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Universidade Maurício de Nassau

Prof. Dr. Osmar Soares


Disciplina: Neuroanatomofisiologia
Curso: Bacharelado em Psicologia
Período: 2º - 2023.2

Aluno Matrícula:

Estudo Dirigido
1. Quais são as partes do tronco encefálico?

O tronco encefálico é uma das principais partes do sistema nervoso central e está
localizado na base do cérebro, conectando-o à medula espinhal. É responsável por
funções vitais como controle da respiração, frequência cardíaca, reflexos involuntários
e várias funções autônomas. O tronco encefálico é subdividido em três partes principais:

Mesencéfalo (mesencéfalo): Esta é a porção superior do tronco encefálico e está


localizada logo abaixo do cérebro médio. O mesencéfalo desempenha um papel crucial
na integração de estímulos sensoriais, controle dos movimentos dos olhos e regulação
do ciclo sono-vigília.

Pontes (pons): O pons está localizado logo abaixo do mesencéfalo e é uma área de
comunicação importante entre diferentes partes do cérebro. Ele desempenha um papel
fundamental na transmissão de informações sensoriais e motoras entre o córtex
cerebral e o cerebelo. Além disso, o pons está envolvido no controle de várias funções,
incluindo respiração, deglutição e movimentos faciais.

Medula Oblonga (bulbo): A medula oblonga, também conhecida como bulbo, é a porção
inferior do tronco encefálico e está localizada acima da medula espinhal. Ela é
responsável por funções vitais como controle da respiração, frequência cardíaca,
pressão arterial e reflexos involuntários, como o reflexo de vômito e o reflexo de tosse.

Essas três partes do tronco encefálico desempenham papéis críticos na regulação das
funções corporais essenciais e na comunicação entre o cérebro e o resto do corpo.
Qualquer lesão ou dano ao tronco encefálico pode ter efeitos graves e potencialmente
fatais sobre o funcionamento do organismo.

2. Quantos e quais são os nervos cranianos que tem origem no tronco


encefálico? Cite a função de cada um deles.

Existem 12 pares de nervos cranianos que têm origem no tronco encefálico. Cada par
de nervos cranianos tem uma função específica e é designado por um número romano.
Aqui está uma lista dos nervos cranianos que têm origem no tronco encefálico,
juntamente com suas funções principais:
Nervo Olfatório (I): Responsável pela função do olfato, transmitindo informações sobre
odores do nariz para o cérebro.

Nervo Óptico (II): Responsável pela função da visão, transmitindo informações visuais
do olho para o cérebro.

Nervo Oculomotor (III): Controla a maioria dos movimentos dos músculos oculares e
regula o tamanho da pupila para ajustar a entrada de luz.

Nervo Troclear (IV): Controla um músculo ocular (músculo oblíquo superior) que auxilia
nos movimentos oculares.

Nervo Trigêmeo (V): Tem múltiplas funções, incluindo a sensação facial (tato), a
mastigação e o controle dos músculos da mastigação.

Nervo Abducente (VI): Controla outro músculo ocular (músculo reto lateral) para mover
o olho lateralmente.

Nervo Facial (VII): Controla os músculos faciais, a sensação do paladar na parte anterior
da língua e estimula a produção de saliva e lágrimas.

Nervo Vestibulococlear (VIII): Divide-se em dois ramos, o nervo vestibular (responsável


pelo equilíbrio) e o nervo coclear (responsável pela audição).

Nervo Glossofaríngeo (IX): Controla os músculos da garganta, transmite sensações do


paladar na parte posterior da língua e está envolvido no controle da deglutição e da
salivação.

Nervo Vago (X): Tem várias funções, incluindo o controle do sistema parassimpático,
que regula a frequência cardíaca, a respiração e a digestão.

Nervo Acessório (XI): Controla os músculos do pescoço e ombros e auxilia na rotação


da cabeça.

Nervo Hipoglosso (XII): Controla os músculos da língua, permitindo movimentos como


falar e engolir.

Cada um desses nervos cranianos é responsável por funções específicas relacionadas


à sensação, movimento ou controle de várias partes do corpo, e eles desempenham um
papel crucial no funcionamento do organismo.

3. Defina SNC e SNP.

O SNC (Sistema Nervoso Central) e o SNP (Sistema Nervoso Periférico) são duas
divisões fundamentais do sistema nervoso do corpo humano, e cada um deles
desempenha papéis distintos no processamento de informações e na coordenação das
funções do organismo. Aqui está uma breve definição de ambos:

Sistema Nervoso Central (SNC):


O SNC consiste no cérebro e na medula espinhal, que estão localizados dentro da caixa
craniana e da coluna vertebral, respectivamente.
É o centro de processamento e controle do corpo, onde ocorre a integração de
informações sensoriais, tomada de decisões e coordenação de respostas.
O cérebro é responsável por funções como pensamento, emoção, memória, percepção
e controle voluntário dos músculos.
A medula espinhal atua como uma via de comunicação entre o cérebro e o corpo,
transmitindo informações sensoriais e comandos motores.
Sistema Nervoso Periférico (SNP):

O SNP inclui todos os nervos e gânglios nervosos localizados fora do SNC.


Ele conecta o SNC ao resto do corpo, permitindo a transmissão de informações
sensoriais do ambiente externo e interno para o SNC, bem como a transmissão de
comandos motores do SNC para os músculos e órgãos.
O SNP é subdividido em dois componentes principais: o sistema nervoso somático (que
controla os movimentos voluntários e a sensação consciente) e o sistema nervoso
autônomo (que controla funções involuntárias como a frequência cardíaca, a digestão e
a respiração).
Além disso, o SNP inclui nervos sensoriais (aferentes) que levam informações para o
SNC e nervos motores (eferentes) que transmitem comandos do SNC para os músculos
e glândulas.
Em resumo, o SNC é o centro de processamento e controle do sistema nervoso,
enquanto o SNP atua como uma rede de comunicação que conecta o SNC ao restante
do corpo, permitindo a troca de informações e o controle das funções corporais. Ambos
desempenham papéis essenciais na coordenação das atividades do organismo.

4. Qual importante artéria do SNC repousa sobre a ponte?

Uma importante artéria do Sistema Nervoso Central (SNC) que repousa sobre a ponte
(pons) é a artéria basilar. A artéria basilar é uma das principais artérias que fornecem
sangue ao tronco encefálico, incluindo o próprio pons. Ela é formada pela fusão das
artérias vertebrais direita e esquerda, que sobem pela coluna vertebral e se encontram
na base do tronco encefálico.

A artéria basilar é responsável por fornecer oxigênio e nutrientes essenciais para as


estruturas do tronco encefálico, incluindo o pons. Qualquer obstrução ou
comprometimento no fluxo sanguíneo da artéria basilar pode levar a sérios problemas
neurológicos, uma vez que as células cerebrais são altamente sensíveis à falta de
oxigênio e nutrientes.

Portanto, a integridade da artéria basilar é crucial para o funcionamento adequado das


estruturas do tronco encefálico e, por extensão, para muitas funções vitais controladas
pelo tronco encefálico.

5. Qual a função dos plexos corióides?

Os plexos corióides são estruturas localizadas no sistema nervoso central (SNC) que
têm uma função essencial na produção do líquido cefalorraquidiano (LCR), também
conhecido como líquido cerebrospinal. O LCR é um fluido claro e incolor que preenche
as cavidades dentro do cérebro, conhecidas como ventrículos cerebrais, bem como o
espaço subaracnóideo ao redor do cérebro e da medula espinhal.

A função principal dos plexos corióides é a produção e secreção do líquido


cefalorraquidiano. Eles são encontrados nas paredes dos ventrículos cerebrais, onde
consistem em uma rede vascular especializada e altamente vascularizada (capilares
sanguíneos) coberta por uma camada de células ependimárias. Essas células
ependimárias desempenham um papel na formação do LCR.

