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INSTITUTO TÉCNICO PRIVADO DE SAÚDE TWAPANDULA

Grupo Nº 03
Sala: 6
Turma: 13.7
Período: Tarde

O Docente
___________________________

HUAMBO/2022

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INSTITUTO TÉCNICO PRIVADO DE SAÚDE TWAPANDULA

Integrantes do Grupo

 Adelaide Calongole Lopes Aleixo


 Maria das Dores Cautina da Costa
 Maria Natividade Sonjamba
 Rosa Victória Sili
 Teresa Américo Sossango
 Vivalda Lídia Chiteculo Cutonguinha
 Wanderleia Verónica satiaca Ulica
 Yolanda Laura Cassanhica Calundo

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DEDICATÓRIA

Dedicamos o presente trabalho aos nossos familiares, colegas, amigos,


Professores, a sociedade em geral, sabemos que este trabalho serviu de mais
um aprendizado para nós e não só, auguramos que haja melhoria em termos de
pesquisa para aumentarmos o nível de conhecimento sobre esta matéria.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradecemos a Deus por ter nos dado o fôlego de vida.


Posteriormente agradecemos as nossas famílias pelo apoio incondicional que
têm nos dado. Agradecemos também o apoio dos nossos grandes Professores
e aos colegas em geral que de uma forma directa ou indirecta participaram na
elaboração deste trabalho. A todos o nosso muito obrigado.

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PENSAMENTO OU FRASE REFLECTIVA

“O sábio não diz tudo que ele sabe, mais sabe tudo o
que diz”

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RESUMO
A Atenção Básica é o conjunto de ações de saúde individuais, familiares e
coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico,
tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em
saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão
qualificada, realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população em
território definido, sobre as quais as equipes assumem responsabilidade
sanitária.

A atenção básica é conhecida como a “porta de entrada” dos usuários nos


sistemas de saúde. Ou seja, é o atendimento inicial. Seu objetivo é orientar sobre
a prevenção de doenças, solucionar os possíveis casos de agravos e direcionar
os mais graves para níveis de atendimento superiores em complexidade.

A atenção básica funciona, portanto, como um filtro capaz de organizar o fluxo


dos serviços nas redes de saúde, dos mais simples aos mais complexos.

A atenção básica se caracteriza por um conjunto de ações de saúde, no âmbito


individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a
prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de
danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção
integral que impacte positivamente na situação de saúde das coletividades. Este
trabalho é realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), nas Unidades
Básicas de Saúde Fluviais, nas Unidades Odontológicas Móveis (UOM) e
nas Academias de Saúde.

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ABSTRACT

The Basic Attention is the group of individual, family and collective actions of
health that you/they involve promotion, prevention, protection, diagnosis,
treatment, rehabilitation, reduction of damages, cares palliatives and surveillance
in health, developed through practices of integrated care and qualified
administration, accomplished with team and driven the population in defined
territory, on which the teams take sanitary responsibility.
The basic attention is known as the users' "entrance door" in the systems of
health. In other words, it is the initial service. His/her objective is to guide about
the prevention of diseases, to solve the possible cases of offences and to address
the most serious for superior service levels in complexity.
The basic attention works, therefore, as a filter capable to organize the flow of
the services in the nets of health, of the simplest to the more compounds.
The basic attention is characterized by a group of actions of health, in the
individual and collective extent, that it includes the promotion and the protection
of the health, the prevention of offences, the diagnosis, the treatment, the
rehabilitation, the reduction of damages and the maintenance of the health with
the objective of developing an integral attention that impacte positively in the
situation of health of the collectivities. This work is accomplished in the Basic
Units of Health (UBS), in the Fluvial Basic Units of Health, in the Unidades
Odontológicas Móveis of furniture (UOM) and in the Academies of Health.

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ÍNDICE
INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 1
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................. 11
DEFINIÇÃO............................................................................................................. 11
Qualidade na Assistência à Saúde .......................................................................... 11
Segurança do paciente é uma das seis dimensões da qualidade na assistência .... 12
O que é a atenção básica?...................................................................................... 13
Qual a importância da Atenção Básica em saúde? ................................................. 14
Atenção Básica à Saúde: entenda a sua importância ................................................. 14
A prevenção direciona os cuidados básicos com a saúde ....................................... 15
A atenção primária é o primeiro contato do paciente com o SUS ............................ 15
A importância da Atenção Básica à Saúde.............................................................. 15
Os aspectos positivos na qualidade de vida das pessoas ....................................... 16
Níveis de prevenção em Saúde............................................................................... 16
Prevenção primária ................................................................................................. 17
Prevenção Secundária ............................................................................................ 19
Prevenção Terciária ................................................................................................ 20
Esquema ilustrativo da tipificação ........................................................................... 22
Prontuário eletrônico ............................................................................................ 22
Sistema de agendamento .................................................................................... 22
Tecnologia beira-leito........................................................................................... 22
Prevenção Quaternária ........................................................................................... 23
Prevenção Quinquenária ......................................................................................... 23
Ações importantes para cada nível de atenção ................................................... 24
Importância dos níveis de atenção à saúde ......................................................... 25
Integração entre os níveis .................................................................................... 25
Diferença entre UBS, UPA e hospital................................................................... 27
Aperfeiçoamento da gestão ................................................................................. 27
CONCLUSÃO ............................................................................................................. 28
REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 29

