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Thiago Nishida – Todos os Direitos Reservados


OBJETIVO DO CURSO

Após concluir esse curso você será capaz de:

 Localizar precisamente todos os pontos auriculares da apostila.


 Indicações e contra-indicações da auriculoterapia.
 Saber avaliar e tratar a maioria das patologias mais comuns em clínica.

Atenção

Os participantes do curso são responsáveis por sua própria segurança. Se você sofreu
uma lesão recentemente ou sofre de alguma doença não seja voluntário para a
técnica.

Os Chineses “construíram” a Medicina Tradicional Chinesa por séculos de observação,


tentativas, erros e acertos. Para que o aluno obtenha o conhecimento em
Auriculoterapia é necessário muito estudo além da sala de aula. Assim que adquirir
conhecimentos de avaliação e tratamento pratique o máximo que puder!

HISTÓRIA DA AURICULOTERAPIA

A auriculoterapia tem, desde tempos remotos, relatos de seu uso em vários


casos. Hipócrates, considerado o pai da medicina, em seu livro “Geração” relata curas
de impotência sexual com pequenas sangrias na orelha. Ao longo dos séculos,
encontram-se documentos que relatam de tratamentos semelhantes para algumas
doenças.
Em 1637, o médico português Zacutus Lusitanus descreve a utilidade de
cauterizações auriculares no tratamento da nevralgia ciática. Valsalva, em seu livro “De
Aura Humana Tratadus” escrito em 1717, descreve precisamente a região do pavilhão
auricular que estava queimando quando o paciente sofria de fortes dores de dente.
De 1850 a 1857 surgiram muitas publicações sobre a eficácia desse método no
tratamento da nevralgia ciática. “A favor dessa prática produz-se um verdadeiro
entusiasmo, na verdade bastante efêmero, já que não se podia dar-lhe nenhuma base
científica” (NOGIER, 1998 p 16).
Em meados de 1950 médicos franceses da região de Lyon começaram a
receber pacientes com cauterizações no pavilhão auricular. Os pacientes diziam-se
aliviados de nevralgia ciática graças à cauterização.
Um desses médicos era Paul Nogier que começou a fazer em casos análogos, a
mesma cauterização que parecia tão eficaz. Seus resultados foram surpreendentes
tamanha a sedação, que era quase imediata. Dr. Nogier questionou-se se o pavilhão
auricular poderia estar relacionado com outras partes do organismo, mas seus
resultados foram infrutosos por muito tempo.
Estudando as nevralgias ciáticas, Nogier constatou que um bloqueio da quinta
vértebra lombar é causadora freqüente dessa patologia. Então ele supôs que a quinta
vértebra lombar correspondia ao local da cauterização no pavilhão. Posteriormente,
concluiu que o restante da coluna ficava na continuação da anti-hélice.

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Paul Nogier provou seu método partindo da coluna vertebral, tratando dores
diversas, estimulando pontos distintos e provando que o método era geral. Ele nomeou
esse método de Auriculoterapia.
A Auriculoterapia foi reconhecida em 1990 pela Organização Mundial de
Saúde (OMS) como terapia de microssistema para benefício, promoção e
manutenção da saúde, no tratamento de diversas enfermidades.

INSTRUMENTAÇÃO

A auriculoterapia utiliza alguns instrumentos que facilitam o trabalho do


terapeuta. Porém o objetivo é colocar a agulha auricular ou a semente ou o magneto
ou o cristal ou a esfera no ponto certo e fazer ela ficar lá por, no mínimo, 3 dias.
Portanto o que não pode faltar para o terapeuta é o estímulo (agulha, sementes etc) e
um esparadrapo.
A seguir mostro os instrumentos mais utilizados na auriculoterapia.

Os Estimuladores
Agulhas auriculares: são agulhas em aço inoxidável que também são conhecidas como
“rabo de porco” pelo formato semelhante. Elas têm tamanhos e espessuras diferentes.

Quanto maior e mais grossa a agulha, maior o estímulo e melhor o


resultado. Isto ocorre em aproximadamente, 60% dos casos. Utilizar
agulhas muito grande e grossa pode provocar uma dor tão intensa
que, não raro, o paciente sinta náuseas, Cefaleia ou tenha a piora
dos sintomas, obrigando o terapeuta a interromper o tratamento com
auriculoterapia.
Dica: utilize agulhas grandes somente no lóbulo.

Agulhas filiforme: correspondem as agulhas tradicionais. Existem em diversos


tamanhos. A mais utilizada é a facial (8 x 0,18mm). Ela não é muito grossa, fácil de ser
manipulada e não necessita muita profundidade para permanecer na orelha. Além
disso, também existe um aparelho que facilita sua punturação. Agulhas para ciatalgia e
cicatriz psíquica: igual ou maior que 40mm e espessura entre 0,20 e 0,30mm.

Sementes e esferas: esses materiais devem respeitar uma característica fundamental


que é a de ser redonda (ou o mais próximo disso), dura e o mais liso possível. Tendo
essas características o próximo passo é escolher o material mais econômico.

No mercado existem dois tipos de sementes para auriculoterapia; a


de mostarda e a vacaria segetalis, que são chamadas popularmente
de semente escura e semente clara. Prefiro as sementes claras pois
esteticamente é mais discreta.

Magnetos e cristais: também são utilizados nos pontos auriculares. Os magnetos têm
um sentido correto de aplicação.

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Esparadrapo: usa-se qualquer esparadrapo para fixar a agulha ou semente na orelha.
Os mais comuns são os do tipo cremer e micropore.

Recomendo o uso do esparadrapo tipo micropore, pois sua cola dura


aproximadamente 7 dias e permite que a orelha seque mais
facilmente após o banho ou piscina. O esparadrapo tipo cremer é
impermeável, porém ele quase sempre solta as beiradas e lá acumula
água. Isso aumenta o risco de infecção (quando o estímulo é a
agulha auricular).
Dica: para potencializar a cola do esparadrapo, umedeça-o com a
tintura de benjoim.

Pinça: a pinça facilita a colocação do esparadrapo.

Recomendo a pinça com a ponta bem fina. Utilizo a ponta fina e reta,
porém existe a curva que não altera no resultado da terapia. Utilize a
que lhe trouxer mais conforto. Quanto menor a pinça, mais fácil fica
o trabalho. Pinça muito grande torna a colocação do esparadrapo
imprecisa.
Dica: a colocação das sementes é facilitado quando se coloca a ponta
da pinça o mais próximo possível da semente.

Placa: a placa de acrílico é um instrumento que facilita muito o terapeuta. Ela é


utilizada para colocar as sementes e o esparadrapo e cortar em quadrados perfeitos e
iguais. Também utiliza a placa para cortar o esparadrapo sem a semente e colocar
para fixar a agulha auricular.

Apalpador Auricular: ele é um instrumento simples, que tem como característica


principal a calibragem de 250g/mm2 de pressão e age estimulando a orelha em busca
do ponto doloroso.

A calibragem do apalpador não é o mais importante, pois os


pacientes têm sua própria calibragem. Utilizo o ponto zero (ouvido
central) para regular a pressão mais adequada para o paciente.

Localizador Elétrico: Sua característica é a detecção de locais com baixa resistência


elétrica.

Aplicador Auricular com Imã: este instrumento possui uma haste com um imã em
sua extremidade que facilita o manuseio da agulha auricular. Sua grande vantagem em
relação à pinça (que também serve para a aplicação da agulha) é que ao punturar, ela
não pressiona o ponto por não ser pontiaguda.

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ANATOMIA AURICULAR

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ASPECTOS IMPORTANTES

No verão, o método de colocação de sementes deve ser aplicado com menor


freqüência, devido ao incremento da sudação sebácea própria do paciente. O período
de permanência das sementes no pavilhão auricular não deve ser extenso.