O LCR desempenha várias funções essenciais no sistema nervoso, incluindo:

Proteção: O LCR atua como um amortecedor para proteger o cérebro e a medula


espinhal de choques e lesões.

Nutrição: Ele fornece nutrientes às células do sistema nervoso central.

Eliminação de resíduos: Remove produtos residuais e metabólitos do sistema nervoso.

Equilíbrio químico: Mantém um ambiente químico estável ao redor das células nervosas.

Transporte de hormônios e substâncias reguladoras: Ajuda a transportar hormônios e


outras substâncias reguladoras pelo sistema nervoso central.

Flutuação de pressão intracraniana: Ajuda a regular a pressão intracraniana, o que é


importante para a saúde cerebral.

Em resumo, os plexos corióides são responsáveis pela produção do líquido


cefalorraquidiano, que é fundamental para o funcionamento e a proteção adequados do
sistema nervoso central.

6. Quais os pedúnculos se formam na ponte?

Na ponte, uma parte do tronco encefálico, dois importantes pares de pedúnculos são
formados:

Pedúnculos Cerebrais Superiores (Pedúnculos Cerebrais Dorsais): Também


conhecidos como pedúnculos cerebrais superiores ou pedúnculos cerebrais dorsais,
essas estruturas emergem da parte dorsal (superior) da ponte e conectam a ponte ao
mesencéfalo, que é a parte do tronco encefálico situada acima dela. Os pedúnculos
cerebrais superiores contêm fibras nervosas que conduzem informações sensoriais e
motoras entre o tronco encefálico e o cérebro médio (mesencéfalo). Essas fibras estão
envolvidas em funções como controle motor voluntário, coordenação de movimentos e
integração de informações sensoriais.

Pedúnculos Cerebelares Médios (Pedúnculos Cerebelares Pontinos): Estes


pedúnculos, também conhecidos como pedúnculos cerebelares médios ou pontinos,
emergem da parte ventral (inferior) da ponte e conectam a ponte ao cerebelo. Os
pedúnculos cerebelares médios transportam informações sobre a coordenação motora
e a posição do corpo do tronco encefálico para o cerebelo. O cerebelo é uma estrutura
importante para a coordenação de movimentos e a manutenção do equilíbrio.
Portanto, os pedúnculos cerebrais superiores estão envolvidos na comunicação entre a
ponte e o mesencéfalo, enquanto os pedúnculos cerebelares médios estão envolvidos
na comunicação entre a ponte e o cerebelo. Essas conexões são cruciais para a
coordenação e o controle das funções motoras e sensoriais no corpo.

7. Cite o nome das meninges que revestem o SN e seus espaços.

As meninges são membranas que revestem e protegem o Sistema Nervoso Central


(SNC), que inclui o cérebro e a medula espinhal. Existem três camadas de meninges,
cada uma com seu nome e espaços associados:

Dura-máter: A dura-máter é a camada mais externa das meninges e é uma membrana


resistente e espessa. Ela está em contato direto com o crânio e a coluna vertebral. A
dura-máter tem dois espaços associados:

Espaço epidural: Este espaço fica entre a dura-máter e o crânio (no caso do cérebro)
ou entre a dura-máter e as vértebras (na medula espinhal). Ele contém uma pequena
quantidade de líquido, bem como vasos sanguíneos e tecido adiposo.
Aracnoide: A aracnoide é a camada intermediária das meninges e é uma membrana
mais fina que a dura-máter. Ela recebe esse nome devido à sua aparência de teia de
aranha. A aracnoide tem um espaço associado:

Espaço subaracnóideo: Este espaço encontra-se entre a aracnoide e a pia-máter (a


camada mais interna das meninges). O espaço subaracnóideo é preenchido com líquido
cefalorraquidiano (LCR), que serve como amortecedor para proteger o SNC
contrachoques e lesões.
Pia-máter: A pia-máter é a camada mais interna das meninges e está em contato direto
com a superfície do cérebro e da medula espinhal. Ela é uma membrana fina e delicada
que segue todas as dobras e sulcos do SNC.

Em resumo, as meninges consistem na dura-máter (com o espaço epidural), na


aracnoide (com o espaço subaracnóideo, que contém o líquido cefalorraquidiano) e na
pia-máter, e elas desempenham um papel crucial na proteção e suporte do Sistema
Nervoso Central.

8. Por qual espaço circula o líquido cefalorraquidiano? Onde ele é produzido?


Onde é absorvido?

O líquido cefalorraquidiano (LCR) circula principalmente no espaço subaracnóideo, que


é o espaço localizado entre as camadas da aracnoide e da pia-máter, duas das três
membranas que compõem as meninges que revestem o Sistema Nervoso Central
(SNC). O espaço subaracnóideo é preenchido com o LCR e serve como um
amortecedor que protege o SNC contra choques e lesões.
O LCR é produzido principalmente nos plexos corióides, que são estruturas localizadas
nos ventrículos cerebrais, que são cavidades dentro do cérebro. Esses plexos corióides
são formados por uma rede vascular especializada coberta por células ependimárias,
que secretam ativamente o LCR a partir do sangue. O LCR é continuamente produzido
e circula através dos ventrículos cerebrais.

Após ser produzido, o LCR flui através dos ventrículos cerebrais e entra no espaço
subaracnóideo, onde circula em torno do cérebro e da medula espinhal, banhando e
nutrindo essas estruturas. Ele é absorvido principalmente nas vilosidades aracnoides
(granulações aracnoides) que se projetam para o seio venoso dural (ou seio venoso
sagital superior), uma rede de veias localizada entre as camadas da dura-máter que
reveste o cérebro. Através das vilosidades aracnoides, o LCR é devolvido ao sistema
circulatório, onde é reabsorvido na corrente sanguínea.

Essa circulação e reabsorção contínuas do LCR desempenham um papel importante na


homeostase do ambiente em torno do cérebro e da medula espinhal, bem como na
remoção de resíduos metabólicos e na manutenção da pressão intracraniana adequada.

9. Esquematize a divisão do sistema nervoso com base nos critérios:

a) Anatômico.
b) Funcional.

Divisão Anatômica do Sistema Nervoso:

Sistema Nervoso Central (SNC):

Cérebro
Medula Espinhal
Sistema Nervoso Periférico (SNP):

Nervos Periféricos (cranianos e espinhais)


Gânglios Nervosos (agrupamentos de corpos celulares nervosos fora do SNC)
Terminações Nervosas (nos músculos, órgãos e tecidos)
Divisão Funcional do Sistema Nervoso:

Sistema Nervoso Somático:

Responsável pelo controle voluntário dos músculos esqueléticos.


Medeia a percepção sensorial consciente (sensação, tato, visão, audição, etc.).
Sistema Nervoso Autônomo (SNA):

Controla funções involuntárias e automáticas, como frequência cardíaca, digestão e


respiração.
Subdividido em:
Sistema Nervoso Simpático: Prepara o corpo para a ação (resposta de "luta ou fuga").
Sistema Nervoso Parassimpático: Promove o relaxamento e a conservação de energia
(resposta de "descanso e digestão").
Sistema Nervoso Entérico (SNE):

Um sistema nervoso independente localizado no trato gastrointestinal.


Controla funções gastrointestinais, como a motilidade intestinal e a secreção de ácido
gástrico.
Sistema Nervoso Sensorial:

Responsável pela detecção e transmissão de informações sensoriais ao SNC.


Envolve os órgãos sensoriais (como olhos, ouvidos, pele) e a transmissão de
informações sensoriais ao cérebro para processamento.
Sistema Nervoso Motor:

Controla os movimentos e atividades musculares, tanto voluntários quanto involuntários.


Inclui o sistema motor somático (voluntário) e os sistemas motores autônomos
(involuntários).
Essa divisão anatômica e funcional ajuda a compreender a organização e as funções
do sistema nervoso, destacando as diferentes regiões e sistemas que trabalham em
conjunto para coordenar as atividades do corpo.

