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Avaliagao de Lesées Ortopédicas e Esportivas Chad Starkey, PhD, ATC Athletic Training Program Director Associate Professor Northeastern University Bouvé College of Pharmacy and Health Sciences Boston, Massachusetts Jeffrey L, Ryan, PT, ATC Director of Sports Medicine Department of Orthopedics Allegheny University of the Health Sciences Philadelphia, Pennsylvania Adjunct Assistant Professor Department of Physical Therapy Allegheny University of the Health Sciences Philadelphia, Pennsylvania Reviséo Cientifica: Dr. Jayme de Paula Goncalves Cursos de Especializagdo nos Estados Unidos ‘Membro do Comité de Cirurgie do Ombro da SBOT cio Bfetivo da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho Ex-Professor Adjunto de Ortopedia da Faculdade do Medicina da FUA. ‘Membro Titular da Sociedede Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Titulo de Especialista em Medicina do Esporte pela Associagdo Médica Brasileira / Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte & Manole “Tilo do original om inglbs: Bvaluation of Orthopedic and Athletic Injuios Copyright © FA. Davis Company Traduglo: Dr. Fernendo Gomes do Nascimento Revisdo de Texto: Nelson Berdeli Revisio Cientifica: Dr. Jayme de Paula Gongalves Cureos de Bspecielizaggo nos Estados Unidos Merabro do Comit8 de Cirurgia do Ombro de SBOT ‘Sécia Efetivo da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joslho Ex-Professor Adjunto de Ortopedie da Faculdade de Medicina da FUA ‘Membro Tirular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia ‘Titulo de Bspecieliste om Modicina do Esporte pela Associagéo Médica Brasileira / Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte Capa: Celso Carramenha Linck 1A medida que novas informagées cientificas tomam-se disponiveis mediante pesquisas bésicase clinica ralizadas, cv batannento ¢nepies medtonmentosas weomendaos soffem mudangas. Os autores 80 editor izram todo o possival See araeriate livre acuredo, aualaado e em concordéncla com o8 padzbes adotados par ocasiéo da publicaglo, Os au rae eae pnadores 0 eller nfo se esponsabilicam por exos, omisstos 03 Polas conseqilncias decorentes da apli- rors de lneo, teinpouce com relagdo eo seu contaddo. Qualquerprética dserita nest lio deve ser aplicada peo le- care ee reneinole com og podreesterepouticos profssionaiswilizados, tendo em vita as cicunsincias exclusives thao postam se adotarem cade sfuagao. O leter fen alertade para sompre verilcar as informages sobre produto ar Aen eeee oan busca de mudangas © novasinformecbes concementes 8 dose s&s contre-indicagbes antes da eciminitra- sre ailiguer medicamenta, Recomendamos especial pracaugso a0 serem ullizados medicamentos novos ou ine: GRentementereottados ‘Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste Iivro poderé ser reproduzida, por qualquer process, sem a permisséo expressa dos edilores. E proibida a reprodugdo por xerox, ete livro foi catalogado na CIP. ISBN 85-208.0891-5, 1° edigdo brasileira ~ 2001 Direitos em lingua portuguesa adquiridos pela: Editora Menole Ltda. « ‘Avenida Caci, 672 (06460-120 Tamboré Barueri~ SP Brasil Fone: (0.14) 4196-8000 Fax: (0__11) 4196-6007 ‘www.menole.com br info@manole.com.br Impzesso no Brasil Printed in Brozil Para Bleanor “Rusty” Feather, que me ensinow minhas tabelas de multipli- cagiio. Eo restante ¢ So Like Candy. Chad Starkey Pare meus pais, que construiram o alicerce para que eu pudesse aprender © ensinar, Para meus professores e mentores, que me ensinaram que wma evalia- fo aprofundeda constitui a base de uma abordagem terapéutica bem-sucedide, E pera minha espose, Nancy, por seu amor e apoio sempre constentes Jeff Ryan ) ) Prefacio Quando estudantes, todos jé nos vimos diante de temidas perguntas para ume prova, mais ou menos como: “Explique a ascensdo e queda da era industrial, tragan- do paralelos com o transporte comercial cedendo « vez para a era da informagio. D8 sua resposta em nao mais de dues paginas.” Esse foi, basicamente, o mesmo tipo de tarefa que encaramos no desenvolvimento deste texto, Manuais técnicos inteiros ja foram dedicados aos mesmos meteriais que aperecem como meres secdes dentro de nossos capitulos, Existe uma pletora de testes para determinar a estabilidade do joc Iho, O conhecimento da anatomia ¢ da biomecdnica necessario pare a realizagio, ‘com preciséo, de avaliagSes ortopédicas ocuparia varios volumes. ‘Assim, como autores, nossa tarefa era clara: simtplesmente pegar o conhecimen- to necessério para realizer uma avaliago completa e precisa das les6es que so s0- fridas por atletas; formuler esse conhecimento de forma clara, concisa e consisten- te; usar fotografias e ilustragdes para reforgar esses pontos ¢ manter o texto com menos de 600 paginas. A compreenséo do processo de avaliegao fisica ¢ uma tarefa cognitive, bem co- mo psicomotora, Concentramo-nos na comproensio da anetomia, fisiologia e fisio- patologia envolvidas, de mado que o usudrio deste texto tenha ume idéia nitida do que 6 pertinenta, a medida que ele progride na avaliacdo. Com base nessas limitagies, decidimos que, tendo em vista a necessidade de co- nhecer a anatomia para identificar e patologia, cada capitulo deveria comegar com ‘uma revisdo de anatomia pertinente. Bssa segdo nfo pretende constituirsse em um trax tado exaustivo das caracterfsticas anat6micas da parte do corpo em particular, mas, a0 contrdério, deve servir como rememoraco do conhecimento de anatomia dos estuden- tes e como fonte de consulta pare o capitulo, Dependendo do grau de conhecimento dos estudantes, alguns instrutores optardo por pular essa sed. ‘Tentamos nos prender a um modelo padronizado de avaliagéo, como apoio pa ra este material. As partes componentes do modelo — histéria, inspepao, palpagéo, testes funcionafs, testes para ligamentos ¢ cépsulas, testes neurolégicos e testes es- peciais para patologias especificas — sto de natureza modular, Portanto, os instruto- es que usam formatos de avaliagdo diferentes ainda considerarfo que este texto constitui-se num util instrumento de ensino. O livro tenta se concentrar em técnicas que sdo clinicamente comprovades & aplicdveis, No inicio do aprendizado, o estudante é aconselhado a usar somente um. teste confidvel, em vez de numerosos testes menos confiéveis que possam confun- Gi-lo. Tentamos esmiugar os testes descritos neste livro, embora nem sempre tenha sido inteiramente possfvel executar essa tarefa, Contudo, tentamos proporcionar ‘técnicas de avaliagéo que estio baseadas em dados cientfficos l6gicos e confidveis. ‘Tratamos das analogias e diferengas entre avaliagées “clinicas” @ “no campo” ao longo de todo o texto. A avaliagda de cada regio do corpo, com as excegées das lesbes cardiopulmonares e das lesdes ambientais, se compte de técnicas clinicas e no cam- po. Cada capitulo termina com uma segdo de tratamento no campo. Embora essas so- ‘Ges nao tenham sido elaboradas como trabalhos definitivos nessa area, 0 estudante entenderé que, a longo prazo, a recuperacao do atleta que tenha sofrido lesto depen- deré, em grande parte, da qualidade do atendimento recebido nos primeiros minutos. 