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SARA CARDOSO

s ico ogia do

1
Ci nc o princípios para a felicidade
Sara Cardoso é mestre em Reiki
Tradicional - Usui Reiki Ryoho -
e mestre em Karuna Reiki®.

Diplomada em Psicologia pela


Universidade do Porto, tem-se
dedicado desde há alguns anos
ao trabalho nas modalidades de
consulta individual e de formação,
privilegiando neste âmbito as áreas
do Reiki, desenvolvimento pessoal
e terapias alternativas. É licenciada
e mestre na área da Música, com
experiência de docência no ensino
vocacional, genérico e superior.
Psicologia do Reiki
SARA CARDOSO

Psicologia do Reiki
Cinco Princípios para a Felicidade

Pergaminho
Título: Psicologia do Reiki - Cinco princípios para a felicidade
Autora: Sara Cardoso
Editora: Joana Neves
Produção editor ial: Fátima Sousa
Design da capa: Marta Teixeira
Pré-impressão: Gráfica 99
Execução gráfica: Bloco Gráfico, Unidade Industrial da Maia

Copyright© 2012 by Sara Cardoso

Copyright© 2012, da edição portuguesa by Edi tora Pergaminho,


uma chancela da Bertrand Editora, Lda.

www.pergaminho.pt

Todos os direitos reservados . Este livro não pode ser reproduzido,


no todo ou em parte, por qualquer processo mecânico, fotográfico,
eletrónico, ou por meio de gravação, nem ser introduzido numa
base de dados, difundido ou de qua lquer forma copiado para uso
público ou privado - além do uso legal como breve citação em artigos
e críticas - sem prévia autorização dos titulares do copyright .

l.ª edição, julho de 2012


Reimpresso em março de 2019
ISBN 978-989-687-063-8
A c::óp'.;i_ voOI.J cn d:ttmo:; ;\CJ!o«:':I.
Depósito Legal: 343 992/12 0:. pttr,,(t aorr«; todo3 .
Introdução

ESTE livro nasceu a partir da minha experiência


como psicóloga, terapeuta e professora de Reiki,
tendo como base o trabalho que realizei nas sessões
indivi duais e também as reflexões que fui fazendo
ao longo dos cursos que orientei, e onde expliquei
os princí pios aos meus alunos de modo a torná-los
acessíveis, fáceis de compreender e de pôr em
prática.
Muitas pessoas procuram o Reiki devido a pro
blemas com a sua saúde física. Na maior parte dos
casos, a origem desses problemas é emocional ou
mental. Daqui decorre que não é suficiente tratar os
sintomas, é preciso tratar a sua origem, senão os sin
tomas reaparecem passado algum tempo.
Na verdade, não basta curarmos apenas o corpo:
a verdadeira cura vem da transformação interior.
É preciso mudar os pensamentos, os sentimentos, as
crenças e as atitudes que possibilitaram o desenvol
vimento de uma doença. É fundamental que a
mudança de comportamentos e padrões de pensa-

7
Introdução

mento acompanhe o tratamento, para que este seja


eficaz a longo prazo.
Mikao Usui, o fundador do Reiki, constatou que,
com alguma frequência, as pessoas tratadas com
sucesso, das mais diversas condições físicas,
voltavam passado algum tempo com os mesmos
problemas ou outros semelhantes. Usui ter-se-á
apercebido, já na década de vinte do século passado,
que a cura física não era suficiente, pois se as
pessoas mantinham os mesmos padrões de
pensamento, emoções e compor tamento, esses
padrões voltavam a criar doença: era pois necessário
curar a mente para que o corpo pudesse ser curado
com sucesso.
Consequentemente, Usui adotou os princípios,
como linhas orientadoras para o trabalho interior
dos praticantes de Reiki, e desenvolveu técnicas
especí ficas para trabalhar com a energia a nível
emocional, psicológico e mental. Além disso,
propôs a meditação sobre os Princípios do Reiki,
que pode ser a chave da abertura para a mudança
interior e para a transfor mação de pensamentos,
crenças e atitudes disfuncio nais que causam a
doença.
• Muito mais que uma técnica de tratamento, o
Reiki é um caminho de transformação interior e
---
eY.Q!ução espiri!ual que aumenta a nossa energia a
t dos os níveis e nos torna mais sensíveis, perceti
·v os, amorosos, compreensivos e saudáveis.
-
-
Contri- bui para nos sentirmos bem connosco
próprios e
-
8
Introdução

p'1;rn er1contrarmos o nosso lugar no universo,


c locando-nos no caminho da consciência, da inte
gração, do equilíbrio, da harmonia e do amor.

9
CAPÍTULO 1

c51v[as afinal o que é o 7\dki?

APESAR da crescente popularidade das terapias alterna


tivas em geral e do Reiki em particular, e de esta
terapia ter vindo nos últimos anos a conquistar
gradualmente reconhecimento no domínio dos
tratamentos não con vencionais, ainda há muitas
pessoas que perguntam: "Mas afinal o que é isso do
Reiki?"
Pois bem, para tentar responder a essa questão
decidi escrever estas linhas, que espero possam ser
esclarecedoras.

Como surgiu o Reiki?


O Reiki foi desenvolvido pelo monge budista
japonês Mikao Usui, nos anos vinte do século
passado. Usui recebeu a energia num retiro de
meditação numa montanha sagrada - Monte Kurama
- e depois estru turou o Reiki como sistema de cura.
Um dos alunos de Usui foi Chujiro Hayashi, um
médico da marinha, que em 1925 abriu uma clínica
em Tóquio, onde desenvolveu a sua própria maneira
de trabalhar, que incluía um conjunto de posições
das mãos para uso clínico em patologias
específicas.
11
Mas afinal o que é o Reiki?

A introdução do Reiki no Ocidente foi realizada


por Hawayo Takata, uma americana (do Havai) de
origem japonesa, que, tendo recuperado de vários
problemas de saúde na clínica de Hayashi, quis
aprender Reiki, e que veio a tornar-se ela própria
Mestre. É Takata que leva o Reiki para fora do
Japão e que dá origem à sua disseminação pelo
Ocidente.

O que é o Reiki?
De acordo com a ciência moderna, e também com
algumas tradições filosóficas antigas, o universo em
que vivemos é feito de energia: tudo é energia.
Assim sendo, se quisermos colocar a questão de
uma maneira muito simples, o que o Reiki faz é usar
esta energia para promover a cura e o relaxamento.
A palavra "REIKI", de origem japonesa, pode ser
traduzida como "energia universal" e usa-se para
nomear de forma sintética o Método de Cura de
Usui para a Melhoria do Corpo e da Mente.

12
Mas afinal o que é o Reiki?

[Reiki - escrito em japonês (ca lig rafia do tempo de Usui); a palavra é compos ta
por dois kanji ou caracteres: rei = espírito e ki =energia]

O Reiki é uma técnica de cura natural, na qual o


terapeuta utiliza a energia vital universal, que capta
e transmite à pessoa que está a receber a terapia Ou
seja, quem transmite Reiki atua como um canal atra
vés do qual a energia universal passa para chegar a
quem a recebe. É pela ação da energia, que passa
através das mãos do terapeuta, que é reposto o fluxo
natural energético que existe no corpo da pessoa que
está a ser tratada e se dissolvem os bloqueios ener
géticos que impedem e rgia de circular saudavel-.
men . Desta forma, a energia universal reequilibra
a energia pessoal, ou, dito de outro modo, o Reiki
repõe o equilíbrio energético do organismo. A ener
gia universal é ilimitada e, por isso, não existe sen-

13
Mas afinal o que é o Reiki?

sação de cansaço ou perda de energia por parte do


transmissor.

Mas como funciona o Reiki na prática?


A técnica baseia-se na imposição das mãos. Numa
sessão completa o terapeuta vai colocando as mãos
ao longo do corpo do recetor, da cabeça até chegar
aos pés, em zonas específicas, de modo que a
energia que é transmitida possa atuar sobre os
diversos cen tros energéticos do corpo
(habitualmente chamados chacras). As mãos podem
ser colocadas sobre o corpo ou ligeiramente acima,
de acordo com a preferência do terapeuta ou a
familiaridade do recetor com a técnica e com o
terapeuta, obtendo-se o mesmo efeito. Também não
importa se quem está a receber Reiki tem roupa leve
ou está debaixo de cobertores, pois a energia passa
sempre. Além disso, a energia é inteligente e dirige-
se sempre para onde é mais pre cisa, conforme as
necessidades específicas da pessoa que está a ser
tratada.
Parece tão simples... Qualquer pessoa pode trans
mitir Reiki?
Sim, o Reiki é de tal forma simples que qualquer
pessoa pode aprender a transmitir energia. Não. é
preciso ter uma aptidão especial. Todos podem fazer
Reiki, independentemente da sua condição, se assim
o quiserem: crianças, adultos, idosos, doentes ou
saudáveis.

14
Mas afinal o que é o Reiki?

O que é preciso para se poder transmitir Reiki?


• Para ser Reikiano é necessário passar por um P◄
r..o cesso de sintonização com a energia
(habitualmente chamado iniciação), conduzido por
um Mestre de Reiki, e aprender as técnicas básicas
de transmissão, isto é, aprender a canalizar a energia
universal para autotratarnento, tratamento de
outros, de animais e de plantas. Isto pode ser
conseguido num curso de um dia e é urna
competência que, urna vez adqui rida, fica para toda
a vida. O importante é haver urna v_o tade sincera

de se ajudar a si mesmo e aos

O que é a Sintonização/Iniciação?
Costumo explicar o que acontece na sintonização da
seguinte forma: é corno se cada pessoa fosse um
rádio, com a capacidade de transmitir música. No
entanto, para o rádio transmitir música tem que se
rodar o botão até estar na frequência certa. O que
acontece na iniciação é semelhante. O Mestre vai
alinhar o iniciando com a energia do Reiki, ligando-
o a essa frequência, e a partir daí este tem acesso a
essa energia sempre que o desejar.
• Urna vez sintonizado energeticarnente com o
Reiki, o iniciado torna-se um canal para toda a
vida, não sendo necessário fazer urna nova
sintonização no mesmo nível, mesmo que se
fique sem usar o Reiki durante longos períodos
de tempo. É de espe-
15
Mas afinal o que é o Reiki?

rar também que ocorram mudanças a nível interiQ!",


como o fil!!!le. nto d.os níveis de intuição,
consciência, a.!UQ.Çonfianç-ª.,e confiança na
existência.

Como posso escolher um professor ou um tera


peuta de Reiki?
A melhor forma de escolher alguém para o ensinar
ou tratar é seguir a sua intuição. Ela levá-lo-á à
pessoa que tem mais afinidade energética consigo
no momento da escolha. Por vezes basta ver a
página na internet de um Mestre de Reiki, ler algo
que escreveu ou falar ao telefone com ele para sen
tir se se identifica ou não com essa pessoa. É certo
que procurando encontra, pois assim como os alu
nos são pessoas muito diferentes, também os Mes
tres o são.
Vale a pena fazer alguma pesquisa. Por vezes
esco lher o centro de Reiki mais próximo pode
revelar-se uma desilusão... Assegure-se de que a
pessoa que o vai iniciar é realmente Mestre de
Reiki, pois apenas um Mestre estará apto a realizar
a sintonização com a energia.

Há muitas designações para o Reiki. É tudo


igual? Há várias escolas de Reiki em todo o mundo
que ensinam sistemas com algumas variações na
teoria e prática. No entanto, desde que originária de
Mikao Usui, a energia do Reiki é a mesma, seja qual
for a
16
Mas afinal o que é o Reiki?

escola. O facto de haver várias linhas de Reiki tem


que ver com o modo como se processa o ensino da
prática: de Mestre para aluno, o que gerou natural
mente uma árvore genealógica, com muitos ramos,
sendo que todos têm na sua origem Usui, o funda
dor.
Neste processo há por vezes uma tendência para
cada Mestre ir acrescentando alguns dados e tirando
outros, de acordo com a sua experiência pessoal.
Assim, é possível encontrar cursos com estruturas
bastante diferentes. Os conteúdos dos cursos e a
forma como são transmitidos podem também variar,
por isso, se resolver aprender, poderá pedir infor
mações a várias escolas e ver qual a linha que lhe
parece mais em sintonia consigo e qual o programa
que vai mais ao encontro dos seus interesses.

O Reiki é uma religião?


O Reiki l.liQi_umaJeJigL <?,, podendo ser
praticado por pessoas de todos os credos. Não
envolve qual quer dogma e procura sobretudo
encorajar as pes soas a confiarem em si mesmas, no
seu Eu interior e no universo. Tenho tido a sorte de
iniciar no Reiki praticantes de várias religiões e
todos concordamos que são apenas modos
diferentes e igualmente dignos de respeito de nos
ligarmos à mesma essência divina.

17
Mas afinal o que é o Reiki?

Quais são os benefícios do Reiki?


O Reiki traz enormes benefícios a todos os níveis,
sem qualquer risco para a saúde ou efeitos secundá
rios de qualquer espécie. Ao i:._e.t1o r o e uilíbrio da
energia vital 2 a atua ão do Reiki faz-se sentir a nível
f sico,_mental, emocional e espiritual. A energia esti
mula os processos naturais de autocura e
regeneração do organismo, sendo uma boa prática
para o trata mento e manutenção da saúde física e
psicológica. Os benefícios desta terapia são
inúmeros, dado que a energia se dirige naturalmente
para onde é mais necessária. Assim, cada pessoa
recebe exata mente aquilo de que mais precisa. Ao
estimular o processo de cura natural e revitalizar o
sistema imu nitário, o Reiki consegue bons
resultados em incon táveis problemas físicos
(mesmo nas doenças mais graves) e quando
praticado com regularidade pode ser uma boa
medida de prevenção e manutenção de
uma boa saúde.
• Também a nível psicológico se verificam
enormes melhorias com o Reiki, que, ao reduzir os
níveis de stresse e promover o relaxamento, ajuda a
atingir um estado de maior calma e equilíbrio, sendo
por isso um precioso aliado para a redução de
problemas e sintomas relacionados com ansiedade.
Verifica-se pois que, além de poder proporcionar
o tratamento de problemas físicos, praticar Reiki em
si próprio, ou recebê-lo de outra pessoa, também

18
Mas afinal o que é o Reiki?

pode ajudar a nível emocional e espiritual,


trazendo integração e ordem à vida, permitindo
uma amplifi cação da consciência e abrindo
caminho à concreti zação de novas
oportunidades.

