Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Tema: TUBERCULOSE
LUANDA 2023
Perfil dos pacientes com tuberculose pulmonar atendidos no dispensário de Luanda
durante o segundo trimestre de 2022.
INTEGRANTES DO GRUPO Nº 09
• Joaquim Mbandi
• Maria Capangala
• Teresa Henriqueta
O Orientador
_________________________________________
Marcelino Uliengue
Perfil dos pacientes com tuberculose pulmonar atendidos no dispensário de Luanda
durante o segundo trimestre de 2022.
Banca Examinadora
DEDICATÓRIA
Dedicamos este trabalho aos nossos familiares, que tanto apostaram no nosso processo de
ensino e aprendizagem, e muito contribuiu em sinal do nosso amor. E também aos de mais
membros do grupo que de forma direta ou indireta estiveram de forma especial para elaboração
do deste trabalho ao digníssimo professor e tutor que demostrou incansavelmente para a
realização deste trabalho.
AGRADECIMENTO
Primeiramente agradecer a Deus pelo seu amor incondicional, por ter-nos dado força para
continuar nos momentos mais difíceis.
Agradecer aos nossos pais, que sempre nos incentivaram nos nossos estudos e torcerem que
cresçamos como profissional e como pessoa do bem. A todos os professores, sem os quais, nós
não poderíamos chegar até aqui.
Aos nossos colegas de turma, pela parceria e cumplicidade e por terem tornado o ambiente
académico agradável. Em especial, agradecer e demonstrar a nossa admiração ao nosso segundo
pai, professor.
EPIGRAFE
A inveja é a tuberculose que atinge os pulmões daqueles que fazem sucesso, o invejoso destila
bacilos que contagiam o bem sucedido apenas com palavras o principal antibiótico contra o
invejoso, se chama simplesmente VITÓRIA!
“Vinicius Lopes”
RESUMO
No presente trabalho, que teve como objectivo geral de descrever o perfil dos pacientes
com tuberculose pulmonar atendidos no dispensário de Luanda durante o segundo trimestre de
2022. Fez-se o estudo observacional descritivo retroletivo, com uma abordagem quantitativa.
No universo da população de pacientes com tuberculose pulmonar atendidos no dispensário de
Luanda durante o segundo trimestre de 2022, extraiu-se uma amostra aleatoria simples de 50
doentes. Sendo o instrumento de recolha de dados uma ficha de inquérito elaborada pelos
autores da pesquisa: Dos resultados da pesquisa e depois de um longo tempo de trabalho árduo,
o grupo chegou às seguintes conclusões: 32% tinham idade entre 35 e 40 anos, 24% eram
solteiros e 32% eram desempregados, 70% eram do gênero masculino, 76% tinham o ensino
secundário, 52% fizeram o tratamento durante apenas dois meses, 64% eram reincidentes em
relação a tuberculose e 70% viviam com mais de onze pessoas em casa, 7% eram fumadores e
70 % consumiam álcool. Hábitos como estes são prejudiciais à saúde, 30% acreditam que
contrairam a doença atravez de uma tosse mal tratada. Através dos dados aqui apresentados foi
possível perceber que as questões ligadas aos casos de tuberculose, na unidade de referencia
têm relações com o ambiente sócio ambiental em que o paciente encontra-se inserido. Assim
sendo, as condições sócio-econômicas e culturais dos pacientes aqui pesquisados levam-nos a
refletir sobre como o abanodono é mais que um problema de saúde pública. Dessa forma, torna-
se necessário pensar sobre isso e buscar possíveis soluções para diminuir os números de
abandono e elevar a taxa de adesão ao tratamento e, consequentemente, o índice de alta por
cura.
Tabela 4
Distribuição dos pacientes tuberculose pulmonar atendidos no dispensario de Luanda
durante o segundo trimestre de 2022, segundo a ocupação. Luanda, 2023.
Tabela 7
Tabela 8
Distribuição dos pacientes tuberculose pulmonar atendidos no dispensario de
Luanda durante o segundo trimestre de 2022, segundo o tempo de tratamento.
Luanda, 2023.
TB - Tuberculose
OMS – Organização Mundial de Saude
BK – Bacilo de Koch
US$ - Dolares Norte Americanos
SIDA - Sindrome da imunodeficiencia Adquerida
VIH – Virus da imunodeficiencia Humana
IFN - Interferon
BCG - Bacilo de Calmette-Guérin
DNA – Difosfato de Adenosina
PCR – Proteina de Chan Reation
BAAR - Bacilos Álcool-Ácido Resistentes
TOD - Toma Observada Directamente.
