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ESCOLA ESTILO

CURSO DE TÉCNICO DE ENFERMAGEM


• ESCOLA ESTILO

Clinica Médica

Professor Jaques Vagner Soares Boeno


Enfermeiro Assistencial EBSERH
Especialista de Gestão em Saúde
Especialista em Gestão Pública Municipal
O PROCESSO
SAÚDE/DOENÇA
• Aguda - situação que se instala abruptamente, produz sinais e sintomas
logo após a exposição à causa, em um período determinado para sua
recuperação. Pode ser decorrente de processos crônicos (complicações
e/ou sintomas) e/ou infecciosos;
• Crônica - são problemas de longo prazo, devidos à distúrbio ou
acúmulo de distúrbios irreversíveis, ou estado patológico latente;
apresenta evolução prolongada e sua resolução ocorre de maneira parcial;
• Crônico-degenerativa - são situações de evolução lenta e gradual,
geralmente assintomáticas, e não têm causa e/ou tratamento definidos. A
assistência objetiva o controle dos fatores desencadeantes. Ressalte-se
que a questão social e ambiental é importante fator de controle.
MULTICAUSALIDADE
DETERMINANTES E
CONDICIONANTES
HOSPITALIZAÇÃO
• Costuma acontecer em momentos agudos, nos
quais há desequilíbrio entre saúde-doença,
correlacionado ou não aos processos crônicos
implícitos à patologia.
• Por exemplo, um cliente com doença pulmonar
obstrutiva crônica apresenta grandes
possibilidades de desenvolver pneumonias - que
podem ou não estar relacionadas com a patologia
de base.

• (mobile)
NÍVEIS DE PREVENÇÃO
• Na prevenção primária, ao sujeito que não apresenta
doenças ou sofrimento, são feitas intervenções de
promoção da saúde ou de proteção, como as
imunizações.
• Na prevenção secundária, o sujeito também não
apresenta sintomas, e faz-se uma intervenção à
procura de doença (rastreamentos).
• E, na prevenção terciária, o sujeito encontra-se doente
e a intervenção é para prevenir complicações
(exemplo: o exame sistemático dos pés em pessoas
com diabetes).
DISFUNÇÕES
CARDIOCIRCULATÓRIAS

• Hipertensão arterial
• Arritmias cardíacas
• Angina estável
• Angina instável
• Infarto agudo do miocárdio (IAM)
HIPERTENSÃO ARTERIAL

• Ao estudar a anatomia e fisiologia do sistema cardiovascular, pode-


se entender que o coração bombeia o sangue para os demais
órgãos do corpo por meio das artérias.

• Nesse momento, o sangue é “empurrado” contra a parede dos


vasos sangüíneos. Esta tensão, que é gerada na parede das artérias,
é denominada pressão arterial, que é o resultado da contração do
coração a cada batimento e da contração dos vasos quando o
sangue por eles passa.

• Esta pressão é necessária para que o sangue consiga chegar aos


locais mais distantes, como, por exemplo, a extremidade dos pés.
HIPERTENSÃO ARTERIAL

• Os números de uma medida de pressão arterial representam o valor


da pressão calibrada em milímetros de mercúrio (mmHg).

• O primeiro número, ou o de maior valor, é chamado de pressão


arterial sistólica ou máxima, que é a pressão do sangue nos vasos
quando o coração se contrai (sístole) para impulsionar o sangue
para o resto do corpo;

• O segundo número, ou o de menor valor, é chamado de pressão


arterial diastólica ou mínima. Nesse caso, o coração encontra-se na
fase de relaxamento (diástole).
HIPERTENSÃO ARTERIAL

• A hipertensão sistêmica corresponde a 90% dos casos e se


caracteriza por não haver uma causa conhecida, enquanto os 10%
restantes correspondem à hipertensão secundária, onde é possível
identificar uma causa, como, por exemplo, problemas renais,
tumores de supra-renal e algumas doenças endócrinas.

• Hipertensão secundária, que ocorre quando a elevação da pressão


arterial é decorrente de uma causa de base identificável, a mais
prevalente e subclassificada principalmente em hipertensão
de causa renal ou de causa endócrina.
HIPERTENSÃO ARTERIAL

• Segundo orientações do Ministério da Saúde, a Hipertensão


Arterial é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados
da pressão sanguínea nas artérias.

• Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição clínica


multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de
Pressão Arterial – PA (PA ≥140 x 90mmHg).

