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Formado nas linhagens Reiki Usui Shiki Ryoho, Reiki Usui e Tibetano, Jikiden
Reiki, Karuna Reiki e Técnicas Tradicionais Japonesas de Reiki. Além do Reiki,
possui formação em diversas outras Práticas Integrativas.
Depois de tantos benefícios que vivenciou com o Reiki entendeu que era
hora de multiplicar esse conhecimento. Após esse chamado interno, Eduardo
concluiu sua formação de instrutor em Reiki no mês de outubro de 2012, e já
em dezembro do mesmo ano conduziu seu primeiro curso. E assim, seguiu
jornada de instrutor de 2012 a meados de 2016 sozinho.
Em junho de 2016, entendeu que algo maior estava por vir e era hora de
expandir: nascia o IPIS - Instituto de Práticas Integrativas em Saúde e entrava
para a equipe as instrutoras Gabrielly Isaac e Samira Sampaio.
O ano de 2022 é muito especial para o Instituto IPIS, devido a vários
marcos importantes:
Entendemos que cada ser humano é único, com suas dores, sua história
e sua busca por felicidade. Independentemente de como você se encontra neste
momento, acreditamos que você possui um potencial infinito para ter mais bem
estar, uma vida mais significativa, aprofundar-se em seu autoconhecimento,
bem como para despertar seus talentos adormecidos, virtudes e valores. Nesse
sentido, acreditamos no seu potencial de gerar impactos positivos na sua
própria vida e na vida de outros seres, e temos a convicção de que auxiliando
você nesse despertar e florescimento, estamos mudando o mundo para melhor.
O Reiki foi sistematizado no Japão no ano de 1922 por Mikao Usui, nascido
em 15 de agosto de 1865 e falecido em 09 de março de 1926. É um método que
abrange dezenas de técnicas que você pode aplicar em si mesmo ou em outras
pessoas. A imposição de mãos, por meio da qual é realizada a canalização das
energias naturais, é um dos procedimentos mais conhecidos do Reiki, contudo,
é só uma parte desse vasto caminho.
Por meio das suas diversas ferramentas, ele nos auxilia em nossa jornada
rumo a estados internos de mais paz, bem-estar e saúde integral. O treinamento
da mente também faz parte desse caminho, através da prática meditativa e
mediante os Gokai – os cinco princípios do Reiki – colaborando para
desenvolvermos uma perspectiva saudável sobre a vida e sobre nossas relações.
Tudo isso traz grande potencial de transformação pessoal e pode ser estudado
por pessoas de qualquer orientação religiosa, sem pré-requisitos, estimulando
assim o autoconhecimento e fortalecendo a cada um na sua jornada individual.
A denominação original era Shin Shin Kaizen Usui Reiki Ryoho, o que pode
ser entendido, em tradução livre, como “método de Usui para promover a
melhoria contínua do corpo e da mente por meio do Reiki”. Posteriormente
passou a ser referido como Usui Reiki Ryoho e atualmente ele é mais conhecido
apenas pelo termo Reiki.
A Portaria Nº 145, de 11 de janeiro de 2017 do Ministério da Saúde,
define uma Sessão de Reiki como uma prática de imposição de mãos que usa a
aproximação ou o toque sobre o corpo do indivíduo com a finalidade de
estimular os mecanismos naturais de recuperação da saúde, podendo esta sessão
ser recebida por pessoas de ambos os sexos, sem idade mínima ou máxima.
Essa definição, a nosso ver, é parcialmente satisfatória. Primeiro, ao utilizar a
expressão “Sessão de Reiki”, ela não define o Reiki em si, mas procura trazer
uma visão sobre como seria uma prática de Reiki conduzida por um
profissional. Mesmo assim, ao citar apenas a imposição de mãos, acaba
perpetuando uma ideia reducionista bastante comum no ocidente.
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O Reiki é um método que possui várias técnicas e procedimentos, sendo
a imposição estática de mãos apenas uma delas. Podemos comprovar essa visão
pelo o que nos diz o próprio sistematizador do Reiki, em seu manual conhecido
por Usui Reiki Hikkei. Usui Sensei cita por exemplo que não são usados
remédios nem instrumentos, mas utiliza-se técnicas variadas como a de olhar
fixamente, soprar, massagear, golpear ou tocar levemente (Petter, 2013, p 75).
Portanto, o profissional de Reiki não faz apenas imposição estática de mãos,
utilizando vários outros recursos próprios do método. O reikiano não pode
indicar medicamentos e nem sugerir o seu abandono. Também não deve sugerir
que abandone ou evite a procura da medicina convencional sempre que
necessário. Atuar de maneira integrada auxilia no atendimento da complexidade
do ser humano, sendo que cada profissional tem o seu espectro específico do
cuidado.
Para uma Sessão de Reiki, não há qualquer necessidade de se despir, pois
um dos pressupostos básicos é que a energia vital universal que é canalizada
pelo reikiano é de natureza muito sutil, atravessando sem qualquer obstáculo às
vestimentas ou quaisquer outros aparatos que cubram o receptor, tais como
cobertas, gesso, próteses, etc. Não há qualquer necessidade de uso de incensos,
velas, essências ou quaisquer outros produtos no ambiente da aplicação ou
sobre o receptor. A Sessão de Reiki pode ser conduzida por um ou mais
aplicadores simultaneamente.
Voltando à portaria do Ministério da Saúde citada, por outro lado, temos
um conceito interessante ao falar, como finalidade, do estímulo aos mecanismos
naturais de recuperação da saúde. Essa frase contém uma ideia que
concordamos e defendemos: o Reiki, por si só, não cura as doenças, mas sim,
auxilia no alcance da saúde em sua integralidade, ao proporcionar condições
favoráveis tanto para recuperação, prevenção e maior percepção de bem-estar
global do indivíduo.
