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FACULDADE DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ARAÇATUBA

BACHAREL EM PSICOLOGIA

Catharina Franco do Amaral Paoliello


Emily Covolo Gazola

A PSICOLOGIA NOS HOSPITAIS: a importância durante o Covid-19.

ARAÇATUBA – SP
2023
Catharina Franco do Amaral Paoliello
Emily Covolo Gazola

A PSICOLOGIA NOS HOSPITAIS: a importância durante o Covid-19.

Trabalho apresentado a matéria de Técnicas de


Pesquisa Acadêmica, para a obtenção de nota
para o 2° semestre do curso Bacharel em
Psicologia- Formação Psicólogo, na Faculdade
da Fundação Educacional Araçatuba - FAC-
FEA.

Prof. Me. Talita Barizon Poço

ARAÇATUBA – SP
2023
RESUMO

No presente trabalho se propõe a analisar a necessidade do psicólogo hospitalar observado no


período durante a pandemia do COVID-19, onde hoje, a presença dos psicólogos é e foi
imprescindível. Porém, é ainda um número muito pequeno de profissionais para atender a
grande demanda por parte dos pacientes e dos familiares enlutados.

Palavras-chave: Psicólogo Hospitalar; Luto; COVID-19; Intervenção.

.
SUMÁRIO

1 A PSICOLOGIA NOS HOSPITAIS: durante o covid-19 ....................................... 4


2 A FALTA DOS PROFISSIONAIS ............................................................................ 4
2.1 Objetivos ....................................................................................................................... 5
2.1.1 Objetivos Específicos.................................................................................................... 5
2.2 HIPÓTESES ................................................................................................................. 5
2.3 JUSTIFICATIVA ......................................................................................................... 5
3 REFERÊNCIAL TEÓRICO...................................................................................... 5
3.1 A ATUAÇÃO DOS PSICÓLOGOS.............................................................................5
3.2 COVID E O DEFICIT DE PROFISSIONAIS.......................................................... ...7
4 CONCLUSÃO..............................................................................................................9
5 METODOLOGIA ....................................................................................................... 9
6 CRONOGRAMA ........................................................................................................ 9
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 10
I- INTRODUÇÃO

A PSICOLOGIA NOS HOSPITAIS: durante o covid-19

No final do ano de 2019, quando tudo parecia bem, surge o alerta da Organização
Mundial da Saúde (OMS) sobre os casos de pneumonia na cidade de Wuhan, na China
(OPAS, 2020). Após alguns dias, ficou constatado que se tratava de um novo tipo de
Coronavírus, recebendo o nome de SARS-CoV-2 e sendo o responsável por causar a doença
COVID-19.
Com o mundo globalizado, o vírus circulava facilmente para todos os lugares,
causando um estado de pânico global. Mesmo com as fronteiras fechadas, bastou um curto
período de tempo para que o vírus chagasse ao Brasil.
Em uma quarta-feira (26 de fevereiro de 2020) foi registrado o primeiro caso: um
homem de 61 anos, dentro de um voo que vinha da Itália. Ao pousar, deu entrada no hospital
no Hospital Albert Einstein, em São Paulo (SP), onde foi confirmada a doença (CONSELHO
NACIONAL DE SAÚDE, 2020). Em questão de segundos milhares de notícias foram
disseminadas e surgiram muitos outros casos espalhados por todo o país.
O Brasil entrou em estado de calamidade, pois não estava preparado para o que estava
por vir. Faltavam hospitais, testes gratuitos para detectar o vírus, equipamentos e aparelhos
que forneciam oxigênio e até mesmo médicos devidamente preparados. Foi necessário parar
de trabalhar e se trancar em casa, causando um pavor coletivo. A incerteza de ter algum
dinheiro para pôr alimento dentro de casa, o medo da doença misteriosa e perigosa
assombravam os brasileiros.
Assim, durante a pandemia, diante de tantas notícias ruins, dentre elas os pavorosos
números de mortes diárias, ficando ainda mais explícito o quanto o emocional pode interferir
no que é expresso pelo corpo, e foi dentro dos hospitais que houve maior repercussão, visto
que, as pessoas chegavam a trêmulas ao cogitar que podiam estar gripadas. Havia
hospitalizados que se encontravam saudáveis e não faziam parte do grupo de risco. No
entanto, diante de um cenário caótico de ansiedade, mortes e o medo psicológico de falecer ou
de estar ''condenado'' a isso, muitos acabaram piorando seu quadro gradativamente. Além do
mais, a falta de um velório impactou ainda mais, sendo um viés necessário a ser discutido.
II – DESENVOLVIMENTO

2.1 – A falta dos profissionais

A princípio, a psicologia dentro dos hospitais desempenha um papel fundamental na


assistência médica, pois reconhece a importância da saúde mental e emocional dos pacientes
como parte integrante do processo de cura.

