Você está na página 1de 36

GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 1

SUMÁRIO

Sobre os Autores ........................................................................................................ 3


Introdução ................................................................................................................. 4
A importância de registrar os dados da avaliação de maneira clara e objetiva........... 5
ANAMNESE: conhecendo a história do seu paciente.................................................. 6
Inspeção e palpação da orelha ................................................................................. 10
Avaliação Energética ................................................................................................ 13
Inspeção.......................................................................................................................................... 13
Inspeção da Língua ......................................................................................................................... 14
Avaliação dos sistemas / 5 Elementos ...................................................................... 17
Fogo ................................................................................................................................................ 19
Terra ............................................................................................................................................... 20
Metal .............................................................................................................................................. 22
Água ................................................................................................................................................ 24
Madeira .......................................................................................................................................... 26
Registro de informações no pentagrama ................................................................. 27
Conclusão Diagnóstica ............................................................................................. 28
Anexo 01: Modelo de ficha de Avaliação.................................................................. 30
Anexo 02: Modelo de Folha de Evolução ................................................................. 35

GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 2
SOBRE OS AUTORES

Felipe da Silva Gomes


Fisioterapeuta, graduado pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde
Pública desde 2009, iniciou sua trajetória com a Medicina Tradicional
Chinesa a partir da pós-graduação em Acupuntura pelo Instituto de Pós
Graduação Unisaúde, que foi finalizada também em 2009. Atua desde
então com Reabilitação de pacientes ortopédicos e neurológicos, usando
recursos da Fisioterapia e Acupuntura. Iniciou na docência em 2014, no
mesmo ano que ingressou no Mestrado em Bioenergia da Faculdade de
Tecnologia e Ciências. Atualmente é professor no curso de Fisioterapia
em faculdades privadas na cidade de Salvador/BA, e ministra cursos,
treinamentos e palestras nas áreas de Reabilitação e das Práticas
Integrativas Complementares, incluindo cursos de Auriculoterapia e
Ventosaterapia. Além disso, o professor Felipe é sócio da empresa Up
Cursos em Saúde, que promove capacitação de excelência para
acadêmicos e profissionais de saúde em diversas áreas.

Carla Abreu Mendes


Fisioterapeuta formada pela Universidade Cidade de São Paulo em 1997.
No ano de 2005 teve o primeiro contato com a Medicina Chinesa,
tornando-se Acupunturista pelo Centro Brasileiro de Estudos Sistêmicos
em 2007, e desde então estuda sobre a Cura baseada em Medicina
Oriental. Professora de cursos, treinamentos e palestras em Medicina
Chinesa. Mestre em Desenvolvimento Regional e Urbano com ênfase em
acessibilidade pela UNIFACS, professora do curso de Fisioterapia,
Supervisora de Estágio Supervisionado em Neurologia, em Faculdade
Privada de Salvador/BA. Realiza atendimentos voltados às Terapias
Integrativas como Acupuntura e Auriculoterapia e atendimentos
Fisioterapêuticos voltados à área de Neurologia Adulto e Geriatria. Sócia
e professora da Empresa Up Cursos em Saúde, que promove capacitação
de excelência para acadêmicos e profissionais de saúde em diversas
áreas.

GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 3
INTRODUÇÃO

Esse livro se destina a Auriculoterapeutas, Acupunturistas e estudantes da Medicina


Tradicional Chinesa. Tem como objetivo guiar o terapeuta para uma avaliação bem-
sucedida. A partir de uma ficha de avaliação desenvolvida pelos autores, o livro traz
explicações detalhadas que vão desde a forma de como fazer perguntas ao paciente,
até o entendimento dos sintomas e seus padrões energéticos.
Desenvolvemos uma ficha que contempla os pontos mais importantes para a sua
investigação clínica. O documento é composto por uma ampla seção de anamnese,
traz os principais aspectos a serem inspecionados e palpados na orelha, tem um
espaço destinado para avaliação da língua.
Além disso, aborda de forma integral os sistemas orgânicos na teoria dos 5 elementos;
incluindo informações de síndromes energéticas. A ficha contém ilustrações de
orelhas e da língua, para anotações do exame físico, e um pentagrama para a
organização resumida dos dados coletados. É finalizada com um espaço para
conclusão diagnóstica. E como complemento, disponibilizamos um modelo de folha
de evolução, que é de suma importância para acompanhamento clínico.
Desejamos que esse livro tenha grande impacto na sua prática clínica e contribua para
a sua atuação e crescimento profissional.
Para ter acesso às próximas edições desse livro, entre em contato pelo instagram:
@auriculoparafisio, e faça parte da nossa comunidade no Telegram:
t.me/auriculoparafisios

Atenciosamente,
Carla Mendes e Felipe Gomes

Direitos Autorais reservados à:

UP CURSOS EM SAÚDE.

Conforme a lei 9.610/98 é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem autorização
prévia e expressa do autor (artigo 29).

GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 4
A importância de registrar os dados da avaliação de maneira
clara e objetiva

A ficha de avaliação é um instrumento necessário e indispensável no processo de


prestação de serviço de saúde, seja de forma autônoma, ou institucional. Para isso,
todas as informações devem ser registradas em documentos que compõem o
prontuário do paciente/cliente.
A ficha de avaliação é o ponto principal do início da intervenção em Auriculoterapia.
Com uma boa avaliação, é possível conhecer o seu paciente e acompanhar a evolução
dos resultados. Vale ressaltar que o processo de avaliação deve ser repetido ao longo
do tratamento.
Avaliar e reavaliar é um ciclo que permite comparação e mensuração de dados
qualitativos e quantitativos, permitindo assim ter critérios bem definidos que irão
determinar mudanças na direção do tratamento, ajustes da intervenção, e até
mesmo, a definição do momento da alta clínica.
Nas próximas etapas iremos detalhar as informações sobre as queixas, e sintomas do
paciente, através da Anamnese, onde o paciente será entrevistado com perguntas
direcionadas. Em seguida, acontecerá a avaliação energética, onde será feito o
exame físico na visão da medicina tradicional chinesa, com inspeção e palpação da
orelha, além da inspeção da língua. Logo após, serão coletadas as principais
informações a respeito dos órgãos, vísceras e funções dos 5 elementos. E por fim, será
definida uma conclusão diagnóstica, que permitirá traçar as condutas terapêuticas
adequadas.
No momento da admissão do paciente, a primeira etapa da ficha de avaliação se
chama: Identificação, que é muito importante para compreensão do perfil do
indivíduo e também obter informações que podem ser relevantes na elaboração do
tratamento. Dados relacionados à profissão, por exemplo, podem direcionar para
alterações de saúde relacionadas àquela atividade ocupacional, bem como outras
informações que estão direcionadas para seu estilo de vida. Além disso, esses dados
podem ser utilizados como um referencial estatístico para uma pesquisa científica, ou
até mesmo para organizar de maneira categorizada o seu fluxo de pacientes.
Essa etapa deve ser realizada de preferência com o próprio paciente, caso não seja
possível, obtenha as informações com o acompanhante/responsável. Certifique-se
de que os contatos estejam completos e atualizados.

GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 5
ANAMNESE: conhecendo a história do seu paciente

A Anamnese é o ponto de partida da captura de informações que irão te fazer


entender a história clínica do seu paciente e vai nortear suas decisões terapêuticas.
No item “Queixa principal”, você deve tomar nota do principal motivo que trouxe o
paciente até o seu serviço de Auriculoterapia. É muito comum, recebermos indivíduos
poliqueixosos, o que pode gerar certa dificuldade para escolher a “pior queixa”. Nesse
perfil de paciente é importante delimitar de maneira clara qual é a prioridade inicial
do tratamento. Depois, será necessário elaborar um plano de tratamento que
contemple as demandas do paciente nos momentos subsequentes. Nesse tópico,
podem ser transcritas as próprias palavras do paciente, utilizando somente aspas para
a citação.

SUGESTÕES DE PERGUNTAS:
– O que o(a) senhor(a) está sentindo?
– Qual o motivo da sua consulta?
– O que te trouxe aqui?
– O que mais te incomoda?
– Qual a sua queixa principal?

GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 6
No item “História da doença Atual (HDA)”, você deve colher todas as informações
sobre os sinais e sintomas, utilizando uma organização cronológica dos fatos até o
momento atual, além da descrição do comportamento dos sintomas. É importante
levar em consideração: início, duração, intensidade e características dos sintomas,
evolução, fatores de alívio e de agravo, e condições associadas, bem como a
repercussão do sintoma na vida do paciente. Nesse tópico use de preferência termos
técnicos. As perguntas devem ser elaboradas de forma simples e acessíveis ao nível
cultural do paciente.

SUGESTÕES DE PERGUNTAS:
– Quando e como começou seu sintoma?
– O que já foi feito?
– O que piora e o que melhora o seu sintoma?
– Qual a frequência do sintoma?
– Qual a duração?
– Quais são as características do sintoma?
– Quais são os medicamentos que você usa atualmente?

No item “História da doença pregressa (HDP)”, você deve coletar todas as


informações do histórico de saúde do paciente, até mesmo, das condições que não
estejam relacionadas com a doença atual. As alterações de saúde aqui descritas
podem inclusive acontecer em paralelo à queixa principal. A importância desse tópico
pode esclarecer conexões de eventos que o paciente pode não julgar significativos,
no entanto essas podem ter relevância na compreensão do quadro clínico.

SUGESTÕES DE PERGUNTAS:
– Você possui outras doenças associadas?
– Você já recebeu outros diagnósticos médicos? (tais como: diabetes mellitus,
hipertensão arterial sistêmica, cardiopatias, neoplasias, alterações renais, alterações
digestivas...)
– Você já fez alguma cirurgia?
– Você já passou por internação hospitalar?
– Você já fez ou está fazendo outro tratamento de saúde atualmente?

GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 7
No item “História Familiar” iremos arguir sobre patologias frequentes no âmbito
familiar, bem como um breve histórico de saúde física e mental dos pais, irmãos, avós
e filhos. Nos casos de óbitos, é interessante identificar os fatores causais. Questões
de ordem genética e de hereditariedade, bem como étnicas, são relevantes, devido
aos dados de prevalências de certas patologias em algumas populações.

SUGESTÕES DE PERGUNTAS:
– Existem doenças genéticas ou hereditárias na sua família?
– Como é a saúde dos seus pais e avós?
– Se falecidos, quais foram as causas dos óbitos?
– Seus filhos apresentam alguma condição patológica?
– Existem doenças crônicas na sua família? (tais como: diabetes mellitus,
hipertensão arterial sistêmica, cardiopatias, neoplasias, alterações renais,
reumatológicas, auto-imunes, digestivas...?)

No item “História Social”, iremos coletar informações sobre aspectos


socioeconômicos do indivíduo, o que inclui: atividades realizadas no cotidiano, tais
quais: hobbies, lazer, questões culturais e educacionais, questões sobre

GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 8
relacionamentos, condições de moradia e acessibilidade. Esse tópico trará um
panorama geral sobre o estilo de vida e o ambiente social que cerca o indivíduo, e
possibilita dessa forma uma compreensão ampla sobre o meio o qual o paciente está
inserido.

SUGESTÕES DE PERGUNTAS:
– O que você costuma fazer nas horas vagas?
– Você pratica alguma atividade física ou esporte?
– Onde e com quem você mora?
– Como são as suas condições de moradia e acessibilidade?
– Você tem hábitos como tabagismo, etilismo ou uso de substâncias químicas
para fins recreativos?

No item “História Laboral/Ocupacional” deve-se tomar nota do histórico de


profissões e ocupações exercidos pelo paciente nos últimos anos, e investigar se
existe correlação entre a patologia/ sintomatologia e as atividades exercidas. Cabe
verificar as condições ergonômicas, posturais e possíveis gestuais repetitivos no
ambiente de trabalho.

SUGESTÕES DE PERGUNTAS:
– Qual é a sua atividade profissional?
– Como é a sua rotina de trabalho? (verificar aspectos posturais, movimentos
repetitivos, estresse físico ou mental)
– Sua queixa tem relação com sua atividade laboral atual ou prévia?
– Já sofreu algum acidente de trabalho?

GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 9
Inspeção e palpação da orelha

A observação visual e a palpação do pavilhão auricular trazem importantes dados a


respeito da saúde do paciente, contribuindo assim para o diagnóstico energético. Na
Auriculoterapia devemos considerar as zonas reflexas correspondentes aos
segmentos do corpo humano e os pontos de acupuntura de acordo com os mapas
auriculares disponíveis nas diversas escolas de Auriculoterapia.
A representação do corpo humano no pavilhão auricular configura um microssistema,
ou seja, o "todo" está representado em uma pequena parte. Na Medicina Tradicional
Chinesa, considera-se a orelha como um microssistema de avaliação e de tratamento.
Usando o princípio da lateralidade, avaliaremos a orelha do lado correspondente ao
sintoma, por exemplo: dor no ombro direito, avaliação inicialmente pela orelha
direita.
Iremos considerar que as alterações encontradas na orelha serão relacionadas com a
área correspondente. De maneira geral, podemos usar o seguinte padrão de
localização: no lóbulo e anti-trago temos
a representação da cabeça e da face; no
antihélix, temos a representação da
coluna vertebral, além de tórax e
abdomem; nas cruzes do anti-hélix
temos a pelve e membros inferiores; na
Escafa temos a representação da cintura
escapular e dos membros superiores;
nas conchas temos os sistemas
digestório, urinário, hepático e
cardiopulmonar, além disso, outras
partes do corpo possuem regiões
específicas de representação como pode
ser visto na figura ao lado.
Na inspeção, podemos verificar a
coloração, a forma, a vascularização,
alterações epiteliais, atividade sebácea e
alterações morfológicas. Para realizar
esse procedimento, deve se estar em
ambiente iluminado, e ter cuidado com
fatores que possam confundir a

GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 10
avaliação. Por exemplo, manipulação prévia da orelha, luz colorida na sala de
avaliação e acessórios que possam comprimir a orelha.
A cor normal da orelha, depende logicamente da cor da pele do indivíduo. Deve ser
uniforme, sem variações de intensidade, bem como, sem discrepância da cor da pele
do resto do corpo. A mudança de coloração indica desarmonias, doenças ou a zona
do problema. Quando a cor é vermelha, em geral, consideramos um estado Yang de
energia, sendo que quando o vermelho é intenso, vivo e brilhante, pode-se considerar
um estado de excesso energético, fator patogênico de Calor ou fase aguda da
patologia. Além disso, pode indicar processo doloroso inicial na área correspondente.
A foto abaixo, representa um caso de fase aguda com excesso de energia Yang.
Quando existe uma patologia crônica, a orelha pode
apresentar um vermelho pálido. Além, disso a palidez,
ou ausência de sangue, indicam um estado de
deficiência energética. Nas patologias crônicas e
degenerativas é comum encontrarmos essas alterações.
A estagnação energética pode estar associada a
padrões de excesso ou deficiência. No geral, é comum
perceber manchas escuras ou roxas nesses casos. A
energia (Qi) deve circular junto com o sangue (Xue), e se
não há fluxo livre de Qi, a circulação de Xue é afetada, e
a saúde será prejudicada. Sendo assim, a cor violeta ou
arroxeada, indicam estagnação de sangue.
Condições crônicas podem deixar manchas escuras num
tom amarronzado, preto ou cinza. Sendo que a
coloração cinzenta indica patologias mais graves, e
inclusive pode estar associada a processos tumorais.
O processo de inspeção deve ser feito com cautela e não deve gerar conclusões
precipitadas. As informações de cada etapa da avaliação não devem ser vistas de
forma isolada. Assim, todo o processo de avaliação deve ser relacionado com as
queixas e o histórico do paciente verificado na anamnese.
Em muitos casos, existem manchas residuais de processos patológicos antigos, que
são uma espécie de “cicatriz”, uma marca impressa, na área correspondente à doença
prévia e pode não ter relevância clínica.
Com relação ao formato da orelha podemos observar a presença de deformidades e
cicatrizes traumáticas ou cirúrgicas. Indivíduos que praticam esportes de contato
podem apresentar mudanças na conformação auricular. Podemos encontrar ainda,

GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 11
alterações relacionadas a constituição e herança genética do indivíduo. Por exemplo,
tamanho, proporção dos acidentes anatômicos e aspecto geral.
No quesito vascularização é relevante observar a presença de vasos sanguíneos
aparentes (vermelhos ou azulados), presença de edema em área específica ou geral
da orelha. Geralmente os sintomas de calor ou excesso, na fase aguda, podem deixar
os vasos mais dilatados e com a coloração avermelhada. Os vasos com aspecto
azulado, têm características de cronicidade dos processos patológicos.
A orelha pode ter alterações epiteliais, tais como: descamações, provenientes de
processos patológicos crônicos; e atividade sebácea aumentada que pode ser um
indicativo de umidade e/ou calor, em fase aguda ou crônica. Inclusive sendo possível
verificar a presença de comedões, pápulas e pústulas.
Na inspeção ainda podemos verificar, alterações morfológicas que serão percebidas
como Nódulos, Cistos ou Cordões. Essas ocorrem quando existem processos
patológicos inflamatórios, geralmente crônicos, associados a estagnação e presença
do fator patogênico de Umidade. Os cordões podem estar associados a condições
patológicas articulares e os nódulos podem trazer uma informação de patologia
degenerativa.
A palpação da orelha deve ser feita de
forma cuidadosa e sistematizada. Deve
obedecer ao sentido de cima para baixo
e de fora para dentro, buscando os
pontos auriculares em todas as regiões.
Ela pode ser realizada com o uso de um
palpador de pressão, ou lápis
exploratório. Esse é um instrumento
com a ponta arredondada, que possui
uma mola, e permite uma palpação
homogênea em todo pavilhão
auricular, como exemplificado na figura
ao lado. Com ele, é possível observar
pontos dolorosos que podem indicar algum tipo de desarmonia energética e
condições patológicas. Vale ressaltar que existem no mercado diversos tipos de
palpadores, com molas de intensidades diferentes. Ao realizar a palpação, ocorre
aumento da circulação, sendo possível visualizar aumento da vascularização local,
bem como a presença de sinais de cacifos e de descamação.
A palpação pode ser classificada em relação a reatividade dolorosa, em três graus:
grau I - o paciente refere dor verbalmente, grau II - o paciente tem uma expressão

GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 12
facial de dor e grau III - o paciente apresentará uma reação de retirada, afastando-se
do estímulo doloroso. Para registrar a intensidade da dor de forma quantitativa, o uso
da Escala Visual Analógica (EVA) é uma excelente opção. Nessa escala, usaremos a
referência numérica de zero a dez. Sendo 0: ausência de dor; e 10: dor insuportável.
É importante que se observe a subjetividade do teste, e que ele seja repetido ao longo
do tratamento para acompanhamento da evolução clínica.

Avaliação Energética
Nessa etapa, o Auriculoterapeuta deve observar o paciente diante das bases da
medicina tradicional chinesa. A interpretação das funções dos órgãos e vísceras, trará
uma noção sobre os desequilíbrios que podem culminar numa deficiência, excesso ou
estagnação, bem como padrões associados dessas características. Além disso, é de
fundamental importância entender a influência dos fatores patogênicos externos, e
das emoções, que podem atuar como elementos de geração de síndromes
energéticas.

INSPEÇÃO

➢ Compleição Geral - Yin / Yang: Leva-se em conta, os aspectos gerais do


corpo (forma, postura, locomoção, astenia), e aspectos gerais de
comportamento (forma de falar, comunicação não-verbal, e controle
emocional) para verificar se há uma predominância de padrão Yin ou Yang.

➢ Pele e anexos: As alterações dermatológicas, podem estar associadas a um


desequilíbrio do elemento Metal (Pulmão e Intestino Grosso), bem como no
metabolismo dos líquidos corpóreos (Jin Ye). No caso das unhas, o meridiano
do Fígado pode estar envolvido. Quando há desarmonias, essas podem estar
quebradiças, rachadas ou com manchas.
Deve se observar na pele, o brilho, a coloração, umidade/ressecamento,
descamação, flacidez, equimoses ou outras alterações circulatórias. A
deficiência energética do Pulmão irá afetar a umidificação da pele; e a
deficiência energética do Baço, poderá afetar a sua firmeza e aspectos
circulatórios, como varizes e edemas.