Depois de milhares de sessões que pude desempenhar ou acompanhar
pessoalmente, observei que, como resultado, é muito comum relatos de
percepção de relaxamento, sensação de serenidade e outras repercussões
benéficas ao estado psicoemocional do indivíduo. Observamos também que o
Reiki tem se revelado um forte aliado no combate a insônia, ansiedade elevada,
estresse excessivo e depressão, bem como no caso de apoio no combate ao
câncer, sempre em parceria com o acompanhamento de outros profissionais
adequados a cada caso. Da mesma forma, como um tratamento complementar,
notamos que a terapia Reiki colaborou na melhoria de outros quadros
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acentuados por desequilíbrios de fundo emocional, como por exemplo
problemas estomacais agravados por distresse, dores de cabeça e dores
musculares causadas ou agravadas por tensões e conflitos.
Apesar dessas evidências serem comumente observadas e relatadas,
ainda há pouca pesquisa científica realizada no país sobre o tema. Sugerimos
que os interessados fomentem pesquisas na área, até mesmo considerando que
a World Health Organization (Organização Mundial de Saúde - OMS) define a
saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não
somente a ausência de afecções ou enfermidades”. De encontro com esse
entendimento, o Reiki influencia positivamente para a promoção da saúde em
seu aspecto global. Um memorial que está ao lado do túmulo do Usui Sensei, o
sistematizador do Reiki, diz que:
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o toque em locais com feridas ou em áreas consideradas íntimas do receptor.
Além disso, deve-se evitar o toque direto quando houver risco de exposição da
saúde do aplicador ou a do receptor.
Como já mencionamos, existem diversos outros procedimentos mais
dinâmicos que podem ser efetuados em uma sessão de Reiki. Essas técnicas,
que faziam parte do método original, foram conservadas por um pequeno
número de pessoas, enquanto por desconhecimento, no ocidente, a imposição
estática de mãos acabou sendo mais difundida. No nosso caso, transmitimos
esse conhecimento por meio de uma formação especial chamada de Curso de
Técnicas Tradicionais Japonesas de Reiki, sendo pré-requisito que o interessado
já tenha uma formação prévia no Reiki.
Outro ponto a ser observado em uma sessão de Reiki é que as mãos do
aplicador sejam devidamente higienizadas antes e depois da aplicação. Da
mesma forma, o local onde o receptor se acomodará para receber a Sessão de
Reiki deve estar limpo.
Não há limite de sessões de Reiki que uma pessoa pode receber. Muitos
buscam apenas para conhecer, assim devemos respeitar a cada um. No entanto
para percepção de mais benefícios é recomendado receber várias sessões, com
certa regularidade. Aqui não mencionaremos um padrão específico, pois cada
um poderá buscar o atendimento quando sentir necessidade, bem como o
Terapeuta Reiki poderá efetuar uma sugestão quanto ao número de sessões e
frequência, considerando a cada caso.
O Reiki pode ser apresentado como um dos procedimentos no rol das
Práticas Integrativas e Complementares (PICS). Por algum tempo utilizou-se as
expressões “Medicina Alternativa”, “Terapia Alternativa”, dentre outras nessa
mesma linha, indicando um movimento de oposição a um modelo de saúde
com forte tendência a medicalização da sociedade e com relação íntima com
grandes corporações que objetivam lucro. No entanto, o termo alternativo não
é indicado, pois propaga uma noção de que podemos substituir uma opção por
outra, no caso a medicina convencional por outras práticas. Seria um modelo
“um ou outro”.
A expressão “Prática Integrativa e Complementar” pode ser adotada
com mais acerto, o que justificamos refletindo sobre cada termo da mesma.
Vejamos:
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PRÁTICA: o Reiki, bem como as demais PICS por exemplo Yoga,
Medicina Tradicional Chinesa e Medicina Ayurvédica, não devem ser referidas
como técnicas, mas como práticas compostas por vários procedimentos
diferentes, teorias e recursos próprios para o favorecimento da saúde, advindos
de tradições de diferentes povos – alguns remontando a várias décadas; outros,
a milênios.
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Segundo a Política Nacional das Práticas Integrativas e Complementares
(PNPIC), as PICS compreendem sistemas e recursos envolvendo abordagens
que buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e
recuperação da saúde por meio de tecnologias eficazes e seguras, com ênfase na
escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração
do ser humano com o meio ambiente e a sociedade. Outros pontos
compartilhados pelas diversas abordagens abrangidas nesse campo são a visão
ampliada do processo saúde-doença e a promoção global do cuidado humano,
especialmente do autocuidado.
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IDEOGRAMA REIKI
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O Kanji Rei é formado por Ame que significa chuva, por Utsuwa que
significa vaso ou recipiente e por Miko que significa sacerdotisa ou xamã. Ame
ou chuva representa uma energia de bênçãos que vem do universo. Utsuwa ou
recipiente é a canalização dessa energia, o que é feito por Miko ou sacerdotisa
que representa um ser capaz de se comunicar com o sutil. Nesse sentido, Rei
tem o significado de um ser humano que é capaz de canalizar a energia universal
e transmiti-la.
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Ideograma Reiki original
(usado na época de Mikao Usui)
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HISTÓRIA CONCISA
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Mikao Usui ensinou a técnica a mais de dois mil alunos e formou
pessoalmente vinte Shihans, encarregando-os oficialmente de perpetuar o
ensino do Reiki (Petter, 2013, p. 87). O termo Shihan pode ser interpretado
como Instrutor. Usui fundou também a Usui Reiki Ryoho Gakkai, uma
associação de Reiki que ainda existe nos dias de hoje, embora possua muitas
restrições para admissão de novos membros.
Um dos discípulos diretos de Mikao Usui, que colaborou para grande
expansão do Reiki, foi o médico e oficial da marinha japonesa, Chujiro Hayashi.
Ele dedicou-se intensamente ao Reiki e com o apoio de seu mestre fundou sua
própria associação, conhecida por Hayashi Reiki Kenkyukai.
Hayashi, por sua vez, formou também alguns instrutores. Uma das
instrutoras formadas por ele foi a Sra. Hawayo Takata, que se tornou a
responsável pelo Reiki ter vindo para o ocidente. Após o falecimento de Takata,
em 12 de dezembro de 1980, o Reiki entrou em fase de grande expansão nas
Américas por meio dos vinte e dois instrutores por ela formados e os que foram
surgindo a partir desses.