Sumário
DEDICATÓRIA ......................................................................................................................... 4
AGRADECIMENTO ................................................................................................................. 4
EPIGRAFE ................................................................................................................................. 5
RESUMO................................................................................................................................... 6
LISTA DE TABELAS ............................................................................................................... 7
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ................................................................................ 8
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 10
1.1 Formulação do Problema ................................................................................................ 10
1.2 Justificativa do estudo ..................................................................................................... 11
1.3- OBJECTIVOS ............................................................................................................... 12
2.1 objectivo geral: ............................................................................................................... 12
2.2 Objectivos específicos: ................................................................................................... 12
II- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................... 13
3.1 A tuberculose .................................................................................................................. 13
3.2 Tuberculose e o Sistema Imune ...................................................................................... 14
3.3 Morfologia ...................................................................................................................... 15
3.4 Agente etiológico e transmissão ..................................................................................... 16
3.5 Manifestações clínicas .................................................................................................... 17
3.6 Diagnóstico ..................................................................................................................... 18
3.7 Tratamento ...................................................................................................................... 19
3.7.1 Tratamento farmacológico ........................................................................................... 19
3.7.2 Tratamento nutricional ............................................................................................. 20
3.8 Abandono de tratamento ................................................................................................. 21
4- METODOLOGIA .............................................................................................................. 23
4.1. Tipo de Pesquisa ............................................................................................................ 23
4.2. Unidade de Analise ou Estudo ....................................................................................... 23
4.3. População e Amostra ..................................................................................................... 23
4.5. Critérios ......................................................................................................................... 23
4.5.1.Criterios de Inclusão .................................................................................................... 23
4.5.2.Criterios de Exclusão ................................................................................................... 23
3.5.3.Criterios de Ética ...................................................................................................... 23
4.6 Procedimentos de recolha de dados ................................................................................ 23
4.7 Processamento e tratamento dos dados ........................................................................... 24
4.8 Variáveis ......................................................................................................................... 24
6. CONCLUSÕES................................................................................................................... 29
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 30
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ............................................................................. 31
INTRODUÇÃO
A tuberculose (TB), antiga enfermidade descrita como tísica, foi conhecida, no século
XX, como peste branca, ao dizimar centenas de milhares de pessoas em todo o mundo.
Mortalidade relacionadas à tuberculose.
A Tuberculose (TB) é uma das doenças mais antigas, que afeta a espécie humana desde
os tempos ancestrais e que tem acompanhado a evolução da Humanidade. O desenvolvimento
de quimioterapia efectiva, no início do século XX, era uma grande promessa para a erradicação
da tuberculose, mas entre o final da década de 1980 e o início dos anos 90.
10
1.2 Justificativa do estudo
Assim sendo, o tema é de estrema importância, pois centra-se no facto de que, o paciente
com tuberculose que abandonou a medicação continua doente e permanece como fonte de
contaminação. Além disso, contribuirá para a adequação dos planos estratégicos, médicos e de
enfermagem.
11
1.3- OBJECTIVOS
Nenhum pesquisador poderá ter êxitos no seu trabalho, se não traçar as metas a atingir.
Elas constituem um importante suporte da pesquisa.
Assim sendo, para o estudo que pretendemos realizar, formulamos os seguintes objectivos:
• Idade,
• Gênero,
• Ocupação,
• Renda mensal,
• Saber se estes pacientes tiveram tuberculose apenas uma vez, e se têm outras
cormobilidade.
12
II- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 A tuberculose
Tuberculose é uma doença infecto-contagioso geralmente causa pela bactéria Bacilo de
Koch, em homenagem a Robert Koch, descobridor do bacilo em 1882 (BITA,2010). A
tuberculose afeta comummente os pulmões, embora possa também afetar outras partes do
corpo. A maioria das infecções não manifesta sintomas, sendo nesses casos
denominada tuberculose latente. Cerca de 10% das infecções latentes evoluem para tuberculose
ativa. Se não for tratada, a tuberculose ativa causa a morte a metade das pessoas infectadas
(BITA, 2010).