10. Em relação ao SN, defina o que é substância cinzenta.

A substância cinzenta é uma das duas principais tipos de tecido nervoso encontrados
no Sistema Nervoso Central (SNC), sendo a outra a substância branca. A substância
cinzenta é composta principalmente por corpos celulares de neurônios, dendritos e
sinapses, além de células de suporte, como astrócitos e microglia.

Características da substância cinzenta incluem:

Cor: A substância cinzenta deve seu nome à sua aparência acinzentada quando vista
em tecido fresco. Isso ocorre devido à alta concentração de corpos celulares neuronais
e dendritos, que têm uma cor acinzentada.

Localização: A substância cinzenta é encontrada na superfície externa do cérebro


(córtex cerebral) e em núcleos de substância cinzenta localizados no interior do cérebro
e da medula espinhal.

Função: A substância cinzenta é onde ocorre o processamento e a integração de


informações no SNC. Ela desempenha um papel crucial nas funções cognitivas,
sensoriais e motoras do organismo. Os neurônios na substância cinzenta estão
envolvidos em funções como percepção sensorial, controle motor voluntário,
pensamento, emoção e memória.

Conexões sinápticas: A maioria das sinapses, ou conexões neuronais, onde a


comunicação entre neurônios ocorre, está localizada na substância cinzenta. Essas
sinapses permitem a transmissão de impulsos elétricos e a troca de informações entre
neurônios.

Superfície enrugada: No cérebro, a substância cinzenta forma o córtex cerebral, que é


uma camada superficial enrugada que aumenta a área de superfície disponível para o
processamento de informações. Isso é especialmente importante para funções
cognitivas complexas.

É importante destacar que a substância cinzenta e a substância branca, que é composta


principalmente por fibras nervosas mielinizadas (axônios revestidos com mielina),
trabalham juntas no funcionamento do SNC. A substância cinzenta é responsável pelo
processamento e a integração de informações, enquanto a substância branca facilita a
transmissão rápida de sinais elétricos entre diferentes partes do cérebro e da medula
espinhal. Essas duas substâncias são complementares e desempenham papéis
essenciais nas funções do sistema nervoso.

11. Esquematize um neurônio e nomeie suas partes.

Um neurônio é a unidade funcional básica do sistema nervoso e é composto por várias


partes que desempenham papéis específicos na transmissão de informações. Aqui está
um esquema simplificado de um neurônio com as partes nomeadas:

Nomenclatura das partes do neurônio:

Dendritos: São as extensões ramificadas que se estendem a partir do corpo celular. Eles
recebem sinais elétricos e químicos de outros neurônios ou células sensoriais e
transmitem esses sinais para o corpo celular.

Soma (Corpo Celular ou Pericário): O corpo celular é o centro metabólico e de


processamento do neurônio. Ele integra os sinais recebidos dos dendritos e, se o limiar
de excitação for atingido, gera um potencial de ação.

Axônio: O axônio é uma única extensão longa que transmite os sinais elétricos do corpo
celular para outras células, como neurônios ou células musculares. É revestido por uma
substância chamada mielina, que acelera a transmissão do impulso nervoso.

Terminal Axônico (Botoes Terminais): O terminal axônico é o final do axônio que faz
contato com outras células, formando sinapses. Ele libera neurotransmissores nas
sinapses para transmitir o sinal para a próxima célula.

Sinapses: As sinapses são as junções entre os terminais axônicos de um neurônio e os


dendritos ou corpo celular de outro neurônio, ou entre um neurônio e uma célula alvo
(como uma célula muscular). É onde a comunicação química ocorre.

Essa é uma representação simplificada de um neurônio. Neurônios podem variar em


tamanho e complexidade, e existem muitos tipos diferentes de neurônios no sistema
nervoso, cada um com funções específicas. O processo de comunicação entre
neurônios envolve a transmissão de sinais elétricos e químicos através das sinapses,
permitindo a integração de informações e a coordenação das funções do sistema
nervoso.

12. Defina sinapse.

Uma sinapse é uma junção funcional entre dois neurônios ou entre um neurônio e uma
célula alvo, como uma célula muscular ou glandular. Ela é o local onde a comunicação
ocorre no sistema nervoso, permitindo a transmissão de informações de um neurônio
para outro ou do neurônio para a célula alvo.

A sinapse envolve a transmissão de sinais elétricos e químicos. Aqui está um resumo


do processo de transmissão sináptica:
Pré-sinapse: É a extremidade do axônio do neurônio que está transmitindo o sinal.
Nesse ponto, a informação é transmitida na forma de um impulso elétrico chamado de
potencial de ação.

Fenda Sináptica: A fenda sináptica é um pequeno espaço que separa a pré-sinapse


(extremidade do neurônio transmissor) da pós-sinapse (extremidade do neurônio
receptor ou célula alvo).

Pós-sinapse: É a extremidade do neurônio receptor ou da célula alvo que recebe o sinal


transmitido pela pré-sinapse.

Neurotransmissores: Para transmitir o sinal através da fenda sináptica, a pré-sinapse


libera substâncias químicas chamadas neurotransmissores. Esses neurotransmissores
cruzam a fenda sináptica e se ligam a receptores específicos na pós-sinapse.

Receptores na Pós-sinapse: Os receptores na membrana da pós-sinapse são sensíveis


aos neurotransmissores. Quando os neurotransmissores se ligam a esses receptores,
eles desencadeiam mudanças na membrana pós-sináptica, que podem ser excitatórias
(aumentando a probabilidade de um potencial de ação) ou inibitórias (diminuindo a
probabilidade de um potencial de ação).

Potencial Pós-sináptico: Como resultado da ligação dos neurotransmissores aos


receptores, um potencial pós-sináptico é gerado na membrana da pós-sinapse. Esse
potencial pode ou não atingir o limiar de excitação necessário para desencadear um
potencial de ação na célula receptora.

Integração de Sinais: O neurônio receptor ou a célula alvo pode receber múltiplos sinais
sinápticos de diferentes neurônios. A soma desses sinais pode determinar se o neurônio
receptor ou a célula alvo gerará um potencial de ação e, assim, transmitirá ou não o
sinal adiante.

As sinapses são fundamentais para a comunicação entre neurônios e desempenham


um papel central nas funções do sistema nervoso, incluindo a percepção sensorial, a
tomada de decisões, o controle muscular e muitos outros processos cognitivos e
comportamentais. Elas permitem que o sistema nervoso processe informações, aprenda
e responda a estímulos do ambiente.

13. Defina gânglio sensitivo.

Um gânglio sensitivo, também conhecido como gânglio espinal ou gânglio dorsal, é uma
estrutura nodular localizada fora do sistema nervoso central (SNC) que faz parte do
sistema nervoso periférico (SNP). Esses gânglios são encontrados ao longo da coluna
vertebral, perto da medula espinhal, e estão associados aos nervos espinhais.

A principal função de um gânglio sensitivo é atuar como uma estação de retransmissão


para informações sensoriais. Aqui está como funciona o processo:

Recepção Sensorial: Os nervos espinhais, que são responsáveis pela transmissão de


informações sensoriais (como dor, tato, temperatura e propriocepção) de diferentes
partes do corpo para o sistema nervoso central, têm duas raízes: uma raiz dorsal (ou
raiz posterior) e uma raiz ventral (ou raiz anterior).
Entrada no Gânglio Sensitivo: A raiz dorsal de um nervo espinhal entra em um gânglio
sensitivo localizado perto da medula espinhal. É nesta estrutura que as fibras nervosas
sensitivas dos neurônios pseudounipolares fazem sinapses com outros neurônios.

Processamento Local: Dentro do gânglio sensitivo, ocorre um processamento sensorial


localizado. Isso pode incluir a modulação da intensidade do sinal ou a integração de
informações sensoriais de diferentes partes do corpo.

