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POLÍTICAS PÚBLICAS DE ATENÇÃO À

SAÚDE DA MULHER

DISCIPLINA: Cuidado Integral à Saúde da Mulher


PROF. ISABELLE BRAGA
INTRODUÇÃO

• A saúde e a doença fazem parte de um processo resultante da


atuação de fatores sociais, econômicos, culturais e históricos,
o que implica a variação do perfil de morbimortalidade da
população.

• As pessoas mais empobrecidas são as mais expostas ao


adoecimento e à morte.
A MULHER
• Existem mais mulheres vivendo na pobreza do que homens;

• As mulheres trabalham mais horas do que os homens;

• Na metade do seu tempo desempenham atividades não


remuneradas, o que diminui seu acesso aos bens sociais e aos
serviços de saúde.
• É mais vulnerável à doenças, transtornos mentais e agravos;

• A mulher tem remuneração inferior ao homem;

• Sofrem violência sexual e/ou física;

• O corpo da mulher é visto sob óptica da reprodução: obrigações


a maternidade, manutenção da prole e da boa saúde.
• Aumento na proporção de mulheres chefes de família sem
os suportes jurídicos e salariais vigentes para os homens;

• Agudização do processo de subvalorização do trabalho


feminino (desvalorização social de algumas profissões, falta
de condições seguras de trabalho para as mulheres,
remuneração mais baixa que a dos homens pelas mesmas
atividades, etc);

• Agudização do peso da tripla carga de trabalho para


possibilitar as condições de sobrevivência familiar;
• Asconquistas da mulher são cada vez maiores. Se os salários
dos homens ainda permanecem maiores, as diferenças já
diminuíram muito.

• No Brasil, as mulheres já têm mais anos de estudo que os


homens e continuam a tomar espaço nos mais variados ramos
da atividade humana.

• As vantagens que os homens possuíam estão desaparecendo


com a evolução dos processos de produção.

•A pseudo fragilidade feminina também deverá ser


questionada pelos formuladores de políticas públicas, pois as
mulheres também já vivem mais que os homens.
HOMENS, MULHERES E DIREITO À SAÚDE

O direito à saúde é uma das mais importantes


conquistas da sociedade brasileira - fruto das lutas desde os
anos 70.
Antes da criação de uma política específica para a
saúde da mulher, a assistência era centrada principalmente
em garantir condições de saúde que favorecessem a geração
de filhos sadios, adequados a atender as necessidades
sociais.


Assistência Materno-infantil
RESULTADOS DESSA PRÁTICA

• Fragmentação da assistência;

• Baixo impacto dos indicadores de saúde da mulher;

• Mulheres assistidas apenas no ciclo gravídico


puerperal;

• Desigualdades nas condições de vida e nas relações


entre homens e mulheres.
Década de 70:

Começaram a surgir movimentos que reinvidicavam:

Qualidade no atendimento

Maior cobertura das ações

Universalidade, integralidade e
equidade

Reorganização dos serviços de


saúde
• A saúde da mulher é incorporada às políticas nacionais de
saúde nas primeiras décadas do século XX, sendo limitada,
neste período, às demandas relativas à gravidez e ao
parto.

• Os programas materno-infantis, elaborados nas décadas de


30, 50 e 70, traduziam uma visão restrita sobre a mulher,
baseada em sua especificidade biológica e no seu papel
social de mãe e doméstica, responsável pela criação, pela
educação e pelo cuidado com a saúde dos filhos e demais
familiares.
A partir de meados da década de 70, são
implementados o Programa de Saúde Materno-
infantil e o Programa de Prevenção à Gravidez de
Alto Risco;

As políticas voltadas para a saúde reprodutiva


caracterizavam a medicalização sobre o corpo
feminino, principalmente pelo elevado índice de
cesarianas e pela elevação de procedimentos de
esterilização cirúrgica como método contraceptivo
preferencial.
• Em 1971 surge o que formará as Diretrizes Gerais da Política
Nacional de Saúde Materno-infantil:
Atenção à
gravidez- alto
risco
Assistência
durante o parto
e puerpério
Incentivo ao
aleitamento
materno
Estímulo à
ações de
planejamento
familiar

Assistência à
crianças entre
0 a 4 anos
CONSIDERAÇÕES SOBRE A ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA MULHER

• A nível mundial, algumas conferências tornavam-se


importantes para reorganização da assistência à saúde da
mulher, tais como:

- Conferência Mundial sobre a Mulher (México, 1975): tinha


como objetivos prioritários a luta pela igualdade, desenvolvimento
e paz. As mulheres organizaram-se reivindicando uma resposta
governamental às suas demandas de saúde.