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INTRODUÇÃO

Para além de mera burocracia, a divisão da atenção à saúde, determinada pela


Organização Mundial de Saúde (OMS), funciona como um eficiente mecanismo
do processo de triagem médica. Por meio dessa divisão, torna-se possível
compreender em que fase da doença o paciente encontra-se, a complexidade
do quadro clínico apresentado e, por conseguinte, o melhor tratamento a ser
ministrado.

Dado isso, podemos constatar a importância da devida articulação entre os


níveis de atenção à saúde, uma vez que, como será discutido no decorrer deste
texto, tal articulação poderá ser responsável por otimizar o funcionamento do
sistema público de saúde, evitando o desperdício de recursos públicos e
oferecendo um atendimento satisfatório ao paciente.

O Sistema Único de Saúde (SUS) atende mais de 190 milhões de pessoas. Para
tanto, é organizado de forma descentralizada, por meio de diferentes níveis de
atenção à saúde.

Os serviços que fazem parte deles são agrupados de acordo com a


complexidade das medidas necessárias para acolher a população.

OBJECTIVO
O tema da nossa pesquisa foi estudado com a pretensão de se alcançar com os
seguintes objectivos:

 Geral

- Conhecer o funcionamento de uma análise de balanço.

 Específicos

- Descrever os níveis de cuidados em saúde.

-.

- Obter elementos para o processo de avaliação da continuidade financeira


e operacional da entidade analisada.

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Contudo, buscou-se precisamente reunir dados/informações bem como definir
os objectivos acima mencionados, com o fim máximo de responder ao problema
de pesquisa.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

DEFINIÇÃO

Assistência médica é o tratamento de doenças e a preservação


da saúde através de serviços médicos, farmacêuticos, enfermagem e outras
profissões relacionadas.

Incluem-se na assistência médica todos os serviços utilizados para promover a


saúde e o bem-estar dos pacientes, incluindo serviços preventivos, curativos e
paliativos, seja para um indivíduo, seja para uma população.

A assistência médica é um benefício que não está incluído no cálculo de salário


do trabalhador, ao contrário dos gastos com alimentação, por exemplo, que
entram na conta para definir o valor do salário do empregado.

Por isso, cabe ao empregador (empresa) optar por fornecer planos de


assistência médica a seus funcionários. Normalmente, a pessoa com carteira
assinada conta também com esse benefício e pode usufruir da rede de
atendimento do plano de saúde escolhido pelo empregador.

Um sistema de saúde eficiente pode contribuir para uma parte significativa


da economia, do desenvolvimento e da industrialização de um país. Os cuidados
de saúde são convencionalmente considerados como um importante
determinante na promoção da saúde física e mental geral e do bem-estar das
pessoas em todo o mundo. Um exemplo disso foi a erradicação mundial da
varíola em 1980, declarada pela OMS como a primeira doença na história
humana a ser eliminada por intervenções deliberadas de saúde.

A prevenção pode ser feita nos períodos pré-patogênese e patogênese. Ou seja:


antes do indivíduo adoecer ou após o adoecimento. O conhecimento da história
natural da doença favorece o domínio das ações preventivas necessárias.

Não é à toa que dizemos que a prevenção é o melhor remédio ou que prevenir
é melhor do que remediar! Por meio da prevenção podemos evitar agravos à
saúde da população e promover qualidade de vida.

Qualidade na Assistência à Saúde

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Prestar assistência em saúde a qualquer paciente talvez seja a mais complexa
atividade desenvolvida pela sociedade humana nos dias de hoje. O
conhecimento que se tem hoje a respeito do diagnóstico e tratamento das
diversas doenças se tornou extremamente vasto. Doenças se acumulam em um
mesmo indivíduo, e as possibilidades para resolvê-las são renovadas a uma
velocidade comparável às mudanças no mundo digital em que vivemos.

O processo de cuidar de um simples paciente é, hoje, uma equação de diversas


variáveis. Sendo assim, um sistema de assistência à saúde que cuida de
diversos indivíduos prova-se ainda mais complexo. E espera-se que esse
sistema promova uma assistência de qualidade aos pacientes. Mas infelizmente,
essa complexa assistência ao paciente que atualmente é feita, ainda está muito
distante daquela que deveria ser feita.

Segurança do paciente é uma das seis dimensões da qualidade


na assistência

Nas últimas décadas, o grande debate na área da saúde ganhou foco sobre esta
qualidade de assistência ainda aquém das expectativas tanto dos pacientes
quanto dos próprios profissionais envolvidos.