E o que me pode dar o Reiki?


Por muito que gostasse de responder a esta
questão... é impossível. A experiência de cada
pessoa com o Reiki é única e indescritível. É esta a
magia do Reiki: dar a cada um aquilo de que mais
precisa. Viver esta maravilhosa energia e deixar a
magnífica cura do Reiki fluir na sua vida é uma
experiência muito espe cial. Experimente e verá...
19
CAPÍTUL02

Os princípios do 7-v}ki

Origem dos princípios

Os princípios do Reiki encerram uma sabedoria pro


funda e intemporal. Constituem poderosas orienta
ções que, quando postas em prática na nossa vida
diária, têm potencial para produzir enormes mudan
ças positivas, ajudando-nos a integrar o amo.i;_e a
compaixão e a assumi os a responsabilidade p_tli
nossa vida. Nos cursos de Reiki sugere-se aos
alunos que leiam os princípios regularmente, de
preferência em voz alta, para que possam gravar
essas afirmações positivas no seu interior, mas é
igualmente impor tante, talvez ainda mais, refletir
sobre o seu signifi cado.
O Reiki não é uma religião, nem uma filosofia
mas sim uma prática de cura. Então porque
surgiram os princípios? Na realidade, Mikao Usui
constatou que, com frequência, as pessoas tratadas
com sucesso das mais diversas condições físicas
voltavam passado algum tempo com os mesmos
problemas ou outros
• 21
Os princípios do Reiki

semelhantes... Usui ter-se-á apercebido (como


revela uma entrevista que Usui Sensei deu aos seus
alunos, publicada por Frank Arjava Petter, no livro
Reiki, o Legado do Dr. Usui) que a cura física não
era sufi ciente, pois mantendo-se os mesmos
padrões de pen samento, emoções e comportamento,
esses padrões
e voltavam a criar doença. É necessário cu[fil a mente
para ue o corpo_poss ser curado com sucesso.
Usui concluiu portanto que a cura do corpo não
bastava e que era necessário haver também
mudanças a nível interior. Adotou assim os
princípios, como linhas orientadoras para o trabalho
interior dos pra ticantes, e desenvolveu técnicas
específicas pata tra balhar com a energia a nível
emocional, psicológico e mental.
Esta história permite-nos reconhecer a importân
cia dos Princípios do Reiki (que em japonês têm o
nome de gokai), que nos ajudam a seguir cada vez
mais pelo caminho do amor, da abertura e da com
paixão.

Os cinco princípios

Mikao Usui está sepultado num templo budista


nos subúrbios de Tóquio e junto ao seu túmulo foi
colocada uma pedra memorial em sua homenagem.
A sepultura foi localizada pelo Mestre de Reiki ale-

22
Os princípios do Reiki

mão Frank Arjava Petter, que procedeu também à


tradução das inscrições do japonês antigo, junta
mente com Chetna Kobayashi e sua mãe Masano
Kobayashi, e à sua publicação no livro O Fogo do
Reiki. Dessa inscrição, na lápide tumular, fazem
parte os princípios, na forma que a seguir se
transcreve:

O Reiki não cura só doenças, mas amplifica igualmente


capacidades inatas, equilibra o espírito, torna o corpo sau
dável e, assim, ajuda a alcançar a felicidade. Para
ensinares isto aos outros, deves seguir os cinco princípios
do Imperador Meiji e contemplá-los no teu coração. Eles
devem ser expres sos diariamente, uma vez de manhã e
outra vez à noite:
óo
Não t e zang es
Não te P._reocu pes
&_gra,to
Trabalha arduam en t €
S.ê.b.ondoso om_os_oJJ-t
ros.
O objetivo supremo é compreender o antigo método
secreto para alcançar a felicidade e, consequentemente, des
cobrir uma cura para muitos males. Se seguires estes princí
pios atingirás a grande mente tranquila dos antigos sábios.
Para vires a disseminar o sistema Reiki é importante come
çares por ti mesmo e não por algo distante como a filosofia
e a lógica.
Senta-te quieto e em silêncio cada manhã e cada noite
com as mãos juntas em "Gassho". Segue os grandes princí
pios e sê limpo e tranquilo. Trabalha sobre o teu coração e
faz as coisas a partir desse calmo espaço no teu interior.
Qualquer pessoa pode alcançar o Reiki porque ele começa
dentro de si mesmo!
• 23
Os princípios do Reiki

Os paradigmas filosóficos estão a mudar o mundo. Se o


Reiki se puder espalhar pelo mundo tocará o coração
humano e a moral da sociedade. Será útil para muitas
pessoas e curará não somente as doenças mas a Terra como
um Todo.

O sentido dos princípios

O japonês é uma língua complexa, até para os


próprios japoneses, que, ao fim de algum tempo no
estrangeiro, têm de praticar a leitura e a escrita da
sua língua natal para não a esquecerem. Assim
sendo, a tradução dos princípios apresentada é
apenas uma das muitas possíveis.
Não é pois de estranhar que existam várias
versões dos princípios do Reiki. A leitura atenta
revela que todas apontam num mesmo sentido
fundamental e
• vão ao encontro da mesma finalidade: encontrar a
anguilidade e a paz interior. É sobre essa
finalidade
que nos debruçaremos ao longo deste livro.
A ém dos rincípios, enc.Q!!!_ramos neste texto
.!!.fiªl ideia basilar: todo o trabalho começa a partir
de nós mesmos; devemos trabalha diariamente no
s ido do autoaperfeiçoamento, pois tudo tem iní_:_
cio no nosso interior.
Frequentemente tentamos justificar os nossos
pro blemas culpando as outras pessoas, a sociedade,
o governo... enfim, fatores externos sobre os quais
não podemos intervir. Há uma outra possibilidade
mais

24
Os princípios do Reiki

produtiva: pensar naquilo que podemos fazer para


resolver a situação, no que depende de nós,
assumindo-nos como responsáveis pela nossa vida.
Não podemos mudar as outras pessoas ou as cir
cunstâncias, mas podemos mudar a nossa maneira
de responder a essas mesmas pessoas,
desenvolvendo um espaço interior de tranquilidade,
que permita a aceitação e o respeito pelas
características e maneira de ser de cada um. E,
quem sabe, se formos um modelo positivo, talvez
aí sim, os outros se sintam
motivados para fazer algumas mudanças.

É interessante observar que no texto que se


encon tra na lápide de Mikao Usui, alérn.d e_se
r_ecom_end _ar o guime to dos princfgios, é
também sugerida a
.me,êliI fa ção so,hre eles e a sua repet ição peJi ódiça,.
como forma de os interiorizar e absorver completa-
mente, para assim alcançar a tranquilidade mental
dos sábios.
Encontramos neste texto a ideia do trabalho com
afirmações. Através da repetição, vamos gravando
os princípios no nosso interior e desenvolvendo
uma atitude mental positiva fundamental para a
cura.
As afirmações que fazemos são decretos
infalíveis, são uma profecia com poder de
autorrealização. Por-

• 25
Os princípios do Reiki

tanto, o valor terapêutico das afirmações positivas é


grande: elas permitem substituir, a pouco e pouco,
os pensamentos menos bons por outros mais
positivos e funcionais.
Assim, meditar numa reformulação dos
princípios pela positiva pode ser uma boa forma de
trabalhar com eles, repetindo-os em voz alta ou
fazendo cópias escritas à mão num papel, de modo
a gravá-los no seu interior:

Tudo é psicossomático
• A ciência está atualmente a verificar a profunda
interação e comunicação que existe entre corpo,
mente, emoções e espírito Sabe-se hoje que a maior
parte das doenças são de origem psicossomática,
isto é, são derivadas de fatores mentais ou
emocionais. Por outras palavras, o corpo transforma
em sintomas físicos tudo aquilo que não
conseguimos expressar, sem que nos consigamos
aperceber a nível consciente das verdadeiras origens
das doenças.

26
j_
Os princípios do Reiki

Um bom exemplo de sintomas psicossomáticos


são as dores de barriga e a diarreia das crianças
quando iniciam a sua vida escolar ou um novo ano
letivo: a resistência interior à mudança é tão forte
que causa dores físicas e sofrimentos reais.
Quando usamos o termo "doença
psicossomática" sabemos que a causa é psicológica,
mas a pessoa apre senta danos físicos e alterações
clínicas detetáveis por exames médicos. Ou seja, o
corpo manifesta sinto mas de uma doença física
verdadeira, mas com cau sas psicológicas.
Daqui podemos concluir que os nossos
pensamen tos e as nossas emoções são muito
poderosos dada a sua enorme capacidade de
influenciar o nosso corpo físico e a nossa saúde
geralc,A mente pode criar doen ças e também as
pode curar. Na verdade, a mente cria todas as
nossas experiências de vida. Então se há algo que
não está bem nas nossas vidas, nós pode mos alterá-
lo. Como? Mudando os pensamentos que lhe estão
associados.

A necessidade de pensar positivo

As Teorias Construtivistas, no âmbito da


psico logia, defendem que o conhecimento e a
experiên cia implicam uma pró-ação ativa do
sujeito, isto é, que o indivíduo constrói a
realidade de forma ativa
• 27
Os princípios do Reiki

na interação com o meio. A mente é pró-ativa no


processo dinâmico de desconstrução e reconstrução
do conhecimento.
Dito de forma mais simples: o nosso pensamento
constrói a nossa realidade. Segundo a lei universal
da atração, o semelhante atrai o semelhante. Isto
quer dizer que os seus pensamentos se irão manifes
tar na sua realidade.
Assim sendo, pensamentos de sucesso atraem
sucesso, pensamentos de amor atraem amor e pen
samentos de alegria atraem alegria. Da mesma
forma, pensamentos de doença atraem doença,
pensamen tos de tristeza atraem tristeza e
pensamentos de pobreza atraem pobreza.
Em síntese: os pensamentos positivos produzem
resultados positivos ao passo que os pensamentos
negativos produzem resultados negativos. Tudo
aquilo que criamos no plano mental irá ser criado
no plano físico.
Então, uma vez que a nossa vida é o resultado
dos nossos pensamentos, nós podemos escolher ter
pensamentos saudáveis e positivos para criarmos
uma vida de alegria, saúde, harmonia, paz, amor e
bem-estar.
Nós somos o resultado da nossa mente e
podemos criar na nossa vida tudo o que desejamos.

28
Os princípios do Reiki

Exercício
Escreva num papel 1O objetivos que pretende alcan
çar no prazo de um ano. Escreva de forma positiva,
no presente, como se já os tivesse atingido.

_/ isão eneFg-ética: a Teoria do Eóom éran

• Numa perspetiva energética, tudo funciona por


afinidade de vibração, ou seja: a energia que nós
geramos é aquela que iremos receber.
Costumo explicar que a energia que lançamos no
universo funciona como um boomerang e volta
sem pre para nós. Se nós emitirmos uma energia
positiva, vamos atrair energias com a mesma
frequência vibratória positiva; se emitirmos uma
energia nega tiva, vamos atrair por sintonia energias
da mesma espécie.
Muitos dos nossos problemas somos nós que os
criamos através dos nossos pensap:1.entos, atitudes
e afirmaç6es. Os pensamentos negativos: raiva, pes
simismo, vitimização ... atraem esses tipos de ener
gia e produzem mais do mesmo, logo têm de ser
mudados.
Além disso, os nossos níveis emocional e mental
interferem consideravelmente no nosso campo ener
gético, absorvendo uma grande qu ntidade da nossa
energ·a. Quando ficamos mal energeticamente
come-

• 29
""'

Os princípios do Reiki

ça,mos a ter,,sintomas fís,icos ou psicológicQ s - can


saço, in atisfação, alteraçôes de song e apetite - que
podem resultar em doenças.
Por isso, a curaJ ísica nem sempre .é suficis:_nte
e definitiva, pois se as p ssoa mantêm Os mesmos
padrões Gle pensamento, emoções e CQm
portamento, esses padrões voltam criar. doemça. É
importante que a mudança de comportamentos e
padrões de pensamento acompanhe o tratamento.
Ou seja: não basta curarmo-nos apenas
externamente, a verda deira cura vem da
transformação interior.

Reverter o condicionamento negativo

As afirmações positivas permitem substituir


gradualmente todo o condicionamento negativo que
foi sendo feito desde a infância e ao longo da vida.
De uma maneira muito simples, o condicionamento
negativo ocorre sempre que se fazem comentários
ou críticas negativas e é reforçado com a repetição.
Por exemplo, se o pai diz constantemente ao filho
que ele é burro, este provavelmente irá aceitar isso
como ver dade e acreditar durante toda a vida que é
uma pessoa limitada.
Todas as pessoas têm centenas de fitas gravadas
no nível inconsciente da sua personalidade, que
começa ram a ser armazenadas desde a mais tenra
idade,
30
Os princípios do Reiki

sobretudo a partir das mensagens dos adultos


signifi cativos e em posições de autoridade - pais,
avós, pro fessores...
Vejamos o caso de uma criança a quem os pais
ou professores disseram frequentemente que era
burra. Essa pessoa tem provavelmente armazenados
senti mentos de incompetência e incapacidade desde
criança, ainda que isso possa estar muito longe da
verdade e em adulta até tenha conseguido alcançar
muitos sucessos intelectuais ou académicos. Há pro
vavelmente algo no interior desse adulto que o faz
sentir-se incapaz, atribuindo todos os insucessos à
sua incompetência e os sucessos à sorte, ao acaso,
ou a outros fatores externos... Dificilmente irá atri
buir os seus bons resultados a causas que dependam
de si, como a sua inteligência, a sua capacidade de
organização, o seu empenho... Este é apenas um
exem plo, mas todas as pessoas carregam consigo
um vasto leque de afirmações negativas que as
podem limitar aos mais variados níveis.
Recordo o caso de uma senhora que veio às
minhas consultas. Apesar de ter uma grande
inteligência ver bal, social, intuitiva e artística, ela
acreditava com vee mência que era pouco
inteligente, pois essa mensagem tinha-lhe sido
passada pela família desde a infância, com base no
único facto de não alcançar bons resul tados a
matemática! Este é um exemplo perfeito do
condicionamento negativo.
31
Os princípios do Reiki

Evidentemente, este tipo de condicionamento, de


carácter crítico e negativo, gera crenças
disfuncionais e sentimentos de incapacidade,
inadequação, falta de confiança e baixa autoestima,
que afetam negativa mente os pensamentos,
sentimentos, comportamen tos e desempenho da
pessoa.
O que fazer? Reprogramar a sua mente.
Substituir as crenças negativas por outras positivas.