• É um problema grave de saúde pública no Brasil e no mundo. Ela é


um dos mais importantes fatores de risco para o desenvolvimento
de doenças cardiovasculares.
HIPERTENSÃO ARTERIAL

• O local mais comum de verificação da pressão arterial é no braço,


usando como ponto de ausculta a artéria braquial. O equipamento
utilizado é o esfigmomanômetro e, para auscultar os batimentos,
usa-se o estetoscópio.

• A partir de 115 mmHg de pressão sistólica (PS) e de 75 mmHg de


pressão diastólica (PD), o risco para eventos cardiovasculares
aumenta de forma constante, dobrando a cada 20 mmHg no
primeiro caso e a cada 10 mmHg no segundo caso .

• Os valores de 140 mmHg para a PS e de 90 mmHg para a PD,


empregados para diagnóstico de HAS, correspondem ao
momento em que a duplicação de risco repercute de forma mais
acentuada, pois já parte de riscos anteriores mais elevados.
HIPERTENSÃO ARTERIAL

História
Idade Sexo
Familiar

Dieta
Raça Gordura
rica em sal

Uso do
Carboidratos Fumo
álcool
HIPERTENSÃO ARTERIAL

• O diagnóstico da HAS consiste na média aritmética da PA maior ou


igual a 140/90mmHg, verificada em pelo menos três dias diferentes
com intervalo mínimo de uma semana entre as medidas, ou seja,
soma-se a média das medidas do primeiro dia mais as duas
medidas subsequentes e divide-se por três.

• Os profissionais de saúde devem ter cuidado para fazer um


diagnóstico preciso e correto da HAS, uma vez que se trata de uma
condição crônica que acompanhará o indivíduo por toda a vida.
HIPERTENSÃO ARTERIAL

• Para aferir a PA, é importante certificar-se de que o paciente não


está com a bexiga cheia; não praticou exercícios físicos há 60/90
minutos; não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos, ou fumou
até 30 minutos antes; e não está com as pernas cruzadas.

• Na suspeita de Hipertensão do Avental Branco (HAB) ou


Hipertensão Mascarada (HM), sugerida pelas medidas da Ampa,
recomenda-se a realização de Monitorização Ambulatorial da
Pressão Arterial (Mapa) ou Monitorização Residencial de Pressão
Arterial (MRPA), para confirmar ou excluir o diagnóstico
HIPERTENSÃO ARTERIAL

• Mapa = monitorização ambulatorial da PA de


24h;

• Ampa = automedida da PA;

• MRPA = monitorização residencial da PA.


MANGUITOS
TÉCNICA PARA AFERIÇÃO

1. Determinar a circunferência do braço no ponto médio entre o


acrômio e o olécrano.
2. Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço.
3. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa
cubital.
4. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria
braquial.
5. Estimar o nível da PAS pela palpação do pulso radial.
6. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o
diafragma do estetoscópio sem compressão excessiva.
7. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado
da PAS obtido pela palpação.
8. Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por
segundo).
TÉCNICA PARA AFERIÇÃO

9. Determinar a PAS pela ausculta do primeiro som (fase I


de Korotkoff) e, depois, aumentar ligeiramente a
velocidade de deflação.
10. Determinar a PAD no desaparecimento dos sons (fase
V de Korotkoff).
11. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último
som para confirmar seu desaparecimento e, depois
proceder, à deflação rápida e completa.
12. Se os batimentos persistirem até o nível zero,
determinar a PAD no abafamento dos sons (fase IV de
Korotkoff) e anotar valores da PAS/PAD/zero.
O TRATAMENTO NÃO-
MEDICAMENTOSO

• Os cuidados com as pessoas hipertensas estão centrados no


controle da pressão arterial, no uso correto da medicação prescrita,
bem como no incentivo à prática de atividades físicas e mentais.

• O cliente e sua família são os principais atores desse controle, e o


auxiliar de enfermagem é um facilitador das mudanças
necessárias para a manutenção de níveis pressóricos adequados.

• É fundamental o papel de educador a ser desempenhado por toda


a equipe de saúde, na orientação ao cliente e seus familiares,
quanto à importância da mudança de hábitos de vida, de modo que
se possa controlar os fatores de risco modificáveis, tais como:
estresse; glicose e colesterol alto, sedentarismo, obesidade,
consumo excessivo de sal, álcool, fumo e drogas ilícitas.
O TRATAMENTO NÃO-
MEDICAMENTOSO

• Tem como objetivo principal a prevenção de complicações (lesões


de órgão- alvo), pois é muito comum um portador de hipertensão
deixar de lado o tratamento por achar que está curado, voltando
então a níveis pressóricos altos.
• Este é um erro básico, e uma boa orientação visa conscientizar o
hipertenso de que, embora não haja cura, um controle adequado
de sua pressão arterial é suficiente para prevenir lesão de órgão-
alvo.
• Nos casos de hipertensão secundária, onde há possibilidade de
identificar sua causa, na grande maioria das vezes, o tratamento é
possível, assim como a cura
TRATAMENTO
MEDICAMENTOSO