Transmissão ao Sistema Nervoso Central: Após o processamento no gânglio, as


informações sensoriais são transmitidas ao sistema nervoso central (SNC),
especificamente à medula espinhal, através das fibras nervosas que fazem sinapse nos
neurônios da substância cinzenta da medula espinhal.

Rota para o Cérebro: A partir da medula espinhal, as informações sensoriais podem ser
transmitidas para o cérebro, onde são percebidas e interpretadas.

Em resumo, um gânglio sensitivo é uma estrutura que desempenha um papel importante


na transmissão de informações sensoriais do corpo para o sistema nervoso central. Ele
atua como um ponto de retransmissão e, em alguns casos, pode estar envolvido no
processamento inicial das informações sensoriais antes que elas sejam enviadas para
o cérebro para percepção e resposta.

14. Defina receptores. Dê exemplos dos vários tipos existentes.

Os receptores são estruturas especializadas encontradas em células sensoriais e


neurônios que têm a função de detectar e responder a estímulos do ambiente ou do
corpo. Eles desempenham um papel fundamental na percepção sensorial, permitindo
que os organismos percebam e reajam a várias formas de informações, como luz, som,
temperatura, pressão, dor, sabores, odores e muito mais.

Existem diversos tipos de receptores, cada um adaptado para detectar um tipo


específico de estímulo. Aqui estão alguns exemplos dos principais tipos de receptores:

Receptores de Luz (Fotorreceptores):

Exemplos: Cones e bastonetes na retina do olho.


Função: Detectam luz e permitem a visão.
Receptores Auditivos (Audiorreceptores):

Exemplos: Células ciliadas no ouvido interno.


Função: Detectam ondas sonoras e permitem a audição.
Receptores Térmicos (Termorreceptores):

Exemplos: Terminações nervosas na pele.


Função: Detectam variações de temperatura.
Receptores de Pressão (Barorreceptores):

Exemplos: Receptores de pressão arterial nas artérias.


Função: Detectam mudanças na pressão sanguínea.
Receptores de Dor (Nociceptores):

Exemplos: Terminações nervosas em diferentes tecidos.


Função: Detectam estímulos nocivos ou danos aos tecidos.
Receptores Gustativos (Quimiorreceptores):

Exemplos: Botões gustativos na língua e na boca.


Função: Detectam sabores (doce, salgado, azedo, amargo, umami).
Receptores Olfativos (Quimiorreceptores):

Exemplos: Neurônios olfativos no epitélio olfativo do nariz.


Função: Detectam odores.
Receptores de Tato (Mecanorreceptores):

Exemplos: Corpúsculos de Meissner (tato superficial) e corpúsculos de Pacini (tato


profundo).
Função: Detectam pressão, toque e vibração.
Receptores de Posição e Movimento (Proprioceptores):

Exemplos: Terminações nervosas em músculos, tendões e articulações.


Função: Detectam a posição e o movimento das partes do corpo, contribuindo para o
senso de propriocepção e equilíbrio.
Receptores de Distensão (Estiramento):

Exemplos: Receptores de distensão no trato gastrointestinal.


Função: Detectam a distensão do órgão e ajudam a regular processos como a digestão.
Esses são apenas alguns exemplos dos muitos tipos de receptores que existem no
corpo humano e em outros organismos. Cada tipo de receptor é especializado em
detectar um estímulo específico e transmitir essa informação para o sistema nervoso,
onde ela é processada e interpretada, resultando em percepção e resposta adequada
ao ambiente.

15. Diferencie reflexo simples de reflexo composto.

Os reflexos simples e reflexos compostos são dois tipos de respostas automáticas do


sistema nervoso a estímulos sensoriais, mas eles diferem em termos de complexidade
e envolvimento de neurônios e circuitos neurais. Aqui estão as principais diferenças
entre eles:

Reflexo Simples:

Definição: Um reflexo simples é uma resposta automática a um único estímulo sensorial


que envolve apenas uma sinapse, geralmente ocorrendo na medula espinhal. É uma
resposta rápida e direta a um estímulo específico.

Exemplo: O reflexo patelar é um exemplo clássico de um reflexo simples. Quando o


tendão do joelho é esticado (por exemplo, quando o médico bate com um martelo na
parte superior do joelho), os receptores sensoriais na musculatura enviam um sinal à
medula espinhal, que responde imediatamente, causando a contração do músculo
quadríceps e o movimento do joelho.

Circuito Neural: Em um reflexo simples, o circuito neural envolve apenas um neurônio


sensorial e um neurônio motor, com uma única sinapse entre eles.

Reflexo Composto:
Definição: Um reflexo composto envolve múltiplas etapas e várias sinapses antes que a
resposta seja produzida. É uma resposta mais complexa que pode envolver a ativação
de vários neurônios intercalados.

Exemplo: Um exemplo de reflexo composto é o reflexo de retirada de uma mão de uma


superfície quente. Quando a pele é exposta a uma fonte de calor intenso, os receptores
de dor na pele enviam sinais sensoriais à medula espinhal. A medula espinhal, por sua
vez, coordena uma resposta complexa que envolve a contração de músculos em vários
segmentos do corpo para retirar a mão da fonte de calor.

Circuito Neural: Em um reflexo composto, o circuito neural envolve múltiplos neurônios


sensoriais, neurônios intercalados e neurônios motores, com várias sinapses entre eles.
O processamento ocorre em várias etapas antes de gerar a resposta final.

Em resumo, a diferença fundamental entre um reflexo simples e um reflexo composto


está na complexidade do circuito neural envolvido. Um reflexo simples é uma resposta
direta a um único estímulo sensorial que envolve apenas uma sinapse, enquanto um
reflexo composto é uma resposta mais complexa que envolve múltiplas etapas e
sinapses, muitas vezes coordenando respostas motoras em diferentes partes do corpo
para lidar com situações mais complexas.

16. Defina neurônios aferentes e eferentes.

Os neurônios aferentes e eferentes são dois tipos de neurônios que desempenham


papéis específicos no sistema nervoso em relação à transmissão de informações
sensoriais e respostas motoras. Aqui estão as definições de neurônios aferentes e
eferentes:

Neurônios Aferentes (Sensitivos):

Também conhecidos como neurônios sensoriais ou neurônios sensitivos.


Função: Neurônios aferentes são responsáveis por transmitir informações sensoriais e
sinais do ambiente ou do corpo para o sistema nervoso central (SNC), que inclui o
cérebro e a medula espinhal. Eles conduzem impulsos nervosos dos receptores
sensoriais, como os encontrados na pele, músculos, articulações, órgãos sensoriais
(como olhos e ouvidos) e outros tecidos, em direção ao SNC.
Exemplo: Neurônios aferentes são responsáveis por transmitir informações como toque,
calor, dor, som, luz e outros estímulos sensoriais ao SNC para processamento e
interpretação.
Neurônios Eferentes (Motores):

Também conhecidos como neurônios motores ou neurônios efetuadores.


Função: Neurônios eferentes são responsáveis por transmitir impulsos nervosos do
SNC para os músculos, glândulas e outros efetores. Eles conduzem os sinais que
resultam em respostas motoras ou secretoras. Isso significa que os neurônios eferentes
são responsáveis por iniciar ações musculares (motores) ou estimular a secreção de
substâncias, como hormônios, em resposta a comandos do SNC.
Exemplo: Neurônios eferentes desempenham um papel fundamental no controle dos
movimentos musculares, permitindo que você realize ações como caminhar, falar,
mover os membros e realizar tarefas motoras voluntárias.
Em resumo, os neurônios aferentes transmitem informações sensoriais do ambiente ou
do corpo para o sistema nervoso central, enquanto os neurônios eferentes transmitem
comandos do sistema nervoso central para os músculos, glândulas e outros efetores,
desencadeando respostas motoras ou secretoras. Essa divisão funcional entre
neurônios aferentes e eferentes é fundamental para a capacidade do sistema nervoso
de perceber o ambiente e controlar as ações do corpo.