Como reprogramar a mente?

Aqui há uns anos usavam-se gravadores de casse


tes e, antes disso, gravadores com bobinas de fita
magnética. Uma boa imagem é pensar na mente
como uma cassete de música ou uma fita magnética.
Recorda-se do que se fazia quando já não se queria
ouvir uma determinada cassete? Gravavam-se
outras músicas por cima das antigas. Ficavam as
músicas novas na cassete e as antigas desapareciam
comple tamente.
Então, podemos fazer um trabalho idêntico sobre
o nosso inconsciente: temos de gravar afirmações
positivas por cima de todos os medos, traumas, con
dicionamentos da infância... O uso repetido de
afirmações positivas vai de facto desgravando gra
dualmente as fitas antigas, que não contribuem para
o nosso bem-estar e felicidade.

32
Os princípios do Reiki

Daí ser importante e necessário repetir as afirma


ções positivas muitas vezes: para anular todas as
vezes em que gravámos afirmações negativas e para
as apa gar definitivamente. É um trabalho
demorado, pois são muitos anos que temos atrás de
nós de condicio namento negativo para trabalhar.
Não podemos transformar num dia os hábitos de
toda a vida, mas com tempo e paciência começamos
a ver e a sentir as mudanças na nossa atitude
mental.
A prática de afirmações positivas permite -nos
efe tivamente substituir as ossas crenças
interiores dis funcionais ou negativas por crenças
mais positivas. É portante formular as afirmações
no presente, de f@rma positiva, como se· á
estivessem efetivamente realizadas e na sua
própria linguagem.

Metáfora: o velho universo


Costumo dizer aos meus alunos que uma boa forma
de testarem as suas afirmações é imaginar que Deus,
ou o Universo, é um senhor muito idoso de barbas
brancas com problemas de audição, que nos dá
aquilo que pedi mos, com base naquilo que ouve. Mas
Ele ouve mesmo muito mal, muitas vezes só distingue
as últimas palavras. Então se nós afirmamos "Eu
tenho um bom emprego", o universo responde "O
que é que ele disse?... Acho que foi um bom
emprego... bem, vou dar-lhe um bom emprego", e
cria as condições para
que tenhamos o desejado emprego.
33
Os princípios do Reiki

Mas se nós afirmamos "Eu não quero estar desem


pregado", o universo responde "O que é que ele
disse?... Acho que falou em estar desempregado... que
estra nho... mas se é isso que ele quer, está bem... fica
tudo na mesma". E mantêm-se as condições de
desemprego.

Exercício de afirmações
Escreva uma série de afirmações que reflitam aquilo
que deseja manifestar na sua vida. Diariamente
repita-as em voz alta ou copie-as para um papel. Pode
trazê-las na sua carteira para as ler de vez em quando
ou guardá-las no seu quarto para as ler à noite, antes
de se deitar.
Abaixo estão algumas afirmações para servir de
exemplo. Estão divididas por categorias para
melhor compreensão. Pode usar estas afirmações
adaptando
-as às suas necessidades ou usar outras mais adequa
das ao seu caso.

Interior/Espiritual
Eu gosto muito de mim.
Eu tenho autoconfiança.
Eu tenho consciência do meu valor.
Eu penso no que é bom para mim.
Eu vejo e concentro a minha atenção nas coisas boas
da vida.
Os meus pensamentos positivos têm muita força para
atrair coisas boas.
34
Os princípios do Reiki

Eu sou uma pessoa cada vez mais feliz e positiva.


Eu sinto-me grato pois todas as coisas boas vêm ter
comigo.
Eu sinto-me grato por estar a viver este dia.
Eu sinto o amor, a alegria e a abundância.
Eu consigo tudo o que peço, acreditando.
Eu concretizo todos os meus objetivos.
Eu sou uma pessoa calma e tranquila.
Eu aplico todos os dias uma técnica para o meu aper
feiçoamento interior.

Relacional/Atitude
Eu tenho relações saudáveis com todas as pessoas.
Eu dou amor e recebo amor.
Eu respeito os outros e sou respeitado.
Eu tenho bons amigos e faço outros novos.
Eu tenho uma boa vida social.
Eu conheço pessoas positivas que se interessam pelo
desenvolvimento pessoal.
Eu sou assertivo. A minha comunicação é clara e efi
caz.

Carreira
Eu tenho a ocupação perfeita.
Eu tenho muitas oportunidades profissionais.
Eu sou um excelente profissional.
Eu faço um trabalho útil para o bem comum.

35
Os princípios do Reiki

Finanças
Eu tenho dinheiro para tudo aquilo de que preciso.
Eu tenho uma vida de abundância.
O dinheiro vem ter comigo facilmente.
Eu tenho o melhor de tudo.
Eu tenho um ótimo carro, confortável e seguro.
Eu tenho uma casa excelente, com todo o conforto.
Eu consigo tudo aquilo que peço acreditando.

Família
Eu tenho uma família fantástica, que me dá todo o
apoio.
Eu tenho uma relação extraordinária com os meus
familiares, dou-lhes muito amor, atenção e ener
gia, e eles a mim.
Os meus filhos/pais são saudáveis e felizes.
Eu tenho uma relação saudável com os meus pais/
/ filhos e eles são meus amigos.
Eu tenho muito amor na minha vida.

Físico/Saúde
Eu tenho uma saúde per(eita, física e psíquica.
O meu corpo é saudável.
A minha mente é saudável.
Eu sou uma pessoa com boa aparência, sou bonita e
elegante.
O meu corpo funciona per(eitamente.
Eu mantenho um peso per(eito.

36
Os princípios do Reiki

Eu faço uma alimentação saudável e tudo o que


como me faz bem.

Intelectual
Eu tenho uma ótima memória.
Eu sou organizado e
disciplinado. Eu sou inteligente.
Eu sinto-me grato pela minha capacidade de aprender
coisas novas.
Eu sinto-me grato pela minha capacidade de trabalho
e de realização.

Lazer
Eu relaxo e aproveito a vida.
Eu pratico regularmente exercício físico (ou cami
nhada).
Eu sou um(a) ótimo(a) dançarino(a) / nadador(a) /
/ patinador(a) ...
Eu passo longos períodos de férias na praia.
Eu tenho hobbies que me relaxam e me dão satisfa
ção.

37
CAPÍTUL03

Só por hoje

ESTA expressão alerta-nos para a importância de


vi vermos o momento presente. É fácil viver no pre
sente? Nem por isso... Sobretudo porque toda a
nossa educação nos ensina a viver no futuro. Em
crianças perguntam-nos logo "O que queres ser
quando fores grande?". Começamos desde cedo a
viver em função do futuro e a absorver da nossa
cultura máximas como "Tens que pensar no dia de
amanhã". Na adolescência ansiamos pelos dezoito
anos. Quando andamos a estudar sentimos que a
nossa felicidade virá quando acabarmos os estudos.
Assim que terminamos o curso, pensamos que
vamos ser felizes quando encontrarmos um
emprego. Conseguido o emprego pensamos que
encontrar uma casa é a solução para os nossos pro
blemas, depois queremos uma casa maior, um
emprego melhor, e por aí fora... Enfim, estamos
sempre a viver no futuro e consequentemente a
desvalorizar o pre sente e as alegrias e belezas do
dia a dia.
Pensar de forma recorrente e insistente no que vai
acontecer no futuro é uma das grandes causas de
39
Só por hoje

stresse e faz-nos sofrer por antecipação. Muitas


vezes gastamos tempo e energia a criar verdadeiros
filmes mentais e a imaginar situações problemáticas
que nunca chegam a acontecer. Temos que aprender
a concentrarmo-nos no momento presente, no aqui e
agora, e a deixar para amanhã as coisas de amanhã.
Claro que é importante planear o futuro, mas temos
que estar atentos e cuidar para que o presente não
passe para segunâo plano, pois a vida vive-se dia a
dia, um dia de cada vez.
A frase Só por hoje chama a atenção para a
neces sidade de vivermos no presente e também nos
alivia do peso que seria pensar em ter que seguir os
prin cípios para toda a vida. Já pensou na
responsabili dade e na dificuldade de cumprir os
princípios para sempre? Parece um objetivo
impossível, não é? Mas se pensarmos em cumpri-los
até ao final de um dia, sai-nos um grande peso das
costas e já parece um feito possível de se alcançar.
As grandes mudanças fazem-se passo a passo,
len tamente, somando pequenas conquistas que
todas juntas se tornam grandes vitórias.
Atualmente, muitas pessoas vivem em ritmo ace
lerado, conjugando muito habilmente vida pessoal,
familiar, profissional e social. Por vezes dizem que
nem têm tempo para dormir ou para comer, ou
vivem com tanto stresse que nem sequer conseguem
dormir e acabam por prejudicar a sua saúde... Com
este
40
Só por hoje

estilo de vida, em que estão sujeitas a uma estimula


ção contínua e sem espaços para o relaxamento
físico e mental, os níveis de stresse e ansiedade
disparam e os pensamentos de preocupação e
antecipação come çam a aumentar.

Mas como podemos eliminar ou reduzir os


pensamentos de ansiedade?

Muitas pessoas sentem que não têm qualquer


con trolo sobre os seus pensamentos e acham que
não é possível controlá-los. É como se a mente
tivesse vida própria e funcionasse em piloto
automático.
Quantas vezes dá consigo enredado em pensa
mentos negativos, sem conseguir parar de pensar?
Ém cessário parar esse diálogo interno, travando
os l5'ensaruen tos repetitivos de carácter crítico,
nega tivo e de rotista. O primtúr-0 passo é tomar
consciên
·c a de que isto está, a acontecer, tornando-se um
observador dos seus pró1Jrios pensamentos e emo
ções, como-sugere :Rckhart Tolle no seu livro O
Poder do Agora'' . Segundo este autor, nós
podemos obser var os nossos próprios pensamentos,
criando um estado de alerta no qual simplesmente
damos conta dos pensamentos, sem os criticar ou
analisar, de

,- Lisboa: Pergaminh o, 2009. (N. da R.)


I_ 41
Só por hoje

modo a nos desidentificarmos deles. Nós não somos


os nossos pensamentos, nem a nossa mente.
Charles Hanel, no seu livro A Chave Mestra, dá-
nos uma imagem fácil de compreender: a mente
como um jardim florido. Imaginemos que
possuímos um jardim muito bonito, bem tratado e
estimado. Certamente não vamos deixar entrar rufias
e vânda los para estragarem o nosso lindo jardim.
Para tal construiremos uma vedação e poremos um
guarda ao portão, que impeça a sua entrada.
Devemos ver a nossa mente como o nosso jardim
interior: se qui sermos que ela floresça, também não
podemos dei xar entrar os vândalos... Só que, neste
caso, os vândalos que estragam o jardim da nossa
mente são os pensamentos negativos, críticos e
autodestruti vos. Então, temos de pôr um guarda
(nós mesmos) de vigia, para não os deixar entrar.
Temos de obser var o que se passa na nossa mente e,
quando damos conta de um pensamento que não é
positivo, barrar
-lhe a entrada.
É possível controlar os pensamentos negativos e
eliminá-los, colocando a mente sob o nosso
controlo, para assim termos a paz de espírito que
desejamos. Este processo será melhor explicado
mais adi'1:nte, no capítulo que trata da preocupação.

42
Só por hoje

Estratégias _f>ara viver mais no momento


pr esente

Além de termos de nos manter vigilantes em


relação ao tipo de pensamentos que alimentamos,
também é necessário que encontremos tempo
para nós mesmos, para tratar do nosso bem-estar
físico, mental, emocional e espiritual, isto é, do
nosso equilíbrio. A nossa saúde tem que ser uma
priori dade. Para sermos saudáveis precisamos de
descan sar, dormindo o número de horas
suficiente (que pode variar de pessoa para
pessoa), de fazer uma alimentação saudável,
tendo em conta o metabo lismo e as preferências
de cada um, e de fazer algum exercício físico, de
preferência ao ar livre, usu fruindo dos benefícios
do sol e da natureza. É pre ciso contrabalançar o
trabalho com momentos de lazer e dedicar algum
tempo a atividades relaxantes ou divertidas.

• Contacto com a natureza •

1}. vida atual é demasiado sedentária. assamos


muito tempo sentados, em espaços fechados, sem
que o corpo tenha o movimento físico de que
neces sita para estar em forma. Muitas pessoas
passam semanas, meses, para não dizer anos,
sobre cimento

43
Só por hoje

e betão, sem contacto com ambientes naturais como


a praia, um jardim, um bosque ou uma montanha.
A natureza tem a capacidade de nos renovar e
recarregar a nível energético (basta ver como as
crianças ficam contentes quando podem brincar na
praia ou num parque). Infelizmente, no mundo
urbano atual, temos muito pouca, para não dizer
nenhuma, interação com ambientes naturais e somos
capazes de passar meses sobre alcatrão e cimento,
sem pôr os pés na terra. Devemos então procurar
passar mais tempo em contacto com a natureza:
andar sempre que possível ao ar livre, passear des
calço na praia ou no jardim, fazer um piquenique
num parque com a família, fazer caminhadas na
montanha...

Exercício da natureza
Dedique algum tempo todos os fins de semana a con
templar a beleza do mundo natural, o azul cristalino
do mar, o voo das aves; a sentir o aroma perfumado
das flores ou de um bosque; a sentir a textura da areia
ou da terra debaixo dos pés... A frescura do ar que se
respira permite-nos sentir unas com o magnífico uni
verso em que vivemos. Verá como se sentirá mais
tranquilo após uma atividade dessas.

44
Só por hoje

Um mundo de trocas energéticas

Vivemos num mundo em que tudo é energia e


onde estabelecemos constantemente trocas energéti
cas. Muitas vezes, não temos consciência destas tro
cas no momento em que ocorrem, mas apenas
depois, quando nos sentimos esgotados após uma
conversa com alguém, ou depois de uma ida a um
determin do local (centro comercial, por exemplo).
Sempre que contactamos com alguém há troca de
energia, há dar e receber do ponto de vista
energético.
A consciência destas trocas de energia é funda
mental para mantermos o nosso equilíbrio pessoal:
é fundamental diferenciar o que é a nossa energia e
o que não é a nossa energia, para sabermos de que
modo a energia dos outros nos influencia.
Se é uma pessoa mais sensível do ponto de vista
energético, saiba que também há um lado bom:
tudo o que é preciso é aprender a gerir a sua ener gia
de modo a tornar-se menos sujeito à influência de
pessoas, ambientes ou atitudes menos interes
santes. A aprendizagem e prática de técnicas ener
géticas, como o Reiki ou a Meditação, e também
de técnicas de comunicação permite pro teger e
man ter os seus níveis energéticos. É fundamental a
prá tica de técnicas para a manutenção de limites à
perda de energia pessoal e às perdas nas relações
com os outros.

