Chinesa e a vertente ocidental
fundamentada na teoria dos reflexos.
Teoria do feto invertido

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2.1. Fundamentos Orientais


Os princípios teóricos orientais baseiam-se
essencialmente na relação do pavilhão auricular com o
sistema de meridianos e os Zang-Fu, de acordo com a lei dos 5 elementos e Yin/Yang.

O sistema de meridianos funciona como uma rede energética que se estende por todo o
organismo. Sendo que os meridianos Yang conectam o pavilhão auricular,
indirectamente, todos os demais canais energéticos também o fazem.

Na prática, ao manipular o pavilhão auricular interfere-se na


qualidade energética, dos meridianos e consequentemente
no funcionamento dos órgãos respectivos.

2.1.1. Sistema de conexão dos meridianos Yang ao pavilhão


auricular
A compreensão dos princípios teóricos que regem a Medicina
Tradicional Chinesa, pode resumir-se essencialmente nos seguintes aspectos:

Circuito bio-energético (Meridianos)


Órgãos e Vísceras (Zang-Fu)
Teoria dos 5 elementos
Teoria Yin / Yang
Filosofia de TAO

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2.2. Medicina Ocidental


Relativamente aos princípios teóricos ocidentais, apesar
da investigação que até ao dia de hoje se tem efectuado,
as conclusões não são unânimes, contudo, a teoria que de alguma forma mais se
poderá enquadrar, será a Teoria dos Reflexos, denominada vulgarmente por Reflexo
Delta.

CORTEX CEREBRAL

MESENCÉFALO

MEDULA ESPINAL

PARTES DO CORPO
CORRESPONDENTES AOS PONTOS AURICULARES
PONTOS AURICULARES

Teoria do Reflexo Delta desenvolvida pelo sino-americano Dr. Cho

O Dr. Cho observou que a estimulação de pontos auriculares com frio ou com calor,
fazia variar a temperatura das partes do corpo correspondentes, de acordo com o
estímulo efectuado. Assim, postulou que a relação entre os pontos auriculares e as
zonas sistémicas correspondentes era semelhante à relação entre uma chave e a sua
fechadura: a chave, seria a estimulação do ponto auricular, que poderia abrir a
fechadura, não mais que a resposta somática correspondente nas diferentes partes do
corpo.

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Qualquer estímulo desencadeia uma informação que chega


ao cérebro, este por sua vez desencadeia uma acção
adequada. A novidade reside no facto de que sempre que o cérebro recebe uma
determinada informação, (por exemplo, uma dor no joelho), esta informação é
colocada nas áreas reflexas do pé, da mão ou da orelha. Poderíamos dizer que o
cérebro emite um S.O.S. que pode ser identificado com facilidade. O Auriculoterapeuta
analisa as áreas reflexas envolvidas e exerce uma estimulação das mesmas, enviando
uma informação ao cérebro, que por sua vez induz uma reacção no local afectado.

Para melhor compreensão deste facto, tomemos o seguinte exemplo: O Sr. Y ao colher
uma rosa do seu quintal picou-se num espinho. A informação da picada chega
rapidamente ao cérebro que de imediato ordena a retirada da mão. No pavilhão
auricular ocorre uma situação semelhante: as áreas reflexas funcionam como sensores
de estímulos de tal forma que ao serem manipuladas a informação segue para o
cérebro, que por sua vez desencadeia uma resposta na região corporal
correspondente.

3. Anatomia do pavilhão auricular e nomenclatura anatómica


De forma resumida pode-se descrever o pavilhão auricular como sendo:
Uma lâmina dobrada sobre si mesma
Ovalada em forma de corneta, para melhor captar o som
Bilateral e com localização posterior à articulação temporo-mandibular, unindo-se
à cabeça pela parte média do seu terço anterior
Constituída por tecido fibrocartilaginoso (que sustenta as suas estruturas
anatómicas), ligamentos, músculos, tecido adiposo e pele

3.1. Nomenclatura anatómica


O pavilhão auricular é observado em duas faces, a anterior e a posterior.