0s dois primeiros capttulos introduzem o estudante ao conceito ¢ processo de avaliagio des lesdes ortopédicas e esportivas. O capitulo 2 define os tipos gerais de lesbes estudedas neste texto ¢ doscrave os achados de uma avaliagéo padronizada pare cada tipo. Daf em diante, prosseguimos viejando pelo corpo de forma seqiien- Ciada, desde os pés até a cabeca, em seguida, expandimes nosso estudo para as le- ses sistemicas. ‘Baseamo-nos intensamente no uso de quadros e figures para reforcar a informa- ao apresentada no livro e pare oferecer uma versio compacta da matéria textual. Palavras que possam ser novas para o estudante sao definidas na mesmna pagina que aperecem. Acreditamos que os quadros de avaliagto padronizada ajuderéo os estu- dantes no desenvolvimento de um raciocfnio oritico, enquanto progridem por meio da curve de aprendizado, Cada capitula tom um “esquema gerel” das etapes espect- ficas da avaliacéo que, segundo acreditamos, ird se revelar um valioso instrumento de estudo. Varies convengées forem utilizedas durante « montagem deste livro. Os autores consultaram referéncias nas descrip6es da biomecanica, amplitude de movimentos, agio muscular ¢ inervagao, procedimentos para testes musculazes e percepglo ao fi- nal do movimento articular, que séo: Daniels, L ¢ Worthingham, C: Muscle Testing: Techniques of Manual Examination, ed 5. WB Saunders, Philadelphia, 1986. Kendall, FP ¢ McCreary, EK: Muscles: Testing and Function, ed 3. Williams & Wil- king, Baltimore, 1983. Norkin, CC e Lavangie, PK: Joint Structure and Function: A Comprehensive Analy. sis, ed 2, FA Davis, Philadelphia, 1992 Norkin, CC e White, Dj Measurement of Joint Motion: A Guide to Goniometry, ed 2. FA Davis, Philadelphia, 1995. Os autores incentivam o leitor e o instrutor a consultarem esses textos para uma descrigio aprofundada dos tépicos citedos, o que foge aos objetivos de nosso livre. Chad Starkey Jeff Ryan ) ) ) ) Colaborador Peter S. Zulia, PT, ATC Director Oxford Physical Therapy and Rehabilitation, Inc. Oxford Instructor Athletic Training Curriculum Department of Physical Evaluation, Health and Sports Stidies Miami University Oxford, Ohio nnn Agradecimentos Nenhuma tarefa desta magnitude ¢ realizada solitariamente. As paginas que se forgos combinados de numerosos treinadores esportivos, feioterapeutas ¢ médicos que, no espirito de equipe descrito no Tivro, contribusrem ‘com imimeras horas de sea tempo para que este projeto pudesse frutificar. Gostarfar mos de agradecer aos seguintes profissionais: ‘Marela K Anderson, PhD, LATC; Gary Ball, EdD, ATC; Sera D. Brown, MS, ATC; Scott T Dobersiein, MS, ATAC/R, CSCS; Francis X, Feld, MEd, RN, ATC: NREMP: Richard D. Griswold, MS, ATC; Glen Johnson, MD; Ky Edward Kugler, BAD, ATC, Cynthia Norkin, EdD, PT; Richard Riehl, MS, ATC; Charles M. Rozenski, jj, MEd; Kim S. Terrell, MS, ATC e Brace M. Zegelbaum, MD. "Mas o simples egradecimento a Sara Brown, por sua colaberagao, ficaris monu- mentalmente nquén do que ela merece, Sare froqiientemente garimpou os primei- Jos exbogos dos capitulos, no que poderia ser inadequado para “consumo humano’ Pater & gniia, PT-ATC, colaborou com sua experiéncia na marcha @ ne anélise da marche, redigindo o capttulo 8. Tembém queremos agradecer especialmente a Kim ‘Terrell, que nao 36 ajudou como supervisora, mas também tirou muitas das fotogra- fias, Outras fotografias foram tiradas por Jodie Healy, PT, ATC. CO corpo docente, of estudantes ¢ os atletas da Northeastern University, The University of Oregon, Harvard University, Brandeis University, Temple University Sports Medicine ¢ The Temple University Sports Medicine and Orthopaedic Physt- cayTherapy Center contribuiram com seu tempo, como modelos para as fotografias. ‘Nao poderiamos deixar de reconhecer a contribuicio dada por Steve Bair, MS, ATC, nao 66 para nosso desenvolvimento profissional, mas também no desonvelvi- mento da profisséo como um todo. E, para coneluir, queremos agradecer Jean-Frangois Vilain que, depois de eeu pequeno papel dramético no filme Monty Python and the Holy Grail ean-Francols fofo sujeito com o acento wltrajente no castelo), incentivou-nos @ prosseguir com es- te projeto, tondo ficado apenas ligelramente irritado quando jé era tarde seguem representam os ¢ ) CAPITULO 1 PROCESSO DE AVALIAGAO DAS LESOES Pré-requisitos para uma Avaliagao Completa | Abordagem Sistematica 4 Avaliagao das Lesoes Esportivas .. Descrigio do Modelo de Avaliagéo ee ee Importéncia do Membro Nao Lesionado . . Avaliagoes Clinicas ........... Peete Historia Inspegio Palpagao : Testes Funcionais eee eetitoe cutetoe Testes pare Ligamentos © Cépsulas...... ‘Testes Especiais pede ie Testes Neuroldgicos ne ote ‘Testes Funcionais Especificos para o Esporte Avaliagio no Campo . Histéria no Campo Inspegio no Campo See ete eee Palpagdo no Campo eee ee a Testes Funcionais no Campo ..... Testes para Ligementos no Campo . ‘Testes Neuroldgicos no Campo ......, Remogao do Atleta do Campo ‘Término da Avaliagéo ... Precaugdes Universais Contra Patégenos Hematégenos - Papéis dos Diferentes Profissionais da Saide ‘Treinador Esportivo : : Fisioterapeuta....... 4 : ‘Técnico de Emergéncia Médica . . Médico .. . a Documentagio ........e..05 CAPITULO 2 NOMENCLATURA DAS LESOES 1.2... 00s ss 008 Lesdo ao Tecido Mole... sseeseeseeeseesee Les6es Musculotendinosas . Lesdes as Estruturas Articulares Lesbes na Superficie Articular Les6es Osseas . Patologias Neurovasculares : i ‘Técnicas para Obtengao de Imagens ........ee.seveeeeeeee ee Radiografies ‘Tomografia Computadorizada Imagem por Ressondncia Magnética . . 2a 24 24 28 32 35 39 40 40 42 42 xi 45 a5 Cintilografia Ossea Imagem por Ultra-Som CAPITULO 3 PEEDEDOS.... Anatomia Clinica»... setarseceeic Parte Posterior do Pé (Retrop6) : Parte Média do Pé (Mediopé ee Parte Anterior do Pé (Antepé) Articulagbes e Sustentagao Ligamentar Miiscules Atuentes no Pé e Dedos Arcos do Pé ... Avaliagao Clinica das Lesbes do Pee Dedos ....- Histé ae : ae Inspegio « . Stee ‘ etre: Palpagao ered od ee 66 Testes Funcionais » Hee ie fie 69 TTeates para Ligamentos e Cépsules . eee et eau) Exeme Neurolégico EPEC etree 2 Patologias e Testes Eepecials Relacionados «1 ++++s+++ Peace ‘Avaliagao e Tratamento no Campo das Lesbes dos és tee ea CAP{TULO 4 TORNOZELO E PARTE INFERIOR DA PERNA ...- 86 ‘Anatomia Clinica Peete ee. Bstrutures Ossees Relacionadae 88 Articulagdes ¢ Sustentagao Ligamentar 88 ‘Misculos da Parte Inferior da Perna e Tornozelo 89 Bolsas : Cea 95 Avaliagio Clinica do Tornozelo e da Parte Inferior da Perna ..-..-..20-+ 95 Historia... cee teeta Ee Oe: Inspegéio eee eet Le 97 Palpagéo : : ‘ 99 ‘Testes Funcionais ee 108 ‘Tooter para Estabilidade Ligementar fet oe : 107 ‘Testes Neuroldgicos « « eianet 108 Patologias o Testes Especials Relacionados + 109 “Avaliagaio no Campo das Lesdes da Parte Inferior da Pema e Tornozelo ... 122 Consideragbes sobre 0 Eguipamento perth 122 124 Inspegiio no Campo Palpagtio no Campo : ae | ize Testes Funcionais no Campo . . . 124 ‘ratamento Inicial das Lesdes no Campo - 125 Fraturas e Luxagbes 125 Sindrome do Compartimento Anterior 125 CAPITULO 5 JOELHO......-- dete eeeeeeee 127 Anatomia Clinica ..++00 0+ ss 127 ‘Artreulages © Sustentagio Ligamentar vel 128 Meniscos : Sie 131 Misculos do Joelho 431 © Mecanismo de “Parafusamento” (screw home) 134 “Avaliagao Clinica das Lesbes do Joelho e da Perna ...-- tee 184 : a 135 Histéria.. . a aii Inspegio 7 137 Palpacéo eRe : tees 138 Testes Funcionais oo... see eeeee ee eee ee ieee. Amplitude Ativa de Movimentos i : 143 Amplitude Passiva de Movimentos ........ ia fees TE Amplitude de Movimentos Contra-Resisténcia .. fetter Hh Gritérias para o Retorno as Competigdes ........ 144 ‘Testes para Estabilidade dos Ligamentos fetteeeee 146: ‘Testes Neurolégicos ele ett a 151 Patologias ¢ Testes Bspeciais Relacionados : : 151 ‘Teste de Tracéa com Flexo-Rotacéo pare @ Instobilidade Rotatéria Antero-latoral 2.02. ...02..cseceeceeeeees , 160 Avaliagao e Tratamento no Campo das Lesdes do Joelho 165 Consideracdes sobre o Equipamento .... 