45
Só por hoje

É ainda importante passar algum tempo sozinho,


sobretudo para as pessoas que se sentem como
"esponjas" que absorvem as emoções, os estados de
espírito, os problemas - ou seja, a energia dos outros
-, e também para todos aqueles que na sua profissão
contactam diretamente com muitas pessoas e com as
suas energias (terapeutas, professores, todos os que
lidam com clientes ou público..). Durante esse
período que passa sozinho poderá dedicar-se a algu
mas atividades que promovam o relaxamento, como
ouvir música suave, praticar exercícios de
respiração, de meditação ou Reiki.

Meditação

A meditação é uma ferramenta excelente para ali


via o stresse e a tensão, mas na verdade é muito
mais do que isso. Pesquisas recentes indicam que
este pro cesso produz muitos benefícios a nível
físico: diminui a_t ensão muscular reduz o ritmo
cardíaco, baixa a tensão arterial, diminui o stresse,
melhora o humor e estimula a imunidade em geral.
A_meditação relaxa o corpo e acalma a mente,
enquanto renova a nossa energia física e mental.
Como já referimos, há uma ligação poderosa
entre a mente e a saúde do corpo e, muito
frequentemente, os problemas físicos são o
reflexo da agitação interna

46
Só por hoje

a nível mental. A meditação pode ajudar-nos a


encon trar a paz de espírito, contribuindo para
prevenir as doenças relacionadas com o stresse. Se
não temos paz interior e se a nossa mente é
constantemente invadida por pensamentos
negativos, é difícil sentirmo-nos bem e felizes. A
felicidade não vem de fontes externas, mas sim da
nossa atitude interna.
A meditação produz também melhorias a nível da
capacidade de concentração, ajudando-nos a
acalmar
ª men te, a viver mais no pr_esente e menos no pas
sado e no futuro.
Para sentir os benefícios da meditação, tal como
acontece com o Reiki, é importante praticar, pois é
com a continuidade que os efeitos se tornam mais
evidentes. Costumo comparar a meditação e o Reiki
ao desporto: uma pessoa pode ter muito talento e
capacidade para ser um bom atleta, mas se não trei
nar, não vai conseguir correr uma maratona. É pre
ciso praticar para atingir bons resultados.
Existem muitos tipos de meditação. Na prática é
um processo muito mais simples do que a maior
parte das pessoas pensam. As bases da meditação
podem ser aprendidas sem necessidade de um pro
fessor, e os seus benefícios podem ser alcançados
facilmente. O mais importante é a persistência e a
prática regular.
Algumas pessoas dizem que não conseguem
medi tar. Bem, na verdade não há nada a conseguir;
basta
47
/
J

Só por hoje

estar. No entantQ, poderá ser mais fácil, para quem


nunca experimentou medita 7, começar com
exercí cios_de meditação guiada (rel9 rrendo a
gravações ou
a um profissional) ou com técnicas de visualização.
Tudo começa com a respiração, por isso, se nunca
meditou pode começar a praticar a meditação con
centrando a sua atenção no processo _de respiração.
O trabalho com a respiração é fundamental. A res
piração profunda e lenta diminui o ritmo cardíaco
para cinco a dez batidas abaixo do habitual, rela
xando assim o coração. Além disso, enriquece o san
gue com oxigénio, o que ajuda a remover toxinas,
mucos e outras impurezas do corpo. A respiração
profunda melhora a nossa saúde geral e também
aumenta os nossos níveis de energia.

Auto-Reiki

Nos cursos de Reiki a pessoa aprende a fazer Reiki


a outras pessoas e também a si própria. 9 auto-Reiki
tem
a grande vantagem de lhe permitir tratar-se a si
mesmo, onde quer que se encontre, recorrendo apenas
às suas mãos, o que é de valor incalculável. Quando
come çamos a ter sintomas (como uma dor de cabeça
ou de garganta), se somos Reikianos, as nossas mãos
podem agir de imediato, e conseguimos acabar com as
dores e impedir que evoluam para algo mais grave.
Pela ação
48
Só por hoje

da energia, que estimula o processo de cura natural,


o organismo retorna ao seu equilíbrio a nível físico
mas também mental e emocional.
Fazer auto-Reiki é verdadeiramente um ótimo
tra tamento a todos os níveis, reduzindo o stresse,
indu zindo o relaxamento e permitindo-lhe ter mais
calma e equilíbrio na sua vida diária.

Ouvir música

A música tem um potencial de cura muito grande,


sobretudo, mas não só, a que é concebida para esse
fim. As vibrações de alta frequência da música inte
ragem com o nosso campo energético, recarregando-o
e subindo a sua frequência vibratória. Diferentes
tipos de música induzem estados de espírito diferen
tes. É JPUi t o bom começar o dia ouvindo músicas
aJ.tgres gue transmitem mensagens_g ositiva ao fim
dia o úsicas tranquilas, que_12ro movem o
relaxamento.

lgpns e,:c cio - par-ll r-eL x-ar e viu.e-r- -pta is


ne 1'e ;te

Ne ci - básico 1der.es'[íiPfíJº
Este é um exercício muito fácil e relaxante. Como
todos os exercícios de respiração, deve ser feito com

49
Só por hoje

o mínimo d f orço possWel e de acordo com o ritmo


pessoal de cad m: pode começar por fazer o exer
cício num ritmo mais rápido e gradualmente ir
ajus tando a velocidade, até conseguir manter um
ritmo lento. A respiração nunca deve ser forçada,
nem cau sar desconforto.
Nas primeiras vezes que realiza este exercíciÓ poderá
ter mais facilidade se estiver deitado de barriga para
cima, com as mãos pousadas sobre a barriga. Com a
prática poderá fazer o exercício s do ou em pé.
Concentre-se na respiração. Respire lentamente diri
gindo sempre o ar para a barriga. Deixe que a
barriga encha como um balão enquanto inspira e
observe a barriga a encolher quando expira.
Comece a contar os tempos e procure fazer o mesmo
número de tempos na inspiração e na expiração:
Inspire em 2 tempos - expire em 2 tempos. Faça várias
repetições e quando já estiver confortável neste padrão
pode aumentar o número de tempos;
Inspire em 3 tempos - expire em 3 tempos.
Desde que se sinta confortável pode ir aumentando
os tempos, ou tornar gradualmente a respiração
mais lenta.

Med#id?â --:13.
Para eliminar a ansiedade de não saber quando vai
acabar a meditação, pode programar um despertador
para tocar no fim do tempo de que dispõe para medi-

50
Só por hoje

tar, ou pôr a tocar uma faixa de música suave e ter


minar o exercício no final da música. Pode
começar com pouco tempo (5 minutos) e ir
aumentando gra dualmente a duração da
meditação.
Lembre-se de que não há nada a conseguir, basta
estar.
Procure um lugar sossegado e confortável. Sente-se
numa cadeira com as costas direitas, os pés no chão
e as mãos sobre as pernas.
Tente pôr de lado os pensamentos sobre o passado e
o futuro e estar no presente.
Dê atenção à sua respiração, concentre-se na
sensação do ar a entrar e sair do corpo enquanto
respira. Sinta a sua barriga a encher e a esvaziar, o
ar a entrar e a sair das narinas. Repare em como a
respiração muda.
Observe cada pensamento que vem e vai seja de
preo cupação, medo, ansiedade ou paz. Não ignore
os pen samentos que vierem à sua mente,
simplesmente observe-os, mantenha-se calmo e dê
atenção à respi ração.
Se se deixar levar pelos pensamentos, observe-os sem
julgamento e volte à respiração. Não se critique a si
mesmo se isto acontecer.
No final mexa lentamente as mãos e os pés, abra os
olhos, deixe-se estar um pouco sentado e levante-se
lentamente.
51
Só por hoje

: Zll

O enraizainento cria uma ligação energética forte


entre o nosso corpo e a terra, permitindo-nos
obter o apoio da energia da terra e o alinhar do
nosso corpo numa frequência ótima. Também
permite eli minar de modo seguro a energia
"velha" ou que está em excesso na nossa aura. É
uma boa forma de remo ver as emoções negativas
- ansiedade, depressão, nervosismo, irritação - e
ajuda-o a_,.sentir-se mais calmo, seguro e
equilibrado. Algumas atividades físi cas ajudam a
enraizar: comer, beber, praticar exercí cio físico,
tomar duche.

e o exercício pode fazer-se em pé ou sentado numa


cadeira.
Feche os olhos.
Respire tranquilamente, procurando tornar a sua res
piração cada vez mais e mais lenta.
Imagine que dos seus pés saem umas raízes longas
que penetram profundamente no solo, atravessando
todas as camadas da terra, bem até ao centro da
terra. Observe as suas raízes e dê-lhes a cor e o
tamanho que forem mais confortáveis para si.
Ao mesmo tempo que inspira, visualize a energia
luminosa da terra a subir pelas suas raízes, pelas suas
pernas, até à sua barriga. Sinta essa energia e a partir
daí deixe-a expandir-se para todo o seu corpo, mente
e aura.

52
Só por hoje

Ao expirar, liberte toda a energia gasta, J!elha, inde- ·


sejada, ou de que já não precisa, pelas suas raízes.
Entregue à terra todas as suas tensões, medos e preo
cupações, sabendo que ela tem a capacidade de trans
farmar essas energias em energias positivas.
Faça vários ciclos de inspiração e expiração,
repetindo as vezes que achar necessárias.
Quando sentir que terminou, comece a mexer lenta
mente as mãos e os pés, ao seu ritmo, e abra os
olhos.
Poderá fazer este exercício sempre que sentir necessi
dade, alinhando o corpo com a frequência da terra,
trazendo energia nova da terra sempre que preciso e
libertando a que não lhe serve.

53
,)
CAPÍTUL04

]yJo te zangues

PORQUE é que nos zangamos? Zangamo-nos pelos


mais variados motivos, muitas vezes por causa da
razão. Todos querem ter razão e ninguém está dis
posto a abdicar dela. Para se averiguar quem tem
razão geram-se discussões, que nunca levam a qual
quer conclusão, pois ninguém quer ceder no seu
ponto de vista. Na verdade, estes debates nada mais
são do que competições pelo poder e depois de ini
ciados podem até desencadear um processo de esca
lada que termina em zanga, acessos de raiva, ou
mesmo atos de violência física ou psicológica...
E o que resolve afinal a zanga?
Nada. Fica tudo como estava dantes, se correr
bem, ou fica tudo ainda pior, que é o mais comum.
E para que serve ter razão?
Para nada.
E qu lei"1 o senti ento de raiva?
A nada de boro. To os saliemos_qu_e a_r_ai_va_é u.tna
emoç.ão egati_va, que nos destrói e nos faz gastar ,,
e gias.Além disso,--S€-mantiv_errn_os_a calma, a 12ro -

55
Não te zangues

habilidade de reBp_o stas positivas por par-te dos ou


ros e . e uma resolução eficaz dos conflitos é muito
ma10r.
O que fazer então para desenredar estas situações
de conflito e resolver os debates de razões? Uma
boa hipótese é encontrar uma solução de empate
téc mco:
"Olha, tu tens a tua maneira de pensar, eu tenho
a minha e nenhum de nós vai mudar de ideias, por
isso, é melhor deixarmos de lado esta questão e
mudarmos de assunto, está bem?"
Todos sabemos que a raiva é uma emoção nega
tiva, que tem efeitos destrutivos na saúde física e
psicológica e nos faz perder energia. É a causa de
muitos conflitos familiares, interpessoais e proble
mas profissionais. No entanto, a raiva é um estado
emocional muito comum, que pode ou não levar a
comportamentos de agressividade.
Perder o controlo e explodir quanto sente raiva
não é saudável e implica normalmente perder o
respeito dos outros, mas também não é saudável
negar, ignorar ou reprimir a raiva. Precisamos de
aprender a exprimir a raiva de forma adequada e
construtiva para todos os envolvidos, isto é, de
forma assertiva. É importante aceitar a raiva,
tomando consciência de que é uma emoção que
todos podemos sentir de vez em quan.do e sobretudo
não deixar que seja ela a controlar-nos. O objetivo é
que sejamos nós a controlá-la.

56
Não te zangues

Há maneiras mais eficazes de lidar com a raiva


do que a explosão:

Recorrer a técnicas de relaxamento que


induzam estados de calma e tranquilidade.
Há várias técnicas a que pode recorrer, sendo
pos sível usar o Reiki com o objetivo de relaxar,
com muita eficácia, conseguindo uma redução dos
níveis de stresse, e por conseguinte atingir um
estado de maior calma e equilíbrio.

Aumentar o nosso nível global de relaxamento.


A prática regular de atividades como o Reiki ou a
Meditação faz com que sejamos menos reativos e
menos predispostos à zanga ou à raiva. Grande parte
das pes soas que aprendem Reiki para uso pessoal
utilizam-no como meio de relaxamento e para se
libertarem da ten são do dia a dia. Eu recomendo
sempre aos meus alunos nos cursos de Reiki que
utilizem esta prática no final do dia de trabalho, para
se desligarem dos assuntos profis sionais e
conseguirem aproveitar totalmente o seu tempo de
descanso e de convívio familiar.

Desvalorizar os estímulos que lhe causam


raiva. Cada pessoa tem a sua personalidade, o seu
"fei tio", e é um bom princípio aprendermos a
aceitar o
57
Não te zangues

temperamento de cada um e a não gastar a nossa


energia em discussões inúteis. Também podemos
ten tar "colocar-nos nos sapatos do outro" e pensar
corno atuaríamos na sua situação. Muitas vezes
con cluímos que não seríamos muito diferentes. É
fun damental aceitar a diversidade de pontos de
vista e de opiniões, aprender a desligar-se dos
estímulos que o irritam e desenvolver a capacidade
de se colocar no lugar da outra pessoa.

Aprender a exprimir-se de forma assertiva.