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Face anterior do pavilhão auricular


Na face anterior podem ser identificadas as seguintes áreas
anatómicas:
Hélice – provém da raiz da hélice, localizada entre as duas conchas, ascende
rodeando o pavilhão auricular para terminar na parte superior do lóbulo;
Raiz da hélice – proeminência horizontal que divide as conchas;
Tubérculo auricular – Pequena proeminência na parte póstero-superior da hélice;
Anti-hélice – concentricamente e paralelamente à hélice e divide-se na parte superior
em dois ramos que limitam a fossa triangular;
Raiz superior da Anti-hélice – Linha superior da fossa triangular;
Raiz inferior da Anti-hélice – Linha inferior da fossa triangular;
Fossa triangular – depressão formada entre os ramos superior e inferior da anti-
hélice;
Fossa escafóide – fica entre a hélice e a anti-hélice e forma um sulco curvilíneo;
Trago – proeminência triangular situada anteriormente à concha cava e por baixo da
hélice, que se projecta para diante e por fora do orifício do conduto auditivo externo;
Incisura supra trágica – depressão entre a hélice e o bordo superior do trago
Anti-trago – pequena proeminência triangular situada abaixo da anti-hélice e oposta
ao trago;
Incisura inter trágica – depressão formada entre o trago e o anti-trago;
Lóbulo – porção carnosa inferior do pavilhão auricular;
Concha cimba – fossa superior à raíz da hélice;
Concha cava – fossa inferior à raíz da hélice.

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Hélice

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Trago
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Incisura
Anti-trago inter trágica

Lóbulo

Nomenclatura anatómica

Face posterior do pavilhão auricular


A face posterior é constituída por:
3 Faces dorsais (da hélice, do lóbulo e região entre a fossa escafóide e o lóbulo);
4 Sulcos posteriores (da anti-hélice, da raiz inferior da anti-hélice, da raiz do hélice e
do anti-trago);
4 Proeminências posteriores (da fossa escafóide, da fossa triangular, da concha cava e
da concha cimba).

3.2. Estruturas anatómicas do pavilhão auricular


Vasos sanguíneos:
o Artéria temporal superficial e auricular posterior
 A artéria temporal superficial ramifica-se para a frente do conduto auditivo
externo em três ramos: superior, médio e inferior e irriga sobretudo a face
anterior do pavilhão auricular;

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 A artéria auricular posterior também se ramifica


em três ramos desde a raíz inferior da orelha,
para irrigar a face posterior do pavilhão auricular;

o Veia temporal superficial localizada anteriormente ao pavilhão auricular e onde


se congregam as veias auricular posterior, mastóidea e jugular externa.

Vasos linfáticos:
o Gânglio parotídeo pré-auricular que receciona os vasos linfáticos provenientes da
parte anterior da hélice e do trago;
o O gânglio mastóideo e o sub-esternomastóideo rececionam os vasos linfáticos
que se originam quer na face anterior do pavilhão auricular, quer na sua face
posterior, por trás da concha.

Músculos:
o Os músculos do pavilhão auricular são estruturas rudimentares, sem acção
preponderante mas que se registam:
 Músculo Maior da Hélice
 Músculo Menor da Hélice
 Músculo do Trago
 Músculo do Anti-trago
 Músculos transversos e oblíquos

Estrutura nervosa:
o Podemos dividir a estrutura nervosa em 3 partes:
 Nervos espinais (auricular maior e occipital menor), têm origem no segundo e
terceiro pares do plexo cervical e estendem-se principalmente pelo lóbulo,
pela hélice, pela fossa escafóide e pela anti-hélice.

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 Nervos cerebrais (aurículo-temporal e auricular


do vago), que se estendem sobretudo pelas
conchas.
 Nervos simpáticos que procedem das fibras que acompanham as artérias
cervicais.

o Na fossa triangular cruzam-se praticamente todos os nervos.

ANATOMIA DA FACE POSTERIOR DO PAVILHÃO AURICULAR

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ANATOMIA DA FACE ANTERIOR DO PAVILHÃO


AURICULAR

NERVOS AURICULARES

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4. Definição de ponto auricular e classificação dos pontos auriculares de acordo com a sua
função
Os pontos auriculares são provavelmente a maior causa de preocupação dos alunos,
principalmente no que se refere ao elevado número e necessidade de localização
exacta.
Na verdade, esse medo não tem razão de existir desvanecendo-se à medida que o
processo de aprendizagem se completa.
O domínio da Auriculoterapia advém da experiência, pelo que é sempre necessário
tempo e prática para evoluir.

