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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIGRAN CAPITAL

IVAN DE BARROS FRANCO 092.1306


KENIA PEREIRA DA SILVA 092.1201
RENATA FRANCA DE MORAIS NORBERTO 092.1216
SARAH MARTINS FERREIRA 092.1888
TÂMILLA ROSSATT DE OLIVEIRA 092.1239

Psicólogo hospitalar como comunicador de notícias no período de


Pandemia.

Campo Grande MS
2023
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIGRAN CAPITAL

IVAN DE BARROS FRANCO 092.1306


KENIA PEREIRA DA SILVA 092.1201
RENATA FRANCA DE MORAIS NORBERTO 092.1216
SARAH MARTINS FERREIRA 092.1888
TÂMILLA ROSSATT DE OLIVEIRA 092.1239

Psicólogo hospitalar como comunicador de notícias no período de


Pandemia.

Trabalho na disciplina Psicologia Hospitalar no 9º


Semestre do Curso de Psicologia do Centro
Universitário UNIGRAN CAPITAL, M.a; Drª:
Debora Teixeira da Cruz

Campo Grande MS
2023
Psicólogo hospitalar como comunicador de notícias no período de
Pandemia.

JUSTIFICATIVA

A pandemia de COVID-19 tem impactado a saúde física e mental da população em todo o


mundo. Pacientes e suas famílias têm enfrentado dificuldades emocionais, expressões em
relação ao diagnóstico, tratamento e possíveis perdas. Nesse contexto, a comunicação de
notícias torna-se fundamental para o cuidado integral dos pacientes, e o papel do psicólogo
hospitalar como comunicador de notícias se destaca como uma função crucial.

No entanto, ainda há poucas pesquisas sobre a atuação do psicólogo hospitalar como


comunicador de notícias em momentos de crise, como a pandemia. É necessário, portanto,
aprofundar o conhecimento sobre essa função e sobre as estratégias mais eficazes para lidar
com as demandas emocionais dos pacientes e seus familiares. Assim, justifica-se a realização
desse estudo, a fim de contribuir para aprimorar a prática clínica do psicólogo hospitalar,
desenvolver intervenções psicológicas mais efetivas em contextos hospitalares e promover a
saúde mental e o bem-estar dos pacientes e suas famílias durante a pandemia e outras crises
de saúde pública. A pesquisa também pode ter impacto na formação de novos profissionais e
na sensibilização da sociedade sobre a importância da saúde mental em momentos de crise.

OBJETIVO
O objetivo do estudo sobre o papel do psicólogo hospitalar como comunicador de
notícias durante a pandemia é analisar a importância desse profissional na comunicação de
informações relevantes para pacientes e suas famílias em momentos de crise, como a
pandemia de COVID-19. Além disso, o estudo busca identificar as estratégias de
comunicação mais eficazes para lidar com a crise, de modo a contribuir para o aprimoramento
da prática clínica e para o desenvolvimento de intervenções psicológicas mais efetivas em
contextos hospitalares. O estudo também visa destacar o significado do papel do psicólogo
hospitalar no cuidado integral dos pacientes, em colaboração com outros profissionais de
saúde.
O papel do psicólogo hospitalar neste contexto também inclui o suporte emocional aos
pacientes e seus familiares, como o diagnóstico de doenças graves ou a morte de um ente
querido. Além disso, o psicólogo pode trabalhar em colaboração com outros profissionais de
saúde, como médicos e enfermeiros, para garantir que as informações sejam fornecidas de
maneira adequada e que os pacientes recebam o apoio necessário.
Sendo assim, traremos neste trabalho algumas formas que os psicólogos hospitalar
enfrentaram um dos momentos mais difíceis dos últimos tempos: Covid 19, como foi
realizado o acolhimento dos familiares e pacientes que estiveram hospitalizados não deixando
de citar os profissionais de saúde que estiveram a frente da “batalha”.

