Você está na página 1de 48

UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM

ALTERAÇÕES NOS ASPECTOS PSICOLOGICOS


DESENCADEADOS NOS PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM
DURANTE A PANDEMIA DO COVID-19

FELIPE PAULO DA SILVA GAMA – UP19217411


KELLEN GEIZIANE ALVES ARAÚJO – UP19200793
KELLY LETÍCIA ALVES DE SOUZA – UP19216224
MATHEUS DE SOUZA JANUARIO – UP19223867
RUAN CAMPOS COSTA – UP19202937

MANAUS-AM
2023
FELIPE PAULO DA SILVA GAMA – UP19217411
KELLEN GEIZIANE ALVES ARAÚJO – UP19200793
KELLY LETÍCIA ALVES DE SOUZA – UP19216224
MATHEUS DE SOUZA JANUARIO – UP19223867
RUAN CAMPOS COSTA – UP19202937

ALTERAÇÕES NOS ASPECTOS PSICOLOGICOS


DESENCADEADOS NOS PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM
DURANTE A PANDEMIA DO COVID-19

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso


de Bacharelado em Enfermagem, da Universidade
Paulista – UNIP, como requisito parcial para a obtenção
do título de Enfermeiro.

Orientador (a): Enfª. Msc. Pabloena da Silva Pereira.

MANAUS-AM
2023
CIP - Catalogação na Publicação

Atuação do enfermeiro e suas alterações em frente a pandemia do


covid-19 / Eder Samuel Oliveira [et al.]. - 2021. 25 f.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação)


apresentado ao Instituto de Ciências da Saúde da
Universidade Paulista, Manaus, 2021.
Área de Concentração: Ciências da Saúde.
Orientador: Prof. Msc. Pabloena da Silva Pereira

1. Psicologico. 2. Saúde Mental. 3. Enfermagem. I.


Beltrana, Ana Maria. II. Pereira, Pabloena. Orientadora

Elaborada pelo Sistema de Geração Automática de Ficha Catalográfica da Universidade Paulista com
os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
FELIPE PAULO DA SILVA GAMA – UP19217411
KELLEN GEIZIANE ALVES ARAÚJO – UP19200793
KELLY LETÍCIA ALVES DE SOUZA – UP19216224
MATHEUS DE SOUZA JANUARIO – UP19223867
RUAN CAMPOS COSTA – UP19202937

ALTERAÇÕES NOS ASPECTOS PSICOLOGICOS DESENCADEADOS NOS


PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM DURANTE A PANDEMIA DO COVID-19

Aprovado em:

_______________________________________________
Profª. Orientadora

_______________________________________________
Membros da Banca Examinadora

_______________________________________________
Membros da Banca Examinadora

_______________________________________________
Profº. Suplente

MANAUS – AM
2023

AGRADECIMENTO

Em primeiro lugar, а Deus, qυе fez com que meus objetivos fossem
alcançados, durante todos os meus anos de estudos.

Aos meus pais e irmãos, que me incentivaram nos momentos difíceis e


compreenderam a minha ausência enquanto eu me dedicava à realização deste
trabalho.

Aos professores, pelas correções e ensinamentos que me permitiram


apresentar um melhor desempenho no meu processo de formação profissional ao
longo do curso.

Aos meus colegas de curso, cоm quem convivi intensamente durante os


últimos anos, pelo companheirismo e pela troca de experiências que me permitiram
crescer não só como pessoa, mas também como formando.

À instituição de ensino UNIP AQUI VOCÊ PODE, essencial no meu processo de


formação profissional, pela dedicação, e por tudo o que aprendi ao longo dos anos do curso.
DEDICATÓRIA

Aos meus pais, por nunca terem medido esforços para me proporcionar um
ensino de qualidade durante todo o meu período escolar.

Aos meus irmãos, pelo companheirismo, pela cumplicidade e pelo apoio em


todos os momentos delicados da minha vida.

Ao meu orientador, que conduziu o trabalho com paciência e dedicação,


sempre disponível a compartilhar todo o seu vasto conhecimento.
EPÍGRAFE

“A enfermagem é uma arte, e para realizá-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva,
um preparo tão rigoroso, quanto a obra de qualquer pintor ou escultor.” (Florence
Nightingale)
1

SUMÁRIO

Sumário
Nenhuma entrada de sumário foi encontrada.
2

RESUMO

A implementação de estratégias de atenção à saúde mental dos profissionais que


estão na linha de frente do combate à pandemia de COVID-19, como médicos,
enfermeiros, técnicos de enfermagem, pessoal da higienização entre outros, é
fundamental tanto para o controle da epidemia quanto para a proteção da saúde
desses profissionais a médio e longo prazo. Além do transtorno de ansiedade
generalizada, verificou-se o estresse crônico, a exaustão e esgotamento dos
trabalhadores frente à intensa carga de trabalho, o que tende a piorar num contexto
de carência de mão-de-obra na eventualidade dos profissionais de saúde terem
que se isolar devido ao fato de contraírem o COVID-19, além dos transtornos
ocasionados pelo distanciamento da família. Alguns trabalhos chamam a atenção
para o sentimento de impotência diante da gravidade e a complexidade dos casos
face à falta de leitos ou equipamentos de suporte à vida. Os profissionais da saúde
provavelmente tenham sido os mais impactados pela pandemia do novo
coronavírus que, desde o seu início, colocaram-se na linha de frente para o
combate desse inimigo desconhecido e invisível.

Palavras- chaves: Psicológicos, Saúde Mental, Enfermagem.


3

ABSTRACT

The implementation of mental health care strategies for professionals who are on the
front lines of the fight against the COVID-19 pandemic, such as doctors, nurses,
nursing technicians, cleaning staff, among others, is essential both for controlling the
epidemic and for to protect the health of these professionals in the medium and long
term. In addition to generalized anxiety disorder, there was chronic stress,
exhaustion and burnout among workers in the face of their intense workload, which
tends to worsen in a context of labor shortages in the event that health professionals
have to to isolate themselves due to the fact that they contracted COVID-19, in
addition to the inconvenience caused by distancing from the family. Some works
draw attention to the feeling of impotence in the face of the gravity and complexity of
cases due to the lack of beds or life support equipment. Health professionals have
probably been the most impacted by the new coronavirus pandemic who, since its
inception, have been on the front lines to combat this unknown and invisible enemy.

Keywords: Psychological, Mental Health, Nursing.


1

INTRODUÇÃO

Em 30 de janeiro de 2020, a OMS declarou que o surto do novo corona vírus


constitui uma emergência de Saúde de importância internacional (Folha informativa
da covid-19 – OPAS); em 11 de março de 2020, COVID-19 foi caracterizada pela
OMS como uma PANDEMIA, (Folha informativa da covid-19 – OPAS), chegando no
Brasil, no final de fevereiro de 2020 conforme a catalogia da agência Brasil, iniciando
um novo desafio para a enfermagem, prestar assistência a pacientes com síndromes
gripais nunca vistas, causando a morte de muitos pacientes em todos o globo de
forma rápida (OMS, 2020).
Considerando a importância da atuação dos profissionais da enfermagem que
são os mais vulneráveis a vários problemas de saúde física e mental, pelos aspectos
de risco que envolvem o local de trabalho, como o aumento de casos de sídrome de
Burnout que afeta milhões de profissionais que atuam na área, pela exaustão,
transtornos de estresse pós traumáticos, pela insatisfação do trabalho, identificar os
fatores que impactaram ainda mais na saúde mental dos profissionais da
enfermagem com a chegada da pandemia do novo corona vírus, a falta de apoio
psicológico nas unidades e a resiliência psicológica como estratégia de enfretamento
das barreiras da covid-19 (AZEVEDO et. Al., 2010). A compreensão dos efeitos da
saúde mental dos profissionais da área da enfermagem com o enfrentamento da
pandemia é indispensável para conclui que os profissionais da área da saúde em
geral nunca se encontraram expostos a níveis de estresse tão alto como no período
pandêmico (BIROLI, 2016).
Em âmbito nacional, durante a pandemia do Novo Corona Vírus, houve
aumento gradativo de casos em que profissionais da enfermagem desenvolveram
alterações das doenças psicológicas causadas pela insatisfação e sobrecarga de
trabalho. Estatísticas demonstram o evidente agravamento do quadro de saúde
mental de profissionais da saúde, o estresse do ambiente de trabalho em caos, a
ausência de recursos, o afastamento da família desencadeou depressão, burnout,
estresse pós-traumático e comportamentos compulsivos.

O Covid-19 foi uma doença que se alastrou se tornando um grande vilão


2

para muitos países na atualidade, além de causar danos físico, seus


“combatentes” os profissionais da área da saúde que além do risco de
contaminação, contraíram doenças psicológicas em diferentes níveis (CIOTTI,
2020).A enfermagem tem um papel importante para a inversão no quadro atual
que os hospitais viviam neste momento pandêmico para que as mudanças
pudesse ocorre de forma límpida e as noções de prevenção e cura da doença
pudesse ser atingidos (DANTAS, 2021).

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL
Apresentar fatos de como a pandemia da covi-19 desencadeou alterações
psicológicas no profissional da enfermagem.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

● Discorrer sobre a importância do cuidado da saúde mental.

● Descrever as complicações psicológicas nos profissionais de enfermagem

durante e pós pandemia.