17. Em relação à embriologia, quais são as vesículas primárias e quais estruturas


serão formadas a partir delas?

Durante o desenvolvimento embrionário do sistema nervoso, as vesículas primárias são


estruturas que se formam a partir da expansão do tubo neural, a estrutura precursora
do sistema nervoso central (SNC). Essas vesículas primárias são as primeiras divisões
importantes do tubo neural e darão origem às principais regiões do cérebro e da medula
espinhal. Existem três vesículas primárias que se formam no estágio inicial do
desenvolvimento embrionário:

Prosencéfalo (Vesícula Primária do Cérebro Anterior):

O prosencéfalo é a vesícula primária mais anterior e dará origem ao cérebro anterior.


A partir do prosencéfalo, duas vesículas secundárias se desenvolvem:
Telencéfalo: que se tornará a maior parte do cérebro, incluindo os hemisférios cerebrais,
responsáveis por funções superiores, como cognição, emoções, memória e habilidades
motoras.
Diencéfalo: que dará origem a estruturas como o tálamo e o hipotálamo, que
desempenham papéis importantes na regulação sensorial, endócrina e de outras
funções vitais.
Mesencéfalo (Vesícula Primária do Meio do Cérebro):

O mesencéfalo permanece relativamente inalterado e dará origem ao mesencéfalo, uma


parte do tronco encefálico.
O mesencéfalo desempenha um papel na integração sensorial e no controle de funções
motoras, incluindo movimentos oculares e reflexos.
Rombencéfalo (Vesícula Primária do Cérebro Posterior):

O rombencéfalo é a vesícula primária mais posterior e dará origem ao cérebro posterior.


A partir do rombencéfalo, duas vesículas secundárias se desenvolvem:
Metencéfalo: que dará origem ao cerebelo e à ponte (ponte varoliana), que estão
envolvidos no controle motor, equilíbrio e coordenação.
Mielencéfalo: que se tornará a medula oblonga (ou bulbo), que está envolvida em
funções autonômicas, como a regulação da frequência cardíaca, da respiração e da
pressão arterial.
Essas vesículas primárias e secundárias são fundamentais para o desenvolvimento do
sistema nervoso central e a formação das diferentes regiões do cérebro e da medula
espinhal. À medida que o desenvolvimento embrionário progride, essas estruturas se
diferenciam e se organizam para formar os componentes complexos do sistema nervoso
adulto.

18. Quantos são os nervos espinais?

O número de nervos espinais em um ser humano varia de acordo com a idade e a região
da medula espinhal em que estão localizados. No entanto, em geral, um ser humano
adulto possui 31 pares de nervos espinais. Esses nervos são agrupados em diferentes
regiões da medula espinhal e são denominados de acordo com a sua localização na
coluna vertebral:

8 Pares de Nervos Cervicais (C1 a C8): Localizados na região cervical (pescoço).

12 Pares de Nervos Torácicos (T1 a T12): Localizados na região torácica (costas e


tórax).

5 Pares de Nervos Lombares (L1 a L5): Localizados na região lombar (parte inferior das
costas).

5 Pares de Nervos Sacrais (S1 a S5): Localizados na região sacral (abaixo da lombar,
na base da coluna vertebral).

1 Par de Nervos Coccígeos (Coc1): Localizado na região coccígea (no cóccix, a parte
mais inferior da coluna vertebral).

Esses nervos espinais são responsáveis por transmitir informações sensoriais


(sensações) e controlar os movimentos musculares motores em diferentes partes do
corpo. Eles saem da medula espinhal através das aberturas intervertebrais entre as
vértebras correspondentes e se ramificam para alcançar seus destinos específicos nos
membros, órgãos e tecidos do corpo. Cada nervo espinhal tem uma função específica
e está associado a uma área específica do corpo, chamada dermátomo (para
sensações) ou miótomo (para movimentos musculares).

19. Defina cauda equina.

A cauda equina é uma estrutura anatômica localizada na parte inferior da coluna


vertebral, especificamente na região lombar e sacral da coluna. Ela é composta por um
conjunto de nervos espinhais e suas raízes nervosas que se estendem abaixo do nível
da medula espinhal, parecendo-se com uma "cauda" ou um leque de raízes nervosas.

A cauda equina é assim chamada porque sua aparência se assemelha à cauda de um


cavalo (em latim, "cauda equina" significa "cauda de cavalo"). Ela é composta por uma
série de raízes nervosas individuais que emergem da medula espinhal na região lombar
e sacral, abaixo do cone medular (conus medullaris), que é o ponto onde a medula
espinhal termina em adultos.

As raízes nervosas da cauda equina continuam descendo dentro do canal vertebral e


se ramificam para fornecer inervação a diversas estruturas na pelve, pernas, órgãos
genitais e parte inferior do tronco. Elas são responsáveis por transmitir sinais nervosos
entre o SNC e essas áreas do corpo, controlando funções motoras, sensoriais e
autonômicas.

É importante proteger a cauda equina de lesões, pois danos a essas raízes nervosas
podem resultar em problemas neurológicos sérios, incluindo fraqueza, perda de
sensibilidade e disfunção dos órgãos pélvicos. Traumas, compressão ou condições
médicas que afetam a região lombar da coluna vertebral podem representar riscos para
a integridade da cauda equina e requerem atenção médica imediata.

20. O que são células da glia? Quais suas funções?


As células da glia, também conhecidas simplesmente como glia ou células gliais, são
um grupo de células do sistema nervoso que desempenham diversas funções de
suporte e proteção para os neurônios, as células nervosas, no sistema nervoso central
(SNC) e no sistema nervoso periférico (SNP). As células da glia constituem uma parte
essencial do tecido nervoso, trabalhando em conjunto com os neurônios para manter a
homeostase e o funcionamento adequado do sistema nervoso. Existem vários tipos de
células da glia, cada uma com funções específicas. Os principais tipos de células da glia
incluem:

Astrócitos:

Funções: Os astrócitos desempenham várias funções, incluindo o fornecimento de


suporte estrutural para os neurônios, a regulação do ambiente químico extracelular
(como a concentração de íons), o fornecimento de nutrientes aos neurônios e a remoção
de substâncias tóxicas. Além disso, eles têm um papel na formação da barreira
hematoencefálica, que protege o cérebro de substâncias indesejadas que circulam no
sangue.
Oligodendrócitos (SNC) e Células de Schwann (SNP):

Funções: Essas células são responsáveis pela formação da bainha de mielina, uma
substância isolante que envolve os axônios dos neurônios. A bainha de mielina aumenta
a velocidade de condução dos impulsos nervosos, facilitando a transmissão de sinais
elétricos.
Micróglia:

Funções: A micróglia atua como as células imunológicas do SNC, monitorando o


ambiente neural em busca de sinais de infecção, inflamação ou lesão. Ela desempenha
um papel na resposta imune do cérebro, ajudando a combater infecções e reparar
danos.
Células Ependimárias:

Funções: As células ependimárias revestem os ventrículos cerebrais e o canal central


da medula espinhal, onde produzem e regulam a circulação do líquido cefalorraquidiano
(LCR). Elas estão envolvidas na produção, circulação e absorção do LCR, que atua
como um amortecedor para o cérebro e a medula espinhal.
As células da glia são essenciais para a manutenção do ambiente neural adequado, o
suporte físico e metabólico dos neurônios, a proteção contra danos e a regulação de
processos cerebrais e espinhais. Elas desempenham um papel crucial na saúde e no
funcionamento do sistema nervoso, e qualquer disfunção nas células da glia pode ter
impactos significativos na função neural e na saúde em geral.

