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M a r c o s L is b o a N e v e s
A u r ic u lo te r a p ia zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
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(O nízzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
o Mundial da Saúde), a
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IlIljl.llw w w .o c u p u n lu r a c e n te r .c o m .b r
m anual
a terapia de
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A r v s do Manual Prático de
gur ,minimizando os
M rcos Lisboa Neves
um n ndo sua eficácia.
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M rcos Lisbo N v s
1 edição
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Sumário
N518m Neves, Marcos Lisboa
Agradecimentos 04
ISBN: 978-85-910010-0-2
Introdução 05
1. Auriculoterapia. 2. Medicina Chinesa. I. Título.
Referencial histórico 09
Fundamentos da Auriculoterapia 12
CDD 615.89
Correspondência auricular 15
Diagnóstico em Auriculoterapia 21
Bibliotecária Responsável Distribuição e classificação dos pontos auriculares 31
Ginamara Lima Jacques Pinto
Métodos terapêuticos 43
CRB 10/1204
Reações da Auriculoterapia 62
Riscos da Auriculoterapia 64
A g r a d e c im e n to s In tr o d u ç ã o
Agradeço a todos que de alguma forma contribuíram para esta A Auriculoterapia, assim como a acupuntura, é parte integrante
obra, os autores citados, meus professores, meus pacientes, meus da Medicina Tradicional Chinesa. Embora existam evidências de sua
alunos, meus colegas, meus amigos e minha família. utilização por diversos povos desde a Antiguidade, foi na China que se
deu seu maior desenvolvimento, a partir da relação do pavilhão auricular
com os demais órgãos e regiões do corpo.
H is tó r ic o jihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
o
mapa auricular publicado por Paul Nogier serviu de base e
grande impulso para o desenvolvimento da Auriculoterapia dentro da
China. Em 1960, pesquisadores de Nanking concluíram o estudo que
verificou a exatidão clínica do homúnculo auricular de Nogier em 2 mil
pacientes clínicos.
em Ciências, em que demonstra que a menor resistência elétrica na importantes contribuições para a Auriculoterapia moderna.
superfície da pele coincide com os pontos de acupuntura e com o trajeto A pesquisa e o empenho desses profissionais, e de muitos
de seus meridianos. outros que contribuíram para o desenvolvimento da Auriculoterapia,
Esse estudo inaugura uma nova fase, tanto para a Acupuntura comprovam a eficácia do que há milhares de anos muitos povos - como
como para a Auriculoterapia, pois introduz o desenvolvimento de os chineses, egípcios, turcos - e mesmo Hipócrates já usavam como
aparelhos localizadores e eletroestimuladores de pontos. forma de promover a saúde, embora o fizessem de uma forma bastante
simplificada.
1972 - É criado na China o mapa estandardizado dos pontos auriculares.
Página 37: ?s pontos do hélix 1 a ~ têm função antiinflamatória e analgésica, como o ápice
1990 - A OMSreconhece a Auriculoterapia. da orelha, porem direcionada para a area correspondente que Ihes é mais próxima.
Página 40: o ponto tronco cerebral está localizado posterior à área da vertigem.
1999 - A Dra. Huang Li Chun publica na Conferência Mundial de
Página 41: o ponto hipófise está localizado anterior à área da vertigem.
Auriculoterapia um novo mapa posterior dos pontos auriculares. Os 30
anos de experiência em Auriculoterapia dessa médica chinesa deram
•XWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
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1 2 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Manual Prático de Auriculoterapia 13
•
•
• determinado órgão ou parte do corpo poderá ser detectada e tratada
•
• pelo pavilhão auricular.
•
A orelha possui dois tipos de inervação, urna cranial e outra,
•
• espinhal. Essa rede nervosa está entrelaçada por praticamente todo o
• pavilhão auricular, mas os nervos de origem craniana predominam na
A u r ic u lo te r a p ia N erv o s cra n ia n o s
N ervo provém de um ramo sensitivo do
a u r ic u lo te m p o r a l:
Lrigêmeo. chega até a borda em que a orelha se une à face e ramifica-
internamente pelo conduto auditivo. Pelo seu trajeto na face e
brangência auricular, esse nervo pode estar envolvido com as sensações
zumbido e obstrução do ouvido, dor e ardor na garganta, língua, ATM,
face e a sensação de obstrução nasal.
Nervo Auriculotemporal
C o r r e s p o n d ê n c ia
A u r ic u la r
Quando algum meridiano é obstruído e a circulação do sangue e O pavilhão auricular possui um formato ovoide que se assemelha
energia perde seu fluxo, aparecem pontos dolorosos na orelha como uma à forma de um feijão, de um rim e à figura de um feto em posição
reação reflexa do local obstruído. embrionária, conforme descreve Paul Nogier.
16 Manual Prático de Auriculoterapia zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Manual Prático de Auriculoterapia 17
Sua morfologia acidentada, composta por um conjunto de sulcos C r u z in fe r io r - emrnencia da bifurcação inferior do ante-hélix,
e eminências, é a principal referência para a localização dos pontos representa a inervação do membro inferior.
auriculares. Dessa forma, cada estrutura do relevo auricular representa
urna região do corpo, presente nas duas orelhas. F o ssa tr ia n g u la r - sulco localizado entre a cruz superior e inferior do
ante-hélix, representa a cavidade abdominal.
Concha Cimba
C. Abdominal A n te tr a g o - eminência localizada entre o lóbulo e o ante-hélix.
lncisura
Coluna
Supratrág ica Ouvido representa o crânio.
Raiz do Diafragma
Hélix Ante-hélix
Sulco
Hipotensor
A D ife r e n ç a E n tr e
Membro
Inferior
M apas
Sulco
Eminência Posterior do
Posterior da Ante-hélix
Concha Cimba
Sulco
Posterior da
Raiz do élix Membro
Superior
E m in ê n c ia
E m in ê n c ia
Rosterior da Posterior da
Concha Cava Escafa
Sulco
Posterior
do Anterago
As dificuldades que Paul Nogier teve em difundir sua descoberta
no ocidente não foram as mesmas encontradas no oriente, por este se
tratar do berço da acupuntura. Esse fato fez com que a Auriculoterapia se
desenvolvesse com muito mais velocidade na China do que no ocidente.