Não é conveniente utilizar grande quantidade de semente ou agulhas no pavilhão


auricular, por isso se recomenda intercalar os pontos escolhidos, tanto pela face
ventral como pela dorsal, o lado a ser colocado também deve ser alternado.
Recomenda-se até 7 pontos.

Depois de realizado a auriculoterapia, o passo mais importante é o auto-estímulo que


realiza. O estímulo deve ser realizado com manipulações de pressão sobre a área onde
está localizado o esparadrapo com a semente ou agulha, evitando esfregar ou
friccionar, fatos que podem mover as sementes ou produzir lesões na pele.

REAÇÕES DA AURICULOTERAPIA

No pavilhão auricular existem duas interpretações. A interpretação ocidental,


refere a orelha com terminações nervosas que quando estimuladas provocam reação
no sistema nervoso. A interpretação oriental refere-se ao sistema de canais e colaterais
(meridianos). Mas a orelha é a mesma e por isso considero a importância de dominar
as duas escolas.
Isto nos oferece a possibilidade de conseguir uma maior influência sobre os
processos mórbidos, favorecendo a recuperação da saúde através do uso de diferentes
métodos terapêuticos.
Segue algumas das reações mais freqüentes na prática clínica.

Reações Positivas
 Reações do Pavilhão Auricular

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 Reações em Outras Partes do Corpo

Reações Negativas ou Neutras


 Reação de Retardo
 Reação Letárgica
 Reações de Efeito Contrário

Reações Positivas - Reações do Pavilhão Auricular


Quando realizamos a auriculoterapia, na maior parte dos casos, o paciente
sente uma sensação dolorosa no pavilhão auricular, sendo menos freqüente os que
referem uma sensação de intumescimento ou distensão entre outras manifestações
locais. Estas sensações são consideradas como normais e estão relacionadas com o
fenômeno que se denomina “De Qi” ou a chegada do Qi (energia vital).
O aparecimento de todas estas manifestações servem de grande ajuda ao
terapeuta, pois reafirma a certeza do ponto escolhido, de seu correto estímulo e da
chegada do Qi. Assinala-nos, além disso, que o resultado terapêutico tende a ser
ótimo; se não se obtiver estas manifestações, o resultado terapêutico será duvidoso.

Quanto maior a dor maior o efeito!

Recomendo uma dor suportável por um tempo prolongado do que


uma dor forte por poucos segundos. Ao estimular um ponto,
pressione até que o paciente sinta dor, porém consiga suportar.
Mantenha essa pressão por até 60 segundos.

Reações Positivas - Reações em Outras Partes do Corpo


Durante ou após realizar a Auriculoterapia podem aparecer diferentes
sensações em regiões do corpo distais ao pavilhão auricular; em geral, estas
manifestações são: sensação de calor ou de conforto, o paciente as percebe nos locais
do corpo, que guardam estreita relação com o processo patológico e, portanto com o
ponto auricular selecionado.

Reações Negativas ou Neutras - Reação de Retardo


Há ocasiões em que, ainda depois de um ciclo de tratamento, os resultados não
são notáveis ou não há nenhum resultado terapêutico. Isto pode obedecer a várias
causas:
 Que o paciente tenha uma importante deficiência de Qi e Xue, o que reduz os
recursos com que conta o terapeuta para tratar a enfermidade.
 Enfermidade severa e de um longo período de evolução.
 Que a quantidade e intensidade dos estímulos recebidos durante o tratamento
sejam insuficientes.
Em alguns casos, depois de ser mantido o tratamento, o paciente começa a
sentir uma melhora paulatina e em pouco tempo uma resposta terapêutica evidente;
este efeito é conhecido como “efeito retardado”. É por isso, que em muitos casos, não
se deve desistir, mesmo depois de realizar várias sessões de tratamento sem sucesso.
É necessário continuar o tratamento durante dois ou três ciclos mais, ou aumentar o
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nível de estímulo do mesmo, para restabelecer a resposta terapêutica e eliminar o
efeito retardo.

Reações Negativas ou Neutras - Reação Letárgica


Existe uma minoria de pacientes nos quais, ao realizar a exploração dos pontos,
não encontramos correspondência da reação destes, com a esperada pela
fisiopatologia da enfermidade, não mostrando nenhuma reação importante e sua
resistência elétrica sendo muito alta, nesses casos não se nota o “De Qi”. Este tipo de
ponto é denominado letárgico, dormido ou insensível.
Quando se realiza o tratamento em pacientes com tais características, os
resultados terapêuticos serão muito escassos; nestes pacientes não é recomendável
usar a Auriculoterapia. É um fenômeno observado muito comumente em pacientes
muito debilitados.

Reações Negativas ou Neutras - Reações de Efeito Contrário


Há ocasiões em que ao realizar o tratamento, não só se deixa de obter
resultado terapêutico, como, pelo contrário, aparece um agravamento da
sintomatologia. Isto acontece, sobretudo, para tratar sintomas como a Cefaleia,
taquicardia, insônia, hipertensão, etc. Estas características aparecem com mais
freqüência em pacientes que se encontram muito tensos, naqueles onde usamos
grande quantidade de pontos, quando o estímulo é muito forte ou as manipulações
não são corretas. Em algumas ocasiões, este efeito contrário se mantém e, então, o
terapeuta pode optar por duas estratégias: prosseguir o tratamento e observar as
reações ou deter o tratamento e modificá-lo por outro método terapêutico.

Outras Reações
Durante a prática da Auriculoterapia, também, podem-se apresentar outros
fenômenos anormais, que ainda que menos freqüentes não podem deixar de ser
mencionados.
Entre estes podemos mencionar: as dores no pavilhão auricular depois da
colocação das sementes, Cefaleias, sensação de incomodo ao abrir e fechar a boca,
sensação de frialdade nos membros inferiores, intumescimento na metade do corpo,
etc. Todos estes sintomas não são muito freqüentes, porém recomenda-se a imediata
retirada das agulhas ou sementes.

INDICAÇÕES

 Dores agudas: para obter um rápido alivio da dor, mas tomando cuidado para
não esconder os sintomas. Torções, fraturas, cotovelo de tenista, torcicolo,
lombalgias e nevralgia ciática.
 Dores crônicas: em conjunto com a medicina alopática, para substituir
analgésicos e anti-inflamatórios quando eles são contra-indicados, devido aos
efeitos colaterais.
 Analgesias
 Intoxicações: álcool, tabaco e drogas
 Problemas afetivos e de relações pessoais
 Disfunções neurovegetativas
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CONTRA INDICAÇÕES

 Gravidez
 Pessoas idosas
 Pacientes que tem distúrbios de coagulação sanguínea
 Se no pavilhão da orelha há tumefação, úlceras ou inflamação
 Diabéticos (somente os portadores de neuropatias periféricas)

AVALIAÇÃO

1. Realização de testes e anamnese


2. Detecção de pontos dolorosos ou de baixa resistência elétrica
3. Aplicação nos pontos dolorosos e/ou pontos selecionados de acordo com os
testes e anamnese

1. Os testes têm como objetivo especificar o mais precisamente possível a queixa


do paciente com o objetivo de tornar mais fácil a verificação dos resultados, que são
quase instantâneos. Nem todos os casos são passíveis de testes (como a insônia, por
exemplo) por isso é necessário também uma anamnese na qual deve-se perguntar
detalhes sobre a queixa. Por exemplo: em um caso de insônia, deve-se perguntar
quantas horas dorme por noite, acorda de noite, quantas vezes, tem sono profundo,
dorme em colchão mole ou duro, tem filhos pequenos, acorda cansado, etc. A partir
dos testes e anamnese é imprescindível que se tenha alguns pontos pré selecionados.
2. A detecção de pontos pode ser feita ou pelo apalpador ou pelo aparelho que
mostra a resistência elétrica do local. A detecção de um ponto doloroso é feita com o
apalpador por pressão colocado perpendicularmente ao pavilhão da orelha. Cada
região deve ser examinada de uma maneira sistemática para evitar que diferentes
pressões ocorram entre os pontos.
A calibragem do aparelho varia conforme a marca e o modelo. Na detecção
elétrica deve-se colocar ponto a ponto na orelha e os pontos patológicos são aqueles
que o aparelho indicar ter menor resistência elétrica.
3. Após a seleção dos pontos pela anamnese e pela detecção (elétrica ou pressão),
deve-se selecionar os que combinam entre si ou os que o terapeuta considera melhor
para o caso do paciente, lembrando-se que o ideal varia de 4 a 8 pontos.

