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UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO

INSTITUTO DE CIENCIAS DE SAUDE


DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA

ESPECIALIDADE EM PSICOLOGIA CLÍNICA

RELATORIO DE ESTAGIO PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE


LICENCIATURA: ACOMPANHAMENTO PSICOLOGICO E
PSICOTERAPEUTICO

ANTÓNIO PAIVA FAMOROSO MANUEL

LUANDA
2024
António Paiva Famoroso Manuel

RELATORIO DE ESTAGIO PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE


LICENCIATURA: ACOMPANHAMENTO PSICOLOGICO E
PSICOTERAPEUTICO

Relatório de estágio apresentado ao Instituto de Ciências de Saúde da Universidade


Agostinho Neto como requisito para obtenção do título de Licenciado em Psicologia
Clínica.

Orientadora: Madalena Ferreira

Luanda
2024
RESUMO

A razão do ser é uma necessidade comum em volta da satisfação comum e individual


no que diz respeito a explicação das coisas. Os estímulos do meio e a subjectividade
interpretativo individual que pode ser complexa ou não, dependendo de factores que possam
suporta-los ou rejeita-los.
O adoecimento traz consigo um módulo de questões e raciocínios que possam
comprometer a existência de qualquer indivíduo. A hospitalização, o hospital a eficiência e o
fracasso são como vírus situacionais que podem acometer ainda mais o estado mental do
utente.
Este relatório trata de questões que podem ser úteis para a minimização destes factores
por meio do acompanhamento psicológico. Saber o estado mental do paciente é um dos
requisitos para o sucesso de um procedimento terapêutico dai a importância do
acompanhamento e avaliação psicológica. A inclusão da família no tratamento, a facilitação
do intercâmbio entre a equipe medica, família e paciente conforma mostra as etapas deste
relatório.
A contribuição deste trabalho será indispensável em prol do alavancar dos demais
assuntos relacionados a está temática visando assim a melhoria dos serviços hospitalares e em
especial nos hospitais públicos.

Palavras-chave: Acompanhamento, Psicológico e Psicoterapêutico


ABSTRACT
The reason for being is a common need around common and individual satisfaction
regarding the explanation of things. The environmental stimuli and individual interpretative
subjectivity can be complex or not, depending on factors that can support or reject them.

Illness brings with it a module of questions and reasoning that can compromise the
existence of any individual. Hospitalization, hospital efficiency and failure are like situational
viruses that can further affect the user’s mental state.

This report addresses issues that may be useful in minimizing these factors through
psychological counseling. Knowing the patient’s mental state is one of the requirements for
the success of a therapeutic procedure, hence the importance of psychological monitoring and
assessment. The inclusion of the family in the treatment, the facilitation of exchange between
the medical team, family and patient, as shown in the steps of this report.

The contribution of this work will be essential in favor of leveraging other issues
related to this topic, thus aiming to improve hospital services, especially in public hospitals.

Keywords: Monitoring, Psychological and Psychotherapeutic


AGRADECIMENTOS
A realização deste relatório foi possível por meio de grande esforço e determinação
em virtudes do comprometimento em conclusão deste curso. Tudo graças a Deus o criador do
universo e detentor de toda saberia e que há, pós dele tudo se fez e a razão sustentada pela fé
nos têm suprido pelo vácuo raciocínio da ciência, também ao apoio de minha família em
especial a minha mãe que infelizmente não se encontra entre os vivos.
Em particular, começo por agradecer à Dra. Madalena Ferreira, nossa querida
orientadora do estágio que por meio dela foi possível o êxito.
À Dra. Adriana Do Nascimento Sita Gomes, chefe do departamento do ICISA.
À Dra. Guilhermina pela recepção e apoio sem deixar de mencionar a Dra. Teresa
pela supervisão.
À minha querida esposa, Sílvia Sabino Félix pelo apoio incansável.
Aos meus caríssimos colegas pela motivação e dedicação.
À todos os participantes respondentes.
Muito Obrigado!
ÍNDICE

Introdução ................................................................................................................................. 8
PARTE I- CONTEXTUALIZAÇÃO DO LOCAL DO ESTAGIO ..................................... 9
1.1. Caracterização da Instituição ............................................................................... 9
1.2. Funcionamento da Instituição ............................................................................... 9
1.3. Organograma do Hospital Geral ............................................................................ 10
1.4. População Alvo ..................................................................................................... 11
1.5. Funções do psicólogo ............................................................................................ 11
1.6. A consulta de psicologia ....................................................................................... 11
1.7. O acompanhamento psicológico .......................................................................... 12
2. Descrição do projecto de estágio ................................................................................ 12
2.1. Objectivos .............................................................................................................. 13
2.2. Objectivos gerais .................................................................................................. 13
2.3. Objectivos específicos ........................................................................................... 13
2.4. Cronograma do estágio curricular ..................................................................... 14
PARTE II- ENQUADRAMENTO TEORICO .................................................................... 15
3. A Psicologia clínica ...................................................................................................... 15
4. A Psicologia da Saúde ................................................................................................. 15
5. Problemas mais comuns .............................................................................................. 17
5.1. Acidentes ............................................................................................................... 17
5.2. Outros Problemas ................................................................................................. 17
PARTE III- ATIVIDADES DESENVOLVIDAS AO LONGO DO ESTAGIO ............... 18
6. Observação ................................................................................................................... 18
7. Intervenção ................................................................................................................... 19
8. Modelo terapêutico ...................................................................................................... 19
8.1. TCC ....................................................................................................................... 19
8.2. 1. Terapia breve .................................................................................................... 20
9.1.1. Psicoeducação ................................................................................................... 20
PARTE IV- APRESENTAÇÃO DOS CASOS CLINICOS ............................................... 22
10. Caso 01- Acompanhamento Psicológico ................................................................ 22
10.1. Introdução ............................................................................................................. 22
10.2. História Clínica ................................................................................................. 22
10.3. História Família ................................................................................................ 22
10.4. Hipóteses e Critérios de Diagnostico ............................................................... 23
10.5. Determinar o subtipo ....................................................................................... 25
10.6. Ponto de Discussão ........................................................................................... 25
10.7. Discussão ........................................................................................................... 26
10.8. Conclusão .......................................................................................................... 26
11. Apresentação do Caso 02- Intervenção Psicológica .......................................... 26
11.1. Identificação ...................................................................................................... 26
11.2. História Clínica ................................................................................................. 26
11.3. História Pessoal ................................................................................................. 27
11.4. Historia Familiar .............................................................................................. 27
11.5. Hipótese de Diagnostico ................................................................................... 27
11.6. Determinar o subtipo ....................................................................................... 30
11.7. Ponto de Discussão ........................................................................................... 30
11.8. Discussão ........................................................................................................... 30
11.9. Conclusão do caso ............................................................................................. 30
12. Reflexão Critica ........................................................................................................ 31
13. Reflexão Pessoal do Estagio .................................................................................... 31
14. Conclusão .................................................................................................................. 32
REFERENCIAS ..................................................................................................................... 33
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Introdução

Este relatório tem como finalidade, detalhar as principais etapas do estágio realizado
no hospital geral de Luanda, no final do segundo semestre de 2023, Novembro, Dezembro e
Janeiro. Foram realizados acompanhamento psicológico, intervenção e avaliação dos utentes
desta instituição.