Na prática, conforme os estudos da Dra. Huang Li Chun, a Mas o grande número de estudos realizados em vários centros da China
importância do dorso auricular está no tratamento das disfunções também contribui para o surgimento de diferenças entre vários modelos
músculoesqueléticas, onde se produz melhores resultados. Por essa de mapas da época.
razão, as estruturas mais importantes são: lóbulo, sulco posterior' do
Esse problema não ocorreu no ocidente, visto que os poucos
antetrago, sulco posterior do ante-hélix, sulco posterior da cruz inferior,
que aderiram ao uso da Auriculoterapia também se mantiveram fiéis à
região posterior do membro inferior e eminência posterior da escafa.
cartografia auricular de Nogier.
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2 0 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA •
Manual Prático de Auriculoterapia zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
•
•
Em 1972 foi criada a unificação dos mapas de Auriculoterapia •
chinesa, e, a partir desse momento, ficou bem definida a existência
•
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de duas escolas de Auriculoterapia: a escola chinesa, que tem sua •
fundamentação amparada nas teorias da Medicina Tradicional •
Chinesa, e a escola francesa, que está amparada pelos fundamentos da •
•
neurofisiologia.
In sp e ç ã o zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
As fotos ao lado mostram
A inspeção minuciosa de todas as partes da orelha pode mostrar exemplos de alterações encontradas
a presença de manchas, escamações, aumento da vascularização durante a inspeção: vaso vermelho
e formações de nódulos, indicando o local e a fase da disfunção. É na cruz superior, nódulo na escafa
importante lembrar que nesta fase da avaliação o pavilhão auricular e vasos azulados na cruz superior.
ainda não foi tocado, portanto ainda não foi limpo, evitando qualquer R giões do joelho, cotovelo e
alteração na sua superfície que possa mascarar ou produzir qualquer m mbro inferior, respectivamente.
alteração que prejudique esse exame.
A lte r a ç ã o D ia g n ó stic o
Disfunções crõnicas ou
Manchas brancas
deficiência.
• Não é obrigatório que a pessoa tenha sintomatologia na área corporal relevo da orelha, além de ativar a circulação e tornar mais visível sua
na qual a orelha está registrando a alteração. Opavilhão auricular pode vascularização.
estar mostrando apenas que determinada estrutura corporal está sendo
sobrecarregada, o que mais tarde pode levar ao aparecimento de alguma o principal objetivo da palpação é localizar regiões ou pontos que
sintomatologia. sejam reagentes à dor e também observar possíveis marcas deixadas pelo
método.
• Toda alteração evidenciada na inspeção da orelha deve ser checada na
anamnese do paciente ou questionada com ele no exato momento do A palpação digital é realizada com o examinador posicionado
exame, a fim de buscar urna justificativa para tal alteração. trás do examinado, usando os dedos indicador e polegar das duas mãos
simultaneamente nas duas orelhas e realizando pressões nas regiões de
• Para iniciar a inspeção auricular, parte-se do princípio de que o pavilhão l bulo, antetrago, ante-hélix, cruz superior e escafa, ou seja, face, crânio,
fisiológico não apresenta nenhuma alteração, encontra-se liso corno oluna vertebral, membro inferior e membro superior. Este processo deve
a orelha de um recém-nascido, apenas com os acidentes do seu relevo r repetido várias vezes, com aumento progressivo da pressão, sempre
anatõmico.
I1 mesmo trajeto, até o aparecimento das áreas reagentes à dor. É um
xame indicado para avaliar a periferia auricular, verificando as áreas
• A inspeção é um exame visual, o pavilhão auricular não deve ter sido
tocado para que não cause prejuízo ao exame. ue correspondem às estruturas musculoesqueléticas do corpo.
P a lp a çã o
o método de palpação auricular pode ser feito através da pressão
digital ou por uso de lápis exploratório. Através desse exame, é possível
identificar os pontos dolorosos da orelha e a presença de cistos,
tubérculos, cordões, edemas e escamações.
o zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
lápis exploratório é um instrumento de ponta esférica, lisa e Com relação à pressão, inicia-se com urna pressão leve,
com dois milímetros de diâmetro. Através deste palpador é possível umentando-a progressivamente até o aparecimento dos primeiros
localizar os pontos que serão tratados, tanto pela reatividade à dor como pontos reagentes. Já no que se refere à velocidade, deve-se empregá-la
pela marca em forma de "cacifo" deixada pela ponta do instrumento. s mpre de modo lento, para dar tempo de o estímulo ser percebido pelo
Todo ponto reagente apresenta uma hipersensibilidade, pela alteração p ciente.
nervosa, e um edema local, pela alteração vascular. Por isso é importante
prestar atenção nas sensações expressas pelo paciente, nas sensações A reatividade à dor observada por meio da palpação digital e do
impostas pelo palpador e nas marcas patológicas deixadas por ele. Essas II pí exploratório pode ser classificada em urna escala de três níveis:jihgfedcbaZYXWVUTSRQPONML
marcas patológicas podem variar de um edema cujo cacifo demora a
G . u I: Paciente refere verbalmente a dor.
desaparecer até uma descamação provocada pelo palpador.
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1 1 : Paciente expressa a dor através da face, pisca os olhos ou franze
1111 sobr ncelhas (sinal da careta).