➢ Cabelos: Observa-se no indivíduo com queda de cabelo acentuada, uma


deficiência de sangue (Xue). No geral, sinais de envelhecimento precoce, por

GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 13
exemplo, cabelos brancos e calvície em indivíduos jovens, demonstram uma
deficiência do meridiano do Rim.
A espessura e o brilho dos cabelos, depende do meridiano do Fígado. Cabelos
opacos e quebradiços indicam deficiência de sangue no Fígado. Por outro lado,
os demais pelos do corpo são mantidos pela energia do meridiano do Pulmão.

➢ Olhos: O meridiano do Fígado tem influência direta na saúde ocular. Na


presença do fator patogênico Calor, os olhos podem ficar avermelhados,
irritados ou ressecados. A limitação focal da visão, tem relação com a
deficiência do meridiano do Fígado.
➢ Nariz: O sentido do olfato, bem como patologias que afetam as vias aéreas
superiores, podem estar relacionadas ao meridiano do Pulmão. A presença de
secreção nasal esbranquiçada está relacionada com Umidade e Frio, enquanto
a secreção amarelada ou esverdeada, está relacionada aos fatores patogênicos
do Calor e Umidade.
Indivíduos com Anosmia (perda do olfato) apresentam deficiência no Qi do
Pulmão. A presença de obstrução nasal e Prurido (coceira) nasal são
manifestações do fator patogênico Vento.

➢ Lábios, dentes, gengiva, garganta: as mucosas da cavidade oral, bem


como a faringe, são zonas nutridas energeticamente pelos meridianos Baço-
Pâncreas e Estômago. Quando surgem lesões ulcerativas, manchas
avermelhadas ou sangramentos, existe excesso de energia patogênica do Calor.
As gengivas da arcada superior estão relacionadas ao Intestino Grosso, e as
gengivas da arcada inferior estão relacionadas ao Estômago. A umidade
também pode se manifestar quando identificamos edemas. Já os dentes, são
relacionados com a energia do meridiano do Rim. A fragilidade dentária, e as
perdas de dentes precoces, sugerem uma deficiência do meridiano do Rim. O
microssistema da face considera o lábio superior relacionado ao estômago, e o
lábio inferior relacionado aos intestinos.

INSPEÇÃO DA LÍNGUA

➢ Avaliação da Língua: A língua é um microssistema de diagnóstico muito


importante na medicina tradicional chinesa, e através dessa avaliação é
possível identificar muitos aspectos da saúde dos órgãos internos do indivíduo.

GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 14
Ao avaliar a língua iremos verificar principalmente: Tamanho, Forma,
Coloração, Saburra, Umidade e Movimento.

Em cada região da língua teremos a representação de um determinado meridiano: na


ponta da língua está o Coração, e o Pulmão logo acima; no centro, temos o Estômago
e o Baço-Pâncreas; nas laterais estão o Fígado e a Vesícula biliar; e na raiz da língua
temos os Intestinos, Rins e Bexiga.
Iremos avaliar o aspecto geral da língua, e
o estado de cada região. Falando
primeiramente sobre a saburra, ela indica o
estado dos órgãos Yang, especialmente do
Estômago, e reflete as condições de Calor
ou Frio, excesso ou deficiência. A saburra
normal é de fina espessura e cor branca.
Quando apresenta-se com maior espessura
e destaque da cor branca, indica fator
patogênico do Frio, se a coloração da
saburra for amarela, indica fator patogênico
do Calor. Se houver saburra preta ou cinza,
pode haver Frio (língua úmida) ou Calor
extremo (língua seca).
Junto com a saburra, a umidade da língua
deve ser avaliada, e indica o estado dos
líquidos corpóreos. Nos casos de Calor ou
deficiência de Yin Qi, a língua pode se tornar
seca, o que indica alteração no
metabolismo destes líquidos. Se a língua estiver muito úmida indica deficiência do
Yang Qi, que não consegue transformar e transportar os fluidos que se acumulam e
formam a umidade.
Observando a forma da língua, quando a mesma se apresenta fina, indica deficiência
de Sangue ou do Yin Qi. Quando apresenta um aspecto edematoso, indica acúmulo
do fator patogênico da Umidade ou Fleuma. Se o edema for em uma região específica,
indica presença de Calor na área correspondente.
A língua quando apresenta um aspecto de flacidez indica deficiência dos líquidos
corpóreos ou deficiência do Qi do Baço. A língua endurecida ou desviada indica a
invasão de Vento, que pode causar tremor na língua, podendo também, ser um sinal

GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 15
de deficiência do Qi do Baço. Essas alterações podem influenciar a dicção e a
deglutição do indivíduo.
Uma outra alteração na forma da língua é a presença de rachaduras. Elas podem
sugerir calor cheio ou deficiência de Yin. Rachaduras curtas indicam deficiência do Yin
do Estômago, Rachadura profunda na linha média, chegando até a ponta, indica um
padrão de calor do coração. Quando a rachadura é localizada na linha média, sem
chegar à ponta, indica deficiência de Yin do Estômago. Outra alteração comum é a
língua denteada, cujo aspecto é relacionado ao contato com os dentes, geralmente
por conta do edema causado pela deficiência do Qi do Baço.
A cor normal do corpo da língua deve ser vermelho claro ou rosa, e esse aspecto indica
o estado do sangue do Qi nutritivo e dos órgãos Yin. As alterações de cor estão
classificadas em cinco cores patológicas: Pálida, Vermelho Vivo, Vermelho escuro,
Roxa e Azul.
A cor pálida indica deficiência de Yang, cuja aparência é úmida, ou deficiência de
sangue, onde a língua tende a ficar seca. Quando a língua apresenta um vermelho
vivo, indica a presença de calor. O mesmo acontece se o vermelho for escuro, no
entanto, haverá maior gravidade de sintomas. Se o vermelho é acompanhado de
saburra amarela, existe a condição de calor cheio, quando não apresenta saburra
indica calor vazio.
Toda vez que a língua apresenta uma cor roxa indica a estagnação de sangue. Se a
cor roxa tem um tom mais avermelhado, indica também a presença de Calor, e se a
cor roxa tiver um tom azulado, indica associação de Frio.

GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 16
Avaliação dos sistemas / 5 Elementos

O funcionamento do corpo humano deve seguir um equilíbrio energético nas suas


diversas funções. A partir do conceito do Yin/Yang, pode-se identificar um padrão
lógico de como cada órgão e víscera (Zang Fu), se encaixa nesse conceito.
Mediante analogias do corpo com a natureza, foram criados padrões associados a
cinco elementos, que são base da constituição do Universo. Os elementos são: Fogo,
Terra, Metal, Água e Madeira; e seguem o princípio do TAO no conceito do Yin/Yang.
Os elementos fogo e madeira estão associados a energia Yang, enquanto os
elementos água e metal associados a energia Yin. O elemento fogo representa o Yang
máximo, e o elemento água, o Yin máximo. No centro de tudo, dando neutralidade
ao sistema, temos o elemento terra.
Didaticamente, os 5 elementos são organizados numa representação de pentagrama,
para que possamos melhor compreender as interações entre as suas funções. O
equilíbrio da energia se dá a partir de ciclos de Geração (um elemento ajuda a gerar
e nutrir o outro), e ciclos de Controle (um elemento ajuda a dominar e controlar o
outro). Dessa forma, temos um sistema capaz de ser regulado e equilibrado com o
objetivo de encontrar harmonia e fluidez energética.

GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 17
Aplicando o conceito dos 5 elementos no corpo humano, o equilíbrio das energias
corresponde ao estado de saúde plena.

Um ponto essencial do conhecimento sobre a avaliação energética, é a compreensão


dos fatores patogênicos de cada elemento. Eles podem ser de origem exógena ou
endógena, ou seja, podem ser advindos de condições ambientais e clímáticas, ou
gerados a partir de processos internos relacionados às emoções, dieta, metabolismo,
ou condições da constituição de cada indivíduo. Os fatores patogênicos são: Calor,
Umidade, Secura, Frio e Vento. Eles atingem preferencialmente seu elemento de
origem.
O elemento Fogo é acometido pelo Calor, a Terra é afetada pela Umidade (que
quando é mais densa passa a chamar-se Fleuma), o Metal é prejudicado pela Secura,
a Água é comprometida pelo Frio, e a Madeira é lesionada pelo Vento.
Os fatores patogênicos podem ser combinados, por exemplo: calor-umidade, vento-
frio, frio-umidade, dentre outras diversas possibilidades. Além disso, cada fator pode
atingir diversos elementos. E eles também podem estar dentro de um padrão de
excesso ou deficiência de energia.
Para cada elemento teremos funções de sistemas orgânicos específicos, e a seguir
iremos detalhar como cada elemento atua na saúde do indivíduo, em aspectos físicos

GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 18
e emocionais. Além disso, apresentaremos os sintomas referentes a padrões de
desequilíbrios energéticos que são comuns em cada elemento.

FOGO

O elemento Fogo está relacionado aos meridianos de energia do Coração, Intestino


Delgado, Pericárdio e Triplo Aquecedor. As funções desse elemento irão influenciar
o sangue, a mente, os vasos, a transformação dos alimentos e fluidos, a
termorregulação e o sistema fonológico.
Os aspectos emocionais estão intimamente envolvidos com o elemento fogo. O
sangue do coração ajuda a manter a mente em estado de equilíbrio, que se traduz
por um estado mental de felicidade. Nos casos de desarmonia, quando há excesso de
energia, podem aparecer estados de euforia, ansiedade e agitação, o que pode
influenciar a capacidade de concentração, bem como levar a atitudes precipitadas.
Nas disfunções emocionais relacionadas à deficiência do elemento fogo o indivíduo
pode apresentar instabilidade emocional e oscilação de humor.
Cada elemento terá um tipo de sabor com capacidade de tonificação energética. Isso
explica, muitas vezes, o desejo inconsciente de consumir determinados alimentos, ou
seja, o corpo está buscando o equilíbrio energético a partir do paladar. A deficiência
energética desse elemento, por exemplo, pode gerar uma necessidade de consumir
alimentos amargos.
As alterações cardiovasculares terão relação com o meridiano do Coração. Quando
existe um excesso de energia, é possível identificar quadros de taquicardia e
hipertensão arterial sistêmica, esta última ligada diretamente ao Fogo no meridiano
do Fígado. Por outro lado, a palpitação acontece devido a uma deficiência de energia
ou sangue do coração. Nos casos de estagnação grave do sangue do coração, o
paciente pode apresentar dores em pontadas no peito, sensação de opressão no
tórax, além de dor na região interna do braço (trajeto do meridiano principal do
coração), o que podemos traduzir por angina, que pode anteceder um infarto do
miocárdio.
Nas condições de excesso e calor do elemento Fogo, ainda podemos encontrar
sintomas como: hiperatividade muscular, geralmente identificada como, por exemplo
a síndrome das pernas inquietas; face avermelhada e ulcerações na língua.
A hiperidrose ou a sudorese profusa, indicam um estado de deficiência ou colapso da
energia Yang do Coração ou uma estase de sangue. Quando há esse colapso, o Qi do
tórax não consegue ser mobilizado, e isso gera a estagnação do Qi do Coração.

GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 19
Sangramentos e hemorragias contribuem para gerar uma deficiência de Xue do
Coração. Por outro lado, a deficiência do Qi do Baço, que forma o sangue, também
pode levar a uma deficiência que irá afetar o coração.
Quando falamos do Intestino Delgado, os sintomas como borborigmos e flatulência
são relacionados a estagnação de Qi desse meridiano. Diarréias são causadas por
deficiência e Frio, principalmente, pela dificuldade do Intestino em transformar e
separar os alimentos e fluidos. Mediante o fator patogênico do Frio, ocorre a
obstrução energética do Intestino e isso provoca dor abdominal difusa, que alivia com
pressão, e gera desejo de ingerir alimentos quentes. As diarréias podem também
estar associadas a deficiência de yang do Baço, e para diferenciá-las, a presença do
borborigmo e flatulência são determinantes para indicar a disfunção do Intestino
Delgado.
O meridiano do Coração abre-se energeticamente na língua, sendo assim, alterações
na linguagem e comunicação podem ser um sintoma desse meridiano. Geralmente os
quadros de excesso deixam o indivíduo agitado, e como consequência, a fala torna-
se rápida e excessiva, o que iremos chamar de taquilalia. Quando existe a presença
do fator patogênico da Fleuma, o meridiano pode ficar obstruído, impedindo que a
língua se movimente, explicando assim o surgimento de afasias, "fala errolada", ou
fala incoerente, já que a Fleuma pode causar também confusão mental.

TERRA

O elemento Terra é composto pelos meridianos do Baço-Pâncreas, e Estômago. Suas


funções são relacionadas: ao controle do sistema digestório; ao transporte e
transformação dos alimentos e líquidos; à formação do sangue (Xue), do tecido
adiposo e do tecido conjuntivo; à manutenção da estrutura do sistema muscular; e à
percepção do paladar.
A principal emoção relacionada ao elemento terra é preocupação. O ato de pensar
exageradamente, ou de "ruminar" o passado, pode afetar a energia do Baço e do
Estômago. Atividades mentais que exigem a introspecção, como por exemplo,
estudar excessivamente, concentrar ou memorizar por períodos longos, podem
causar deficiência do Qi do elemento Terra. A desarmonia pode deixar o indivíduo
com comportamento obsessivo, desenvolvendo assim mania de perfeccionismo, e
devido à alta exigência consigo, o paciente pode ter problemas de autoestima.

GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 20
O paladar que tonifica esse elemento é o doce. Além disso, alimentos quentes e
secos beneficiam a energia do Baço, enquanto alimentos frios são difíceis de serem
digeridos, pois exigem muita energia, além disso, podem gerar Umidade. O Estômago
se beneficia de alimentos úmidos, como caldos e mingaus. A ingestão exagerada de
carnes, condimentos e álcool causam calor no estômago. A ingestão exagerada de
alimentos crus, vegetais, frutas e bebidas geladas, causam frio no Estômago.
Quando existe deficiência do Qi do Estômago, podem ocorrer alterações como: perda
de paladar, ausência de apetite ou pouca fome, desconforto no epigástrio com dor
ligeiramente ardente, fadiga principalmente pela manhã, e fraqueza dos quatro
membros. Quando há deficiência do Yin do Estômago, pode haver sinais de calor,
sensação de fome, sudorese noturna, calor nos cinco palmos (mãos, pés e tórax),
constipação intestinal e sensação de sede.
A estagnação do Qi do Estômago causada pelas emoções, promovem dor em
queimação, eructações, soluços, náuseas e vômitos. Comer exageradamente pode
também causar estagnação no aquecedor médio, o que impede o Qi do Estômago de
descer, e provoca a retenção de alimentos. Isso também pode provocar a sensação
de distensão do epigástrio.
Padrões de calor no Estômago podem causar dor epigástrica ardente, sede intensa
com vontade de beber líquidos gelados, boca seca, ulcerações na boca com
sangramento gengival, refluxo gastroesofágico, náuseas e vômitos depois de comer,
fome excessiva, e halitose.
Devido a seu trajeto na face, o meridiano no Estômago quando atingido pelo Calor e
Umidade, pode manifestar-se na face amarelada e opaca do paciente. Os sintomas de
sinusite crônica, ou de secreção nasal amarela, também são sinais de Fleuma e Calor
no canal do Estômago.
A deficiência do Qi do Baço, pode ser notada pela fadiga crônica, que se explica pela
dificuldade em nutrir com sangue os quatro membros, ou de transportar os nutrientes
para todo corpo. O Baço apresenta também, a função de controlar o sangue. Quando
ele está em deficiência, pode haver sangramentos, evidenciados na urina e nas fezes,
sangramento uterino excessivo durante a menstruação, ou equimoses, além de
palidez facial. A deficiência de Xue do Baço provoca menstruações escassas ou
amenorréia. O indivíduo com esse padrão de deficiência tem falta de apetite e a
tendência a ser magro.
Além disso, a deficiência energética desse meridiano, pode manifestar-se através de
flacidez muscular, hipotrofia e até mesmo atrofia da musculatura. No tratamento

GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 21
estético, é muito importante entender dos aspectos de deficiência do Qi do Baço, uma
vez que a energia dos tecidos de conexão depende do equilíbrio desse meridiano.
Uma grave deficiência do Qi do Baço, pode se manifestar através da sensação de
peso para baixo no abdomem, prolapso do útero, ânus ou bexiga, ptose mamária e
palpebral, devido a flacidez tecidual; além de tendência à obesidade e fadiga.
Padrões de excesso do Baço podem ocorrer com a invasão de Umidade externa,
como por exemplo: questões climáticas ou exposição prolongada a ambientes
úmidos. A Umidade causa sensação de peso devido a obstrução do fluxo de energia e
pode estar acompanhada de Frio ou Calor. A invasão de Umidade-Frio, pode trazer
edemas de membros, sensação de peso na cabeça e no corpo, fezes amolecidas,
sensação de frio no epigástrio e ausência de sede.
Quando existe o padrão de Umidade-Calor, o fator causal pode ser o clima quente e
úmido, ou a ingestão de alimentos contaminados. Provoca sensação de plenitude no
epigástrio, falta de apetite, fezes amolecidas com odor fétido, sensação de ardência
no ânus, urina escassa e escura, suor oleoso, prurido ou erupções cutâneas, e febre
baixa ao longo do dia.

METAL

O elemento metal é composto pelos meridianos do Pulmão e do Intestino Grosso. É


responsável pelo sistema respiratório, sistema defecatório e o sistema tegumentar.
Os pulmões na MTC, regulam todas as atividades fisiológicas, governam o Qi e a
respiração e regulam a passagem das águas, ou seja, os líquidos corpóreos. Além
disso, controlam a pele e promovem o Qi defensivo (Wei Qi). Já o Intestino Grosso,
tem como principais funções: controlar a passagem e condução das fezes,
transformação e reabsorção dos fluidos, e a excreção.
No aspecto emocional, a tristeza e mágoa atingem o Qi do Pulmão, causando assim
deficiência energética. A longo prazo, a circulação energética deficiente no tórax pode
causar uma estagnação na região, geralmente associada a uma sensação suave de
aperto no peito, respiração superficial e suspiros, que são uma tentativa inconsciente
de fazer circular o Qi torácico.
O efeito da tristeza nos pulmões, também afeta o meridiano do Intestino Grosso, que
não consegue desempenhar bem suas funções por conta da estagnação de Qi no
Aquecedor Superior. O paciente pode ainda ser acometido por depressão ou distimia,

GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 22
que podem gerar um comportamento de isolamento social, negativismo e rigidez com
ele mesmo e com outros ao seu redor.
A energia do elemento metal pode ser tonificada pelo sabor picante. Deve-se evitar
a ingestão excessiva de alimentos crus, frios, gordurosos ou laticínios, para não
acontecer a invasão de Umidade e Fleuma, gerados pelo Baço e armazenados pelo
Pulmão. Nesse caso, o paciente apresentará secreções profusas de escarro.
A deficiência de Qi do Pulmão pode manifestar-se clinicamente através de dispnéia
branda, tosse e voz fraca. Além disso, o paciente apresenta aversão ao falar, pele
pálida e brilhante, tendência a contrair resfriados, e aversão ao Frio.
A tosse é provocada pela incapacidade de descida do Qi do Pulmão quando esse
está em deficiência. Se esse déficit energético acomete o Yin do Pulmão, a tosse é
seca ou com escarro escasso e pegajoso, além de voz rouca e fraca, boca seca e
garganta pegajosa. Se o fator patogênico da Secura está presente, o indivíduo
desenvolve tosse, boca e garganta secas, voz rouca, e pele seca. Quando o fator
patogênico presente é a Umidade, o paciente apresenta tosse com expectoração
profusa, com escarro branco e pegajoso; se há presença de Frio e Fleuma, a tosse
apresenta escarro líquido e branco; se houver Calor e Fleuma, a tosse se torna intensa
com escarro abundante, espesso, de cor amarela ou esverdeada; e nos casos de
Fleuma e Secura, a tosse é seca com expectoração ocasional e com pouco muco. Essa
última ocorre apenas nos idosos, nos casos de processos patológicos prolongados.
Quando o Pulmão é invadido pelo Vento-Frio, a tosse é branda, há coceira na
garganta, pode ocorrer dispnéia, nariz entupido ou escorrendo e espirros.
No sistema respiratório a presença de Umidade e Fleuma, com Calor ou Frio, podem
obstruir o Qi dos pulmões e dessa forma obstruir os orifícios da cabeça (boca, nariz,
ouvidos e olhos) e provocar sintomas como tontura, entorpecimento e sensação de
peso na cabeça. A dificuldade de descensão do Qi do pulmão, causada pela Fleuma e
Calor pode ainda gerar uma sensação de opressão no tórax. O tabagismo também
influencia no surgimento desse padrão, devido ao tabaco ter uma energia quente e
seca.
No Intestino Grosso, deve-se observar as características da evacuação, aspecto das
fezes, além de fatores patogênicos como Frio e Umidade, estresse emocional, e dieta.
Quando há Umidade-Calor no Intestino Grosso, o paciente apresenta dor abdominal
que não alivia com a evacuação, plenitude abdominal, diarréia com muco e sangue,
além de odor fétido nas fezes. Alimentos gordurosos e quentes contribuem para o
surgimento desse padrão de desarmonia energética.

GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 23
A energia do Calor isoladamente, pode causar constipação intestinal, com fezes
ressecadas, e sensação de ardência no ânus. Quando o Calor obstrui o meridiano, o
paciente relata distensão e dor abdominal que pioram com pressão, e febre alta. A
invasão de Frio pode ocorrer pela exposição ao ambiente, e pode causar cólicas
súbitas, diarréia com dor, sensação de frio no abdômen e no corpo em geral.
Quando há estagnação de energia do Intestino Grosso, o paciente queixa-se de dor
e distensão abdominal, constipação intestinal com fezes em pedaços, irritabilidade e
piora dos sintomas de acordo com o humor. Esse padrão pode acontecer devido a
hábitos alimentares irregulares e inadequados como por exemplo, comer
apressadamente, comer em pé, ou enquanto faz outras atividades. Além disso, esse
padrão pode estar associado ao Qi do Fígado estagnado, e a fatores emocionais
como irritabilidade, frustração e raiva.
O fator patogênico da Secura pode tornar as fezes ressecadas e de difícil evacuação.
Já o fator patogênico do Frio, pode causar fezes amolecidas e dor abdominal difusa e
borborigmos, além de sensação de membros frios.
A deficiência grave da energia do Intestino Grosso, pode ser manifestada com diarréia
crônica, prolapso anal, hemorróidas, fadiga após evacuar, desconforto abdominal que
alivia com pressão (massagens).

ÁGUA

O elemento Água é constituído pelos meridianos dos Rins e da Bexiga. É responsável


pelo sistema urinário, sistema endócrino e imunológico, além de ser o elemento que
armazena a energia ancestral, ou seja, a Essência (Jing).
A função principal do Rim é governar o nascimento, o crescimento e a reprodução, e
armazenar a Essência. Como não existe excesso de energia ancestral, o Rim não
apresenta padrões de excesso. Nas patologias crônicas, há um predomínio de padrões
de deficiência, ou padrões combinados de deficiência com excesso de fatores
patogênicos.
A função da Bexiga é transformar o Qi, através da excreção de fluidos. Para que
consiga realizar suas funções, recebe a energia dos Rins. Dessa forma, a deficiência
da Bexiga decorre de uma deficiência do Yang do Rim.
No aspecto emocional, o elemento Água é prejudicado pela emoção do medo. No
sistema urinário, o medo promove a descida do Qi, provocando os quadros de

GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 24
enurese, muito comum nas crianças. Além disso, o sentimento de ansiedade e
insegurança também pode afetar os Rins dos infantes. Já nos adultos, o Qi não
descende e sim ascende, principalmente nos casos de estresse emocional prolongado
advindo da ansiedade. Isso gera sintomas de calor vazio, como: boca seca, rubor
malar, inquietude mental e insônia.
Os Rins podem também ser afetados pelo sentimento de culpa. A bexiga também será
afetada pelo medo, além disso é prejudicada pelos sentimentos de desconfiança e
ciúmes. O elemento água deficiente pode ainda provocar apatia e ausência de força
de vontade.
Para manter equilibrada a energia dos Rins e da Bexiga, deve se evitar atividade
sexual excessiva, pois a ejaculação e o orgasmo consomem a energia do Rim. Se a
Bexiga se tornar deficiente energeticamente por esse motivo, podem surgir casos de
noctúria, micções volumosas e frequentes, ou até mesmo incontinência urinária.
A deficiência da energia do Rim, pode manifestar-se como dor lombar, dor nos
joelhos, sensação de frio nestas regiões e em todo o corpo, fadiga, apatia, edema nas
pernas e urina abundante. Na deficiência do Yang do Rim, a urina é clara, o paciente
sofre de impotência, ejaculação precoce, infertilidade feminina, contagem baixa de
espermatozoides, e redução da libido. Para evitar esse quadro, o paciente não deve
realizar a ingestão exagerada de alimentos crus e frios. O paladar Salgado tem a
capacidade de tonificar a energia da Água.
Na deficiência do Yin do Rim, a urina é escassa e escura, os homens sofrem de
poluções noturnas, as mulheres sofrem com as ondas de calor da menopausa, e a
presença de calor vazio promove o calor dos cinco palmos (mãos, pés e tórax). O
paciente pode ainda desenvolver tontura, tinido e memória fraca, devido à baixa
nutrição energética do sistema nervoso pelo meridiano do Rim.
Nos casos de deficiência grave do Qi do Rim, é possível observar gotejamento após
urinar e jato de urina fraco. O paciente relata sensação de peso pra baixo no
abdômen, e pode ocorrer prolapso de útero e leucorréia nas mulheres.
A presença de ardência ao urinar pode indicar Umidade e Calor no meridiano da
Bexiga, o que causa também micções frequentes e urgência urinária. Quando o
paciente reclama de micções difíceis e urgentes, e com urina turva e clara, é sinal de
Umidade e Frio no meridiano da Bexiga.

GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 25
MADEIRA

O elemento Madeira é representado pelos meridianos do Fígado e da Vesícula Biliar.