Por muitas décadas, a forma de se entender e praticar o Reiki ensinado
no ocidente, derivava sobretudo da visão perpetuada pelos alunos da Sra.
Takata, contendo algumas modificações com relação a forma original de se
trabalhar com o Reiki. Foi comum a divulgação da técnica de imposição de
mãos por meio de sequências de posições básicas pré-definidas e com tempos
fixos para cada posição. No entanto, devido a contribuição das pesquisas de
Frank Arjava Petter, tomamos conhecimento de que o Reiki também continuou
existindo no Japão através de outros instrutores formados pelo próprio Mikao
Usui. Essas descobertas nos trouxeram novas técnicas e informações sobre o
Reiki que haviam sido perdidas ao longo do tempo.
Segundo Eulalia Fernandes, uma das estudiosas sobre o Reiki no Brasil:
A Sra. Takata foi uma de suas discípulas, mas veio para o Ocidente
e o Reiki proveniente de seus ensinamentos sofreu muitas
modificações, transformando os conhecimentos originais. Isso não
quer dizer que tenha menos valor, apenas que não conservou os
ensinamentos tais como foram transmitidos pelo fundador do Reiki.
Houve, no entanto, japoneses que aprenderam com o Sr. Hayashi e
ficaram no Japão, como foi o caso da Sra. Yamaguchi. A história de
como o Reiki chegou a Sra. Yamaguchi é linda, mas longa, e não
vem ao caso contá-la aqui. O que importa saber é que, com o tempo,
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o conhecimento original se perdeu e a Sra. Yamaguchi, pelo que se
tem notícia, teria sido a única pessoa cuja existência chegou ao
conhecimento de pesquisadores ocidentais. Ao ser descoberta, no
entanto, não se opôs a ensinar o que sabia, pois encarava o Reiki
como algo que deveria estar ao alcance de todos. A Sra. Yamaguchi
morreu em 2003. Seu filho, o Sr. Tadao Yamaguchi foi educado com
Reiki desde criança e, para ele, o Reiki faz parte de sua vida
naturalmente. Após o falecimento da Sra. Yamaguchi, assumiu a
tarefa de continuar ensinando Reiki aos discípulos de sua mãe, como
é o caso de meu mestre Frank Arjava Petter, e a todos os que se
dispuserem a aprender essa maravilhosa técnica. Com sua mãe,
havia fundado o Instituto Jikiden, com sede em Kyoto, que se
tornou o centro desse conhecimento.
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SISTEMAS, NÍVEIS E LINHAGENS DE REIKI
Esse é um tema que costuma gerar muita confusão para quem está começando
a pesquisar sobre o assunto, pois proliferam-se rapidamente novos estilos de
Reiki sob denominações variadas. Conforme o Reiki se expandiu no tempo, a
partir do Usui Reiki Ryoho, foram criadas várias escolas e sistemas, com técnicas
e abordagens diferentes.
Nas últimas décadas do século XX e no início do XXI, houve um
período turbulento a esse respeito. Desde o falecimento da sra. Takata,
considerada por muitos grã-mestra do Reiki ocidental, houve uma cisão no
grupo de instrutores por ela formados, divergindo sob vários aspectos. Além
disso, alguns instrutores que vieram depois desses, ainda fundaram novas
abordagens. Nesse clima tenso, alguns tentavam se projetar como os detentores
do “verdadeiro reiki”, do “reiki mais original”, do “jeito certo” e daí por diante.
É natural que a humanidade, uma vez que possivelmente significativa parte dos
indivíduos ainda não alcançou o estado de iluminação, vivencie seus conflitos e
falhas projetados nos diferentes grupos e atividades que participe. É nesse
sentido que caminhos maravilhosos, de Amor e Luz como o Reiki, também têm
seus percalços, pois são constituídos por pessoas imperfeitas. Talvez o melhor
sintoma do nosso amadurecimento seja quando cessarmos todas as guerras,
quando todos tiverem uma vida minimamente digna e conseguirmos, mesmo
na diversidade, conviver em harmonia uns com os outros, com o planeta e seus
demais habitantes, e com nós mesmos.
Atualmente, pelo menos em nossa percepção, há uma harmonia na
comunidade de reikianos, sendo que cada interessado se aproxima do instrutor
e do grupo com o qual tem sintonia.
A neta da sra. Takata, Phyllis Lei Furumoto, nascida em 22 de agosto de
1948 e falecida em 31 de março de 2019, também foi uma figura importante no
reiki ocidental e considerada por muitos reikianos como sucessora da avó.
Antes de seu falecimento, ela deixa um verdadeiro presente para os reikianos,
compartilhando importantes informações e reflexões no documentário
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Reconciliation - Along the Path of Mastery, divulgado ao público em janeiro de 2017.
Nesse documentário, Phyllis reconhece os momentos de conflito dos quais
também participou no passado, e compartilha uma visão de reconciliação e
reconhecimento das diferentes formas de se praticar o Reiki, as quais não
alteram sua essência, pelo contrário, enriquecem o método. Também reconhece
a responsabilidade de todos os mestres e não somente alguns instrutores ou
escolas.
Desde o início de minha jornada pessoal com o Reiki, em 2010, estudei
com diferentes instrutores, em diferentes escolas. Sou muito grato pelo que
pude aprender com cada um e considero que ainda tenho muito mais a
aprender. Devido a essa diversidade com a qual tive contato, pude perceber
tanto a beleza do Reiki em suas origens, quanto também estar aberto a novas
experimentações e técnicas mais recentes. Não me considero detentor da
verdade e minha compreensão sobre o Reiki, meu estilo de praticar e ensinar,
estão em constante revisão e aprimoramento. Considero que os mistérios do
universo são infinitos e nunca deixaremos de nos surpreender.
Quanto a organização no ensino do Reiki, mesmo em diferentes
linhagens, geralmente temos a divisão em três ou quatro momentos principais
de formação. As mais comuns são:
a) Níveis 1, 2 e 3;
b) Níveis 1, 2, 3A e 3B;
c) Níveis I, II, III, IV;
d) Shoden, Okuden e Shinpiden.