Logo após a aplicação da auriculoterapia, o paciente deve sentir um ou mais


desses sintomas, caso contrário a eficácia do tratamento estará comprometida.
Tranqüilidade
Boca mais seca
Boca mais úmida
Alivio dos sintomas
Relaxamento
Sono

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Avaliação para Auriculoterapia (disponível em vidaterapia.com)

Data:____/____/____
Nome: _______________________________________________________________
Idade: _____anos DN: ____/____/____ Sexo: M( ) F( )
Estado Civil: ___________________ Filhos: ____________
Endereço:________________________________________ nº: ______ Apto: ______
Município: ______________________________ Estado: _____
Fone: ____________________
Escolaridade: ________________________ Profissão: _________________________
Médico responsável: ______________________ Fone: _________________________
Indicação:
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Queixa Principal (QP)
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1. Anamnese e Testes
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Pontos escolhidos:
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2. Diagnóstico através dos pontos dolorosos a pressão

Pontos Dolorosos:
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3. Seleção dos pontos
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Orelha: Direita Esquerda

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FORMAS DE TRATAMENTO

Tratamento de colocação de sementes ou agulhas


Este é um método simples e está popularizando-se nos últimos tempos por suas
vantagens operacionais.
É relativamente novo, vem-se desenvolvendo na China, há, aproximadamente
20 anos, o mesmo se baseou e desenvolveu a partir das experiências obtidas com a
agulha filiforme e o uso da agulha intradérmica no pavilhão auricular. Entre as
vantagens que este método oferece está a de ser muito mais simples e mais barato;
além de se poder tratar um grande número de enfermidades, da mesma forma que
com os métodos anteriores, facilitando o tratamento a pessoas da terceira idade e de
constituição física débil, também é muito adequado no tratamento pediátrico,
garantindo ou facilitando que o paciente não tenha que voltar diariamente à consulta.
Depois de haver utilizado o explorador auricular, feito a anamnese e realizado
uma correta seleção dos pontos de reação positiva correspondentes com o diagnóstico
e diferenciação clínica, precede-se à esterilização da zona com um algodão e álcool a
70%. Então, a semente ou agulha é colocada no ponto.
Uma vez sustentada a semente com o esparadrapo sobre o ponto, pressiona-
se, paulatinamente, procurando que o paciente sinta um estímulo ou sensação de
distensão, que vai aumentando em intensidade, gradualmente. A magnitude do
estímulo, em cada caso, responde às características da enfermidade. No caso de
crianças, anciões de constituição física débil e pacientes neurastênicos ou muito
sensíveis, usa-se uma manipulação com estímulo leve; no caso de enfermidades
agudas, inflamatórias, dolorosas, de natureza quente ou em pessoas de constituição
física forte, com a pele do pavilhão auricular espessa devido ao trabalho ao ar livre
durante muitos anos, recomenda-se utilizar a manipulação com um estímulo forte.
Depois de realizado o método de colocação de sementes e haver obtido a
sensação adequada à pressão (De Qi), continua-se pressionando o ponto auricular,
durante vários segundos. Em geral, ao utilizar um estímulo médio sobre o pavilhão da
orelha, o paciente pode obter sensações como: calor, distensão da zona imediata e um
estímulo migratório que pode viajar a vários lugares do corpo.

Ciclo de tratamento
As sementes colocadas no pavilhão auricular podem permanecer por um
período de três a sete dias, em dependência da enfermidade tratada. No caso das
enfermidades dolorosas, as sementes podem ser retiradas aos três ou quatro dias, com
vistas a modificar os pontos escolhidos, segundo a necessidade. Tudo está sujeito à
evolução da enfermidade e as suas características. Recomenda-se que se a mesma
evolui favoravelmente, os pontos escolhidos sejam modificados em torno dos cinco ou
sete dias.

Orientações ao paciente
 É normal as agulhas doerem até o segundo dia, caso continue doendo após
esse período retire-as.
 Pode-se estimular a agulha massageando-a com movimentos circulares durante
um minuto em cada ponto. Caso esteja com a semente a massagem é
obrigatória e diária.

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 Caso sinta algum desconforto como dificuldade para dormir ao encostar a
orelha, dor de cabeça, náusea ou qualquer desconforto que esteja diretamente
relacionado ou não com a auriculoterapia, retire as agulhas ou sementes.
 Utilize uma pinça comum para a retirada das agulhas e jogue-as fora
embrulhando em papel higiênico.

MASSAGEM AURICULAR

Na massagem auricular, usam-se manipulações como: pressionar, massagear,


sovar, friccionar, beliscar e pontear.
Este método de massagem é muito antigo e difundido na China, sobretudo, por
sua sensibilidade e resultados terapêuticos, além de ser agradável ao paciente. Com o
mesmo se tratam diferentes tipos de enfermidades como a Cefaleia, neurastenia,
hipertensão, etc. Em uma sessão de Auriculoterapia a massagem auricular tem como
objetivo regular o pavilhão auricular para que facilite a localização dos pontos pelo
detector de pressão, pode auxiliar na confiança do paciente e permite que ele relaxe
antes da terapia.

Massagem de todo o pavilhão


Começamos esfregando as palmas das mãos até que
fiquem quentes. Logo realizamos movimentos de massagem
para diante e para trás sobre a parte ventral e dorsal da
orelha. Quando fazemos os movimentos para diante, se
flexiona o pavilhão para frente, de forma tal que se
massageie o lado dorsal da orelha. Esta manobra se realiza
repetidamente de cinco a seis vezes.

Esta manobra de massagem é realizada da seguinte maneira:


fechamos a mão em forma de punho (não fortemente mas
deixando espaço entre os dedos), com o polpa do dedo
polegar e o bordo externo do dedo indicador, realizamos
massagens sobre o hélice, começando de cima para baixo,
várias vezes seguidas, até que se sinta calor e vasodilatação.

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Repita o mesmo processo na parte mais inferior da fossa
escafóide, até sua parte superior, depois prossiga passando
pela cruz superior até a fossa triangular.

Repita o processo na anti-hélice

Palpação do trago e anti-trago

Concha Cava e Concha Cimba

Lóbulo

Massagem no hélice da orelha


Este é um método que vem, desde a antiguidade, utilizando-se para a
manutenção da saúde e formando parte de diferentes escolas de Qi Gong. A
massagem repetida sobre o hélice pode tonificar o Qi do rim e evitar a hipoacusia e a
surdez, tratando também os transtornos do sono.
Este método pode evitar a impotência, as hemorróidas produzidas por
constipação, dor da cintura e pernas, as enfermidades cervicais, a opressão torácica, a
palpitação, as tonturas, as Cefaleias, etc.
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Tem a função de tonificar a Mente, ajudar à audição, clarear a vista, tonificar o
Rim e fortalecer a saúde em geral.