2... eee 166 Luxagoes da Articulagao Tibiofemoral . : a7 Entorses dos Ligamentos Colateral e Gruzado .... : avi Laceragées do Menisco..... eee reneenane a1 CAPITULO 6 ARTICULAGAO PATELOFEMORAL ....... 173 Anatomie Clinica . . . 173 ‘Anatomia Muscular e Tecidos Moles Relacionados | 173 Bolsa do Mecanismo Extensor 174 Avaliagao Clinica da Articulagio Patelofemoral «2.0.02... 174 Historia 375 Inspegio : 176 Palpagfo ...... 179 ‘Testes Funcionais . 181 ‘Testes para os Ligamentos 182 Testes Neurolégicos . 183. Patologias e Testes Especiais Relacionados |... 483 Avaliagio no Campo das Lesdes Patelofemorais ..... 192 Consideracdes sobre o Equipamento . 102 Coleta da Histéria no Campo . 192 ‘Testes Funcionais no Campo . 194 ‘Tratamento Inicial das Lestes no Campo . 194 Ruptura do Tendao Patelar ...... 194 Luxacio da Patela : 195 CAPITULO 7 PELVEE COXA . eee 197 Anatomia Clinica ........+ oA 197 Articulagées e Suporte por Ligamentos ..........scssccseseeceeey 197 Anatomia Muscular... ; bye Se nets ke 200 ‘hiangulo Femoral te Eleaf eit See nt Bolsas eee fieeees 200 Avaliagio Clinica da Pelveo Coxa DEL a tale tiie 201 Historia Seeeeae : 205 Inspeco : becebebeceseses 208 Palpaglo 2... eee ceeeeeee PE eR Se eet cee ee. Testes Funcionais ........ 4 ered eerie eet aa ‘Testes para Ligamentas 218 Tostes Neurolégicos . Sr 220 Patologias ¢ Testes Especiaie Relacionados 220 xii “Avaliagiio no Campo das Lesdes da Pelve ¢ Coxa Tratamento Inicial das Lesbes no Campo « carnemates na Crista Lfaca ou "Dores na Ponta da Crista face” Contusées do Quedriceps oy re Luxagbes do Quadril Fraturas Femorais CAPITULO 8 MARCHA . Peter S. Zulia, PT, ATC Ciclo da Marcha »...+-+ : Definigdo do Ciclo da Marche =... 4 Fase de Apoio ee Pase de Oseilagdo #m Balanco . Conslderagbes Biomecanicas no Ciclo da Marcha . Giclo da Marcha Durante a Corrida .....+++-00000+ Marcha Deambulatéria Versus Corrida ........sseeeee000+ ‘Agdo muscular Durante a Corride .. ee Analige da Marcha como Instrumento de Avaliagao . Patologias que Afetam o Ciclo da Marcha - Desvios no Ciclo da Marcha CAPITULO 9 COLUNA VERTEBRAL .. Anatomia Clinica Discos Intervertebrais - “Anatimia das Articulagbes e dos Ligamentos Plexo Nervoso ee ‘Anatomia Muscular... vallagao Clinica da Coluna Vertebral Historia. ee Inspecao ae Poe Palpagao Bee cia ete ‘Testes Funcionais .- pera Testes de Ligamentos ... : Exame Neurol6gico ..-.- Patologias e Testes Especiais Relacionados ‘Avaliagao e Tratamento no Campo das Lesbes da ‘Coluna Vertebral... Lesio 20 Plexo Braquial ...« Coluna Vertebral Lomber CAPITULO 10 TORAX E ABDOMEN . Anatomia Clinica .....0060eeeer eee ‘Anatomia Muscular Ongios Internos Awaliagao das Lesbes Tordcicas e Abdominais. Historia eee Inspegdo .....s Palpagdo .... : ‘Testes Funcionais ~ Sineis Vitais 2.021. Testes Neuroldgicos .. . Patologias ¢ Testes Bspecisis Relacionados ‘Trotamento no Campo ds Lesbes Tordcicas e Abdominals . Fraturas de Costelas aces : 230 232 232 232, 233 233 235 235 235 235 236 237 238 240 244 2a 244 251 254 258 254 255 259 261 262 264 256 268 274 275 279 295 296 297 299 299 299 299 303 303 304 306 308 310 310 318 318 J ) ) ) ) ) ) ) ) ) i Pneumotérax Aberto 3 Lysdo em Orgd0 O60 eee sees eveeeeeees a 3 CAPITULO 11 OMBROEBRAGO..... Anatomia Clinica Anatomia Ossea .... + eee ebE eee “Anticulagdes da Cintura Escapular 321 Mésculos da Cintura Escapular : oH : 325 Bolsa da Cintura Escapular ........ Ef eaact ala eahit ata 330 Avaliagdo Clinica das Lesies do Ombro ss... ee veveeeeeeeeeeees 880 Historia : At e880) Inspegaio a See tet eats Palpagao 336 Testes Funcionais ; aaa at Pati raceeaa tac +838 “Testes de Ligamentos © Capsule... zi : ee taas ‘Testes Nourolégicos 347 Patologias ¢ Testes Especiais Relacionados : ve 847 Avaliagéo no Campo das Lesées do Ombro seeeeees 386 ‘Tratamento Inicial das Leses no Campo . 367 Fraturas da Clavicule : 367 Lesdes da Articulagio Acromioclavicular feeeeees, 868 Luxag6es Glenoumerais if veee ee 368 +. 868 CAPITULO 12 COTOVELO E ANTEBRACO 370 Anatomia Clinica .. Peete eet sere 870 Articulag6es e Anatomia dos Ligamentes .......s.sscsvisesssecers 870 Anatomia Muscular seeete 372 Nervos cee ai Ser 375 Bolsas i bee teceet ewe. PB) Avaliago Clinica do Cotoeloe Antbraco« seseaeewectscd 376 Histéria Heese 376 Inspegdo .... eth Ses elt sel seit eet Palpacao eed ecie Se Peeeebtedeeeeasesboeng dnt 78 Testes Funcionais .. . wee eeee BBE Testes de Ligamentos . 385 ‘Testes Neurologicos : feeceeeeeeeeres 886 Patologias e Testes Especiais Relacionados 386 Avaliagio no Campo das Lesdes do Cotovelo ¢ Antebrago it a8. Inspegao . : : everees 892 Histéria ae : cece seat BBB Palpagdo : 392 ‘Testes Funcionais ‘ 7 heres we 892 Avaliagéo Neurolégica i 398 Tratamento no Campo das Lesées do Cotovelo ¢ # Antebraco ec 393 Luxagdes do Cotovelo en 393 Fraturas do Antebrago 393 CAPITULO 13 PUNHO, MAO EDEDOS 2... .. 00s 0 cce ee eee eee 395 Anatomia Clinica ...... eee petetebeetesee 905 “Articulagdes e Sustentagio Ligamentar ...0......clcstsvcssseessy 985 Anatomia Muscular ...ssseecoee re eeeers peesegteees 897 Th ‘Avaliagao Clinica Historia ‘inel Carpiano Inspegéo Pi Te alpagao : estes Funcioneis Testes de Ligamentos e Capsules - ‘Testes Neurolégicos . . « Patologias e Testes Especial @ Relacionados ‘Tratamento no Campo das Lesdes do Punho, da Mi Fraturas e Luxagées do Punho | Luxagéo da Articulagao Interfalangiana Fraturas da Mao e dos Dedos « - CAP{TULO 14 OLHO Anal tomia Clinica lho : Anatomia Musculé ‘Acuidade Visual ‘| Avaliacao Clinica das Lesde: Historia Inspogao Palpago : ‘Testes Funcionais ‘Testes Neurolégicos Patologias ¢ Testes Especiais ‘Tratamento no Campo das Lesies Oculares « ‘Remogio das Lentes de Contato Freturas Orbitais .....++ Les6es Oculeres Penetrantes Queimaduras Quimicas CAPITULO 15 FACE E ESTRUTURAS RELACIONADAS ..... ++ ++ Anatomia Clinica « “Anatomia da Articulagao Owvido 6.62 seer Nariz . Ha Garganta . Labios : Dentes ...+. ++ Avaliagio das Lesbes Faciais . . - xvi Anatomia Muscular Historia Inspeseo Palpacdo ‘Testes Funcionais ‘Testes Neurolégicos . « Patologias @ Testes Especial ‘Tratamento no Campo das Lesies Maxilofaciais ..-.+++ ++ Lacoragoes « Lestes dla Laringe Fratures Facisis ....-- Lesbos Temporomandibul eres. 1s Oculares - ig Relacionados Relacionados Temporomandibular ‘dc Leaios do Punto, da Mao das Dedos «+++ -+-+ fio e dos Dedos 402 402 402 405 408 410 418 420 420 aga 434 434 434 436 436 436 437 437 438 438 438 442 442 443 433 450 450 450 450 451 452 452 452, 453 454 454 455 455 455 456 456 458 461 462 463, 464 472 472 473 473 474 ) ) ) ) ) Fraturas Nasais z Los6es Dentais CAPITULO 16 LESOES DA CABECA E PESCOGO ...... Anatomia Clinica . Cérebro . Moningos Ltquido Gefelorraquidiano Circulagdo Sangtisnea na Cabega : Avaliagao das Lesdes da Cabeca e Pescogo ... Cendrios de Avaliagao Historia Inspogaio Palpacao Testes Funcionais ‘Testes Neurolégicos . Patologias e Testes Especiais Relacionados | Avaliacao e Tratamento em Campo das Lesies da Cabega e Pescovo aes Consideragées sobre o Equipamento .. Inspegao Inicial Agies Iniciais . ‘Tratemento do Atleta Inconsciente ‘Tratamento do Atleta Consciente Remagao do Atleta do Campo O Atleta que Deixa o Campo Andando ......... Colocagéo do Atleta na Prancha de Transporte do Lesionados da Coluna Instrugées para os Cuidados em Casa ...... CAPITULO 17 LESAO AMBIENTAL ..... Anatomia Clinica ......... Mecaniomos de Transferéncia de Calor’ Fluxo Sangiiineo e Troca de Calor Conservagio do Calor . : Infludncia do Ambiente... :.. : Aclimatacio i Avaliagao da Lesio Ambiental Historia... cesses Inspecao Palpagao Testes Funcionais . : Patologias e Testes Especiais Relacionados . ‘Tratamento das Lesdes Ambientais Lesdo pelo Calor Eee Lesto pelo Frio... ee eiseeeeeee ee eees CAPITULO 18 DISTURBIOS CARDIOPULMONARES .. Anatomia Clinica .. ‘Avaliagio das Lesdes Cardiopulmonares Historia Inspogio o Palpagao Testes Funcionais Patologias © Testes Especiais Relacionados . 