- Conferência Mundial de Copenhague (1980): discussões


sobre o acesso à educação, às oportunidades de emprego e os
serviços de cuidados de saúde apropriados semelhantes aos dos
homens;
CONSIDERAÇÕES SOBRE A ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA MULHER

- III Conferência de Nairobi, Quénia (1985): mulheres tem o


direito legítimo de participar no processo de tomada de decisões
e na gestão de todas as questões humanas.

- Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (Adelaide


– 1988): Teve como tema central políticas públicas voltadas para
a saúde. O apoio à saúde da mulher foi considerado como uma
área prioritária, com destaque para a igualdade de direitos na
divisão do trabalho e valorização da mulher trabalhadora.
CONSIDERAÇÕES SOBRE A ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA MULHER

- IV Conferência Mundial sobre as Mulheres ou Conferência


de Beijing (1995), China: lutou pelo acesso às oportunidades
educacionais; Acesso aos serviços e combate às desigualdades na saúde;
Combate à violência contra a mulher e Igualdade entre homens e
mulheres na participação do poder.

- ONU 2000- Conferência do Milênio: discutiu a erradicação da


pobreza e da fome; A universalização do acesso à educação básica; A
promoção da igualdade entre sexos e a autonomia das mulheres; A
redução da mortalidade infantil; A melhoria da saúde materna e o
combate ao HIV/Aids, Malária e outras doenças.
POR QUE PENSAR EM UMA POLÍTICA DE SAÚDE PARA A
MULHER?

• O processo saúde-doença feminino tem relação com a qualidade


de vida;

• A política é baseada na situação epidemiológica específica de cada


região;

• Seguir as diretrizes do SUS.


CONSIDERAÇÕES SOBRE A ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA MULHER

• Um grande marco de amparo à saúde da mulher e da


criança é a Constituição Brasileira de 1988, que fundamenta
e constitui a base dos direitos reprodutivos. Este documento
destaca:
Direito das presidiárias
permanecer com seus
filhos durante a
amamentação
Licença à gestante sem
Garantia de acesso ao prejuízo de emprego e
planejamento familiar salário

Assistência gratuita a
filhos em creches e pré-
escolares até os 6 anos Licença paternidade
CONSIDERAÇÕES SOBRE A ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA MULHER

Década de 80 - o Ministério da Saúde traçou metas e ações


para o atendimento à mulher brasileira em consonância com
a declaração da VIII Conferência Nacional de Saúde.

O Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher


– PAISM
Transformação do sistema de saúde e rompimento com o

modelo no qual a assistência à mulher se dava em função de sua reprodução


biológica, focalizada somente no pré-natal, parto e puerpério, mudando

esse enfoque para uma visão da mulher em toda sua totalidade.


PAISM

• O Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher foi


proposto durante uma CPI que investigava o crescimento
populacional, em Junho de 1983.

• O Ministério da Saúde divulgou oficialmente o PAISM em


1984, através do documento: "Assistência Integral à Saúde
da Mulher: bases de ação programática”.

• O PAISM visava a promoção, proteção e recuperação da


saúde da mulher;
PAISM
• O PAISM incorporou como princípios e diretrizes as propostas de
descentralização, hierarquização, regionalização dos serviços,
integralidade e a eqüidade da atenção.

• Incluía ações educativas, preventivas, de diagnóstico, tratamento e


recuperação que englobavam todo o ciclo de vida da mulher:
ginecologia, pré-natal, parto, puerpério, climatério, planejamento
familiar, DST, câncer de colo do útero e de mama e violência sexual.

• Apesar do progresso e da ampliação da assistência à saúde da mulher


ainda é necessário integrar itens cuja lacuna de atendimento ainda
persiste: infertilidade, reprodução assistida, saúde da mulher na
adolescência, doenças crônicas-degenerativas, saúde ocupacional,
saúde mental, atenção às mulheres rurais, deficientes, negras,
indígenas, presidiárias, homossexuais, etc.
Diretrizes do PAISM

Integralidade da assistência à mulher


desde a adolescência, através de uma
prática educativa, assegurando o
conhecimento necessário para um
maior controle sobre sua saúde.

Promover, proteger e recuperar a


saúde!

Assistência integral clínico-ginecológica e


educativa;
Prevenção do câncer de colo uterino e
detecção do câncer de mama;
Assistência ao ciclo gravídico-puerperal, ao
abortamento, à concepção e anticoncepção;
Assistência às doenças ginecológicas
prevalentes e ao climatério; prevenção e o
tratamento das DST/AIDS;
Assistência à mulher vítima de violência.
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher
(PNAISM)
• 28 de maio de 2004 – O Ministério da Saúde propõe diretrizes para
a humanização e a qualidade do atendimento;

• Toma como base os dados epidemiológicos e as reivindicações de


diversos segmentos sociais para apresentar os princípios e
diretrizes da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da
Mulher para o período de 2004 a 2007.