Massagem na escafa, cruz superior da anti-hélice e fossa triangular


Seguindo o mesmo procedimento da massagem no hélice da orelha, é feita a
pressão na escafa em toda sua extensão, repete-se esse processo algumas vezes e é
feito o mesmo procedimento na cruz superior da anti-hélice e na fossa triangular.

Atar e levantar o lóbulo da orelha


Este método também se chama “despregar as duas asas para voar” e se efetua
realizando beliscões, alando e levantando o lóbulo da orelha com ambas mãos,
primeiramente, com força leve, mas aumentando a forca pesada de maneira paulatina,
durante 3 ou 5 minutos. O tratamento pode realizar-se uma vez pela manhã e outra
pela tarde. Esta técnica de massagem pode servir para tratar a Cefaleia, o choque,
enfermidades da visão, febre alta nas crianças e é adequado na profilaxia do resfriado
comum. Se a orelha apresentar algum sintoma inflamatório não se deve usar este
método.

LOCALIZAÇÃO DE PONTOS

Importante
Os pontos selecionados são os mais utilizados na prática clínica; para ter conhecimento
de outros pontos é necessário a consulta a livros. Estes pontos resolvem cerca de 80%
dos casos.

Lóbulo
Ponto maxila: encontra-se no centro da zona
3 do lóbulo.
Ponto mandíbula: encontra-se no centro da
linha superior da zona 3 do lóbulo.
Ponto lóbulo anterior: encontra-se no centro
da zona 4 do lóbulo.
Ponto olho: encontra-se no centro da zona 5
do lóbulo da orelha.
Ponto ouvido interno: encontra-se na parte
superior e lateral da zona 6 do lóbulo.
Ponto amídala: encontra-se no centro da zona
8 do lóbulo

Ponto maxila
Função – Ponto empregado no tratamento das odontalgias dos dentes da arcada
superior, distúrbio da ATM (Articulação Têmporo Mandibular), bruxismo e neuralgias
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do trigêmeo. Também tem ação na face sendo indicado como ponto local para acne e
espinhas.

Ponto mandíbula
Função – Ponto com propriedades terapêuticas iguais ao anterior, porém indicado para
a arcada inferior.

Ponto lóbulo anterior


Função – Este ponto acalma a mente e melhora os transtornos do sono tais como:
sono leve de curta duração e que uma vez alcançado, o paciente desperta com
facilidade, não conseguindo voltar ao mesmo, pesadelos e sonhos excessivos.

Ponto do olho
Função – Empregado no tratamento de todas as afecções oftalmológicas, também
alivia a ansiedade.

Utilizo esse ponto como calmante e ansiolítico com ótimos resultados.


Se o estímulo for com sementes, utilizo uma na parte ventral e outra
na dorsal.

Ponto ouvido interno


Função – Empregado no tratamento das afecções do ouvido, as quais compreendem a
hipoacusia, tinidos, a otite e a labirintite.

Ponto amídala
Função – Este ponto é indicado para todas as afecções da garganta, faringe e laringe.

Raiz do hélice da orelha


1. Ponto ouvido central (Ponto Zero): este ponto
localiza-se sobre o nascimento da raiz da hélice. É
um ponto que se conecta diretamente ao ramo do
nervo vago.

2. Ponto diafragma: esta região encontra-se sobre a


raiz do hélice, ao nível do conduto auricular.

1. Ponto ouvido central (Ponto Zero)

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Função – Este ponto tem várias denominações tais como, ponto do nervo vago, ponto
ramo e ponto zero; sua função resume-se em regular a atividade funcional dos órgãos
internos, por isto, é utilizado no tratamento das afecções do aparelho digestivo e
cardiovascular, com uma significativa ação na enurese noturna.
Este ponto é utilizado para calibrar a pressão utilizada pelo apalpador auricular.

2. Ponto diafragma
Função – Este ponto controla o prurido (coceira), elimina os espasmos do diafragma e
controla as hemorragias. É indicado para psoríase, eczemas, acne e hemorragias.

Anti-trago
1. Ponto hipófise: encontra-se no bordo superior do
anti-trago, próximo à fossa superior do anti-trago.
2. Área de neurastenia: esta área se encontra no
bordo externo do anti-trago, para fora da linha
imaginária que “rebate” o anti-trago.
3. Área de subcórtex: encontra-se no lado interno
do anti-trago, na porção mais próxima da incisura
do inter-trago. Está dividido em três áreas:
nervosa, cardiovascular e digestiva.
Incisura do Inter-trago
4. Ponto endócrino: encontra-se na parte mais
baixa da incisura do inter-trago, aproximadamente,
a 0,5 mm para dentro.

1. Ponto hipófise
 Tratamento das afecções ginecológicas causadas por transtornos do sistema
endócrino, tais como: amenorréia, menstruações irregulares e impotência.
 Tratamento das afecções causadas pelos transtornos da hipófise, tais como:
nanismo, adenomas de hipófise.
 Tratamento das enfermidades hemorrágicas, principalmente as relacionadas a
menstruação.

2. Área de neurastenia (área do stress)


Função – Esta região tem a função de acalmar a mente e induzir ao sono. Suas
principais indicações são: depressão, ansiedade, stress e insônia.

3. Área do subcórtex
Função – O ponto subcórtex regula a função do córtex cerebral ele é constituído por
três áreas: área nervosa do subcórtex, área digestória do subcórtex e área
cardiovascular do subcórtex.
 A área nervosa do subcórtex regula a atividade do córtex cerebral mantendo o
equilíbrio da excitação, depressão da mesma.

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 A área digestória do subcórtex trata todas as afecções do sistema digestório,
tais como: gastrite, úlceras gástricas e duodenais, vômitos, náuseas distensão
abdominal, Diarreias,constipação, enfermidades do fígado e da vesícula.
 A área cardiovascular do subcórtex trata enfermidades do sistema
cardiovascular, tais como hipertensão, enfermidade de Raynaud, leves
palpitações, arritmias, etc.

O subcórtex atua no sistema digestório e cardiovascular como coadjuvante. Exemplo:


em uma gastrite o ponto principal é o estômago, mas o subcórtex auxilia regulando as
funções cerebrais do estômago.

Pela minha experiência esse ponto é indicado para um relaxamento


profundo. Pessoas muito preocupadas e com inúmeros
compromissos, atingem um relaxamento significante com o uso
contínuo desse ponto. Indicações: pessoas que “perdem hora”
constantemente, “não quer acordar”, “esquece compromissos e
perde coisas com freqüência”, “acordam e sentem que não
descansaram”.

4. Ponto endócrino
 Utilizado para regular as funções do sistema endócrino, portanto, trata as
afecções causadas por transtornos do mesmo, tais como disfunção da glândula
tiróide, diabetes melito.
 Utilizado para garantir e controlar uma adequada função digestiva (absorção e
digestão).
 Tem propriedades antialérgicas, antiinfecciosas, antiinflamatórias e
antireumáticas.
 Indicado para obesidade, artrite reumatóide, lúpus eritematoso, articulações
inchadas e doloridas e edema.

Trago
1. Ponto supra-renal: encontra-se sobre a
metade inferior do lado externo do trago, por
baixo da proeminência central deste (dica: o
esparadrapo “abraça” o trago).
2. Ponto nariz externo: encontra-se sobre a
face externa do trago, formando um triângulo
com o ponto da supra-renal e ápice do trago.
3. Ponto fome: encontra-se na metade da
distância da linha que conecta o ponto nariz
externo ao ponto supra renal.
4. Ponto sede: encontra-se um pouco acima da
metade da distância da linha que une os
pontos nariz externo e ápice do trago.