3

● Destacar as principais mudanças psicológicas influenciadas pela pandemia e

as medidas que os autores relatam para amenizar os danos psicológicas


causados nos profissionais da enfermagem.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

CAPITULO I – A IMPORTÂNCIA DO CUIDADO DA SAÚDE MENTAL DOS


PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM

1.1 HISTÓRICO DO COVID-19

A pandemia de COVID-19 tem produzido números expressivos de infectados


e de óbitos no mundo, gerando a necessidade de reorganização dos serviços e
sistemas de saúde para o atendimento da alta demanda de casos. O primeiro alerta
sobre a existência de um novo agente viral que ocasiona uma doença respiratória
4

grave, a COVID-19 (Coronavirus Disease), ocorreu em dezembro de 2019, na


cidade de Wuhan (Hubei, China). Rapidamente, a doença se disseminou por toda
China, alastrando-se para mais de 200 países, o que leva a Organização Mundial da
Saúde (OMS) a emitir um alerta sanitário internacional: a Declaração de Emergência
em Saúde Pública de Importância Internacional, de 30 de janeiro de 2020 (OMS,
2020). No cenário brasileiro, até o dia 28 de novembro de 2020, já havia 7.484.285
casos confirmados da COVID-19 e 191.139 óbitos. No mundo, já são 80.852.622
pessoas infectadas e 1.766.336 óbitos (HIRATA, 2020).
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde no ano de 2020, a COVID-19 no
Brasil até abril matou mais do que a H1N1, dengue e sarampo em todo o ano de
2019. Com o aumento do número de casos e mortes em território nacional, em abril
de 2020, o sistema de saúde de Manaus entra em colapso, e em seguida o sistema
funerário .
Segundo MARCIEL, 2020 os primeiros casos de infecção no país são
confirmados na primeira semana de março de 2020 e ocorreram no estado de São
Paulo (treze casos), estado do Rio de Janeiro (dois casos), Espírito Santo (um
caso), Bahia (dois casos), e Distrito Federal (um caso), totalizando dezenove casos.
No dia 9 de maio, o país supera a marca de dez mil mortes, e em 4 de junho,
ultrapassou trinta mil mortes, superando a Itália, e ficando atrás dos Estados Unidos
e Reino Unido; três dias depois, ao atingir 42.161 mortes, superou Reino Unido em
números absolutos. Proporcionalmente, levando em consideração o tamanho da
população, até junho de 2020, o Brasil ocupa a 15° posição no ranking de mortes,
segundo dados da Universidade Johns Hopkins.
Por se tratar de uma doença nova, a pandemia de COVID-19 trouxe consigo
desafios aos mais diversos âmbitos de ação, em especial aos sistemas de saúde.
Trata-se de uma demanda crescente, em alguns casos, extremamente alta de
pacientes graves, portadores de doença altamente contagiosa sem tratamento
específico e com quadro clínico complexo. Sem a adoção de medidas de controle
adequadas, a velocidade de transmissão do vírus pode gerar, para os serviços de
saúde, uma demanda de pacientes em volume insuportável, principalmente
daqueles de maior complexidade.

Grafico 01 – casos novos de COVID-19 no Brasil


5

Fonte: MS, 2021 Boletim Epidemiológico Especial

De acordo com MARCIEL, 2020 a partir de abril, é decretado lockdown em


alguns municípios do país por decisão de governadores e prefeitos, como uma
forma de tentar combater o avanço da pandemia. O primeiro local onde é realizado o
lockdown foi Fernando de Noronha. O Amapá é o primeiro estado a decretar em
todos os municípios.
Por isso, AZEVEDO et. Al., 2010, diz que, o profissional de enfermagem vive,
hoje, em ambivalência do certo ou errado na sua assistência com o surgimento do
novo coronavírus. Essa discussão ressalta a importância da enfermagem ser
empoderada não como heróis de guerra como visto nas mídias sociais, mas como
profissionais que se submetem a jornadas extensas e condições de trabalho
diferenciadas, em razão de baixos pisos contratuais e a diversidade regional, que
expõem esses profissionais à vulnerabilidade de risco de adoecimento físico e
mental, levando ao afastamento de seus vínculos empregatícios. Tal reflexão abre
um leque de oportunidades de reflexão o momento pandêmico em questão, em
especial a valorização para toda a enfermagem.

1.2 QUAIS ESTRATÉGIAS PARA SAÚDE MENTAL DOS PROFISSIONAIS DA


SAÚDE.
6

DA ROSA (2015), relata que os profissionais da saúde provavelmente tenham


sido os mais impactados pela pandemia do novo coronavírus que, desde o seu
início, colocaram-se na linha de frente para o combate desse inimigo desconhecido
e invisível. A Rede de Atenção Psicossocial (Raps), criada em 2011, com intuito de
ampliar e articular os pontos de Atenção à Saúde para pessoas com sofrimento ou
transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de drogas, no âmbito do
Sistema Único de Saúde (SUS), pode ser potencial aliada no acolhimento aos
profissionais de saúde que necessitarem de suporte psicossocial durante e após a
pandemia.
O autor supracitado diz que, no caso do Brasil, o cuidado em saúde mental
dos profissionais de saúde ainda está sendo estruturado através das Secretarias
municipais e estaduais da saúde, com apoio das universidades públicas e centros de
pesquisa, que têm fornecido subsídios teóricos com base em evidências científicas
produzidas em outros países. Nessa perspectiva, vêm sendo propostos planos de
contingência para a atenção psicossocial e a promoção da saúde mental dos
trabalhadores da saúde em vários estados, assim como observa-se iniciativas de
associações profissionais da área de saúde mental.
DANTAS (2021), descreve que essas iniciativas desenvolvidas incluem o
acolhimento e o atendimento à crise, com intervenção psicossocial rápida, mas
também a garantia de um conjunto de ações de caráter preventivo, no sentido de
diminuir as probabilidades dos profissionais sofrerem danos psicossociais a médio
prazo e especialmente ações que promovam ambientes protegidos e favoráveis à
saúde mental dos trabalhadores da saúde.
HIRATA (2020), ressalta como estratégia de suporte aos trabalhadores que
se encontram na linha de frente vêm sendo propostas ações de Primeiros Cuidados
Psicológicos (PCP) por meio de serviços de suporte psicológico presenciais ou
online para uma primeira escuta das necessidades de atenção psicológicas.
Já DANTAS (2021). Relembra que na China, a Comissão Nacional de Saúde
publicou diretrizes com princípios básicos para a organização e coordenação de
intervenções emergenciais em crises psicológicas nos níveis provincial, regional e
municipal, incluindo o apoio financeiro necessário, de modo que gestores de
hospitais e equipes de profissionais de saúde mental produziram propostas e
implementaram ações em busca da promoção da saúde mental direcionadas para
diferentes grupos, buscando integrar a intervenção em crises psicológicas às
7

estratégias mais gerais de prevenção e controle da pandemia.

1.3 INTERVENÇÕES PSICOSSOCIAIS RÁPIDAS PIRÂMIDE DE SMAPS


Conforme a Inter-Agency Standing Committee (IASC) 2020, a progressão da
pandemia por COVID-19 avança, um grande número de pessoas poderá ser afetado
de diferentes formas e terá a necessidade de diferentes tipos de apoio. Com o
objetivo de desenvolver um modelo de recomendações estratégicas para responder
às necessidades da população, considerou-se oportuno utilizar como base a
pirâmide de intervenções de SMAPS (Saúde Mental e Apoio Psicossocial) do IASC.
A pirâmide apresentada na Figura 1 oferece um guia e alguns exemplos para
estabelecer um sistema de apoios complementares por níveis, reconhecendo que as
pessoas são afetadas em diferentes níveis e intensidades e, portanto, exigem
diferentes tipos de apoio. Todos os níveis da pirâmide são relevantes e devem ser
implementados de forma sustentável durante a pandemia, adaptando-se a cada
contexto local.
Na base da pirâmide concentram-se as intervenções direcionadas à
população geral durante a pandemia, e à medida que avança em direção aos níveis
mais elevados, são descritos apoios familiares e comunitários para grupos com
algum grau de vulnerabilidade, passando por apoios focados para indivíduos com
necessidades específicas de saúde mental. E, finalmente, na ponta, são descritas as
intervenções dos serviços de saúde mental especializados para pessoas com
transtornos que requerem intervenções mais complexas.
As intervenções propostas em cada nível visam responder às necessidades
específicas identificadas, bem como prevenir maior grau de comprometimento da
saúde mental, com intervenções oportunas e com menor nível de complexidade.
Em uma abordagem integral de SMAPS, os atores profissionais e
comunitários trabalham juntos na pirâmide para atender as necessidades da
comunidade e
exigem certas
competências
e padrões mínimos.
8

Figura 1. Pirâmide SMAPS

1.3.1 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS EM SERVIÇOS BÁSICOS E SEGURANÇA

Na base da pirâmide concentram-se as intervenções direcionadas à


população geral durante a pandemia, e à medida que avança em direção aos níveis
mais elevados, são descritos apoios familiares e comunitários para grupos com
algum grau de vulnerabilidade, passando por apoios focados para indivíduos com
necessidades específicas de saúde mental. E, finalmente, na ponta, são descritas as
intervenções dos serviços de saúde mental especializados para pessoas com
transtornos que requerem intervenções mais complexas. Entre as suas
considerações estâo:

 Garantir a satisfação das necessidades básicas: água, abrigo, alimento,


saneamento básico etc.
 Garantir a transversalidade da abordagem dos direitos humanos atendendo a
vulnerabilidade de grupos populacionais específicos.
 Observar o respeito aos direitos humanos das pessoas com COVID-19, dos
trabalhadores da saúde e da comunidade em geral.
 Fortalecer a informação sobre as medidas de higiene e prevenção de
contágio.
 Favorecer o acesso a fontes de informação confiáveis sobre os serviços e
mecanismos para o cuidado da COVID-19.
 Promover a inclusão e desencorajar a discriminação social das pessoas
afetadas, de seus familiares e dos trabalhadores de linha de frente.
 Informar sobre manifestações emocionais esperadas, mudanças nas
dinâmicas familiares e possíveis reações sociais.
9

 Informar sobre linhas, canais e plataformas virtuais de ajuda para problemas


associados com a saúde mental e o bem-estar psicossocial.
 Promover um estilo de vida saudável, condutas de autocuidado físico e
psicológico, a comunicação interpessoal telefônica e virtual e a
responsabilidade social.
 É essencial assegurar que as intervenções facilitem a promoção da
segurança comunitária, a proteção das famílias, das crianças e da população
em geral, bem como a prevenção da violência, abuso e exploração.
 É fundamental o acesso à informação confiável sobre o vírus, os serviços e
os direitos.
1.3.2 INTERVENÇÕES
Dentre suas intervenções estão:
 Identificação de atores e instituições que estão apoiando a comunidade em
necessidades básicas, segurança e proteção.
 Coordenação e participação na identificação da população afetada ou em
risco.
 Coordenação e participação na construção de estratégias comuns para a
atenção às necessidades básicas, de saúde, segurança e proteção.
 Geração de processos de consulta e participação cidadã.
 Identificação de líderes comunitários e promoção de sua participação no
planejamento e implementação de estratégias para a distribuição de ajuda
para as populações mais vulneráveis.
 Elaboração e difusão de material de informação e comunicação social para a
população em geral dedicado à promoção da saúde mental e o bem-estar
psicossocial.
 Disseminação de informações sobre os serviços disponíveis para a
população: de atenção às necessidades básicas, serviços de saúde e
serviços de proteção social.
 Comunicação via meios telefônicos, aplicativos, internet, rádios comunitárias,
megafones, alto-falantes e outros meios utilizados no local.
 Intervenção nos aspectos relacionados ao estigma e formas de discriminação
contra as pessoas diretamente afetadas pela COVID-19 e contra o pessoal de
saúde.
10

1.3.3 FORTALECIMENTO DE APOIOS FAMILIARES E COMUNITÁRIOS


Esse nível da pirâmide foca na população atingida pela doença, pessoas que
contraíram e se encontravam em estado de vulnerabilidade como crianças,
adolescentes, idosos e as minorias, sempre buscando prestar assistência e
identificar as alterações acometidas. Entre as considerações estão:

 Abordar os impactos psicossociais nas pessoas e famílias diretamente


afetadas pela COVID-19.
 Abordar os impactos gerados pela alteração de práticas culturalmente
significativas associadas à morte e ao luto.
 Identificar os fatores de risco e grupos vulneráveis que possam exigir
intervenções específicas.
 Fortalecer as redes de apoio: familiares, profissionais e sociais.

1.3.4 INTERVENÇÕES
Dentre suas intervenções estão:
 Geração de processos de consulta e participação cidadã utilizando meios de
comunicação alternativos.
 Identificação de líderes comunitários e promoção de sua participação no
planejamento e implementação de estratégias.
 Promoção de estratégias de apoio mútuo na comunidade por meio da
apropriação de novas tecnologias de comunicação.
 Facilitação de mecanismos para a inclusão de pessoas ou grupos
vulneráveis.
 Desenvolvimento de ações de prevenção contra a estigmatização,
discriminação e exclusão por raça, sexo, entre outras, e aquelas que
adicionalmente gerem o acometimento da infecção por SARS-CoV2.
 Consolidação das modalidades de apoio remoto, através de linhas telefônicas
e aplicativos virtuais, com ênfase nas pessoas vulneráveis.
 Construção de mecanismos de enfrentamento ao isolamento preventivo,
integrando atividades profissionais, escolares e de lazer para crianças e
adolescentes.
11

 Fortalecimento dos apoios religiosos e espirituais para as famílias e


comunidades.
 Facilitação de mecanismos de ressignificação de práticas e rituais que
favoreçam os processos de elaboração do luto em condições de isolamento
preventivo, contextualizados no marco das crenças culturais, tendo em conta
as limitações das práticas habituais, dadas pelas medidas de proteção
específicas contra a COVID-19.
 Implementação de estratégias de apoio aos cuidadores de pessoas que
precisam de assistência.
 Adaptação de estratégias de SMAPS e PCP para meios remotos (virtuais ou
telefônicos).
 Articulação dos líderes comunitários com as referências dos serviços de
saúde mental e apoio psicossocial e com os atores não governamentais que
trabalham na emergência.
 Identificação de líderes e agentes comunitários que possam fornecer PCP de
acordo com o contexto.
 Capacitação dos atores de primeira resposta e institucionais na promoção da
saúde mental e no bem-estar psicossocial.
 Capacitação fundamentalmente virtual a líderes e agentes comunitários em
PCP e identificação de pessoas que exijam atenção específica.

1.3.5 APOIOS NÃO ESPECIALIZADOS FOCADOS


Nesse nível da pirâmide encontra-se o apoio as pessoas infectadas pelo
covid-19 e tiveram que ficar em quarentena domiciliar, entre os grupos estão os
adolescentes, idosos as minorias que se encontravam vulneráveis e tiveram que
se adaptar a modalidade. Entre as considerações estão:
 Facilitar o acesso à atenção em saúde mental e apoio psicossocial por meio
de serviços de assistência médica remota para a população.
 Garantir a atenção em saúde mental e apoio psicossocial para as pessoas no
primeiro nível de atenção, com ênfase nos grupos vulneráveis e nas minorias,
considerando as barreiras para o acesso aos serviços.
 Assegurar o funcionamento em rede que inclua a articulação entre os atores
sociais capacitados em SMAPS, os serviços de saúde e de saúde mental nos
12

diferentes níveis; para os processos de identificação de pessoas com


problemas de saúde mental, referenciamento e contrarreferenciamento dos
casos.
 Estabelecer uma base de dados ou registro dos pacientes visando dar
continuidade e assegurar seus tratamentos farmacológicos e psicossociais.
 Assegurar a disponibilidade dos psicofármacos essenciaisno primeiro nível de
atenção em saúde (antidepressivos, ansiolíticos, antipsicóticos e
antiepilépticos).

1.3.6 INTERVENÇÕES
Dentre as intervenções estão:
 Capacitação remota ao pessoal do primeiro nível de atenção em SMAPS,
PCP e em intervenção humanitária para a identificação, atenção ou
remissão de pessoas que exijam cuidado.
 Fortalecimento da rede de serviços em saúde e saúde mental para o
desenvolvimento ótimo dos processos de identificação de pessoas,
referenciamento e contrarreferenciamento dos casos.
 Disponibilização dos medicamentos essenciais no primeiro nível de atenção
em saúde (antidepressivos, ansiolíticos, antipsicóticos e antiepilépticos, entre
outros) para que possam ser prescritos por médicos clínicosgerais
capacitados.
 Promoção da saúde mental e do bem-estar psicossocial de familiares e
cuidadores.

1.3.6 SERVIÇO ESPERCIALIZADOS


Nesse nível da pirâmide têm como enfoque as pessoas com transtornos
mentais, neurológicos e por uso de substâncias, familiares e cuidadores que exijam
apoio em suas saúde mental, essa etapa aprofunda para as equipes de saúde da
linha de frente no contexto da Covid-19 que exijam atenção. Entre suas
considerações estão:
 Garantir o acesso e a continuidade dos tratamentos pertinentes das pessoas
com transtornos mentais, neurológicos e por uso de substâncias.
13

 Assegurar uma rede de serviços de saúde coordenada e capacitada em


SMAPS que integre a PCP e as intervenções humanitárias.
 Aplicar o marco dos direitos das pessoas com transtornos mentais,
neurológicos e por uso de substâncias.
 Prestar especial atenção às pessoas que se encontram em centros
residenciais transitórios, geriátricos, psiquiátricos e penitenciários.
1.3.7 INTERVENÇÕES
Dentre suas intervenções estão:
 Acesso à atenção remota em saúde mental de psiquiatria, psicologia e outras
categorias especializadas (modalidades telefônica ou virtual).
 Estabelecer uma base de dados ou registro dos pacientes visando dar
continuidade e assegurar seus
 tratamentos farmacológicos e psicológicos ou psicoterapêuticos.
 Provisão de psicofármacos essenciais, se possível com receitas prolongadas
para evitar a frequência de visitas às unidades de saúde.
 Acompanhamento das intervenções psicossociais e farmacológicas.
 Planejamento de estratégias de intervenção especializadas em saúde mental
para profissionais sanitários que delas necessitem.
 Capacitação e promoção da saúde mental e do bem-estar psicossocial de
familiares e cuidadores.
 Intervenção integral em saúde e acompanhamento dos usuários com
condições mentais, neurológicas ou por uso de substâncias, incluindo os
residentes de instituições psiquiátricas, residências comunitárias, centros de
pessoas idosas e outros centros.
 Desinstitucionalização de pacientes com condições mentais em hospitais
psiquiátricos de longa permanência, quando serviços comunitários
alternativos estiverem disponíveis.
14

Figura 2. Pirâmide e suas principais interveções.