474 474 476 476 476 477 478 479 479 480 481 483 484 485 489 490 497 498 501 501 503 506 807 507 508 509 B12 B12 512, 513 513, 514 514 S14 514 515 515 515, 515 520 520 521 523 523 524 524 526 527 527 xvii ‘Tratamento no Campo do Distirbio Cardiopulmonar .... sees ‘Asma... ie eee ea eatemaa Hiperventilago : See 533 APENDICE .... ++ +++ GLOSSARIO . iNDICE REMISSIVO . xvii ) ) ) ) ) ) ) ) ) Processo de Avaliacao das Les6es O tratemento e reabilitagdo bem sucedidos de le ses dependem de uma precisa avaliagao inicial do problema, Embora freqtientemente 0 processo de avaliag&o seja pensado em termos de ume leséo agu- da, trata-se na verdade de um processo continuo que atravessa todas as fases da recuperagao, A determi- nacdo da eficécia dos protocolos de tratamento @ rea- ilitagdo e a subseqitente modificago desses regi- mes exigem que o estado funcional do atleta seja reavaliedo a intervalos reguleres. Independentemen- te de ser # aveliagéo uma triagem de campo da leséo, ‘ou uma reavaliagéo de um problema existente, hé necessidade de um completo conhecimento do pro- cesso de avaliagao, de modo que possa sor ofetuada uma avaliagdo correta ‘A capacidade individual de avaliagao de lesbes beseie-se no sé na preciséo da concluséo a que se chegou, mas também na eficiéneia com que foi reali- zada, Para que seje levado a cabo ume avaliacdo completa e oportuna, deve ser adotado um modelo padronizado de avaliaggo. O uso de um modelo pa- dronizado conduz a eficiéncia ¢ consisténcia nos procedimentos de avaliagdo ¢ ejuda no desenvolvi- mento de competdncia nas capacidades especiais ne- cessdrias para que seja obtido um resultado ideal Esse capftulo apresenta o modelo de avaliagao que seré utilizado em todo restante desse texto, ¢ introduz os membros da equipe médica, Esse modelo é apenas, um dos muitos que poderiam ser utilizedos (Fig. 1-1), O ntimero de modelos de aveliacdo apenas fica limi- tado pelo ntimero de profissionais da satide que esto praticando a avaliagio ¢ reabilitagio de lesdes espor- tivas, Qualquer modelo pode ser usado, desde que atenda a dois critérios importantes: (1) que cada etapa co modelo seja justificada, e (2) que 0 modelo seja sempre seguido, e qualquer mudenca porventura efe- tuada o soja apenes caso haja azo suficiente para tal. PRE-REQUISITOS PARA UMA AVALIAGAO COMPLETA Foi dito que @ estrutura governa a fungiio. No cor- po humano, a anatomia ¢ @ estrutura e a fisiologia e hiomecdnica, as fungdes. © ossencial uma com- preensdo apropriada da estrutura e fungdes do corpo humano, para que se possa fazer ume aveliagdo com- petente. Tendo em vista que o corpo é uma méquina integrada, o conhecimento da estrutura e funciona- mento especfficos das partes individualizadas, do corpo deve ser expandido para inclutr a relacao en- tre essas partes na produgao dos movimentos nor- mais (biomecinice) @, nos casos de lesto, dos mov’ mentos anormais (patomecdnica). Assumimos que 0 usuério desse texto esié versado em anatomia, fisio- logia « biomecénica. ( processo de avaliagao nada mals & que uma bus- ca pela anatomia, fisiologia, ou biomecdnica disfun- cional. Apenas com uma completa compreenséo das técnicas de aveliagdo e das implicagdes de sous resul- tados poderemos chegar ¢ uma conclusdo correta no gue diz respeito a lesao, permitindo a subsegiiente formulagdo de um plano terapéutico bem sucedido, ABORDAGEM SISTEMATICA A AVALIAGAO DAS LESOES ESPORTIVAS Para que se consiga chogar @ concluséo correta acerca do estado de um atleta, é preciso que 0 proces- so de avaliacdo permanega enfocado e abrangente, Pa- ra que esso enfoque seja mantido, recomendamos a aplicagio de uma abordagem sistemdtica padroniza- de usando um modelo a partir do qual a avaliagio se- r4 realizade. Qualquer alteragao que se faca necessaria, para se adequar & tarefa especifica do momento pode ser efetuada com poucas alteragées no modelo global. movimento humano. Processo de determinar a prioridade do tratamento. inica: Efeito das forgas musculares, eixos articulares ¢ resisténcia na qualidade e quantidade do Patomecdnica: Movimentos e forgas anormais produzidos pelo corpo, mais freqiientemente ocorrentes se~ cundariamente a algura traumatismo. Sistematica: Ordeira, baseada numa seqiiéncia espectfica de eventos. 2 AVALIAGAO DE LESOES ORTOPEDICAS € ESFORTIVAS Historia Determine © mecarisme 8e les # nile dos sintomas e perpunte ao atta ecbre q 7 rsterie 9 19840 previa relevante nos ‘adoe envolido @n lesao. Tome sonhecimento de qualquer ‘Se 20 longo da avaliaga, com base nos achados subseqdentes. Inspegao ce inchago, deormidado,derengas na core textura da pele, Honus muse guano ou antes ca coleta da historia, e continua ao longo de lode Compare os lados envolvido eno envalvido em busca de sina Gulae oulvas Gerengas bialerais. O processo de inspegdo comes avaliacéo. Figura 1-1. Modelo de avaliagdo de lesbos usado nest (Observe que podem ser utilizados visios modelos do avaliaglo, Dados objetivos devem ser obtidos sempre que pos- sivel, e registrados no prontudrio médico do atleta. O tuso de dados objetivos ajuda na organizecao e esta- elecimento de prioridades para os problemas, do itleta, de modo que possam ser formulados os obje- tivos da reabilitagdo e um plano terapéutico. Medi- das basais obtidas durante a avaliago iniciel sto re- forenciadas e registradas durente subsoqiientes reavaliagBes pera documentar o progressa do alleta vaiquer som ou sensagéo associada 20 momento Ga bo envohido. A histriaterd continuida- Seabee eee aT Palpacéo Idertiique droas de sensiblidade ponivl, croptagéo, inehapo, linnamento defeltuoso de uma arsoulaga0 OU beso, ov oulroe tpos ce deformidade, ud saSinnamatasannsy=antenetnsesen=sesesercees™ Testes Funcionais Determine «capaci da anioularo em move-seai- pr peceivamente por cus amplitude de movimento, © ‘a cepecidade do gover estresse. fee ey Testes para Ligamentos ‘Aplique presse num das planos cardeais aos ligamen- fos sou capaule 6a atioulscao, Pe See eaten Testes Especiais ‘Apique um esiresse (reaentemonte om varios pianos) para solar uma estrauca ou fungao anstdmnica espectica —————————— Tesies Neurolégicos -avaie 0 funcionamento motor 696 narvos senstves. ‘Gentique arcosreflexos normals. Esset testes no 840 necessérios em todas as avaliagbee. te teto, A hist e insperde aio realizadas ao longo de todo prosesso de exams, identificar necessidade de mudangas no tretamen- to do atleta ¢ em seu regime de reebilitacéo. Descrigao do Modelo de Avaliagio © modelo de avaliagao usado nesse texto ¢ um ‘processo em sete etapas, e cada etapa foi planejade para obter informacio especifica, Para as finalidades esse texto, as etapas individuals, e também os com- Dados objetivo: coletou a informagao. Medidas basais: Os achados fisicos iniciais, estado de satide. WMedidas finitas gue sao rapidamente reprodutiveis, independentement fe do individuo que habitualmente efetuados quando o atleta se encontra em perfeito ) ) ) ponentes de cada etapa, damente, de modo que uma tar tes de sor iniciada a tarefa seguinte Tao logo o estudante se tenha famnilierizado com co processo de avaliacho, as tarefas poderéo ser com- binadas e a soqiiéncia altereda, como, por exemplo, a inspecio da area lesionada ao mesmo tempo em que € coligida a historia ho apresentados seqiiencia~ é completada an- Importancia do Membro Nao Lesionado Um erro comum durante o aprendizado de avalie- go de lesées consiste em negligencier 0 outro mem- bro — 0 ndo lesionado, Embora essa segéo