4.1. Definição de Ponto Auricular

DEFINIÇÃO
Zona específica distribuída pela superfície auricular, que reflecte fielmente a
actividade funcional e energética de todo o corpo.

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Qualquer situação patológica manifesta-se no ponto


auricular correspondente através de mudanças
morfológicas e/ou coloração, de reacção positiva ao
exame eléctrico, entre outros.
O ponto diagnosticado é utilizado para tratamento, por diversos métodos, a fim de
melhorar ou curar a patologia.
Em resumo, podemos definir os pontos auriculares como "Portas" energéticas e
funcionais, com finalidade preventiva, curativa e/ou de diagnóstico.

4.2. Classificação dos Pontos Auriculares


A Auriculoterapia vive no limiar da Medicina Ocidental e Oriental, pelo que não será de
estranhar a sua utilização mista no diagnóstico e tratamento das diversas patologias.

Pontos da zona correspondente, directamente relacionados com a anatomia corporal,


reagindo habitualmente quando a região corporal correspondente (órgão,
articulação,...) sofre de um processo patológico.

Pontos dos 5 Zang e 6 Fu, com a dupla função de ponto correspondente anatómico e
de ponto energético.

Pontos do Sistema Nervoso, relacionados com as áreas do sistema nervoso (cérebro,


tronco cerebral, tálamo,...), as actividades do sistema nervoso (Shenmen, excitação,...),
os pontos de controlo de nervos (ciático, auricular maior, occipital menor,...).

Pontos do Sistema Endócrino, com função reguladora das glândulas endócrinas


(tiróide, pâncreas, ovários, supra-renais, endócrino,...).

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Pontos especiais, têm uma função específica (alergia,


asma, hipertensor, obstipação,...).

Pontos do dorso da orelha, correspondem na sua maioria aos da face anterior. Pela
sua importância destacam-se os pontos auriculares Estômago, Fígado, Pulmão
superior, Shenmen e Cérebro, que na face posterior correspondem respectivamente
ao Baço, Fígado, Pulmão, Coração e Rim.

D
D

S.ENDÓCRINO
S.ENDÓCRINO

S.NERVOSO
S.NERVOSO

ESPECIAIS
ESPECIAIS

ZANG––66FU
55ZANG FU

CORRESPONDENTES
CORRESPONDENTES

5. Distribuição dos pontos auriculares de acordo com a teoria do feto invertido


Apesar da grande diversidade de pavilhões auriculares, no que se relaciona com o
tamanho e forma, em todos eles os P.A. distribuem-se segundo os mesmos princípios.
Partindo da teoria do feto invertido e tendo em conta a nomenclatura anatómica
anteriormente descrita, surgem os Princípios Gerais de Distribuição de P.A.

Região do pavilhão auricular Região corporal correspondente


Lóbulo Cabeça e face
Anti-trago Cabeça e cérebro

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Trago Laringe-faringe, nariz,...


Anti-hélice Tronco, coluna, membros inferiores,...
Fossa escafóide Membros superiores
Fossa triangular Região pélvica, órgãos genitais,...
Região envolvente da raiz do hélice Tubo digestivo
Concha “cava” Tórax
Concha “cimba” Abdómen

Relação entre a região do pavilhão auricular e sua região corporal correspondente

Exemplos de distribuição de pontos auriculares

6. PRINCÍPIOS GERAIS DO DIAGNÓSTICO AURICULAR


O diagnóstico auricular tem por base a teoria reflexa, em que o pavilhão auricular se
assume como um receptor de sinais fisiopatológicos de todo o nosso organismo.

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Em resumo, podemos afirmar que a maioria das


alterações verificadas no pavilhão auricular, traduzem
fielmente o estado do corpo, a nível físico, mental e energético.
Existe um conjunto de procedimentos que devemos adoptar antes de realizarmos o
diagnóstico auricular:
- Local de tratamento – cómodo, limpo, confortável, arejado e essencialmente
bem iluminado (de preferência luz natural) e temperatura controlada
- O doente – confortavelmente instalado, sentir-se seguro,...
- O técnico – manter relação empática e disponível, saber escutar, ter postura
correcta...