21. Como é formada a bainha de mielina? Qual sua função?

A bainha de mielina é uma estrutura isolante formada por células especializadas que
envolvem os axônios dos neurônios, proporcionando uma cobertura isolante ao longo
do comprimento desses axônios. Ela é composta principalmente de lipídios (gorduras)
e proteínas e desempenha um papel crucial no sistema nervoso, especialmente na
transmissão eficiente de sinais elétricos ao longo dos axônios.

A formação da bainha de mielina difere entre o sistema nervoso central (SNC) e o


sistema nervoso periférico (SNP):
No Sistema Nervoso Central (SNC):

A bainha de mielina é formada por células gliais chamadas oligodendrócitos.


Os oligodendrócitos envolvem vários segmentos de diferentes axônios em uma
estrutura semelhante a uma miçanga, criando a bainha de mielina que envolve esses
axônios.
No Sistema Nervoso Periférico (SNP):

A bainha de mielina é formada por células de Schwann.


Cada célula de Schwann envolve um único segmento de axônio, criando a bainha de
mielina nesse segmento.
A função principal da bainha de mielina é aumentar a velocidade de condução dos
impulsos nervosos (sinais elétricos) ao longo dos axônios. Isso ocorre porque a bainha
de mielina atua como um isolante elétrico, interrompendo a passagem de íons
carregados ao longo do axônio e forçando esses íons a "pular" de um ponto nodal de
Ranvier para outro, onde a bainha de mielina está interrompida.

Esses pontos nodais de Ranvier são áreas desprovidas de mielina, e é nesses locais
que ocorre a transmissão rápida do impulso nervoso. O impulso elétrico "salta" de um
nódulo de Ranvier para o próximo, o que acelera significativamente a velocidade de
condução do impulso ao longo do axônio.

Em resumo, a bainha de mielina é uma estrutura isolante que aumenta a velocidade de


transmissão dos impulsos nervosos nos axônios, permitindo uma comunicação eficiente
entre os neurônios e, assim, contribuindo para a rápida coordenação das funções do
sistema nervoso. Ela desempenha um papel fundamental na condução de sinais
elétricos ao longo dos neurônios e é essencial para o funcionamento adequado do
sistema nervoso.

22. Descreva a função do cerebelo?

O cerebelo é uma parte importante do sistema nervoso central (SNC) localizada na parte
posterior do cérebro, logo acima da medula oblonga e abaixo do lobo occipital do
cérebro. Ele desempenha um papel crucial na coordenação e controle do movimento,
bem como em outras funções cerebrais relacionadas. Aqui estão as principais funções
do cerebelo:

Controle Motor: O cerebelo é frequentemente chamado de "coordenador motor" porque


desempenha um papel fundamental na coordenação fina e grossa dos movimentos
voluntários do corpo. Ele recebe informações sensoriais sobre a posição atual dos
músculos, tendões e articulações (conhecido como propriocepção) e usa essas
informações para ajustar e aprimorar a precisão dos movimentos motores.

Aprendizado Motor: O cerebelo está envolvido no processo de aprendizado motor,


permitindo que as pessoas melhorem suas habilidades motoras através da prática
repetida. Ele ajuda a otimizar os movimentos, tornando-os mais suaves e eficientes à
medida que uma pessoa ganha experiência em uma tarefa específica.

Equilíbrio e Postura: O cerebelo desempenha um papel importante no controle do


equilíbrio e da postura. Ele recebe informações dos sistemas vestibulares (que detectam
a posição e o movimento da cabeça) e dos sistemas proprioceptivos para garantir que
o corpo permaneça em uma posição estável e possa se ajustar rapidamente a
mudanças nas condições do ambiente.

Fala e Linguagem: Embora o papel principal do cerebelo seja o controle motor, ele
também tem algumas funções relacionadas à fala e à linguagem. O cerebelo contribui
para a coordenação da articulação das palavras e para a fluência da fala.

Funções Cognitivas: Estudos recentes sugerem que o cerebelo pode ter um papel em
algumas funções cognitivas, como o pensamento abstrato, a memória de curto prazo e
a resolução de problemas. No entanto, essas funções ainda estão sendo investigadas
e compreendidas.

É importante destacar que, embora o cerebelo esteja principalmente associado ao


controle motor, ele também desempenha um papel em aspectos mais amplos do
funcionamento cerebral. Lesões no cerebelo podem levar a problemas de coordenação,
tremores, falta de equilíbrio e dificuldades em realizar movimentos precisos. A
compreensão das funções do cerebelo continua a ser um tópico de pesquisa ativo na
neurociência, e seu papel em várias funções cerebrais está sendo cada vez mais
explorado.

23. O que são ventrículos cerebrais e quais suas divisões?

Os ventrículos cerebrais são cavidades preenchidas com líquido cerebrospinal (também


conhecido como líquor) localizadas no cérebro humano. Eles desempenham um papel
importante na produção e circulação do líquido cerebrospinal, bem como no suporte
estrutural do cérebro. Existem quatro ventrículos cerebrais no total, e eles estão
localizados em diferentes regiões do cérebro. Aqui estão as divisões dos ventrículos
cerebrais:

Ventrículo Lateral Direito e Esquerdo (Primeiro e Segundo Ventrículos):

Existem dois ventrículos laterais, um no hemisfério cerebral direito e outro no hemisfério


cerebral esquerdo.
Eles são os maiores ventrículos e estão localizados na região dos lobos frontais,
parietais e temporais do cérebro.
Os ventrículos laterais estão separados por uma estrutura chamada septo pelúcido.
Eles se comunicam com o terceiro ventrículo por meio do forame interventricular (forame
de Monro).
Terceiro Ventrículo:

O terceiro ventrículo é uma cavidade localizada no centro do cérebro, entre os


hemisférios direito e esquerdo.
Ele é preenchido com líquido cerebrospinal e é conectado aos ventrículos laterais por
meio do forame interventricular (forame de Monro).
O terceiro ventrículo se comunica com o quarto ventrículo por meio de uma passagem
chamada aqueduto cerebral (aqueduto de Sylvius).
Quarto Ventrículo:

O quarto ventrículo é uma cavidade localizada na parte inferior do tronco encefálico,


logo acima da medula oblonga.
Ele está ligado ao terceiro ventrículo pelo aqueduto cerebral (aqueduto de Sylvius).
O quarto ventrículo se comunica com o espaço subaracnoideo do cérebro, permitindo
que o líquido cerebrospinal flua ao redor do cérebro e da medula espinhal.
Além disso, o quarto ventrículo também tem três aberturas chamadas forames de
Luschka e forame de Magendie, que permitem a saída do líquido cerebrospinal para o
espaço subaracnoideo.
Os ventrículos cerebrais e o sistema de circulação do líquido cerebrospinal
desempenham papéis importantes na proteção do cérebro contra lesões, na
manutenção da pressão intracraniana adequada, no transporte de nutrientes e resíduos
e na regulação do ambiente químico no cérebro e na medula espinhal. Alterações no
tamanho ou no funcionamento dos ventrículos cerebrais podem ser indicativos de
condições médicas, como hidrocefalia, e são frequentemente avaliadas por meio de
exames de imagem, como a ressonância magnética cerebral.

24. O que é o forame de fórnix e qual sua função?

O forame de fórnix, muitas vezes chamado de "colículo" ou "forame interventricular" é


uma estrutura anatômica no cérebro que permite a comunicação entre os ventrículos
laterais do cérebro. Mais especificamente, ele é o local onde o forame interventricular
(ou forame de Monro) se encontra com o terceiro ventrículo, permitindo a passagem do
líquido cerebrospinal (LCR) de uma cavidade para outra. O forame de fórnix está
localizado no centro do cérebro, na parte anterior do terceiro ventrículo.

A função principal do forame de fórnix é permitir que o líquido cerebrospinal flua dos
ventrículos laterais, que estão nos hemisférios cerebrais, para o terceiro ventrículo, que
fica entre os hemisférios. Esse fluxo de LCR é essencial para a circulação adequada do
líquido cerebrospinal, que desempenha vários papéis importantes no sistema nervoso
central, incluindo:

Proteção: O líquido cerebrospinal atua como um amortecedor, protegendo o cérebro de


impactos físicos e lesões.