refira-se a0 membro oposto, seu contetide é também aplicdvel no caso de lesio a um érgio par. Nao 6 demais enfatizar a importincia do papel do membro nfo envolvido no processo de avaliagao, por- que este membro proporciona uma referéncia imedia- ta disfungio relativa da parte lesionada do corpo. Do Quadro 1-1. Papel do Membro Nao Lesionado n0 Processo de Avaliagéo Segmento Relevancia Historie Utilizada para certificar-se se 0 membro no lesionado tem uma histdria de leséo ou problema preexistente que posse alterar os achados fo atleta pode demonstrar 0 macanismo de leséo usendo 0 membro nao lesionado) Proporciona uma referéncia para a simetria e a cor dos tecidos superficiais| Utilizada na comparagio da simetria bilateral de oss0s, alinhamento, temperatura dos tecidos, ou outra deformidade Proporcionam roforéncia para amplitude de movimentos, {orga e arcos dolorosos ‘Testes para ligementos Determinam a percep¢io a0 final do movimento de uma articulagéo, frouxidao relativa edor Funclonam como pontos de roferéncia para 8 frouxidao individualizada de ligamentos, capsules articulares e outros componentes da articulagéo Funcianam como pontos de roforéncia para a funcéo sensitiva e motora bilateral Inspegto Palpacio ‘Testes fimcionais “Testes especials ‘estas neurolégicos PROCESSO DF AVALIAGAD DAS LSOXS 3 msmo mada, 0 individuo pode nsar esse membro pa- ra demonstrar o mecenismo do lesdo, ov os movimen- tos que causam dor. O Quadro 1-1 descreve o papel do mambro nao lesionado em cade elemento do modelo de avaliagao. Em razio da importéncia do membro néo envolvido, uma parte do processo de colets da historia deve sor dedicade & identificagéo de ume le- so prévia ou existente nesse membro, que possa in- fuenciar a comparacdo bilateral. Os socorristas tém opiniGus diversas quanto 20 soqiicnciamento, ao comparar membros naa lesiona- dos © Jesionados. Uma linha de raciocinio consiste em, primeiramente, realizar todas as tarefas no mem- bro néo iesionado, antes de envolver 0 membro le- sionado. A justificativa para esse procedimento que a apreenséo do atleta diminuiré se a avaliagéo for realizada primeiro no membro nao lesionado. A outra linha de raciocinio sugere que, na verdade, es- sa prética pade aumentar a aproonsao do atleta, portanto aumentaré a protegdo do misoulo, decor- rente de antecipaggo da dor resultante da aplicagao da técnica, AVALIAGOES CLINICAS As avaliagdes clfnicas, ocorram numa sala de treinamento atlético, clinica de fisioterapie, ou no consultério do médico, so realizadas num ambiente relativamente controlado, em comparagdo com as avaliacbes levadas a efeito no campo de jogo. Na clinica 0 avaliador tam “luxos” quo nao'existem no campo, por exemplo: instrumentos de avaliagéo (p.ex., medidas feitas com fitas métricas ©: outros aparelhos, gonidmetros), referéncias, prontudrios miédicos ¢, talvez mais importante que tudo, tempo, Historia A parte mais importante de uma avaliaggo é a histéria, Em muites circunstincias a prdprie histéria informa eo examinador quais as estruturas envolvidas ea extenséo da lesdo tecidual. Talvez a pega de infor- mago mais importante que pode ser obtida durante 0 processo de coleta da historia é 0 mecanismo de lesio, gue descreve as forgas que foram aplicadas ao corpo possivelmente identifica os tecidos lesionados. ‘As perguntas feitas ao atleta durante a coleta da historia devem sor abortas, induzindo a comentérios pelo atleta, Exemplificando, em vez de fazer uma ergunta fechada como “Déi quando vocé levanta 0 rago?”, que pode ser respondida simplesmente com “sim" ou “néo”, uma pergunta aberta, como “Qual 0 movimento que causa dor?”, permite que o atleta descreva com detalhes os movimentos causadores de. desconforto, Profegdo: Voluntéria ou involuntariamente, o atleta assume uma postura de ego de determinada érea le- sionada do corpo, freqtientemente por meio de espasmo muscular Goniémetro: Instramento utilizado para medir 0 movimento, em graus, que uma articulag3o é capaz de pro- duzir em tomo de seu eixo. 4 AVNLIAGAO DE LESOES ORTOPEDHCAS € ESFORTIVAS 0 prontudrio médico do atleta é uma fonte valio- sa pare 0 estabelecimento da historia prévia da lesto, fomecenda documentagao concemente ap programs de reabilitagao em uso & identificendo quelquer fator {que posse predispor o atleta a novas lesbes. (G prontudrio médico do atleta 6, com freqiiéncia, ‘uma das melhores fontes para a identificagéo das cir- cunstincias que predispem esse atleta a lesbes. A Rutiona! Collegiate Athletic Association (NCAA) identificou os componentes principais do prontuério médico do atleta (Quadro 1-2). ‘Um recurso adicional ao lidar com atletas é 0 uso do video do treinamento ou do jogo. Esses filmes po- dem permitir & equipe médica uma real visualizagéo do mecenismo e circunsténcias circunjacentes & lesio. ‘As informagdes seguintes deverz ser obtidas du- rante 0 proceso de coleta da historia: ‘* Localizagao da dor: Em que local o atleta ost sentindo a dor? Em muitos casos, 0 local da dor Gorrelaciona-se com o tecido lesionado. Mas a dor também pode ser referida de outra origem, e as- sim o avaliador deve estar familiarizado com 08 padsbes de dor referida, que serio discutidos nos Eapitulos apropriados nesse texto, Freqiientemen- te ter4 utilidade pedir eo atleta pare que aponte para a érea de dor. E mais provével que 0 atleta Que usa um dedo para isolar a érea de dor define thais exatamente a estrutura ou estruturas envol- Vidas, ao contrario do atleta que descreve a regio Golorosa pela oscilagio de mao sobre uma rea geral, indicando dor difusa. "Mecanismo da lesdo: Como ocomreu a lesio? Pe- Ja descricao do atleta para o mecanismo da lesio (p.2x, "Meu tomozelo toroou pare dentro”), podem ser visualizadas as estroturas envolvidas ¢ as foroas aplicadas nessas ostruturas. O examinador também precisa certificarse de como sungiu a lesdo, Ela de- borren de uma forga traumatica isoleda (macrofrau- matismo), ou foi decorrente de uma acumulagéo de forgas sepetidas, resultendo num surgimento inst dioso dos sintomas {microtraumatismo)? + Duragdo dos sintomas: Quando esse problema Gomecou? No caso de um macrotraumatismo, os + Encaminhamentos a mé Quadro 1-2. Diretri2 1B da NCAA: Avaliagbes, Hnunizagéee e Registros Médicos J Historia de leséo, enformidede, gestagto e cirurgia, tanto de origem esportiva, como no esportiva cos @ eubseqiiente feedback, ‘soncemente ao tratamento, & reabilitagéo és providencias + Queationdrio medico pré-particlpagéo e pré- Qufporeda, dotalhando of soguints tens: PMP Teamidedoo sotsidas (agudas ov crbnicas) Giruigie fou heapitalizagao ‘slorgias Nellcamentos de uso regular Eetado de condicionamento Peete dothdas(egudas e crOnicas; esportivas @ no sports) SFGoncuscbes cerebrals sofidas $eRGdloe envolvendo perds da conscitncia Sincope Perce broncosspesmo indtizido pelo exercicio Porda Ge Grgtots) parted) {Toete selaclonede ao calor Problema: cardiacos, inclusive os que envolvem Frombros mais préxiznos da fama 2 Mforte subite num membro da fel com Inenoe de 50 anos de dade + Hisitis familiar do sindrome de Marfan «+ Rogistros de imunizacéo Saran Canora Rubéole Hopatte 5 Diferia Teiano «+ Dut dovumentacéo, assinada pelo atetee responsével Cat ctr mcnos de ange Ge dade ° Ufheracae dos registros médicos Gonspitimento paze o uatamento ‘Aeaptado de Bonson, MT. p. 6 sinais ¢ sintomas tendem a apresentar-se imedia- tamente, Os sinais © sintomas associedas a0 mi- crotraumatismo, como as sindromes de uso ex- cessivo, tendem a piorar progressivamente com 0 passer do tempo € com a continuegao dos estres- Jes, A gravidade dos distirbios por uso excessivo Dor referida; Dor emi outre locel que nao