Éimportante exprimir os sentimentos no
momento em que surgem, para evitar ir
interiorizando e acu mulando, o que pode levar a
que mais tarde haja urna explosão. Podemos
aprender a expressar sentimentos e ideias sem
agressividade.

Evitar criticar e julgar os outros.


Urna boa forma de desencadear conflitos e
zangas é a crítica. Ninguém gosta de ser criticado.
Quase todas as pessoas sentem as críticas corno um
ataque pessoal e por isso reagem, contra-atacando
também com críticas. De crítica em crítica chega-se
facilmente à zanga e à raiva. Então devemos abster-
nos de cri ticar os outros e procurar formas não
agressivas de dizer o que pensamos.

58
Não te zangues

A importância da aceitação

Não imagina o quanto a aceitação pode


contribuir para o seu bem-estar mental e emocional.
Reconhe cer que as coisas são como são, cada um é
como é e tem direito a sê-lo, e que há coisas que
não podemos alterar ou influenciar tem um enorme
efeito tranqui lizador.
É muito importante que trabalhemos para aceitar
as pessoas como elas realmente são, em vez de ten
tarmos mudá-las. As pessoas mudam se estiverem
motivadas interiormente para tal e não para fazer a
vontade aos outros. Além disso todos têm o direito a
ser como são. Tonta _muda algu_ém é uma perda
d 20 e de energia. Implica também presumir q,ue
a nossa posição está correta, que nós é que temos
r e que os outros estão errados.
A boa notícia é que se ode mudar a si mesmo!
- =-
Pode mudar também o modo como se relaciona com
as outras pessoas de acordo com a afinidade que
sente (ou não) com elas. O que acaba por acontecer,
quase sempre, é que quando mudamos interiormente
as outras pessoas acabam por reagir a essa
mudança.
Em algumas situações temos a possibilidade de
escolher se queremos ou não relacionar-nos com
determinadas pessoas, o que pode ser uma decisão
muito sensata em relação àquelas que sentimos que
nos afetam negativamente. Esta pode ser uma boa

59
Não te zangues

opção, quando é possível, ou seja, se não somos


obri gados a conviver com essas pessoas no
ambiente pro fissional ou familiar. Nos casos em
que não há possibilidade de evitamento total, poderá
reduzir o número de encontros e a quantidade de
tempo des pendido, evitar conversar sobre assuntos
negativos, marcar encontros em locais onde haja
distrações... Lembre-se ainda de que não é obrigado
a aceitar todos os convites que lhe fazem.
Não estamos com isto a dizer que deve evitar as
pessoas que são mais difíceis para si e que não deve
expressar a sua zanga, desagrado ou insatisfação
com o comportamento de alguém, apenas que em
alguns casos pode nem valer a pena tentar.
Gostaríamos de esclarecer que podemos lidar
com a raiva e outros sentimentos menos positivos de
modo construtivo. Não queremos transmitir a ideia
que deve tornar-se um ser passivo para tentar criar
harmonia e paz entre todos, nem que deve andar a
"engolir sapos". O que precisa é de encontrar a
forma certa de se exprimir e de comunicar aquilo
que pensa. Como? Sendo assertivo.

Assertividade

A assertividade é uma espécie de ponto de equilí


brio entre a passividade e a agressividade e é espe-

60
Não te zangues

cialmente útil no contacto com pessoas agressivas,


como facilmente poderemos perceber.

1 ........................... 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

Passividade Assertividade Agressividade

S per_ante um ato agt.eS_si_v.:o não reagim_Q


e_somgs_ p ss s,_esta.mo s_;L rei o.rç..ac
implicitamente esse_ c.omportamento ("q1rnm cal
coJJ..senre" =e a- d a r_ a.u.to.cizaçã G
pa.r_a_que €.SS ato se.=t_eapi ta-, p_e.rmit"ndo que o ag
essa descarr egue sua a sobre nó_s
sempre gue QUiser.. A tendência é para que o com
portamento se repita e nos tornemos uma vítima,
um "saco de boxe" do agressor. Também corremos
o risco de ir acumulando sentimentos negativos e de um
dia sofrermos uma violenta explosão emocional, sem
que haja uma causa que seja proporcional a essa
explosão.
Se, por outro lado, perante um ato agressivo rea
gimos com outro ato agressivo, a tendência é para
entrarmos num processo de escalada, em que o
nível de agressão vai aumentando cada vez mais,
podendo chegar-se a situações perigosas de
violência extrema, física ou psicológica.
Então qual é a solução?
A solução é o caminho do meio: não ser passivo,
mas também não ser agressivo. Ser assertivo.
61
Não te zangues

. em defe..t:1G(i}r- GS Ú-eit0s
&t e.
pes soai s e ex primir pensam@-nt -es, . enti entos e
ide·as ele.lo.un a direta e ho.nesta, se_m.Y-iola o eitos
dos outros.
lliw d . Gu t w o clo, s assertivo é conseguir
giz.e
firmativ à,
..
-
o g ue 12 e nsa ou qu.ei::.,r,_.,d,,'"e"'-"""-'-"ª"--"f-o rm;!.: a a

s r ou 12unir as outras pessoas.

ro:a- - e ea a· ertiv- é eapaz de:


defender direitos legítimos
- expressar opiniões
- fazer e recusar pedidos
iniciar e manter conversas
fazer e receber elogios
- expressar afetos positivos
- expressar afetos negativos legítimos

Quando comunicamos de forma assertiva respei


tamos quer os nossos direitos quer os direitos dos
outros. Na comunicação não assertiva, pelo contrá
rio, há um desrespeito pelos direitos dos outros ou
pelos nossos próprios direitos.
Exemplos de formas de comunicação não assertiva
são a passividade, a agressividade e a manipulação .

A passividade consiste em não expressar


diretamente sentimentos, pensamentos e ideias.
Quando isto acontece violamos os nossos direitos e
ao fazê-lo
62
Não te zangues

damos permissão aos outros para que também vio


lem os nossos direitos.

Qm.OS pas_s_nm -- qnand0:


acedemos a realizar atividades que não nos
interessam, só porque nos foi pedido ou
porque fomos convidados;
não manifestamos desacordo perante algo com
que não concordamos;
não pedimos um favor que é legítimo e do
qual necessitamos.

A longo prazo as pessoas que agem de forma


pas siva podem sentir revolta ou tensão interior,
sentir-se manipuladas, incompreendidas ou
desrespeitadas pelos outros. Estes sentimentos
chegam mesmo a originar mal-estar físico,
alterações psicossomáticas (dores de cabeça, falta de
apetite, dores de estô mago... ), e inclusivamente
estados de ansiedade ou depressão.

A agressividade é a expressão de sentimentos,


pensa mentos e ideias de um modo que viola os
direitos dos outros (com recurso a formas de
expressão inadequa das, como a zanga, o tom de
voz elevado, a ameaça...). São comportamentos
agressivos: os comentários humilhantes, os insultos,
as ameaças, os gestos amea çadores e a violência
física.

63
Não te zangues

A manipulação consiste em expr,essar as


necessida des e emoções, de uma forma implícita ou
indireta, frequentemente recorrendo a «mensagens
mistas». O comportamento manipulativo é um
comportamento indireto e por isso o mais difícil de
identificar. As pessoas manipuladoras não
especificam o que que rem ou o que estão a querer
dizer. Em vez disso utilizam métodos indiretos, de
forma que o outro:
- adivinhe o que elas querem dizer ou
- se sinta tão mal ou responsável por elas, que
concordará em fazer o que querem, mesmo
contra vontade.

O comportamento manipulativo é passivo, por


que a pessoa não diz diretamente o que quer, e ao
mesmo tempo agressivo, porque não respeita os
direitos dos outros.
Alguns exemplos de comportamento manipulativo:
- Se fosses mesmo meu amigo, tu ...
- Todos os outros acham que é uma boa ideia...
- Se eu estivesse no teu lugar...

Origens da falta de assertividade

O comportamento passivo é habitualmente apren


dido. A educação, de um modo geral, valoriza as
nossas respostas passivas (obedecer, não
64
Não te zangues

não discordar, não recusar pedidos... ). As mulheres,


sobretudo, são ensinadas a tratar dos outros e a
colo car os interesses da família em primeiro lugar,
ficando os seus próprios para último. Neste
processo vamos interiorizando uma série de regras
que nos levam a agir passivamente, mesmo quando
isso não é do nosso interesse.
Agimos de modo passivo para agradar aos outros
e para evitar conflitos, por desconhecermos os nos
sos direitos ou não acreditarmos neles e até mesmo
por pensarmos que a passividade é uma forma de
bondade, uma maneira de ajudarmos os outros.
É importante saber que a assertividade é um
com portamento que pode ser aprendido. Conforme
aprendeu a comportar-se de modo não assertivo,
pode aprender a comportar-se de modo assertivo.

Pode escolher ser assertivo e trabalhar para isso a


partir de hoje.

O primeiro passo para aprendermos a ser asserti


vos é conhecermos os nossos direitos.

Os direitos assertivos

Manuel J. Smith propôs no seu livro Quando


Digo Não, Sinto-me Culpado uma carta de direitos
asser-
65
Não te zangues

tivos. Este conjunto de direitos pode servir como


linha orientadora no desenvolvimento de capacida
des de comunicação que nos permitam sermos nós
próprios e agirmos e expressarmo-nos·como nós
pró prios, perante os outros:

Eu tenho o direito de ser o juiz dos meus pró


prios comportamentos, pensamentos e emo
ções e de assumir as responsabilidade pelas
suas consequências;
Eu tenho o direito de me sentir bem comigo
próprio sem sentir necessidade de me
justificar perante os outros;
Eu tenho o direito de pedir ajuda e de escolher
se quero prestar ajuda a alguém;
Eu tenho o direito de cometer erros sem me
sentir culpado;
Eu tenho o direito de dizer "eu não sei";
Eu tenho o direito a ser independente da
aprovação das outras pessoas na minha intera
ção com elas;
Eu tenho o direito a pensar antes de agir ou de
tomar uma decisão;
Eu tenho o direito a dizer "eu não estou a per
ceber" e pedir que me esclareçam ou ajudem;
Eu tenho o direito de manter os meus próprios
valores e interesses, desde que eles respeitem
os direitos dos outros;

66
Não te zangues

Eu tenho o direito de dizer "não" sem me sen


tir culpado por isso.

Vale a pena refletir sobre estes direitos e pensar


até que ponto estamos a respeitá-los na nossa
própria vida. Se não estamos a respeitar os nossos
direitos não há problema, pois podemos aprender a
ser assertivos. É uma questão de trabalharmos para
isso. Depen dendo do ponto em que se encontra,
poderá conse guir trabalhar para ser mais assertivo
por si próprio,
ou recorrer à ajuda de um psicólogo.
No seu treino de assertividade tenha algum cui
dado para não passar para o extremo oposto; não se
torne uma pessoa agressiva (no caso de ter predomi
nantemente comportamentos passivos) ou uma pes
soa passiva (no caso de ter predominantemente
comportamentos agressivos). Lembre-se de que o
objetivo é encontrar um ponto médio, o equilíbrio
entre os dois tipos de comportamento.
Pt ant ag ns-âeis-e t0 1'Jiar-.a sseai v4c) s-ã@_;;fill:Üta . ·•

Maior respeito por si mesmo, maior autocon


fiança;
Maior sentimento de segurança e autoestima e
por isso maior sensação de calma e
tranquilidade;
• Maior respeito por parte das outras pessoas e
por isso maior satisfação nos seus relaciona
mentos;
67
Não te zangues

Menor necessidade de aprovação;


Conseguir que as suas necessidades sejam satis
feitas;
Conseguir cumprir os seus objetivos.

A render a pensar de modo positivo é fundamen


tal ara encontrarmos o nosso equilíbrio interior e
por consequência o nosso equilíbrio geral. É muito
im ortante ter em conta que os nossos próprios pen
samentos e ações alteram a nossa energia e a dos
outros.
Muita da sua raiva e negatividade, muito do seu
"lixo energético" é criado por si mesmo através dos
seus pensamentos, atitudes e afirmações. Os pensa
mentos negativos: raiva, pessimismo, vitimização ...
atraem esse tipo de energia e produzem mais do
mesmo, logo têm de ser mudados.
Costumo dize aos meus_alunos que a energ·a
fun ciona como um boomerang: toda a energia que
colo camos no universo, sob a forma de
pensamentos, palavras ou ações, acaba por voltar
para nós. Por isso esteja sempre atento aos seus
pensamentos e palavras e assuma a responsabilidade
por eles. Por exemplo: quando está a criticar ou a
dizer mal de alguém está na verdade a enviar uma
energia negativa para essa pessoa e para o universo,
que a vai prejudicar a ela e a si.
68
Não te zangues

É deste modo importante vigiar os seus


pensamen tos e procurar desenvolver uma atitude
mental posi tiva, que é essencial para encontrar o
equilíbrio interior, a paz e a tranquilidade e libertar
os senti mentos e pensamentos negativos.
Evidentemente, trabalhar a aceitação das pessoas,
dos acontecimen tos e das situações de vida é uma
grande ajuda para atingir o equilíbrio interior, pois
permite estabelecer um nível de paz e tranquilidade
que é o oposto da zanga e da raiva.

69
CAPÍTULO 5

1'f!:,o te preocupes

A preocupação é extremamente prejudicial, gerando


medo, ansiedade e falta de confiança. Quando nos
preocupamos, os desafios parecem-nos maiores do
que são e sofremos antecipadamente. O stresse e a
ansiedade fazem com que nos sintamos mais
desgas tados pelo trabalho e pelas tarefas do dia a
dia, dimi nuem os nossos níveis de energia e podem
afetar a saúde, criando insónia, irritabilidade,
alterações do apetite, problemas digestivos...
Praticar Reiki como autotratamento, ou recebê-lo
das mãos de outra pessoa, pode ajudar a ultrapassar
a ansiedade e a melhorar a sua saúde e a sua quali
dade de vida:

reduzindo os níveis de stresse, ajudando-o a


atingir um estado de maior calma e equilíbrio;
- estimulando o processo de cura natural e promo
vendo a saúde e o bem-estar físico, mental e
emo cional;
restabelecendo o equilíbrio da energia vital.

71
Não te preocupes

Más existe um grande trabalho mental que


todos podemos (e devemos) fazer para aprender a
reduzir as preocupações, independentemente de
sermos ou não Reikianos.