1. Ponto supra-renal
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Função
 Regula as funções das glândulas supra-renais.
 Têm propriedade antialérgica, antiinfecciosa e antiinflamatória.
 Utilizado para diminuir a temperatura, por isso emprega-se nas enfermidades
febris.
 Também controla o tônus vasomotor do sistema vascular, motivo pelo qual está
contra-indicado para pacientes com hipertensão arterial, já que seu emprego
limita a elevar a tensão arterial (hipotensão ortostática, choque tensional), por
esta função de vasoconstrição, utiliza-se no tratamento das hemorragias.
 Elimina os estados de rigidez das fibras musculares lisas bronquiais, fato pelo
qual se emprega na asma bronquial e bronquite aguda.

2. Ponto nariz externo


Função – Indicado nas afecções da área do nariz, como as inflamações da área, acne
juvenil, sinusite e rinite.

3. Ponto fome
Função – Ponto empregado para regular o apetite, por isto, é utilizado no tratamento
da obesidade.

4. Ponto sede
Função – Ponto que regula o mecanismo da sede, por isto é utilizado no tratamento do
diabetes melito, na enurese e na polidipsia de caráter neurológico.

Atenção
Os pontos fome e sede tem a função de regular somente e não de suprimir uma
sensação fisiológica.

1. Região cervical: esta zona abrange o


primeiro quinto da parte inferior da anti-
hélice.
2. Região torácica: esta região abrange o
segundo e o terceiro quinto do anti-hélice, de
baixo para cima consecutivamente.
3. Região lombar: encontra-se sobre o anti-
hélice entre a região sacra e dorsal.
4. Região sacra: encontra-se na parte superior
do anti-hélice justo antes que se separem a
cruz superior e inferior do anti-hélice.
5. Ponto cóccix: no ponto de união da cruz
superior e inferior do anti-hélice.

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1. Região cervical
Função – Ação no local correspondente

2. Região torácica
Função – Ação no local correspondente

3. Região lombar
Função – Ação no local correspondente

4. Região sacra
Função – Ação no local correspondente

5. Ponto cóccix
Função – Ação no local correspondente

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Cruz inferior da Anti-hélice

1. Ponto do nervo ciático: encontra-se sobre o


terço central da cruz inferior do anti-hélice.

2. Ponto do nervo simpático: encontra-se sobre o


terço interno da cruz inferior do anti-hélice onde
esta se insere no lado interno do hélice.

1. Ponto do nervo ciático


Função – Analgesia e muitas vezes, cura no nervo ciático patológico.

O tratamento desse ponto pode ser feito da maneira tradicional, com sementes ou
agulhas auriculares, porém o tratamento mais eficaz consiste em:
a) Localizar precisamente o ponto do nervo ciático
b) Punturar pela parte superior da cruz inferior da antihélice
c) A agulha deve sair na parte inferior da cruz inferior da antihélice
d) Durante 15 minutos, queima a extremidade da agulha, sempre respeitando o
limiar de dor do paciente.

Caso clínico: Uma paciente com dor no ciático. Foi feito o


procedimento bilateral. Após 15 minutos ela relatou melhora de 80%
da dor, após quase um ano a dor não havia voltado.

2. Ponto do nervo simpático


Função
 Regula a função do sistema neurovegetativo.
 Relaxa os espasmos da musculatura lisa, é um ponto importante para tratar
dores produzidas por espasmos gastrointestinais, cálculos renais e das vias
urinárias, gastrites, úlceras gástricas e duodenais, asma, etc. Este ponto não
deve ser usado na distensão abdominal.
 Ponto vasodilatador, portanto é indicado para hipertensão arterial e contra-
indicado para hipotensão (pressão baixa)
 Regula as secreções internas, por isso, se usa para tratar a hiperhidrose, a
enurese infantil, a dermatite seborréica e a alopécia.

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Cruz superior da Anti-hélice
1. Ponto artelhos: encontra-se sobre o bordo
externo da cruz superior do anti-hélice, na
parte onde se insere no bordo interno no
hélice.
2. Ponto do calcâneo: encontra-se sobre o
bordo interno da cruz superior do anti-hélice,
na parte onde se insere no bordo interno do
hélice.
3. Ponto da articulação do tornozelo:
encontra-se lançando uma linha entre o ponto
calcâneo e articulação do joelho, na metade da
distância desta linha.
4. Ponto da articulação do joelho: encontra-
se exatamente no centro da cruz superior do
anti-hélice.

5. Ponto da articulação do quadril: encontra-


se no ponto central da área onde começa a
cruz superior do anti-hélice.

1. Ponto artelhos
Função – Ação no local correspondente.

2. Ponto do calcâneo
Função – Ação no local correspondente.

3. Ponto da articulação do tornozelo


Função – Ação no local correspondente.

4. Ponto da articulação do joelho


Função – Ação no local correspondente.

5. Ponto da articulação do quadril


Função – Ação no local correspondente.

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Fossa triangular
1. Ponto Shen Men: encontra-se um pouco
acima do bordo externo da fossa triangular.
2. Ponto genitais internos: encontra-se um
pouco acima da depressão interna e central
da fossa triangular.

1. Ponto Shen Men


Função
 Anti-inflamatório e analgésico
 Sedante – é usado para acalmar a tosse, a dispnéia, o prurido, a Diarreia, a
leucorréia e a vertigem, tem também função hipotensora e acalma o espírito, é
usado, em geral, para tratar enfermidades do sistema nervoso, cardiovascular,
respiratório e digestivo.

O ponto shen men é o mais importante da Auriculoterapia Chinesa.


Ele tem, além de suas funções específicas, a função de potencializar
outros pontos estimulados na sessão.

2. Ponto Genitais Internos


Função – Ponto utilizado no tratamento das menstruações irregulares e das disfunções
sexuais.

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Rodeiam a raiz do hélice da orelha
1. Ponto boca: na parte póstero-superior do
conduto auditivo externo, no primeiro terço
que une o conduto auditivo com a região
onde começa a raiz do hélice.
2. Ponto esôfago: imediatamente por baixo da
raiz do hélice ao nível do ponto ouvido
central.
3. Ponto estômago: encontra-se no ponto
onde desaparece a raiz do hélice.
4. Ponto intestino delgado: encontra-se no
bordo superior da raiz do hélice, ao nível do
ponto esôfago.
5. Ponto intestino grosso: encontra-se no
bordo superior da raiz do hélice, ao mesmo
nível do ponto boca.

1. Ponto boca
Função
 Trata as afecções da cavidade bucal, laringe e faringe, tais como úlceras
bucais, gengivite e transtornos da articulação temporomandibular.
 Acalma a tosse
 Fora da China, este ponto é também chamado de ponto que restabelece o
cansaço, além disso, se emprega no tratamento da dor da região lombar, das
pernas e nos estados de cansaço excessivo onde há perda da forca muscular.
 Também é usado para diminuir a compulsividade com alimento, bebida e fumo.

2. Ponto esôfago
Função – Harmoniza o correto funcionamento do esôfago no processo digestivo,
utiliza-se no tratamento da esofagite e da opressão torácica.

3. Ponto estômago
Função
 Ponto útil no tratamento das afecções do estômago, tais como gastrite, úlceras
gástricas e espasmos estomacais.
 Para o tratamento da obesidade, ele diminui um pouco o tamanho do
estômago.
 Pela Medicina Tradicional Chinesa suas indicações são: odontalgias, Cefaleia
frontal, histeria e depressão.

4. Ponto intestino delgado


Função
 Favorece a absorção e a transformação dos alimentos, mobiliza as fezes na
constipação e diminui a Diarreia.
 Atua como coadjuvante para casos de hiperatividade mental e insônia.
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5. Ponto intestino grosso
Função – Mobiliza as fezes, indicado para constipação. Detém a Diarreia. É eficaz para
a distensão abdominal, hemorróida e cólon irritável.