É responsável pelo sistema hepático, pelo sistema músculotendíneo, por funções do
aparelho reprodutor, e pela visão. ´
A emoção mais marcante do elemento Madeira é a raiva, o que inclui a frustração,
ressentimento, a irritação, e a "raiva reprimida". Esses sentimentos podem afetar o
livre fluxo de Qi do Fígado gerando desarmonias, bem como o contrário também
acontece, ou seja, a estagnação ou ascenção do Qi do Fígado geram raiva e
irritabilidade. Quando a energia do elemento Madeira está harmonizada, o estado
emocional é de felicidade e o indivíduo consegue expressar de maneira livre suas
emoções.
A Vesícula Biliar quando tem deficiência energética, afeta as emoções, e faz com que
no plano mental, o paciente perca sua capacidade de tomar decisões e sua iniciativa
de ação, ou seja, ele perde a coragem. Os casos de timidez podem ser explicados por
esse aspecto.
Para tonificar o elemento Madeira, o paladar adequado é o azedo ou ácido,
encontrado principalmente em alimentos cítricos. A ingestão de alimentos
gordurosos pode gerar Umidade no Fígado e na Vesícula Biliar. Já os alimentos de
energia quente, podem formar o Fogo do Fígado. A ingestão insuficiente de carnes e
grãos, pode provocar uma deficiência do sangue do Fígado.
As alterações visuais são atribuídas aos desequilíbrios do Fígado. Apesar de ter o seu
meridiano principal com um trajeto que não passa pelos olhos, este meridiano abre-
se nos olhos e internamente, ele ascende até a cabeça, onde se conecta com o
meridiano da Vesícula Biliar. As alterações na acuidade visual podem estar
relacionadas a um quadro de deficiência, enquanto a irritação, coceira, vermelhidão
e secura, são associadas ao quadro de Fogo do Fígado.
Como uma das funções do Fígado é o armazenamento de sangue, a estagnação pode
prejudicar todos os órgãos e diversas partes do corpo. O processo de estagnação pode
ser a origem diversos sintomas, como por exemplo: sensação de bolo na garganta,
que tem relação direta com o emocional; menstruações irregulares, com distensão
das mamas no período pré-menstrual; Tensão e irritabilidade pré-menstrual.
Nos casos de estagnação do Qi do Fígado com padrão de excesso, o paciente pode
apresentar distensão abdominal com sensação típica de inchaço, tanto no
hipocôndrio, epigástrio, abdômen e tórax. Para tentar melhorar o quadro clínico, o

GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 26
paciente apresenta suspiros frequentes, com o intuito de liberar a estagnação do Qi
do tórax.
Quando a estagnação promove a geração de calor, as menstruações se tornam
volumosas além de irregulares, o indivíduo tem tendência a ter picos de raiva. Nos
casos de estagnação de sangue, existem coágulos escuros e a menstruação se torna
dolorosa, podendo ocorrer inclusive, infertilidade, formação de massas no abdômen,
vômitos com sangue, unhas, lábios e pele arroxeados ou escuros, com formação de
petéquias.
Quando existe um Calor cheio, podemos chamar de Fogo do Fígado, e este padrão
remete a uma ascenção da energia Yang para a cabeça. Justificando assim, sintomas
como cefaléia temporal, face e olhos avermelhados, tontura, sono perturbado por
sonhos, e acentuação dos sintomas emocionais. Além disso, o Fogo do Fígado pode
ressecar os fluídos corporais, provocando constipação intestinal, com fezes secas e
urina escura. Em alguns casos, o Fogo do Fígado pode ainda aquecer o sangue e
promover o seu extravasamento através de epistaxe, hematêmese e hemoptise.
Nos casos de Calor associado a Umidade, podemos verificar sensação de plenitude
abdominal, e devido a sua densidade elevada, a Umidade descende e gera sintomas
genitais como por exemplo edemas e eczemas. Além disso, secreção vaginal
amarelada, prurido, feridas genitais, eritema e edema na bolsa escrotal.
A deficiência de sangue do Fígado pode causar sintomas como amenorréia ou
menstruação escassa, fraqueza muscular e fragilidade tendínea, dormência nos
membros, câimbras, visão turva, unhas esbranquiçadas e quebradiças, além de
cabelos secos.
Os pacientes com relato de sensação de gosto amargo na boca e incapazes de digerir
alimentos gordurosos, podem estar sendo acometidos por Umidade e Calor na
Vesícula Biliar. Além disso, haverá sensação de peso e dormência nos membros e
plenitude abdominal.

Registro de informações no pentagrama


Sugerimos que os dados da avaliação energética e dos 5 elementos sejam também
registrados na figura do pentagrama. Essa estratégia permite uma rápida visualização
dos desequilíbrios energéticos do seu paciente e dessa forma contribui para uma
tomada de decisão terapêutica mais rápida e assertiva. Recomendamos usar uma
legenda para cada tipo de alteração energética, por exemplo: casos de excesso
podem ser representados com uma seta para cima, e casos de deficiência, uma seta

GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 27
para baixo. O uso desse recurso pode ser personalizado pelo profissional, nós por
exemplo, além das legendas, usamos pequenas anotações ao lado de cada elemento,
para destacar um determinado sintoma ou informação relevante.

Conclusão Diagnóstica
Ao fim da avaliação, teremos uma grande quantidade de dados a serem
correlacionados e interpretados a fim de chegar a uma conclusão diagnóstica dos
desequilíbrios energéticos do paciente.
Exemplo 1: Ao avaliar um paciente com queixas de ansiedade, falta de concentração,
além de distensão abdominal e soluços persistentes, ponta da língua vermelha, e dor
ao palpar o centro da concha cava da orelha esquerda, podemos concluir que: o
paciente apresenta sinais de excesso e Calor no meridiano do Coração, associado a
estagnação do meridiano do Estômago.
Exemplo 2: Ao avaliar um paciente que apresentou quadro de tendinites, tremores,
fraqueza muscular, com língua arroxeada nas laterais, palpação dolorosa nos pontos
Fígado, Vesícula Biliar, e ápice da orelha direita, podemos concluir que: o paciente
apresenta estagnação de energia no meridiano do Fígado, com sinais de invasão de
vento.
O ideal é identificar as alterações mais importantes, os sintomas predominantes de
cada elemento, e como esses influenciam os outros elementos. É importante definir
quais meridianos estão em excesso, deficiência, estagnação ou harmonizados. A
partir da interpretação desses dados, a escolha terapêutica será mais objetiva.

GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 28
Agradecemos a todos que colaboraram na produção deste
e-book e, em especial, a você, que busca um aprimoramento
profissional. Conheça mais nosso trabalho, e acompanhe
conteúdos exclusivos nas nossas redes:

-Vídeos no You Tube:


http://bit.ly/auriculoyoutube

-Posts e Transmissões ao vivo no


Instagram: @auriculoparafisio

-Participe da nossa comunidade de


auriculoterapeutas no Telegram:
t.me/auriculoparafisios

GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 29
Anexo 01: Modelo de ficha de Avaliação

GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 30
GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 31
GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 32
GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 33
GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 34
Anexo 02: Modelo de Folha de Evolução

GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 35
GUIA PRÁTICO DE AVALIAÇÃO PARA AURICULOTERAPEUTA - por Carla Mendes e Felipe Gomes 36

Você também pode gostar