Ainda nos dias de hoje, a tuberculose constitui um sério e grave problema de saúde,
sendo a segunda principal causa de morte por doenças infecciosas no mundo. Em 2010, a
incidência de tuberculose mundial foi de 8,8 milhões de casos estimados. Em Angola, no
mesmo período, foram notificados 71mil casos (BITA, 2010)
Uma das maiores dificuldades para o controle da doença apontada pela OMS é a
resistência das cepas bacterianas causadoras da tuberculose às drogas antituberculose. O estudo,
realizado em Angola, no ano de 2012, revelou que o abandono da medicação da tuberculose
tem relação com o ambiente social no qual o paciente se encontra inserido. Além disso, os
autores apontam os fatores socioeconómicos e culturais, o uso dos medicamentos e seus efeitos
colaterais, como fatores que contribuem para o abandono (CRUZ, 2001).
13
Apesar de a situação ser particularmente dramática no Sudeste Asiático e na África
Subsaariana, existem muitas regiões da Europa em que muitos países estão próximos da sua
extinção, com reaparecimento desta epidemia (OMS, 2011).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 1/3 da população mundial está
infectada com tuberculose, que anualmente existem cerca de 9 milhões de casos novos e mais
de 1,5 milhões de pessoas acabam por morrer (apesar de se tratar de uma doença que é possível
curar ao fim de 6 meses de tratamento pelo valor de 20 euros) e que o número de novos casos
vai continuar a aumentar.
Segundo CARVALHO (2014), afirma que desta forma, a tuberculose pode ser
prevenida e curada, se for encarada como uma ameaça grave para os indivíduos e como um
problema de saúde pública, através da prevenção atempada, diagnóstico e tratamento.
Apesar da maioria dos casos (90%) afetarem os pulmões (tuberculose pulmonar), uma
vez que este é o primeiro órgão a ser atingido e reúne as condições ideais para o crescimento
bacteriano, está também ocorre, especialmente nas pessoas infectadas com o VIH, em locais
extrapulmonares (BUDA 2010).
14
Quando os mecanismos de defesa são capazes de impedir o adoecimento, a Bacilo de
Koch funciona como amplificadora da resposta imune nas infecções posteriores (imunidade
adquirida), uma vez que os macrófagos pulmonares que foram ativados na infecção primária,
apresentam os antígenos Bacilo de Koch aos linfócitos de forma a que, numa infecção posterior,
a resposta imune celular seja mais rápida e efetiva (CARVALHO, 2014).
A imunidade humoral, por sua vez, não tem um papel tão relevante na defesa do
organismo contra a tuberculose, uma vez que a transformação dos linfócitos B em plasmócitos
leva à secreção de anticorpos Bacilo de Koch, incapazes de penetrar nos macrófagos e de
destruir o bacilo (CRISTO, 2000).
3.3 Morfologia
Em situações em que as defesas imunes são vencidas logo após a primeira infecção
tuberculosa e o indivíduo adoece, a sua forma clínica é designada de tuberculose de primo-
infecção ou primária e pode acontecer em qualquer órgão ou sistema (CANDIDA, 2000).
Duas das formas mais graves de tuberculose primária é a tuberculose miliar - devido à
disseminação hematogénea e a apresentar lesões granulomatosas muito pequenas e difusas, que
atingem muitos órgãos para além dos pulmões - e ameningoencefalite tuberculosa - que
interfere com o Sistema Nervoso Central (CLAIRE,2010).
Quando as defesas imunes são efetivas e conseguem deter a infecção inicial, a doença
pode-se desenvolver posteriormente (tuberculose secundária), a partir de um foco latente, e é
designada de reinfecção endógena. Por outro lado, se a Tuberculose secundária for consequente
de uma nova infecção, em que o sistema imune do hospedeiro não foi capaz de conter a sua
progressão, será chamada de tuberculose de reinfecção exógena (BUMBA, 2011).
15
Tal como já foi anteriormente referido, as formas de reinfecção comprometem mais
frequentemente os pulmões, as lesões são circunscritas, têm evolução mais demorada e a reação
inflamatória do tipo hipersensibilidade (imunidade adquirida) é caracterizada pela formação de
cavidades e fibrose. As lesões são mais comuns nos ápices pulmonares, devido à maior
concentração de oxigénio, necessário ao desenvolvimento do bacilo. A cavidade pulmonar é
resultado da liquefação e drenagem do conteúdo caseoso de uma lesão granulomatosa
(CRISTO, 2000).
O Bacilo de Koch é um parasita intracelular facultativo, aeróbio estrito, tem uma parede
celular rica em lípidos e é transmitido quase exclusivamente pela inalação de aerossóis de
indivíduas com doença pulmonar (CRUZ, 2001).
16
A resistência à infecção é influenciada por uma infecção prévia pelo Bacilo de Koch,
pela vacinação com o bacilo de Calmette-Guérin (BCG), pela presença de doenças debilitantes
e pela constituição genética (CLAIRE, 2010).