1.4 O QUE SÃO OS PCP?


De acordo com o Projeto Sphere (2011) e o IASC (2007), os primeiros
cuidados psicológicos descrevem uma resposta humana e de apoio às pessoas em
situação de sofrimento e com necessidade de apoio. Os PCP incluem os seguintes
temas:
» oferecer apoio e cuidado práticos não invasivos;
» avaliar necessidades e preocupações;
» ajudar as pessoas a suprir suas necessidades básicas (por exemplo,
alimentação, água e informação);
» escutar as pessoas, sem pressioná-las a falar; » confortar as pessoas e
ajudá-las a se sentirem calmas;
» ajudar as pessoas na busca de informações, serviços e suportes sociais;
» proteger as pessoas de danos adicionais.
1.4.1 TAMBÉM É IMPORTANTE ENTENDER O QUE OS PCP NÃO SÃO:
» Não é algo que apenas profissionais podem fazer;
» Não é um atendimento psicológico profissional;
» Não é um “debriefing psicológico”, já que não envolve necessariamente
uma discussão detalhada sobre o evento que causou o sofrimento;
15

» Nos PCP não é solicitado que as pessoas analisem o que aconteceu ou que
relatem os eventos ocorridos em ordem cronológica; e Os PCP pressupõem
capacidade de ouvir as histórias das pessoas, mas isso não significa pressioná-las a
falar sobre sentimentos e reações que tiveram em relação a um evento.

1.4 CUIDANDO DE SI E DE SEUS COLEGAS


Você ou sua família podem ser diretamente afetados pela situação de crise.
Mesmo se não estiver diretamente envolvido, você pode ser afetado pelo que vê ou
escuta enquanto ajuda. Como alguém que está oferecendo ajuda, é importante
prestar atenção adicional ao seu próprio bem-estar. Cuide de si para que assim você
possa cuidar melhor dos outros!
1.4.1 PREPARANDO PARA AJUDAR
Avalie a melhor maneira de se preparar para ser um cuidador em uma
situação de crise. Sempre que possível:
» Informe-se sobre a situação de crise, bem como os papéis e
responsabilidade das diferentes pessoas que estão oferecendo ajuda;
» Avalie sua própria saúde, problemas pessoais e familiares que podem lhe
causar estresse grave quando estiver exercendo o seu papel de ajudar outras
pessoas; e
» Decida se você está realmente preparado para ajudar em uma situação de
crise neste momento.

1.4.2 GERENCIANDO O ESTRESSE: HÁBITOS DE TRABALHO E VIDA


SAUDÁVEIS
A principal fonte de estresse é o trabalho cotidiano, particularmente durante
uma crise. Longas horas de trabalho, muitas responsabilidades, falta de clareza na
descrição do trabalho, comunicação ou gerenciamento ineficientes e trabalho em
áreas que não são seguras são exemplos de trabalhos estressantes que podem
afetar os cuidadores.
Como cuidador, você pode se sentir responsável pela segurança e cuidado
das pessoas. Você pode testemunhar ou mesmo vivenciar diretamente coisas
terríveis, tais como destruição, ferimentos, morte ou violência. Você também pode
ouvir estórias de sofrimento e dor de outras pessoas. Todas essas experiências
podem afetar você e seus colegas de trabalho.
16

Avalie qual é a melhor maneira de gerenciar seu próprio estresse, para apoiar
e receber apoio dos seus colegas de trabalho. As sugestões seguintes podem ser
úteis no gerenciamento do seu estresse:
» Pense no que o ajudou a lidar com os seus problemas no passado e o que
você pode fazer para se fortalecer;
» Tente reservar tempo para comer, descansar e relaxar, ainda que seja por
períodos curtos;
» Tente manter uma carga horária de trabalho razoável para não ficar muito
esgotado. Considere, por exemplo, distribuir a carga de trabalho entre outros
cuidadores, trabalhe por escala em fases com altos níveis de trabalho durante a
crise e tendo períodos regulares de descanso;
» As pessoas podem apresentar muitos problemas depois de uma situação
de crise. Você pode se sentir incompetente ou frustrado quando não puder ajudar as
pessoas a resolver todos os seus problemas. Lembre-se de que você não é
responsável por resolver todos os problemas das pessoas. Faça o que você puder
para ajudar as pessoas a ajudarem a si mesmas;
» Reduza o consumo de álcool, cafeína e nicotina e evite utilizar
medicamentos sem prescrição médica;
» Veja como estão seus colegas cuidadores e permita que façam o mesmo
com você. Encontre maneiras de se apoiarem uns aos outros;
» Converse com amigos, entes queridos ou outras pessoas que você confie
para apoiá-lo.
1.4.3 DESCANSO E REFLEXÃO
Reservar um tempo para descanso e reflexão é uma importante parte de
finalização do trabalho. A situação de crise e as necessidades das pessoas que
você encontrou podem ter sido muito desafiadoras e pode ter sido difícil suportar sua
dor e sofrimento. Depois de dar apoio em uma situação de crise, reserve um tempo
para refletir sobre como foi a experiência para você e para descansar. As sugestões
seguintes podem ser úteis para a sua recuperação:
» Converse sobre a sua experiência de apoio na situação de crise com um
supervisor, colega de trabalho ou alguém que você confie;
» Reconheça o que você pôde fazer para ajudar os outros, mesmo que de
maneiras simples;
17

» Aprenda a aceitar e refletir sobre o que deu e o que não deu certo, bem
como os limites de sua atuação naquelas circunstâncias;
» Reserve um tempo, se possível, para descansar e relaxar antes de iniciar
novamente sua rotina pessoal e de trabalho.
Se você perceber que está com pensamentos ou memórias negativas sobre o
evento, se estiver se sentindo muito nervoso ou extremamente triste, se estiver
tendo problemas para dormir ou se estiver bebendo muito álcool e usando drogas, é
importante que receba apoio de alguém que você confie. Converse com um
profissional de saúde ou, se possível, fale com um especialista em saúde mental se
essas dificuldades persistirem por mais de um mês.

CAPÍTULO II – IMPACTOS NOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DURANTE


E PÓS PANDEMIA

2.1 AS NOVAS MUDANÇAS TÉCNICAS E ESTRUTURAIS ADOTADAS DURANTE


A PADEMIA DENTRO DOS HOSPITAIS

A OMS em 2020 propôs a reestruturação dos serviços de saúde que se


mostrou necessária, exigindo interconexão entre gestão do cuidado, utilização de
indicadores epidemiológicos, alterações na organização do trabalho, otimização de
recursos humanos, de insumos e tecnologias. Nessa conjuntura, o trabalho do
enfermeiro tem ganhado relevância e visibilidade, principalmente na composição de
comissões para o planejamento e funcionamento da estrutura física, construção de
protocolos e fluxos de cuidado, além da atuação direta na assistência.
Segunda PETEET (2020), nesse sentido, os profissionais que estão na linha
de frente dos atendimentos precisam estar aptos ao desenvolvimento de novas
estratégias de cuidados que sejam seguras para paciente, para si próprios, para sua
equipe e para a comunidade por onde circulam após o término de seu turno de
trabalho. Com isso, a adequação dos processos de gestão e de trabalho, diante da
magnitude da pandemia, é uma condição necessária e requer uma serie de
estratégias individuais e institucionais. Desse modo, delineou-se esta pesquisa com
a seguinte questão norteadora: quais as mudanças implementadas no ambiente de
trabalho de enfermeiros em hospitais universitários diante da pandemia de COVID-
19?
18

SILVA (2021), considera-se fundamental a discussão de questões


contemporâneas como esta, que evidenciam tendências e desafios para o cuidado
de enfermagem, uma vez que esse debate contribui para o fortalecimento das práxis
em saúde e enfermagem. Além disso, também se justifica a realização deste estudo
a partir dos achados de um levantamento sobre a produção científica que aborda a
COVID-19, segundo o qual as publicações estão em desenvolvimento no âmbito
internacional, porém ainda com pouca expressividade em nível nacional,
principalmente em relação à gestão e operacionalização de estratégias de
enfrentamento da pandemia.
Já segundo o autor AZEVEDO et. Al. (2010), na estruturação desses novos
setores de atendimento, evidenciou-se o protagonismo do enfermeiro na
organização da linha de frente dos serviços e no exercício da gerência do cuidado,
por meio da previsão e provisão de recursos físicos, materiais e humanos
necessários para garantir uma assistência segura aos pacientes. Assim, reforça-se a
importância na dimensão gerencial do trabalho do enfermeiro, mesmo diante de um
cenário marcado por crises e situações adversas com o advento da pandemia de
COVID-19.
BIROLI, (2016), descreve que as condições da estrutura física e
organizacional influenciam, diretamente, no desempenho da prática profissional dos
enfermeiros, destacando que as mudanças realizadas na ambiência têm o intuito de
fornecer uma cobertura segura e adequada para os profissionais de todos os setores
hospitalares. Estudo realizado na Alemanha indica que mudanças na infraestrutura
foi a principal sugestão de enfermeiros para melhoria do atendimento e satisfação
profissional. Dessa forma, investimentos para melhoria dessas condições
representam um passo importante para possibilitar satisfação dos profissionais no
trabalho, bem como a qualidade do cuidado no contexto da pandemia.
Conforme o autor supracitado talvez a primeira e principal lição que um
profissional da saúde pode e deve tirar dessa situação, é que a saúde mental
importa tanto quanto a física. Por mais que as profissões ligadas à saúde, desde
médicos a auxiliares de enfermagem, sejam caracterizadas pela resiliência,
sabemos que todos estamos propensos a desmoronar em um cenário difícil. Durante
a pandemia, essas pessoas muitas vezes precisaram (ou ainda precisarão) lidar
com a morte e o luto, sendo porta-vozes de notícias que ninguém gostaria de dar,
mesmo depois de fazer tudo o que era possível nos cuidados ao paciente. Assim, é
19

necessário que esses profissionais busquem um acompanhamento e procurem


cuidar de suas próprias vidas para poderem cuidar de tantas outras.
Os resultados encontrados neste, abordam em comum as dificuldades
enfrentadas pelos profissionais de enfermagem no enfrentamento do novo
Coronavírus. Exemplos dessas dificuldades são as jornadas de trabalhos cansativas
e longas, ambientes de trabalho lotados e o uso abusivo destes EPI’s que acabam
ocasionando desconforto e lesões na pele, o medo e a insegurança da
contaminação, como consequência a propagação para familiares e membros da
equipe de trabalho e, principalmente a sobrecarga emocional e psicológica que afeta
a saúde mental dessa classe profissional. É importante destacar que o estresse e a
sobrecarga emocional dos profissionais de enfermagem principalmente em
mulheres, casadas, com idade superior a 40 anos, estas apresentaram quase 50%
dos casos de ansiedade e 25% de depressão.