Essas metas nada mais são do que as seis dimensões mais importantes para
que a assistência à saúde possa ser considerada de qualidade. Sendo assim,
essas seis dimensões pressupõem que a assistência à saúde deva ser:

1. Segura: primeira e sem dúvida mais importante característica que a


assistência ao paciente deve ter, por ser a base para as demais. Segurança
do paciente se traduz por tudo aquilo que deve ser feito para evitar que os
pacientes sofram danos desnecessários causados pela assistência que
deveria apenas ajudá-los;
2. Efetiva: a assistência deve ser realizada com base nas melhores evidências
científicas, com foco em fazer a coisa certa para quem precisa. Em outras
palavras, é não cometer excessos, muito menos deixar de realizar quaisquer
medidas, desde que sempre seja observado o princípio de fazer a coisa
certa, para a pessoa certa, na hora certa;

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3. Centrada no paciente: o paciente deve ser capaz de ser ativo nas decisões
sobre qualquer intervenção. Suas vontades e dúvidas devem ser sempre
levadas em conta. Os valores e preferencias de um indivíduo sempre devem
estar contemplados para as tomadas de decisão.
4. Oportuna: qualquer perda ou atraso de tempo deve ser evitado a todo
custo, tanto do ponto de vista do paciente, quanto do ponto de vista de quem
presta a assistência.
5. Eficiente: a assistência ao paciente deve ser racional, sem desperdícios,
sem excessos. Não devem ser gastos quaisquer recursos sem real
necessidade, seja a realização de um simples exame, o uso de um
equipamento, uma complexa cirurgia, leitos hospitalares ou até recursos
humanos.
6. Igualitária: a qualidade da assistência prestada deve ser igual para
qualquer ser humano, não importando gênero, raça, idade, religião,
condição econômica ou característica social ou cultural.

O que é a atenção básica?

A atenção básica é conhecida como a “porta de entrada” dos usuários nos sistemas
de saúde. Ou seja, é o atendimento inicial. Seu objetivo é orientar sobre a prevenção
de doenças, solucionar os possíveis casos de agravos e direcionar os mais graves
para níveis de atendimento superiores em complexidade.

A atenção básica funciona, portanto, como um filtro capaz de organizar o fluxo dos
serviços nas redes de saúde, dos mais simples aos mais complexos.

A atenção básica se caracteriza por um conjunto de ações de saúde, no âmbito


individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de
agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a
manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que
impacte positivamente na situação de saúde das coletividades. Este trabalho é
realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), nas Unidades Básicas de Saúde
Fluviais, nas Unidades Odontológicas Móveis (UOM) e nas Academias de Saúde.

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Equidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas as
pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm
necessidades distintas.

Em outras palavras, equidade significa tratar desigualmente os desiguais, investindo


mais onde a carência é maior.

Integralidade: o sistema de saúde deve estar preparado para ouvir o usuário, entendê-
lo inserido em seu contexto social e, a partir daí atender às demandas e necessidades
desta pessoa.

Qual a importância da Atenção Básica em saúde?

Em se tratando do nível primário, o termo “Atenção Básica em Saúde” é muito utilizado


pelos teóricos em saúde coletiva, já que ela representa uma base importantíssima e
imprescindível ao atendimento humanizado e biopsicossocial dos usuários de saúde.

A Atenção Básica é o conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas


que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação,
redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio
de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada com equipe
multiprofissional e dirigida à população em território definido, sobre as quais as
equipes assumem responsabilidade sanitária.

Atenção Básica à Saúde: entenda a sua importância

A Atenção Básica à Saúde (ABS) é apontada como prioritária dentro de um sistema


de saúde. Significa o primeiro contato que as pessoas têm quando procuram os
serviços públicos de saúde. A partir deste acolhimento inicial, o paciente pode ser
melhor atendido de acordo com as suas necessidades. A Atenção Básica à Saúde
atua, principalmente, de maneira preventiva em uma comunidade.

Dentro dos níveis de atenção à saúde, a Atenção Básica à Saúde também é conhecida
como atenção primária. Estrutura-se em um conjunto de ações de saúde individuais,
familiares e coletivas que envolvam prevenção, proteção, redução de danos,
diagnóstico, tratamento, vigilância sanitária, entre outras.

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A prevenção direciona os cuidados básicos com a saúde

A prevenção é um dos nortes da Atenção Básica à Saúde (ABS). Suas ações são
direcionadas a promover saúde, evitar doenças e permitir à população atendida
melhores condições de vida. Estas medidas preventivas passam também por garantir
ampla cobertura dos serviços de saúde, bem como a uma maior educação e
conscientização sobre os cuidados das pessoas com a sua própria saúde.

Por meio da Atenção Básica à Saúde é possível entender melhor as necessidades da


população para que sejam criadas estratégias mais assertivas dentro da promoção e
prevenção em saúde. Com uma ABS bem estruturada fica mais fácil fazer a gestão
de como agir para prevenir doenças. Além de garantir diagnósticos mais precisos,
tratamentos mais eficientes e promover a reabilitação adequada dos pacientes.