Lápis exploratório
11111 ('\ I)"d mente as regiões reagentes para depois verificar os pontos
Marca do cacifo
I run I) P 1 dor, bem como estabelecer a relação da lateralidade da orelha
111111 I qu ix do paciente.
Apresentação de todas as estruturas do corpo no pavilhão
,1111 ('lÜcl , incluindo os órgãos internos, obedece a urna relação de
o método de palpação por lápis exploratório consiste em arrastar 1.111 I \,'\i d. Na aurícula direita está representado o hemicorpo direito,
ou deslizar o instrumento pela superfície da orelha com pressão e
111 mo na aurícula esquerda está representado o hemicorpo
velocidade constante, sempre com urna das mãos sustentando o pavilhão
litl( rdo. Também cabe ressaltar que as estruturas centrais, co~o
auricular por sua face posterior, observando as reações do paciente e as IllIIII,\ v rtebral, estão representadas nas duas aurículas.
marcas deixadas pelo palpador.
28 Manual Prático de Auriculoterapia jihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Manual Prático de Auriculoterapia 29
No que tange ao exame das estruturas auriculares, vale ressaltar Os pontos auriculares estão distribuídos nas duas orelhas, tanto
que estruturas centrais e bilaterais devem ser avaliadas nas duas nterior corno posterior, e com a mesma localização. Porém a prática
aurículas, ao passo que estruturas unilaterais devem ser avaliadas na línica mostrou que todas as estruturas do corpo representadas na
aurícula homolateral. orelha são homolaterais à queixa ou ao órgão do paciente, terna que já
foi abordado no diagnóstico.
diversas
A Auriculoterapia
disfunções do organismo,
possibilita
e classificar
o diagnóstico
os pontos
e tratamento
auriculares
de
é a
ontos da área correspondente
forma mais criteriosa de selecioná-los para um tratamento. Representam a anatomia corporal no pavilhão auricular e levam
Il': nomes de acordo com as partes anatômicas. Na avaliação, tornam-
P I tivos quando existe algum problema na área que representam,
1IIIIl f nto são considerados pontos de diagnóstico. Na terapia tem função
d!' .uivar a circulação de Qi e Xue, drenar a umidade e dispersar o calor,
Meio do Pé
_.'W_W
Dedos do Pé
• • Dedos da Mão
ilqlll\do os critérios da Medicina Tradicional Chinesa. Por isso são
Calcanhar.'-- .s-: "'-_,
'-,_. Tornozelo '~~ (1lIlldd rados pontos de analgesia e de ação antiinflamatória, conforme
eHípotensor - ••• __• __• ALERGI{"'- -,
11 ('I i rios ocidentais. Esses pontos têm relação direta com a queixa
Úter...... Hepatite '~oelho ""> Ya~gdo
Constipaçã~
<, Cólon
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e.., Anexos
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• Quadrei
\ Flgadoe
.Punho 111 Ild:p 1 do paciente quando esta for física.
Genitais ...• -. .Shen Men " \
Externos • IguinaL" <, " \ Sacro -IHª,a \,
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MUSCULQS
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Cotovelo
toZltegião Agudo Crônico
1J;.,
Uretra -Bexiga • Rim ~L~;;;bar 1
Hélix a Coluna cervical Dor à palpação I e Il,
Inte,,~:bill~ V. :-(D7:bdômen\,\, Dor à palpação II e Ill,
i,i
11'1~llllill'lior do ante-hélix. reatividade elétrica,
reatividade elétrica forte e
Ouvido Reto. G.sso Apêndice Pâncreas (Esq) (1lIIollcr1,anterior e engrossamento da cartilagem,
1 edema à palpação.
Externo e:,: •• Intestino Fígado (Dir~ p sterior) nódulos na cartilagem.
Diaf ra9m3
.Delgado
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_-e Tórax:
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Órgão
Coração
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Esofago ..• ,_ Estômago.
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P scoço Dor à palpação II e Ill, Dor à palpação I e Ir,
"""",:Dorsal . do terço inferior do
Ij" 11111111
Faringel Larin~~.(3 Apice
Cardia
-:
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reatividade elétrica forte e reatividade elétrica e edema à
,IIIL -hélix,
Sede :-:=e" do Trago •• ~,l!lmão Baço (Esq. • Hêlix j edema à palpação. palpação.
NarizExterno--e:~·· 1': l!ia
••••.••.• ·Coração 1'1al anterior)
(1111.11
Fome ~ _. // ::: ~:~~;al .pe~~ço/TireÔide". _
& ronqulo. .• I ,'ArtlculaçaoOmbro Dor à palpação I e n.
NarizIntemo ...• Adren~j/·· •• Pulmão 'ltiRTíGEM .cervical ,/ Coluna dorsal
Dor à palpação II e Ill, reatividade elétrica,
,,,/ parotlda..,.... -'Oc(Íptal / 1III,IIIII('dl do ante-hélix.
-: San Jiac • Htpofise • / reatividade elétrica forte e engrossamento da
(I 1I1,lll'r,ll,anterior e
ViSãO.1.:, .~dôcrino "'.sma,/ / edema à palpação. cartilagem e cordões ou
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Sebcôrtex ---_ ./ ,.... .Clavícula no t rior) hipervascu larização.
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------------T--------.------------r------------------------------------------. Dor à palpação Ir e Ill, Dor à palpação I e Ir,
Hétlx z, 111111111111
do L rço médio do
reatividade elétrica forte e reatividade elétrica e edema à
Dente.: Li ua
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edema à palpação. palpação.
(1111,111'1,11
anterior)
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(\10do ante-h élix,
Dor à palpação Ir e Ill, Dor à palpação I e Il,
"·"-------"·J------.--- . ~_._L.-_. __"... _ reatividade elétrica forte e reatividade elétrica e edema à
IlIllx11110 a escafa.
! ' (lill,ll ornl anterior)
edema à palpação. palpação.
P o n to /R e g iã o zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
A gudo C r ô n ic o
o n to s d e a ç ã o e sp e c ífic a
Como diz o próprio nome, correspondem a uma determinada ação,
Musculatura lombar ndo função tanto no diagnóstico, por se tornarem reagentes, como
Terço superior do ante-hélix, Dor à palpação II e III, Dor à palpação I e II,
próximo à Escafa. reatividade elétrica forte e reatividade elétrica, cordões no tratamento de disfunções bem específicas. Representam a queixa
(bilateral, anterior e edema à palpação. ou hipervascularização e
posterior) nódulos. principal do paciente quando esta não for física.