Durante o diagnóstico auricular devemos ter em atenção várias situações:


 Existem inúmeras formas de pavilhões auriculares
 As particularidades de cada orelha dependem do sexo, idade, hábitos de vida diária,...
 Não manipular a orelha antes de efectuar o diagnóstico
 Não retirar conclusões precipitadas mal se observe uma alteração
 Ter em atenção que alguns pontos apresentam habitualmente sinais
 Por vezes torna-se necessário empurrar o dorso do pavilhão auricular para melhor
identificar as alterações estruturais
 Comparar sempre as duas orelhas

7. Métodos de diagnóstico auricular


O diagnóstico auricular compreende 4 fases:
Observação
Palpação
Exploração eléctrica
Diferenciação de síndromes

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7.1. A Observação
Nesta fase serão consideradas as alterações de cor, morfologia, vascularização, descamação,
...

COR

Vermelho vivo Patologia aguda e/ou dolorosa

Vermelho pálido ou Patologia crónica ou em convalescença


escuro

Branca Patologias crónicas

Cinzento Mau prognóstico

Castanho Patologias crónicas dermatológicas ou sequelas

MORFOLOGIA

Proeminências Patologias inflamatórias crónicas


Em forma de nó ou cordões

Depressões Patologias crónicas


Em forma de pontos, gomos ou sulcos

Porosidades
Patologias dermatológicas
Aspereza

Pápulas Patologias crónicas, degenerativas ou irreversíveis

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Descamação Patologias alérgicas, dermatológicas, inflamatórias, …

Vascularização Patologias agudas em forma de rede


Patologias crónicas de forma variável

Em resumo, podemos agrupar as manifestações no pavilhão auricular segundo o tipo


de patologias:
 Patologias inflamatórias agudas – predomínio de cor vermelha, capilares de cor
vermelho brilhante, superfície gordurosa
 Patologias crónicas – depressões, proeminências, pápulas, cor branca sem brilho,
pouco gordurosa, edemas
 Patologias dermatológicas – descamações, pápulas, aspereza, espessamentos, cor
parda escura
 Tumores – cinza escuro, capilares em forma de flor

7.2. Palpação
O diagnóstico pela palpação divide-se em:
Exploração digital
Exploração com sonda

7.2.1. Exploração digital


Neste método utiliza-se a ponta dos dedos para sentir as alterações morfológicas do
pavilhão auricular. A forma mais fácil de exploração será utilizar o polegar e o indicador
em forma de pinça.

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7.2.2. Exploração com sonda


Neste método utiliza-se uma sonda (habitualmente do
detector eléctrico), seguindo um determinado percurso a
fim de se detectarem pontos reactivos. Este método divide-se em duas fases:
Exploração pela pressão
Exploração em busca de alterações morfológicas

a) Exploração pela pressão


Qualquer patologia manifesta-se no pavilhão auricular pela diminuição do limiar da dor
no referido ponto, assim a pressão nesse referido ponto causará mais ou menos dor
consoante a gravidade da mesma.
Exercendo para cada ponto uma pressão idêntica poderemos classificar o estado da
patologia em três graus:
Grau 1 – o doente refere dor
Grau 2 – o doente refere dor, pisca ou franze as sobrancelhas
Grau 3 – o doente refere dor, geme ou evita ser manipulado

b) Exploração em busca de alterações morfológicas


Utiliza-se a ponta da sonda de forma semelhante à utilizada na exploração digital.

7.3. Exploração eléctrica


Este método baseia-se na determinação da resistência eléctrica dos pontos
auriculares.
Qualquer patologia, ao manifestar-se no pavilhão auricular, leva à diminuição da
resistência eléctrica do mesmo, aumentando dessa forma a sua condutividade
eléctrica.

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Os valores fisiológicos de resistência eléctrica no pavilhão


auricular variam entre 100 e 5000 K-ohms.

Estes valores em casos patológicos cairão para os 20 a 500 K-ohms.