• A prescrição do medicamento depende da


idade do portador, das doenças associadas, do
custo, dos efeitos colaterais, da experiência
clínica e da organização do serviço de saúde.
TRATAMENTO
MEDICAMENTOSO

Captopril

Nifedipina Enalapril

Clonidina
CAPTOPRIL
• O medicamento captopril é indicado nos casos de hipertensão
arterial sistêmica e insuficiência cardíaca congestiva. Sua
administração dá-se somente por via oral (comprimidos).

• Efeitos colaterais: aumento de proteína na urina, colestase


hepática, cefaleia, diminuição do paladar, náusea, dor articular,
tontura, icterícia, dor no peito, aumento de potássio no sangue,
diminuição de glóbulos brancos e pancreatite .
CUIDADOS ESPECÍFICOS POR PARTE DA
ENFERMAGEM QUANTO AO CAPTOPRIL

• Atentar para a forma de apresentação, a


dosagem e a via de administração prescritas
pelo médico.
• Orientar o paciente a não deixar o leito sem
auxílio da enfermagem, devido ao risco de
tontura.
• Atentar para sinais e sintomas dos efeitos
colaterais.
ENALAPRIL
• É indicado nos casos de hipertensão arterial
sistêmica e insuficiência cardíaca congestiva. Sua
administração pode ser por via oral (comprimido) ou
endovenosa.

• Efeitos colaterais: colestase hepática, icterícia,


cefaleia, perda do paladar, fadiga, náusea, aumento
de proteína na urina, tontura, desmaio (hipotensão),
dor articular e febre.
CUIDADOS ESPECÍFICOS POR PARTE DA
ENFERMAGEM QUANTO AO ENALAPRIL

• Atentar para a forma de apresentação, a dosagem e a


via de administração prescritas pelo médico.

• Orientar o paciente a não deixar o leito sem auxílio da


enfermagem, devido ao risco de tontura.

• Orientar familiares sobre a possibilidade de desmaio.

• Atentar para sinais e sintomas dos efeitos colaterais


NIFEDIPINA
• O medicamento nifedipina é indicado nos casos de
hipertensão arterial sistêmica e angina estável. Sua
administração é por via oral (cápsula e comprimidos).

• Efeitos colaterais: náuseas, êmese, rubor, sensação


de calor, bradicardia ou taquicardia, palpitação,
hipotensão grave, prurido, rush cutâneo,
agranulocitose e pancreatite.
CUIDADOS ESPECÍFICOS POR PARTE DA
ENFERMAGEM QUANTO NIFEDIPINA

• Atentar para a forma de apresentação, a


dosagem e a via de administração prescritas pelo
médico.

• Orientar o paciente a não deixar o leito sem


auxílio da enfermagem, devido ao risco de
hipotensão.

• Atentar para sinais e sintomas dos efeitos


colaterais
CLONIDINA
• É indicada para o tratamento da pressão alta,
podendo ser usada isoladamente ou associada a
outros medicamentos para pressão alta. Seu início de
ação é rápido, em 30 a 60 minutos após dose oral.

• Efeitos colaterais: : tontura, sedação (aumento do


sono), hipotensão ortostática (queda da pressão ao
levantar (tontura), boca seca.
CUIDADOS ESPECÍFICOS POR PARTE DA
ENFERMAGEM QUANTO CLONIDINA

• Atentar para a forma de apresentação, a


dosagem e a via de administração prescritas pelo
médico.

• Orientar o paciente a não deixar o leito sem


auxílio da enfermagem, devido ao risco de
hipotensão.

• Atentar para sinais e sintomas dos efeitos


colaterais
DISFUNÇÕES
CARDIOCIRCULATÓRIAS

• Hipertensão arterial
• Arritmias cardíacas
• Angina estável
• Angina instável
• Infarto agudo do miocárdio (IAM)
DISFUNÇÕES
CARDIOCIRCULATÓRIAS

• Hipertensão arterial
• Arritmias cardíacas
• Angina estável
• Angina instável
• Infarto agudo do miocárdio (IAM)
ARRITMIAS CARDÍACAS
• As arritmias são distúrbios da frequência e do ritmo cardíacos
causados por alterações no sistema de condução do coração.
Podem ocorrer em pessoas com o coração normal ou ainda como
resposta a outras doenças, distúrbios eletrolíticos ou intoxicação
medicamentosa.