2.1.1 NOVAS FORMAS DE CLASSIFICAÇÃO E TRIAGEM ROSA

O autor SILVA (2021), evidenciou a demanda por atendimento maior que a


capacidade dos serviços em absorvê-las tem levado à necessidade de se repensar
estratégias de melhorias dos serviços prestados à população e impulsionando o
desenvolvimento dos sistemas de triagem de pacientes.
DANTAS (2021) descreveu que embora seja um dos processos mais básicos
da área da saúde, a triagem é de extrema importância para que os profissionais
possam oferecer um atendimento eficaz para os pacientes. Essa prática surgiu
durante a Primeira Guerra Mundial, é utilizada até os dias de hoje em todos os
campos médicos, capaz de otimizar os suportes mais complexos e urgentes,
principalmente, quando não existem recursos suficientes para tratar todos os
pacientes de forma imediata, quando existem escassez de profissionais, ou durante
situações de alta gravidade, como acidentes com múltiplas vítimas.
DA ROSA (2015), diz que tudo surgiu como estratégia para otimizar o
atendimento e minimizar danos causados aos pacientes por superlotação dos
serviços de saúde de urgência e emergência, ou seja, um sistema de gestão de
risco clínico usado para organizar de forma segura o fluxo de pacientes quando as
necessidades clínicas excedem a capacidade do serviço em absorver a demanda
por atendimentos. Na maioria das situações, a identificação acontece no momento
20

da admissão do paciente, quando o enfermeiro avalia as condições gerais de saúde


e também psicognitivas, é preciso empregar um sistema de seleção para determinar
quais os pacientes que precisam de atendimento imediato e de emergência, e quais
podem seguir para outras unidades.
Cada cor da pulseira tem um significado, que identifica o grau de risco e
determina um tempo máximo para o atendimento ao paciente, quando não existe
possibilidade da colocação da pulseira em nenhum membro, em casos de
amputação, queimados, a pulseira fica no prontuário do paciente, vermelho indica
que o paciente necessita de atendimento imediato, portanto, é emergência; amarelo
é urgente, o paciente necessita de atendimento priorizado mas pode esperar; verde
indica pouco urgente, o paciente necessita de atendimento mas pode ser atendido
no consultório pelo médico, a cor azul não é urgente, o paciente não corre risco e
poderá ser encaminhado para seguimento ambulatorial na sua Unidade Básica, os
famosos postinhos de saúde.
Ainda para DA ROSA (2015), a pulseira rosa, por sua vez, indica infecção por
bactéria multirresistente, a identificação de risco é realizada pela enfermeira do
Serviço Controle de Infecção Hospitalar, mediante sinalização da equipe médica.
Todos os pacientes que possuem esta identificação, necessitam de isolamento
imediato.

2.1.2 URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS EM PACIENTES COM SRAG

O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde,


desenvolve a vigilância da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A partir
disso, a vigilância de SRAG foi implantada na rede de vigilância de Influenza e
outros vírus respiratórios, que anteriormente atuava exclusivamente com a vigilância
sentinela de Síndrome Gripal (SG).
Segundo o auto PETEET em 2020, a vigilância da COVID-19, a infecção
humana causada pelo novo Coronavírus, foi incorporada na rede de vigilância da
Influenza e outros vírus respiratórios. A SRAG abrange casos de síndrome gripal
que evoluem com comprometimento da função respiratória que, na maioria dos
casos, leva à hospitalização. Indivíduo com SRAG apresenta dispneia/desconforto
respiratório, pressão ou dor persistente no tórax ou até mesmo saturação de O2
21

menor que 95% em ar ambiente ou a coloração azulada (cianose) dos lábios ou


rosto (.
Ao identificar um caso suspeito de SG ou SRAG, o profissional de saúde deve
oferecer ao paciente uma máscara cirúrgica e orientar o seu uso correto, sempre
que o paciente tolerar, orientá-lo o paciente a cobrir a boca quando tossir ou espirrar
com toalha de papel ou com a fossa cubital do braço, assim como utilizar papel
toalha ou lenço descartável para higiene nasal e descartar imediatamente na lixeira
após o uso e a higienização frequente das mãos, com água e sabão, ou com álcool
gel 70%. É importante que o paciente a permaneça em local ventilado, a uma
distância de pelo menos um metro de outros pacientes, particularmente daqueles
com condições ou fatores de risco, enquanto aguarda atendimento (HIRATA, 2020).
É recomendável a identificação de equipe dedicada exclusivamente ao
atendimento dos casos suspeitos e confirmados de COVID-19, a fim de se reduzir o
número de profissionais expostos e o uso racional de Equipamentos de Proteção
Individual é fundamental neste momento, independente da esfera de atuação do
profissional (PETEET, 2020).

2.1.3 IMPACTO SOCIAL NAS FAMILIAS DOS PROFISSIONAIS

Há mais de dois anos atuando na linha de frente contra a Covid-19, os


profissionais da área da Saúde estão esgotados, essa exaustão advém não apenas
da proximidade com o elevado número de casos e mortes de pacientes, colegas de
profissão e familiares, mas por causa das alterações significativas que a pandemia
vem provocando em seu bem-estar pessoal e vida profissional (SILVA, 2021).
De acordo com os resultados da pesquisa Condições de Trabalho dos
Profissionais de Saúde no Contexto da Covid-19, realizada pela Fiocruz em todo o
território nacional, a pandemia alterou de modo significativo a vida de 95% desses
trabalhadores. 50% admitiram excesso de trabalho ao longo desta crise mundial de
saúde, com jornadas para além das 40 horas semanais, 45% deles necessita de
mais de um emprego para sobreviver, atuando em mais de um hospital, em postos,
em unidades de pronto atendimento, 43,2% dos profissionais de saúde não se
sentem protegidos no trabalho de enfrentamento da Covid-19, e o principal motivo,
para 23% deles, está relacionado à falta, à escassez e à inadequação do uso de
EPI. Os participantes da pesquisa também relataram o medo generalizado de se
22

contaminar no trabalho, a ausência de estrutura adequada para realização da


atividade, o que foi evidenciado pela mídia, o SUS não estava preparado para a
vacinação em massa, tampouco havia oxigênio suficiente para conter os sintomas
de um vírus que ataca o sistema respiratório, além de fluxos de internação
absurdos.
Segundo a pesquisa, as alterações mais comuns em seu cotidiano, citadas
pelos profissionais, foram perturbação do sono, irritabilidade, choro frequente,
incapacidade de relaxar, estresse, dificuldade de concentração ou pensamento
lento, perda de satisfação na carreira, tristeza, apatia, sensação negativa do futuro,
pensamento suicida e alteração no apetite, consequentemente, alteração do peso,
por medo da contaminação pelo vírus, passaram a evitar contato com a família, o
que pode acarretar sentimentos negativos de tristeza, raiva ou frustração, ou seja, o
isolamento social desencadeou impactos negativos na saúde mental dos
profissionais da saúde pela impossibilidade de manter contato próximo com as
pessoas que amam (CIOTTI, 2020).
Esses impactos manifestam-se em sintomas de ansiedade, insônia, angústia,
estresse pós-traumático, depressão, medo e frustração, além de comportamentos
relacionados ao abuso de álcool. As famílias dos profissionais de saúde que atuam
em unidades de emergência também foram fortemente atingidas no aspecto
emocional de suas vidas, o rendimento escolar dos filhos foi afetado, a saúde mental
dos adolescentes diante da incerteza de rever os pais que estão sendo
homenageados na televisão mas não poderão ser abraçados, se morrerem,
tampouco velados, por causa de um vírus contagioso que até setembro de 2020,
cerca de 570 mil profissionais da saúde haviam contraído a doença nas Américas,
dos quais 307 mil eram brasileiros, representando mais de 54% do total (SILVA,
2021