Outro factor importante é que, num mesmo indivíduo, a avaliação da resistência


eléctrica de forma regular, pode-nos mostrar a evolução da patologia.

Como determinar se um ponto é normal ou de alta condutividade?

Um ponto Normal não tem relação directa com a patologia, e os sinais no detector
eléctrico são insignificantes.

Um ponto de Alta Condutividade tem uma estreita relação com a patologia, variando
os sinais no detector consoante o estado ou gravidade da mesma. Assim sendo,
poderemos classificar de reacção positiva fraca, média ou forte, consoante o tipo de
sinal recebido.

Tipo de ponto Relação com a Sinal recebido no


Patologia associada
auricular patologia detector
Recente ou em
Reacção positiva
Sem dor à pressão Fraco (+/-) recuperação
fraca
Crónica
Reacção positiva Pode referir dor à Forte, rápido, tom
Em curso
média pressão grave (+)
Reacção positiva Acompanhado de Muito forte, tom
Epicentro
forte dor à pressão agudo (++)

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Um dos problemas mais comuns é o facto de, por vezes,


ser difícil a triagem dos pontos auriculares, ou seja, saber
quando um ponto é de alta condutividade fisiológica ou patológica.

Existem alguns pontos que têm reacção positiva fraca, tais como: clavícula, ombro,
articulação do ombro, cotovelo, punho, dedos, útero, Shenmen, boca, esófago, intestino
grosso, bexiga, endócrino, pulmão, coração e sanjiao.

Existe um conjunto de regras que não devemos esquecer ao efectuar a detecção


eléctrica:

 Podem existir vários pontos reactivos numa mesma patologia


 Cada ponto pode associar-se a um sem número de patologias
 Existem pontos que apenas têm uma função específica
 Apesar de vários pontos poderem estar reactivos existirá habitualmente um
epicentro
 Efectuar sempre um diagnóstico comparativo dos dois pavilhões auriculares

7.4. Forma usual de Exploração eléctrica

Após accionar o detector, a extremidade do polo negativo fica na posse do doente e


o outro polo efectua a exploração eléctrica no pavilhão auricular do lado
correspondente.

Regular o valor da resistência eléctrica (raiz superior da orelha).

Após determinação do valor da resistência basal, regula-se o detector para nos


fornecer um sinal sonoro fraco e toda a reacção positiva deverá ser tomada em
conta no diagnóstico.

A ordem habitual de explorarão é a seguinte:

 Fossa triangular

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 Conchas
 Região envolvente da raiz do hélice
 Antitrago, incisura inter-trágica e trago
 Lóbulo
 Anti-hélice
 Fossa escafóide
 Hélice
 Região dorsal

Não esquecer que, factores como a idade, peso, sexo, actividade física, temperatura
do pavilhão auricular, estado emocional, etc., podem falsear os resultados obtidos

Nunca manipular o pavilhão auricular antes de efectuar o diagnóstico

Se o pavilhão auricular se encontrar frio deve-se aguardar o tempo suficiente para que
readquire temperatura normal

8. Diferenciação de síndromes
Provavelmente esta é a fase mais importante do diagnóstico auricular e provavelmente a
mais complexa, visto ser necessário cruzar as informações anteriormente obtidas com os
dados da anamnese, os princípios da fisiopatologia ocidental e ainda todas as teorias
orientais já estudadas.

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9. Localização e descrição das funções dos pontos auriculares


do lóbulo, anti-hélice e fossa escafoide

9.1. Lóbulo
Dente – Odontalgia, anestesia dental,...
Palato inferior e superior – úlceras bucais,...
Língua – fissura lingual, úlceras linguais, AVC,...
Maxilar superior e inferior – odontalgias, abcessos,...
Ómega – depressão, alterações de sono,...
Olho / Hipersensibilidade – conjuntivite, fotofobia,...
Ouvido interno – hipoacúsia, zumbidos, otite, vertigens,...
Ansiedade – estados ansiosos
Amígdala – amigdalite, faringite,...
Face – paralisia facial, dermatites faciais, estética,...
Queixo – herpes, patologias mandibulares, …
Lábios – herpes, fissuras, AVC, …
Vinco da hipotensão, doença coronária e zumbidos – utilizada para diagnóstico