• Política criada em 2004 com o objetivo de implementar ações


de saúde para a garantia dos direitos humanos das mulheres
e redução da morbimortalidade por causas preveníveis e
evitáveis.
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da
Mulher (PNAISM)
Teve como objetivo a integralidade e a
promoção da saúde como princípios norteadores,
com base nos dados epidemiológicos e as
reivindicações dos vários segmentos da população,
incluindo as mulheres indígenas, presidiárias,
vítimas de violência, negras, homossexuais,
portadoras de deficiência e trabalhadoras rurais.
• Objetivos Específicos e Estratégias da Política
Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher:
1. Ampliar e qualificar a atenção clínico-ginecológica,
inclusive para as portadoras da infecção pelo HIV e outras
DST;
2. Estimular a implantação e implementação da
assistência em planejamento familiar, para homens e
mulheres, adultos e adolescentes, no âmbito da atenção
integral à saúde;
3. Promover a atenção obstétrica e neonatal,
qualificada e humanizada, incluindo a assistência ao
abortamento em condições inseguras para mulheres e
adolescentes;
4. Promover a atenção às mulheres e adolescentes em
situação de violência doméstica e sexual;
5. Reduzir a morbimortalidade por câncer na população
feminina;

6. Promover a atenção à saúde da mulher na terceira


idade, mulher negra e mulher indígena;

7. Promover a atenção à saúde das trabalhadoras do


campo e da cidade;

8. Promover a atenção à saúde das mulheres em


situação de prisão, incluindo a promoção das ações de
prevenção e controle de doenças sexualmente
transmissíveis e da infecção pelo HIV/AIDS nessa
população.
9. Implantar e implementar a atenção à saúde da mulher no
climatério;

10. Implantar um modelo de atenção à saúde mental das


mulheres sob o enfoque de gênero;

11. Fortalecer a participação e o controle social na definição


das políticas de atenção integral à saúde das mulheres.
DIREITO AO PLANEJAMENTO FAMILIAR

Lei 9.263, de 12 de janeiro de 1996

Estabelece o planejamento familiar como direito garantido


pela Constituição Federal e define que só é permitida a
esterilização voluntária em mulheres e homens com
capacidade civil plena e maiores de 25 anos de idade, com
pelo menos dois filhos vivos, após 60 dias entre a
manifestação da vontade e o ato cirúrgico, após
aconselhamento e conhecimento de todos os métodos, risco
de vida à mulher ou futuro concepto.
PROGRAMA DE HUMANIZAÇÃO DO PRÉ-NATAL E
NASCIMENTO (PHPN)

• Portaria/GM n0 569, 01 de junho de 2000.

• Objetivo: assegurar a melhoria do acesso, da cobertura e da


qualidade do acompanhamento pré-natal, da assistência ao
parto e puerpério às gestantes e ao recém-nascido, na
perspectiva dos direitos de cidadania.

• Integra os seguintes componentes: incentivo à assistência pré-


natal; organização, regulação e investimento na assistência
obstétrica e neonatal; nova sistemática de pagamento à
assistência ao parto.
Os princípios fundamentais do PHPN compreendem:

• Direito do acesso ao atendimento de qualidade durante a


gestação, parto e puerpério;

• Direito ao acompanhamento pré-natal;

• Direito de saber e ter assegurado o acesso à maternidade


em que ocorrerá o parto;

• Direito à assistência neonatal humanizada e segura.


Em relação ao adequado acompanhamento pré-natal e
assistência à gestante e à puérpera, o PHPN enfatiza:

Primeira consulta de pré-natal até o 4.° mês de gestação;

Seis consultas de acompanhamento pré-natal; e uma


consulta puerperal;

Acesso aos exames laboratoriais: ABO-Rh, VDRL, Urina,


Glicemia em jejum, Hb/Ht e anti-HIV;

Vacina antitetânica;

Estímulo as atividades educativas ;

Referência assegurada da gestante para uma maternidade.


O Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal

O Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e


Neonatal, de 2004, tinha como objetivo articular os atores
sociais, historicamente mobilizados em torno da melhoria da
qualidade de vida de mulheres e crianças, na luta contra os
elevados índices de mortalidade materna e neonatal ainda
existentes no país.