Hipertensor
Dor à palpação II e III, Dor à palpação I e Il, Logo abaixo da incisura Presença de um sulco ou linha
Membro superior
reatividade elétrica forte, reatividade elétrica, cordões Não produz bons resultados
Escafa intertrágica. vertical e reação elétrica
edema à palpação e possível ou hipervascularização e na prática.
(bilateral, anterior e (bilateral, anterior e positiva.
posterior) ruptura da pele à palpação escamação à palpação (cuidar posterior)
(ombro). Cuidado! ruptura da pele).
Visão 1
Anterior à incisura Na prática, é substituído pelo
Occipital, temporal e frontal Dor à palpação I e Il, Sem função diagnóstica.
Dor à palpação II e III, intertrágica. ponto Visão 2.
Anti Trago reatividade elétrica, perda do
(bilateral, anterior e reatividade elétrica forte e (bilateral e somente anterior)
sulco inferior e
posterior) edema à palpação.
nódulos.
Visão 2
Posterior à incisura Dor à palpação, edema ou Acalma a mente e favorece o
intertrágica. nódulo. sono.
(bilateral e somente anterior)
Nariz interno e laringe Dor à palpação II e III, Dor à palpação I e Il,
Face interna do trago. reatividade elétrica forte e reatividade elétrica e Área da neurastenia
(bilateral) edema à palpação. engrossamento da cartilagem. Inferior e posterior ao
Dor à pa\pação, edema ou Acalma a mente e favorece o
antetrago.
nódulo. @ sono.
(bilateral, anterior e
posterior)
Boca, esôfago, cárdia e
duodeno Dor à palpação II e III, Dor à palpação I e Il, Excitação
Periferia da raiz do hélix. reatividade elétrica forte e reatividade elétrica e Sobre a linha vertical que Estimula a atividade cerebral
(bilateral e anterior) edema à palpação. engrossamento da cartilagem. divide a face interna do Sem função diagnóstica.
e trata a letargia.
antetrago.
(bilateral)
36 Manual Prático de Auriculoterapia jihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Manual Prático de Auriculoterapia 37
P o n to zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
D ia g n ó stic o F unção
D ia g n ó stic o F unção
Área da vertigem
Na borda superior do Área da Alergia
antetrago. Escamação ou hiperemia. Acalma a vertigem. Dor à palpação, edema ou Antialérgico, acalma o prurido
Porção superior da escafa.
(bilateral) escamação. e beneficia a imunidade.
(hllateral e somente anterior)
Asma
Logo abaixo do ápice do Área da flatulência ou
antetrago. Dor à palpação e edema. Acalma a tosse e a dispneia. umbilical Dor à palpação, edema ou Distensão abdominal e
(bilateral) Centro da concha cimba. nódulo. flatulência.
(1111teral e somente anterior)
Ápice do trago
ontos d a M ed icin a T ra d icio n a l
Borda superior do trago. Sem função diagnóstica. Na prática, é substituído pelo
(bilateral) ápice da orelha.
C h in esa (M T C )
Representam os cinco Zang e os seis Fu, seus meridianos, assim
Constipação
Próximo à base inferior da Na prática, não produz mo o órgão ou víscera propriamente dito, nesse caso, como área
fossa triangular. Dor à palpação e edema.
resultados importantes. c rrespondente. São utilizados com muita frequência no tratamento
(bilateral e somente anterior)
r uricular, mas para isso é preciso que estejam reagentes, pois são pontos
Hepatite 1 diagnóstico.
Metade superior da fossa Na prática, é substituído pelo
triangular. Dor à palpação e edema.
ponto Fígado. íg a d o - É o órgão que armazena o sangue, controla os tendões e
(bilateral e somente anterior)
Ligamentos e a região intercostal, regula a energia através da ativação
Hipotensor o Qi e Xue, fortalece a função digestiva, beneficia os olhos e as unhas,
Base superior da fossa Dor à palpação, edema e
triangular. reação elétrica positiva. Controle da hipertensão. ontrola a raiva e tem como acoplado a vesícula biliar.
(bilateral e somente anterior)
C o r a ç ã o - Controla o sangue e os vasos, abriga a mente e todas as
38zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Manual Prático de Auriculoterapia
Manual Prático de Auriculoterapia 39
Triplo aquecedor
B a ço - É o principal
órgão da digestão. Transporta e transforma os Naconcha cava, entre
alimentos, mantém o sangue dentro dos vasos, eleva o Qi, fortalece os a borda inferior do Constipação, distensão Sem valor
orifício auditivo e a Sem indicação. diagnóstico.
abdominal e edemas.
membros e a imunidade, e controla a qualidade dos músculos, a umidade face interna do Anti
Trago.
e o pensamento e tem como acoplado o estômago. (bilateral)
Pulmão
Indicação Acima e abaixo do Disfunções respiratórias Pápulas, edema,
Zang/Fu Indicação Física Diagnóstico
Emocional cora ção. Na prática, e de pele, tosse, Melancolia e apego ao hiperemia e dor à
é usado o ponto opressão no peito com passado. Palpação.
Disfunções
Fígado Edema, nódulo inferior. suspiros e edemas.
osteomioarticulares,
Na concha cimba, branco, cordões (bilateral)
ginecológicas, Irritabilidade e
acima da raiz do hélix diagonais, vasos
oftalmológicas e depressão.
e somente na orelha diagonais e dor à Intestino Grosso
digestivas, hipertensão Depressão,
direita. palpação. Naperiferia da raiz
e cefaleia. Melancolia e apego ao nódulo,
do hélix, no terço Constipação e
Edema, nódulo diarreia. passado. vermelhidão e
Vesícula biliar final da sua porção
Doenças digestivas, branco, cordões dor à palpação.