A atenção primária é o primeiro contato do paciente com o SUS

A Atenção Básica à Saúde é a “porta de entrada” dos brasileiros no Sistema Único de


Saúde (SUS). A saúde pública, gratuita e universal é direito assegurado a todo e
qualquer cidadão, com base na Constituição Federal de 1988. Nesse contexto, o
mesmo se aplica à atenção primária. Ela funciona como filtro capaz de organizar o
atendimento e o fluxo dos serviços nas redes de saúde, dos mais simples aos mais
complexos.

Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a equipe de profissionais


para atuar na Atenção Básica à Saúde deve ter características multiprofissionais. Ou
seja, sua composição mínima requer um médico de família, de preferência
especialista em clínica médica, enfermeiro especialista em saúde da família e outro
profissional de saúde que tenha formação em nível superior.

Caso haja necessidade, esta equipe de profissionais pode ser ampliada com mais
enfermeiros e outros profissionais da área da saúde, como psicólogos, nutricionistas,
fonoaudiólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais.

A importância da Atenção Básica à Saúde

Conforme destacamos, a Atenção Básica à Saúde situa-se, principalmente, no campo


da prevenção. Grande parte das necessidades de saúde são resolvidas na atenção

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primária e, caso seja necessário, os usuários são encaminhados para outros níveis
de atenção. A ABS consegue evitar que pequenos problemas de saúde se agravem,
resolvendo de imediato cerca de 80% dos casos, segundo o Ministério da Saúde. Isso
minimiza, por exemplo, a superlotação das emergências em hospitais.

A Atenção Básica à Saúde (ABS) é um dos pilares do atendimento médico no Brasil,


tornando possível o acesso aos níveis de atenção mais complexos. Trata-se de uma
iniciativa fundamental para o acolhimento e a humanização da saúde no Brasil. E,
desta forma, prevenir e tratar inúmeras doenças, promovendo mais bem-estar à
população.

A partir do nível de Atenção Básica à Saúde é que são coordenados os


encaminhamentos dos pacientes para a atenção secundária (serviços de média
complexidade de caráter ambulatorial e hospitalar) e terciária (serviços de alta
complexidade realizados em grandes hospitais e clinicas, como cirurgias e exames
mais invasivos).

Os aspectos positivos na qualidade de vida das pessoas

Ao promover o acesso gratuito à saúde pública, a Atenção Básica à Saúde é de


extrema importância para a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros. Isso porque,
como evidenciado, ao ser atendido numa UBS, o cidadão tem a possibilidade de fazer
consultas médicas e check-ups. Medidas que auxiliam na prevenção de doenças e
contribuem para o diagnóstico precoce e tratamentos mais eficazes.

A Atenção Básica à Saúde no Brasil é organizada de forma descentralizada e


abrangente para que ocorra o mais próximo da vida das pessoas. Como já falamos,
ela é a comunicação com toda a Rede de Atenção à Saúde e por isso se faz tão
importante tratando-se do Sistema Único de Saúde (SUS). A ABS acontece em várias
frentes: nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), nas Unidades Básicas de Saúde
Fluviais, nas Unidades Odontológicas Móveis, Academias de Saúde.

Níveis de prevenção em Saúde

Inicialmente, foram previstos apenas três níveis iniciais de prevenção à


saúde: primário, secundário e terciário.

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No entanto, em virtude das modificações ocorridas na sociedade e na concepção
de saúde e de doença, foi necessário pensar em outros dois novos níveis de
prevenção. Assim surgiram os níveis quaternário e quinquenário.

Prevenção primária

Porta de entrada para o SUS, o nível primário é constituído principalmente pelas


Unidades Básicas de Saúde (UBSs). As ações de que dá conta são voltadas à
redução do risco de doenças e à proteção da saúde. Isso quer dizer que
apresenta também um caráter preventivo.

Nas UBSs, deve ser possível que os pacientes realizem exames e consultas
rotineiros, contando com profissionais de medicina geral e familiar. Estes têm
que garantir uma atenção integral à saúde e considerar o paciente inserido em
sua família e comunidade. Precisam valorizar, portanto, a pessoa atendida como
um ser único e diferente de qualquer outro.

Neste nível, os profissionais se articulam para atuar não apenas nas unidades
de saúde, como também em espaços públicos da comunidade. Realizam ainda
visitas domiciliares às famílias.

A ideia é, mais do que prover assistência médica, estar perto das pessoas e
promover a saúde e a qualidade de vida localmente. Tal tipo de trabalho, de
prevenção e conscientização, é importante até mesmo para otimizar a alocação
de recursos utilizados em internações e tratamentos de doenças que poderiam
ter sido evitadas.

Esse nível de atenção é fundamental para a sociedade, uma vez que tem ação
preventiva e contribui para evitar o adoecimento da população. Isso, sem dizer
da redução dos gastos com tratamentos de doenças.

Os programas de vacinação e imunização de doenças transmissíveis, por


exemplo, são exemplos importantes de ações de prevenção primária.

Também fazem parte desse nível de prevenção ações de incentivo à educação


alimentar, prática de atividade física e campanhas educativas, por exemplo,
contra uso de cigarro ou bebidas alcoólicas.

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Neste estágio, encaixam-se os casos mais simples, ou seja, o grau de
complexidade é considerado baixo.

Na etapa primária, o foco está no agendamento de consultas e exames básicos,


como curativos, radiografias e eletrocardiogramas. Aqui, encontra-se o trabalho
desenvolvido pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Há também neste passo algumas ações para promoção da saúde pública em


espaços comunitários. Campanhas para incentivar a vacinação e o combate à
dengue, são consideradas parte essencial deste nível.

A atenção primária caracteriza-se, muitas vezes, por atuar como a porta de


entrada do paciente para o serviço de saúde. Nesse sentido, as Unidades
Básicas de Saúde (UBSs), a Medicina de Família e Comunidade (MFC) e os
Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) emergem como parte do corpo
formador da atenção primária. Essa modalidade de atendimento atua sob uma
perspectiva mais preventiva, visando a reduzir os riscos de incidência de
doenças na população de alcance. Além disso, é caracterizada pelo recebimento
de casos de baixa complexidade.

A atenção primária é de extrema importância para a eficiência do sistema de


saúde público. Nesse nível, a anamnese costuma ser profunda e abrangente,
uma vez que o paciente, muitas vezes, chega ao consultório relatando sintomas
inespecíficos ou pouco delimitados. Nesse sentido, para a realização de um bom
atendimento, o médico precisa possuir uma visão geral do paciente, analisando
seu modo de vida, hábitos e constituição familiar, por exemplo. Em virtude disso,
na atenção primária, a relação entre médico, sobretudo o profissional da MFC, e
paciente é, geralmente, mais próxima e consolidada. Não por acaso, o Médico
de Família pode lidar com até 90% dos problemas do paciente sem necessidade
de encaminhamento para outros níveis de saúde.

A prevenção primária é marcada por ações focadas em impedir a ocorrência das


doenças antes que elas se desenvolvam no organismo dos pacientes.

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Ela subdivide-se em dois níveis: a promoção da saúde e a proteção específica.
E, como podemos imaginar, contempla o período pré-patogênico (antes do
adoecimento) e ações sobre agentes patógenos e seus vetores.

Esse nível de prevenção, portanto, diz respeito a ações tomadas para remover
causas e fatores de risco de um problema de saúde individual ou populacional,
antes do desenvolvimento de alguma condição clínica.

Prevenção Secundária

A contrário do nível primário, aqui a doença já se manifestou, mas ainda em fase


inicial. A prevenção secundária é essencial, uma vez que o diagnóstico
precoce é fundamental para o êxito de tratamentos de várias doenças, muitas
delas, fatais.

Vale destacar que esse nível também é dividido em dois níveis: Diagnóstico
precoce e Limitação da incapacidade.

A prevenção secundária tem como foco detectar um problema de saúde em


estágio inicial, reduzindo ou prevenindo sua disseminação e efeitos a longo
prazo. Um exemplo de ação nesse sentido é o rastreamento para diagnóstico
precoce.

Esse nível de prevenção busca identificar e confirmar o diagnóstico e impedir


que a enfermidade avance ou tenha seu quadro piorado. Em caso de doenças
infecciosas, é fundamental, pois pode reduzir sua disseminação.

O objetivo aqui é promover melhor evolução clínica para pacientes por meio de
procedimentos diagnósticos e terapêuticos.

Unidades de Pronto Atendimento (UPA) integram o estágio secundário. Neste


momento, surgem os especialistas, como cardiologistas, oftalmologistas,
endocrinologistas e etc.

Com um fluxo bem definido, após a fase inicial -nível primário- os pacientes são
encaminhados para a segunda parte do processo, recebendo aqui a atenção
devida para a especificidade do seu caso.

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Neste estágio, os equipamentos e a infraestrutura são compatíveis com a
demanda. Desta forma, os profissionais possuem o suporte adequado para
realizar intervenções em doenças agudas ou crônicas, além de atendimentos
emergenciais.

A atenção secundária é composta pelos serviços especializados encontrados em


hospitais e ambulatórios. Este nível envolve atendimento direcionado para áreas
como pediatria, cardiologia, neurologia, ortopedia, psiquiatria, ginecologia e
outras especialidades médicas. As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) se
encaixam aqui. É geralmente o acolhimento na atenção primária que encaminha
os pacientes para o nível secundário, quando necessário.

São encontrados nos hospitais e centros de atendimento desta categoria


equipamentos para exames mais avançados, como ecocardiogramas e
endoscopias. Além disso, os profissionais de saúde que atuam na atenção
secundária são preparados para realizar tratamentos de complexidade média,
como é o caso dos que envolvem doenças crônicas ou agudas.

Nesse nível de atenção é provável que a doença já tenha sido identificada. Aqui,
atuam profissionais mais específicos, são os chamados especialistas focais, a
exemplo de neurologistas e cardiologistas. Por ser uma área com maior nível de
especificidade, há, também, maior demanda tecnológica. Unidades de Pronto
Atendimento (UPAs) representam um bom exemplo de atuação da atenção
secundária. Serviços de urgência e emergência e ambulatórios também são
comumente utilizados nesse nível de atenção. Dessa forma, pode-se classificar
a complexidade do atendimento na atenção secundária como intermediária.