Tendo como objecto de estudo, pacientes, familiares e técnicos de saúde como


elementos principais. A capacitação e aplicação das técnicas psicoterapêuticas aprendidas
durante a formação tais como: a entrevista, observação. O acompanhamento psicológico.

De um modo descritivo, começarei por contextualizar o local do estágio, primando


pela caracterização, funcionamento, população alvo, identificação das necessidades,
principais problemas, os objectivos gerais e específicos etc.

Em segundo, farei um enquadramento teórico da relação dos principais problemas já


abordados como: a psicologia clínica, saúde mental, assim como os problemas mais comuns,
acidente, violência doméstica, depressão, stress e ansiedade. No terceiro capítulo, relatarei as
principais actividades desenvolvidas ao longo do estágio como a observação, intervenção, os
modelos terapêuticos, a TCC e as suas técnicas.

Os casos clínicos serão abordados no capítulo seguinte, onde citarei dois casos
estudados com os seus possíveis diagnósticos. Dentre eles, farei um acompanhamento
psicológico e o outro caso, uma avaliação psicológica. E por fim, farei uma reflexão crítica e
pessoal do estágio.

Contudo, este será mais uma contribuição em prol do desenvolvimento e


esclarecimento a importância e o papel do psicólogo no contexto hospitalar, visando a
humanização e psicoprofilaxia. Sabe-se que ainda é uma pratica menosprezada e sem grande
relevância até mesmo entre os profissionais de saúde. As principais dificuldades frente aos
procedimentos clínicos evasivos sem o acompanhamento psicológico de um modo
profissional o que muitas das vezes se tem remediado por alguns profissionais da saúde,
familiares e grupos de apoio espiritual.
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PARTE I- CONTEXTUALIZAÇÃO DO LOCAL DO ESTAGIO

1.1.Caracterização da Instituição

O hospital geral de Luanda é uma unidade hospitalar que está em funcionamento


desde 2006, embora tendo sido encerada em 2010 devido a problemas técnicos e estruturais, o
que obrigou a tomada de decisão do governo provincial a uma reestruturação previa
obrigando assim a paralisação e evacuação dos pacientes naquela altura. Como alternativa,
foram abertos postos hospitalares de campanha para continuação do atendimento e assistência
médica e medicamentosa aos pacientes.
Foi reinaugurado em 2015 com a capacidade de internamento de 450 camas sendo 350
para adultos e 100 berçários, compondo assim serviços específicos de acordo a distribuição
padronizada e especializada.
Segundo o Relatório do Hospital Geral de Luanda (2015, apud Maria Beaumont, 2016,
p.50) Em termos operacionais, iniciou a sua actividade assistencial a 8 de Março de 2006,
com consultas de especialidade em Medicina, Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria e Cirurgia
Geral. Os restantes serviços foram abertos a 17 de Setembro e o Bloco Operatório a 11 de
Novembro do mesmo ano,... A 30 de Dezembro de 2011, é iniciado o atendimento à
população nos Serviços de Urgência Médica, Cirúrgica, Ortopédicas e Pediátrica no edifício
provisório do Hospital Geral de Luanda e o Serviço de Consultas Externas nas instalações a
onde residiam os Médicos Chineses.

1.2. Funcionamento da Instituição

Desde o dia 1 de Março de 2015 que o hospital Geral atende mais de 20 especialidades
Começando pelos Bancos de Urgências, Cirurgia e Ortopedia, Hematologia, Oftalmologia,
Internamento Pediatria, Internamento Medicina, Internamento Ortopedia etc. Daí a sua
complexidade de serviços o que explica a demanda hospitalar.
Segundo Maria Beaumont (2016, p.51) As bases de estruturação, coordenação,
organização e funcionamento do Hospital estão definidas em conformidade com o Decreto
Presidencial nº260/ 10, de 19 de Novembro, do Regime Jurídico da Gestão Hospitalar. A
Tutela e superintendência administrativa estão sob alçada do Governo da Província de
Luanda, a superintendência metodológica compete ao Ministério da Saúde.
Os serviços estão organizados do seguinte modo:
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 Consulta Externa: Cirurgia, Ortopedia, Pediatria, Ginecologia, Consultas de


Pré-natal, Dermatologia, Medicina, Fisioterapia, Obstetrícia, Anestesia, Acupunctura,
Defectologia, Urologia, Psicologia, Estomatologia, Cardiologia, Infecciologia, Neurologia;
 Internamentos: Pediatria, Neonatologia, Medicina, Cirurgia, Ortopedia,
Ginecologia e Obstetrícia;
 Serviços de Urgência: Pediatria, Medicina, Ginecologia, Obstetrícia, Cirurgia
e Ortopedia;
 Serviços de Diagnóstico e terapêutica: Patologia Clínica, Imagiologia,
Hematologia com Banco de Sangue;
 Outros Serviços: Bloco Operatório (4 Centrais e 3 Periféricos), Hemodiálise,
Cuidados Intensivos, Fisioterapia, Central de Esterilização, Epidemiologia, Farmácia,
Estatística, Serviços Sociais e outros.

1.3. Organograma do Hospital Geral

A compreensão facilitada de qualquer organização é representada por um


organograma em que há descrição de toda a estrutura organizacional e para o hospital geral
temos abaixo descrito:
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1.4.População Alvo
O Hospital Geral é classificado como um hospital de nível II, tendo em conta este
factor deve ter um mínimo de 5 (cinco) especialidades básicas (Medicina, Cirurgia,
Ginecologia, Obstetrícia e Pediatria) e um regime de internamento acima de 100 camas de
acordo.
A Lei 21-B/ 92, 28 de Agosto, estabelece os princípios que norteiam o Serviço de
Saúde:
 A universalidade quanto à população abrangida;
 A integralidade, no que concerne à prestação de cuidados globais ou à sua garantia;
 A tendência gratuita para os usuários sem condições económicas e sociais;
 A garantia da equidade no acesso dos usuários, no sentido de atenuar os efeitos das
desigualdades socioeconómicas, geográficas e quaisquer outras.

1.5. Funções do psicólogo

Nos centros e hospitais, de acordo a classificação categórica do MINSA, o psicólogo


pertence a categoria de técnico de Diagnostico e terapeuta.
Tem a função de avaliar, diagnosticar e tratar os principais transtorno por meio de
terapias em pacientes ambulatório e internados. Existem técnicas e procedimentos adequados
para cada tipo de paciente, o interno e o ambulante. Outra função ainda importante e a
mediação entre a família, paciente e a equipe de saúde visando assim a melhor solução
possível para o diagnostico e tratamento.
De acordo Ana e Daniel (2013, p.5) salientam:

Independente da instituicao onde atua, o psicologo da saude pode atuar como


mediador da relacao entre os profissionais e o paciente, facilitando a compreensao
dos procedimentos recomendados, assim como pode ajudar estes profissionais na
comunicacao mais clara e eficiente com os pacientes.

Outro destaque e dado a comunicacao interdisciplinar, o que faz repensar a pratica


que leve em consideracao as relacoes humanas e sociais, em oposicao a
fragmentacao do conhecimento como caminho a ser percorrido no processo de
evolucao em direcao a um modelo de ciencia, onde haja maior cooperacao
fomentado por uma visao mais integral da homem.