aquele onde ocorren fmente ao longo das extremidades. ‘ar-ce para fora a pertir do torso e distal Difuso: Espalhedo, disseminado. Macrotraumatismo: Insidioso: De surgimento graduel; com relat 0 traumatismo. A dor referida tende a proje- ‘ime forga isolada resultando em traumetismo a tecides do corpo Jo aoe sintomas de uma lesdo ou doenga sem causa aparente. ‘Microfraumatismo: Pequonas e repetidas forgas lesives, ‘Sinal: Uma condicao observével que indica a ‘cam evidontes durante 0 processo de exame. Sintoma: Uma condic&o néo visualmente evi 40. Habitualmente os sintomas S50 Sindrome de uso excessive: Lesko cause ‘trutuza ou area do corpo. Sincope: Desmaio causade por tempore Morte subita: Morte inesperada ¢ instantinea ocorrente entemente esse termo é usado na descrigéo da morte causads secun bjo hereditario do tecido conjuntivo, 08805, musculos e ligamentos. Com 0 pas- Sindrome de Marfan: Distt par do tempo, esse distirbio resulta na degeneragao das funcy ‘Stistancia de uma doenga ou lesao. Hebituslmente os sinais + jente ao examinador, indicando a éxisténcia de uma doenca ou le- ‘obtides durante o processo de coleta da historia. oda por estresses microtrauméticos acumulados, aplicados a uma es- éria queda na oxigenagdo do cérobro, jntzo de 1 hore aposo info dos sltomas mais fre- jamente & insuficiéncia cardiaca. ‘bes cerebrais e em insuficiéncia cardiaca. ) ) ) } ) ) ) ) ) Quadro 1-4, Sistema de Classific Uso Excessive pio para as Lesbes por Apresentagao Estigio dos Sintomas Capacidade Functional 1 Dar em seguida Pauca disfungio 2 atividade princfpio, a dar com movimento aumenta & medida que o atleta se aprexima do estégio Il 1 Dor durantoe Dor com movimento da parte do corpo, com um decréscime associado do desempenho. Nos estigios mais avancados, a disfungao da parte do Corpo pode tomar atleta inoficiente rande perda da fungdo depois da atividade Dor constante pode ser graduada com base no lapso de tempo transcorido desde 0 inicio dos sintomas ¢ a quantidade de disfungio associade & parte do cor po afetada (Quadro 1-3), * Descrigie dos sintomas: Como 0 atleta descre- ve a dor? A dor é aguda, imprecisa, ou é uma sen- sagao de dolorido? A dor 6 intermitente ow con tante? O atleta tem outros sintomas, como enfraquecimento ou parestesia? + Sotis ow sensagées relevantes por ocasiao da lesdo: O atleta vivenciou qualquer sensagdo de ouvir algum som, como um “pop”, que poderia estar assocfado a rupture de um ligamento ou fratura de urn 0550? * istéria precedente: O atlete tem alguma hist- tia de leséo prévia nessa parte do corpo? Ha qual- quer fonte possivel de debilitagéo em decorréncia de ume lesio prévia? Se hd historia de lesdo a essa, parte do corpo, oatleta deve ser solicitado a descre- ‘ver’e comparar a lesdo atuial com a lesio preceden- te, Os mecanismos foram parecidos? Os sintomas atuais sao jguais aos sintomas da lesao procedonto? Se a leséo do atleta parece ser um distirbio crOnico, ou se ocorreu anteriormente uma eso a es sa parte do corpo, deve ser determinado qualquer en- caminhemento médico prévio e subseqilente proto- colo terapéutico de reabilitagdo: ‘+ Por quem essa lesio precedente foi avaliada e tratada? ‘+ Qual 0 diagnéstico ow avaliagao feito? foi o curso do tratamento e da reabilita- alizada elguma cirurgia ou receitada alguma medicagéo? +O plano terap@utico precedente diminuiu os sintomas? + Histéria relacionada & parte oposta do corpo: Muito do que 6 deduzido durante 0 exame de uma leséo baseia-se nos achados do membro le- PROCESO DE AVALACAD DAS UISORS 5 sionado em comparacao com os achados do mem- bro saudével. Devemos determinar qualquer lesio prévia ao lado nfo envolvido que posse afetar os achados de qualquer comparagéo bilateral. + Satide médica em geral: Freqiientemente assu- me-se que os atletas se encontram no pice da satide fisica, Infelizmente, nem sempre isso é ver- dade. Qualquer atleta que seja submetido a um, exame fisico pré-participegdo e a subsegtientes atua- izagdes. deve ser revisado para ‘a presenga de qualquer anormelidade ou doenca congénita que possa afetar a avaliacao e tratamento da lesio. Na concluséo do proceso de coleta da hist6ria, o examinador deverd ter adquirido uma boa compreen- sto dos eventos causadores da lesio, condigées pre- disponentes que podem ter levado & sua ocorréncia, 8 atividades 6 movimentos que exacerbam oa sintomes. Essa parte da avaliagdo é um didlogo entre 0 exami- nador ¢ o atlete, O socorrista nfo deve hesitar em. "‘se- guir dicas” para certificar-se completamente de todos 0s fetos concementes & condigdo do atlota. A historia pode ser expandida durante 0 restante da avaliacao, ‘com o socorrista recapitulando ou fazendo novas per- guntas releventes ao estado do atleta. Embora 0 aspecto fisica da avaliacao tena priori- dede, 0 estado peicolégico © emocionel do atlota, também deve ser levado em consideracas. Catia atle- ta reage a uma lesio de forme diferente, cada um. com graus variéveis de tolerincia a dor, apreensio, medo e desejo de retomar & compoticio. A informagio adquirida @ a impressio formada com base na historia do atleta devem ser confirma- das ou rejeitadas durante o restante do exame, Mas 0 socorrista deve manter-se atento com relacao a leséo, no descuidando da propria lesdo tecidual. Inspegao 0 processo do inspagdo comeca quando o atleta le- sionado se encontra pela primeira vez com quem vai fazer a aveliagao. Durante a avaliagio clinica, a inspe- Go tem infcio téo logo o atleta entra na sala. Nesse momento, podem ser avaliedas a marcha e a postura. Do mesmo modo, o atleta pode ser veladamente ob- servado, com relagao a padres de movimento nor- mais e anotmais, Pode ser observada qualquer postu- ra de protegio ou de “carregar o membro”, em que. atleta fixa a parte do corpo numa posigéo protetora. ‘Também teré utilidade a avaliagéo dos padroes de mo- vimento durante todo 0 cuteo' da avaliagdo. Devemos inspecionar visualmente o tleta.para avalier qualquer deformidade macroscépica ou le- sao evidente, como: sangramento intenso, sinais de fratura, ou inchago. Sinais de deslocamento de atti- culagio ou fretura dssea justificam o encerramento da avaliagdo ¢ encaminhamento imediato a um mé- dico. Uma cuidadosa inspecdo bilateral pode revelar Congénito: Condigao existente por ocasiao do nascimento, ou anteriormente. Marcha: Movimentos soqiienciados da coluna vertebral, palve, joclho, tornozelo @ pé, ao andar ou correr. Deformidade macroscépica: Uma anormalidade vistvel a olho nu. 6 _ANALIAGRO DE LESOES ORTOPLDICAS & ESPORTIVAS figura 12,0 que ests exado nesta fotografi? © alts tm poucas Egure Zim une duiedo da frga durante» cosfiedo Jo 3 Pera uit, Ngo ad ste de tauretee ness rea do co Lemgee ne culdodgoaments es dae traoaeos pare dtecina 8 3p eas uta A roopst etna lagenda da Figure 1-8. sutis diferencas em partes do corpo que, sem esse procedimento, pareceriam inteiramonte saudaveis, ‘Os dois tomozelos mostrados na Figura 1-2 de- vem ser inspecionados para determinar qualquer anormalidade. (© socorrista deve examinar a parte do corpo lesio- nada e comparar os resultados com a extremidade ‘posta, para: ve Deformidade macroscépica: Hé sinais de frature bu Juxagdo de exticulagao? Hsses sinais podem ma- pifestar-se mediante a solucéo de continuidade do ‘eontorno dos ossos longos, simetzia desigual, ou alt Shamento defeitoso das artioulagées. Se ha suspel- te de um desses problemas, deveremos descartar & prosonga de qualquer outro taumatismo significeti- Yo, a avaliagao seré encermada, serdo implementa dos os procedimentos pare tatamento de emergén- Cia (pox. entelamento, verificagio de wm pulso distal) ¢ 6 atlota seré transportado para o