• A frequência cardíaca normal varia de acordo com a idade -quanto


menor a idade, maior a freqüência. No adulto, pode oscilar
entre 0 a 100 batimentos por minuto (bpm).
• As arritmias de freqüência podem apresentar-se como taquicardia
(acima de 100 bpm), bradicardia (abaixo de 60 bpm), fibrilação e
flutter atrial (frequência igual ou acima de 300 bpm).
ARRITMIAS CARDÍACAS
• As manifestações clínicas englobam dor no peito, palpitações,
falta de ar, desmaio, alteração do pulso e do
eletrocardiograma (ECG), podendo chegar à hipotensão,
insuficiência cardíaca e choque.

• O tratamento é feito com medicamentos antiarrítmicos,


cardioversão elétrica e implantação de marcapasso.
ARRITMIAS CARDÍACAS
• O eletrocardiograma (ECG) registra a atividade elétrica do
coração, permitindo diagnosticar uma vasta gama de
distúrbios cardíacos. Eletrodos são conectados aos pulsos,
tornozelos e peito. São ativados 2 eletrodos de cada vez. Cada
registro representa a atividade elétrica de uma região do
coração. Quando auxiliar este procedimento, oriente a pessoa
a ficar relaxada e imóvel, isto poderá acalmá-la.

• Marcapasso - É um aparelho acionado por bateria e que


aplica estímulos elétricos através de cabos com eletrodos que
estão em contato com o coração. Ele é usado para controlar
falhas nos batimentos cardíacos.
AÇÕES DE ENFERMAGEM
• Transmitir segurança à pessoa que apresenta arritmia,
estabelecendo diálogo, possibilitando à mesma expor seus
sentimentos de impotência e insegurança, a fim de diminuir
sua ansiedade;
• Proporcionar sono e repouso adequados, garantindo
ambiente livre de ruídos;

• Monitorizar sinais vitais;

• Oferecer oxigênio, se necessário, para reduzir a hipóxia


causada pela arritmia;
AÇÕES DE ENFERMAGEM
• Observar os cuidados com a administração de antiarrítmicos
(verificação de pulso antes e após a dosagem prescrita);

• Orientar a família e a pessoa acometida sobre os


procedimentos a serem realizados; e,
• Quando a alta for dada, destacar a importância do controle do
estresse, de se evitar o uso do fumo e reduzir a ingestão de
cafeína (café, chá mate, chá preto, refigerantes a base de
cola).
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO

Amiodarona
Atropina
Verapamil.

Deslanosídeo

Propanolol

Lidocaína Digoxina
AMIODARONA
• É indicado nos casos de arritmia ventricular.
Pode ser administrado por via oral
(comprimidos e gotas) ou endovenosa.

• Efeitos colaterais: hipotensão (por


vasodilatação), bradicardia, náuseas, êmese,
cefaleia, perda de apetite, tontura,
constipação intestinal e fibrose pulmonar.
CUIDADOS ESPECÍFICOS POR PARTE DA
ENFERMAGEM QUANTO AO AMIODARONA

• Atentar para a forma de apresentação, a dosagem e a via de


administração prescritas pelo médico.

• Nos casos de administração por via endovenosa, diluir e solução


fisiológica 0,9% ou em solução glicosada 5%.

• Orientar o paciente a não deixar o leito sem auxílio da enfermagem,


devido ao risco de tontura.

.
ATROPINA
• Indicado nos casos de bradicardia sinusal. Também usado em casos
de intoxicação.

• Promove a inibição de secreção salivar, de secreção brônquica e da


sudorese, dilata as pupilas e aumenta a frequência cardíaca.

• Em doses elevadas, pode diminuir a motilidade gastrointestinal e


urinária, assim como inibir a secreção de ácido estomacal, pode ser
administrada pelas vias endovenosa, intramuscular ou subcutânea.
ATROPINA
• Efeitos colaterais: agitação, alucinação, angina, ataxia,
aumento da temperatura corporal, aumento da frequência
cardíaca, confusão mental, constipação intestinal,
desorientação, cefaleia, excitação, insônia, náuseas,
palpitação, retenção urinária, sede, sensibilidade à luz,tontura
e êmese.
CUIDADOS ESPECÍFICOS POR PARTE DA
ENFERMAGEM QUANTO AO AMIODARONA

• Atentar para a forma de apresentação, a dosagem e a


via de administração prescritas pelo médico.

• Orientar o paciente a não deixar o leito sem auxílio


da enfermagem, devido ao risco de desorientação.