O que é a ansiedade

Na sua origem, a ansiedade é uma resposta fisio


lógica que nos instiga a atuar perante uma situação
de perigo iminente. É necessário um certo nível de
ansiedade para podermos lidar com situações em
que estamos em risco, mas a ansiedade não deve
chegar ao ponto de nos debilitar, que é o que
acontece infe lizmente a muitas pessoas.
Embora um certo nível de stresse possa ser posi
tivo para o desempenho, o stresse excessivo e pro
longado no tempo pode ser extremamente
prejudicial e causar problemas de hipertensão,
enxaquecas, alte rações gastrointestinais, ansiedade,
depressão e ata ques de pânico.

O stresse e as suas fases de evolução

Um dos pioneiros do estudo do stresse e dos pri


meiros cientistas a usar o termo "stresse" aplicado à
fisiologia foi o Professor Hans Selye, médico inves-

72
Não te preocupes

tigador na área de endocrinologia. O professor, que


estudou durante vários anos os efeitos do stresse,
demonstrou, através das suas experiências científi
cas, que o stresse não é um conceito vago, mas um
fenómeno médico e biológico. Os seus mecanismos
podem ser objetivamente identificados e consegui
mos viver muito melhor com este fenómeno quando
sabemos como lidar com ele.
Em geral, as respostas do organismo ajudam-no a
adaptar-se a novos estímulos ou mudanças ambien
tais, mas podem causar doença quando o stresse é
intenso ou prolongado.
De acordo com Selye, o organismo em stresse (a
que também chama de síndrome geral de adaptação)
passa por três fases quando exposto a uma situação
de stresse prolongado.
O processo começa quando um indivíduo se
depara com um estímulo potencialmente causador
de stresse, que é percebido como uma ameaça,
como por exemplo: presença de um predador;
ameaça à segurança ou integridade física e
emocional da pes soa; mudança súbita na vida
pessoal, profissional ou social; morte de parente
próximo; trânsito caótico, competição profissional.
..
Diante de um ou mais estímulos, o indivíduo
entra na 1.ª Fase descrita por Selye, designada por
fase de alarme, que o estimula a entrar em ação para
fugir ao perigo ou lutar. Aqui é ativada uma
resposta
73
Não te preocupes

do sistema nervoso central, preparando o corpo para


uma reação de "luta ou fuga". Esta envolve uma
série de alterações metabólicas e reações químicas,
que vão libertar na corrente sanguínea hormonas de
stresse (adrenalina e cortisol) e gerar impulsos ner
vosos.
Como consequência, acontecem reações corpo
rais a vários níveis:

- a respiração altera-se (tornando-se ofegante) e


os brônquios dilatam-se para poderem receber
maior quantidade de oxigénio;
- o ritmo cardíaco aumenta (palpitações), os
batimentos cardíacos aceleram e a tensão arte
rial sobe, o que permite uma melhor
circulação do oxigénio;
- as mãos e os pés arrefecem pois o sangue é
redistribuído, dirigindo-se das extremidades
para os grandes músculos para preparar a res
posta de "fuga ou luta";
a visão e a audição tornam-se mais apuradas;
a transpiração aumenta...

Se o indivíduo conseguir lidar com o estímulo


causador de stresse, eliminando-o da sua vida ou
aprendendo a conviver com ele, o organismo volta
à situação de equilíbrio interno. Mas se, pelo con
trário, o estímulo persistir e o indivíduo não tiver

74
Não te preocupes

encontrado uma forma de se reequilibrar, irá haver


uma evolução para a fase seguinte.
Na 2. ª Fase, designada por fase de resistência, o
orga nismo continua a procurar adaptar-se aos
estímulos causadores de stresse, pelo que persiste o
desgaste necessário à manutenção da atividade e de
um metabo lismo elevado. No entanto, os sinais típicos
da fase de alarme praticamente desapareceram e a
resistência está acima do normal. Por isso, esta fase
pode ser perigosa, pois devido à capacidade de
adaptação do organismo, as pessoas por vezes não se
dão conta do estado em que estão. É nesta fase que
começam a aparecer as primeiras consequências
mentais, emocionais e físicas do stresse. Com a
persistência dos estímulos causadores de stresse, o
indivíduo entra na 3.ª Fase, designada por fase de
exaustão. Nesta fase a resistência do orga nismo
esgota-se, tendo gasto todas as suas reservas físicas,
mentais e emocionais. Há uma grande quebra a nível
do sistema imunitário e reaparecem os sinto
mas da fase de alarme de forma intensa, podendo dar
lugar à instalação de doenças físicas ou psíquicas.
Os sintomas nesta fase podem ser muitos e varia
dos, sendo alguns dos mais comuns:
perda de concentração mental, cansaço e lapsos
de memória, dificuldade em tomar decisões;
- irritabilidade, inquietação, alterações de sono,
instabilidade emocional, depressão, ansiedade,
fobias;

75
Não te preocupes

- palpitações cardíacas, suores frios, dores mus


culares ou dores de cabeça;
problemas gastrointestinais (gastrite, úlceras,
diarreia... );
- diminuição da resistência do organismo a infe
ções;
problemas respiratórios (asma, rinite, tubercu
lose pulmonar);
problemas de pele (alergias, psoríase, queda
de cabelo, caspa e seborreia);
hipertensão, diabetes;
supressão de várias funções corporais
relaciona das com o comportamento sexual,
reprodutor e com o crescimento,
desequilíbrios hormo nais...

Perante este quadro um pouco assustador, toma


mos consciência de que, como não é fácil eliminar
completamente o stresse da nossa vida, devemos
aprender a lidar com ele de forma inteligente e
equipar-nos com um conjunto de ferramentas que
nos permitam reencontrar o nosso equilíbrio,
quando ele é ameaçado. Neste livro tem ao dispor
uma série de sugestões que usadas regularmente
podem ser uma preciosa ajuda para encontrar e
manter o seu equilíbrio interior.
Experimente e verá!

76
Não te preocupes

Como lidar com o stresse e a ansiedade

Desenvolver a confiança

O oposto da preocupação será talvez a confiança.


Para quem acredita em Deus é fácil e bom pensar
que Ele nos ama, que quer o melhor para nós e que
está sempre disponível para nos ajudar. Ele ajuda-
nos a todos e trabalha para o bem comum. Nas
situações difíceis podemos dirigir-nos a Deus, nas
nossas pala vras, colocando essas situações nas Suas
mãos ou nas dos seres espirituais em quem
acreditamos e pedindo que tudo se resolva da
melhor forma para todos os envolvidos.
Orar é dirigir-se a Deus e não precisa de ser com
as orações tradicionais. Podemos fazê-lo com as
nos sas próprias palavras, dizendo o que nos vai na
alma, pedindo auxílio e sobretudo confiando que
tudo será resolvido.
Independentemente de sermos ou não crentes,
podemos acreditar que tudo pode ser resolvido e
que para tudo há uma solução.
Vivemos num mundo de polaridades: masculino
-feminino, yang-yin, positivo-negativo... Há que
confiar que todas as situações, por muito difíceis
e dolorosas que possam ser, têm um lado bom, e
mesmo as maiores dificuldades e sofrimentos
podem trazer grandes ensinamentos e bênçãos às
nossas

77
Não te preocupes

vidas. As dificuldades de hoje são as conquistas de


amanhã.
É necessário desenvolvermos a nossa força
interior e confiarmos em nós mesmos e na nossa
capacidade. Claro que, além de confiar em nós
mesmos, ou, para o conseguirmos, temos de fazer a
nossa parte e dar os passos necessários no sentido
de resolver as
coisas.

Estratégias de resolução de problemas

Deste modo, perante uma situação que nos causa


tensão, devemos perguntar:

Há alguma coisa que eu possa fazer, neste


momento, para resolver esta situação?

Se a resposta é positiva, devemos agir o quanto


antes para libertar a preocupação. Se a resposta é
negativa, é preferível deixar de pensar nisso. Para
evitar que esses pensamentos regressem, pode
ocupar
-se com atividades que o absorvam por completo a
nível mental e que não deixem espaço para mais
nada (ler um livro difícil, estudar matemática ou
uma lín gua estrangeira ... ).
Vamos a um caso prático: imagine que está preo
cupado por causa de um exame médico que tem de
78
Não te preocupes

realizar daqui a urna semana. Então deve fazer a


pergunta:
Há alguma coisa que eu possa fazer para resolver
esta situação?
Bem, objetivamente não pode fazer nada, pois
não há maneira de influenciar o resultado. Então
procure parar de pensar nesse assunto. A melhor
forma é ocupar a mente com outras coisas e orientar
o seu pensamento para assuntos que sejam
absorventes: estudar urna língua nova, organizar um
orçamento, ler um livro muito interessante, fazer
palavras cru zadas...
Imagine agora que se sente preocupado pois está
a tirar a carta de condução e vai fazer exame de
código daqui a urna semana. Coloque a questão:
Há alguma coisa que eu possa fazer para resolver
esta situação?
Bem, na verdade sim, pode estudar e ainda
dispõe de vários dias para o fazer. O facto de
estudar vai afetar de modo positivo o seu resultado,
por isso meta mãos à obra e comece o quanto antes.
Com isso sentir
-se-á mais confiante e a sua ansiedade irá diminuir.

Deixar de sofrer por antecipação

Claro que com toda a nossa atenção virada para o


futuro é quase impossível não pensarmos: "E se eu

79
Não te preocupes

não conseguir?" Começam aqui as preocupações e a


ansiedade, que é basicamente produzida pela anteci
pação (de catástrofes) em relação a uma situação.
Ironicamente, essas situações que tanto nos preo
cupam muitas vezes nem chegam a acontecer ...
Recordo-me de um caso que se passou há uns bons
anos, à saída de um exame na faculdade: uma
colega estava com uma crise de nervos, antecipando
não só que iria reprovar no exame, mas toda uma
série de consequências negativas que daí adviriam.
Ali esti vemos um grupo de colegas, bastante
tempo, a acalmá-la e a dar-lhe o apoio possível.
Quando saí ram os resultados, a chorosa colega tirou
15 valores e nós que a estivemos a ajudar ficámo-
nos por 12 ou 13! Conclusão: a preocupação não
tinha qualquer razão de ser. Este é um bom exemplo
de como a maior parte das situações que nos
preocupam exis tem... apenas na nossa cabeça!
Para reduzir a preocupação, observemos pois em
cada caso apenas uma coisa: "O que posso fazer
neste momento em relação a esta situação?" Quando
o progresso de uma situação não depende de nós,
pro curemos desviar a nossa atenção para outros
assuntos ou tarefas. Para que serve a preocupação?
Bem, em termos concretos, para nada.

80
Não te preocupes

Limpar a nossa tralha mental

Absorvemos energia nas trocas com os outros,


mas também temos de estar atentos ao que nós pró
prios criamos na nossa cabeça. É essencial que
desa lojemos da nossa mente os pensamentos
negativos. Se queremos decorar uma casa para que
fique muito bonita e ela está cheia de móveis
velhos, não conseguimos fazer nada: temos de tirar
primeiro todo o lixo e só depois colocar os móveis
novos. Com a nossa mente é a mesma coisa. Se
quisermos que ela fique "bonita", temos de dar
ordem de despejo aos
pensamentos críticos, negativos e destrutivos.
Ou seja, devemos observar o que vem de dentro
de nós: os nossos padrões de pensamento e compor
tamento e as nossas resistências. Sempre que deteta
mos um pensamento negativo devemos reformular
de imediato esse pensamento, optando por repetir a
versão positiva várias vezes.

81
CAPÍTUL06

Sê grato

É portante..sermos gra!9.§..PDLtudo.o que-a-vida


nos dá, pois todas as situações_quevivenciamos
pro
·porc10namap;endizagens importantes para o nosso
cresci;; nt pessoal.Por vezes, mesmo as situações
aparentemente negativas acabam por trazer atrás de
si coisas muito boas, com o passar do tempo.
É boa ideia reservar em cada dia alguns momen
tos de reflexão sobre os acontecimentos vividos e o
que trouxeram à nossa vida e agradecer pelas coisas
que a vida nos dá.
Ao darmos graças por tudo o que temos,
sintonizamo-nos com o lado positivo da vida,
expan dimos os nossos corações e aumentamos a
nossa ale gria. Se observarmos com atenção,
verificamos que emos muitas bênçãos na vida e
muitos motivos para estarmos gratos.
Contudo, a simples observação mostra que nunca
as pessoas tiveram tanto e sentiram que têm tão
pouco. Consideramos um dado adquirido ter saúde
(até ao momento em que a perdemos), casa, comida,

83
Sê grato

vas, a não ser, de tempos a tempos, o caso de algum


idoso que chegou aos cem anos... Os noticiários
transformam-se assim numa fonte de stresse, medo
e insatisfação, sendo por isso desaconselhável dedi
car muito tempo a esta tarefa.
Recordo o caso de um homem que atendi em
con sulta com sintomas fortes de ansiedade. Ele
chegava por vezes a dar entrada nas Urgências do
Hospital com taquicardia e naturalmente temia que
esses epi sódios se repetissem. Tinha uma vida
estável e calma a nível familiar, profissional e
financeiro e aparente mente não teria razões para
sofrer de ansiedade. Começámos a trabalhar a vários
níveis, conjugando tratamentos de Reiki com terapia
cognitivo
-comportamental. Apercebi-me de que ele adorava
os noticiários, a ponto de ver imensos durante o dia.
Então uma das propostas que lhe fiz foi evitar os
noticiários na televisão e passar a ler o jornal. Como
se tratava de uma pessoa culta, que gostava de ler,
sugeri também algumas leituras na área do Reiki e
da autoajuda. Os resultados que obtivemos foram
excelentes. Ao cabo de algumas sessões os seus sin
tomas tinham desaparecido e a sua atitude era muito
mais positiva.

Da publicidade
A carência e a insatisfação vêm também em grande
parte da publicidade, que é a arte de nos convencer

86
Sê grato

que necessitamos de um produto (que às vezes antes


de vermos anunciado nem sabíamos que existia) e
que a nossa felicidade global depende da sua aquisi
ção. Então, se não temos o produto, falta-nos tudo
e não podemos ser felizes, não é? Este efeito é con
seguido através de associações mentais poderosas: o
creme antirrugas é usado por uma mulher lindíssima
com roupas e joias luxuosas, um carro topo de
gama, um palacete e um companheiro igualmente
deslum brante, etc. Contemos a quantidade de
anúncios que vemos nos intervalos de um filme e
torna-se fácil perceber porque podemos sentir-nos
as pessoas mais carenciadas do mundo.