1.6. A consulta de psicologia

A consulta de Psicologia nesta unidade hospitalar é feita de modo externo onde os


pacientes recorrem a mesma unidade, marcam a consulta e posteriormente são atendidos de
acordo a disponibilidade da vaga disponível. Já no caso das urgências e internamentos, os
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profissionais são solicitados a comparecer nestes locais para avaliação dos pacientes de
acordo a necessidades como no caso dos pacientes internados afim de procedimentos
cirúrgicos.
As consultas são distribuídas de acordo a especialidade de cada profissional ou seja, de
acordo a idade formando assim 3 grandes grupos: crianças, adultos e idosos. Outro factor
determinante na triagem destes pacientes em consulta, é a sua demanda. Como por exemplo:
pacientes vítimas de abuso sexual são atendidos por um profissional qualificado para estes
tipos de casos.

1.7. O acompanhamento psicológico

O acompanhamento psicológico é dirigido a pacientes internados e seus familiares a


fim de aliviar o sofrimento do paciente e também visa em avaliar o nível de trauma e a sua
evolução. O ambiente hospitalar traz consigo aspectos determinantes que podem desencadear
sentimentos negativos a respeito da situação do paciente o que pode alter o quadro do
paciente. Os procedimentos, as experiencias e até mesmo relatos sobre o ambiente e não só.

O acompanhamento psicológico pode reduzir e focar o pensamento e as ideias do


paciente numa direcção mais positivista a respeito dos procedimentos e diagnostico do
paciente e família. Ansiedade, stress em pacientes são resultados do meio, ou seja, o ambiente
hospitalar é dos principais factores que acometem a este estado do paciente.

2. Descrição do projecto de estágio

De acordo o programa atribuído pelo ICISA, “Durante o período de estágio ou


permanência do estudante na instituição acolhedora, o mesmo deverá exercer as seguintes
actividades:
a) Elaboração do projecto de estágio
b) Observação participante
c) Atendimento psicológico aos pacientes que estiverem internados; em
ambulatório, nas urgências bem como de seus familiares (caso necessário);
A consulta psicológica consiste em:
1. Entrevista clínica (anamnese)
2. Avaliação psicológica
3. Diagnostico
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4. Prognostico
5. Acompanhamento psicoterapêutico: acompanhamento individual, aos
familiares
6. Realização de palestras e conferências: aos pacientes, familiares, aos
funcionários e colaboradores da instituição
7. Elaboração do diário de campo:
a) Intervir quando necessário e de forma cooperante na relação dos pacientes com
a equipe (médica e enfermeiros) e a família.
b) Elaboração do relatório do estagio (duas vias, sendo 1ª para a instituição
acolhedora e a 2ª para o ICISA), onde deverá constar:
 Caracterização da instituição;
 Funcionamento da instituição;
 Descrição das actividades paralelas realizadas durante o período de estágio;
 Descrição das actividades realizadas seguida de reflexões;
 Explicações das situações observadas e dados recolhidos, fundamentando-os;
 Fundamentação ou enquadramento teórico;
 Anexar os relatórios, testes psicológicos utilizados e toda documentação
considerada necessária para fundamentação;
 O relatório deverá ter no mínimo 25 páginas.
2.1. Objectivos

Os objectivos deste estágio visam em primeiro lugar a capacitação e aperfeiçoamento


das técnicas estudadas durante o processo de formação, a interacção prática do aplicação e
utilidade da psicologia clínica e a conclusão e obtenção do grau de licenciatura como um dos
requisitos exigidos na UAN-ICISA.

2.2. Objectivos gerais

1. Fazer o acompanhamento psicológico dos Pacientes

2.3. Objectivos específicos

1- Avaliar o estado do paciente através da entrevista/história clínica (anamnese);


2- Diagnosticar (baseado na aplicação de testes psicológicos);
3- Elaborar os prognósticos;
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4- Elaborar diário de campo;


5- Elaborar relatório de estágio.

2.4. Cronograma do estágio curricular

O cronograma do estágio foi de acordo os critérios da Instituição de ensino em


conformidade com o Hospital Geral de Luanda, tendo a duração de 3 meses, com uma carga
horária de 144 horas, 12 horas/semanas. Durante este período, foram realizadas as actividades
abaixo de acordo a disponibilidade de cada item necessário para a realização da mesma.

O cronograma abaixo indica as etapas e actividades realizadas de modo periódico:

1ºMês 2ºMês 3ºMês


1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª 12ª
Sem Sem Sem Sem Sem Sem Sem Sem Sem Sem Sem Sem Super Observ
ana ana ana ana ana ana ana ana ana ana ana ana visão ação
Tarefas Tarefas Tarefas Tarefas
a)Apresenta a)Acompanh a) Rotação a) Rotação
ção e amento
acolhimento psicológico b) Acompanhamento b) Acompanhamento
por parte da aos pacientes psicológico aos pacientes e psicológico aos pacientes e
instituição e famílias. famílias. famílias.
do Estágio.
b) Diário de c) Diário de Campo c) Diário de Campo
b) campo
Observação: d) Apresentação de 1 ou 2 d) Apresentação 2 estudos
ambiente de c) Relatórios estudos de casos. de casos.
entrosament mensais das
o, adaptação actividades e) Realização de palestras e e) Discussão de casos
na efectuadas. conferências. clínicos.
Instituição. f) Discussão de casos
clínicos. f) Relatório final.
e) Relatório de progresso
das actividades efectuadas.
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PARTE II- ENQUADRAMENTO TEORICO

3. A Psicologia clínica
A psicologia como disciplina cientifica surge no séc. XIX com Wundt na Alemanha e
concomitantemente a James em Massachusetts, inaugura-se o primeiro laboratório de
psicologia destinado às manifestações psicológicas, cujo objetivo visava o estudo da formação
da mente humana em blocos, ou o estudo da psicologia como sendo uma experiencia
consciente, tendo como foco a perceção, as emoções, o pensamento, a consciência como
elementos principais, bem como outras formas e dinâmicas mentais. Desta forma, concedeu-
se à psicologia a condição plena de ciência (Papalia &Feldman, 2013 apud ).
Foi Lightner Witmer no final do séc. XIX que utilizou pela primeira vez o termo
psicologia clínica, com a fundação da primeira clínica de psicologia, onde eram tratadas
crianças cujas situações recaiam sobre queixas escolares (Ribeiro & Leal, 1996).
A Psicologia Clínica é a subdisciplina da psicologia que se preocupa com o estudo dos
transtornos mentais e as suas manifestações psíquicas. Assim, inclui a psicoterapia,
aconselhamento, encaminhamento, prevenção e promoção. Distingue-se das outras áreas da
psicologia pela forma de pensar e atuar. A personalidade, as normas de ação e os seus desvios,
o comportamento, as relações interpessoais, os processos grupais, evolutivos e de
aprendizagem são objeto de estudo também das ciências humanas no geral (Macedo, 1984).
Assim, a Psicologia Clínica surgiu, como alternativa ao modelo médico, propondo-se
procurar e explorar explicações para os comportamentos de certos pacientes que eram até
então desconhecidas (Ribeiro & Leal, 1996; Brito, 2008; Miranda, 2013).
A psicologia clínica considera o indivíduo na sua singularidade e em função do seu
contexto de vida e da sua história analisa os comportamentos e as atitudes de forma
aprofundada (Monteiro, & Ribeiro, 1999).