Pela minha experiência, em casos de constipação a auriculoterapia


demora cerca de 2 a 3 aplicações para obter resultado. É normal,
mesmo fazendo a auriculoterapia, o paciente passar alguns dias sem
ir ao banheiro.

Concha Cimba
1. Ponto rim: este ponto localiza-se na
pequena cavidade que se forma por baixo da
cruz inferior do anti-hélice, ao mesmo nível
do Shen Men.
2. Ponto bexiga: o ponto localiza-se um pouco
mais medial em relação ao Rim.
3. Ponto fígado: a partir do ponto do
estômago, este ponto localiza “um pouco
para o lado” e “um pouco para cima”.
4. Pontos vesícula biliar: este ponto localiza-
se entre o fígado e o ponto rim, no bordo
externo da concha cimba.

1. Ponto rim
Função
 O Rim, segundo a Medicina Tradicional Chinesa, atua fornecendo energia para
o corpo inteiro, por isso é um ponto importante para a manutenção e
conservação da saúde. Pela parte mental está relacionado ao medo e a força
de vontade.
 Ele é indicado para Diarreia crônica, stress, tonturas, zumbidos, tinidos e para
estimular o cérebro. Dores crônicas em membros inferiores e coluna (lombar
principalmente). É um dos principais pontos para impotência e infertilidade.
 O ponto rim também diminui edemas e a retenção líquida, isso ajuda também
na obesidade.
 O ponto rim é contra indicado para cálculo renal

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Já tive duas alunas que trataram cálculo renal com Auriculoterapia
com sucesso. No primeiro caso, o paciente após, aproximadamente 2
horas, ao urinar expeliu uma pedra. Desde que colocou a
Auriculoterapia sua dor diminuiu muito e ficou mais animado. No
segundo caso a paciente já estava com a cirurgia marcada para a
segunda-feira, fez a Auriculoterapia na sexta-feira e não sentiu dor
no final de semana.

2. Ponto bexiga
Função
 A bexiga trata patologias como infecção urinária, incontinência urinária e
retenção urinária.
 Pela Medicina Tradicional Chinesa este ponto alivia dores na região posterior do
corpo (Cefaleia occipital, coluna vertebral, glúteos e membros inferiores).

3. Ponto fígado
Função
 O fígado distribui a energia para o corpo inteiro, sendo indicado para aumentar
a circulação da energia.
 Ele atua para diminuir a raiva, a ira e a reatividade
 Indicado para todas as tendinites
 Qualquer afecção dos olhos (inclusive Cefaleia que dói o “fundo dos olhos”)
 Região genital (impotência nos homens e TPM, menstruações dolorosas e
alterações no ciclo menstrual, ou seja, adianta ou atrasa o ciclo menstrual ou
tem poucos dias ou muitos dias).
 Também é indicado para Cefaleia temporal e do topo da cabeça (vértex).

4. Ponto vesícula biliar


Função
 Indicado para enfermidades da vesícula biliar
 Pela Medicina Tradicional Chinesa ele alivia Cefaleia temporal, ciatalgia (quando
o paciente refere dor na lateral da coxa e perna), sabor amargo na boca,
rigidez na nuca, distensão e plenitude intercostal.

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Concha Cava
1. Ponto coração: encontra-se na depressão
situada no centro da concha cava.
2. Ponto pulmão: encontra-se por cima e por
baixo do ponto coração, em ambos os lados
como se envolvesse o mesmo, o ramo inferior
do ponto pulmão é o que coincide com o
pulmão do lado da orelha tratada e o ramo
que se localiza por cima do ponto coração
corresponde ao pulmão do lado contrário.
3. Ponto baço: a partir do ponto do estômago,
este ponto localiza “um pouco para o lado” e
“um pouco para baixo”.
4. Ponto san jiao: este ponto localiza-se um
pouco depois do endócrino, fica um pouco
antes do ápice do trago e do ápice do anti-
trago.

1. Ponto coração
Função
 Ponto com uma atividade funcional ampla, entre as quais se encontram o
fortalecimento da atividade funcional do coração, regular a pressão arterial.
 O coração segundo a Medicina Tradicional Chinesa é o receptor de todos os
sentimentos, pois abriga a mente. Por isso é indicado para depressão,
neuroses, ansiedade e insônia. Também é indicado para hiper-hidrose.

2. Ponto pulmão
Função
 Todas as afecções do sistema respiratório tais como: bronquite, asma e
pneumonia, faringites, rinites, sinusites, afonia, perda do sentido do gosto, etc.
 Segundo a Medicina Tradicional Chinesa, ele é indicado para aumentar a
imunidade e, principalmente, em casos de gripes, resfriados, algias musculares
e rinite.
 Na parte mental controla a tristeza.
 Também controla a pele e pêlos, sendo indicado para qualquer transtorno da
pele.

3. Ponto baço
Função
 Controla os transtornos do sistema digestório como: Diarreia, distensão
abdominal e constipação.
 Indicado para hemorragias, edema e inchaço, hemorróida e hérnia (qualquer
coisa que está “fora do lugar”).
 Aumenta a energia do corpo, sendo indicado para letargia e cansaço.
 Na parte emocional é o responsável pela concentração e memorização.
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4. Ponto San Jiao
Função – Este ponto acalma qualquer dor, diminui edemas e elimina líquidos corporais,
principalmente os articulares. É um ponto de tonificação da energia geral.

Hélice da orelha
1. Ponto órgãos genitais
externos: encontra-se sobre o
hélice, no nível do ponto simpático.

2. Nervo occipital menor:


encontra-se no tubérculo auricular,
mas por seu bordo interno.

Ponto do ápice da orelha: encontra-


se no ponto mais alto do pavilhão
auricular, na ponta que se cria ao
dobrar o pavilhão.

1. Ponto órgãos genitais externos


Função – Ponto empregado no tratamento das afecções dos órgãos genitais externos,
como prurido genital e impotência.

Indico a utilização dos pontos genitais externos e genitais internos


para qualquer afecção do sistema urinário e reprodutor.

2. Nervo occipital menor


Função – Tem efeito sedante e analgésico, por isto, é usado para tratar Cefaleia
occipital e dor no pavilhão auricular.
Trata os espasmos dos vasos sangüíneos, sendo usado nas seqüelas de AVC, na
arteriosclerose cerebral e na cervicalgia com parestesia

3. Ponto ápice de orelha


Função – Antiinflamatória, antipirética, hipotensora, antialérgica e acalma a dor.
Este ponto é indicado para hipertensão arterial aguda, irritabilidade, stress, Cefaleias e
dermatites.

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Outro método para hipertensão arterial aguda: Sangria no ápice da orelha e no maior
vaso sangüíneo que encontrar na parte posterior da orelha. Na sangria retira-se de 1 a
10 gotas de sangue.

Caso clínico: Uma paciente chega ao consultório com o mal estar de


hipertensão arterial aguda. A pressão estava 18x9 mm Hg. Realizei a
sangria no ápice da orelha e no vaso sangüíneo na parte posterior,
após o tratamento bilateral, a pressão estava em 15x8 mm Hg. Após
realizei a acupuntura sistêmica tranquilamente.

Fossa Escafóide
1. Ponto falanges: localiza-se no
extremo superior da fossa escafóide.
2. Ponto articulação do punho: este
ponto é localizado ao dividir a fossa
escafóide em cinco partes iguais, na
união da primeira parte com a segunda,
de cima para baixo, ao centro da fossa.
3. Ponto cotovelo: o ponto localiza-se
na terceira das cinco partes em que se
dividiu a fossa escafóide, contando-se
de cima para baixo, ao nível do centro
da fossa.
4. Ponto articulação do ombro:
encontra-se na altura da região
cervical, porém na fossa escafóide.