Estes são alguns exemplos de fatores que contri


buem para gerar um estado de ingratidão e
insatisfação. A gratidão, pelo contrário, aumenta os
nossos níveis de satisfação, pois, quando nos
sentamos a fazer uma lista das coisas que temos a
agradecer, vemos que afinal até existem muitas
razões para nos sentirmos bem. Além disso ajuda-
nos a distinguir o essencial do acessório e a
valorizar aquilo que é ver
dadeiramente importante.
Lembro-me do caso de uma jovem que se sentia
insatisfeita pois ia estudar para o estrangeiro e a
casa onde ficaria alojada "não era muito boa". Então
eu perguntei: "Como assim? Chove lá dentro? Entra
água pelo telhado?", ao que ela respondeu, "Não é

87
Sê grato

isso... mas não é muito bonita". Então eu contestei:


"Bem, para já podemos pensar que é bom ter um
abrigo onde se instalar, que poderá ir decorando até
ficar mais a seu gosto, e que é ótimo não ter de ficar
à chuva, não é?" "Pois é, não tinha pensado nisso...
"

Desprogramar a insatisfação e a ingratidão

Vale a pena fazer o exercício de observar a nossa


vida e elaborar uma Lista de Gratidão: apontar todas
as coisas pelas quais podemos estar gratos - pois se
o fizermos com atenção verificamos que afinal há
muitas coisas para agradecer.
Antes de ir dormir agradeça todas as coisas boas
do dia e coloque-as na sua lista. Ao fazê-lo, estará a
sintonizar-se com pensamentos positivos. Estes,
durante a noite, ficarão a trabalhar no seu incons
ciente e, a pouco e pouco, irão desalojando os
medos, as inseguranças, as crenças negativas.
Durante o dia funcionamos num nível consciente
e não temos acesso ao inconsciente, que é uma
espé cie de gaveta, ou arca fechada, que armazena
infor mação à qual em princípio não temos acesso
voluntário e imediato. Mas de noite, durante o sono,
a tampa dessa arca abre-se, os filtros deixam de
atuar e o inconsciente vai trabalhar e processar
informa ções que lá estão arquivadas. Daí ser
importante
88
Sê grato

adormecer com pensamentos e afirmações


positivos, para que eles possam ser gravados de
modo a subs tituírem gradualmente as fitas antigas
que não con tribuem para o nosso bem-estar.
Pode recorrer igualmente à oração, pois esta tem
um enorme poder: não precisa de ser uma oração
tradicional; pode dirigir-se a Deus com as suas pró
prias palavras agradecendo as bênçãos que tem na
sua vida e pedindo ajuda naquilo que necessitar.
No seu dia a dia não se esqueça de agradecer
sem pre as coisas boas que os outros fazem por si e
retri buir na medida do possível. Tome também a
iniciativa de fazer boas ações pelas pessoas que
passam pela sua vida. A gratidão muda a sua
energia e traz aquilo que deseja para a sua vida.

Sintonizar com o positivo

Em todas as situações podemos encontrar um


lado bom e um lado mau, aspetos positivos e
negativos. Na verdade, temos a liberdade de
escolher se quere mos sintonizar com os aspetos
positivos ou com os negativos. Perante a mesma
situação podemos adotar uma perspetiva
completamente diferente com impli cações também
diferentes para o nosso bem-estar mental e
emocional. Ao abrir o armário posso pensar que
tenho abundância de sapatos, pois possuo mui-

89
Sê grato

tos pares, mas também posso pensar que não valem


nada, porque não são "de marca".
Se tivermos um acidente de viação apenas com
danos materiais podemos sentir-nos muito
zangados, por termos ficado com o carro todo
amolgado, ou muito felizes por todos terem saído
ilesos e ninguém estar magoado.
Enfim, podemos sempre escolher em que aspetos
vamos focar a nossa atenção e aprender a sintonizar
com o lado positivo das coisas. Nem sempre é sim
ples ou fácil desligarmo-nos dos velhos padrões de
pensamento, mas é possível. Na verdade é um traba
lho de toda uma vida.
Se escolhermos sintonizar com o lado positivo
das situações teremos vários benefícios: por um lado
conseguimos reduzir a sensação de ansiedade e o
stresse, pois ficamos imediatamente mais calmos e
menos reativos; por outro lado iremos, pela lei da
vibração energética, atrair mais situações positivas
para a nossa vida.
Lembre-se de que cada pensamento tem uma fre
quência vibratória e atrai pessoas, situações e acon
tecimentos de frequência semelhante. Então, se
pensar de forma otimista não só se irá sentir muito
melhor, como poderá criar situações positivas na
sua vida.

90
CAPÍTULO?

Trabalha arduamente

ESTE princípio, que aparece noutras formulações


como "cumpre os teus deveres" ou "trabalha
hones tamente", pode ter múltiplas interpretações.
Até onde nos pode levar este princípio? Muito
longe... Numa primeira leitura todos sabemos e
entendemos o valor do trabalho e o que é ganhar a
vida honestamente: fazer um trabalho ou prestar um
serviço que tem valor e por isso é merecedor de uma
remuneração, sem prejudicar ninguém.
Todo o trabalho merece ser valorizado pois
contribui para o bem comum e podemos sentir-nos
bem por fazer mos a nossa parte seja qual for ela, pois
todos os traba lhos são igualmente necessários e
importantes. Esta poderá ser a dimensão mais comum
da honestidade, a que se pode ver num nível externo.
Este princípio alerta
-nos para o valor do contributo que podemos dar à
sociedade através do bom desempenho do nosso traba
lho, com responsabilidade e uma atitude positiva.
Mas também podemos incluir aqui a dimensão da
honestidade interior, que consiste em sermos hones-

91
Trabalha arduamente

tos connosco. É possível sermos muito honestos


com o nosso trabalho, na medida em que
procuramos sempre ser bons profissionais e fazer o
nosso serviço o melhor possível, mas estarmos a
enganar-nos a nós próprios! Como? Um exemplo
poderá ser fazer um trabalho de que não gostamos e
que até sabemos não nos fazer felizes interiormente,
mas nem sequer que rermos pensar em mudar por
esse trabalho ser muito bem pago! Com quem
estamos a ser honestos neste caso? Com os outros?
Sim, porque cumprimos todas as nossas tarefas o
melhor possível. E connosco?

Definir prioridades

Torna-se necessário refletir bem sobre as nossas


prioridades e até que ponto elas estão a fazer-nos
feli zes. Diferentes pessoas têm diferentes
prioridades. Algumas escolhem trabalhar muitas
horas por dia em empregos de grande desgaste, para
poderem ter casas e carros de luxo, a possibilidade
de viajar... Outras pessoas preferem trabalhar menos
horas e ganhar menos dinheiro, para poderem ter
algum tempo livre para relaxar, fazer exercício ou
estar com a família. Não podemos com certeza dizer
que uma opção é melhor que a outra; são
simplesmente prioridades diferentes, como
diferentes também o são as pessoas que as definem.

92
Trabalha arduamente

Então é importante estabelecer prioridades e ten


tar perceber se são as que estão "certas" num deter
minado momento das nossas vidas. Naturalmente,
as prioridades vão mudando ao longo do tempo.
As prioridades bem estabelecidas produzem resul
tados na nossa vida a nível de satisfação pessoal, bem
-estar e felicidade. Se não se sente feliz é possível que
tenha de equacionar melhor as suas prioridades.
Também podemos falar em grandes prioridades,
ou a longo prazo, e pequenas prioridades, ou a curto
prazo (relativas a assuntos quotidianos). Tentar rea
lizar múltiplas tarefas ao mesmo tempo, com o
mesmo grau de empenho, pode acabar por não ser
produtivo e levar a um grande desgaste pessoal, ao
stresse e à exaustão. Definir objetivos tendo em
conta as nossas prioridades, a par com uma boa
organiza ção do tempo, ajuda a aumentar a nossa
capacidade de concretização e a diminuir o stresse.
A título de exemplo poderia apresentar o
seguinte: muitas pessoas dizem que não têm
dinheiro para fazer tratamentos ou cursos de Reiki.
No entanto possuem telemóveis e relógios caros,
compram rou pas "de marca" e fazem grandes
viagens... Parece-me que este é um caso típico de
prioridades que as pes soas estabeleceram, ainda
que não tenham consciên cia disso. O que na
realidade deveriam dizer é: "Eu não estou disposto a
dar dinheiro pelos cursos ou tratamentos de Reiki,
prefiro gastar o dinheiro

93
Trabalha arduamente

noutras coisas." Se fizerem essa escolha, estão no


seu direito e devem assumir a responsabilidade
pelas consequências, pelo menos perante si
mesmas.
É muito importante tomarmos consciência das
nossas prioridades, para as podermos avaliar e even
tualmente, se não estamos felizes, reorganizá-las.

O trabalho interior

O trabalho árduo a que se refere Mikao Usui


pode também estar intimamente ligado ao trabalho
interior de cada um de nós na direção do
crescimento pessoal. O trabalho sobre nós mesmos
é um trabalho exigente, que requer muita disciplina
e persistência. Não é mesmo nada fácil. Trabalhar
arduamente também tem esse significado:
trabalharmos quem somos, no sentido do
autoaperfeiçoamento. É preciso trabalhar a mente,
para evitar o funcionamento em piloto auto mático,
o que requer auto-observação constante.
Nos cursos de Reiki, costumo dizer aos partici
pantes que o trabalho espiritual requer muita prática
diária e dou o exemplo de um atleta: pode ser muito
talentoso, mas se não treinar diariamente e não levar
uma vida regrada, não vai conseguir correr amara
tona ou alcançar bons resultados. Com o Reiki é a
mesma coisa. Imaginemos que duas pessoas são sin
tonizadas com a energia no mesmo dia. Uma delas
94
Trabalha arduamente

vai para casa e nunca mais faz Reiki, ao passo que a


outra vai para casa e faz Reiki todos os dias. Se pas
sado um ano se encontrarem, a que trabalhou irá ter
uma energia e uma paz interior muito diferentes
(para melhor) da que nunca mais recorreu ao
Reiki.

Assumir a responsabilidade

Por vezes não somos honestos connosco e nem


sequer o sabemos. Isto acontece sempre que
criamos justificações mentais para os nossos maus
hábitos, comportamentos ou desempenho. Ao
desculparmo
-nos a nós próprios deixamos de assumir a respon
sabilidade pelos nossos atos. Muitas vezes
atribuímos os resultados a fatores externos, que não
podemos influenciar, em vez de nos observarmos e
de pensar mos de que forma contribuímos para isso.

Exemplos:
"Eu tirei má nota no exame porque o professor
da disciplina não gosta de mim."
"Eu tive um acidente de carro porque a chuva
estava tão forte que não se via nada."

Ao justificarmos os acontecimentos com causas


exteriores a nós, ficamos sem possibilidade de inter-
95
Trabalha arduamente

venção e possivelmente as coisas nunca irão melho


rar. Se eu não estudar para os exames, é provável
que continue a ter notas más. Então, é preciso
pensar no que poderia ter feito para tirar melhor
nota; poderia, por exemplo, ter estudado mais ou
utilizado um método diferente.
Qualquer que seja a tarefa em que estamos
envol vidos, se queremos obter bons resultados,
temos de assumir a responsabilidade e fazer a nossa
parte do trabalho.
Muitas vezes desculpamo-nos em situações nas
quais nos poderíamos ter empenhado mais e
culpabilizamo-nos por maus resultados quando estes
não dependiam apenas do nosso esforço. Na
verdade deveríamos fazer o contrário:
- assumir a responsabilidade nas situações que
dependem do nosso esforço;
- aceitar os resultados desfavoráveis quando eles
não dependem exclusivamente de nós.
É muito importante em cada situação avaliar até
que ponto o resultado depende do nosso esforço e a
partir de onde escapa ao nosso controlo.
Faça a si mesmo a pergunta:

O que é que depende de mim nesta situação?

Passemos a casos práticos: se vamos ser submeti


dos a um exame na escola temos de assumir a res-

96
Trabalha arduamente

ponsabilidade de estudar, pois é uma situação em


que o resultado depende do nosso esforço; mas se
envia mos o currículo para concorrer a um emprego
onde há uma vaga para centenas de candidatos,
temos de aceitar a possibilidade de não ficarmos
com o lugar, uma vez que a concorrência é grande.
A partir do momento em que faz a sua parte, sinta
-se feliz e valorize a sua capacidade de trabalho e o
seu esforço.

97
CAPÍTULO 8

Sê bondoso com os outros


(e contigo mesmo)

r
( QUANTO mais amor formos capazes de dar aos outros,
\:t1ais amor iremos atrair para a nossa vida.\ Numa
altura em que se fala tanto da lei da atraçâo, este
princípio é o seu ativador por excelência. O
processo é fácil de compreender e até de praticar:
dando amor aos outros, eles tendem a responder na
mesma vibra ção, ou seja, dando-nos amor.
Quando se fala em dar, lembramo-nos logo de
coisas materiais. Mas ainda que não tenha dinheiro,
qualquer ser humano tem algo que pode dar. Todos
podemos dar amor das mais diversas formas: um
sorriso, uma palavra amiga, uma ajuda a alguém que
está doente. Então há sempre forma de se exercer a
bondade: pode ajudar um vizinho ou um familiar
que precise, através de uma visita, fazendo um
pouco de companhia, conversando um pouco. O que
conta verdadeiramente é a intenção de dar e dar com
amor.
Se tiver possibilidades pode ajudar instituições
credíveis fazendo donativos em géneros ou
dinheiro.