4. A Psicologia da Saúde
A Psicologia da Saúde tem como objectivo compreender como os factores biológicos,
comportamentais e sociais influenciam os indivíduos na saúde e na doença (APA, 2003).
A psicologia interessa-se pela forma como o sujeito experiencia e vivencia o seu
estado de saúde ou de doença, a relação com os outros, com o mundo e consigo. Tem como
objectivo ajudar as pessoas a incluírem-se no seu projecto de vida, a promover a saúde e
prevenir a doença através de atitudes e comportamentos activos, bem como aperfeiçoar
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técnicas para utilizar no ajustamento do processo do adoecer, da doença e nas suas


consequências (Barros, 1999).
A Psicologia da Saúde procura compreender o papel das variáveis psicológicas sobre a
manutenção da saúde, o desenvolvimento de doenças e os comportamentos associados. Além
de desenvolver pesquisas sobre cada um desses aspectos, os Psicólogos da saúde realizam
intervenções com o objectivo de prevenir doenças e ajudar a reflectir sobre a forma de
conviver com as diversas situações (Miyazaki, Domingos & Caballo, 2001).
O desenvolvimento da psicologia da saúde decorreu a partir da década de 70, sendo
assim uma área recente. A actuação e compreensão das pesquisas e aplicações, tem como
objectivo compreender e actuar sobre a inter-relação entre comportamento e a saúde e
comportamento e doenças (Barros, 2002).
De acordo com De Marco (2003), a utilização do termo Psicologia da Saúde, tem sido
usado para designar o agregado de tarefas executadas por profissionais do âmbito da
psicologia na esfera da saúde, tanto no contexto do ensino como na pesquisa e assistência.
Trindade e Teixeira (1998) afirmam que o papel da psicologia, enquanto ciência e
profissão, na área da saúde e da doença, inclui a saúde física e mental, abarcando toda a área
da medicina. Todavia, a psicologia estende-se, ao inserir os factores sociais, culturais e
ambientais respeitantes à saúde e à doença, na medida em os sentidos e os discursos sobre a
saúde e as doenças divergem consoante a situação socioeconómica, o género e a pluralidade
da cultura. Deste modo, dando ênfase à manutenção e promoção da saúde e à prevenção da
doença, o objectivo primordial da psicologia da saúde é dar o contributo para a melhoria dos
sujeitos e das comunidades assim como o bem-estar através das intervenções psicológicas e
sua compreensão.
Marks (1996) e Rodriguez-Marín (1995) afirmam que a Psicologia da Saúde é a
aplicação das teorias, métodos de investigação psicológicos à saúde, à doença e aos cuidados
de saúde, preocupando-se com os aspectos psicológicos da promoção e da manutenção da
saúde, do confronto com a doença e dos próprios cuidados de saúde nos contextos individual,
familiar, laboral, organizacional, cultural e comunitário.
Assim, o grande desafio é o de colocar a Psicologia da Saúde no contexto cultural,
sociopolítico e comunitário e segundo (Schmidt, 1994), compreender o seu impacto em
diferentes fases do ciclo de vida. Estes aspetos consideram-se primordiais nos Cuidados de
Saúde Primários quando se considera a intervenção psicológica
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5. Problemas mais comuns

Os problemas comuns relatados pelo HGL em Julho de 2022 se destacam: materiais


insuficientes para curativos; formação por parte dos enfermeiros; excesso de pacientes nas
pacientes nas macas (possíveis infecções mesocomias ); redução de fármacos.
Nos serviços de urgências e outros disponíveis ao utente são frequentes os casos de:

5.1. Acidentes

Os casos de acidentes são dos mais recorrentes no hospital geral, dentre os quais os
mais frequentes são os de viação, trazendo danos físicos e mortais.
De acordo com os dados apresentados pela CNVOT (Conselho Nacional de Viação e
Ordenamento do Transito) no portal do Governo de Angola, página oficial do vice-presidente
da república, de 16 de Janeiro de 2023, a província de Luanda tem liderado com casos
frequentes de acidentes. Um dos dados que comprova a descrição deste facto é a estatística
anual de 2022 que descreve 3.356 acidentes, 952 mortos e 3.302 feridos.
Na maioria dos casos são atendidos no HGL, vindo de outras unidades subjacentes
daquela subscrição. Segundo o jornal de Angola de 15 de Outubro de 2021; “Cerca de 60
casos de traumas causados por acidentes de viação, com particular incidência na Avenida
Raul Castro. Ruz, vulgo Via Expressa, são atendidos, em média, todos os dias, no Hospital
Geral de Luanda (HGL), revelou, ao Jornal de Angola, o director-geral da instituição. Barnabé
Lemos realçou que, apesar do HGL dispor apenas de três médicos ortopedistas, a maioria dos
casos de traumas são resolvidos localmente, incluindo os que exigem cirurgias.”

5.2. Outros Problemas

De todas as dificuldades relatadas por vários pacientes e profissionais daquela


instituição, destacam-se a insuficiência de materiais para curativos, insuficiência de fármacos,
a falta de formação de capacitação e a insuficiência de técnicos especialistas de patologias
recorrentes. Sem deixar de mencionar a insuficiência de técnicos do serviço de psicologia,
tendo em conta a necessidade do HGL na sua dimensão estrutural, não se compreende.
Em meio aos factos apresentados pode se prever uma instabilidade função na execução
dos serviços por esgotamento emocional por falta de acompanhamento psicológico. Aos
18

pacientes, é necessária a valorização e implementação dos serviços de psicologia a fim de


promover uma hospitalização mais humanizada.

PARTE III- ATIVIDADES DESENVOLVIDAS AO LONGO DO ESTAGIO

6. Observação

A observação começa pela recepção da equipe responsável do departamento do


hospital, começando pela apresentação da estrutura detalhando os principais serviços, a
identidade e função de cada funcionário efectivo e o papel do estagiário. Nos foi passado os
critérios de apresentação e actuação exigidos pelo hospital e por fim a distribuição do grupo
de estagiários as demais enfermarias desde os bancos de urgências até os internamentos.

Por cada serviço nos foi apresentado os seus responsáveis a fim de criar a o
intercâmbio e dar a conhecer a disponibilidade do serviço e do técnico estagiário lá presente.
Em alguns sectores não havia técnicos permanentes em actuação mesmo havendo a
necessidade naquele local, como foi o caso do internamento cirurgia sendo meu primeiro
posto de trabalho.

