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HISTÓRIA DA NEONATOLOGIA
A neonatologia (do grego, neo: novo, nato: nascimento; logos: estudos) surgiu como
especialidade médica a partir da Pediatria, em meados do século XIX.
O cuidado à criança, ao longo da história, poder ser resgatado por diversos registros
encontrados em diferentes culturas.
CLASSIFICAÇÃO DO RECÉM – NASCIDO
Os Recém – nascidos (RN) podem ser classificados de acordo com a Idade gestacional (IG),
peso ao nascer e relação entre IG – peso.
Segundo a IG, é possível classificar os RN em:
- Pré – termo (RNPT): idade gestacional inferior a 37 semanas que é ao equivalente (259 dias).
a) prematuridade limítrofe: 35 – 36 semanas;
b) prematuridade moderada: 31 – 34 semanas;
c) prematuridade extrema: menos de 30 semanas.
- A termo (RNT): idade gestacional entre 37 e 41 semanas e 6 dias (260 – 294 dias).
- Pós – termo: idade gestacional igual ou maior que 42 semanas (mais de 294 dias).
De acordo com o peso ao nascer, o RN pode ser classificado como:
- Macrossômico/peso: maior que 4.000 g;
- Peso ao nascer normal: 2.500 – 3.000 g – 3.999 g;
- Peso insuficiente: 2.500 – 2.999 g;
- Baixo peso ao nascer (RNBP): menos 2.500 g;
a) Muito baixo peso (RN MBP): menos 1.500 g (1.499 g);
b) Extremo baixo peso (RN EBP): menos 1.000 g (999 g).
Quando se relaciona o peso à idade gestacional, o RN é classificado segundo o seu
crescimento intrauterino, de acordo com o gráfico de Battaglia e Lubchenco (1979), em:
RN grande para a idade gestacional (GIG): peso acima do percentil 90;
RN adequado para a idade gestacional (AIG): peso entre o percentil 10 e 90;
RN pequeno para a idade gestacional (PIG): peso abaixo do percentil 10.
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h) Profilaxia oftálmica.
TEMPERATURA
FREQUENCIA RESPIRATÓRIA
Crianças 18 a 40 mpm
Lactentes 25 a 40 mpm
Recém-nascido 40 a 60 mpm
FREQUÊNCIA CARDÍACA
1 a 12 meses 80 a 140 bpm
1 a 2 anos 80 a 130 bpm
3 a 6 anos 75 a 120 bpm
7 a 12 anos 75 a 110 bpm
Recém-nascido 120 a 160 bpm
Adolescentes 60 a 100 bpm
PERÍMETRO CEFÁLICO
RN 3meses 6 meses 9 meses 1 ano
34 a 35 40 cm 42 a 43 cm 44,5 cm 45 a 46 cm
Para a verificação do perímetro cefálico, utiliza-se uma fita métrica, a qual deve
passar pela glabela e o ponto mais saliente do occipital. O PC é na maioria das vezes
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maior que o torácico ao nascimento e a última medida a ser comprometida nos casos
de desnutrição. A fontanela anterior, fecha totalmente entre o 9º e o 18º mês de vida e
a fontanela posterior, fecha aos 2 meses e pode não ser palpável desde o nascimento
PERÍMETRO TORÁCICO
È a medida da circunferência do tórax em centímetros. Até os 2 anos de idade
tem valor como índice do estado nutritivo, após, pode ser modificado com influências
de exercícios. Para a sua verificação é necessário uma fita métrica, a qual deve passar
pelos mamilos, com a criança em decúbito dorsal até os 3 anos de idade ou em pé no
apêndice xifóide nos adolescentes com o tórax moderadamente cheio.
PERÍMETRO ABDOMINAL
PESO
A verificação do peso do RN é feito com o auxílio de uma balança, de preferência
aquecida e com campos protetores (saco plástico), para evitar o contato direto com a
pele do RN, evitando, assim, a perda de calor. O RN pesa, em média, 3.400g, tendo uma
variação entre 2700g e 4000 g. Normalmente, o RN perde cerca de 10% do seu peso nos
primeiros dias de vida. A pesagem do RN deve ser repetida desde o nascimento até sua
alta, de preferência no mesmo turno e diariamente.