“No ambiente hospitalar o profissional de psicologia tem o papel de minimizar o sofrimento do


paciente, bem como da família e dar suporte a equipe de saúde. A realidade de hospitais de média
complexidade em que municípios menores enfrentam o desafio de déficit de profissionais da Psicologia
no contexto hospitalar” (DE SÁ, ANA, et al., 2019, online)

2.2 – Objetivos

2.2.1 – Objetivos específicos

Elaborar hipóteses a respeito das consequências, analisar e destacar o déficit de


investimentos para a contratação; trazer informações sobre emocional no período de Covid-19

2.3 – Hipóteses

No que tange em relação à saúde pública, os psicólogos ainda não são devidamente
valorizados. As hipóteses giram em torno do desconhecimento da atuação do psicólogo
hospitalar onde muitas vezes não se dá a devida importância e prioridade, não
disponibilizando recursos para a sua contratação.

2.4 – Justificativa

Durante a pandemia do Coronavírus, ficou explícito o quanto o emocional interfere no


organismo, portanto, um viés necessário a ser pesquisado, discutido. É de suma importância
que o psicólogo hospitalar faça parte da equipe multidisciplinar dos hospitais. É preciso
elucidar mostrando a importância do seu trabalho frente a realidade hospitalar.
III – REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 – A atuação dos psicólogos

Abaixo, destacarei a relevância da psicologia hospitalar:

1. Suporte Emocional: A hospitalização muitas vezes é uma experiência estressante e


angustiante para os pacientes e suas famílias. Os psicólogos hospitalares oferecem suporte
emocional, ajudando os pacientes a enfrentar o medo, a ansiedade e a depressão associados à
doença e à hospitalização.
2. Aumento da Adesão ao Tratamento: Pacientes que recebem apoio psicológico tendem a ser
mais aderentes ao tratamento médico. Isso é crucial para o sucesso do tratamento, pois
pacientes que seguem as orientações médicas têm maior probabilidade de se recuperar.
3. Melhoria da Qualidade de Vida: A psicologia hospitalar foca na melhoria da qualidade de
vida dos pacientes. Ajuda a lidar com a dor, o desconforto e os desafios emocionais, o que
pode acelerar a recuperação.
4. Manejo do Estresse: Pacientes e suas famílias frequentemente enfrentam situações
estressantes, como diagnósticos graves ou procedimentos cirúrgicos. Psicólogos hospitalares
ensinam técnicas de manejo do estresse, promovendo a resiliência emocional.
5. Comunicação e Tomada de Decisões: Os psicólogos hospitalares auxiliam na comunicação
entre pacientes, familiares e equipe médica, facilitando a tomada de decisões informadas
sobre o tratamento e procedimentos médicos.
6. Apoio em Casos de Luto: Quando ocorre a perda de um ente querido no ambiente
hospitalar, os psicólogos hospitalares ajudam os enlutados a enfrentar o processo de luto,
proporcionando apoio emocional.
7. Prevenção de Transtornos Psicológicos: A intervenção precoce por parte dos psicólogos
hospitalares pode prevenir o desenvolvimento de transtornos psicológicos relacionados à
saúde, como a depressão e o transtorno de estresse pós- traumático.
8. Treinamento de Profissionais de Saúde: Além de trabalhar diretamente com os pacientes, os
psicólogos hospitalares também fornecem treinamento para a equipe médica, capacitando-os a
lidar com questões emocionais de forma mais eficaz.

Em síntese, a psicologia hospitalar não apenas aborda os aspectos físicos da doença,


mas também se concentra no bem-estar emocional dos pacientes, promovendo uma
abordagem completa e holística para a assistência médica. Isso resulta em melhores resultados
de tratamento, maior satisfação dos pacientes e uma experiência geral mais positiva durante a
hospitalização. “[…] Promover informações sobre o vírus e propor treinamentos para os
profissionais que atendem à população é fundamental para que não haja interpretações
errôneas frente ao contágio e que a transmissão possa ser a menor possível” (BATTISTELLO,
Camila Z, p.3).

“O processo de descobrir-se doente coloca o paciente (e a rede de suporte)


diante de sentimentos de angústia – isto é, as fantasias de imortalidade e de controle
da própria vida são desfeitas. Mais especificamente, durante a pandemia de covid-19,
além desses aspectos, é necessário considerar também a incerteza sobre o futuro,
aliada ao desconhecimento de tratamentos eficazes.” (BATTISTELLO, Camila Z,
2023, p.3).