Foi realizado um levantamento breve em que visava verificar a necessidade e


existência do serviço de psicologia clínica e hospitalar mais próximo ao paciente. Deste,
conclui que não havia o conhecimento da existência do serviço de psicologia por falta de
promoção e actuação massiva, não havia intercambio entre a equipe multidisciplinares o que
resultará em problemas de intercambio e actuação do psicólogo.
Um dos motivos relacionados ao stress e ansiedade em pacientes internados é a falta
de diálogo entre técnicos, famílias e pacientes. A devolutiva no processo do tratamento é um
ponto crucial no estado do paciente. Não saber o seu diagnóstico, ser medicado, ter dores, ser
operado etc, sem esclarecimento ao paciente é visto como sentença de morte.
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7. Intervenção

A intervenção psicológica é solicitada de acordo a situação local e requer técnicas


próprias para a resolução de determinadas situações.
São aplicadas em pacientes, técnicos de saúde ou em familiares dependendo da
demanda. Em casos com pacientes foram recorrentes no internamento cirurgia e ortopedia, a
recusa do paciente. A negação da doença, a rejeição de certos procedimentos como a
amputação, os resultados de exames desencadeava comportamentos em que era necessária a
intervenção de um técnico de psicologia. As ideias e pensamentos negativos diante do
internamento, a falta de recursos para procedimentos meios indisponíveis.
Em cada situação foi possível a intervenção por meio de a técnica aplicável e a TCC
foi a mais usada devido a sua flexibilidade. A psicoeducação, a terapia breve e focal, a terapia
de apoio foram as mais utilizadas neste contexto.

8. Modelo terapêutico

Como se verificou nas intervenções, foram possíveis varias técnicas baseado na teoria
cognitivo comportamental. Sendo a humanização um recurso a disposição

8.1. TCC
A Terapia Cognitivo-Comportamental - TCC integra técnicas e conceitos vindos de
duas principais abordagens tais como a cognitiva e a comportamental. Para Beck (1963;
1964), de acordo com a Terapia Cognitiva os indivíduos atribuem significado a
acontecimentos, pessoas, sentimentos e demais aspectos de sua vida, com base nisso
comportam-se de determinada maneira e constroem diferentes hipóteses sobre o futuro e
sobre sua própria identidade. As pessoas reagem de formas variadas a uma situação específica
podendo chegar a conclusões também variadas.

O objetivo da Teoria Cognitiva, segundo Bahls (1999); Biggs e Rush (1999) Beck e
Alford (2000) é descrever a natureza de conceitos (resultados de processos cognitivos)
envolvidos em determinada psicopatologia de maneira que quando ativados dentro de
contextos específicos podem caracterizar-se como mal adaptativos ou disfuncionais.
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8.2.1. Terapia breve

A terapia breve como modalidade objectiva e focal, tem utilidade no campo da


hospitalização, tendo em conta as principais questões levantadas de acordo as situações
pontuais. Os conflitos, a inquietação do paciente em atendimento.
A Psicoterapia Breve é considerada terapias de objetivos limitados por ter metas mais reduzidas,
objetivas, claras e modestas que as psicoterapias convencionais e tradicionais. Essas características fazem parte
do procedimento da Psicoterapia Breve e aparece em função das necessidades imediatas do indivíduo. A
Psicoterapia Breve procura obter em curto prazo uma melhora na qualidade de vida, elegendo uma queixa
principal e focando o empenho na sua resolução. A prática da Psicoterapia Breve exige treinamento, experiência
e boa formação do terapeuta. (Menezes et al, 2021, p.115)

Segundo Oliveira, citado por Menezes et al (2021) trata-se de uma modalidade de


psicoterapia com propósito (objetivo) possível de ser atingido dentro do limitado tempo em
que ocorre e com foco bem definido. Esse tempo pode ou não ser estabelecido previamente e
é influenciado pelas estratégias clínicas a serem adotadas. “as psicoterapias breves estão, em
termos técnicos, alicerçadas num tripé: foco, estratégias e objetivos.

9.1.1. Psicoeducação

Uma das técnicas utilizada pela Terapia Cognitivo-Comportamental é a Psicoeducação


que tem uma importante função de orientar o/a paciente em diversos aspectos, seja a respeito
das consequências de um comportamento, na construção de crenças, valores, sentimentos e
como estes repercutem em sua vida e na dos outros, bem como nortear um/a paciente e sua
família quanto à existência ou prevalência de doenças, sejam elas de ordem física, genética ou
psicológica (BECK, 2013).
Objetivo: Segundo Beck (2013), é capaz de proporcionar o indivíduo a desenvolver
pensamentos, ideias e reflexões sobre as pessoas, sobre o mundo e como comportar-se diante
de algumas situações através de atividades que podem colaborar justamente na reflexão e
obtenção de valores, tanto nas intervenções individuais como nas coletivas.
Sugestões de Público: Além de ser aplicada na clínica, seja de modo individual para
um/a paciente e sua família, a psicoeducação também é bastante utilizada na área da saúde, no
que toca à intervenção e tratamento em grupos terapêuticos, como por exemplo, em grupos de
pessoas com dependência química, pessoas com Transtornos Obsessivo Compulsivos,
ansiedade social, etc. Assim, através da psicoeducação os/as pacientes podem ser
21

orientadas/os coletivamente através da contribuição dos grupos terapêuticos sobre a doença


que possuem, seus sintomas, origens e percursos trocando experiências através do relato
(OLIVEIRA, 2011).
Modelo: O modelo psicoeducacional envolve diferentes teorias psicológicas e
educativas, além disso, utiliza dados teóricos de outras disciplinas como a educação, a
filosofia, a medicina e entre outras com intuito de ampliar o fornecimento de informações ao
paciente para que obtenha um entendimento não fragmentado acerca de seu diagnóstico
(COLE; LACEFIELD, 1982).
Aplicação: O uso da psicoeducação também pode ser utilizado para doenças crônicas
como as Disfunções Cognitivas (GONÇALVES-PEREIRA; SAMPAIO, 2011; LOPES;
CACHIONI, 2012, 2013a, 2013b; SAMPAIO, 2011), a Hipertensão (LIMA-SILVA;
YASSUDA, 2012), a Síndrome da Fadiga Crônica (WIELENSKA; BANACO, 2010) e a
TAB (MENEZES; MELLO; SOUZA, 2011, 2012; MUSSI et al., 2013). A intervenção
psicoeducacional pode ser aplicada nos cuidadores envolvidos no cuidado ao paciente
crônico, dessa forma, ela propicia melhora na avaliação do cuidado, gerando aos cuidadores
motivação porque percebem ganhos positivos em seu acompanhamento desempenhado
(LOPES; CACHIONI, 2012, 2013a, 2013b).
Possíveis Resultados: Possivelmente, seu uso exclusivo se deve pelo motivo de estar
sendo empregada em um estudo científico que tem como objetivo analisar apenas o uso da
psicoeducação, diferentemente de uma psicoterapia a qual é composta por diferentes técnicas
empregadas ao longo das sessões. Na psicoterapia para hipertensos, ela é utilizada junto com
o treino cognitivo, sendo esta intervenção mista pouco pesquisada no campo acadêmico
(LIMA-SILVA; YASSUDA, 2012). O que se pode concluir é que a psicoeducação pode ser
incluída em diferentes conjuntos de técnicas como forma de auxiliar na saúde do paciente.
22

PARTE IV- APRESENTAÇÃO DOS CASOS CLINICOS

10. Caso 01- Acompanhamento Psicológico

10.1. Introdução

O Transtorno de Estresse Pós-traumático (TSPT) é um tipo de ansiedade que pode


se desenvolver em pessoas que vivenciaram um evento traumático. Causando sofrimento
intenso e prejuízos a vários aspectos da vida.