CAPÍTULO III – MUDANÇAS PSICOLÓGICAS E DANOS NOS PROFISSIONAIS


INFLUENCIADOS PELA PANDEMIA
Quais são os impactos psicológicos que manifestam os profissionais de
saúde que estiveram diretamente envolvidos com doentes com COVID-19?
Os trabalhadores da saúde e seus familiares, os gestores, os sindicatos, os
conselhos de classe e os serviços devem estar atentos à saúde física e mental de
23

quem atua na linha de frente do cuidado, com sintomas que se referem à


ansiedade, a depressão, o estresse, insônia, entre outros (HIRATA, 2020). Durante
o ápice da Covid19 no Brasil, logo após o carnaval de 2020, os profissionais da
saúde enfrentaram um cenário de enorme pressão, incluindo alto risco de infecção e
proteção inadequada contra contaminação, excesso de trabalho, frustração,
discriminação, isolamento, assistência a pacientes com emoções negativas, falta de
contato com a família e exaustão (HIRATA, 2020).
Em relação às repercussões mentais nos períodos supracitados, podem-se
destacar: desesperança, desespero, medo exacerbado de repetição dos fenômenos,
medo da morte de si e de pessoas próximas, medo de ser infectado e de infectar os
outros, enfrentamento de medidas de isolamento social, que podem facilitar o
surgimento de estresse pós-traumático, sintomas depressivos e ansiosos e de
comportamento suicida (MACIEL, 2020).
Segundo Maciel (2020) 800 profissionais da saúde do Distrito Federal, da
área de enfermagem, odontologia, medicina, farmácia e fisioterapia, participaram de
uma pesquisa que tem como objetivo analisar o impacto da pandemia de Covid-19
na saúde mental desses trabalhadores, conduzido pela Fiocruz Mato Grosso do Sul,
em parceria com a Fiocruz Brasília, os resultados mostram que 65% apresentaram
sintomas de transtorno de estresse, 61,6% de ansiedade e 61,5% de depressão.
Sintomas de ansiedade classificados como extremamente severos foram relatados
por 33,8% dos participantes. Esse percentual foi de 21,4% e 19,5%,
respectivamente, para sintomas extremamente severos de depressão e estresse.
Os profissionais de saúde constituem um grupo particularmente suscetível
para desenvolver problemas psicológicos. No trabalho de (PETEET, 2020),
encontra-se uma síntese dos fatores que estão contribuindo para o sofrimento
psicológico de enfermeiros, médicos, terapeutas respiratórios, auxiliares e outros
profissionais de saúde que prestam atendimento direto à linha de frente de pacientes
com COVID-19, como esforço emocional e exaustão física ao cuidar de um número
crescente de pacientes com doenças agudas de todas as idades, cuidar de colegas
de trabalho que podem ficar gravemente doentes e, às vezes, morrer de COVID-19;
a escassez de equipamentos de proteção individual que intensificam o medo de
exposição ao coronavírus no trabalho, além do risco de infectar membros da família,
especialmente membros da família mais velhos, além do acesso limitado a serviços
de saúde mental para gerenciar depressão, ansiedade e sofrimento psicológico.
24

3.1 ANSIEDADE E SEU DESENCADEAMENTO

A ansiedade é uma reação normal a uma ameaça ou a um estresse


psicológico, tem sua raiz no medo e desempenha um importante papel na
sobrevivência, pois perante uma situação perigosa, a ansiedade desencadeia uma
resposta de luta ou fuga, entrando em curso uma variedade de alterações físicas,
como uma maior irrigação sanguínea para o coração e para os músculos para
proporcionar ao corpo a energia e a força necessárias para enfrentar situações de
risco à vida, como fugir de um animal agressivo ou enfrentar um agressor (OMS,
2020).
No entanto, a ansiedade é considerada um transtorno quando ocorre em
momentos indevidos, quando ocorre com frequência e é tão intensa e duradoura que
interfere com as atividades normais da pessoa. A ansiedade significativa pode
persistir vários anos e a pessoa com a ansiedade começa a acreditar que isso é
normal. Por essa e outras razões, os transtornos de ansiedade muitas vezes não
são diagnosticados ou tratados (MACIEL, 2015).
Uma revisão sistemática com metanálise para avaliar a ansiedade nos
profissionais da saúde durante a pandemia da Covid-19 mostrou que a prevalência
geral de ansiedade (leve, moderada e grave) foi de 35%, variando de 7% a 70,8%, o
estresse crônico e a elevada carga física e mental dos trabalhadores tendem a se
perpetuar ao longo do tempo. No contexto brasileiro de crise política, econômica e
social, a ausência de um alinhamento entre as recomendações da OMS e as
medidas adotadas no país dificultou o controle da pandemia no país, contribuindo
para o sofrimento mental da população,a vacinação tardia também pode ter afetado
a percepção de risco e a saúde mental dos trabalhadores da saúde de maneira
muito mais severa do que aquela captada nos achados apresentados (HIRATA,
2020).
Estudo sobre a saúde mental de enfermeiros sugere que ser vacinado
garante não apenas a proteção imunológica contra o vírus, mas pode também
reduzir o medo e a preocupação de se infectar ou infectar outras pessoas e, porém,
pode já ser tarde demais para que somente a vacinação garanta reverter toda
ansiedade que a situação representou (HIRATA, 2020).
25

3.1.1 DEPRESSÃO E SEU DESENCADEAMENTO

Trabalhadores de saúde de onze países latino-americanos apresentam


altas taxas de sintomas depressivos, pensamentos suicidas e sofrimento psíquico,
conforme os resultados de um estudo liderado pela Universidade do Chile
e Universidade da Columbia (nos Estados Unidos), com a colaboração da
Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
O relatório COVID-19 Health Care Workers Study (HEROES) mostra que
entre 14,7% e 22% dos trabalhadores de saúde entrevistados em 2020
apresentaram sintomas que levaram à suspeita de um episódio depressivo,
enquanto entre 5% e 15% dos trabalhadores disseram que pensaram em cometer
suicídio (CIOTTI, 2020).
O estudo também mostra que, em alguns países, apenas cerca de um terço
dos que disseram precisar de atendimento psicológico realmente o receberam. A
pandemia mostrou o desgaste dos trabalhadores de saúde e, nos países onde o
sistema de saúde entrou em colapso, o profissional sofreu com jornadas
extenuantes e dilemas éticos que tiveram impacto em sua saúde mental, a
necessidade de apoio emocional e financeiro, preocupação em contagiar familiares,
conflitos com parentes de pessoas infectadas e mudanças nas funções habituais de
trabalho foram alguns dos principais fatores que afetaram a saúde mental dos
funcionários (AZEVEDO, 2010).
A depressão é um fenômeno complexo e causa sofrimento para a vida das
pessoas afetadas e seus familiares, os profissionais de enfermagem acabam
fazendo parte dessa estatística, devido a sua maior exposição a fatores de risco que
podem desencadear esse transtorno que pode gerar incapacidade devido à
sintomatologia e afeta de forma negativa os aspectos cognitivos, trazendo prejuízos
para a vida pessoal e profissional do indivíduo (DANTAS, 2021).
Trata-se de um transtorno mental caracterizado por tristeza persistente e por
perda de interesse em atividades que normalmente são prazerosas, os sintomas
podem ser perda de energia, mudanças no apetite, redução ou aumento do sono,
ansiedade, perda da concentração, inquietação, indecisão, aflição, sensação
desvalia, culpa ou desesperança, podendo ter pensamentos de suicídio ou de
causar danos a si mesmos (DANTAS, 2021).
26

3.1.2 ESTRESSE E SEU DESENCADEAMENTO

O estresse é caracterizado, fisiologicamente, como um processo que envolve


respostas do sistema nervoso autônomo. É considerado ocupacional quando é
definido como processo no qual o indivíduo consegue perceber as demandas no
ambiente de trabalho como fatores estressantes ou estressores, provocando,
reações negativas (DA ROSA, 2015).
Os profissionais de saúde podem estar expostos a diversas situações que
favorecem o surgimento do estresse, dentre elas sobrecarga de trabalho,
relacionamento com o paciente, falta de recursos, conflitos com outros profissionais,
óbito de pacientes e jornadas de trabalho exaustivas. Os sintomas relacionados ao
estresse são evidenciados de acordo com a fase em que o indivíduo está
vivenciando, variando entre hipertensão arterial, enxaqueca, tensão, crises de
ansiedade, desânimo e até infarto (DANTAS, 2021).
Este processo pode ser vivenciado por qualquer pessoa, independente de
raça ou classe social, uma vez que consiste em um estado em que o indivíduo está
diante de uma situação alarmante, que corresponde ao estresse e à necessidade de
se adaptar ao ambiente, exatamente o que houve na pandemia da Covid-19
(CIOTTI, 2020).