Regulação da Pressão Intracraniana: O LCR ajuda a manter uma pressão intracraniana


estável, evitando variações abruptas que poderiam prejudicar o funcionamento cerebral.

Fornecimento de Nutrientes e Remoção de Resíduos: Ele transporta nutrientes


essenciais para as células cerebrais e remove produtos de resíduos metabólicos.

Homeostase Química: O líquido cerebrospinal ajuda a manter um ambiente químico


adequado para o funcionamento das células neurais.

O forame de fórnix, juntamente com outras aberturas e passagens no sistema ventricular


cerebral, facilita o movimento contínuo do líquido cerebrospinal por todo o sistema
ventricular, contribuindo para a manutenção de um ambiente cerebral saudável e
apropriado. Alterações no fluxo de LCR ou obstruções em estruturas como o forame de
fórnix podem levar a condições médicas, como hidrocefalia, que podem ser graves e
requerer tratamento médico. Portanto, a função adequada dessas estruturas é
fundamental para a saúde cerebral.

25. Descreva as etapas e formação do SN embriológico.

O desenvolvimento do sistema nervoso (SN) no embrião humano é um processo


complexo que ocorre em várias etapas e envolve a formação de diferentes estruturas
nervosas. Abaixo, descrevo as principais etapas e eventos na formação do sistema
nervoso embrionário:

Indução do Tubo Neural:

O processo começa com a indução do tubo neural a partir do ectoderma, uma das
camadas germinativas embrionárias. A indução é mediada por interações moleculares
entre células embrionárias adjacentes e sinalização bioquímica.
Formação do Placa Neural:

A placa neural é uma estrutura plana que se forma ao longo do dorso do embrião. Ela é
a precursora direta do tubo neural.
A placa neural se dobra para formar um sulco neural, que posteriormente se fecha para
formar o tubo neural. Esse processo é chamado de neurulação.
Desenvolvimento do Tubo Neural:

O tubo neural é a estrutura primordial do sistema nervoso central (SNC). Ele dará origem
ao cérebro e à medula espinhal.
O tubo neural se diferencia em diferentes regiões, formando os três principais vesículas
encefálicas:
Prosencéfalo: que se tornará o cérebro anterior (telencéfalo) e o diencéfalo.
Mesencéfalo: que permanecerá relativamente inalterado e se tornará parte do tronco
encefálico.
Rombencéfalo: que se tornará o metencéfalo e o mielencéfalo, partes do tronco
encefálico.
Formação da Crista Neural:

Além do tubo neural, a crista neural é uma estrutura importante que se forma na borda
do tubo neural.
As células da crista neural se desprendem do tubo neural e migram para diferentes
partes do embrião, onde desempenham papéis críticos na formação de várias
estruturas, como os gânglios dos nervos periféricos, as células da glia, partes do crânio
e outros tecidos.
Diferenciação e Crescimento:

À medida que o embrião se desenvolve, as células neurais no tubo neural continuam a


se diferenciar em neurônios, células gliais e outras células do sistema nervoso.
O crescimento e a expansão do tubo neural e da crista neural resultam na formação do
sistema nervoso completo, incluindo o cérebro, a medula espinhal, os nervos periféricos
e as células da glia.
Maturação e Conexões Sinápticas:

Após a formação das estruturas nervosas, o sistema nervoso passa por um processo
de maturação e desenvolvimento de conexões sinápticas. Isso inclui a formação de
redes neurais e a elaboração de conexões entre neurônios.
O desenvolvimento do sistema nervoso é altamente regulado por genes e fatores de
crescimento, e qualquer disfunção durante esse processo pode levar a anomalias
congênitas do sistema nervoso. Portanto, a formação do sistema nervoso embrionário
é um processo crítico para a saúde e o funcionamento adequado do sistema nervoso
em organismos adultos.
26. Liste três classes funcionais de neurônios e explique como eles diferem
estrutural e funcionalmente.

Os neurônios são classificados em várias categorias funcionais com base em suas


funções específicas no sistema nervoso. Três classes funcionais de neurônios comuns
são os neurônios sensoriais (ou aferentes), neurônios motores (ou eferentes) e
neurônios interneurais (ou associativos). Vou explicar como essas classes diferem
estrutural e funcionalmente:

Neurônios Sensoriais (Aferentes):

Estrutura: Neurônios sensoriais geralmente têm uma morfologia que inclui dendritos
altamente ramificados, um axônio curto e uma terminação de receptor especializada
para detectar estímulos sensoriais específicos. Eles podem ter prolongamentos longos,
como os neurônios sensoriais que transmitem informações da pele até a medula
espinhal.
Função: Os neurônios sensoriais são responsáveis por detectar estímulos sensoriais do
ambiente ou do corpo, como toque, calor, luz, som, dor e informações sobre a posição
do corpo. Eles convertem esses estímulos em impulsos elétricos (potenciais de ação)
que são transmitidos ao sistema nervoso central (SNC), onde a informação é
processada e interpretada. Os neurônios sensoriais são essenciais para a percepção
sensorial.
Neurônios Motores (Eferentes):

Estrutura: Neurônios motores têm dendritos que recebem informações de outros


neurônios no SNC e um axônio longo que se estende para fora do SNC e se ramifica
para se conectar a células efetoras, como músculos ou glândulas.
Função: Os neurônios motores transmitem sinais do SNC para as células efetoras,
desencadeando respostas motoras. Eles controlam a contração muscular (neurônios
motores somáticos) e a função de glândulas (neurônios motores autônomos) para
executar ações voluntárias e involuntárias. Esses neurônios são responsáveis pela
execução de movimentos, como levantar um braço, bem como por funções
autonômicas, como a regulação da frequência cardíaca e da digestão.
Neurônios Interneurais (Associativos):

Estrutura: Neurônios interneurais são encontrados inteiramente dentro do SNC e atuam


como intermediários na comunicação entre outros neurônios. Eles têm dendritos e
axônios, mas sua morfologia pode variar amplamente, dependendo de suas funções
específicas.
Função: Os neurônios interneurais formam conexões entre neurônios sensoriais,
neurônios motores e outros neurônios interneurais. Eles desempenham um papel
essencial na integração e no processamento de informações no SNC. Por exemplo, eles
podem facilitar ou inibir a transmissão de sinais entre neurônios sensoriais e neurônios
motores, permitindo que o SNC tome decisões e produza respostas coordenadas às
informações sensoriais.
Em resumo, as três classes funcionais de neurônios desempenham papéis específicos
na transmissão e processamento de informações no sistema nervoso. Os neurônios
sensoriais detectam estímulos sensoriais, os neurônios motores controlam as respostas
motoras e os neurônios interneurais atuam como intermediários que facilitam a
comunicação entre diferentes partes do sistema nervoso, contribuindo para a integração
e o processamento das informações. Suas estruturas e funções estão adaptadas às
suas respectivas funções no sistema nervoso.

27. Cite dois tipos de células encontradas no sistema nervoso.

Dois tipos de células encontradas no sistema nervoso são:

Neurônios: Os neurônios, também conhecidos como células nervosas, são as unidades


fundamentais do sistema nervoso. Eles são especializados na transmissão de sinais
elétricos e na comunicação dentro do sistema nervoso. Os neurônios têm uma
morfologia distinta, com um corpo celular (ou soma), dendritos (ramificações que
recebem sinais de outros neurônios), e um axônio (um prolongamento longo que
transmite sinais para outros neurônios ou células alvo, como músculos ou glândulas).
Os neurônios são responsáveis pela transmissão de informações no sistema nervoso,
permitindo a percepção sensorial, a tomada de decisões e a execução de ações
motoras.

