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CAPACITAÇÃO

EM UTI
NEONATAL

PROF.: Luana Novaes


 CAPACITAÇÃO EM UTI   
Instituto Filadélfia
CONCEITOS EM
NEONATOLOGIA
• 1.Morbidade

Refere-se ao conjunto de casos de uma dada afecção ou a soma


de agravos à saúde que atingem um grupo de indivíduos.

• Menezes, 2001
• 1.Morbidade

Para que se possa acompanhar a morbidade na população e traçar


paralelos entre a morbidade de um local em relação a outros,é
preciso que se tenha medidas padrão de morbidade.

Menezes, 2001
• 2.Mortalidade
• Refere se ao conjunto dos indivíduos que morreram num dado
intervalo do tempo.

Pereira, 2004
Conhecimento das características
e classificação do RN
CLASSIFICAÇÃO DO RN

• 1.Idade gestacional
• 2.Peso
• 3.Correlação entre peso e idade gestacional
1. Idade gestacional

-DUM = DIA DA ULTIMA MESTRUAÇÃO


-USG = ULTRASON
CLASSIFICAÇÃO IDADE
GESTACIONAL

• Pré-termo < Inferiorà 37 semanas


• Termo 37 à 41 semanas 6/7
• Pós-termo 42 semanas ou mais
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO PESO
• 2. Peso
• -Baixo peso (BP): Peso ao nascimento inferior a 2500g;
• -Muito baixo peso (MBP): peso ao nascimento inferior a 1500g;
• -Peso extremamente baixo ao nascer (MMBP): peso ao
nascimento inferior a 1000g.
• -Macrossômico: acima de 4000g
3. Correlação entre IG e peso

• -Adequado para a idade gestacional (AIG): Peso entre os


percentis 10 e 90
• -Pequeno para a idade gestacional (PIG):
Peso abaixo do percentil 10
• -Gigante para a idade gestacional (GIG):
Peso acima o percentil 90
BOLETIM DE APGAR
•A Appearance(aparência)
•P Pulse (pulso)
•G Grimace(careta)
•A Activity(atividade)
•R Respiration(respiração)
Boletim de Apgar
SINAIS 0 1 2
FC AUSENTE < 100 bpm >100 bpm
Esforço respiratório Ausente Irregular regular
Tônus muscular Flácidez total Alguma flexão de Boa movimentação
extremidades

Irritabilidade reflexa Ausente Algum movimento Espirro

Cor Cianótica ou palidez Corpo róseo e Corpo róseo


cutânia extremidades ciánóticas

-Sem asfixia: apgar de 8 a 10


-Asfixia leve: apgar 5 a 7
-Asfixia moderada: apgar 3 a 4
-Asfixia grave: apgar 0 a 2
BOLETIM DE SILVERMAN-
ANDERSEN

PONTUAÇÃO:
1-3 dificuldade respiratória LEVE
4-6 dificuldade respiratória MODERADA
>7 dificuldade respiratória GRAVE
Exame físico do RN

• 1 -INSPEÇÃO
• Processodeobservação.
• O enfermeiro/técnico deverá inspecionar as partes do corpo,para
detectar as características normais ou sinais físicos significativos.
• A prática diária faz com que o enfermeiro/técnico realize várias
observações quase simultaneamente,tornando-se perceptivo aos
avisos de anormalidades.
Exame físico
2 -PALPAÇÃO
•Avaliação adicional de partes do corpo através
do tato.
•Avalia resistência elasticidade,aspereza,textura
e mobilidade.
•Mãos aquecidas,unhas aparadas e conduta
gentil.
•Superficial ou profunda. A palpação superficial
sempre precede a palpação profunda.
•Não palpar sem considerar a condição do
bebê.
Exame físico
• 3 -PERCUSSÃO
• Envolve o golpeamento,delicado,do corpo com as pontas dos
dedos.
• Utilizada com ou depois da inspeção.
• Avalia tamanho,bordas,consistência dos órgãos
corporais,localização e presença de líquidos e ar nas cavidades.
Exame físico
• 4 -AUSCULTA
• Consiste na audição dos sons produzidos pelo corpo.
• Ambiente tranquilo.
• Boa acuidade auditiva.
• Estetoscópio de boa qualidade.
• Conhecimento dos sons normais do sistema cardiovascular,respiratório e
gastrintestinal.
• Preferencialmente realizar a ausculta com a pele desnuda para que a roupa
não abafe o som.
• Requer concentração e prática.
Exame físico
• 5 -OLFATO
• Auxilia o enfermeiro a detectar anormalidades.
PREPARAÇÃO PARA O EXAME
FÍSICO