3.1.3 INSÔNIA E SEU DESENCADEAMENTO

Profissionais de saúde que não dormem bem têm duas vezes mais chances
de relatar sintomas de depressão do que seus colegas mais descansados, de
acordo com um estudo recente sobre a associação entre qualidade do sono e
transtorno psicológicos em profissionais de saúde realizado na cidade de Nova York
durante a pandemia (AZEVEDO, 2010).
Com a pandemia de covid-19, a carga de trabalho enfrentada pelos
profissionais da saúde gera preocupação quanto à saúde física e mental desses
profissionais. Estudo desenvolvido por pesquisadores da Faculdade de Medicina da
USP (FMUSP) e da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP analisou 4.384
profissionais da saúde e revelou que 41,4% deles apresentaram novas queixas de
insônia ou piora desse quadro durante a pandemia. O estudo também observou um
27

aumento de 13% no número de tratamentos medicamentosos para insônia entre os


profissionais.
O não atendimento da necessidade de sono tem efeitos a curto, médio e
longo prazo para a saúde. o sono adequado, tanto em relação à sua duração
quanto ao momento em que é realizado, é uma necessidade fisiológica do
organismo. Um dia que um eefermeiro fica em privação de sono já é suficiente para
gerar alterações do humor e dores de cabeça, os sintomas se agravam em casos de
privação de sono crônica (BIROLI, 2020).
28

METODOLOGIA

Trata-se de estudo exploratório, baseado em dados públicos e gratuitos,


seguindo o protocolo internacional Consolidated Criteria For Reporting Qualitative
Research (COREQ). Foi construída uma análise através de ma seleção de artigos
disponíveis em plataformas como o Google Academic que abordasse a temática,
para tal, os descritores escolhidos foram: Enfermeiros, Enfermeiros na Covid,
Distúrbios Psicológicos, os resultados encontrados chegaram a 173 mil resultados,
porém, os critérios utilizados para selecionar o material foram: Apenas arquivos em
português, ou seja, idioma, intervalo de tempo, de, no máximo, doze anos, apesar
do tema central estar embasado na pandemia de 2019, que é, nesse caso, recente,
os distúrbios psicológicos dos profissionais da saúde tem uma história pregressa e,
por último, o material que abordasse temas paralelos, que não dissertassem sobre a
temática selecionada como cenário principal.
Ao final da coleta de dados, estudou-se um número de 11 artigos, logo, como
já mencionado, para chegar-se a esse número reduzido de artigos, os critérios de
escolha e seleção foram basicamente: Idioma (precisavam estar em português) e
temática, precisavam estar dentro do contexto da pandemia, abordando estudos que
fizessem referência ao vírus e a situações médicas semelhantes, além, é claro, do
espaço de tempo, do período publicado.
29

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados serão apresentados através de um fluxograma e quadro, onde


constam artigos escolhidos, que responderam diretamente aos objetivos do estudo,
sendo considerado título, país, autores, ano, idioma e resultados.

Fluxograma da seleção dos artigos


30

Tabela 1: Descrição de artigos publicados no período de 2014 a 2019

N Título País/ Autores Ano RESULTADOS


º
Orige
m
A Saúde do Brasil Nascimento 2018 Saúde do homem na
Homem: Um , I.M; atenção primária à saúde
estudo Moreira, traz reflexões acerca da
reflexivo na L.A. multiplicidade de olhares na
ótica das Ribeiro, avaliação corporal.
1 ações de W.A.;
promoção à Cordeiro,
saúde. R.M.S.
Câncer Brasil Araújo 2017 A promoção da
de Júnior, A.C; conscientização de tais
próstata: Oliveira, profissionais a procurarem
Conheciment J.B; Silva, uma capacitação contínua
o da equipe M.L.F; para dessa forma ampliar
2 de Francelino, seu conhecimento acerca
enfermagem T.R; da patologia e ao público
que atua Gomes, alvo, reduzindo assim o alto
nas R.K.G. nível de mortalidade por
unidades câncer de próstata.
básicas
de saúde
do sertão
central
do
Ceará.
Atuação Brasil 2019 As medidas preventivas,
do Vasconcelo como a educação,
enfermeiro s, L.I; capacitação da equipe de
na Falcão, A.F; Enfermagem e familiares. É
prevenção Rufin, N.S; necessária para criar
3 do Gois, condições que propiciem
câncer G.A.S. uma assistência de
qualidade, seja na atenção
de próstata: básica, na atenção
revisão ambulatorial ou de alta
integrativa complexidade.
Contribuições Brasil Vaz, C.A.M; 2018 Planejamentos e
do enfermeiro Souza, G.B; intervenções de estratégias
para a saúde do Filho, I.M.M; na atenção básica que
homem na Santos, objetiva divulgar, transformar
4 atenção básica. O.P; o conhecimento populacional
Cavalcante, sobre a Política Nacional de
M.M.F.P. Atenção Integral a Saúde do
Homem (PNAISH).
31

Assistência Brasil Carvalho, 2017 Destaca-se a implantação


de C.M.S; de estratégias educativas
enfermagem Cardoso, em saúde voltadas ao
ao homem R.P.A; cuidado na prevenção,
5 com Ribeiro, I.C; diagnóstico e tratamento.
câncer Craveiro,
C.G.S.
de próstata:
Revisão
Integrativa

de literatura.
Câncer Brasil Gonzaga, 2016 As ações relacionadas a
J.R.C; saúde do homem são
de próstata: Silva, muito importante,
ações L.M.F. principalmente nas
preventivas situações que tem por
6 objetivo o rastreamento e
na atenção diagnóstico precoce de
primária - neoplasias prostáticas, afim
uma revisão de reduzir a mortalidade.
bibliográfica
Saúde Brasil Veras 2017 Os principais motivos do
preventiva ; não diagnóstico precoce
com ênfase A.S.P são a não adesão do
. homem ao exame
7 no câncer preventivo da próstata por
preconceito e o não
de próstata: preparo do profissional da
uma revisão saúde para oferecer uma
atenção adequada para
de literatura. este homem.

Assistência Brasil Vieira, F.B 2017 Na prática de ações de


de enfermagem voltadas
Enfermagem exclusivamente para a
na Prevenção saúde do homem se tem
8 do um número maior de
Câncer aderentes aos programas
assim sendo possível o
de Próstata. diagnóstico precoce dessa
neoplasia maligna e
aumentando
as chances de cura do
paciente.
Atuação Brasil Ponce, 2015 O resultado do estudo
E.M.L; mostra que a falta de
do enfermeiro Silva, J.S. conhecimento sobre a
patologia e os meios
9 na prevenção preventivos impede uma
maior adesão dos homens
do câncer na realização da prevenção
do câncer de próstata.
de próstata.
Assistência Brasil Carvalho, 2017 A importância da atuação
da C.M.S ,et do enfermeiro na saúde do
Enfermagem al. homem com câncer de
ao homem próstata, destacando a
1 com implantação de estratégias
0 câncer educativas em saúde
voltadas ao cuidado na
32

de próstata: prevenção, diagnóstico e


Revisão tratamento.
Integrativa

da Literatura.
Fatores Brasil Silva, J.S. 2017 Os fatores culturais estão
culturais presentes em nosso meio
associados social, tais como
preconceito, vergonha,
1 a não adesão machismo e medo,
1 aos exames funcionando como barreiras
preventivos a não adesão aos exames
preventivos de câncer de
de Câncer próstata, necessitando de
ações educativas com
de objetivo de mudar essa
Próstata realidade vivenciada.

em Parintins.
Trabalho do Brasil Neto, 2013 O enfermeiro na atenção ao
Enfermeiro na F.R.G.X; homem varia entre
atenção à Rocha, consultas de enfermagem,
saúde do A.E.F; visitas aos lares, ações
1 homem no Linhares, educativas, pedidos de
2 território da M.S.C; exames,
estratégia Oliveira, encaminhamentos,
saúde da E.N. atendimento à criança, ao
família. adolescente, ao adulto e ao
idoso, cuidado preventivo,
acompanhamento de
doenças e Saúde do
Homem.
1 Identidade Brasil Knob, B.P; 2014 Apreende-se que a
4 Muniz, R.M; identidade de ser homem
do homem Schwartz, resiliente, para estes
resiliente M; Budó, informantes, foi marcada
M.L.D. pela diferença histórica e
no cultural que permeou as
contexto suas ações, no processo de
adoecimento por câncer de
de próstata.
adoecer

por
câncer

de
próstata:

uma
perspectiva
cultural
1 A Brasil José 2018 Cabe ao profissional de
5 importância enfermagem esclarecer as
do enfermeiro Cicero formas de prevenção e
no Silva, J.C incentivar os homens a
diagnóstico procurar assistência
precoce especializada.
do
câncer
33

de próstata:
2018.

As principais literaturas existentes auxiliaram na elaboração de três categorias


temáticas, as quais tratavam em responder o problema de pesquisa proposto. As
categorias geradas foram: “Os benefícios de uma assistência adequada do
enfermeiro frente à ao homem com Câncer de Próstata na unidade básica de
saúde”; “Estratégias utilizadas por enfermeiros nas UBS que tange à atenção
integral da saúde do homem”; “Fatores que afastam esse homem da prevenção do
câncer de próstata e a busca pela manutenção da sua saúde”.
Os elevados custos efetivados pelo Sistema de saúde no Brasil com a
neoplasia da próstata apresentam algumas medidas preventivas, principalmente no
exame anual preventivo mais do que uma postura para se reduzir custos, haja vista
que a detecção precoce é o único modo de prevenir agravos promovidos pela
doença, reduzindo assim a sua letalidade (NASCIMENTO et al., 2018).
Acredita-se que o aumento do número de casos diagnosticados está
relacionado com a detecção precoce, uma vez que o sistema público de saúde
passou a facilitar o acesso ao exame, possibilitando a descoberta da doença na sua
fase inicial, aumentando assim as probabilidades de prognóstico e cura. (ARAÚJO et
al., 2019).
Vasconcelos et. al. (2019) destacou que a maior parte da população
masculina entrevistada no seu estudo possuía informações a respeito do câncer de
próstata, fato este que poderia contribuir com a realização dos exames preventivos.
Porém, ainda existe uma pequena parcela (2,44%) que afirma não ter conhecimento
algum sobre o assunto, ou que desconhece os exames, relacionado ao baixo nível
de escolaridade destes entrevistados.
Ribeiro et. al., (2015) enfatiza que o enfermeiro possui papel primordial para
prevenção, promoção e manutenção na vida do homem, porém os enfermeiros
apontam como problema principal a falta de divulgação da saúde do homem, e
sendo assim prejudica no atendimento aos mesmos. O modo como os homens são
recebidos acabam por afastá-los, pois não há uma metodologia de sistematização
para implementar a política.
Nessa perspectiva, o papel do enfermeiro é ajudar a alargar o acesso dos
homens às informações sobre Câncer de Próstata, colaborando para o
34

enfrentamento racional dos fatores de risco (PONCE et al., 2015).