Células da Glia (ou Gliais): As células da glia, também conhecidas como células gliais,
são células de suporte que desempenham um papel vital no sistema nervoso. Existem
vários tipos de células da glia, incluindo astrócitos, oligodendrócitos, células de Schwann
e micróglia, entre outros. Cada tipo de célula da glia tem funções específicas, como o
suporte estrutural dos neurônios, a formação da bainha de mielina (em oligodendrócitos
e células de Schwann), a manutenção do ambiente químico do sistema nervoso, a
remoção de resíduos e a função imunológica (em micróglia). As células da glia
desempenham papéis críticos na saúde e no funcionamento do sistema nervoso.

Esses dois tipos de células, neurônios e células da glia, trabalham juntos para garantir
o funcionamento adequado do sistema nervoso, sendo essenciais para a comunicação
e a homeostase neural.

28. Como ocorre o transporte axonal? Desenhe as partes apropriadas dos


neurônios.

O transporte axonal é o processo pelo qual materiais essenciais são transportados ao


longo dos axônios dos neurônios, permitindo a manutenção, o crescimento e o
funcionamento adequado dessas células. Existem dois principais tipos de transporte
axonal: o transporte axonal rápido e o transporte axonal lento. Vou explicar como
ocorrem esses tipos de transporte e fornecer uma descrição das partes apropriadas dos
neurônios.

Partes dos Neurônios Relevantes para o Transporte Axonal:

Axônio: O axônio é o prolongamento longo e fino do neurônio que conduz os impulsos


elétricos a partir do corpo celular (soma) em direção às terminações axonais. É a parte
do neurônio onde ocorre o transporte axonal.

Soma (Corpo Celular): A soma, ou corpo celular, é a parte principal do neurônio que
contém o núcleo e a maioria das organelas celulares. É onde muitas proteínas e outros
materiais necessários para o funcionamento do neurônio são produzidos.
Transporte Axonal:

Transporte Axonal Rápido:

O transporte axonal rápido é mediado por proteínas motoras, como cinesina e dineína,
que se movem ao longo dos microtúbulos do axônio.
Materiais transportados incluem vesículas sinápticas contendo neurotransmissores,
organelas (como mitocôndrias) e proteínas estruturais necessárias para o axônio.
A cinesina move os materiais em direção às terminações axonais (antegrado), enquanto
a dineína move materiais na direção oposta, em direção ao corpo celular (retrogrado).
Esse tipo de transporte é rápido e essencial para a comunicação sináptica e a
manutenção do axônio.
Transporte Axonal Lento:

O transporte axonal lento é mais lento e envolve difusão passiva de materiais ao longo
do axônio.
Envolve principalmente a movimentação de proteínas estruturais, como neurofilamentos
e microtúbulos, que são cruciais para a manutenção do citoesqueleto do axônio.
Esse tipo de transporte é importante para o crescimento e a regeneração axonal, mas
é mais lento do que o transporte rápido.
Em resumo, o transporte axonal é um processo vital que ocorre ao longo do axônio dos
neurônios e é fundamental para a função e a sobrevivência dos neurônios. O transporte
rápido, mediado por proteínas motoras, é responsável pelo movimento de vesículas
sinápticas e outras substâncias essenciais em direção às terminações axonais e de volta
ao corpo celular. O transporte lento envolve a movimentação de proteínas estruturais
necessárias para a integridade do axônio e seu citoesqueleto. Ambos os tipos de
transporte são essenciais para o funcionamento do sistema nervoso.

29. Como ocorre o bloqueio por via anestésica dos canais de sódio em um axônio?

O bloqueio por via anestésica dos canais de sódio em um axônio é um mecanismo


fundamental para a ação dos anestésicos locais, que são substâncias químicas usadas
para produzir bloqueio da condução neural e induzir anestesia local. Esses anestésicos
atuam impedindo a abertura e o funcionamento dos canais de sódio nos axônios,
interrompendo assim a condução de impulsos nervosos ao longo do nervo. Aqui está
uma explicação detalhada de como esse bloqueio ocorre:

Canais de Sódio em Repouso:

Normalmente, os axônios em repouso têm canais de sódio na membrana celular que


estão fechados. Isso impede a entrada de íons de sódio (Na+) no interior da célula
nervosa, mantendo uma carga elétrica negativa no interior em relação ao exterior.
Despolarização e Geração do Potencial de Ação:

Quando um estímulo adequado é aplicado à membrana do axônio, os canais de sódio


são ativados e se abrem. Isso permite a entrada rápida de íons de sódio na célula,
despolarizando a membrana e gerando um potencial de ação, que é um sinal elétrico
que viaja ao longo do axônio.
Ação dos Anestésicos Locais:

Os anestésicos locais, como a lidocaína ou a bupivacaína, são moléculas hidrofóbicas


que podem penetrar na membrana celular.
Uma vez dentro da membrana, esses anestésicos locais bloqueiam seletivamente os
canais de sódio, impedindo que eles se abram em resposta a um estímulo. Eles fazem
isso ligando-se aos canais de sódio em sua conformação aberta ou inativada.
Esse bloqueio impede a entrada de íons de sódio na célula nervosa, o que significa que
os canais de sódio não podem gerar um potencial de ação. Sem um potencial de ação,
a condução do sinal elétrico ao longo do axônio é interrompida.
Condução Bloqueada:

Como resultado do bloqueio dos canais de sódio, o nervo não pode transmitir impulsos
nervosos além do ponto onde o anestésico local foi aplicado. Isso leva à anestesia local
na área afetada.
É importante notar que os anestésicos locais têm uma ação temporária e reversível. À
medida que o efeito do anestésico local diminui, os canais de sódio voltam a funcionar
normalmente, e a condução nervosa é restaurada.

O bloqueio seletivo dos canais de sódio é o que torna os anestésicos locais eficazes na
produção de anestesia local, proporcionando alívio temporário da dor e permitindo
procedimentos médicos ou cirúrgicos sem dor na área anestesiada.

30. Liste os quatros principais tipos de canais iônicos encontrados nos neurônios.
Como eles são controlados?

s quatro principais tipos de canais iônicos encontrados nos neurônios são:

Canais de Sódio (Na+):

Função: Permitem a entrada de íons de sódio na célula, desencadeando a despolarização da


membrana e a geração de um potencial de ação.
Controle: Os canais de sódio são controlados por voltagem e se abrem em resposta a uma
mudança na voltagem da membrana, atingindo um limiar específico de despolarização.
Canais de Potássio (K+):

Função: Permitem a saída de íons de potássio da célula, desempenhando um papel importante


na repolarização da membrana após a geração de um potencial de ação.
Controle: Os canais de potássio são controlados por voltagem e podem abrir em resposta à
mudança na voltagem da membrana.
Canais de Cálcio (Ca2+):

Função: Permitem a entrada de íons de cálcio na célula e desempenham um papel crucial na


sinalização celular, incluindo a liberação de neurotransmissores em sinapses.
Controle: Os canais de cálcio podem ser controlados tanto por voltagem quanto por ligantes,
como neurotransmissores. A abertura desses canais está frequentemente ligada à
despolarização da membrana.
Canais de Cloro (Cl-):

Função: Permitem a entrada ou a saída de íons de cloreto na célula, contribuindo para a


polarização da membrana e a resposta das sinapses inibitórias.
Controle: Os canais de cloreto podem ser controlados por voltagem, mas também podem ser
regulados por ligantes, como neurotransmissores. A abertura ou o fechamento desses canais
pode hiperpolarizar ou despolarizar a membrana, dependendo do contexto.
Além desses quatro principais tipos de canais iônicos, existem outros tipos de canais iônicos
especializados que desempenham papéis específicos nas funções neuronais. A regulação desses
canais iônicos é essencial para a geração de potenciais de ação, a transmissão sináptica e a
comunicação entre neurônios no sistema nervoso. A abertura e o fechamento desses canais são
altamente controlados e são fundamentais para a função neural normal.

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