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Aspectos Históricos e

Políticas Públicas em Saúde


da Criança
Prof. Junior Simões
Aspectos Históricos da Criança
Apesar da íntima relação entre a mulher e a
criança nos âmbitos psico-emocionais, sociais e
culturais, as políticas públicas de atenção à mulher e
à criança ocorreram em momentos distintos.
Aspectos Históricos da Criança
Para a saúde da criança as mudanças relacionadas
aos seus cuidados ocorreram muito lentamente,
mesmo após os avanços significativos do PAISM.
As leis e programas específicos que iniciaram as
propostas de assegurar o adequado desenvolvimento
físico e emocional surgiram no final do século XX e
início do século XXI.
Políticas Públicas voltadas para a
criança
 1983 - Divisão Nacional Materno Infantil (DINSAMI)
elaborou o Programa de Assistência Integral da Mulher e da
Criança (PAISMC).
 O seu objetivo era de reduzir a morbimortalidade da
mulher e da criança, incrementando a cobertura e a
capacidade resolutiva da rede pública de serviços de saúde
do país.
 Em 1984, o PAISC foi implantado
Políticas Públicas voltadas para a
criança
 Posteriormente houve a separação do programa da mulher
passando, então, a serem denominados:

Programa de Atenção à Saúde da Mulher (PAISM)

Programa de Assistência Integral à Saúde da Criança (PAISC).


Políticas Públicas voltadas para a
criança
A infância é uma das fases da vida onde ocorrem as
maiores modificações físicas e psicológicas. Essas mudanças
caracterizam o crescimento e desenvolvimento (CD) infantil,
e precisam ser acompanhadas de perto. O acompanhamento
do CD indica as condições de saúde e vida da criança, visando
a promoção e manutenção da saúde, bem como intervindo
sobre fatores capazes de comprometê-la.
(SIGAUD, VERÍSSIMO, 1996)
Programa de Atenção Integral à Saúde da
Criança (PAISC)- 1984
Conjunto ações básicas que
visam assegurar a integralidade
da assistência prestada a criança
no seu processo de crescimento
e desenvolvimento.
(BRASIL, 1996)

 Atual: Núcleo de Assistência Integral à Saúde da Criança (NAISC)


Programa de Atenção Integral à Saúde da
Criança (PAISC)- 1984
 Representou um conjunto de ações com objetivo de atuar
sobre as primeiras causas de morbimortalidade infantil.

 São objetivos Gerais deste programa:


 Criar condições para um atendimento integrado à saúde da
criança de zero a cinco anos com a prioridade para os grupos de
risco, através de aumento de cobertura e melhoria da qualidade
do atendimento, visando a diminuição da morbimortalidade
infantil.
Programa de Atenção Integral à Saúde da
Criança (PAISC)- 1984
 Dentre as ações prioritárias, destacam-se:

 Controle do crescimento e desenvolvimento (através do cartão


da criança);
 Incentivo aos aleitamento materno e orientações para o
desmame;
 Acompanhamento do calendário vacinal;
 Controle das infecções respiratórias e das doenças diarreicas
(TRO).
 PNTN
Controle do CD
 O Ministério da Saúde desenvolveu o Programa de Assistência
Integral à Saúde da Criança (PAISC), estabelecendo um
calendário mínimo de consultas para o atendimento de
crianças de 0 a 5 anos: na 1ª semana, no 1º mês, 2º mês, 4º
mês, 6º mês, 9º mês e 12º mês), além de duas consultas no
2º ano de vida (no 18º e no 24º mês) e, a partir do 2º ano de
vida, consultas anuais, próximas ao mês do aniversário.
(BRASIL, 2012)
Calendário Mínimo de Consultas
Primeiro 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano 6º ano
ano

1 semana 18 meses 3 anos 4 anos 5 anos 6 anos


1 mês 2 anos
2 meses
4 meses
6 meses
9 meses
1 ano
Programa de Atenção Integral à Saúde da
Criança (PAISC)- 1984
A periodicidade pode ser alterada em casos de
crianças com até 6meses cujo peso ao nascer tenha
sido inferior a 2500g ou que já tenha sido desmamada,
com déficit de crescimento ou problema de
desenvolvimento. O acompanhamento de CD deve
ocorrer sempre que a criança for ao serviço de saúde,
seja para puericultura, imunização ou consulta de
morbidade (SIGAUD, VERÍSSIMO, 1996).
Controle do CD
PUERICULTURA
Durante a consulta:

 Avaliação do CD, utilizando-se gráficos de


crescimento.
Mensurações;
Imunizações;
Prevenção acidentes;
Aleitamento Materno
 Orientações da Organização Mundial de
Saúde (OMS);
 Rede Amamenta Brasil;
 IHAC;
 Instituição do AC;
Iniciativa de Hospitais Amigo da
Criança
1992 - Visa reduzir os índices de morbimortalidade
infantil.
 Enfoque nos 10 passos para o sucesso do aleitamento
materno.
 OBS: Nesse mesmo ano foi divulgado o Manual de
Assistência do Recém-nascido, direcionando ações
práticas e efetivas para o atendimento integral ao RN.
Programa Nacional de Humanização do
Pré-natal e Nascimento - 2000
Apresentou como foco primordial a redução das
altas taxas de morbimortalidade materna e infantil,
além da redução de práticas intervencionistas e
desnecessárias, a fim de minimizar o estresse do
parto e nascimento, para a mulher e para o RN.
Atenção Humanizada ao Recem Nascido
de Baixo Peso
Portaria 693 de 05/07/2000