− Lavar as mãos;
− Juntar o material;
− Explicar para os pais como é realizado o banho e solicitar se os pais não querem dar
o banho;
− Colocar água morna (em torno de 37 graus) na banheira ou bacia;
− Retirar a roupa do RN;
− Retirar o excesso de fezes e urina com gaze ou algodão;
− Enrolar o RN com uma compressa;
− Colocá-lo na banheira, emergindo o corpo até a altura dos ombros;
− Limpar a face, boca, narinas e orelhas;
− Higienizar o couro cabeludo;
− Com o uso de compressa e sabonete líquido, limpar o pescoço, tórax, abdomem,
membros superiores e inferiores, dorso e genitália;
− Enrolar a criança, secar a cabeça e após o corpo;
− Fazer assepsia no coto umbilical;
− Colocar fralda;
− Vesti-lo adequadamente a temperatura;
− Acomodar o bebê em locar confortável ou colo da mãe.
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− Lavar as mãos;
− Reunir o material;
− Explicar para os pais a respeito do objetivo do procedimento;
− Calçar as luvas de procedimento;
− Administrar sacarose e realizar sucção não-nutritiva;
− Realizar a assepsia no local com algodão seco;
− Picar o local com agulha, aproximando a fita reagente;
− Preencher todo o espaço da fita reagente com sangue;
− Aguardar o resultado no glicosímetro;
− Aconchegar o RN;
− Descartar o material;
− Lavar as mãos;
− Proceder o registro da glicemia no prontuário;
− Comunicar a enfermeira se alteração.
− Lavar as mãos;
− Reunir o material;
− Explicar para os pais a respeito do objetivo do procedimento;
− Posicionar o aparelho de fototerapia a uma distância de 30 a40 centímetros do
berço do RN, ou se o RN realizar fototerapia em incubadora, posicionar aparelho
encima da mesma;
− Proteger os olhos do RN com protetor ocular (utilizando micropore nas
extremidades do protetor ocular) e genitália com fralda (ainda não se tem estudos
corretos a respeito da exposição das gônodas dos RN a luz);
− Verificar as condições técnicas do aparelho de fototerapia;
− Monitorar a temperatura do recém-nascido e da fototerapia a cada 2 horas;
− Realizar mudança de decúbito de 2 em 2 horas;
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− Não utilizar loções hidratantes a base de álcool na sua composição para não
favorecer a ocorrência de queimaduras, somente a base de água;
− Ao término do tratamento, retirar protetor ocular do RN e proceder com a limpeza
do equipamento de fototerapia conforme rotina;
− Registrar número e consistência das eliminações fisiológicas e características da
pele no prontuário do paciente.
É relevante saber que a presença do protetor ocular não prejudica a visão do RN; o
protetor ocular deve ser retirado no momento do aleitamento materno, nos RN’s acima
de 37 semanas, para fortalecer o vínculo entre mãe e na hora do banho para proceder
com a higiene e inspeção na região ocular.
É importante incentivar o aleitamento materno enquanto RN estiver realizando
fototerapia, devido à hidratação e efeito terapêutico do leite materno para o RN em
fototerapia. Pode-se deixar o RN de fraldas, entretanto, procurar diminuir o tamanho
da fralda, dobrando-a ou cortando-a, para aumentar a área exposta ao aparelho de
fototerapia.
a) O uso de lencinhos umedecidos deve ser utilizado com cautela, já que contém
sabões, podendo provocar alergias.
b) É recomendado usar sabonetes neutros e próprios para a pele sensível do bebê.
Sempre que possível, deve-se deixar a criança sem fralda durante o dia.
c) É interessante expor a área acometida ao sol, por alguns minutos, pela manhã.
d) A pele da criança deve ser limpa com cuidado, com movimentos suaves, sem
esfregar, e secar bem os locais úmidos como as dobrinhas da pele.
e) A frequência da troca de fraldas deve respeitar um período em torno de 3 a 4
horas.
f) É importante investigar se a criança está com o ritmo intestinal aumentado ou
com diarréia, atentando para limpar atentamente a fim de que não sobrem resíduos
de fezes.