• Retirada de adornos (NR 32)


• Higienização das mãos.
• Materiais higienizados.
• Ambiente térmico adequado.
• Iluminação adequada.
• Baixo ruído na área em que o exame será realizado.
Materiais necessários:
Local:
ORGANIZAÇÃO DO EXAME
FÍSICO
• Avaliações individuais para cada sistema orgânico.
• A extensão do exame depende de sua finalidade e condição do cliente.
• Ex.Pós operatório imediato de postectomia–direcionado para a região da
genitália.
• Exame admissional-completo.
• Pronto atendimento exame direcionado ao problema.
Céfalo podálico.
Avaliação bilateral.
Realizar procedimentos dolorosos próximos ao término do exame.
• Dados antropométricos
• 1 -Peso–medida realizada dentro da primeira hora de vida,
antes que o RN tenha percentual de perda de peso significativo.
• 2500 a 4000g.
• Peso diário no mesmo horário.
• Perda de peso do neonato: 10%.
• 2 -Estatura–medida realizada desde a cabeça até o calcanhar.
• Média: 48 –53 cm
• 3–Perímetrocefálico–colocar a fita métrica sobre aproeminência
occipital e sobre o arco das sobrancelhas.
• 4 –Perímetro torácico–medida realizada na altura dos mamilos.
Observações gerais
• Pele
• Verificar palidez ou cianose.
• Pele-Traumatismos
• Verificarescoriações,lacerações,marcasdefórcipes,equimoses.
Traumatismos
• Pele –Vérnix
OBSERVAÇÕES
• Vérnix = ATENÇÃO SÓ REMOVER SE A MÃE TIVER ALGUMA DOENÇA
COMO O HIV E HEPATITE B.
• O VÉRNIX É UMA PROTEÇÃO NATURAL PARA PELE DO RN.
• Dificuldade respiratória
• Exame cardiovascular
• Exame neurológico
• Abdômen
• Malformações
• Eliminações
INSTALAÇÕES

• BERÇÁRIO
• UTI/Semi NEONATAL
• Quarto
• Quarto conjunto
• Uti pediatrica
• Quarto conjunto com acompanhante
Ocorrências durante o parto
• Sinais vitais

• Temperatura
• FC e FR
• PA
• Dor
Cabeça e pescoço
Avaliar a moldagem da cabeça.
Formatos da cabeça
Fontanelas
• Cabeçaepescoço
• Avaliar fontanelas;
• Devem estar abertas,macias e podem ter pulsação.
Exame físico
• Para um bom resultado de coleta de dados, devemos fazer a
observação de todas as partes do corpo, ao observar alterações
de face,movimento respiratório inadequado ou
muscular,devemos agir com rapidez.
• Lembrando que estamos cuidando do amor da vida de alguém.
2º Aula :ANORMALIAS E
DOENÇAS
Luxação de quadril

• Barlow–adução do quadril (trazendo em direção à linha média)


enquanto se aplica uma pequena pressão sobre o
joelho,direcionando a força posteriormente.Se o quadril é
deslocável-ou seja, se o quadril pode ser deslizado para fora do
acetábulo com esta manobra o teste é considerado positivo.
• Ortolani redução do quadril. Usa da para confirmar o achado
positivo.
• TESTES AO NASCER
Circulação Fetal e Neonatal Cardiopatias
Congênitas
• O Coração
• •Desenvolvimento embrionário do coração18ºdia após a
concepção e completa-se em torno do 40ºdia,Período onde o
embrião pode desenvolver a cardiopatia congênita
• •Órgão muscular,composto por:
• -Músculo atrial
• -Músculo ventricular
• -Fibras musculares especializadas,condutoras e excitatórias
CIRCULAÇÃO FETAL
CIRCULAÇÃO NORMAL