10.2. História Clínica

Ana (nome fictício), de 22 anos, solteira, gênero feminino, residente em Luanda,


estudante universitária do curso de medicina. Deu entrada no banco de urgência de cirurgia do
hospital geral de Luanda no dia 14 de Novembro de 2023, inconsciente por motivo de
ferimento a bala (arma de fogo) o que causou lesões no abdômen levando 3 procedimentos
cirúrgicos. Tudo ocorreu durante um assalto na residência dos pais. “Eu já estava com maus
pressentimentos, quando fomos dormir, fechamos as portas e de madrugada, os bandidos
chegaram e começaram e arrombar a porta e então eu fui até lá e tentei travar a porta e depois
eles se aperceberam que havia alguém na porta e daí fizeram um disparo na porta que acabou
me atingindo. Eu ainda me lembro como se fosse hoje. Eles só queriam dinheiro e depois
matar o meu pai mas uma jovem que também estava com assaltantes disse para não matar
porque não foi o que chefe mandou.”

10.3. História Família


A paciente é a primogênita de um agregado de 3 irmãs, vivia com os pais e suas irmãs
no projeto nova vida, seu pai de origem nigeriana, mãe angolana viviam com bastante
harmonia, “agora que estou aqui só me preocupo com o meu pai porque ele se preocupa muito
com a família”. Durante oseu internamento e sessões, foi possível incluir a família começando
pelo pai, mãe, tia e irmãs. Foi possível notara o impacto causado o que posteriormente
provocou a morte de seu pai tendo uma crise no mesmo hospital onde foi transferido para
outra unidade hospitalar onde acabou por falecer por motivo de AVC. Mantendo segredo
sobre o estado e morte de seu pai afim de prepara-la.
23

10.4. Hipóteses e Critérios de Diagnostico


Após a colheita e análise dos dados inicial chegamos a hipótese de diagnóstico
de transtorno de estresse pós-traumático. Na infância, Ana foi diagnosticada com
Transtorno Epiléptico (Epilepsia Criptogâmica) o que levou-nos a considerar este
fator.
DSM-V
Transtorno de Estresse Pós-traumático
Critérios Diagnósticos 309.81 (F43.10)
A. Exposição a episódio concreto ou ameaça de morte, lesão grave ou violência
sexual em uma(ou mais) das seguintes formas:
1. Vivenciar diretamente o evento traumático.
2. Testemunhar pessoalmente o evento traumático ocorrido com outras
pessoas.
3. Saber que o evento traumático ocorreu com familiar ou amigo
próximo. Nos casos deepisódio concreto ou ameaça de morte envolvendo um familiar
ou amigo, é preciso que oevento tenha sido violento ou acidental.
4. Ser exposto de forma repetida ou extrema a detalhes eversivos do
evento traumático (p.ex., socorristas que recolhem restos de corpos humanos; policiais
repetidamente expostos a detalhes de abuso infantil).
5. Nota: O Critério A4 não se aplica à exposição por meio de mídia
eletrônica, televisão, filmes ou fotografias, a menos que tal exposição esteja
relacionada ao trabalho.

B. Presença de um (ou mais) dos seguintes sintomas intrusivos associados ao


evento traumático, começando depois de sua ocorrência:
1. Lembranças intrusivas angustiantes, recorrentes e involuntárias do
evento traumático.
Nota: Em crianças acima de 6 anos de idade, pode ocorrer brincadeira
repetitiva na qual temas ou aspectos do evento traumático são expressos.
2. Sonhos angustiantes recorrentes nos quais o conteúdo e/ou o sentimento
do sonho estão relacionados ao evento traumático. Nota: Em crianças, pode haver
pesadelos sem conteúdo identificável.
3. Reações dissociativas (p. ex., flashbacks) nas quais o indivíduo sente ou
age como se o evento traumático estivesse ocorrendo novamente. (Essas reações
24

podem ocorrer em um continuum, com a expressão mais extrema na forma de uma perda
completa de percepção do ambiente ao redor.) Nota: Em crianças, a reencenação específica do
trauma pode ocorrer na brincadeira.
4. Sofrimento psicológico intenso ou prolongado ante a exposição a sinais
internos ou externos que simbolizem ou se assemelhem a algum aspecto do evento
traumático.
5. Reações fisiológicas intensas a sinais internos ou externos que simbolizem ou
se assemelhem a algum aspecto do evento traumático.

C. Evitação persistente de estímulos associados ao evento traumático, começando após


a ocorrência do evento, conforme evidenciado por um ou ambos dos seguintes aspectos:
2. ' Evitação ou esforços para evitar recordações, pensamentos ou sentimentos
angustiantes acerca de ou associados de perto ao evento traumático.
3. Evitação ou esforços para evitar lembranças externas (pessoas, lugares,
conversas, atividades, objetos, situações) que despertem recordações, pensamentos ou
sentimentos angustiantes acerca de ou associados de perto ao evento traumático.

D. Alterações negativas em cognições e no humor associadas ao evento traumático


começando ou piorando depois da ocorrência de tal evento, conforme evidenciado por dois
(ou mais) dos seguintes aspectos:
1. Incapacidade de recordar algum aspecto importante do evento traumático
(geralmente devido a amnésia dissociativa, e não a outros fatores, como traumatismo
craniano, álcool ou drogas).
2. Crenças ou expectativas negativas persistentes e exageradas a respeito de si
mesmo, dos outros e do mundo (p. ex., “Sou mau”, “Não se deve confiar em ninguém”, “O
mundo é perigoso”, “Todo o meu sistema nervoso está arruinado para sempre”).

3. Cognições distorcidas persistentes a respeito da causa ou das conseqüências do


evento traumático que levam o indivíduo a culpar a si mesmo ou os outros.
4. Estado emocional negativo persistente (p. ex., medo, pavor, raiva, culpa ou
vergonha).
5. Interesse ou participação bastante diminuída em atividades significativas.
6. Sentimentos de distanciamento e alienação em relação aos outros.
25

7. Incapacidade persistente de sentir emoções positivas (p. ex.,


incapacidade de vivenciar sentimentos de felicidade, satisfação ou amor).

E. Alterações marcantes na excitação e na reatividade associadas ao evento


traumático, começando ou piorando após o evento, conforme evidenciado por dois (ou
mais) dos seguintes aspectos:
1. Comportamento irritadiço e surtos de raiva (com pouca ou nenhuma
provocação) geralmente expressos sob a forma de agressão verbal ou física em relação
a pessoas e objectos.
2. Comportamento imprudente ou autodestrutivo.
3. Hipervigilância.
4. Resposta de sobressalto exagerada.
5. Problemas de concentração.
6. Perturbação do sono (p. ex., dificuldade para iniciar ou manter o sono,
ou sono agitado).

10.5. Determinar o subtipo


Com expressão tardia: alguns dos critérios chocam com a condição da paciente
devido ao diagnóstico de Transtorno Epiléptico (Epilepsia Criptogâmica).