METODOLOGIA

O presente trabalho faz parte da disciplina Psicologia Hospitalar do curso de


Psicologia do Centro Universitário Unigran Capital, sendo um resumo do artigo "Atuação do
Psicólogo Hospitalar na Pandemia do COVID-19 um relato de experiência”, que foi
confeccionado conforme resolução do SUS 580/2018, o relato de experiência do Psicólogo
que atuou no Hospital Geral que está inserido na rede de atenção à saúde de Curitiba, de baixa
e média complexidade, também atua no serviço de atendimento domiciliar. Realizaremos
pesquisa exploratória nos principais sites de pesquisas: Pepsic, Periodicos.capes ,Google
Acadêmico (Scholar), Scientific Electronic Library Online ( Scielo.org), no período de 5 anos
(2019 a 2023) com palavras chaves : Psicólogo hospitalar; pandemia; covid 19; comunicação
de notícias hospitalar; no idioma português.

DESENVOLVIMENTO

Atualmente, é amplamente compreendido que o trabalho em equipe é essencial para


enfrentar os desafios do cuidado integrado (Baquião et al., 2021; Rosen et al., 2018). No
entanto, como Peduzzi et al. (2020), as relações entre profissionais de saúde de diferentes áreas
– especialmente no hospital – costumam ser marcadas por uma abertura muito limitada à
interação e colaboração, o que dificulta o estabelecimento de um objetivo comum de cuidado e
leva a ações fragmentadas e ineficazes... Esse fato sugere que muitos deles optam desenvolver
suas atividades com alto grau de autonomia e pouca interdependência, continuando a
acompanhar os autores citados.
Assim, as contribuições de uma equipe multidisciplinar, incluindo psicólogos
hospitalares, acabam sendo subutilizadas nessa situação, o que pode prejudicar a qualidade da
assistência médica (Souto & Schulze, 2019). Parece razoável supor que tal problema é
causado, pelo menos em parte, pelo significado das relações que surgem quando as notícias
ruins circulam entre profissionais de saúde de várias áreas. Por fim, Turato (2005) afirma que as
diversas esferas da vida das pessoas são organizadas em torno dos significados de experiências
individuais ou coletivas. Além disso, o autor mencionado afirma que as pesquisas qualitativas
diferem das pesquisas quantitativas por se concentrarem exclusivamente na compreensão de
significados. Já temos estudos que quando se trata desse assunto, os psicólogos hospitalares não
foram incluídos. Isso abre outra lacuna significativa, pois tanto aqueles que comunicam quanto
aqueles que recebem má notícia de saúde experimentam graus diferentes de sofrimento
emocional, o que indica a necessidade de intervenções psicológicas antes, durante e/ou após a
comunicação (Aguado & Cuesta, 2019), sendo assim, podemos ver que o psicologo não é
necessáriamente o comunicador de más noticias e sim o suporte para a equipe e familiares que
assim necessitar.
A Organização Mundial da Saúde (OMS, 2021) registrou mais de 123 milhões de
casos de contaminação e mais de 2 milhões de mortes pelo vírus no mundo no último ano. O
Ministério da Saúde do Brasil registrou mais de 12 milhões de casos de COVID-19 e 295.425
mortes até março de 2021 (Brasil, 2021c). As demandas da sociedade estão se tornando mais
intensas e diversas neste momento. Como resultado, os psicólogos estão motivados a descobrir
novas maneiras de fornecer suporte emocional e psicológico. Portanto, a pandemia de COVID-
19 pode ser considerada um evento de crise devido às mudanças que ela provocou em várias
facetas da sociedade, tanto de curta quanto de longa duração. Com essa crise diversas mudanças
foram provocadas tanto pelo sentimento de insegurança frente ao futuro como pela perda de
entes queridos (Sá; Werlang; Paranhos, 2008).
Assim, os serviços de psicologia em contextos de saúde, particularmente em
hospitais, visam compreender e considerar o processo saúde/doença de uma perspectiva
psicossocial, bem como entender e agir no contexto de uma pessoa exposta a doenças e
condições de saúde inadequadas (Almeida; Malagris, 2011). Além disso, o psicologo deve ser
ativo ao trabalhar nesse ambiente dinâmico, atendendo não apenas pacientes, mas também
familiares e equipe muldiciplinar precisam de suporte emocional.
O setting terapêutico, também conhecido como setting clínico, é reestruturado dessa
maneira: a uma ala de emergência do hospital assume o papel principal enquanto enfermeiros,
médicos, técnicos e outros profissionais de primeira linha que trabalham perto do corpo do
paciente, muitas vezes tendo que intervir de forma invasiva. Isso significa que muitos momentos
passados neste ambiente ficarão marcados na memória desses sujeitos porque, ao se lembrar de
uma situação emocional desafiadora, como a pandemia de COVID-19, alguns sentimentos e
reações podem ficar gravados em suas memórias. (Grincenkov, 2020).
O pcicologo cuidou alem da equipe hospitalar, os familiares dos pacientes que
estavam intubados ou sedados receberam cuidados psicológicos dentro dos hospitais durante a
crise do COVID-19. O atendimento a pacientes e familiares pode ser caracterizado como
psicoterapia de apoio, com intervenção em crise com acolhimento de sentimentos e
psicoeducação sobre adoecimento e funcionamento da equipe (Silva et al., 2020).
Existe também a possibilidade de busca ativa, em que o especialista entra diretamente no local
do crime (Zanini et al., 2021). Os familiares dos pacientes que estavam intubados ou sedados
receberam cuidados psicológicos dentro dos hospitais durante a crise do COVID-19.
A literatura mostra que os psicólogos ajudam com a comunicação e o manejo de
notícias difíceis e fazem luto antecipatório com familiares de pacientes com quadros clínicos
desfavoráveis causados pela contaminação pelo vírus, além de fornecer atendimentos virtuais e
repasses de áudios e vídeos aos pacientes (Catunda et al., 2020; Crepaldi et al., 2020; Silva et
al., 2020). Além disso, Sunde e Sunde (2020) explicam que a limitação na participação e manejo
dos corpos, bem como a falta de celebração de cerimônias fúnebres, levam ao desenvolvimento
de um luto complicado. O trabalho da psicologia no hospital é fundamental para fornecer
suporte e apoio emocional antes, durante e após a comunicação de notícias difíceis, a fim de
garantir a compreensão e aceitação.