Na concha cimba superior.
amargo na boca e dor Indecisão. diagonais, vasos (bilateral)
direita, acima do
no trajeto meridiano. diag anais e dor à
fígado.
palpação. Rim Disfunções ósseas e
Na concha cimba, articulares, lombalgias, Edema, escamação
Coração Hipertensão, Ansiedade, em um sulco abaixo debilidade dos joelhos, Medo e insegurança.
Edema, pápulas, e dor à palpação.
No centro da concha taquicardia, bradicardia depressão, angústia, d o início da cruz da coluna, edemas e
cordão horizontal e inferior.
cava da orelha e disfunções agitação mental e infertilidade.
dor à palpação. (bilateral)
esquerda. circulatórias. insõnia.
Vasodilatador, relaxa a
Representam as estruturas do sistema nervoso, assim como suas Simpático
musculatura lisa, inibe a
f~ IIIIII~, o da cruz inferior co a
funções. Alguns não possuem função diagnóstica, portanto não precisam Sem função diagnóstica. excreção das glãndulas,
',1('1' i nterna do hélix.
controla a atividade do SNC
estar reagentes ou são sempre reagentes. (bilateral)
eSNV.
NI I vo aurícular maior
AII,I xo (10 inicio da escafa
Sem função diagnóstica, é
P o n to D ia g n ó stic o F unção (II'\'III'I,ll, nterior e sempre reagente.
jlolilcrior).
II IIl'xC'lllsivo de esfera
Ponto sedante e analgésico.
Relaxa a mente. Trata a N I VII occípítal menor
ShenMen Ativa os canais liberando a
dor e a inflamação quando I~,I'III'IIIIII('I na do hélíx. na Sem função diagnóstica, é
Porção superior do ápice da estagnação dos pontos da
Dor e edema à palpação. combinado com a área 111111111111 ponto do punho
fossa triangular. sempre reagente. coluna cervical e da região
correspondente. Indicado (lilllIL r I).
(bilateral) occipital.
para todos os casos de IJ~III xl'l!lIIlvo d esfera.
-
excesso.
Subcórtex
Reequilibra as funções
Face interna e anterior do
antetrago.
Dor e edema à palpação. digestivas, nervosas e o s d o siste m a e n d ó c r in o
cardiovasculares.
(bilateral)
Hlljlll\ ntam cada uma das glândulas endócrinas e produzem
IIlldlllll/t1 nlluência na liberação de determinados hormônios. Alguns
Cérebro
Face interna e posterior do 11 "1111' 11(111\ unção diagnóstica.
Sem função diagnóstica. Melhora da cognição.
Antetrago.
(bilateral)
P o n to D ia g n ó stic o F unção
Tronco cerebral
Na borda superior no
Antetrago, posterior a área da Sem função diagnóstica. Ponto relaxante. Ação antiinflamatória
1111111 1111\/ Atlr nal
alergia. e infecciosa. Tem ação
11111111 I Iti"lllIl 1111 'rraqo Sem função diaqnõstica.
(bilateral) imunológica, relaxa o bronco
(1111,111 lill)
espasmo e é vasoconstritor.
Occipital
1IIIII1nhw
No Anti Trago, posterior ao Estimula e regulariza a função
Ponto calmante, bom para 111 1111 111, II 1I11 flllI çnu mais
seu sulco inferior. Dor e edema à palpação. Sem função diagnóstica, é das glândulas e horrnônios.
ansiedade, insônia e agitação. 111011 I 1111111111 rl.r lucisura
(bilateral, anterior e sempre reagente. Tem ação antiinflamatória e
11111111111111'1 ~
posterior) imunológica.
(I dl.III'"II)
J ,. .J
Frontal 111\1 ti •
No antetrago, anterior ao seu Ponto estimulante menta, li 11111.111 ~1I11I1I1111 (10
Ponto de ação estimulante e
sulco inferior. Dor e edema à palpação. trata sonolência e melhora a I1 1'" 1111, ti 111 11,1 a d Sem função diagnóstica.
hemostática.
(bilateral, anterior e concentração. 111111111
posterior) (111111'"11)
•
•
42zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Manual Prático de Auriculoterapia jihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA • 43
•
•
•
P o n to D ia g n ó stic o F unção •
Ovário
•
Na borda anterior no Dor e edema à palpação, Regula o ciclo menstrual e •
Antetrago. nódulo nos casos crônicos. disfunções do ovário. •
(bilateral) •
Pâncreas •XWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Auxilia no controle da
Na concha cimba esquerda, Dor e edema à palpação.
acima de onde seria o fígado.
Tireoide
glicemia.
to d o s
Na região anterior do terço
inferior do ante- hélix, junto Dor e edema à palpação. Regula a tireoide.
ao ponto Pescoço.
(bilateral)
Próstata
r a p ê u tic o s
Prostatite, hiperplasia da
Onde a concha cimba se funde
Dor e edema à palpação, próstata e impotência. Na
com a face interna do hélix,
nódulo nos casos crônicos. mulher pode ter relação com
logo abaixo da cruz inferior.
infecção urinária.
(bilateral)
L _
4 4 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Manual Prático de Auriculoterapia Manual Prático de Auriculoterapia 45
o tempo de massagem é determinado pela presença de hiperemia p, iferência para se retirar a menor quantidade de sangue possível.
da orelha - sensação do aumento da temperatura percebida pelo paciente
- ou diminuição da sensibilidade das áreas reagentes.
Sedação T o n ific a ç ã o
A primeira foto acima mostra
urna série de vasos vermelhos na Cruz
Superior, em um paciente com Lombalgia.
Na segunda foto, ainda acima, mostra um Girar a agulha no sentido anti-
aumento da vascularização após a aplicação Girar a agulha no sentido horário.
horário.
da massagem auricular. Na última foto, ao
lado, o desaparecimento dos vasos após
a execução da sangria e a colocação do
adesivo com semente sobre o ponto da
Tempo longo de permanência, Tempo curto de permanência, até
região sacro ilíaca.
acima de 20 mino 15 mino
A g u lh a s S em ip erm a n en tes
São empregadas quando se necessita de sedação por ~empo ~ais
ríodo que vana de tres a
prolongado. Permanecem na ore lh a por um pe .