• Orientar o paciente a não deixar o leito sem auxílio


da enfermagem, devido ao risco de tontura.

.
PROPANOLOL
• Tem ação antiarrítmica, anti-hipertensiva e ansiolítica. É
indicado nos casos de angina pectoris, enxaqueca, arritmia,
hipertensão arterial e ansiedade. Pode ser administrado por
via oral (cápsula e comprimido) ou endovenosa.

• Efeitos colaterais: ansiedade, nervosismo, fraqueza,


congestão nasal, constipação ou diarreia, diminuição da
habilidade sexual, bradicardia, constrição brônquica,
insuficiência cardíaca congestiva, náuseas, êmese, sonolência
e hipotensão ortostática.
CUIDADOS ESPECÍFICOS POR PARTE DA
ENFERMAGEM QUANTO AO PROPANOLOL

• Atentar para a forma de apresentação, a dosagem e a


via de administração prescritas pelo médico.

• Orientar o paciente sobre o risco de dirigir e de operar


máquinas, devido ao risco de sonolência.

• Nos casos de administração por via endovenosa,


controlar a velocidade de infusão.

• Atentar para sinais e sintomas dos efeitos colaterais


DIGOXINA
• É antiarrítmico, cardiotônico, inotrópico e digital. É indicado
nos casos de insuficiência cardíaca congestiva, taquicardia
atrioventricular paroxística e fibrilação atrial. Sua
administração é por via oral.

• Efeitos colaterais: agitação, arritmia cardíaca, cefaleia, fadiga,


diminuição de apetite, náusea, parestesia, queda de pressão
arterial, tontura e êmese. Esses sinais e sintomas são
característicos de intoxicação digitálica, que ocorre pois a
dose terapêutica é muito próxima à dose tóxica.
CUIDADOS ESPECÍFICOS POR PARTE DA
ENFERMAGEM QUANTO AO DIGOXINA

• Atentar para a forma de apresentação, a dosagem e a


via de administração prescritas pelo médico.
• Orientar o paciente a não deixar o leito sem auxílio da
enfermagem, devido ao risco de tontura.
• Verificar a freqüência cardíaca do paciente antes da
administração do medicamento.
• Em casos de bradicardia, não administrar o
medicamento e comunicar o médico.
• Atentar para sinais e sintomas dos efeitos colaterais.
LIDOCAÍNA
• É indicado no tratamento de taquicardia ventricular, fibrilação
ventricular e extrassístoles sintomáticas. Como antiarrítmico,a
lidocaína é administrada apenas por via endovenosa

• Efeitos colaterais: raramente apresenta efeitos colate- rais,


mas os casos em que eles ocorrem podem referir ansiedade,
nervosismo,sensação de calor ou de frio, dormência, reações
alérgicas e tontura.
CUIDADOS ESPECÍFICOS POR PARTE DA
ENFERMAGEM QUANTO AO LIDOCAÍNA

• Orientar o paciente a não deixar o leito sem


auxílio da enfermagem, devido ao risco de
tontura.

• Atentar para a forma de apresentação, a


dosagem, a via de administração e a
concentração (1% ou 2%) prescritas pelo médico.

• Atentar para sinais e sintomas dos efeitos


colaterais.
DESLANOSÍDEO
• Tem ações antiarrítmica e digitálica, sendo indicado
nos casos de insuficiência cardíaca congestiva aguda
ou crônica, taquicardia paroxística ou
supraventricular. Sua administração é por
via endovenosa.

• Efeitos colaterais: náuseas, vômito, fraqueza, apatia,


diarreia, confusão, desorientação, distúrbios visuais e
anorexia.
CUIDADOS ESPECÍFICOS POR PARTE DA
ENFERMAGEM QUANTO AO DESLANOSÍDEO

• Atentar para a forma de apresentação, a


dosagem e a via de administração prescritas pelo
médico.

• Orientar o paciente a não deixar o leito sem


auxílio da enfermagem, devido ao risco de
desorientação.

• Atentar para sinais e sintomas dos efeitos


colaterais.
VERAPAMIL
• É antiarrítmico, antianginoso e anti-hipertensivo. É indicado
nos casos de hipertensão arterial, angina do peito crônica
estável e taquicardia supraventricular. Pode ser administrado
por via oral ou endovenosa.