 Popularmente conhecido:

MÉTODO CANGURU
Estatuto da Criança e do Adolescente
 O ECA foi instituído pela Lei 8.069 no dia 13 de julho de 1990.
 Regulamenta os direitos das crianças e dos adolescentes
inspirada pelas diretrizes fornecidas pelaConstituição Federal de
1988;
 Foram definidos através de ações que promovessem melhoria
a assistência;
 Incentivo ao aleitamento materno;
 Instituição ao Alojamento Conjunto;
PNTN
 Teste do Pezinho

 PKU
 HC
 DF e Homoglobinopatias
 FC
 HAC
 DB
Estratégia AIDPI - 1992
A OMS e UNICEF elaboraram uma proposta de
Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na
Infância.

Tornar as ações do PAISC mais eficazes,


contemplando aspectos preventivos e curativos na
atenção à criança.
Agenda de Compromissos para Saúde Integral
da Criança e Redução da mortalidade infantil

Agenda de Compromissos para a Saúde Integral da


Criança e Redução da Mortalidade Infantil: prioriza
o cuidado integral e multiprofissional, com um olhar
para as necessidades sanitárias e sociais das
crianças e suas famílias, com enfoque na promoção
da saúde.
Agenda de Compromissos para Saúde Integral
da Criança e Redução da mortalidade infantil
 2005 – A agenda da criança busca uma visão integral da criança,
promovendo ações nas chamadas linhas de cuidado que visam a atenção
humanizada e qualificada do(a) Enfermeiro(a) em programas de:
 Atenção à saúde da mulher;
 Atenção à Gestante e ao Recém-Nascido;
 Incentivo ao aleitamento materno;
 Triagem neonatal (teste do pezinho);
 Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento;
 Alimentação saudável e prevenção de sobrepeso e obesidade;
 Atenção às doenças prevalentes;
Agenda de Compromissos para Saúde Integral
da Criança e Redução da mortalidade infantil
Combate à desnutrição e anemias carenciais;
Imunização;
Atenção à saúde bucal;
Atenção à saúde mental;
Atenção à criança portadora de deficiência ;
Prevenção de acidentes, maus-tratos, violência e
trabalho infantil e
Atenção à saúde do Adolescente e Jovens.
Mortalidade Infantil
O termo mortalidade infantil é a terminologia utilizada
para designar todos os óbitos de crianças menores de um
ano, observada durante um ano tendo como referência o
número de nascidos vivos do mesmo período;
Seu instrumento de medida, utilizado como indicador de
saúde, é o coeficiente de mortalidade infantil.
Indicadores de Saúde Infantil
Mortalidade infantil:
Neonatal (<28 dias de vida);
Pós-natal (28 dias até 11 meses);
Na infância (> 1 ano até adolesceência).
Indicadores de Saúde Infantil
Mortalidade Infantil Neonatal
Principais causas:

Anomalias congênitas;
BPN (<2.500g);
Síndrome morte súbita;
Indicadores de Saúde Infantil
Síndrome Angústia Respiratória;
Acidentes não intencionais;
Sepse;
Doenças do sistema circulatório;
Hipóxia intra-uterina e asfixia ao nascer;
Indicadores de Saúde Infantil
Mortalidade Infantil Lactentes (0 a 28 dias) e
Pré-escolar (29 a 2 anos)
Principais causas:
 Acidentes;
 Anomalias congênitas;
 Câncer;
 Homicídio;
 Doença cardíaca;
Indicadores de Saúde Infantil
Mortalidade Infantil Escolar (6 a 10 anos)
Principais causas:

 Acidentes;
 Câncer;
 Anomalias congênitas;
 Homicídio;
 Doença cardíaca;
Indicadores de Saúde Infantil
Mortalidade Infantil Adolescentes (11 a 19
anos)
Principais causas:
 Acidentes;
 Homicídio;
 Suicídio;
 Câncer;
 Doença cardíaca;
Indicadores de Saúde Infantil
Morbidade na Infância: Conjunto de sintomas
graves capazes de restrigir a atividade ou
necessitar de cuidado médico.

 Doenças respiratórias (incluindo resfriado) – 50%


 Infecções e doenças parasíticas – 11% à 20%;
 Ferimentos – 15% à 30%;
PNAISC
Em 05 de agosto de 2015, as crianças
brasileiras e tiveram mais uma conquista para
comemorar. Foi publicada a portaria 1130 que
institui a Política Nacional de Atenção Integral
à Saúde da Criança
Objetivo
Alinhar programas e recursos do Ministério da
Saúde para consolidar e ampliar conquistas como a
redução da mortalidade infantil e materna e a
queda da desnutrição.
Eixos Estratégicos
 Atenção humanizada e qualificada à gestação, parto,
nascimento e recém-nascido;
 Aleitamento materno e alimentação complementar saudável;
 Promoção e acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento integral;
 Atenção a crianças com agravos prevalentes na infância e com
doenças crônicas;
 Atenção à criança em situação de violências, prevenção de
acidentes e promoção da cultura de paz;
 Atenção à saúde de crianças com deficiência ou em situações
específicas e de vulnerabilidade;
 Vigilância e prevenção do óbito infantil, fetal e materno.
DINÂMICA EM GRUPO

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