J te dias. São fixadas através de esparadrapo ou fita mícroporosa-
---~----
Manual Prático de Auriculoterapia 53
52zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Manual Prático de Auriculoterapia
mínimo 24 horas, e logo depois já é possível retomar a colocação dos Dessa forma, é possível usar os dias de menor estimulação para
pontos.
t.izer o descanso do pavilhão, ou seja, os adesivos podem ser retirados ao
Alguns profissionais adotam a rotina de alternar as orelhas I nal do quinto dia, a orelha descansa no sexto, e no sétimo os adesivos
tratadas durante as semanas, destinando um período de sete dias para 1)( dem ser recolocados.
cada orelha. Esse procedimento tem a vantagem de proporcionar um Esse procedimento permite que as duas orelhas sejam estimuladas
longo tempo de descanso ao pavilhão auricular. Contudo, acarreta a I() mesmo tempo ou na mesma semana. Com esse procedimento, existe
desvantagem de não respeitar a relação de lateralidade da orelha com 1111\ potencialização do tratamento, pois um mesmo ponto é estimulado
o organismo, ou seja, em uma determinada semana, urna disfunção do tlll vezes, e a relação da lateralidade com o organismo é respeitada.
hemicorpo esquerdo estará sendo tratada pela orelha contralateral.
Pontos do lóbulo, antetrago, ante-hélix. cruz superior e escafa,
A intensidade do estímulo feito pelas esferas ou sementes tem poel m receber um reforço com a colocação de esferas no dorso da orelha.
relação direta com a sensibilidade que o paciente tem das mesmas, ou li/lia regiões representam estruturas musculoesqueléticas, que têm
seja, quanto maior for a percepção de pressão dos pontos pelo paciente, 1111'1 hor estimulação no dorso auricular, região onde a inervação espinhal
maior será o estímulo.
I IlItlÍS abundante.
Na prática, essa constatação é fácil de observar, até mesmo pelo No caso de estruturas anteriores mais proeminentes, corno o caso
paciente, à medida em que os dias passam. A partir do primeiro dia de dll I gião do ante-hélix, deve-se evitar a colocação das esferas sobre o
colocação das esferas, o paciente relata a diminuição da sensibilidade ou 1111111 mais agudo dessa eminência. É possível substituir com grande
percepção dos pontos.
111' \ SO o ponto cervical pelo ponto pescoço, o ponto dorsal pelo ponto
o gráfico abaixo mostra a representação da intensidade dos II I .rx. e o ponto lombar pela região muscular da lombar.
estímulos feitos pelas esferas ao longo de sete dias.
Um ciclo de tratamento compreende dez sessões. Após recomenda-
I 111\1 período para descanso de pelo menos vinte dias para o início de um
o XWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
100
:; II!IVO ido.
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60
40
20
Uma das grandes contribuições da Dra. Huang Li Chun para a Para aplicação da técnica das sementes duplas é necessário
Auriculoterapia foi o uso de estimulação por sementes duplas. Esse confeccionar o material usando urna placa plástica moldada com furos
método possibilita a estimulação de vários pontos com um único duplos, para colocação das sementes, e sulcos horizontais e verticais
adesivo, permitindo a estimulação não só de pontos específicos, mas de para o corte dos adesivos. Basta preencher a placa com sementes, em
áreas inteiras da orelha. seguida cobri-Ia com esparadrapo de cor bege e por último passar o
estilete sobre os sulcos horizontais e verticais.
Qualquer ponto de Auriculoterapia pode ser estimulado por
sementes duplas, mas a técnica oferece grande vantagem nas situações
em que há mais de um ponto reagente em urna mesma região.
.- R e c o m e n d a r a o p a c ie n te n ã o p r e ssio n a r m a is o s p o n to s;
• R e d u z ir o te m p o d e p e r m a n ê n c ia d o s a d e siv o s d u r a n te a se m a n a e
a u m e n ta r o te m p o d e d e sc a n so .
• Ponto de Sangria
6 0 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Manual Prático de Auriculoterapia
Manual Prático de Auriculoterapia XWVUTSRQPONMLKJIH
61
Uma potência de saída muito alta faz com que a corrente cause
muita irritação e seja pouco tolerada pelo paciente quando conectada
às agulhas. Diferentemente, o uso de eletrodos em uma corrente com
potência menor que 30 miliamperes, torna o estímulo praticamente
imperceptível pelo paciente.
Reações da Na prática, essas reações parecem ter ligação direta com a resposta
terapêutica do organismo. Caso o paciente não refira ou não perceba
essa resposta, o profissional deve rever se a seleção dos pontos foi a
mais indicada e se respeitou a reatividade do diagnóstico. Se os pontos
A u r ic u lo te r a p ia foram selecionados e colocados corretamente, é sinal de que a reação
jihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
do paciente é fraca, e provavelmente a resposta ao tratamento será mais
demorada.
R e a ç õ e s à d istâ n c ia
É a reação que ocorre no corpo, geralmente na região que está
sendo tratada ou até mesmo em outra região não definida. É uma resposta
própria e específica de cada organismo.
R e a ç õ e s lo c a is
Ocorre no pavilhão auricular, independente da técnica escolhida
para a terapia. O paciente tem a sensação de distensão e aumento da
temperatura da orelha.
In fecçã o d o P o n to
. Pode ocorrer no uso de agulhas semipermanentes quando o
paciente não mantém uma boa higiene local. Esse risco também existe
por a região auricular apresentar grande concentração de oleosidade da
pele, o que facilita o acúmulo de pó e de impurezas e prejudica a limpeza.
r
•
•
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Manual Prático de Auriculoterapia • 67
•
•
pode ocorrer Lipotimia, ainda que isso seja raro. Essa reação acontece •
em três níveis:jihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA •
•
• L e v e : Tontura.