99
Sê bondoso com os outros (e contigo mesmo)

É uma forma de exercer a bondade e a gratidão:


partilhar a abundância que lhe coube com os
outros.
Não é preciso tornarmo-nos missionários em
terras distantes ou inscrevermo-nos como
voluntários numa instituição para praticar a
bondade. Podemos ser bon dosos na nossa vida
diária: connosco (sim, também temos que nos amar
a nós mesmos) e com aqueles que estão perto de
nós: a nossa família, os vizinhos, os colegas de
trabalho, as pessoas com quem nos cruza mos no
dia a dia, conhecidas ou desconhecidas.
Lembro-me de uma jovem que atendi que estu
dava, trabalhava e tomava conta da mãe doente. Ela
disse-me que tinha pena de não ter tempo para o
voluntariado. Eu respondi-lhe: "Mas já faz volunta
riado. Só que faz o seu voluntariado em casa, a
tratar da sua mãe! Que lógica tem deixar a sua mãe
sem apoio, para ir ajudar numa instituição?", ao que
ela comentou a sorrir, "Realmente ... nunca tinha
pen sado nisso... "
Muitas vezes, o simples ato de sorrirmos para
alguém que encontramos é capaz de transformar
inteiramente o dia dessa pessoa. Nós também somos
beneficiados por esse gesto, pois quanto mais
energia do amor projetamos, mais ela se reflete, na
nossa direção e na direção dos outros, gerando-se
uma cor rente de amor e alegria que se estende a
todo o uni verso.
100
Sê bondoso com os outros (e contigo mesmo)

Seja bondoso consigo mesmo

Claro que não se pode esquecer também de ser


bondoso consigo mesmo. É extremamente impor
tante, para o seu bem-estar, lembrar-se que deve
apli car a bondade em si próprio.
Atualmente, vivemos num mundo muito
competi tivo: a competição começa na escola e
continua pela vida fora. Neste cenário, podemos
verificar que mui tas pessoas desenvolvem fortes
traços perfeccionistas e, por consequência,
transformam-se nos maiores carrascos de si
próprias, castigando-se mentalmente (através da
autocrítica e da autodesvalorização) quando não
conseguem os resultados que preten diam. Esta
autopunição acontece mesmo que tenham
trabalhado muito e que existam fatores externos fora
do seu controlo, pois a determinada altura torna-se
quase um mecanismo automático.

Isto tem alguma lógica? Não.

Qualquer que seja o resultado dos seus esforços,


mesmo quando não é tão bom como desejava, a par
tir do momento em que se empenhou e fez a sua
parte o melhor que podia, não se deve castigar, nem
recriminar. Lembre-se de que muitas vezes há
fatores externos que não pode controlar. Lembre-se
do exemplo do concurso para uma vaga com
centenas
101
Sê bondoso com os outros (e contigo mesmo)

de candidatos. Em casos desses, não se pode consi


derar incompetente por não ter ficado com o lugar.
Há certamente muitas outras pessoas competentes
que ficaram de fora...
Sempre que se empenhar num projeto, valorize o
seu esforço e diga para si mesmo, independente
mente do resultado:

Eu fiz o melhor que podia. Estou contente comigo.

Encontramos com alguma frequência pessoas


que são terapeutas "naturais" e que estão muito
centradas em ajudar os outros. Estas pessoas fre
quentemente não se ajudam a si mesmas...
Colocam
-se sempre em último lugar, fazem tudo pelos
outros mas nada por si. O seu lema parece ser "Os
outros são mais importantes de que eu". É uma
questão com uma forte componente cultural,
sobretudo quando se trata de mulheres, que foram
educadas a tratar dos irmãos mais novos, do
marido, dos filhos, só tratando de si próprias caso
sobrasse tempo. Claro que isto acaba por trazer
um enorme desgaste (para além de não ser justo).
Para estas pessoas, que naturalmente sentem
desejo de ajudar, aprender Reiki pode ser uma bên
ção maravilhosa pois descobrem uma forma saudá
vel de prestar auxílio aos outros, ao mesmo tempo
que aprendem a tratar de si mesmas, do seu equilí-

102
Sê bondoso com os outros (e contigo mesmo)

brio e da sua energia. As duas coisas estão ligadas e


são igualmente importantes: tratar-se bem e tratar
bem dos outros.
É igualmente positivo dedicar regularmente
algum tempo a si próprio, para fazer coisas de que
gosta: ler um livro ou uma revista, tomar um banho
de imersão, ir ao cinema... Ou até mesmo de vez em
quando comprar um pequeno presente para si. Afi
nal, se pode comprar presentes para os outros, por
que não pode comprar para si também?
Seja positivo consigo e com os outros. Procure
construir relações positivas, ter conversas positivas
e criar à sua volta um ambiente positivo. Tudo isto o
ajudará a ser mais feliz.

A troca energética: equilíbrio entre dar


e receber

É importante que nas trocas energéticas que esta


belecemos com os outros exista um equilíbrio entre
dar e receber que permita que todos os envolvidos
beneficiem. O impacto deste princípio no equilíbrio
energético individual e do Universo é enorme.
A questão da troca energética é
importantíssima nas relações pessoais e uma das
grandes causas do seu desmoronamento, ainda
que os envolvidos pos sam não ter consciência
disso. A quebra de uma
103
Sê bondoso com os outros (e contigo mesmo)

relação ocorre frequentemente por uma das


pessoas deixar de investir na relação (ou seja,
deixa de dar e passa apenas a receber, o que faz
com que ao cabo de algum tempo o parceiro sinta
de algum modo esse desinvestimento, começando
a pôr em causa a relação. Também pode
acontecer que o parceiro que já não está a investir
questione o porquê de tudo ter mudado e de ter
perdido o interesse pela outra pessoa).
Nos dias de hoje as pessoas estão centradas sobre
tudo em receber e pouco ou nada em dar. Funcio
nam muito no registo "eu quero!". As práticas de
agradecimento e de retribuição estão infelizmente a
cair em desuso. É cada vez mais frequente darmos
alguma coisa a alguém e nem sequer ouvirmos um
obrigado em troca. Porquê? Porque as pessoas que
rem, acham que têm direito e não se preocupam
com os outros.
Qualquer relação funciona como uma balança
com dois pratos: de um lado Dar e do outro
Receber. Se a energia não circula nos dois sentidos,
a balança começa a pesar demasiado para um lado,
fica dese quilibrada e o mais provável é que a
relação venha a acabar. É só uma questão de tempo.
Devemos lembrar-nos da importância de estabe
lecer trocas energéticas saudáveis (em que há um
equilíbrio entre dar e receber) em todas as relações
que temos, pessoais, profissionais e circunstanciais.

104
Sê bondoso com os outros (e contigo mesmo)

É preciso gerir individualmente a relação que se


tem com cada pessoa, de acordo com a nossa perso
nalidade e a do outro.

Relações saudáveis e relações tóxicas

Não há grande segredo para distinguir estes tipos


de relações: as relações saudáveis são aquelas em
que a energia circula harmoniosamente nos dois
sentidos, há um equilíbrio entre dar e receber e por
isso todos os envolvidos se sentem bem e felizes na
interação com o outro. As relações tóxicas são
aquelas em que existe um claro desequilíbrio
energético, e em que é provável que, a dada altura,
alguém queira mudar o estado das coisas ou desista
da relação.
Por exemplo: a relação que tem com uma
amiga que lhe telefona constantemente a pedir
ajuda ou atenção, ou "para desabafar", quando
está com pro blemas, mas que quando anda muito
feliz a dar jan tares e festas nunca a convida, ou
que não tem tempo para a ouvir a si quando
precisa de um ombro amigo. Será saudável? É
bastante evidente que não.
É importante tomar consciência do que se passa
em cada uma das suas relações através da
observação dos diálogos, das trocas energéticas e
das interações sociais. Pode chegar à conclusão de
que nalguns casos é necessário operar mudanças no
sentido de uma
105
Sê bondoso com os outros (e contigo mesmo)

maior reciprocidade. Nessas situações poderá decidir


agir para melhorar a relação.

Exercício de observação das relações


Analise bem cada uma das suas relações mais signifi
cativas:
Há dar e receber em todas elas? Há relações em
que só dá? Há relações em que só recebe?
Como pode promover trocas adequadas de energia
e relações de reciprocidade, nos casos em que não há
equilíbrio? Que medidas concretas pode tomar?
Nas suas relações há respeito de parte a parte?
Será que na sua vida predominam as relações sau
dáveis ou as relações tóxicas?
Será que vale a pena manter relações tóxicas?

Quando tentamos mudar devemos ter presente


urna coisa: as outras pessoas não estão à espera da
nossa mudança e podem oferecer alguma
resistência. A fase inicial é a mais difícil pois os
outros podem tentar fazer com que voltemos à
maneira antiga de funcionar. Não estamos a falar de
processos cons cientes por parte das pessoas com
quem nos relacio namos, elas apenas tentam manter
os velhos hábitos. Normalmente, passado o "susto"
inicial, acabam por de adaptar.

106
Conclusão

O Universo é perfeito e quem dá também recebe.


Como diz Deepak Chopra, "Dar e receber são aspe
to? diferentes do fluxo de energia do Universo e se
pararmos qualquer destes fluxos estamos a interferir
com a inteligência da Natureza".
Assim, quanto mais damos mais recebemos, pois
fazemos a abundância do Universo circular na nossa
vida. O retorno é proporcional à dádiva. Então, se
queremos paz devemos irradiar paz, se queremos
amor, devemos dar amor, se queremos alegria,
deve mos transmitir alegria e se queremos
prosperidade material, devemos ajudar os outros a
terem essa pros peridade.
Ao meditarmos sobre os princípios, tomamos
consciência da força criadora do nosso pensamento
e da importância de pensarmos positivo, todos os
dias da nossa vida.
Neste livro encontra uma série de sugestões que
podem ajudá-lo a tornar-se mais positivo e a mudar
a sua vida para melhor. Com algum trabalho e per-

107
Conclusão

sistência, refletindo e pondo em prática os


princípios do Reiki na sua vida, poderá começar a
ver mudan ças muito positivas, a lidar melhor com
as emoções e os acontecimentos, quer sejam de
natureza positiva ou negativa, e a sentir-se cada vez
mais alegre e feliz.

Para contactar com a autora:


http://www.espacoluzazul.pt.vu/
reiki.saramaria@gmail.com

108
Índice

Introdução ................................................................. 7

CAPÍTULO 1
Mas afinal o que é o Reiki? ........................................ 11
Como surgiu o Reiki?........... ................................. . 11
O que é o Reiki? .................................................... 12
Mas como funciona o Reiki na prática?.............................14
O que é a Sintonização/Iniciação?.....................................15
Como posso escolher um professor ou um
terapeuta de Reiki? ............................................. 16
Há muitas designações para o Reiki. É tudo igual?... 16
O Reiki é uma religião?.......................................................17
~Ou.azs sa-o os b1ene P1.c1os d o Ret·k1·2.•.........•••.•.•.......•.• 18
E o que me pode dar o Reiki? ................................. 19

CAPÍTULO 2
Os princípios do Reiki................................................ 21
Origem dos princípios.................................................21
Os cinco princípios................................................ 22
O sentido dos princípios........................................ 24
Trabalhar com afirmações...................................... 25
Tudo é psicossomático........................................... 26
A necessidade de pensar positivo........................... 27
A visão energética: a Teoria do Boomerang ............ 29
Reverter o condicionamento negativo................... 30

109
Índice

Como reprogramar a mente?................................. 32


Metdfora: o velho universo.......................................... 33
Exercício de afirmações.............................................. 34

CAPÍTULO 3
Só por hoje............................................................................39
Mas como podemos eliminar ou reduzir
os pensamentos de ansiedade? ............................ 41
Estratégias para viver mais no momento presente.. 43
Contacto com a natureza.............................................43
Exercício da natureza.......................................................44
Um mundo de trocas energéticas........................... 45
Meditação............................................................. 46
Auto-Reiki...................................................................48
Ouvir música......................................................... 49
Alguns exercícios para relaxar e viver mais
no presente............................................................... 49

CAPÍTULO 4
Não te zangues........................................................... 55
Formas de lidar com a raiva.............................................57
A importância da aceitação.................................... 59
Assertividade...............................................................60
Origens da falta de assertividade......................................64
Os direitos assertivos............................................. 65
Equilíbrio interior: atitude mental positiva............ 68

CAPÍTULO 5
Não te preocupes....................................................... 71
O que é a ansiedade............................................... 72
O stresse e as suas fases de evolução...................... 72
Como lidar com o stresse e a ansiedade................. 77
Desenvolver a confiança ........................................ 77
Estratégias de resolução de problemas................... 78

110
Índice
Deixar de sofrer por antecipação........................... 79
Limpar a nossa tralha mental................................. 81

CAPÍTULO 6
Sê grato...................................................................... 83
De onde vêm os sentimentos de carência
e a insatisfação?.................................................. 85
Da educação.......................................................... 85
Dos noticiários ...................................................... 85
Da publicidade............................................................ 86
Desprogramar a insatisfação e a ingratidão............ 88
Sintonizar com o positivo................................................89

CAPÍTULO 7
Trabalha arduamente...................................................... 91
Definir prioridades................................................ 92
O trabalho interior................................................ 94
Assumir a responsabilidade.................................... 95
O que é que depende de mim nesta situação..................96

CAPÍTULO 8
Sê bondoso com os outros (e contigo mesmo).....................99
Seja bondoso consigo mesmo........................................101
A troca energética: equilíbrio entre dar e receber.. 103
Relações saudáveis e relações tóxicas............................105
Exercício de observação das relações...........................106

Conclusão............................................................................... 107

111
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INNA SEGAL
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escuta o
TEU CORPO
O tr u melhor amigo

Lise Bourbeau
A LINGUAGEM SECRETADO SEU COR

M
ui
ta
s
pe
ss
oa
s procuram o Reiki devido a problemas com a sua (j')
)>
saúdefísica. Na maior parte dos casos, a origem desses ;o
problemas é emocional ou mental. Daqui decorre que não é )>
suficiente tratar os sintomas, é preciso tratar a sua origem, ()
)>
senão os sintomas reaparecem passado algum tempo. ;o

Na verdade, não basta curarmos apenas o corpo: o


a verdadeira cura vem da transformação interior. o
É preciso mudar os pensamentos, os sentimentos, as crenças
e as atitudes que possibilitaram o desenvolvimento de uma
doença. É fundamental que a mudança de comportamentos e
padrões de pensamento acompanhe o tratamento, para que
este seja eficaz a longo prazo.

(.. .)
()

Muito mais que uma técnica de tratamento, o Reiki é um o


Q9
caminho de transformação interior e evolução espiritual que o
.
aumenta a nossa energia a todos os níveis e nos torna mais
Q_
sensíveis, percetivos, amorosos, compreensivos e saudáveis.
\Contribui para nos sentirmos bem connosco próprios e para
o
·
pn}f<j mos o nosso lugar no universo, colocando-nos no

-
(

· -·
D

ç,mjhho da consciência, da integração, do equilíbrio,


da harmonia e do amor.

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