hospital 2 Inchago: A paste do corpo envolvide mostra si, hais de inchago? O inchago é localizado ou difuso? Devemos nos cartificar da quantidade de inchago e do tempo transcorrido desde a ocorréncia da leséo. © Simetria bilateral: Partes bilaterais do corpo devem normelmente ser imagens especulares (co- mo ¢e fossem refletidas num espelho) uma da ou- tra, Inspecione @ area problemétice e compare-a com a parte oposta, anctando qualquer discrepan- cig entre as duas « Mudanga da cor: A dre esté com um avermella- mnento que pode ser associado a uma inflamacdo? Es- 14 presente uma contusdo, indicando impacto direto? = infeccdo: Se esté sendo examinada uma ferida tberta, ela mostra sinais de infecgto (p.ex.. rubor, hago, pus, ou estrias vermelhes)? ‘A inspesio do atleta e da lesio continuaré ao lon- go de toto.o proceso de avaliagio. O atleta podera Scar menos 7ecsoso durante o curso da avaliagao, co- megendo a mover 0 membro com mais liberdade Palpagao Essa etapa pode ser considerada uma extensio do processo de inspecao, porque os dedos sfo utilizados para “ver” o que os olhos nao podem. Palpagio, que Eo proceso de tocar e sentir os tecidos, permite ao examinador detectar lesdes dos tecidos que nfo po- om ser cbservadas pela simples comparagao de uma parte do corpo com a parte oposta, ¢ também possibi- {ita a identificacao de éreas de sensibilidade pontual. ‘A palpagao deve ser realizada numa seqiiéncia es- ectfiea, comecando com estruturas distantes do lo- Tal dolorido e progressivamente avancando na dize- {Glo dos tecidos lesionedos. Isso permite que sejam Sescartadas as diferentes causas possiveis da dor do aileta, e ajuda a identificar quelquer estrutura seoun- déria que possa estar envolvide x0 problema. ‘Uma forma de seqiienciamento consiste em fazer @ palpagao primeiro de ossos ¢ ligementos, prosseguindo Zar os misculos e tendées, e finalmente com a locali- zagtio de quaisquer outros indicativos, como pulsos et. ‘segunda forma de segilenciamento consiste em epal- par todas as estruturas (p.ex., oss0s, musculos, ligamen- fos) no ponto mais distante da lesio suspeitade, conti mando cam o processo de palpacdo na diregao do local Jesionado. Indapendentemente da estratégia de palpa- fo estolhida, o socorrista deve se assegurar que todas $5 estruturas pertinentes seréo submetidas & pelpagao. ‘Durante a jase de palpacao da avaliagio, 0 socorris- ta deve tomar nota de qualquer dos seguintes achados: + Sensibilidade pontual: Apalpe na diregio da Grea lesionada, visualizando as estruturas que se ‘Sitaam por baixo dos dedos. A capacidade de. identificar com preciso a estrutura que esté sen- do apalpada ajuda muito na identificagao dos te- cidos traumatizados. +. Crepitagio: Uma sensagao de coisa raspando ou inoendo, a crepitagao indica fraturas quando perce- ides sobre algum osso, ou inflamagao quando per- Cebide sobre tendéo, bolsa, ou cépsula articular. 2 Simetria: Ténus muscular, superficies articu- Tares, ¢ salincias dsseas devem ser comparados bilateralmente, + Aumento da temperatura do tecido: O aumen- to da temperatura da regido losioneda com rela- {Gao aos locais circunjacentes é indicio de proces- So inflamatério ativo Tunagdo: Madange de lugar das superficies articulates de duas articulagoee Distal; Que so afasta da linha média do corpo, em Gireglo A periferia; oposto de proximal Alguns socorsistas preferem adiar o proceso de palpagio até o final da avaliagio, porque essa 6 fre glentemente a parte mais dolorosa da avaliagao. A dor oxcessiva causada pela palpagéo pode fazer com que o alleta proteja a drea e altere o restante da ave- Bacdo. Testes Funcionais A avaliagao do estado funcional do atleta identi- fica a capacidade do atleta em mover 0 membro em sua amplitude de movimentos de forma ativa, passi- va, 6 contra resisténcia. Como ocorre com todos os instrumentos de avaliagdo, devem ser feitas compa- ragdes bilaterais e, quando possivel, contra dados normatizados estabelecidos. Os testes para determi- nada parte do corpo devem incluir todos os mov: mentos permitidos pela erticulagtic. Além disso, tal- Figura 1-2. Uso de um gonlometro para medir a amplitude de ‘movimento de urea snticulacgo. Consulta Noskin, GC ¢ Whi- te, Dj pana ume explieagao completa do uso desse instri- mento, Resposta da Figuvs 12: 0 tamozela direito nda poset ‘o misculo tibial anterior. Observe a auséncia de seu tendo, bade craze a linha da articulagao. PROCESO DE ALAUAGAD DAS LESOLS 7 vez haja necessicdade da avaliagio des articulagdes proximal ¢ distal. Embora determinade movimento, nsse ser comum a muitas articulagdes (p.ox., fle- do}, alguns movimentos, como a inversdo do {omno- zelo, s&o inerentes a apenas uma articulagao, E mui- to freqtiente que esses movimontos enconteados apenas numa articulagao nao recebam atencao du- rante ima avaliacao. A avaliagao da amplitude ativa e passiva dos mo- vimentos pode ser feita grosseiramente pele abserva- do do avaliador ou, mais precisamente, com a medi- Gio objetiva com um goniémetro (Fig. 1-3) Amplitude Ativa de Movimentos Amplitude ativa de movimentos (AAM) sompre de- ve ser avaliada em primeiro lugar, desde que nfo haja contra-indicagao pela presenca de locals com frature Dados normativos: Faixas normais de dados coletados para comparagao durante a avaliagdo de um atleta. Pa 1a @ maioria das medidas, os atletas tém faixas de normalidade diferentes das da populagao geral. Proximal: Porto da linka médie do corpo; oposto de distal. Flexai Invers ‘Alo de dobr uma articulacdo, diminuindo seu éngulo. ‘Movimento do aspecto plantar do calcaneo, na direcio da linha média do corpo. Contra-indicagdo: Procedimento que pode se mostrar lesivo, diante do atual estado do atleta, / 8 _-AVALACAO DE LESDIS ORTOREDICAS FESPORTIVAS ou tecidos moles recém-reparados. A amplitude ativa Se movimentos 6 avaliada em primeizo lugar pare que jpossa ser dleterminado o desejo do atleta @ sua capact Bede de movimentagto de parte do corpo eo longo da amplitude de movimentos. A falta de vontade em mo- ver a oxtremidade pode significer wm grau extremo de Gor, deficiéncia nevroldgica, ou possivel simulagéo. ‘Enguanto o atleta movimenta ativamente a articu- Jago 2m todos 08 sous possiveis movimentos nos pla- nos cardeais, 0 examninador deve observar a facilide- Ge de execugio do movianento ¢ tarabém e amplitude Ge movimento conseguida. Qualquer compensacio Gu movimento anomnal nas estruturas circunjacentes também deverd ser anotada. O atleta pode descrever - ‘verbalmente ou nao verbalmente - ura arco doleroso dentro da amplitude do movimento, ‘Amplitude Passiva de Movimentos ‘A amplitude passiva de movimentos (APM) deve ser avaliada em soguide & aveliagto da amplitude ati- va de movimentos, nao s6 para 8 quantidade de mo- vimento possfvel, mas também para ¢ percepedo ao final do movimento ("end-feel”| dos tecidos (quando Chegam ao limite da amplitude de movimento posst- Yell. As diferentes percepg6es ao finel do movimen- qa Monne © estabelecido por Cyrex, estdo Listadas no Quadro 1-4. Certos movimentos demonstram dima especial percepgéo normal ao final do movimen- to (pe, 2 extensdo do cotovelo deve resultar numa percepgio dura ou dssea, ao final do movimento}, 6 0 Jocorrista deve estar familiarizado com essas nuan- es, para que possam ser identificados os limites pa- tolggicos da amplitude de movimentos (Quadro 1-5) Taformagbes titeis podem ser obtidas comparando @ amplitude de movimento obtida para @ AAM, com amplitude de movimento obtida para a APM. Os valo- res para o movimento ativo que se aproximam dos va- lores para 0 movimento passivo significarn uma contra- cao copsular cu articular que esta causendo a restricao ‘a amplitude do movimento, O movimento ativo infe- Tior e0 movimento passivo significa enfraquecimento muscular ou uma lesio no fecido contrétil ativo, que festd causando dor e inibindo o movimento. ‘Amplitude de Movimentos Contra Resistencia O teste pare e amplitude de movimentos contra Tecido mole: Sao as seguintes estrutura: ‘assos nao 'séo tecido mole. Simulacé representando compressao, col Percepedo ao final do movimento: ‘Vimenter uma articulacto até © ‘ingimenta ou exegero dos sintomas de ume Planos cardeais: Planos imaginérios que dividem o corpo em Cntorior e posterior (plano frontal), @ direita e esquerda (plano sagitel), “Arco doloreso: Um segmento situado dentro da amplitude de movi listo, ou abrasao dos tocidos subjacentes. Ih qulidede especifica do movimento percebida pelo examinedor ao mo- ‘Aha! de sue amplitude de movimento. ‘Quadro 1-4, Percepgtes Fisiolégicas (Normais) ao Final db Movimento des Articulagbes (End-Feel) Percepeto do Esrature Bxeple Maclee ~~ Aproximaglo de Flexto do jostho Tecdomole (Coatato entre tecido tole das partes povteriores da pera © aacoxa) Firmess —-“Ssticamento ‘Flexo do quad, com chusculen ¢ joolbo ertendids {estes olastice passive doe madeculos Bosteiores da coxa) Beticamento ——-Extonsto des capo cxteulagbes frotecarpoalangsanas Gor dedos (ortanse 0 paula anterion) Balcamento _—_—Suplnsgto do igomentar _aslobrao (stesso n0 Higaneniossiouiny palmar da ariculago Flguiner intoaon daembrane htoroses, ardbo obliga) Duress «sso contatandoBxtenebo do gotovele anno ‘eontato ent 0 Riteafona Sees sumer) De NorHia, GE e White, Dj p. ©, Com permissto. sesisténcia (AMCR) pode ser efetuado ao longo de to- da amplitude de movimento da articulago ou, mais comumente, pode-se testar isometricamente por mmeio do umm teste de interrupcdo da contragao, em que @ quontidade de forea disponivel num miisculo Gu grupo muscular é determinade pela tentative de fnterromper contrago exibida pelo atleta. As con- tracindicagdes aos testes contra resisténcia sao simi- Jeres 8s da emplitude ativa de movimentos. Os testes de tecidos contréteis contra resistencia podem ser avaliados por meio de diversas escolas graduadas, mas os resultados sero invélidos se a Sontragao causar dor (Quadro 1-6). Com a excegdo do envolvimnents neurolégico, raramente 0 uso dessas pecalas graduadas trard algum beneficio na popula Gao atlética, Os testes contra resistencia sto particu Jarmente uteis para determiner qualquer lesdo que es- teja ceusendo dor mum tecido contratil (Quedro 1-7) = miusoulo, tendao, ligamento, cdpsula, bolsa e pele. Obviemente, os Jes6o ou enfermidade. aries superior e inferior (planos transversais), com relag&o a posigo anatmica. mento de uma articulagao que causa dor, “Extensdo: © ato Ge esticar uma articulaco, aumentando seu éngulo. Tecido conirdtil: Tecido capaz de encuriar e subseqiient ‘Uma contragdo isométrica contra resisténcia manual oferecide pelo exa- Teste da interrupedo da contracao: eerador, testo utilizado para determiner a capacidade do atleta em gerar um misculo ou grupo muscular Fossa: Uma depressa0 num osso. femente alongar; tecido muscular. ‘uma forga estitica dentro de Quadro 1-5. Percepgées Patoldgicas (Anormais) ao Final do Movimento das Articulagses PROCTSSO DE AVALINGKO DAS LESOES Quadro 1-6, Sistemas de Gradagio para ‘Testes Musculares Manuais Numa Populagia Atlética Porcepgio de Descrigio Exemplo Verbal Numérico Achado Clinico Maciez Ocorre mais code Edema de Normal 8/5 alata pode apor rosisléncie ‘ou mais tarde na tecido mole contra pressio méxima, O AM" que o habitual, Sinovite examinador 6 incapaz de fu ocare numa quebrar a resisténcia do alla artioulagao que Bom Calleta pode opar resistencia normalmente tem contra pressia moderada. uma percepoio final Razodvel Oatieta pods movimentar 8 parte de firmeza ou duroze: ddo corpo contra a gravidade em 9 examinador senta toda amplitude de movimento, algo amelecido Roim 2/5 O atlote pode movimentar a parte Firmeza Ocorre mais cedo ou Aumento do do corpo numa posicdo de mais terde na AM que _tOnus muscular grevidade eliminade em toda ‘habitual, ow ocore Bncurtamento émplitude de movimento, ~ numa artiGulagao que capsular, Tacos V5 Oatleta nto pode gerar ormalmente fom ima scuier, movimento, mas ¢ palpével sroepedo fina Hgamontar uma contraggo muscular Tec ou dues Nao existe O'S ‘Nao € poreabida qualquer Dureza come meis cedo ou Condromalacia contragée. mais tarde ne AM que Artrose habitual, ou ocorte Corpos livres : uma articllagio que navarticulagio _-—-mentar so geralmente classificados numa escala de normalmente fera ima Miosite ossificante _trés graus (Quadro 1-8). Os testes para ligamentos e percepodo final de Fyatara cépsulas também podem ajudar a confirmar uma his- abel ou ftemeea; 3. toria de lesao que seja sugestiva de subluxacdo, bem Seemrnens hestrig ores como a predisposiedo para luxacio, Os testes envol- Vario. Naverdeder nol tnflamacto aguda Vem aaplicago de uma pressfo especifica a determi- ercebido eo final daarticulege ‘nado tecido para testar sua frouxidéo, mas deve ser ja movimento, porque Bursite feita uma distingéo entre frouxidfo e instabilidada nunca o movimento Abscosso Frouxiddo descreve 0 quanto pode “cvider” um teci chegaré a0 fim da AM, Fratura do de sustentacao articular, Um atleta pode ter frou: om rap de dovgngo@ Origen xiddo cangénita om todas as suas articulagdes, 0 que Jeeta pelo entalamento Pe pode ser determinado por medidas generalizedas co- siuscular protetor feito mo, por exemplo, fazer com que o atleta tente empur- pelo paciente, ou pelo rar 0 polegar na direcéa do antebraco (Fig. 1-5). Ins- espasmo muscular tabilidade ¢ a incapacidade da articulacao funcionar : = sob as presses ocorrentes durante as stividades fun- "AM = amplitude de movimentos. cionais. Nem sempre a intensidade de frouxidaa de De Norkin, CC e White, Dj, p. 9, com permissio. Durante a avaliagio de uma leséo aguda, a amp! tude do movimento contra resistencia é utilizada pa~ ra estabelecer a presenca de dor ou enfraquecimento durante @ contragio. Durante a resisténcia manual, o membro é estabi zado proximalmente para evitar que outros movimen- tos compensem o enfraquecimento do misculo envol- vido.’ A resistencia ¢ oferacida distalmente no 0550 20 qual o misculo ou grupo muscular se insere, néo de- ‘vendo ficar distal a uma segunda articulagto (Fig. 1-4). ‘Testes para Ligamentos e Cépsulas Os tetas para igamentos « capsules avaliam a in- tegridade estruturel dos tecidos néo contrdteis que circundam uma articulagio. Entorses de tecido liga- uma articulagio se correlaciona com o grau de insta- bilidade vivenciado pelo atleta, Durante testes de es- tresse de ligamento, a diferenga relativa na frouxidao entre articulagdes ¢ freqtientemente um achado mals importante que a diferenca abscluta? ‘Todos os testes para ligamentos devem ser avalia- dos bilateralmente e, sempre que possivel, compara- dos com medidas besais. E essencial o uso do angulo articular apropriado durante a aplicagao do estressea Quadro 1-7; Achados dos Testes de Amplitude de jentos Contra Resistencia Dor Indicagao Cifaica Boa Nenkuma Normal Boa Presente __Lsio pequena ao tecido mole Fraca. Presente ignificativa ao tecido mole Fraca___Nenhume Tecido nao contrdtil; Tocido ligamentar e capsular qua circunda uma articulagao. Entorse: Estiramento ow laceracao de tecido ligamentar ou capsular. ‘Subluxagao: Luxagao parcial ou completa de uma articulagéo, habitualmente de netureza temporétia; as superficies articulates reposicionam-se essim que desaparecem as forgas que causaram o deslocamento da articulagéo.

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