•
•
• M o d e r a d a : Náusea, palpitação e sudorese. •XWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
In d ic a ç õ e s m eta b ó lica s
Nas disfunções da tireoide, hipófise, diabetes, obesidade e
anorexia, a Auriculoterapia auxilia na redução e desaparecimento dos
sintomas, assim como na diminuição da administração de medicamentos.
T ra ta m en to d e en ferm id a d es fu n cio n a is
AAuriculoterapia produz efeitos bastante satisfatórios no controle
das vertigens, palpitações, espasmos de musculatura lisa, hipertensão e
nas disfunções respiratórias, urinárias, digestivas e circulatórias.
T ra ta m en to d a s a ltera çõ es em o cio n a is
T ra ta m en to d e d o res p o r tra u m a ex tern o As disfunções mentais leves e moderadas podem ser tratadas com
o uso dos pontos de Área Correspondente no tratamento de bons resultados. Já nos casos mais severos, a Auriculoterapia deve ser
torções, contusões, distensões, contraturas, espasmos e luxações leva a combinada com o uso de medicação.
resultados terapêuticos que podem chegar a 95%, com 67% de cura total.
V a n ta g e n s d a S e le ç ã o d o s
A u r ic u lo te r a p ia p o n to s
• U tiliz a ç ã o d e p o n to s n ã o r e a g e n te s;
• A n sie d a d e d o p r o fissio n a l e m so lu c io n a r to d a s a s q u e ix a s d o p a c ie n te
e m u m a ú n ic a se ssã o .
A n a m n ese E x a m e F ísico
Q P - A Q u e ix a P r in c ip a l do paciente, quando for física, indica os pontos É feita a inspeção da estrutura aparente do corpo, como face,
de Área Correspondente. Se a queixa for emocional ou funcional, pode pele, cabelos, unhas, etc. Essas estruturas têm relação direta com
indicar um dos pontos de ação específica. órgãos e vísceras, que por sua vez estão relacionadas com os pontos
complementares da Medicina Tradicional Chinesa.
H D A - A H istó r ia d a D o e n ç a A tu a l indica se o quadro é crônico ou agudo.
Nos casos agudos, o tratamento tem um enfoque nos Pontos Principais. Na palpação é feito o exame das estruturas relacionadas com
Já nos casos crônicos, o tratamento divide-se entre Pontos Principais e a queixa principal do paciente e das áreas adjacentes, auxiliando a
Complementares. identificar o trajeto da queixa e os principais locais afetados.
dos problemas associados à queixa principal e na seleção dos Pontos pelo lápis exploratório irão confirmar os pontos reagentes. O conjunto
Complementares da Medicina Tradicional Chinesa. desses pontos nada mais é do que a seleção ou combinação dos pontos
que serão usados na sessão.
Manual Prático de Auriculoterapia 77jihgfedcbaZYXWVU
76zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Manual Prático de Auriculoterapia
Nome: _
Anamnese
Motivodaconsutta: _
HDA: _
Inspeção (manchas, vascularização, escamações e alterações morfológicas)
HDP: _
Medicações: _
Estado Geral
Emocional: _
Digestivo: _
Intestinal: _
Urinário: _
Dermatológico: - _
Neurológico: _
Exame Físico
Conclusão
•zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
•
•
78zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Manual Prático de Auriculoterapia 7Ç;
•
•
• Materiais necessários:
•
•jihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA A lg o d ã o
•
• Álcool 70%
•
• L u v a s d e p r o c e d im e n to (sa n g r ia ) XWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
T e r a p ê u tic a e m P a lp a d o r r íg id o d e p o n ta r o m b a (lá p is e x p lo r a tó r io )
P in ç a
A u r ic u lo te r a p ia L a n c e ta s d e sa n g r ia
A g u lh a s filifo r m e s
E sfe r a s o u se m e n te s
P la c a p a r a se m e n te s d u p la s
M a p a a u r ic u la r
A u r ic u la te r a p ia n a s d isfu n ç õ e s
m a ta r a s
a ) P o n to s p r in c ip a is:
Os casos a seguir são apenas alguns exemplos de prescrições de
pontos que têm como principal critério a classificação destes. !Esses 1';'01
pontos da ATM, coluna vertebral, membro inferior e membro superior, N e r v o a u r ic u la r m a io r : ativa a circulação nos canais de toda a coluna
respectivamente. Têm com principal objetivo tratar a dor e combater e do membro superior até o cotovelo, conforme o trajeto do nervo na
a inflamação. Segundo os critérios da Medicina Tradicional Chinesa , orelha.
ativam a circulação de ai e Xue liberando as estagnações, dispersam o
N e r v o o c c ip ita l m enor: ativa a circulação nos canais da cervical,
calor e drenam a umidade.
conforme a origem do nervo e seu trajeto até a orelha.
P o n to s d e A ç ã o E sp e c ífic a
P o n to s d o siste m a e n d ó c r in o
Sem indicação.
E n d ó c r in o : tem ação antiinflamatória e, conforme a Medicina Tradicional
Chinesa, ajuda a nutrir o Yin do Rim.
b ) P o n to s c o m p le m e n ta r e s:
A u ricu lo tera p ia n a s d isfu n çõ es
P o n to s d a M e d ic in a T r a d ic io n a l C h in e sa resp ira tó ria s
P o n to d o fíg a d o : estimula a circulação do ai e Xue, liberando as
estagnações, nutre tendões, ligamentos e todas as partes moles das
articulações. a ) P o n to s p r in c ip a is
B a ç o : nutre os músculos, fortalece os membros e drena edemas. Pelos
critérios das MTC,fortalece o ai e os músculos e combate a umidade.
P o n to s d e á r e a c o r r e sp o n d e n te
Bastante indicado nos casos crônicos, principalmente nas síndromes de
deficiência. Esses pontos estão localizados na concha cava (pulmão, traqueia
e brônquios), ante-hélix (tórax) e face interna do trago (nariz interno e
R im : nutre os ossos, protege a coluna e fortalece a lombar e os joelhos.
faringejlaringe ).