Esse pacto teve como meta primordial a redução anual de


5% da mortalidade materna e neonatal, buscou fortalecer o
controle social e a participação do usuário, promover,
articular e efetivar pactos no âmbito estadual e municipal, a
intersetorialidade e alocar recursos para consecução dessa
meta.
Conquistas femininas a partir de 2009
Direitos Sexuais e Reprodutivos:
• Liberdade do casal decidir livre e responsavelmente número,
espaçamento e informações sobre a procriação;
• Direito a saúde sexual e reprodutiva, incluindo tomada de decisões sobre
a reprodução, livre de discriminação, coerção ou violência;
• Garantia de liberdade de orientação sexual e dupla proteção das
DST/Aids e da gestação não planejada.

Pré-Natal:
• Acompanhamento da gestação com realização de exames e consultas
para avaliação do binômio.
Conquistas femininas a partir de 2009

Aleitamento materno:
• Exclusivo até os seis meses e continuo até os dois anos ou mais da
criança.

Planejamento familiar:
• Orientação sobre o planejamento seguro da família;

• Esclarecimento de dúvidas sobre os métodos contraceptivos;

• Oferta dos vários métodos anticoncepcionais.


Conquistas femininas a partir de 2009

PARTO: qualificação do hospitalar e redução do domiciliar;


 Pacto Nacional para Enfrentamento da Violência contra as Mulheres:
• Assistência psicológica;
• Prevenção das DSTs/AIDS;
• Anticoncepção de emergência;
• Interrupção de gravidez resultante do estupro.

- Recursos conveniados com Estados e Municípios para:


- Consolidação da Lei Maria da Penha;
- Estruturação da rede de atendimento as mulheres vítimas de violência;
- Combate a exploração sexual e tráfico de mulheres;
- Direitos humanos das mulheres em situação de prisão;
- Promoção dos direitos sexuais e reprodutivos.
Portaria GM Nº 1.459 de 24 de junho de 2011
A Rede Cegonha:
2011
• Estratégia operacionalizada pelo SUS/MS;

• Fundamentação nos princípios da humanização;

• Ampliação do acesso, acolhimento e melhoria da qualidade


do pré-natal;

• Transporte para o pré-natal e parto;

• Vinculação da gestante à unidade de referência para o parto


“Gestante não peregrina!” e “Vaga sempre para gestantes e
bebês!”.
• *.
Principais objetivos :

• Fomentar a implementação de um novo modelo de atenção


à saúde da mulher e à saúde da criança com foco na atenção
ao parto, ao nascimento, ao crescimento e ao
desenvolvimento da criança de 0 a 2 anos;

• Organizar a Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil


para que esta garanta acesso, acolhimento e resolutividade;

• Reduzir a mortalidade materna e infantil com ênfase no


componente neonatal;
A Rede Cegonha prevê:

Parto e nascimento seguros, através de boas práticas de


atenção;

Acompanhante no pré parto, parto e puerpério de livre


escolha da gestante;

Qualidade e resolutividade na atenção à criança de 0 a 24


meses;

 Acesso ao planejamento reprodutivo.


Princípios da Rede Cegonha

o respeito à
a defesa
diversidade o enfoque
dos
cultural, étnica e de gênero
direitos
racial e às
humanos
diferenças
regionais

a garantia dos
a promoção a
direitos sexuais e
da dos direitos
participação
equidade reprodutivos de ea
mulheres, mobilização
homens, jovens e social
adolescentes
Componentes da Rede Cegonha
São quatro os componentes da Rede Cegonha:

I - Pré-natal;
II - Parto e nascimento;
III - Puerpério e atenção integral à saúde da criança; e
IV - Sistema logístico (transporte sanitário e regulação).
REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da


Mulher: plano de ação 2004 - 2007. 1 ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


Ações Programáticas Estratégicas. 2004: Ano da Mulher. Brasília: Ministério
da Saúde, 2004.

FERNANDES, R.A.Q; NARCHI, N.Z. Enfermagem e Saúde da Mulher. 1ª


ed. São Paulo: Manole, 2007.

OSIS, Maria José Martins Duarte. PAISM: um marco na abordagem da


saúde reprodutiva no Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 14
(supl. 1), p. 25-32, 1998.
“Há um tempo em que é preciso
abandonar as roupas usadas ...
Que já têm a forma do nosso
corpo ...
E esquecer os nossos
caminhos que nos levam
sempre aos
mesmos lugares ...

É o tempo da travessia ...


E se não ousarmos fazê-la ...
Teremos ficado ... para sempre
...
À margem de nós mesmos...”
Fernando Pessoa
Muito a olhar,
Perceber,
discutir...
Obrigada!

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