É importante observar que, caso haja um deficit de atendimento na atenção


primária e o paciente seja, precocemente, encaminhado para um médico
especialista (atenção secundária), isso poderá resultar no requerimento de
exames desnecessários, gerando transtornos financeiros públicos ou
particulares e, até mesmo, falhas de diagnóstico, de forma a dificultar o
tratamento da doença.

Prevenção Terciária

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Esse nível de atenção é a evolução do nível anterior. Nessa fase, por exemplo,
o quadro patológico do paciente já evoluiu e a proposta é reduzir complicações
ou agravos no quadro do indivíduo.

O nível terciário de atenção à saúde fornece atendimento de alta complexidade,


sendo formado por hospitais de grande porte. Também envolve procedimentos
que demandam tecnologia de ponta e custos maiores, como os oncológicos,
transplantes e partos de alto risco.

Os especialistas da categoria estão aptos para tratarem casos que não puderam
ser atendidos na atenção secundária por serem mais singulares ou complexos.
Há ainda assistência a cirurgias reparadoras, processos de reprodução
assistida, distúrbios genéticos e hereditários, entre outros tipos de cuidados para
processos menos corriqueiros.

As ações que integram esse nível de prevenção se fazem necessárias ações


para reduzir os prejuízos funcionais consequentes de um problema agudo ou
crônico.

Podemos definir a prevenção terciária, portanto, como o conjunto de ações que


objetivam reduzir a incapacidade do paciente, de forma a permitir sua rápida e
melhor reintegração na sociedade.

A prevenção terciária é implementada para reduzir em um indivíduo ou em uma


população os prejuízos funcionais advindos de um problema agudo ou crônico,
a exemplo do diabetes ou do acidente vascular cerebral.

Trata-se, assim, da busca pela reabilitação de pacientes com doenças


clinicamente detectáveis.

Os grandes hospitais correspondem ao nível terciário. O objetivo deste estágio


é garantir que procedimentos para a manutenção dos sinais vitais do paciente
sejam priorizados.

A tecnologia torna-se a principal aliada dos médicos e dos outros profissionais


que são responsáveis pelo socorro aos usuários. Apesar da divisão em

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três níveis de atenção à saúde, os recursos tecnológicos podem ser aplicados
para beneficiar todos os estágios.

Esse setor é composto por hospitais de grande porte e possui elevada demanda
tecnológica. Não é incomum, por exemplo, o uso de ferramentas tecnológicas,
como prontuários eletrônicos e sistemas de agendamento. Diante disso, esse
nível torna-se responsável por procedimentos mais invasivos, como as cirurgias,
os transplantes e as diálises. Nesta etapa, o paciente, provavelmente, já passou
pelos níveis primário e secundário, fato que pode indicar condições patológicas
mais graves.

Esquema ilustrativo da tipificação

Que são:

Prontuário eletrônico

Para aumentar a qualidade hospitalar o prontuário eletrônico é imprescindível. A


ferramenta registra, armazena e disponibiliza as principais informações sobre um
paciente.

Outro benefício agregado à utilização da ferramenta é a possibilidade de


visualizar em um único espaço, o histórico completo do usuário.

Sistema de agendamento

Para proporcionar conforto e tranquilidade aos usuários o ideal é possuir um


sistema de agendamento on-line.

Ao implantar um software como esse a diminuição na taxa de não


comparecimento à consulta é significativa. O sistema envia, automaticamente,
um SMS ou e-mail para lembrar o paciente do procedimento marcado.

Tecnologia beira-leito

A checagem beira-leito foi criada com o intuito de diminuir ao máximo o número


de falhas hospitalares. Esse dispositivo é responsável pela gestão dos
medicamentos, sendo de grande ajuda para os profissionais da enfermaria.

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Algumas melhorias agregadas a esse sistema de checagem são:

 maior segurança na aplicação de remédios;


 otimização de processos;
 aumento do desempenho financeiro das entidades.

Prevenção Quaternária

Esse nível de prevenção é demandado com quando o paciente já está com a


doença em estágio mais avançado. Nesse sentido, podemos definir a prevenção
quaternária como sendo o conjunto de ações realizadas com o objetivo de evitar
danos relacionados a intervenções médicas e de outros profissionais de saúde.

É o caso, por exemplo, quando o tratamento é considerado pior do que a doença.


A proposta aqui é, principalmente, prevenir o que chamamos
de hipermedicalização do cuidado, que nada mais é do que o uso excessivo de
medicamentos.

Além disso, é objetivo da prevenção quaternária evitar intervenções invasivas


desnecessárias, como cirurgias ou exames, assim como fortalecer a política de
redução de danos junto ao paciente.

O desafio dos profissionais de saúde nesta fase é promover procedimentos


científica e eticamente aceitáveis para melhor qualidade de vida do paciente.