Deste modo, o risco de transmissão é maior nos casos em que as culturas com
expectoração são positivas para o Bacilo de Koch e é diretamente proporcional à densidade
bacilar nas secreções respiratórias. Contudo, a proximidade e a persistência dos contactos
(exposição) são fatores determinantes do risco de transmissão da infecção. Sendo assim, os
membros da família e outros contactos domiciliários têm maior risco (entre 25 a 50%), do que
os que contactam com os doentes casualmente (BUMBA, 2011).
Entre os contactos, os que são mais novos (menos de 4 anos de idade) e os que têm
imunodeficiência relativa ou crónica, ou seja, os indivíduos que têm as suas defesas diminuídas
(exemplo VIH positivos), têm um maior risco de adquirir infecção (BUDA, 2010).
17
sudorese noturna, perda de peso e apetite, dor torácica, fadiga e fraqueza muscular (CASTRO,
2001).
Por sua vez, a tuberculose miliar manifesta-se através de sintomas relacionados com os
órgãos condicionadores, geralmente vários, ou na forma de febre de origem desconhecida. Nos
casos crónicos podem existir poucos sinais clínicos específicos e a caquexia pode ser
proeminente (CASTRO, 2001).
3.6 Diagnóstico
Por sua vez, os pacientes com doença da tuberculose dizem respeito aos casos em que
os esfregaços têm bacilos de Koch ou em que há culturas positivas para o Bacilo de Koch ou
evidência radiográfica em conjunto com um quadro clínico de tuberculose (CARVALHO,
2014).
Deste modo, o diagnóstico da tuberculose é feito, geralmente, com base nos achados
clínicos e radiográficos (Radiografia ao tórax) e confirmado pelo exame da expectoração
(Baciloscopia) ou por esfregaços de tecidos para pesquisa de bacilos álcool-ácido resistentes
BUDA(2010),
Buda (2010), estes métodos continuam a ser os métodos padrão de diagnóstico, apesar
de já existirem outros, nomeadamente as sondas de DNA, análises de PCR e meios líquidos que
vieram tornar o diagnóstico mais rápido e mais sensível, o que nem sempre é acompanhado por
um aumento da especificidade.
3.7 Tratamento
Este pode ser feito através da combinação de dois elementos; tratamento farmacológico
e tratamento nutricional.
19
3.7.2 Tratamento nutricional
Assim, a dieta de um paciente com tuberculose deve ser saudável, variada e os alimentos
devem ser distribuídos por várias refeições pequenas, ao longo do dia, tal como o aconselhado
para um indivíduo saudável (CRUZ, 2001).
O álcool não deve ser usado como fonte de calorias e deve-se garantir a ingestão de
muitos fluídos, para evitar a desidratação. Outro factor importante é o manuseamento seguro
dos alimentos e a higiene pessoal (CANDIDA, 2000).
20
• Favorecer a cura das cavidades necrosadas durante a infecção;
• Estimular o apetite;
Segundo CASTRO (2001), uma das principais preocupações com respeito à tuberculose
é o aumento das taxas de abandono de tratamento.
No mundo, a taxa de abandono é alta, situa-se em 17%, porém, em muitas regiões, atinge
níveis mais elevados: por exemplo, em África a taxa é cerca de 20%. Isso leva ao não
rompimento da cadeia de transmissão, pois as pessoas com Tuberculose (TB) que não aderem
à terapêutica continuam doentes e permanecem como fonte de contágio (BITA, 2010).
A associação medicamentosa adequada, doses corretas e uso por tempo suficiente, com
supervisão da tomada dos medicamentos, são os meios para evitar a persistência bacteriana e o
desenvolvimento de resistência às drogas, assegurando, assim, a cura do paciente (CRISTO,
2000).
22
4- METODOLOGIA
4.1. Tipo de Pesquisa
4.5. Critérios
4.5.1.Criterios de Inclusão
4.5.2.Criterios de Exclusão
3.5.3.Criterios de Ética
23
4.7 Processamento e tratamento dos dados
4.8 Variáveis
• Idade
• Género
• Nível académico
• Ocupação
• Ordenado
• Estado civil
Idade Fr %
20 25 12 24
25 30 7 14
30 35 8 16
35 40 16 32
40 45 7 14
Total 50 100
Fonte: Processos clínicos dos pacientes.