10.6. Ponto de Discussão

1. Transtorno de estresse agudo. O transtorno de estresse agudo é distinto


do TEPT porque seu padrão sintomático é restrito à duração de 3 dias a 1 mês depois
da exposição ao evento traumático.
2. Transtornos de ansiedade e transtorno obsessivo-compulsivo. No TOC,
existem pensamentos intrusivos recorrentes, mas estes satisfazem os critérios de uma
obsessão. Além disso, os pensamentos intrusivos não estão relacionados a um evento
traumático vivenciado; compulsões costumam estar presentes; e outros sintomas de
TEPT ou transtorno de estresse agudo estão em geral ausentes.
26

10.7. Discussão

Nossa discussãofoi em torno da diferenciação dos transtornos relacionado ao TSPT


com base na queixas iniciais da paciente. No decorrer das sessões foi possível diferencia-los
de acordo aos critérios de diagnósticos.
Baseando-se na TCC como instrumento e modelo deste caso foi possível a aplicação
da terapia breve e focal e a psicoeducação como técnica principal.

10.8. Conclusão

Durante a primeira sessão foi possível o levantamento da demanda da paciente. A


intervenção foi solicitada pela equipe de enfermagem durante a atuação da equipe de
psicologia. A paciente segue em consulta externa e com recomendações.

11. Apresentação do Caso 02- Intervenção Psicológica

11.1. Identificação

Pedro (nome fictício), de 21 ano de idade, sexo masculino, residente no bairro zango
II, com os pais
11.2. História Clínica

Deu entrada no banco de urgência de cirurgia do HGL no dia 6 de Dezembro de 2023


por motivo de acidente de motorizada, causando-lhe no membro inferior esquerdo por uma
fractura cominutiva traumática exposta, levando a amputação. No ato da entrada ao bloco
operatório, após avaliação do estado do ferimento, acompanhado da família, houve rejeição
por parente da família na tomada de decisão e devido a emergência da situação, Pedro teve
que autorizar a amputação como sendo a melhor solução possível e desde então, ainda no leito
do hospital, sente-se culpado por ter tomado a decisão sem a colaboração da família e está
preocupado com a nova realidade, novo estilo de vida que terá que enfrentar. Principalmente
em como as pessoas vão poder lhe encarar com seu novo estado uma vês que ele é cantor e
tem um publico no seu bairro.
27

11.3. História Pessoal

Pedro sempre foi determinado a ajudar a sua família a fim de deixar seus pais
orgulhosos. Sempre desejou ser grande em todos os aspectos por isso terminaram o ensino
médio apesar de viver num bairro tóxico em que a inclinação é negativa.

11.4. Historia Familiar

Pedro (nome fictício) sempre viveu com os pais e seus 3 irmãos, sendo o segundo filho
mais velho, sentiu-se obrigado desde cedo a ajudar seus pais após ter terminado o ensino
médio. Sempre teve apoio de seus pais e sente-se grato por isso. Tem o pai como modelo e
sempre fez os possíveis para se responsabilizar pelo futuro que daria a sua mãe e pai. “ meu
pai é muito rígido e isso me ensinou a ser homem desde cedo. Minha mãe é muito amorosa e
meus irmãos também. As vezes brigamos mas não há nada que não possa nos unir novamente
e minha mãe não deixa que fiquemos sem falar uns com os outros.

11.5. Hipótese de Diagnostico

Transtorno de Estresse Agudo


Critérios Diagnósticos 308.3 (F43.0)
Após a colheita e análise dos dados inicial chegamos a hipótese de diagnóstico
de Transtorno de Estresse Agudo(TEA).
DSM-V
A. Exposição a episódio concreto ou ameaça de morte, lesão grave ou violação sexual
em uma (ou mais) das seguintes formas:
1. Vivenciar diretamente o evento traumático.
2. Testemunhar pessoalmente o evento ocorrido a outras pessoas.
3. Saber que o evento ocorreu com familiar ou amigo próximo. Nota: Nos casos de
morte ou ameaça de morte de um familiar ou amigo, é preciso que o evento tenha sido
violento ou acidental.
4. Ser exposto de forma repetida ou extrema a detalhes aversivos do evento traumático
(p. ex., socorristas que recolhem restos de corpos humanos, policiais repetidamente expostos a
detalhes de abuso infantil).
28

Nota: Isso não se aplica à exposição por intermédio de mídia eletrônica, televisão,
filmes ou fotografias, a menos que tal exposição esteja relacionada ao trabalho.
B. Presença de nove (ou mais) dos seguintes sintomas de qualquer uma das cinco
categorias de intrusão, humor negativo, dissociação, evitação e excitação, começando ou
piorando depois da ocorrência do evento traumático:

Sintomas de intrusão
1. Lembranças angustiantes recorrentes, involuntárias e intrusivas do evento
traumático. Nota: Em crianças, pode ocorrer a brincadeira repetitiva na qual temas ou
aspectos do evento traumático são expressos.
Humor negativo
5. Incapacidade persistente de vivenciar emoções positivas (p. ex., incapacidade de
vivenciar sentimentos de felicidade, satisfação ou amor).
Sintomas de evitação
8. Esforços para evitar recordações, pensamentos ou sentimentos angustiantes acerca
do, ou fortemente relacionados ao, evento traumático.
Sintomas de excitação
10. Perturbação do sono (p. ex., dificuldade de iniciar ou manter o sono, sono agitado).
11. Comportamento irritadiço e surtos de raiva (com pouca ou nenhuma provocação)
geralmente expressos como agressão verbal ou física em relação a pessoas ou objetos.
12. Hipervigilância.
13. Problemas de concentração.
14. Resposta de sobressalto exagerada.
C. A duração da perturbação (sintomas do Critério B) é de três dias a um mês depois
do trauma.
Nota: Os sintomas começam geralmente logo após o trauma, mas é preciso que
persistam no mínimo três dias e até um mês para satisfazerem os critérios do transtorno.
D. A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo e prejuízo no
funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
E. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex.,
medicamento ou álcool) ou a outra condição médica (p. ex., lesão cerebral traumática leve) e
não é mais bem explicada por um transtorno psicótico breve.
29

Características Diagnósticas
A característica essencial do transtorno de estresse agudo é o desenvolvimento de
sintomas típicos que duram de três dias a um mês após a exposição a um ou mais eventos
traumáticos. Eventos traumáticos vivenciados diretamente incluem, mas não se limitam a,
exposição a guerra
Características Associadas que Apoiam o Diagnóstico
Indivíduos com transtorno de estresse agudo costumam adotar pensamentos
catastróficos ou extremamente negativos a respeito do seu papel no evento traumático, da sua
resposta à experiência traumática ou da probabilidade de danos futuros. Por exemplo, uma
pessoa com transtorno de estresse agudo pode sentir culpa excessiva por não ter impedido o
evento traumático ou por não se adaptar à experiência com mais êxito. Essas pessoas também
podem interpretar seus sintomas de maneira catastrófica, de forma que recordações em
flashback ou entorpecimento emocional podem ser interpretados como um sinal de
capacidade mental reduzida.
Prevalência
A prevalência do transtorno de estresse agudo em populações recentemente expostas a
trauma (i.e., dentro de um mês da exposição ao trauma) varia de acordo com a natureza do
evento e o contexto no qual é avaliado. Tanto na população norte-americana como na não
norte-americana, o transtorno de estresse agudo tende a ser identificado em menos de 20%
dos casos após eventos traumáticos que não envolvem agressão interpessoal, em 13 a 21%
dos acidentes automobilísticos, em 14% das lesões cerebrais traumáticas leves, em 19% dos
furtos, em 10% das queimaduras graves e em 6 a 12% dos acidentes industriais. Taxas mais
elevadas (i.e., 20 a 50%) são descritas após eventos traumáticos interpessoais, incluindo
assalto, estupro e testemunho de tiroteio em lugar público.
Desenvolvimento e Curso
O transtorno de estresse agudo não pode ser diagnosticado até três dias depois de um
evento traumático. Apesar de o transtorno poder progredir para o transtorno de estresse pós-
traumático depois de um mês, ele também pode ser uma resposta de estresse temporária que
cede dentro de um mês da exposição ao trauma e não resulta em TEPT. Aproximadamente
metade dos indivíduos que acabam desenvolvendo TEPT apresenta-se inicialmente com
transtorno de estresse agudo. A piora dos sintomas durante o mês inicial pode ocorrer, com
frequência em virtude de estressores de vida presentes ou outros eventos traumáticos
subsequentes. As formas de revivência podem variar de acordo com o desenvolvimento
30