9.2. Anti-hélice
Região cervical – patologias cervicais, torcicolo,...

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Região dorsal – patologias dorsais


Região lombar – patologias lombares
Sacro – sacro-lombalgias, espermatófita,...
Cóccix – patologias coccígeas
Pescoço – hipotiroidismo, inflamações ganglionares locais,...
Tórax – angina de peito, neuralgias intercostais, herpes
zoster
Abdómen – obstipação, enterite, dismenorreia,...
Região intercostal – traumatismos locais, herpes zoster
Músculos lombares – patologias musculares lombares
Articulação sacro-ílíaca – patologias articulares locais
Glândulas mamárias – patologias da mama
Hipocôndrio – patologias locais
Tiróide – patologias da tiróide
Calor – aumenta a circulação distal, parestesias, …

9.2.1. Raiz inferior do Anti-hélice


Glúteos / Anca – algias da região glútea e sagrada,...
Nervo ciático – patologias do nervo ciático
Sistema nervoso autónomo – regulador do sistema nervoso neurovegetativo,
relaxar espasmos musculares tóraco-abdominais, vasodilatador, regulador das
secreções internas, …

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9.2.2. Raiz superior da anti-hélice


Falanges (pé) – algias, alterações vasculares, micoses,...
Calcâneo – esporões, patologias do nervo ciático,...
Articulação tíbio-társica – entorse, edema local, ...
Articulação do joelho – patologias articulares do joelho
Joelho – patologias do joelho
Fossa poplítea – patologias locais,...
Gémeos – patologias musculares locais, patologias do nervo ciático,...
Coxa – patologias musculares locais
Articulação da anca – patologias locais, lombalgia, patologias do nervo ciático,...

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9.3. Fossa escafóide


Falanges (mão) – entorses, luxações, parestesias,...
Punho – síndrome túnel cárpico, tendinite,...
Cotovelo – entorses, epicondilite,...
Ombro – patologias do ombro
Articulação do ombro – patologias do ombro
Clavícula – patologias do ombro e cervicobraqueais
Dermatológico – patologias alérgicas

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10. Localização e descrição das funções dos pontos auriculares do fossa triangular, concha
cimba, concha cava e Região envolvente da raiz do hélice

10.1. Fossa triangular


Hipotensor – hipertensão
Hepatite – patologias hépato-biliares
Shenmen – analgésica, sedante e anti-inflamatória
Pelve – patologias pélvicas, prostatite, dismenorreia,...
Virilha – patologias da articulação coxo-femoral e região inguinal
Obstipação – obstipação
Útero – menstruações irregulares, dismenorreia, disfunções sexuais, prostatite....

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10.2. Concha Cimba


Rim – tonifica o Yang, nutre a essência, fortalece a região lombar e medula espinal,
fortalece o cérebro,...
Próstata – prostatite, hiperplasia prostática, transtornos sexuais,...
Bexiga – incontinência urinária, cefaleia occipital, lombalgias, algia do nervo ciático,...
Fígado – patologias do fígado e vesícula biliar, cefaleias no vértex, neurose, patologias
causadas pelo vento,...
Vesícula biliar – na orelha direita – patologias hépato-biliares, enxaqueca, rigidez de
nuca,...
Pâncreas – na orelha esquerda -pancreatite, diabetes,...
Centro da concha cimba – patologias da região peri-umbical

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10.3. Concha Cava


Coração – dispersa o fogo do coração, acalma o espírito, controla o sangue e os
vasos,...
Pulmão – patologias do sistema respiratório, dermatológicas, intestinais
Traqueia – tosse, laringite,...
Brônquios – patologias pulmonares
Baço – patologias digestivas, drenagem da humidade, patologias hemorrágicas, algias
musculares,...
Sanjiao – regulador energético dos Zang-Fu, ...

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10.4. Região envolvente da raiz do hélice


Boca – patologias da cavidade bucal, faringe e laringe,
tosse, sedante, astenia,...
Esófago – patologias esofágicas, disfagia,...
Cárdia – refluxo gastro-esofágico, náuseas,...
Estômago – gastrite, úlceras gástricas,...
Duodeno – úlceras duodenais,...
Intestino delgado – diarreia, obstipação, distensão abdominal,...
Intestino grosso – enterite, obstipação, patologias dermatológicas,...
Apêndice – apendicite aguda,...