24
entre 20 a 25 anos, 8 pacientes correspondendo a 16% tinham idade compreendidas entre 30 a
35 anos e 7 pacientes correspondendo a 14% tinham idade entre 40 a 45 anos.
Cabe salientar que, nos países em desenvolvimento, 80% dos infectados encontram-se
entre 15 e 59 anos; estão, portanto, na faixa de maior produtividade social. A tuberculose afeta
principalmente a população economicamente ativa, sobretudo os homens em idade produtiva,
acarretando retardo do crescimento econômico, com prejuízo no desenvolvimento da
sociedade, gerando mais pobreza e exclusão social (CLAIRE, 2010).
Estado Civil N %
Casados 38 76
Solteiros 12 24
Total 50 100
Fonte: Processos clínicos dos pacientes.
Reincidência
Total
Gênero Não Sim
N % N % N %
Feminino 35 70 18 36 23 46
Mascolino 15 30 32 64 27 54
25
Interpretação: Constata-se na tabela 3 que 25 pacientes correspondendo a 70% eram do
genero feminino enquanto que 15 pacientes correspondendo a 46% eram do genero masculino
ainda na mesma tabela podemos constatar que 32 pacientes correspondendo a 86% eram
reincidentes em relação a tuberculose, enquanto que pacientes correspondendo a 36% nunca
tiveram tuberculose.
Ocupação Fr %
Conta própria 11 22
Desempregado 16 32
Militar / Policia 7 14
Motorista 8 16
Professora 5 10
Vendedora 4 8
Total 50 100
Fonte: Processos clínicos dos pacientes.
Agregado familiar N %
Menos de 5 pessoas 3 6
De 5 á 8 pessoas 5 10
De 8 á 11 pessoas 2 4
Mais de 11 pessoas 40 80
Total 50 100
Fonte: Processos clínicos dos pacientes.
26
Interpretação: Constata-se na tabela 5 que 40 pacientes correspondendo a 80% viviam
com mais de onze pessoas em casa, 5 pacientes correspondendo a 10% vivem em casa com 5 a
8 pessoas, 3 pacientes correspondendo a 6% vivem em casa com menos de 5 pessoas e 2
pacientes correspondendo a 4% vivem em casa com 8 a 11 pessoas.
Menos de um 21 42
Dois 26 52
Três 3 6
Total 50 100
Fonte: Processos clínicos dos pacientes.
27
Como acha que adquiriu a doença N %
Não sabe 5 10
Alguém me contaminou 9 18
Foi em contato com alguns resíduos 6 12
Devido à debilitação da saúde 11 22
Foi da tosse mal tratada 15 30
Porque bebia muito 4 8
Total 50 100
Fonte: Processos clínicos dos pacientes.
28
6. CONCLUSÕES
• Que 32% dos pacientes tinham idade entre 35 e 40 anos, 24% eram solteiros e 32% dos
pacientes eram desempregados. o que evidencia uma condição de vida difícil e um
possível fator limitante à adesão ao tratamento;
Que 70% eram do gênero masculino, 76% tinham o ensino secundário. A baixa
escolaridade, dificulta a autopromoção de saúde do paciente;
Que 52% dos pacientes fizeram o tratamento durante apenas dois meses, 64% eram
reincidentes em relação a tuberculose e 80% viviam com mais de onze pessoas em casa.
Representando um agravo para sua saúde e um risco para os que consigo coabitavam;
• Que 74% dos pacientes eram fumadores e 70 % consumiam álcool. Hábitos como estes
são prejudicais à saúde, além do mais, estes colaboram para agravar o quadro clínico da
doença;
• Que 30% dos pacientes acreditam que contraíram a doença através de uma tosse mal
tratada, mostrando claramente que estes pacientes não sabem como se transmite a
doença que têm, provável razão do elevado número de abandono ao tratamento,
29
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através dos dados aqui apresentados foi possível perceber que as questões ligadas ao
abandono do tratamento da tuberculose, na unidade de referência têm relações com o ambiente
sócio ambiental em que o paciente encontra-se inserido. Assim sendo, as condições
socioeconômicas e culturais dos pacientes aqui pesquisados levam-nos a refletir sobre como o
abandono é mais que um problema de saúde pública.
Dessa forma, torna-se necessário pensar sobre isso e buscar possíveis soluções para
diminuir os números de abandono e elevar a taxa de adesão ao tratamento e, consequentemente,
o índice de alta por cura.
30
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
BITA, L.P.L. Retornos frequentes como nova estratégia para adesão ao tratamento de
tuberculose. Revista de saúde pública. São Paulo, 2010.
31