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conhecido comumente como mestrado, neste caso, considerado apenas
informalmente, já que o curso não apresenta o nível de graduação, nem de
mestrado nos moldes do MEC. Essa habilitação, conforme a divisão
apresentada nos itens a, b, c e d, ocorrem respectivamente nos níveis 3, 3B, IV
e no Shinpiden.
Qualquer pessoa pode realizar a formação no primeiro nível do Reiki,
não havendo pré-requisitos, pois o Reiki é um sistema que possui teoria própria
sobre a terapêutica baseada na energia universal, que naturalmente passa a ser
canalizada pelo reikiano após a sintonização realizada por um instrutor
habilitado. Deve ficar claro que a partir do primeiro nível, é plenamente
possível ao reikiano aplicar as técnicas já aprendidas em si mesmo e em outros,
podendo atuar também junto a grupos de voluntariado.
No manual de Mikao Usui essa questão também é respondida:
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GOKAI, OS CINCO PRINCÍPIOS DO REIKI
Você já ouviu falar sobre os cinco princípios do Reiki e como eles podem nos
ajudar em nossa vida cotidiana? Compartilho minhas reflexões sobre esse tema
importante e também algumas dicas de como poderá aplicar isso em sua vida,
seja você praticante de Reiki ou não.
Além da prática meditativa e de várias técnicas de tratamento
disponibilizadas, o Reiki possui mais um poderoso elemento que nos apoia na
conquista de saúde integral, bem-estar e qualidade de vida. Os Gokai – os cinco
princípios do Reiki – constituem-se como a base do Reiki.
Considero que muitos dos nossos problemas tem forte influência de
padrões nocivos que mantemos em vários âmbitos de nosso ser, se refletindo
em maus hábitos de corpo, fala e mente. Os Gokai vão atuar em nosso íntimo
trazendo uma perspectiva mais saudável na relação consigo mesmo, com os
outros e com o todo.
Esses princípios nos servem como um mapa, fornecendo tanto um norte
que desejamos alcançar, quanto uma noção de onde estamos no caminho para
assim realizarmos as correções de rota necessárias. Muito além de frases para
serem ditas mecanicamente, os princípios devem ser recitados diariamente e
contemplados, relacionando-os diretamente com nossa vida cotidiana. Eles
contêm muitas chaves para transformação pessoal e melhoria de nossa relação
conosco, com o outro e com o planeta. Vejamos a seguir uma tradução possível
e entre parênteses os princípios originais.
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GOKAI
O fundador,
Mikao Usui
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ESTUDANDO OS GOKAI
Farei agora alguns comentários livres com base em minhas reflexões e vivências
de cada um dos princípios.
Essa expressão introduz todos os cinco princípios e por si mesma já traz muitas
ideias interessantes. Costumamos oscilar muito nossa energia com pensamentos
relacionados ao passado ou ao futuro, imersos em expectativas diversas, e assim
perdemos grandes oportunidades de fazer aquilo que nos cabe e que é possível
realizar no hoje, no aqui e agora.
Podemos olhar para nossas experiências passadas com fins de
aprendizado bem como podemos traçar planos e estratégias para o futuro para
nortear nosso passo a passo em direção ao que almejamos. O problema é que
nos perdemos em constante distração mental e esquecemos que o presente é o
único tempo real onde podemos atuar.
Quando pensamos em grandes projetos, todo planejamento é relevante,
mas se nos perdermos nessa visão, podemos gerar ansiedade, angústia e
desgaste desnecessários. Podemos optar por direcionar nossa energia a cada dia,
dando um passo possível de cada vez e apreciando cada momento do caminho
que escolhemos trilhar.
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tempo e a seu próprio modo e dessa forma sofremos por esperar que tudo seja
do jeito como gostaríamos.
Frente a essa realidade, o que podemos então fazer? Entendemos
inicialmente que tudo tem liberdade para se mover em qualquer direção, mesmo
a nosso contragosto. Não podemos controlar o resultado externo, apenas fazer
o melhor dentro do que nos cabe. No entanto, podemos treinar uma mente que
não fica alimentando ou retendo esse sentimento nocivo de incômodo, que nos
desgasta. Fácil? Talvez nem tanto. Possível? Sim.
A prática da meditação vai nos dar grande auxílio e também a noção de
que podemos ficar atentos e evitar ficar revisitando as experiências
desagradáveis deliberadamente, por exemplo quando ficamos falando sobre elas
continuamente para outras pessoas, sem nenhum objetivo salutar, apenas para
falar mal de algo ou alguém, por ter irritado ou contrariado você. Nesse sentido
essas emoções nocivas são como uma fogueira, que surge naturalmente, mas
que tende a reduzir seu impacto com o passar do tempo, caso não fiquemos
alimentando vez após vez. Nesse ponto, ainda nem falamos ainda de perdão ou
compaixão.
Encaro esse princípio como uma decisão de não me fazer mais mal do
que o próprio fato, e deixar que a paz floresça em meu ser, para meu próprio
bem-estar e consequentemente fluindo benefícios para as minhas relações.
Decida cultivar paz e bem-estar, e solte as correntes que nos mantem ligados a
pessoas e a situações tóxicas.
A contemplação desse princípio e a meditação vão nos ajudar a
desenvolvermos equanimidade, o que é um grande termômetro do nosso
avanço. A ideia é que as circunstancias externas, cada vez menos, tenham poder
de nos desequilibrar, nos tornando então mais resilientes e capazes de usufruir
de mais contentamento e tranquilidade em nossa jornada. Na verdade, não
sabemos o que o outro viveu para estar se manifestando de determinada forma
que nos desagrada. Nem sabemos se não agiríamos de modo semelhante se
tivéssemos a mesma história e circunstância que o outro viveu. Libere o outro.
Escolha a paz.
Outra técnica que criei para me ajudar a trabalhar esse princípio é a “regra
do 3”. Se eu sinto raiva, incômodo, irritação ou desconforto, frente a alguma
pessoa ou situação, eu escolho três caminhos. Se eu necessito tomar alguma
decisão urgente, que deve ter uma resposta imediata, e estou submetido ao
impacto das emoções, eu espero três minutos antes de responder. Nesse tempo,
respiro profundamente várias vezes, e sempre que expiro vou liberando um
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pouco daquela carga de tensões. Se possível, caminho um pouquinho para fazer
a energia circular também.