11. Localização e descrição das funções dos pontos auriculares do trago, anti-trago, hélice e
dorso do pavilhão auricular

11.1. Trago
11.1.1. Lado externo
Ápice do trago – anti-inflamatório, antipirético, sedante, analgésico por sangria,...

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Supra-renal – acção sobre as glândulas supra-renais,


anti-alérgico, anti-infeccioso, anti-inflamatório,
antipirético, vasoconstritor,...
Nariz externo – patologias da área do nariz,...
Cardíaco – cardiopatias
Fome – regulador do apetite
Sede – regulador da sede
Tranquilidade – calmante, relaxante, …
Nicotina – anti-tabaco
Vitalidade – estimula o Qi e o sistema imunitário

11.1.2. Incisura supra trágica


Ouvido externo – patologias do ouvido, vertigens, cefaleias, drenagem das fossas
nasais,...

11.1.3. Lado interno


Laringe/ faringe – faringites, amigdalites, afonias, bronquite,...
Nariz interno – rinites, epistáxis, obstrução nasal,...

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Nervo auriculotemporal – patologias do pavilhão


auricular, cefaleias, vertigens,...
Lateralidade – equilíbrio de hemisférios cerebrais, …

11.2. Anti-Trago
11.2.1. Lado externo
Ápice do anti-trago – analgésico, anti-inflamatória, anti-pirético,...
Asma – asma, tosse, bronquites,...
Temporal – analgésico, clarear a visão, hipoacúsia,...
Frontal – analgésico, fortalecer a mente, a memória, a concentração, clarear a
visão, hipertensão,...
Occipital – analgésico, sedação, vertigem, convulsão, clarear a visão,...
Vértice – cefaleias, alterações psicológicas,...
Hipófise – patologias ginecológicas endócrinas, disfunções da hipófise,
hemorragias,...
Área da vertigem – vertigem
Área da neurastenia – alterações psicológicas, alterações do sono,...

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11.2.2. Fossa superior do Anti-trago


Tronco cerebral – sedação, estimular a mente,
acalmar o espírito
Laringe – dente – patologias oro-faringe, odontalgias,...

11.2.3. Lado interno


Tálamo – obesidade, diabetes, edemas, sonolência,...
Excitação – letargia, enurese nocturna, obesidade,...
Subcórtex nervoso – regulador da actividade cerebral
Subcórtex digestivo – regulador do sistema digestivo
Subcórtex cardiovascular – regulador do sistema cardiovascular
Cérebro – patologias cerebrais, concentração, memória,...
Epilepsia – crises epiléticas, convulsões, …

11.3. Incisura inter trágica


Endócrino – regulador do sistema endócrino, patologias causadas por vento-
humidade, alérgicas e infecciosas,...
Visão 1 – glaucoma,...
Visão 2 – ametropia, conjuntivites,...
Hipertensor – hipotensão
Ovário – patologias dos ovários, infertilidade,...

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11.4. Hélice
11.5. Raiz
Zero – patologias digestivas e cardiovasculares, ponto de equilíbrio Yin/Yang
Plexo solar – stress, patologias digestivas, …
Diafragma – patologias diafragmáticas, hemorragias, patologias dermatológicas,...

11.6. Corpo
Ápice da orelha – anti-inflamatório, antipirético, hipotensor, antialérgico, acalma a
mente, clareia a visão,...
Ânus – hemorróides, prurido anal,...
Genitais externos – uretrites, impotência,...
Uretra – prostatite, polaquiúria,...
Recto – hemorróides, incontinência,...
Yang do Fígado – Síndrome Yang do Fígado, hepatite,...
Hélice de 1 a 6 – anti-inflamatório, antipirético,...
Nervo occipital menor – cefaleia occipital, algia do pavilhão auricular, A.V.C.,...

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11.7. Cauda
Anti-líbido – anti-inflamatório, antipirético,...