Veras et al. (2017), ressalta a importância da atuação do enfermeiro no tratar
e cuidar da saúde dos homens, estes devem sempre atentar para os aspectos
culturais que os tornam singulares em âmbito geral. Pois assim, as chances de
continuidade do cuidado e da assistência aumentam, fazendo com que o homem se
sinta parte integrante do processo de cura e superação, tornando - se ativo frente à
própria saúde.
O Câncer de Próstata é um dos tipos de câncer mais incidentes em homens.
Para que se possa diminuir a morbidade e mortalidade dessa patologia se faz
necessário conhecer a incidência e prevalência na população. As estratégias para a
prevenção devem ser pensadas de maneira a aproximar o homem da atenção
primária em busca da realização dos exames preventivos em busca de tratamento
no início da doença para que as chances de cura aumentem (SOUSA et al., 2019).
Carvalho et al., (2019) afirma que o enfermeiro deve aproveitar sempre as
oportunidades que surgem no seu cotidiano assistencial no sentido de orientar de
maneira adequada o público masculino sobre os fatores de risco e medidas de
prevenção relativas ao câncer próstata, além de identificar a presença de fatores
predisponentes, a fim de buscar precocemente a presença de sinais e sintomas que
possam indicar alterações relacionadas a próstata. O atendimento baseado na
comunicação é uma estratégia importante, pois há uma troca de informações entre
equipe de saúde e paciente, gerando uma de uma compreensão mútua.
Em face desta realidade, a PNAISH orienta quanto à formulação de diretrizes
e ações preventivas focadas essencialmente, com vistas aos métodos de prevenção
e promoção da saúde, visando à qualidade de vida e à educação, como dispositivos
estratégicos de incentivo às mudanças de comportamento. As atividades de
promoção da saúde e a prevenção de agravos têm sido focalizadas como linhas
prioritárias na Estratégia Saúde da Família (MOURA et al., 2015).
Contudo, o papel do enfermeiro tem como ponto de partida a educação em
saúde, promoção, consultas de enfermagem, procedimentos técnicos. No entanto
existem outras necessidades como melhora da autoestima, independência para as
atividades diárias e autocuidado; segurança, entre outros, nas quais o enfermeiro
auxilia (VIEIRA et al., 2017).
Entretanto Carvalho et. al. (2017), completa que as estratégias como
educação em saúde em todos os níveis da sociedade, promoção e prevenção que
35

tenham como objetivo a indivíduos e grupos, a geração de opinião pública, apoio e


estímulo à concepção de leis que possibilitem monitorar a ocorrência de casos que
podem colaborar para a redução da morbidade e mortalidade da população
masculina.
No entanto, é necessário que se reconheça que as questões de gênero
interferem de maneira significativa na gerência do cuidado da Enfermagem aos
homens com Câncer de Próstata, bem como as dificuldades que estes encontram
quando procuram o Sistema Único de Saúde (SUS). Ao se reconhecer essas
dificuldades o profissional da Enfermagem deve buscar trabalhar na oncologia de
acordo com o princípio da integralidade, reconhecendo que as dimensões gerencial
e assistencial caminham juntas e despertando para a co-responsabilidade na
intenção de gerenciar o cuidado de Enfermagem ao homem com câncer (SILVA et
al., 2017).
Neto et al. (2018) afirma, que o grande problema quando o assunto é a saúde
masculina é a baixa adesão da população ao serviço de saúde principalmente na
Atenção Básica de Saúde, que tem como princípio considerar o ser humano em toda
sua complexidade e integralidade minimizando assim os agravos e buscando
promover a saúde, o desejável seria que o acesso da população masculina
ocorresse de forma equitativa.
Ribeiro et al. (2017) coloca em sua literatura que é importante ressaltar que a
pouca procura pelo público masculino aos serviços de saúde não se deve só a
fatores ligados aos usuários, mas também à política de saúde praticada para este
grupo de indivíduos.
Entretanto, este despreparo se dá devido à falta de estudos na área que
contempla a saúde do homem, dos enfermeiros. A necessidade do autocuidado são
conceitos retratados bem antes da criação da Política ou até mesmo do homem ser
foco de grandes ações em saúde pública (SILVA et al., 2018).
Vieira et al. (2016) completa que existem inúmeras questões que impedem à
adesão do homem a busca da prevenção de sua saúde, entre elas a necessidade de
parecerem mais fortes que as mulheres, e assim não adoecerem não precisando de
cuidados. Outro ponto que acarreta no afastamento desse homem das Unidades
Básicas de Saúde (UBS) é que elas são vistas por eles como espaço que são
frequentados basicamente por mulheres, com equipes composta por profissionais do
sexo feminino e que não desenvolvem atendimentos direcionados a eles.
36

Souza et al., (2015) enfatiza, que há diversas dificuldades sentidas pelos


enfermeiros para a prevenção do câncer de próstata, e estas estão associadas a
fatores como a falta de informação da população masculina, as crenças, os aspectos
socioculturais sobre o câncer e seu prognóstico, o preconceito em relação ao exame
preventivo realizado por meio do toque retal e a carência de rotinas nos serviços
para a prevenção do câncer de próstata.
Neste sentido, pesquisadores apontam que o homem que possui pouca
escolaridade e baixo poder socioeconômico sabe pouco ou praticamente nada em
relação ao câncer de próstata, necessitando de maior estímulo para a participação
de ações educativas, pois a ausência de informações coerentes pode
desencadear um maior preconceito e resistência no cuidado à saúde,
principalmente, quando se refere à sua intimidade e masculinidade (MARQUES et.
2016).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Covid-19 ainda está longe de ser uma batalha ganha, porém, depois de
tantos meses de enfrentamento, mais de dois anos, já pode-se perceber que o caos
37

da pandemia trouxe muitas lições especiais, em especial, aos médicos, enfermeiros


e outros profissionais da área. A implementação de estratégias de atenção à saúde
mental dos profissionais que estão na linha de frente do combate à pandemia de
COVID-19, como médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, pessoal da
higienização entre outros, é fundamental tanto para o controle da epidemia quanto
para a proteção da saúde desses profissionais a médio e longo prazo.
Além do transtorno de ansiedade generalizada, verificou-se o estresse
crônico, a exaustão e esgotamento dos trabalhadores frente à intensa carga de
trabalho, o que tende a piorar num contexto de carência de mão-de-obra na
eventualidade dos profissionais de saúde terem que se isolar devido ao fato de
contraírem o COVID-19, além dos transtornos ocasionados pelo distanciamento da
família. Alguns trabalhos chamam a atenção para o sentimento de impotência diante
da gravidade e a complexidade dos casos face à falta de leitos ou equipamentos de
suporte à vida.
Os profissionais da saúde provavelmente tenham sido os mais impactados
pela pandemia do novo coronavírus que, desde o seu início, colocaram-se na linha
de frente para o combate desse inimigo desconhecido e invisível.
38

REFERÊNCIAS

AZEVEDO E SILVA G, GIRIANELLI VR, GAMARRA CJ, BUSTAMANTE-TEIXEIRA


MT. Mortalidade no Brasil, 1981-2006. Cad Saude Publica. 2010

BIROLI F. Divisão Sexual do Trabalho e Democracia. Dados [Internet]. 2016


[acessado 05 Maio 2020]; 59(3):719-754. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0011 -
52582016000300719&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 17 de outubro de 2022.

CIOTTI, Marco et al. A pandemia de COVID-19. Revisões críticas em ciências


laboratoriais clínicas , v. 57, n. 6, pág. 365-388, 2020.

DANTAS, Eder Samuel Oliveira. Saúde mental dos profissionais de saúde no Brasil
no contexto da pandemia por Covid-19. Interface-Comunicação, Saúde,
Educação, v. 25, 2021.

DA ROSA, Liane; PASSOS, Josyara; CARDOSO, Leticia Silveira. Triagem em


Pronto Socorro: o processo de trabalho da equipe de enfermagem. Anais do Salão
Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão, v. 7, n. 2, 2015.

HIRATA H. Globalização, Trabalho e Gênero. Rev Polit Públicas [Internet]. 2005


Jul-Dez [acessado 30 Maio 2020]; 9(1):111-1128. Disponível em:
http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rppublica/article/view/3770.
Acesso em: 10 de outubro de 2022.

MACIEL, Thales Vaz et al. Mineração de dados em triagem de risco de


saúde. Revista Brasileira de Computação Aplicada, v. 7, n. 2, p. 26-40, 2015.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS). Organização Pan-Americana de


Saúde (OPAS). Folha Informativa - COVID 19 [acessado 05 Maio 2020]. Disponível
em: https://www.paho.org/bra/index.php?
option=com_content&view=article&id=6101:covid19&Item id=875. Acesso em: 01 de
outubro de 2022.

PETEET, John R. Ansiedade COVID-19. Revista de religião e saúde , v. 59, n. 5,


pág. 2203-2204, 2020.

SILVA, David Franciole Oliveira et al. Prevalência de ansiedade em profissionais da


saúde em tempos de COVID-19: revisão sistemática com metanálise. Ciência &
Saúde Coletiva, v. 26, p. 693-710, 2021.

TEIXEIRA, Carmen Fontes de Souza et al. A saúde dos profissionais de saúde no


enfrentamento da pandemia de Covid-19. Ciencia & saude coletiva, v. 25, p. 3465-
3474, 2020.

Você também pode gostar