CONCLUSÃO

Contudo, conclui- se que é fundamental o papel do psicologo hospital, em qualquer


epoca, olhando para a situação pandemica tornou-se essencial para o acolhimento dos
profissionais que foram alem de suas limitações para salvar vidas. Todo contexto gerou
sentimentos de medo, insegurança e perda oque foi muito ansiogenico para todos que
participaram do contexto.
Já como comunicador de más noticias, cabhe ao psicologo receber dos medicos os
encaminhamentos de pacientes e familiares que relatam sofrimento psicológico causado pelo
processo de adoecimento do paciente. Esses encaminhamentos também devem ajudar os
profissionais de saúde a lidar com as demandas de frustração após o esgotamento de todos os
recursos disponíveis para o tratamento do paciente.
REFERÊNCIAS

BATTISTELLO, Camila Zanella. Como ser psicólogo hospitalar na pandemia de


covid-19 no Brasil?: uma pesquisa documental. Saúde e Sociedade, Porto
Alegre, v. 1, n. 32, p. 1-13, dez. 2022. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/sausoc/a/fjq9LQp7ym5vWsXMhZ7zwPf/#. Acesso em: 30
mar. 2023.

GALLEGO, Patrícia Barberá; GOMES, Layla Raquel Silva; PERES, Rodrigo


Sanches. Significados atribuídos por psicólogos hospitalares às relações entre
profissionais de saúde na comunicação de más notícias. Society And
Development, [s. l], v. 2, n. 11, p. 1-8, jan. 2022. Disponível em:
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/25688. Acesso em: 30 mar. 2023.
KUYBIDA, W., KLAINE, G. J., KUROGI, L. T. Atuação do psicólogo hospitalar na pandemia da

covid-19: um relato de experiência. CadernoS de PsicologiaS, Curitiba, n. 2, 2021. Disponível

em: https://cadernosdepsicologias.crppr.org.br/atuacao-do-psicologo-hospitalar-na-

pandemia-da-covid-19-um-relato-de-experiencia/. Acesso em: 31/03/2023.

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