Prevenção Quinquenária

Esse nível de prevenção ganha ainda mais importância após a pandemia da


Covid-19 e todo o contexto vivido por profissionais de saúde em virtude da
disseminação do vírus.

Esse conceito surgiu recentemente, em 2014, com foco em prevenir o dano no


paciente, atuando no médico. Ou seja: é preciso cuidar de quem cuida.

Podemos dizer, então, que a prevenção quinquenária trata de medidas


preventivas que visam a melhoria da qualidade dos cuidados prestados ao
paciente, mirando no cuidador, de ondem emergem os cuidados.

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Um exemplo disso é a prevenção ao Burnout (esgotamento) dos profissionais de
saúde. Vale aqui reforçar que o Burnout é o estado de exaustão física e ou
psicológica no contexto do trabalho.

Hospitais e prontos-socorros são ambientes tensos por natureza. Mas, o que se


viu com a pandemia do novo coronavírus foi um cenário desolador, com médicos
e profissionais da linha de frente exaustos – não só pelo excesso de trabalho,
quanto pelo medo em relação ao vírus e pelo cenário de incertezas que impactou
todos nós.

Esse nível de prevenção é sim um grande avanço para profissionais de saúde.


É preciso reconhecer, também, seus benefícios para a qualidade dos serviços
prestados à população.

Ações importantes para cada nível de atenção

Os gestores de hospitais, clínicas, planos de saúde e demais instituições da área


devem estar atentos e destinar ações para cada nível, utilizando a complexidade
de cada um para ações mais assertivas em cada meio.

Essas ações colaboram para o bem-estar, manutenção e promoção da saúde,


mas também para melhorar a imagem da instituição perante seus beneficiários
e a comunidade em geral. Para beneficiários que se encaixam no nível primário,
as ações devem privilegiar a prevenção; para o secundário, a manutenção da
saúde; no terciário, a recuperação e promoção da vida.

Com a tecnologia voltada para a área da saúde, é possível fazer o


gerenciamento de ações e o mapeamento de pacientes, em cada nível de saúde,
deixando mais operacional e otimizado o trabalho. Uma ferramenta bastante
utilizada para essa finalidade é o Loggi, software desenvolvido com esse objetivo
pela ForMedici e que também possui outras funcionalidades, como a geração de
relatórios e identificação de pacientes de risco em cada nível de atenção à
saúde.

Avaliou-se a prática da integralidade, a partir da saúde da criança. Estudo de


caso exploratório-descritivo (natureza transversal, abordagem quantitativa) que
foi desenvolvido em duas unidades de saúde: uma, cujo eixo estruturante da

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assistência era o Programa de Saúde da Família e outra que organizava a
assistência no modelo tradicional. Os dados foram levantados por entrevista com
pais/responsáveis pelas crianças (n=195) e analisados com teste qui-
quadrado e t-student. Constatou-se que o acesso era difícil em ambas às
unidades, com média de 2-3 idas ao serviço para marcação de consulta. Acesso
a medicamento e o sistema de referência/contra-referência foi mais bem
garantido na unidade de saúde da família. O princípio da integralidade não se
mostrou incorporado, mesmo na unidade de saúde da família. Assim, ainda
permanecem como desafios, a busca de modelos assistenciais que contemplem
o acesso aos serviços de saúde e a integralidade da atenção.

Importância dos níveis de atenção à saúde

Os níveis de atenção à saúde possuem uma organização fundamental para


tornar a triagem do Sistema Único de Saúde (SUS) mais eficiente. Quando os
pacientes são direcionados de um nível ao outro, garante que os profissionais
estejam disponíveis para quem precisa.

A qualidade da gestão hospitalar depende diretamente da boa execução de


todas as etapas. E, ao dispor de uma boa logística estrutural, o acolhimento
humanizado torna-se mais fácil de ser posto em prática pelos colaboradores.

O ideal é que toda instituição de saúde possua o foco nos níveis de atenção à
saúde, para de melhorar constantemente. Além disso, para aperfeiçoar os
processos internos, é necessário preocupar-se sempre com a automatização do
atendimento.

Integração entre os níveis

Coordenadora do Programa de Residência Médica de Medicina da Família, na


secretaria da Saúde de São Bernardo do Campo, a médica de família e
comunidade Denize Ornelas falou sobre a correlação entre os níveis de atenção
do SUS em participação no podcast jornalístico Mamilos.

Segundo ela, a atenção básica é primordial em um sistema de saúde organizado


e deveria atuar a partir de atributos essenciais e derivados. Os primeiros

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incluiriam a possibilidade de atendimento contínuo; fácil acesso; proximidade
das pessoas; e integralidade, ou seja, o olhar para o paciente levando-se em
conta toda a sua complexidade. Quanto aos atributos derivados, haveria a
necessidade de contextualizar o histórico do paciente a partir de seu contexto
familiar e comunitário, bem como de se levar em consideração os seus valores,
crenças e expectativas.