Dentro dos hospitais o psicólogo fica responsável pelo suporte, continuando com a
citação de Camila Bastiello:

“Um primeiro ponto a ser lembrado durante o atendimento de pacientes,


familiares e membros da equipe dentro do próprio hospital é o cuidado humanizado, de
forma que a experiência não tenha um impacto tão negativo na vida dos sujeitos e eles
consigam se expressar na sua totalidade.” (BATTISTELLO, Camila Z, 2023, p.3).

3.2 – COVID e o déficit de profissionais

Com a pandemia intensificou ainda mais a necessidade de trazer mais


profissionais da psicologia para atuar com o cuidado da saúde mental tanto dos pacientes
quanto dos familiares

“A preocupação com a saúde mental da população se intensifica durante uma


grave crise social. A pandemia da Coronavírus Disease 2019 (COVID-19) pode ser
descrita como uma dessas crises, a qual tem se caracterizado como um dos maiores
problemas de saúde pública internacional das últimas décadas, tendo atingido
praticamente todo o planeta [...]” (FARO, André et al. 2020, p.2)

“Os discursos dos psicólogos pesquisados apontam limites e possibilidades nas


intervenções em contexto hospitalar, tais como a predominância do atendimento
individual em leito hospitalar, a grande demanda pelos psicólogos e o baixo número de
profissionais existentes, a dificuldade para se obter privacidade na escuta de pacientes e
familiares dentro do hospital, assim como a frequente perspectiva de haver poucos
encontros ou mesmo encontro único com o paciente internado”. (REIS, José De A. et al,
2016, p.13)

“Para as autoras, essa diversidade exige do psicólogo da saúde, ao atuar no


hospital, ter de reinventar a sua intervenção e construir novos fazeres, sendo necessário
construir e reconstruir a prática a cada momento, nos atendimentos individuais, nos
grupos e nas ações de educação em saúde. (REIS, José De A. et al, 2016, p.13)

“O processo de descobrir-se doente coloca o paciente (e a rede de suporte) diante de


sentimentos de angústia – isto é, as fantasias de imortalidade e de controle da própria vida
são desfeitas. Mais especificamente, durante a pandemia de covid-19, além desses
aspectos, é necessário considerar também a incerteza sobre o futuro, aliada ao
desconhecimento de tratamentos eficazes.” (BATTISTELLO, Camila Z, p.3)

Os resultados indicaram que a pandemia trouxe mudanças importantes nas


rotinas de trabalho dos psicólogos hospitalares, alterando demandas, formatos de
atendimento, público principal, entre outros pontos. Uma das mudanças observadas na
rotina da maioria dos pesquisados foi a utilização do formato de atendimento on-line.”
(LEMOS, Gabriela X. de; Wiese, Íria R. B. 2023, p.9)

A psicologia enfrentou os desafios impostos pela perda em larga escala e pelo luto
durante a pandemia de COVID-19 por meio de diversas estratégias. Profissionais da área têm
desempenhado papéis cruciais na prestação de suporte imediato em crises, oferecendo
aconselhamento e apoio online para lidar com o luto, ansiedade e estresse relacionados à
pandemia.
A criação de grupos de apoio virtuais proporcionou um espaço de compartilhamento de
experiências e expressão emocional, promovendo a conexão entre indivíduos que enfrentam
situações semelhantes de perda. Psicólogos têm trabalhado em colaboração com profissionais
de saúde e líderes comunitários para implementar intervenções psicológicas em larga escala,
visando apoiar comunidades inteiras afetadas pela perda.
A psicologia também desempenhou um papel vital na educação e conscientização sobre
os impactos psicológicos da perda e do luto. Além disso, pesquisas sobre trauma e luto
coletivo durante a pandemia têm contribuído para a compreensão desses fenômenos e
informado estratégias de intervenção e políticas de saúde mental.
A identificação precoce de sintomas de luto complicado e a intervenção proativa
tornaram-se focos importantes, visando prevenir complicações no processo de luto que podem
resultar em problemas de saúde mental a longo prazo. Terapias específicas para o luto foram
adaptadas para abordar as complexidades desse processo em um contexto global de crise.
“Os atendimentos on-line surgiram como uma alternativa mais segura, durante a
pandemia, evitando a exposição de profissionais e pacientes a contatos evitáveis, o que
possivelmente é um motivo para o grande aumento na sua utilização nesse período.”
(LEMOS, Gabriela X. de; Wiese, Íria R. B. 2023, p.9)

“O surgimento de novos medos, preocupações e o consequente impacto


cognitivo dessas alterações não é incomum em emergências, como uma pandemia, porém
precisam ser trabalhados para que seu efeito negativo não perdure na vida desses
profissionais e não seja um obstáculo para uma atuação eficiente nesse momento de
necessidade.” (LEMOS, Gabriela X. de; Wiese, Íria R. B. 2023, p.11).