11.6. Determinar o subtipo

Diagnóstico Diferencial
Transtornos de adaptação. No transtorno de adaptação, o estressor pode ser de
qualquer gravidade em vez da gravidade e do tipo exigidos pelo Critério A do transtorno de
estresse agudo.

11.7. Ponto de Discussão

1. Transtornos de ansiedade e transtorno obsessivo-compulsivo. No TOC, existem


pensamentos intrusivos recorrentes, mas estes satisfazem os critérios de uma obsessão. Além
disso, os pensamentos intrusivos não estão relacionados a um evento traumático vivenciado;
compulsões costumam estar presentes; e outros sintomas de TEPT ou transtorno de estresse
agudo estão em geral ausentes.
2. Transtorno de estresse agudo. O transtorno de estresse agudo é distinto do TEPT porque
seu padrão sintomático é restrito à duração de 3 dias a 1 mês depois da exposição ao
evento traumático.

11.8. Discussão

Nossa discussão foi em torno da diferenciação dos transtornos relacionado ao TEA


com base na queixas iniciais da paciente. No decorrer das sessões foi possível diferencia-los
de acordo aos critérios de diagnósticos.
Baseando-se na TCC como instrumento e modelo deste caso foi possível a aplicação
da terapia breve e focal e a psicoeducação como técnica principal.

11.9. Conclusão do caso

Em conformidade com a relação entre o TEA e o TSPT, este caso nos levou a
compreensão e desmistificação das particularidades de cada aspecto presentes. Foi possível
estabelecer e aperfeiçoar a prática e atenção aos critérios, o que nos levou ao diagnóstico
concreto e a determinação de outros factores que me levou a dar seguimento, tendo em conta
a delicadeza deste caso.
31

12. Reflexão Critica

O estágio foi realizado em meio as dificuldades que por fim foram superadas graças ao
incansável esforço dos profissionais efectivos do HGL e dos colegas do ICISA, que visando
os seus objectivos, dedicaram-se incansavelmente para a concretização da mesma.
Durante o estágio, foi possível detectar falhas pessoais e como também da instituição
acolhedora. A necessidade dos serviços de psicologia em hospitais públicos é visível o que
levou-me a perceber a longitude do alcance da implementação e promoção dos serviços.
Hoje a psicologia é real no nosso contexto, embora pouco incluída por ter sido
constantemente supostamente substituída por profissionais e não profissionais. É importante
aqui realçar que a psicologia é insubstituível, no que diz respeito aos traumas emocionais. A
personalidade é um emaranhado de pressupostos eventos supostamente superados de forma
autónoma. Só um profissional de psicologia pode compreender tal situação e desenvolver
aspectos que possam ser úteis em situações futuras.

13. Reflexão Pessoal do Estagio

Na actuação como futuro profissional da saúde mental ao longo deste estágio, como
parte de uma maioria em virtude da realidade menosprezada por razões e forças maiores,
descrevo a precária condição em que são submetidos a integridade do humanismo que devia
servir como razão para um sistema de saúde mais humanizado.
Sou parte de um conjunto de pessoas fragilizadas, preocupa-me saber que infelizmente
não temos um sistema de saúde capaz de atender uma população como a nossa.
Há no país bons profissionais de saúde postos em funcionamento em condições
precárias. O que mais me inquieta é o facto de saber que parte da ansiedade, estresse, medo
excessivo é causado pelo histórico e relato de casos de fracassos que muitas das vezes estão
na base das dificuldades enfrentadas por profissionais capacitados.
Não me compete relatar as dificuldades enfrentadas por vários profissionais no
contexto hospitalar, preocupa-me saber que da água que bebo, para alguns é usada apenas
para lavar. Não estou com essa declaração querer provocar um ato de rebelião mas sim pedir
encarecidamente que haja mais humanização e responsabilidade por parte daqueles que
respondem pelo bom funcionamento da mesma.
32

14. Conclusão

Depois de tanta dedicação, apresso e engajamento por parte da direcção do ICISA, em


especial, a Dra. Adriana Gomes, Dra. Madalena Ferreira e da direcção do HGL, departamento
de psicologia, em virtude e liderança da Dra. Guilhermina, viabilizando a eficiência do
estágio com máximo rigor, atenção e profissionalismo, foi possível a realização do mesmo
com grandes êxitos e de certeza serviu para mais um aprendizado o que nos serviu também de
complemento para a posterior uso em nossas carreiras.
Como parte do processo, foi possível o intercambio desde o acolhimento, adaptação e
actuação. Nesta sequência, foi possível a identificação dos principais modelos terapêuticos e
os tipos de intervenção. A TCC como modelo mais usado e a utilidade das suas técnicas
serviram como ferramentas principais. O DSM-5 e o CID-10 nos serviram como apoio nos
possíveis diagnósticos, assim como nos ajudou a identificar algumas condições frequentes em
situação ou em num ambiente hospitalar.
A compreensão do estado do paciente como factor primordial, os estressores causados
pelo sofrimento da hospitalização. Foi possível também identificar um dos objectivos do
psicólogo no contexto hospitalar que é a compreensão e minimização do sofrimento do
paciente. O impacto diferenciado do adoecimento.
33

REFERENCIAS

1. MARIA BEARMOUNT. Identificação do tipo de liderança das chefias e a


sua influência na satisfação dos profissionais de saúde do Hospital Geral de Luanda
Estudo de Caso, 2016.
2. ANA RITA, DANIEL DELEVATI. O fazer do psicólogo na saúde, 2013
3. AMERICAN PSICHIATRIC ASSOCIETION. Manual de Diagnostico
Estatístico de Doenças Mentais. 5. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
4. BECK, JUDITH S. Terapia Cognitivo-comportamental Teoria e pratica. 2.
Porto alegre: Artmed, 2013.
5. MENEZES, R.A., CASANOVA, P. F., & BATISTA, E.C. Psicoterapia
Breve: Contexto Histórico, Técnicas e Modalidades, 2021.
6. AMERICAN PSICHIATRIC ASSOCIETION. Manual de Diagnostico
Estatístico de Doenças Mentais. 5. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

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