P o n to s d o siste m a n e u r o ló g ic o
P o n to s d e a ç ã o e sp e c ífic a
S h e n M e n : acalma a dor e a inflamação quando combinado com o ponto
P o n to a sm a : é indicado nos casos de dispneia e tosse.
de área correspondente.
____ L __ ., ~__ _ _
b ) P o n to s co m p lem en ta res
a ) P o n to s p rin cip a is
P o n to s d a M e d ic in a T r a d ic io n a l C h in e sa
P o n to s d e á r e a c o r r e sp o n d e n te
P u lm ã o : é responsável pelo Qi da respiração.
Estão localizados na periferia da raiz do hélix (boca, esôfago,
R im : é quem recebe o Qi do Pulmão.
cárdia, estômago, duodeno, intestino delgado e intestino grosso) e no
B aço:indicado quando houver tosse produtiva, pois trata a umidade e a ante-hélix (Abdômen).
fleuma.
P o n to s d e a ç ã o e sp e c ífic a
P o n to s d o siste m a n e u r o ló g ic o
Á r e a d a fla tu lê n c ia o u u m b ilic a l: indicado nos casos de distensão
Shen Men: Acalma e relaxa a mente, ação importante nos casos de crise. abdominal.
P o n to s d a M e d ic in a T r a d ic io n a l C h in e sa
P o n to s d e á r e a c o r r e sp o n d e n te
P o n to s d o siste m a n e u r o ló g ic o Nos casos de cefaleia, esses pontos estão localizados sobre o sulco
inferior do antetrago (occipital, temporal e frontal).
S h e n M e n : indicado nos casos de excesso, por sua ação sedativa e
relaxante.
P o n to s d o S iste m a E n d ó c r in o
b ) P o n to s c o m p le m e n ta r e s
Sem indicação.
P o n to s d a M e d ic in a T r a d ic io n a l C h in e sa
S im p á tic o : controla a atividade do SNCe dirige a atividade do SNV. Existe urna frase atribuída a Hipócrates segundo a qual "A cura
está ligada ao tempo e às vezes também às circunstâncias." De fato, um
paciente nunca é apenas um paciente, mas um paciente oriundo de um
contexto social, cultural, familiar, profissional e econômico específico,
P o n to s d o siste m a e n d ó c r in o
ou seja, alguém cercado de determinadas circunstâncias que podem
Sem indicação. contribuir tanto para o mal de que padece quanto para a cura deste.
Por essa razão, por mais avançado que seja o recurso terapêutica,
jamais será possível prever com exatidão as respostas individuais de
cada organismo. O processo de "cura" não depende apenas do recurso
empregado, e sim de um conjunto de fatores que estão relacionados
diretamente à vida de cada pessoa.
S o b r e o a u to r
R e fe r ê n c ia s b ib lio g r á fic a s Marcos Lisboa Neves é
GARCIA,E. Auriculoterapia. São Paulo: Editora Roca, 1999. fisioterapeuta com especialização
GARDNER,E; GRAY,D; O'RAHILLY,R. Anatomia: estudo regional do corpo humano. 4. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 1985.
em acupuntura e formação
GUIMARÃES,R. Auriculoterapia: visão oriental, visão ocidental. Recife: Editora Nossa Livraria, internacional em auriculoterapia,
2001.
GUYTON,A.C.; HALL,J.E. Tratado de fisiologia médica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, tendo estudado com as principais
2002
referências mundiais nesse
HUANG, L.C. Tratamiento auricular: formulas y prescripciones. Estados Unidos: Centro
Internacional de Investigación y Entrenamiento em Medicina Auricular, 2002
assunto. Possui mais de dez anos
JOHANSSON,A.; ISBERG, A.; ISACSSON,G.Aradiographic and histologic studyofthe topographic
relations in the temporomandibular joint region: implications for a nerve entrapment de experiência em atendimento
mechanism. Journal of oral and maxillofacial surgery, n. 48, Philadelphia: 1990, p. 953-961.
KEN, C.; YONGQIANG,C. Manual de terapia auricular chinesa. São Paulo: Organizações Andrei clínico e, como professor,
Editora Ltda, 2006.
ministra cursos em diversos
NEITER, F. H. Atlas de anatomia humana. Porto Alegre: ARTMED,2000.
OLESON,T. Auriculotherapy Manual: Chinese and Western systems of the ear acupuncture. 2nd
ed. Los Angeles: Health Care Alternatives, 1996.
REICHMANIS, M.; MARINO, A.; BECKER, R. Electrical correlates of acupuncture. IEEE Trans
Biomed Engin 22, 1975, p. 533-535
STUX, G.; HAMMERSCHLAG,R. et al, Acupuntura clínica: bases cientificas. ta ed. São Paulo:
Manole, 2005. , "•
World Health Organization (WHO). Report of the Working Group on Auricular Acupuncture
Nomenclature. France, 1990.
m anual
p r á tic o d e
a u r ic u lo te r a p ia
A prática eficaz da Auriculoterapia em nosso
país tem crescido muito, graças ao esforço e
comprometimento de alguns profissionais
sérios e competentes em divulgá-ia de maneír,
verdadeira. Nisso incluo o autor desta incrível
obra, DI. Marcos Lisboa, que traz, de forma
didática, informações precisas sobre o uso des
microssistema tão rico em detalhes e com
resultados surpreendentes. O Manual Prático (
Auriculoterapia, sem sombra de dúvida,
enriquecerá o conhecimento de todos que
utilizam esse método.
Fico feliz com a aceitação cada vez maior c
técnica pelos pacientes e pela nova visão dos
profissionais que tem contato com a Medicina
Tradicional Chinesa, que inter-relaciona todo (
sistema do ser humano e que perdura há cinco
mil anos sem alterações na sua base.XWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
ISBN 978-85-910010-0-2