• •Pequena Circulação:
VD AP Pulmões VP AE
• •Grande Circulação:

VE AO Circulação Sistêmica AD
• CARDIOPATIAS CONGÊNITAS

• •Defeitos anatômicos no coração ou na rede circulatória,que


comprometem a estrutura e/ou a função
• •Desenvolvimento embriológico alterado de determinada
estrutura,a partir de estágio inicial do tecido fetal.
INCIDÊNCIA
Fatores pré-natais:
•Infecções virais maternas: rubéola, sífilis
•Desnutrição
•Diabetes materna
•Lupuseritematoso sistêmico materno
•Idade materna acima de 40 anos
•Medicamentos (Talidomida, Lítio, Fenitoína...)
•Uso de drogas ou uso abusivo e crônico de álcool

Fatores genéticos
•Irmão ou genitor com defeito cardíaco congênito
•Aberração cromossômica –ex: Síndrome de Down
DIAGNÓSTICO]

•RX de tórax: revela aumento das câmaras cardíacas ou dos grandes vasos e desvios do eixo
cardíaco.

•Eletrocardiograma: Diagnóstico de arritmias e de distúrbios da condução


Elétrica intracardíaca,para problemas de correntes da má oxigenação
cardíaca,ou que resultam em hipertrofia muscular.

•Ecocardiografia fetal com doppler: permite verificar o desenvolvimento e função do


coração a partir do segundo e terceiro trimestres.

Ecocardiografiacom Doppler no recém nascido: padrão ouro para o diagnóstico

•Estudo hemodinâmico: indicado para anomalias não identificadas no Eco, ou quando não
é possível fazer uma diferenciação nítida entre doença cardíaca e pulmonar
PÓS OPERATÓRIO

AULA :AMAMENTAÇÃO
AMAMENTAÇÃO
• Incentivo ao aleitamento na primeira hora de vida,
acompanhamento de mamada 24 hspela equipe de enfermagem,
incentivo ao alojamento conjunto.

• Grupo de Apoio ao Aleitamento Materno , protocolo assitencial,


treinamento, site maternidade, cursos gratuítosa distância
• HOME CARE.
IBLCE:International Board of Lactation
Consultant Examiners.
• Incentivo a mamada na primeira hora de vida, contato pele a
pele e alojamento conjunto 24 horas.
ALEITAMENTO NA 1ª HORA DE VIDA

OMS: Aleitamento materno na 1ªhora devida é


componente importante na promoção,proteção e
suporte do aleitamento materno
Objetivos
Conscientizar pacientes,familiares e
colaboradores sobre a importância
do aleitamento materno e os
benefícios tanto para a mãe quanto
para o bebê.
• PROLACTINA
Na gravidez induz a proliferação das células produtoras de leite
Na gravidez o estrógeno impede o aumento da prolactina a nível de iniciar a síntese.
Na lactação suprime a ovulação porque inibe o estrógeno
Os níveis devem ser mantidos altos para que os alvéolos produzam leite
Os níveis sobem quando o bebê realiza a pega correta e sucção eficaz
No período noturno a liberação de prolactina é maior

• Como manter níveis altos de prolactina?


Oferecer a mama em livre demanda, ou seja, oferecer o seio cada vez que a mãe ou o
bebê quiserem, sem restrição na duração ou frequência das mamadas.
• OCITOCINA
• Sinais e sintomas de um reflexo de ocitocina ativo
Contrações uterinas ou sede repentina
Vazamento de leite quando pensa ou ouve sons do bebê
Pressão ou sensação de formigamento ou “fisgada” nas mamas antes ou
durante uma mamada
Sucções lentas e profundas seguidas de deglutição, indicam que o leite
está fluindo para a boca do bebê
• EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO LÁCTEA
• Colostro
• Leite de Transição
• Leite Maduro

• Leite maduro -Anterior


Posterior
1º LEITE
• COLOSTRO
• Primeiro leite secretado logo após o parto (1ª 5 dias)
• Rico em proteínas
(imunoglobulinasIgA),vitaminaA,minerais,zinco, eletrólitos e
fatores de crescimento
• Supri as necessidades nutricionais do Rn
• Estimula os Sitema imune
• Contribui para estabelecer a microbiota intestinal
OBRIGADA

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