É papel da atenção primária, segundo ela, a coordenação do cuidado, que


dependeria substancialmente de uma boa relação com as atenções secundária
e terciária. Contudo, a médica chama a atenção para o fato de a carência de
profissionais especializados em número suficiente no nível secundário ser um
gargalo encontrado no SUS, gerando sobrecarga ao primário.

“A atenção primária tem como característica poder resolver até 80% dos
problemas de saúde que as pessoas procuram, e eu só vou encaminhar [para a
atenção secundária], teoricamente, 20% ou menos [dos casos]. Mas, para eu ser
resolutiva nisso, eu preciso que os outros 20% não estejam comigo. Eles
realmente precisariam estar na atenção especializada”, ponderou.

Para Denize, um fator agravante neste aspecto é o fato de municípios de


pequeno porte possuírem recursos escassos até para a contratação dos
médicos de família, da atenção primária. Isso dificulta ainda mais a admissão de
especialistas para as outras categorias de atendimento, de acordo com a
médica.

Ela destacou ainda a necessidade de haver um diálogo direto entre os níveis


primário e terciário, para encaminhamento médico, decisão sobre procedimentos
e acompanhamento de pacientes. Exemplificou que, ao receber alta após um
tratamento clínico ou cirúrgico, uma pessoa não receberia cuidados domiciliares
do especialista que a operou. O processo seria realizado pelo médico de família,
da atenção básica.

“O diálogo entre as partes do sistema é fundamental para que a gente entenda


que não adianta só investir na atenção primária, secundária ou terciária. A gente
precisa ter essas pontes bem feitas”, refletiu.

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Diferença entre UBS, UPA e hospital

Como você já sabe, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) são utilizadas para
a atenção primária; as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), para a
secundária; e os hospitais, para o acolhimento no nível terciário.

Nas UBSs, são realizados processos rotineiros, como consultas com clínico
geral, vacinação, cuidados relacionados ao pré-natal e atendimento
odontológico. Dependendo de seu porte e localização, estas unidades podem
apresentar de uma equipe de saúde da família a quatro grupos de atenção
básica.

Já as UPAs realizam medidas de emergência, funcionando 24 horas por dia. Os


casos tratados incluem traumas, fraturas, infartos, derrames etc. Podem acolher
de 150 a 450 pacientes por dia, conforme a quantidade de leitos apresentada.

Aperfeiçoamento da gestão

Embora os níveis de atenção tenham cada um as suas especificidades, as


estratégias para a melhoria do sistema público de saúde podem beneficiar
igualmente a todos eles. E é exatamente este o objetivo do Hygia.

Nosso software de gestão em saúde foi desenvolvimento para melhorar a


qualidade de vida da população, interligando todas as unidades da rede pública.
Suas vantagens incluem: classificação de risco para atendimento;
encaminhamento para médico especializado; prontuário único, controle de
estoque de medicação; e redução de filas.

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CONCLUSÃO

Com o correto manejo dos três níveis, há diminuição da sobrecarga nos hospitais
e otimização do tratamento do paciente, que possui seu problema resolvido nas
UBSs ou, caso contrário, é devidamente encaminhado a um especialista focal.
Reitera-se, portanto, como fator imprescindível ao bom funcionamento do
sistema de saúde no Brasil e no mundo, a necessidade de cooperação.
Entendemos, pois, que cada área possui seu campo de atuação indispensável e
insubstituível. A área médica, notavelmente marcada pela competição, é melhor
aproveitada quando os saberes se unem em prol do paciente, alvo único desta
profissão. Sejamos, então, mais cooperativos.

Partindo das definições e das análises apresentadas neste texto, torna-se clara
a necessidade da divisão em níveis proposta pela OMS. Quando tais áreas
atuam integradas, elas complementam-se de modo a oferecer a melhor
experiência possível para o paciente, de forma a tratá-lo ou a curá-lo sem
transtornos desnecessários. Por exemplo, ao realizar uma correta anamnese em
seu paciente, o médico de família (atenção primária), poderá identificar e tratar
grande parte dos problemas, encaminhando o paciente ao médico especialista
(atenção secundária) apenas em situações, de fato, necessárias, isto é, quando
a atenção primária não é mais capaz de oferecer os recursos, sejam eles
tecnológicos ou técnicos, requeridos para a eficiência do tratamento proposto.

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REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Suíça: WHO Document Production Services. 2017
2. ↑ Agência Lusa (14 de dezembro de 2017). «Angola é o país lusófono com pior
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3. ↑ Novo instituto oncológico de Angola quer ser referência em África Notícias ao
Minuto (Fonte: Agência Lusa), 09 de Setembro de 2014
4. ↑ Novo instituto oncológico de Angola quer ser referência em África Diário
Digital (Fonte: Agência Lusa), 09 de Setembro de 2014
5. ↑ Novo instituto oncológico angolano quer ser instituição de referência no
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Jurídicos http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm Acesso
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saúde. WHO WEB Site: https://www.who.int/world-health-day/pt/world-health-
day-2019/fact-sheets/details/universal-health-coverage-(uhc) Aces.
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