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− Lavar as mãos;
− Explicar o procedimento para os pais caso estiverem presentes, incentivando
para que os pais o façam;
− Embeber um pedaço de algodão com álcool a 70 %;
− Passar o algodão embebido em álcool a 70% ao redor do coto umbilical em
movimentos circulares e na extensão do mesmo;
− Manter o coto tracionado para cima, evitando contaminação por urina ou fezes;
− Checar e anotar o procedimento no prontuário do paciente atentando para
características do coto umbilical.
O diagnóstico dá-se pela análise clínica das lesões e o tratamento consiste em medidas
simples, ajustadas de acordo com a severidade e o tipo de dermatite, baseado na
higiene da área da fralda, devendo-se friccionar a pele levemente no momento da
limpeza e atentando para a troca freqüente das fraldas.
Caso a dermatite não melhora após higiene adequada e aplicação de cremes
barreira, pode-se adicionar um creme com ação anti-cândida (ex: nistatina ou
imidazol).
Cuidados de enfermagem:
− Lavar as mãos antes e depois de trocar a fralda do bebê;
− Manter seca a área das fraldas;
− Trocar sempre que perceber que a criança urinou ou defecou;
− Fazer a higiene com água corrente ou com algodão embebido em água morna.
a) Desconforto abdominal;
b) Cólicas ;
c) Mal-estar;
d) Modificações no aspecto das fezes;
e) Náuseas e/ou vômitos;
f) Sangue com pus ou muco nas fezes;
g) Febre;
h) Sinais de desidratação.
O leite materno deve ser sempre mantido, e é considerado uma garantia de proteção
contra as diarréias. É importante realimentar a criança o mais cedo possível, corrigindo
erros
alimentares e aumentando o número de refeições diárias, optando por alimentos
obstipantes.
a) Fontanela deprimida;
b) Nível de consciência reduzido;
c) Mucosas secas;
d) Olhos fundos e sem lágrimas;
e) Aumento do tempo de enchimento capilar;
f) Taquipnéia;
g) Taquicardia;
CUIDADOS
h) DE ENFERMAGEM À CRIANÇA VÍTIMA DE AFECÇÕES RESPIRATÓRIAS
Hipotensão;
i) Perda súbita de peso;
j) Turgor cutâneo diminuído;
k) Oligúria.
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Otite: É caracterizada por dor, febre, choro frequente, dificuldade para sugar e
alimentar-se e irritabilidade, sendo o diagnóstico confirmado pelo otoscópio. Possui
como fatores predisponentes: alimentação em posição horizontal (refluxo alimentar
pela tuba, que é mais curta e horizontal na criança, levando à otite média), crianças
que vivem em ambiente úmido ou filhos de pais fumantes, diminuição da umidade
relativa do ar, limpeza inadequada, com cotonetes, retirando a proteção e facilitando
a evolução de otites
micóticas ou bacterianas. É relevante orientar sobre a limpeza que deve ser feita
apenas com água, sabonete, toalha e dedo.
Asma: Doença crônica do trato respiratório causada por uma obstrução, devido a
contração da musculatura lisa, edema da parede brônquica. Manifesta-se através de
crises de broncoespasmo, com dispnéia, tosse e sibilos. São episódios auto-limitados
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a) Apnéia prolongada;
b) Batimento de asa de nariz ;
c) Aumento do esforço respiratório;
d) Sinais de hipóxia tecidual (palidez, taquicardia, cianose);
e) Gemência.
Retrações intercostais e xifóide
Dispnéia e/ou taquipnéia
podendo ser controlados por medicamentos com retorno normal das funções na
maioria das crianças. Em metade dos casos, os primeiros sintomas da doença surgem
até o terceiro ano de vida e, em muitos pacientes, desaparecem com a puberdade,
podendo persistir na idade adulta. Os fatores desencadeantes são os alérgenos,
infecções, agentes irritantes, poluentes atmosféricos e mudanças climáticas, fatores
emocionais e exercícios físicos.
OXIGENOTERAPIA EM PEDIATRIA
CPAP: pressão positiva nas vias aéreas, o qual aumenta a capacidade residual do
pulmão e melhora a oxigenação, possibilitando a distensão alveolar, reduzindo o índice
de apnéias, podendo causar pneumotórax, distensão abdominal e necrose de tecidos
próximos ao nariz, se mau uso.
Cuidados de enfermagem:
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS