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Tecido nervoso

O tecido nervoso é composto por neurônios e gliócitos. Quando estimulado, esse tecido é
capaz de conduzir impulsos nervosos de forma rápida e às vezes por longas distâncias.

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O tecido nervoso é sensível a vários tipos de estímulos que se originam de fora ou


do interior do organismo. Ao ser estimulado, esse tecido torna-se capaz de
conduzir os impulsos nervosos de maneira rápida e, às vezes, por distâncias
relativamente grandes. Trata-se de um dos tecidos mais especializados do
organismo animal. Tal tecido é composto por neurônios e gliócitos (ou células
gliais).
Tópicos deste artigo
 1 - Neurônios
 2 - Gliócitos
 3 - Nervos
 4 - Sinapses
 5 - Atuação dos neuro-hormônios

Neurônios
Os neurônios são células responsáveis pelos impulsos nervosos, altamente
especializadas, dotadas de um corpo celular e numerosos prolongamentos
citoplasmáticos, denominados neurofibras ou fibras nervosas.

O corpo celular do neurônio contém um núcleo grande e arredondado. As


mitocôndrias são numerosas, e o ergastoplasma é bem desenvolvido. Os
prolongamentos do neurônio podem ser de dois tipos:

 dendritos (do grego déndron: árvore): ramificações que têm a função de


captar estímulos,
 axônio (do grego áxon: eixo): o maior prolongamento da célula nervosa
(varia de frações de milímetro até cerca de 1 metro), transmite os impulsos
nervosos.

Para saber mais informações sobre essas importantes células do tecido nervoso,
leia: neurônios.

Gliócitos
Os gliócitos possuem a função de envolver e nutrir os neurônios, mantendo-os
unidos. Os principais tipos de células dessa natureza são:

 astrócitos,
 oligodendrócitos,
 micróglias,
 células de Schwann.

Os prolongamentos de algumas dessas células enrolam-se nos axônios e formam,


ao redor deles, a bainha de mielina, que atua como isolante elétrico e contribui
para o aumento da velocidade de propagação do impulso nervoso ao longo do
axônio.
A bainha de mielina, porém, não é contínua. Entre uma célula de Schwann e outra
existe uma região de descontinuidade da bainha, o que acarreta a existência de uma
constrição (estrangulamento) denominada nódulo de Ranvier.

Existem axônios em que as células de Schwann não formam a bainha de mielina.


Por isso, há duas variedades de axônios: os mielínicos e os amielínicos. Em uma
fibra mielinizada, temos três bainhas envolvendo o axônio: bainha de mielina (de
natureza lipídica), bainha de Schwann e o endoneuro.

Nervos
As fibras nervosas organizam-se em feixes. Cada feixe, por sua vez, é envolvido
por uma bainha conjuntiva denominada perineuro. Vários feixes agrupados
paralelamente formam um nervo. O nervo também é envolvido por uma bainha
de tecido conjuntivo chamada epineuro.

Os nervos não contêm os corpos celulares dos neurônios; esses corpos celulares
localizam-se no sistema nervoso central ou nos gânglios nervosos, que podem ser
observados próximos à medula espinhal.

Quando partem do encéfalo, são chamados de cranianos; quando partem da medula


espinhal, denominam-se raquidianos.

Os nervos permitem a comunicação dos centros nervosos com os órgãos receptores


(sensoriais) ou, ainda, com os órgãos efetores (músculos e glândulas). De acordo
com o sentido da transmissão do impulso nervoso, os nervos podem ser:

 sensitivos ou aferentes: quando transmitem os impulsos nervosos dos


órgãos receptores até o sistema nervoso central;
 motores ou eferentes: quando transmitem os impulsos nervosos do sistema
nervoso central para os órgãos efetores;
 mistos: quando possuem tanto fibras sensitivas quanto fibras motoras. São
os mais comuns no organismo.

Sinapses
Os neurônios são responsáveis pelos impulsos nervosos.

As sinapses são regiões de conexão química estabelecidas:

 entre um neurônio e outro (sinapses interneurais);


 entre um neurônio e uma fibra muscular (sinapses neuromusculares);
 ou entre um neurônio e uma célula glandular (sinapses neuroglandulares).

Um neurônio não se comunica fisicamente com outro neurônio nem com a fibra
muscular, tampouco com a célula glandular. Existe entre eles um microespaço,
denominado espaço sináptico, no qual um neurônio transmite o impulso nervoso
para outro através da ação de mediadores químicos ou neuro-hormônios.

Veja também: Tecido ósseo – tecido relacionado com a sustentação, locomoção e


proteção dos órgãos

Atuação dos neuro-hormônios


Os neuro-hormônios estão contidos em microvesículas presentes nas
extremidades do axônio. Quando o impulso nervoso chega até essas
extremidades, as microvesículas liberam o mediador químico para o espaço
sináptico. O neuro-hormônio, então, combina-se com receptores moleculares
presentes no neurônio que deverá ser estimulado (ou na fibra muscular ou na célula
glandular).
Dessa combinação resulta a mudança na permeabilidade da membrana da
célula receptora, fato que desencadeia uma entrada de íons no interior da célula e
a consequente inversão da polaridade da membrana. Surge, então, um potencial de
ação que gera, na célula receptora, um impulso nervoso.

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