No caso de haver mais prazo para minha resposta, aguardo então três
horas. Faço o mesmo exercício de respiração e movimento o corpo um pouco.
No entanto, é importante que nesse tempo você não retenha o nível de tensão
por meio de ficar comentando, desnecessariamente, com outras pessoas sobre
o ocorrido. Tente relaxar o máximo que for possível, deixando que o fluxo das
emoções se harmonize um pouco mais. No início você perceberá que não é tão
fácil, mas verá que é possível e cada vez mais alcançará o poder de se manter
equilibrado mesmo frente a situações difíceis, de maneira mais rápida e com
menos esforço. Tudo é questão de treino.
Vamos então a última “regra do 3”. Imagine uma situação onde você fica
emocionalmente muito abalado e você deve fazer escolhas importantes. Se a
decisão a tomar é de grande impacto na sua vida e na de outras pessoas, mas
não tem a obrigatoriedade de ser tomada hoje, se for possível, aguarde três dias,
deixe a poeira abaixar. A fogueira das emoções já estará suavizada, caso não a
tenha alimentado desnecessariamente, e sua mente estará mais clara e com mais
discernimento.
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conhecimento, mas por esse desgaste. Então como podemos solucionar isso?
Mais uma vez a prática constante da meditação será de grande ajuda, juntamente
com a contemplação e recitação desse princípio.
Costumo dizer que esse princípio nos convida para a “arte de fazer agora,
com potência e eficiência, aquilo que ao agora cabe, e, deixar para depois, com
leveza e tranquilidade, aquilo que só posso fazer depois.”
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muitos seres hoje mesmo, não tiveram essa situação favorável. Geramos a
aspiração que todos os seres tenham bem-estar e nos alegramos por termos
uma condição tão favorável. Quando vamos tomar banho, podemos
contemplar o fato de que muitos de nós, podemos ter acesso à água boa e ainda
aquecida, simplesmente girando a torneira. Nos recordamos que muitos seres
não dispõem de energia elétrica e nem água com facilidade. Aspiramos que
todos os seres tenham condições favoráveis no que tange à água, e nos
alegramos pela benção de termos essa facilidade. Quando nos alimentarmos,
nos lembramos que muitos desses alimentos precisaram de semanas ou meses
para serem produzidos, transportados e preparados até chegar ali diante de
você. Quantos nutrientes, água, energia do sol, trabalho e sonhos foram
dispensados para esse alimento que te serve agora. Nos recordamos que muitos
são os seres que não se alimentaram nem hoje e nem ontem. Aspiramos que
todos seres tenham alimento e nos alegramos pela benção de podermos fazer
essa refeição.
E nesse mesmo sentido, podemos treinar essa visão com muitas outras
situações em nossa vida e aos poucos estabilizamos uma visão que eu chamo
de paradigma da abundância. Reconhecemos que somos cercados de bençãos a
todo instante. Assim, nosso padrão interno muda e temos muito mais energia e
leveza para nos mover na vida. Isso nada tem a ver com resignação.
Continuamos traçando objetivos futuros, mas agora estamos vibrando alto no
presente e a satisfação e contentamento começam a nos visitar cada vez mais
frequentemente, independente de nossas expectativas e circunstâncias externas.
As pessoas à sua volta e a própria vida vão começar a reagir ao seu estado
interno saudável. Reflita: como nos sentimos quando estamos com pessoas que
só reclamam de tudo o tempo todo? Como é estar com pessoas que tem
presença, alegria, leveza? Outro aspecto interessante é que podemos também
contemplar situações desafiadoras sob a perspectiva da gratidão. Entendendo
que, mesmo que não compreendamos assim agora, podem trazer movimentos
importantes em nosso crescimento.
Minha fórmula pessoal de fazer o cultivo de apreciação, quando percebo
que minha mente está se voltando de novo para o paradigma da escassez é dizer,
substituindo-se o que está entre parênteses pelo que for conveniente: “É natural
e dado a todos os seres ter (tal coisa)? Não, muitos seres não possuem. Então
eu sou grato por ter isso e aspiro que todos os seres também tenham condições
favoráveis.”
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No início do seu treino pode até parecer forçado, mas persista. Aos
poucos essa habilidade de reconhecer beleza e benção no que está a sua volta
vai se fortalecendo, se interiorizando e tornando-se natural. Faça um teste
durante uma ou duas semanas pelo menos, e verifique por si mesmo o que isso
pode fazer por você.
Esse é mais um princípio que nos ajuda a alcançar mais paz e equilíbrio interior.
Já vi outras versões da tradução desse princípio, por exemplo “trabalhe
honestamente” ou “trabalhe com afinco”. No entanto, na minha compreensão
essas adaptações não traduzem a essência do princípio.
Particularmente não vejo aqui um sentido moral do que se deve fazer ou
não. Nem mesmo vejo uma relação direta com trabalhar muito. Entendo ele
como o cumprimento daqueles deveres que lhe cabem segundo sua própria
consciência.
Dentre nossos maus hábitos de corpo, fala e mente, um muito frequente
é a procrastinação e a preguiça. Dessa forma deixamos para depois coisas que
poderíamos realizar agora e ao invés de nos dedicar por um momento e usufruir
da satisfação da tarefa cumprida, vamos adiando nossos compromissos,
experienciando, consequentemente, angústia e ansiedade. Portanto faça aquilo
que você pode fazer hoje dentro daquilo que são seus deveres, com diligência.
Deixe para depois (não se preocupe) o que não pode ser beneficiado com
nenhuma ação do presente.
Se por exemplo você tem que fazer um trabalho importante para a
faculdade, as vezes você passa semanas ou meses reclamando e sofrendo, sem
nem iniciá-lo. Na véspera da entrega você senta e leva talvez um só dia, ou nem
isso, para finalizar. Pronto! Ao terminar você sente um alívio e paz, no entanto
sofreu por muito tempo. Se você escolhesse antecipar, cumprir seu dever
diligentemente já no início, teria impedido o desgaste desnecessário.
Se você tem que fazer ou resolver algo, faça o mais rápido e do modo
mais eficiente quanto for possível executar aquilo com qualidade. Quanto mais
postergamos, mais temos essa questão em aberto, nos roubando energia, no
fundo da nossa mente.
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Quinto Princípio: Hitoni shinsetsu ni (Seja gentil com as pessoas)
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COMO PRATICAR O GOKAI
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dos princípios e que tem me trazido grande bem-estar ao longo desses anos,
considerando nosso contexto de uma mentalidade ocidental.
Fico muito grato por compartilhar com você essas reflexões que me são
tão importantes. Desejo que ajude você assim como tem me ajudado. Releia
esse texto quantas vezes achar necessário, reflita, teste por várias semanas
seguidas e tire suas próprias conclusões, frente aos resultados. Lembre-se que
o que mais irá fazer a diferença é a constância e persistência na prática. Portanto
fazer a recitação e contemplação um só dia por semana, ou mecanicamente sem
refletir, por exemplo, dificilmente vai trazer resultados duradores.
Além das Afirmações para Transformação Pessoal, a seguir, também
compartilho uma Aspiração Final que gosto muito de fazer. Construí essa
aspiração com expressões que ouvi aqui e ali e também com algumas palavras
me foram inspiradas.
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AFIRMAÇÕES PARA
TRANSFORMAÇÃO PESSOAL
Eduardo Isaac
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ASPIRAÇÃO FINAL
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RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA A
PRÁTICA DO REIKI
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Recomendamos bom senso em relação a imagens, conteúdos religiosos,
evitando associar o Reiki a uma corrente religiosa específica. Lembramos que o
Reiki não é religião e tem como objetivo beneficiar pessoas de todas as crenças,
inclusive pessoas não religiosas.
Não é imperativo o uso de roupas de alguma cor específica para a
aplicação ou recepção do Reiki. Você pode sugerir ao seu cliente que vá para a
sessão com roupas confortáveis de modo que possa relaxar o máximo possível
e nesse sentido também o convide a tirar os sapatos ao deitar na maca. Use
sempre o bom senso, caso a pessoa prefira não retirar os sapatos, por exemplo,
respeite sua decisão.
Recomende que o receptor desligue o celular ou coloque no modo avião
para que possa se permitir esse momento de autocuidado. Já houveram casos
onde o receptor não podia desligar o celular por alguma questão urgente por
exemplo. Tudo bem, não irá prejudicar a sessão. Caso ele tenha que atender
uma ligação, espere ele terminar e apenas pergunte se ele deseja continuar a
sessão. Caso afirmativo, prossiga normalmente.
Sobre a autorização do receptor para receber Reiki, o próprio fundador
do Reiki, Mikao Usui, nos fala que para que o Reiki funcione não é necessária
crença prévia ou permissão, funcionando bem inclusive com pessoas em estado
de inconsciência e crianças pequenas. Usamos o bom senso em cada caso.
Quando a pessoa for receber pela primeira vez, você pode perguntar se
ela deseja que você fale um pouco sobre o Reiki e então explique de maneira
sucinta evitando incluir crenças pessoais. Um exemplo do que se pode dizer é
que:
“Reiki é uma prática japonesa que tem cerca de 100 anos, e que a
pessoa simplesmente vai aproveitar um momento de relaxamento e bem-
estar, deitando-se enquanto você faz a imposição de mãos e outras
técnicas conforme cada caso, para favorecer a saúde como um todo.”
Você pode dizer também que estará posicionando suas mãos sobre
alguns pontos e, no caso de desconforto em algum, a pessoa pode falar, pois o
Reiki pode-se aplicar tanto com o toque direto quanto com as mãos distantes
alguns centímetros do corpo do receptor. Evite exposições demoradas e caso a
pessoa se interesse mais recomende que faça o curso de nível um. É interessante
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que o aplicador e o receptor permaneçam em silêncio durante a aplicação para
maior relaxamento.
Ao começar a sessão, geralmente peço para que o receptor relaxe, feche
os olhos e tome algumas respirações profundas. Convido-o a permitir-se esse
momento de cuidado e de gentileza consigo mesmo, aproveitando esse
momento que é dele e desconectando-se do mundo lá fora.
Um ponto importantíssimo é que a terapia integrativa e complementar
não substitui os tratamentos convencionais. Conforme cada caso deve-se
recomendar que o cliente busque os profissionais adequados para o tratamento
de uma enfermidade. Não suspenda medicações por conta própria.
O Reiki não realiza diagnósticos. As percepções vibracionais ocorridas
durante um atendimento servem como referência para o Reikiano fazer seu
planejamento e melhor conduzir a sessão. Caso tenha uma percepção muito
importante em alguma região, você poderá sugerir que o receptor realize um
check-up. Isso é recomendado a todos nós, cuidarmos de nossa saúde e fazermos
exames periódicos, mas jamais realizamos um diagnóstico físico, o que compete
aos profissionais qualificados após a análise detalhada de exames.
É interessante recomendarmos que, após a aplicação do Reiki, a pessoa
receptora se hidrate bem, pois isso ajuda no processo de desintoxicação do
corpo. Caso ela sinta necessidade ou mediante a nossa avaliação, sugerimos que
ela retorne para mais sessões. Não há um limite máximo ou mínimo de sessões.
Naturalmente, com mais sessões, a percepção de benefícios é maior. O
terapeuta, por meio da sua experiência, faz uma recomendação de quantidade e
frequência das sessões conforme cada caso. Com isso, o terapeuta vai
acompanhando os resultados e fazendo os ajustes necessários.
Além das informações sobre o Reiki, para se aplicar é necessário um
treinamento vivencial supervisionado por um instrutor habilitado e segundo a
tradição, a pessoa passa a ser um canal Reiki somente após a realização de uma
sintonização energética, também chamado de iniciação.
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PREPARAÇÃO PARA APLICAÇÃO DO REIKI
Gassho Meiso
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problema. Não tentamos evitar e nem mesmo perseguimos esses estímulos.