• Efeitos colaterais: constipação, confusão mental, vertigem,
fraqueza, nervosismo, prurido, hipotensão, cefaleia,
bradicardia, náuseas, desconforto gástrico e aumento da
transaminase.
CUIDADOS ESPECÍFICOS POR PARTE DA
ENFERMAGEM QUANTO AO DESLANOSÍDEO

• Atentar para a forma de apresentação, a dosagem e a via


de administração prescritas pelo médico.
• Orientar o paciente a não deixar o leito sem auxílio da
enfermagem, devido ao risco de vertigem.
• A administração endovenosa da dosagem de manutenção
deve ser feita com o uso de bomba de infusão contínua.
• Nos casos de administração por via endovenosa, manter o
paciente sob monitorização eletrocardiográfica.

• Atentar para sinais e sintomas dos efeitos colaterais


provocados pelo medicamento.
DISFUNÇÕES
CARDIOCIRCULATÓRIAS

• Hipertensão arterial
• Arritmias cardíacas
• Angina estável
• Angina instável
• Infarto agudo do miocárdio (IAM)
DOENÇA ARTERIAL
CORONARIANA
• Síndrome que tem como sintoma principal uma
sensação dolorosa mais frequentemente na região
precordial, decorrente de isquemia miocárdica
causada por obstrução da artéria coronária.

• Angina estável, angina instável.


ANGINA ESTÁVEL
ANGINA ESTÁVEL
• Dor: geralmente retroesternal, de intensidade leve no início
(apenas desconforto), com aumento gradual até atingir intensidade
máxima em alguns minutos, durando 15 segundos a 15 minutos e
desaparecendo com a interrupção do esforço ou uso de nitrato
sublingual.
• É descrita como dor “em aperto”, “peso”, “sufocante” ou
“queimação”. Pode ser desencadeada por refeições volumosas,
esforço físico, emoções e frio.
• Pode irradiar-se para o braço esquerdo, dorso, pescoço, mandíbula,
epigástrio ou braço direito. Pode acompanhar-se de dispneia,
sudorese, náuseas e sensação de fraqueza.
• Em 40% dos pacientes, a dor tem localização atípica (epigástrio,
ombro, dorso, mandíbula)
ANGINA ESTÁVEL
• A dor da angina deve cessar com repouso ou com o uso da
nitroglicerina, num período de vinte minutos, caso contrário, a indi-
cação é de infarto agudo do miocárdio.

• Uma característica importante da dor anginosa é que ela regride quando o


fator que a causou é afastado.

• As pessoas idosas podem desenvolver sintomas anginosos mais


rapidamente do que as mais jovens. A dor se manifesta como fraqueza ou
desmaio quando expostas ao frio, já que elas têm menos gordura
subcutânea para proporcionar o isolamento térmico.

• Os idosos devem ser orientados a usar roupas extras e alertados para


reconhecer o sinal de fraqueza como indicativo de que devem repousar ou
tomar os medicamentos prescritos.
DIAGNÓSTICO
• É freqüentemente estabelecido pela avaliação das
manifestações clínicas da dor e pela história da pessoa.

• De acordo com a gravidade dos sintomas de angina, da idade


do portador e das patologias associadas, exames diagnósticos
poderão ser solicitados, como o eletrocardiograma, Hollter,
cintilografia miocárdica e/ou cateterismo cardíaco.
DIAGNÓSTICO
• Hollter – É o aparelho utilizado para registrar a atividade
elétrica do coração durante 24 horas.

• Cintilografia miocárdica – Consiste na introdução de


radioisótopos (substâncias detectadas por radiação) por via
intravenosa com o objetivo de detectar o infarto agudo do
miocárdio.

• Cateterismo cardíaco – Consiste na introdução de um ou


mais cateteres pelas artérias até o coração, a fim de medir
as pressões nas diversas câmaras do mesmo.
TRATAMENTO
• A medida fundamental para tomada de decisões no paciente com
angina estável é a estratificação do risco cardiovascular.

• Pacientes de baixo risco: tratamento clínico com controle dos


fatores de risco e mudanças no estilo de vida.

• Pacientes de alto risco: realizar cinecoronariografia para avaliar a


indicação de revascularização do miocárdio (cirurgia/angioplastia).

• Acompanhamento periódico para ajuste das doses de


medicamentos, avaliação das mudanças no estilo de vida e
acompanhamento da evolução da doença arterial coronariana.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• Manter-se em repouso ao início da dor;

• Participar de um programa diário de atividades físicas que não produzam


desconforto torácico, falta de ar e/ou fadiga indevida;

• Alternar as atividades diárias com períodos de repouso;

• Fracionar as alimentações em menores porções e maior frequência,


evitando esforço físico durante 2 horas após as refeições;

• Evitar ingestão excessiva de cafeína (café e bebidas com cola), que pode
fazer subir a frequência cardíaca;
DISFUNÇÕES
CARDIOCIRCULATÓRIAS

• Hipertensão arterial
• Arritmias cardíacas
• Angina estável
• Angina instável
• Infarto agudo do miocárdio (IAM)
ANGINA ESTÁVEL

ACIMA
DE 20
MINUTO
S
ANGINA INSTÁVEL
• Causada por oclusão parcial ou total de uma artéria
coronária decorrente de trombose formada em uma
placa ateromatosa que sofreu ruptura.