1. Ponto falanges
Função – Ação no local correspondente.
2. Ponto da articulação do punho
Função – Ação no local correspondente.
3. Ponto cotovelo
Função – Ação no local correspondente.
4. Ponto da articulação do ombro
Função – Ação no local correspondente

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MAPA (disponível em vidaterapia.com)

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AURICULOTERAPIA FRANCESA

Auriculoterapia
É um método para tratamento de diversas patologias, que utiliza estímulos em
determinados pontos do pavilhão auditivo. Tais estímulos podem ser: massagens,
punturação com agulhas ou cauterização.

Auriculomedicina
A Auriculomedicina é a evolução do método, é mais específica e mais complexa.
Sua grande novidade é o VAS (vascular autonomous signal) que a torna mais precisa
tanto no diagnóstico como no tratamento. Juntamente com esta técnica estão os
localizadores elétricos de pontos patológicos e a fotopercepção cutânea. Seu
tratamento ocorre basicamente com agulhas e também utiliza o pavilhão auditivo como
área reflexa.

PONTO PATOLÓGICO

O ponto patológico é quando ocorre um complexo neurovascular num


determinado local do pavilhão auditivo. Segundo Cella, histologista da Universidade de
Montpellier, os pontos auriculares patológicos são definidos por um centro e por uma
periferia. Cella chegou a essa conclusão através de cortes histológicos, quando
verificou que há uma queda brutal da resistência elétrica no centro do ponto e que a
resistência elétrica aumenta, progressivamente, na periferia do ponto. Esse ponto
patológico é um complexo neurovascular, ou seja, uma microentidade composta de
arteríola, vênula, linfática e terminal nervoso que na prática clínica é muito útil. Já que
através da resistência elétrica baixa, um detector eletrônico precisa o ponto do
enfermo.
O complexo neurovascular possui terminal nervoso, portanto é sensível à
pressão e a punturação com agulhas. É possível detectar pontos patológicos através de
detectores de pressão, pois quando se pressiona o ponto tem-se a dor.
Existem três tipos de complexo neurovascular: grande, médio e pequeno. O
grande localiza-se no centro da orelha (hachurado em azul na figura abaixo), o médio
localiza-se na parte superior da orelha (hachurado em verde na figura abaixo) e o
pequeno na parte inferior e na periferia da orelha (hachurado em vermelho na figura
abaixo). Portanto, quanto maior o complexo, mais fácil de encontrá-lo.

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Localização dos Complexos Neurovasculares

Quando o ponto patológico é encontrado ele deve ser destruído, pois com a
destruição, ocorre uma regeneração tecidual local e uma vasodilatação no órgão
correspondente. Um exemplo disto, seria uma gastrite estomacal, na qual, o órgão
estômago, estando lesado cria no pavilhão auditivo na área referente ao estômago um
complexo neurovascular. Este, quando destruído, faz com que o organismo regenere o
local da orelha, o que provoca uma reação reflexa de vasodilatação no órgão
correspondente, no caso o estômago. Essa vasodilatação faz com que aumente o
aporte de oxigênio e nutrientes necessários para que ocorra uma regeneração do
órgão.

V.A.S. (VASCULAR AUTONOMOUS SIGNAL)

Definição
A tradução do VAS é sinal vascular autonômico que significa uma reação do
sistema autônomo, portanto inconsciente. É possível sentir o VAS por qualquer artéria
do corpo, mas o mais usual é a artéria radial, pela sua praticidade. A sensação desse
sinal é a de um pulso forte e um pouco mais longo, que o normal do paciente.
É importante evidenciar que o VAS não é uma reação cardíaca, mas arterial, é
uma resposta de todas as artérias do organismo aos estímulos, que podem ser
endógeno ou exógeno. “O VAS não é um fenômeno empírico, mas sim fisiológico”
(TOSTO, 1999 sd).

Biofísica do VAS
Para que ocorra o VAS é necessário integração de pele, artérias e sistema
nervoso, pois quando estimulamos a pele, ocorre uma reação arterial que é
coordenada pelo sistema nervoso.
Raphael Nogier e Navach fizeram algumas experiências que demonstraram que
a pele responde de maneiras diferentes aos estímulos externos.
Em 1981, Dr. Rafael Nogier e o Prof. Santini, fizeram uma experiência com
coelhos, com o objetivo de comprovar a influência da luz sobre a pele e as respostas
do sistema nervoso (NOGIER, 1997 p 104). Para isso, usaram três séries de animais
que foram colocados em caixas especiais cuja característica principal era manter a
cabeça do animal para fora, impedindo o estímulo da visão durante a experiência. Após
suas adaptações às caixas, um grupo de coelhos foi estimulado com luz contínua,
outro grupo com luz intermitente e o terceiro foi o grupo de controle. A experiência foi

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realizada sempre no mesmo horário, sob as mesmas condições barométricas,
utilizando a mesma intensidade de luz e as lâmpadas tinham filtros anticalóricos.
Tomaram-se amostras de sangue da veia marginal das orelhas em quatro
períodos: um minuto antes e um minuto depois da estimulação, dez minutos e trinta
minutos depois da estimulação. Pelas amostras dosaram-se as catecolaminas
(adrenalina e noradrenalina) e a dopamina.
Os resultados foram surpreendentes. Com a luz branca intermitente elevaram-
se os níveis de catecolaminas e com a luz contínua os níveis continuaram estáveis. Os
níveis de dopamina continuaram estáveis nos três grupos de animais. Com essa
experiência foi possível concluir que a pele, quando estimulada, reage de maneiras
diferentes, podendo ativar o sistema nervoso para que ocorra liberação hormonal.
Concluiu-se também que uma luz contínua e uma luz intermitente não têm o mesmo
efeito sobre o organismo.
Navach, em sua experiência, separou dois grupos de pessoas, no grupo um ele
colocou a orelha em contato com a acetilcolina e adrenalina, sem deixar que esses
compostos entrassem dentro do ouvido do paciente. No segundo grupo ele injetou
esses mesmos compostos no subcutâneo dessas pessoas. Nos dois grupos ele tomou o
pulso, de um lado do corpo com um aparelho e do outro com uma pessoa que não
estava vendo o procedimento.
Os resultados foram que em ambos os casos, com a adrenalina, obteve-se a
mesma resposta arterial, ou seja, o VAS. Com a acetilcolina não houve alteração em
nenhum dos grupos. Navach então concluiu que a pele reage nas artérias da mesma
maneira que a injeção no subcutâneo do mesmo produto (Ackerman, 1987 p 3).
Em resumo, portanto, trata-se de um fenômeno de rigidez da parede arterial,
devido a um aumento da tensão, mediado pelo sistema nervoso autônomo ante uma
estimulação da pele (NOGIER, 1997 p 106).

Funções do VAS
O VAS é um recurso recém descoberto na medicina portanto, ainda não se sabe
de tudo sobre suas utilidades. Para os mais “positivistas” ele serve como detector de
mentiras, e também para determinar qual dentre vários remédios o organismo irá
aceitar melhor, prevenindo assim efeitos colaterais e toxidade do mesmo.
Para a auriculomedicina o VAS tem como função facilitar a localização dos
pontos a serem punturados no tratamento. Permite a localização exata do ponto
patológico, prevenindo a colocação de agulhas em pontos que não são patológicos,
obtendo assim um tratamento mais eficaz.