Em resumo, a psicologia tem desempenhado um papel crucial no enfrentamento dos


desafios emocionais impostos pela perda massiva e pelo luto durante a pandemia de COVID-
19. Sua abordagem abrangente inclui suporte emocional, adaptação de terapias,
conscientização e intervenções comunitárias para promover a resiliência e a recuperação em
meio a essas circunstâncias desafiadoras.

IV – CONCLUSÃO

Em resumo, a psicologia tem desempenhado um papel crucial no enfrentamento dos


desafios emocionais impostos pela perda massiva e pelo luto durante a pandemia de COVID-
19. Sua abordagem abrangente inclui suporte emocional, adaptação de terapias,
conscientização e intervenções comunitárias para promover a resiliência e a recuperação em
meio a essas circunstâncias desafiadoras. Também para o desenvolvimento de estratégias de
enfrentamento saudáveis. Para aprimorar essa relação, é essencial investir em treinamento,
sensibilização e comunicação eficaz entre profissionais de saúde, pacientes e familiares. A
implementação de serviços de suporte contínuo e a pesquisa constante são passos cruciais
para melhorar a qualidade do cuidado e promover o bem-estar integral no ambiente hospitalar.

V – METODOLOGIA

O método de pesquisa utilizado na elaboração deste trabalho foi de caráter


bibliográfico, em estudos consagrados sobre a atuação do psicólogo hospitalar dentre outros
aspectos relacionados ao contexto pandêmico da COVID-19.. As limitações e
dimensões do trabalho do profissional foram tratadas assim como a alta demanda e a pouca
contratação dos psicólogos no ambiente hospitalar.
CRONOGRAMA

ATIVIDADES/MESES Maio Jun Jul Ago Set Out Nov


Escolha do tema X
Leitura de artigos X X

Revisão da literatura X
Elaboração da estrutura X X
Rever o trabalho X
Entrega do trabalho X
REFERÊNCIAS

BATTISTELLO, Camila Z. Como ser psicólogo hospitalar na pandemia de covid-19 no


Brasil? Uma pesquisa documental. Saúde Sociedade, São Paulo, v.32, n.1, e211011, 2023.
DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-12902022211011pt. Disponível em: SciELO - Brasil -
Como ser psicólogo hospitalar na pandemia de covid-19 no Brasil? Uma pesquisa documental
Como ser psicólogo hospitalar na pandemia de covid-19 no Brasil? Uma pesquisa
documental. Acesso em 19 nov. 2023.

CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE. Brasil confirma primeiro caso do novo


coronavírus, porém não há motivo para pânico. Brasília, 2020. Disponível em:
https://conselho.saude.gov.br/ultimas-noticias-cns/1042-brasil-confirma-primeiro-caso-do-
novo-coronavirus-porem-nao-ha-motivo-para-panico. Acesso em: 19 nov. 2023.

DE SÁ, ANA, et al., A ausência do psicólogo hospitalar: uma perspectiva a partir de uma
observação participante. Congresso de Psicologia do Sertão do São Francisco
(COPSISF),2019. Disponível em: A AUSÊNCIA DO PSICÓLOGO HOSPITALAR |
Congresso de Psicologia do Sertão do São Francisco (COPSISF) (periodicosfacesf.com.br).
Acesso em 19 nov. 2023.

FARO, André et al. COVID-19 e saúde mental: a emergência do cuidado. Estudos


Psicológicos, Campinas, e200074, mai.2020, DOI: https://doi.org/10.1590/1982-
0275202037e200074. Disponível em; Estud. psicol., Campinas, 37, e200074 (scielo.br)
Acesso em 19 nov. 2023.

LEMOS, Gabriela X. de; Wiese, Íria R. B. Saúde Mental e Atuação De Psicólogos


Hospitalares. Psicologia: Ciência e Profissão, João Pessoa,v. 43, e250675, 2023.
DOI:https://doi.org/10.1590/1982-3703003250675. Disponível em
scielo.br/j/pcp/a/W33TFQCZYNVrRfdjkLvv9Zb/?format=pdf. Acesso em 19 nov. 2023.

OPAS. Histórico da pandemia de COVID-19. Escritório Regional para as Américas da


Organização Mundial da Saúde, 2020. Disponível em:
https://www.paho.org/pt/covid19/historico-da-pandemia-covid-19. Acesso em: 19 nov. 2023.

REIS, José De A. et al. Prática e inserção do psicólogo em instituições hospitalares no Brasil:


revisão da literatura. Psicologia Hospitalar, São Paulo, v.14, n.1, p.13, 2016. Disponível em:
Prática e inserção do psicólogo em instituições hospitalares no Brasil: revisão da literatura
(bvsalud.org). Acesso em: 19 nov. 2023.

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