• Dor com as características da angina estável, mas


com duração acima de 20 minutos, que não alivia
totalmente ou não se altera com uso de nitratos.
TRATAMENTO
• Após estabilização clínica com uso de medicamentos
(pacientes de baixo risco), ou medicamentos e procedimentos
de reperfusão (pacientes de risco intermediário e alto), seguir
os mesmos cuidados da angina estável.

• Oxigenoterapia: indicada nos pacientes admitidos para


tratamento em unidade de terapia intensiva até controle da
dor.

• Alívio da dor.
TRATAMENTO
MEDICAMENTOSO
• Os fármacos antianginosos provocam vasodilatação e
relaxamento do músculo liso das arteríolas ao redor do
coração, o que promove o fluxo sanguíneo e reduz a dor.

• Alguns fármacos são utilizados para alívio imediato da dor;


outros são utilizados rotineiramente para prevenção de
episódios dolorosos.

• Esses fármacos são administrados de diversas maneiras,


incluindo diferentes preparações orais até preparações
tópicas
TRATAMENTO
MEDICAMENTOSO

• Como o propósito desses fármacos é produzir vasodilatação,


isso também representa preocupação relativa a reações
adversas. Cefaleia, em virtude da rápida vasodilatação de
artérias cerebrais, constitui reação muito desagradável. A
• lém disso, homens que tomam antianginosos precisam ser
avaliados e advertidos contra uso de medicamentos para
disfunção erétil, uma vez que também causam vasodilatação
TRATAMENTO
MEDICAMENTOSO

• Tipicamente, o grupo dos nitratos é utilizado para aliviar os


sintomas quando ocorre um episódio de angina, em
contraposição ao uso dos agentes “bloqueadores” para
prevenir a ocorrência de angina, tomando o fármaco de modo
regular.

• Os nitratos estão disponíveis em várias formas (p. ex.,


sublingual, spray translingual, via transdérmica e parenteral).
TRATAMENTO
MEDICAMENTOSO

• Tipicamente, o grupo dos nitratos é utilizado para aliviar os


sintomas quando ocorre um episódio de angina, em
contraposição ao uso dos agentes “bloqueadores” para
prevenir a ocorrência de angina, tomando o fármaco de modo
regular.

• Os nitratos estão disponíveis em várias formas (p. ex.,


sublingual, spray translingual, via transdérmica e parenteral).
IAM X ANGINA
• A qualidade, localização e intensidade da dor associada
ao IAM pode ser semelhante à dor provocada pela
angina.

• As principais diferenças são: a dor do IAM é mais


intensa; não é necessariamente produzida por esforço
físico e não é aliviada por nitroglicerina e repouso.

• Clínica médica na prática diária.


INFARTO AGUDO DO
MIOCÁRDIO
• O infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma situação grave que pode ser
confundida com sintomas mais corriqueiros, tais como: flatulência, dor
muscular, tensões, dentre outros.

• É causado pelo estreitamento de uma artéria coronária pela aterosclerose, ou


pela obstrução total de uma coronária por êmbolo ou trombo, ocasionando a
necrose de áreas do miocárdio.

• A redução do fluxo sangüíneo também pode ser resultante de choque ou


hemorragias. Vale lembrar que na angina o suprimento de sangue é reduzido
temporariamente, provocando a dor, enquanto no IAM ocorre
uma interrupção abrupta do fluxo de sangue para o miocárdio.
• A dor decorrente do IAM quase sempre vem acompanha-
da da sensação de “morte iminente”.
INFARTO AGUDO DO
MIOCÁRDIO
• O infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma situação grave que pode ser
confundida com sintomas mais corriqueiros, tais como: flatulência, dor
muscular, tensões, dentre outros.

• É causado pelo estreitamento de uma artéria coronária pela aterosclerose, ou


pela obstrução total de uma coronária por êmbolo ou trombo, ocasionando a
necrose de áreas do miocárdio.