Técnica de verificação do VAS


A posição para tomada do VAS tem como característica a praticidade tanto para
o paciente como para o terapeuta, serve para o diagnóstico e tratamento e por essa
razão foi adotada como padrão dentro da auriculoterapia.
Para a detecção do VAS o ambiente deve estar obscurecido e o paciente
tranqüilo, em decúbito dorsal, com o braço esquerdo em rotação externa e abdução de
90 graus, dessa maneira facilita a tomada do pulso pelo terapeuta.
O punho deve estar em hiperextensão e com os dedos em flexão para facilitar a
tomada do pulso. O terapeuta toma o pulso da artéria radial com o polegar
semiflexionado, fazendo uma pressão média na artéria. Para uma melhor percepção

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das alterações da artéria radial deve-se colocar o polegar mais para lateral do Rádio,
pois assim não corre-se o risco de colabar a artéria.

Tomada de Pulso

Obstáculos para a percepção do VAS


Não é possível verificar o VAS em qualquer pessoa, pois existem alguns
obstáculos que dificultam ou não permitem que seja detectado, dificultando o
diagnóstico e tratamento. São eles:
 Medicamentos (betabloqueadores e neurolépticos)
 Marcapasso cardíaco
 Arritmias severas
 Aparelhos eletromagnéticos

COMPARAÇÃO COM FETO

Para uma melhor visualização da orelha, Paul Nogier comparou a orelha com
um feto. Pela posição do feto é possível localizar áreas como membros e órgãos.

Comparação com Feto

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CICATRIZ PSÍQUICA

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PONTOS MESTRES

A auriculoterapia tem 30 pontos especiais. Nogier os denominou de pontos


mestre e receberam esse nome, por exercerem uma função ampla no organismo e
serem muito eficazes. A orelha a ser tratada é a homolateral do lado dominante do
paciente, por exemplo se o paciente é destro devemos tratar a orelha direita e vice-
versa.

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Pontos Mestres da Auriculoterapia

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1. OLHO: psiquismo, conjuntivite, estrabismo (problemas de convergência),
neuroses visuais (claustrofobia, vertigem de altura etc.) e emoções de forma
geral.
2. OLFATIVO: afetividade, núcleo do nervo olfativo e agressividade.
3. MAXILAR: ATM, ranger os dentes, agressividade, região escapulo-umeral e
fibras do trigêmeo.
4. PULMÃO: broncodilatação e emoção (angustia, depressão, tristeza).
5. AUDITIVO: problemas emocionais (fibras interhemisféricas).
6. ESTÔMAGO: gastrites de fundo emocional (lado direito) e compulsividade (lado
esquerdo, posterior).
7. GARGANTA: cordas vocais (voz), faringe, gagueira, alergia de orofaringe e
perda da fala pela emotividade.
8. GÔNADAS: testículos e útero.
9. BAÇO-PÂNCREAS: intolerância aos açúcares e assimilação de nutrientes (só
lado esquerdo).
10. CORAÇÃO
11. BILIAR: igual ao fígado, intolerância alimentar e alergia respiratória, contra
indicado para pedras na vesícula.
12. RETO: hemorróidas e problemas intestinais.
13. CIÁTICO: ciático e visão.
14. JOELHO: artroses e visão.
15. RIM: supra-renal, ansiedade e hiperatividade motora e/ou emotiva.
16. TRIGÊMEO: paralisia facial, nervalgia, odontalgia e distúrbios do sono.
17. AGRESSIVIDADE: dismnorréias e mioclonias (usar em conjunto com 2).
18. TRÁGUS: fibras interhemisféricas, distúrbios de lateralidade e distúrbio
emocional relacionado à adaptação.
19. PELE: não trata agentes exógenos.
20. OMBRO: ação restrita, paresia.
21. PONTO ZERO: sistema nervoso parassimpático e diafragma.
22. MMII: contraturas, espasticidade e paresia.
23. MMSS: cervicobraquialgia.
24. ALERGIA: corpórea de fundo psíquico.
25. DARWIN: distúrbios imunológicos, afecções dolorosas de origem mesodermica
(ap. locomotor e sistema vaascular) e ectodérmica (pele e sistema nervoso).
26. SÍNTESE: Reações psíquicas, distúrbio sensorial e motor.
27. CEREBRAL: ação no tálamo, portanto qualquer dor.
28. OCCIPITAL: mesodérmica (osso, mm, tendão, articulação e vaso),
sensibilidade(SN periférico), labiríntico, cutâneo, mm.
29. GENITAL: distúrbios de sexualidade, hemiplegia (bloqueio da pelve),
hipotálamo (distúrbios de alimentação; voracidade).
30. MEDULAR: Herpes Zoster, ponto do sono, medula e SN parassimpático.

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BIBLIOGRAFIA

DÂNGELO e FATTINI. Anatomia humana sistêmica e segmentar. 2ª ed., São


Paulo: Atheneu, 1997.

FLEISCHMAN, Gary. Acupuntura tudo o que você sempre quis saber. 1ª. ed. São
Paulo: Madras, 1998.

GARCIA, Ernesto G. Auriculoterapia Escola Huang Li Chun 1ª ed, São Paulo. Roca
1999

NOGIER, P. Noções práticas de auriculoterapia. 1ª. ed. São Paulo: Andrei, 1998.

NOGIER, Raphael; BOUCINHAS, Jorge. Prática fácil de auriculomedicina. 2ª. ed.


São Paulo: Ícone, 1997.

ROSS, J., Zang Fu. 2ª ed. Roca; São Paulo 1994.

SOUZA, Marcelo P. Tratado de Auriculoterapia. 1ª ed. Brasília, 2001: Look Gráfica e


Editora.

TOSTO, José. Auriculoterapia francesa. 1ª ed. São Paulo: [s.n.], 1999.

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Lee, E.W. Aurículo Acupuntura. 5ª ed. São Paulo: Editora Ícone, 2005.

Santos,J.F. Auriculoterapia e Cinco Elementos, 1ª ed. São Paulo: Editora Ícone,


2005.

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ANEXO - Dicas Gerais do curso de Auriculoterapia Francesa Avançado de
junho 2011

 Locais com alta eficácia para transfixação. Ponto 3- Maxilar/ATM, útero (entre
Ânus e Genitais Externos da Escola Chinesa e cotovelo;
 Usa-se as duas orelhas para ter mais eficácia;
 Gravidez:
- Evitar agulhas e ASP (agulha semipermanente)
- Na França é contra-indicado praticar auriculoterapia em grávidas, pois se
alguém fizer e tiver algum problema, a “polícia” irá investigar nos livros.
Verificarão que é contra-indicado e o profissional será punido.
- O professor Ives Rouxeville acha que é indicado, principalmente em trabalho
de parto, pois diminui as dores e facilita o trabalho de parto. Nessa situação
transfixa-se o útero e puntura o shen men.
 Nos casos de dor crônica, a pessoa tem tanta dor que o corpo “deleta” a dor. O
professor acredita que isso ocorra quando o paciente diz que “acostumou com
a dor”. Ele indica fazer a punturação no local da dor mesmo estando sem dor
no local correspondente na orelha, pois o problema existe, mas o cérebro
“deletou”.
 Tabagismo: Depende da pessoa, quem está muito determinado pára na
primeira sessão. Depoimento do professor: fumava 20 cigarros por dia, fazia
uma sessão de auriculoterapia e parava de fumar, mas logo após voltava a
fumar, por algum problema ou necessidade, mas voltava a fumar cerca de 15
cigarros por dia. Repetiu esse processo algumas vezes até parar de fumar.
Segundo Ives, todo esse processo levou anos.

Gráfico: Quantidade de cigarros x tempo.

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 Zumbido: tratamento muito difícil para quem tem zumbido constante e quem
tem há mais de 1 ano.
 É normal agravar os sintomas de um tratamento nas primeiras 48 horas e
depois melhora. O professor Marcelo Santanna disse 24 horas.
 A visão e a mão são seus melhores instrumentos.

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