Simplesmente deixamos eles surgirem e irem embora enquanto continuamos
respirando suavemente e retornamos a nossa atenção, vez após vez, para o
ponto de contato entre os dois dedos médios.
Aqui nosso objetivo não é não pensar em nada, mas sim treinar nossa
presença no aqui e no agora. Durante a meditação não desejamos alcançar
nenhum objetivo, simplesmente desfrutamos de um instante de presença, onde
repousamos nossa atenção em um foco específico e deixamos que nosso corpo
e nossas elaborações mentais aos poucos se suavizem e relaxem também.
Essa técnica é indicada para prática diária por 15 minutos ou mais. Se
você está começando, faça um teste de começar com três minutos por dia e,
aos poucos, aumente esse tempo. Também pode ser feita por um breve instante
antes do início de uma aplicação de Reiki para nos prepararmos para aplicação,
nos desconectando de outros lugares, pessoas e situações e trazendo a nossa
presença plena para o aqui e para o agora, com a finalidade de servirmos com
Amor, sendo um canal de Reiki.
Atualmente, existe uma infinidade de pesquisas científicas comprovando
os benefícios da meditação nas mais diversas áreas. Ao praticar diariamente a
meditação Gassho durante alguns meses, você provavelmente perceberá o
quanto estará mais livre de ser arrastado por pensamentos e emoções, podendo
agir mais ao invés de somente reagir ao que acontece no nosso cotidiano.
Perceberá uma mente mais serena, com mais clareza mental e discernimento.
Sua atenção estará muito mais disponível e maleável para focar onde você deseja
e permanecer ali por mais tempo.
Meditar frequentemente nos torna melhores praticantes de Reiki
estimulando nossas percepções energéticas, mas também nos torna cada vez
melhores seres humanos, permitindo o florescimento de muitos fatores
positivos e potencialidades internas.
Reiji-Ho
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Essa técnica nos coloca com uma atitude interna muito favorável. É
realizada com as mãos em posição Gassho (palmas unidas) que começam diante
do peito e em seguida erguem-se em frente a região entre as sobrancelhas.
Mentalmente se conecte com a energia Reiki, em uma atitude receptiva, sem
expectativas, pronto para servir com Amor.
Ensino uma frase para meus alunos a qual pode ajudar na realização do
Reiji-Ho, mas na verdade, mais do que as palavras que você diz ou mentaliza,
vale a atitude sincera e a sintonia íntima. Eis a frase:
Chiryo
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MÉTODOS DE TRATAMENTO COM O
REIKI
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1) Terapia Integral dos Chacras – TIC (sequência padronizada com os
principais centros vitais como referência);
2) Anamnese Brevíssima ou Método Queixas/Diagnóstico (levantamento
de pontos de interesse por meio de perguntas e tratamento com foco
nesses pontos além de, sempre que possível, aplicar também no topo da
cabeça);
3) Atendimento Rápido/Emergencial (energização somente no topo da
cabeça ou diretamente em algum local afetado);
4) Byosen (fundamento do tratamento do Reiki nas suas origens,
localizando, classificando e tratando pontos que necessitam de cuidado);
5) Técnicas Tradicionais Japonesas de Reiki (uma diversidade de técnicas
que eram praticadas no Reiki nas suas origens e que não são tão
conhecidas no ocidente – abordo as mesmas em curso específico).
6) Avaliação vibracional (sinais e intuições que surgem antes ou durante um
atendimento);
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Esse método se baseia nos principais Chacras, ou centros energéticos
vitais do corpo. Aproveito a oportunidade para dizer que, mesmo que Chacras
seja um assunto que hoje é comum no mundo do Reiki, não fazia parte do Reiki
de Mikao Usui nas origens.
Mesmo no meu curso de Reiki inicial, além dessa, já oriento também
quanto a outras formas de se trabalhar com o Reiki, bem mais individualizadas.
Percebi que os alunos ganham confiança e segurança tendo esses referenciais
claros para iniciar sua experimentação com o Reiki, para depois irem se abrindo
cada vez mais a métodos mais avançados, aos sinais e intuições, para que sua
prática se torne mais fluída e dinâmica.
Se por um lado, vejo vários benefícios de se ensinar essas sequências com
tempos e posições pré-definidos, por outros vejo algumas limitações.
Em primeiro lugar, podem existir pontos importantes no corpo do
receptor, conforme cada caso, que necessitam de muito mais tempo de
aplicação. Nesses pontos seria de grande benefício focar ali por mais tempo,
como dez, vinte, trinta minutos ou mais.
Segundo, as vezes as pessoas tem as sequências como uma prisão e não
como uma referência. Assim acabam se fechando para as intuições e sinais que
poderiam receber durante o tratamento, uma vez que não permitem a
possibilidade de fazer diferente daquilo que aprenderam.
Como descobrimos pela Sra. Chiyoko Yamaguchi, tradicionalmente não
haviam posições fixas, nem tempo definido para cada posição. O Reikiano,
quanto mais experiente for, terá melhores condições de trabalhar através da
percepção da energia do receptor e atuar no local e pelo tempo que se fizerem
necessários para que a harmonização seja efetiva.
Essa forma de conduzir a Sessão de Reiki, flexível e englobando vários
procedimentos além da imposição das mãos, pode ser confirmada no próprio
manual de Usui, que diz que o Reiki:
(...) também pode ser encarado como terapia corporal, pois a energia
e a luz irradiam de todas as partes do corpo do terapeuta. A energia
e a luz irradiam, sobretudo dos olhos, da boca e das mãos do
terapeuta. Por isso, é preciso olhar fixamente por dois ou três
minutos para o local afetado no corpo do paciente, soprar sobre ele
e massageá-lo suavemente. (Petter, 2013, p. 73)
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Em outra parte, mais informações são trazidas por Usui nesse mesmo
sentido:
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Posição 2) Referência: têmporas e articulação temporomandibular; promove
relaxamento e estimula os chacras superiores
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Posição 5 e 6) Referência: Joelho e sola do pé (repete do outro lado); pode
também ser feita com a pessoa em decúbito ventral
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Posição 9) Referência: região lombar e períneo; trabalhando chacra sacral na
sua parte posterior e o chacra básico
2) Método Queixas/Diagnóstico
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na região da garganta, mas diz que não foi identificado ali nenhum problema
em seu corpo físico. Quando você pergunta sobre dores, desconforto e
incômodo, esse ponto seria descoberto. Outro exemplo: certa vez um cliente
relatou que tinha um grave problema em seu rim direito, mas que não sentia
absolutamente nenhuma dor ou incômodo. Com a segunda pergunta,
saberíamos sobre esse ponto.