• A redução do fluxo sangüíneo também pode ser resultante de choque ou


hemorragias. Vale lembrar que na angina o suprimento de sangue é reduzido
temporariamente, provocando a dor, enquanto no IAM ocorre
uma interrupção abrupta do fluxo de sangue para o miocárdio.
• A dor decorrente do IAM quase sempre vem acompanha-
da da sensação de “morte iminente”.
SINTOMAS
• A dor torácica é o principal sintoma associado ao IAM.
• É descrita como uma dor súbita, subesternal, constante e
constritiva, que pode ou não se irradiar para várias partes do
corpo, como a mandíbula, costas, pescoço e membros
superiores (especialmente a face interna do membro superior
esquerdo).

• Muitas vezes, a dor é acompanhada de taquipnéia,


taquisfigmia, palidez, sudorese fria e pegajosa, tonteira,
confusão mental, náusea e vômito.
INFARTO AGUDO DO
MIOCÁRDIO
• Os profissionais de saúde precisam estar atentos para um
diagnóstico precoce, tendo em vista que esta é uma das
maiores causas de mortalidade. O atendimento imediato, ao
cliente infartado, garante a sua sobrevivência e/ou uma
recuperação com um mínimo de sequelas.

• O idoso nem sempre apresenta a dor constritiva típica


associada ao IAM, em virtude da menor resposta dos
neurotransmissores, que ocorre no período de
envelhecimento, podendo assim passar
despercebido.
DIAGNÓSTICO
• O diagnóstico do infarto do miocárdio geralmente
se baseia na história da doença atual, no
eletrocardiograma e nos níveis séricos
(sangüíneos) das enzimas cardíacas.

• O prognóstico depende da extensão da lesão


miocárdica.

• O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico,


dependendo da extensão e da área acometida.
EXAMES COMPLEMENTARES
• Creatinofosfoquinase (CPK) e suas isoenzimas: são as
primeiras a se elevarem. A CPK começa a aumentar dentro
de 4 a 8 horas após o infarto, com pico máximo dentro de
24 horas, e normaliza em 3 a 4 dias. É o marcador mais
sensível de necrose miocárdica.

• Troponinas cardíacas (troponina T e tropina I): têm


vantagens em relação à CPK-MB, pois apresentam maior
especificidade para lesão cardíaca (só são encontradas no
miocárdio) e sofrem alteração mesmo quando ocorrem
pequenas lesões no miocárdio, não detectáveis pela
determinação da CPK-MB. Quanto à sensibilidade para
detecção do IAM nas primeiras 24 horas, as duas enzimas
têm poder semelhante. A
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• Proporcionar um ambiente adequado para o repouso físico e mental;

• ! fornecer oxigênio e administrar opiáceos (analgésico e sedativo) e


ansiolíticos prescritos para alívio da dor e diminuição da ansiedade;
• ! prevenir complicações, observando sinais vitais, estado de consciência,
alimentação adequada, eliminações urinária e intestinal e administração
de trombolíticos prescritos;
• ! auxiliar nos exames complementares, como eletrocardiograma,
dosagem das enzimas no sangue, ecocardiograma, dentre outros;
• ! atuar na reabilitação, fornecendo informações para que o cliente possa
dar continuidade ao uso dos medicamentos, controlar os fatores de risco,
facilitando, assim, o ajuste interpessoal, minimizando seus medos e
ansiedades;
• ! repassar tais informações também à família.
TRATAMENTO
MEDICAMENTOSO
• Administrar AAS 200 mg VO macerado precocemente
(solicitar que o paciente mastigue ou engula com um pouco
de água). Contra-indicações: hipersensibilidade conhecida,
úlcera péptica ativa.
• Administrar Clopidogrel 300mg VO para pacientes com idade
< 75 anos. Para aqueles com idade igual ou maior de 75 anos
administrar 75mg VO. Contra-indicações: hipersensibilidade
conhecida, sangramento patológico ativo.
• . Após as medicações iniciais (AAS e Clopidogrel),Caso o
paciente persista com dor, pode-se administrar Morfina e/ou
Nitrato, conforme orientação médica.
Referências
• CLÍNICA médica consulta prática. 5. Porto Alegre Bookman 2019
• CONDUTAS em clínica médica. 4. Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2010
• FARMÁCIA clínica. São Paulo Manole 2014
• FORD, Susan M. Farmacologia clínica. 11. Rio de Janeiro Guanabara
Koogan 2019
• KATZUNG, Bertram. Farmacologia básica e clínica. 13. Porto Alegre AMGH
2017
• PORTO, Celmo Celeno. Clínica médica na prática diária. Rio de Janeiro
Guanabara Koogan 2015
• PROFAE, Profissionalização de Auxiliares de Enfermagem. cadernos do
aluno, Saúde do adulto:assistência clínica / ética profissional .–. 2003.

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