11.8. Superfície dorsal do pavilhão auricular


Raiz superior dorsal – epistaxes
Raiz central dorsal – patologias das vias biliares, obstrução nasal,
Raiz inferior dorsal – hipotensão, patologias endócrinas
Coração dorsal – insónia, cefaleias,...
Baço dorsal – gastrite, anorexia,...
Rim dorsal – cefaleias, vertigens, neuroses,...
Fígado dorsal – patologias hépato-biliares
Pulmão dorsal – patologias pulmonares e dermatológicas

12. Agrupamento de P.A.


A selecção de P.A. não pode ser efectuada de forma aleatória, daí a importância do
agrupamento dos mesmos segundo as suas funções, conseguindo-se dessa forma um
efeito terapêutico mais eficiente.

12.1. Grupos de combate a excessos


Dor – PC + Shenmen (SNA + F + Ba + R)
Tonturas – occipital + vertigem + F + ouvido externo + Sap
Convulsões – tronco cerebral + occipital + Shenmen + F + subcortex + nervo occipital
menor + Sap
Tosse – P.C.+ asma + boca + tronco cerebral + Shenmen + occipital + Ba
Dispneia – PC + asma + SNA + supra-renal + occipital (Alergia + endócrino + Sap + R)
Prurido – Sangria PC + Sap + P + Ba + C + Shenmen + alergia + diafragma
Zumbidos – ouvido externo e interno + vinco dos zumbidos + sanjiao + VB + R +
temporal

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Vómitos – cárdia + E + occipital + subcortex + Shenmen


Pirose – SNA + E + F
Leucorreia – PC + R + sanjiao + F + Ba + endócrino

12.2. Grupos com função antagónica


Sedantes – Shenmen + occipital +subcortex + tronco cerebral + coração + Sap
Excitantes – frontal + endócrino + excitação + tálamo + hipófise + supra-renal
Hipotensores – hipotensor + Shenmen +F + R + C + frontal + occipital + Sap
Hipertensores – hipertensor + supra-renal + hipófise + C +F + R + subcortex
Hemostáticos – supra-renal + hipófise + diafragma + Ba + PC
Activadores da circulação – SNA +C + F + P + calor +subcortex +PC
Diuréticos – R + Ba + P + Sanjiao + endócrino + diurético + PC
Antidiuréticos – B + zero + hipófise + uretra
Laxantes – IG + Ba + sanjiao + abdómen + P + subcortex + obstipação + CCC
Antidiarreicos – recto + IG + Ba + Shenmen + occipital + endócrino + Sap
Taquicárdicos – simpático + supra-renal + hipófise + subcortex + C
Bradicárdicos – cardíaco + subcortex + C + Shenmen + occipital

12.3. Grupos com função imunológica


Anti-alérgicos – Sap + antipontos + PC
Anti-infecciosos – Sap + S hélice 1 a 6 + supra-renal + endócrino + Shenmen + PC
Anti-reumáticos – Sap + supra-renal + endócrino + R + F + Ba + sanjiao + PC
Antipiréticos – Sap-ápice do trago-supra renal + SNA + tálamo + P + occipital +
endócrino + PC

12.4. Outros grupos


Indutores do sono – Shenmen + R + C + subcórtex + occipital + ómega + área da
neurastenia + Sap

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Fortalecedores cerebrais – C + R + tálamo + hipófise +


frontal + cérebro + subcortex
Tónicos do Rim – R + F + C + endócrino + hipófise + tálamo + supra-renal
Anti-diabéticos – pâncreas + glândula pancreática + endócrino + hipófise + tálamo +
subcortex + boca + sede + sanjiao

13. Conclusão
A Auriculoterapia é uma terapia com origem no oriente, mas cuja prática, na
actualidade, é generalizada a todos os continentes;
Está indicada no tratamento de vasto número de patologias;
A sua aprendizagem é relativamente acessível e a sua prática pouco dispendiosa, pelo
que recolhe a procura e o apreço de muitos pacientes;
Esperamos, com esta disciplina, contribuir para a divulgação e o desenvolvimento da
Auriculoterapia em Portugal, habilitando os formandos para uma prática de sucesso.

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PAVILHÃO AURICULAR DIREITO E ESQUERDO PARA


PRÁTICA DE LOCALIZAÇÃO DE PONTOS AURICULARES

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