Pelo Método Queixas/Diagnóstico, uma vez que coletamos os pontos
de interesse, poderemos focar nosso tempo nessas posições, ficando o máximo
possível em cada ponto. No caso de adotarmos esse método, antes de irmos
para as posições específicas, é de muito benefício energizarmos, pelo menos
por dez minutos, o topo da cabeça para elevar o nível de energia geral e
beneficiar o receptor bem como para melhorar nossas percepções energéticas
durante o atendimento.
3) Atendimento Rápido/Emergencial
4) Byosen
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analisando, acompanhando todo o processo com muita atenção e clareza. No
meu entendimento, esse método exige bastante estudo e muita prática, mas os
resultados são recompensadores.
O quinto modo de condução de sessão que cito para nosso estudo é o conjunto
de procedimentos do Reiki nas suas origens e que ficou desconhecido para os
praticantes ocidentais por muito tempo. Chamamos esse conjunto de
conhecimentos de Técnicas Tradicionais Japonesas de Reiki, compreendendo
uma grande variedade de procedimentos, muitos deles mais dinâmicos do que
a imposição estática de mãos.
Considerando que expus apenas superficialmente os temas e que nem
mesmo abordamos os conteúdos dos níveis mais avançados, podemos perceber
o quanto é abrangente o método do Reiki como um todo.
6) Avaliação Vibracional
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GRUPOS DE REIKI
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no qual os reikianos estão livres para executar qualquer técnica do Reiki que
tenham proficiência e que avaliem ser indicada para as necessidades do
indivíduo a ser atendido. Há grupos que estabelecem um padrão pelo qual todos
aplicam da mesma forma, nas mesmas posições e mesmo tempo de
permanência em cada posição. Esse último jeito parece, à primeira vista, uma
forma mais fácil de se implantar o trabalho, pois exige pouco conhecimento e
experiência dos participantes. No entanto, ao longo do tempo, essa forma
padronizada pode limitar o desenvolvimento dos integrantes do grupo, visto
não terem oportunidade de praticar as dezenas de técnicas próprias do Reiki.
Levando-se em consideração a diversidade possível das formas de
trabalho, quando vamos visitar outro grupo, é importante sempre respeitar a
convenção da casa. Tive oportunidade de me formar com muitos professores
diferentes e perceber uma grande diversidade de estilos.
Em nosso grupo de voluntariado, temos grande respeito pelo trabalho
como um todo e principalmente pelo momento do atendimento. Imaginamos
que, para muitos que nos procuram, aquele é o único momento de paz e
relaxamento que têm durante a semana. Portanto, prezamos pelo silêncio no
ambiente, evitando ao máximo falar ou fazer comentários durante a aplicação.
Entendemos que os cinco princípios do Reiki devem estar presentes, vivos
através de nossa própria conduta.
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REIKI EM ANIMAIS, PLANTAS, CRISTAIS E
ÁGUA
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A INICIAÇÃO E OS 21 DIAS
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SETE DICAS PARA TORNAR-SE
INSTRUTOR DE REIKI
Após viver o Reiki intensamente por mais de uma década, tendo coordenado
inúmeros projetos que somados já realizaram mais de 10.000 atendimentos de
Reiki além de ter formado mais de 3.000 pessoas nessa belíssima tradição,
gostaria de compartilhar contigo algumas reflexões sobre a formação de
reikianos e instrutores.
Os instrutores de Reiki são comumente chamados no ocidente de
Mestres Reiki ou Reiki Masters. O termo original em Japonês para denominar
esse instrutor é Shihan.
Aqueles que pretendem se tornar instrutores, primeiramente devem
ampliar sua visão, pois é muito comum no ocidente se ensinar uma noção muito
reducionista. O Reiki não é uma técnica e também não é imposição de mãos.
Vejamos o que está gravado ao lado do túmulo de Usui Sensei, fundador do
método e falecido em 1926:
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de mais paz, bem-estar, saúde e contentamento, o que tem reflexos em nossas
ações e relações.
A partir dessa compreensão, vou elencar alguns pontos que considero
importantes para aqueles que querem se tornar instrutores.
Coloque em prática em sua própria vida o que você aprende no Reiki. Isso
permite que você, através da aplicação dos ensinamentos, fale a partir de sua
experiência real e não a partir do que te disseram. Através da experimentação é
possível compreender e aprofundar-se naquilo que estudamos, constatar os
benefícios do método e também quebrar alguns mitos que são propagados.
Quando falamos a partir de nossa experiência e demonstramos através de nosso
exemplo cotidiano, o processo de ensino-aprendizagem e de partilha se torna
infinitamente mais rico e genuíno.
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posicionamentos e nos aprimorar sempre, traz Liberdade e Leveza para nossa
caminhada.
Algo que ouvi de um dos meus instrutores, Frank Arjava Petter, e que me
marcou muito é que o Reiki não tem a ver com medo, temor ou culpa, mas sim,
com Amor. Isso foi dito, quando vários outros colegas ocidentais indagavam
ele sobre mitos que de vez em quando se propagam por aí, por exemplo: "você
tem (obrigatoriamente) que fazer de tal jeito", "tem que ser assim", "não pode
fazer tal coisa", "cuidado com isso e aquilo". Tudo que tem a ver, genuinamente,
com a essência do Reiki, traz leveza, abertura no coração e paz. O que gera
tensão, separação, medo, culpa tem mais a ver com o ego.
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7) Reverencie toda a família reikiana
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PALAVRAS FINAIS
Um fraterno abraço!
Eduardo Isaac
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REFERÊNCIAS
USUI, M.; PETTER, F. A. Manual de Reiki do Dr. Mikao Usui. 6. ed. São
Paulo: Pensamento, 2014.
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