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Sistema Nervoso

PROF. : CÉLIO CARLOS


Definição – conjunto de órgãos responsáveis pela

coordenação e integração dos demais sistemas

orgânicos relacionando o organismo com as variações

do meio externo e controlando o funcionamento

visceral.
SISTEMA NERVOSO
Divide-se em três partes:

Sistema Nervoso Central (SNC) – é formado pelo encéfalo e pela

medula, responsável pelas funções mais complexas, como a

interpretação de estímulos, o desencadeamento das respostas

adequadas, o planejamento do controle dos órgãos internos e as

atividades abstratas, como o raciocínio.


Sistema Nervoso Periférico (SNP) – compreende os “fios”, isto é, os nervos. Capta
estímulos de todas as partes do corpo e do meio externo, enviando-os depois ao
SNC. Este, por sua vez, respostas e as transmite de volta ao SNP, que encaminha
para todos os órgãos do corpo humano. Observa-se aqui uma divisão entre vias
aferentes, que trazem informações em direção ao sistema nervo central, e vias
eferentes, que levam as respostas em direção aos órgãos efetuadores (músculos
esqueléticos, músculo liso visceral e glândulas). Pode –se observar ainda, que
existem neurônios que só participam das vias aferentes (neurônios sensitivos) e
outros que só participam das vias eferentes (neurônios motores). Um neurônio do
SNP não pode ser ao mesmo tempo sensitivo e motor.
No Sistema Nervoso também existem “mensagem” e “respostas”, elas recebem o
nome de estímulos nervosos.
As “mensagens” são chamadas de estímulos sensitivos. Elas vão de alguma parte do
corpo para o cérebro.
As “respostas” são denominadas estímulos motores. Elas partem do cérebro e se
dirigem a alguma parte do corpo.
• Sistema Nervoso Autônomo (SNA)– coordena as
funções do organismo que são autônomas, isto é,
que dispensam a nossa vontade. É a porção do
sistema nervoso visceral que atua de modo
involuntário e inconsciente, controlando as vísceras
do corpo e mantendo as funções vitais em harmonia.
• O SNA não tem nervos específicos, usando os
nervos cranianos e espinhais para conduzir sua
fibras, e é composto por duas porções: o simpático e
o parassimpático, que, na maioria das vezes, têm
efeitos opostos, permitindo uma regulagem delicada
das atividades orgânicas.
AS CÉLULAS NERVOSAS
O sistema nervoso é formado por células denominadas neurônios.
A parte do neurônio onde está situado o núcleo recebe o nome de corpo celular.
As células tem um prolongamento chamado axônio e ramificações em torno do
núcleo denominadas dentritos. Em volta dele existe uma membrana, chamada
bainha de mielina. Ela aumenta a velocidade do estímulo de um neurônio para o
outro. O conjunto dos corpos celulares apresenta uma cor acinzentada
(substância cinza). O conjunto dos axônios tem a cor branca (substância branca).
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Divide-se em duas partes:
Encéfalo – situado no crânio e formado pelos
seguintes órgãos: cérebro, cerebelo, ponte ou
protuberância e bulbo.
Medula – localizada no canal vertebral e formada
por um cordão de nervos.
ESTRUTURAS QUE FORMAM O ENCÉFALO
O cérebro – É o órgão que coordena os atos da inteligência,
regula as atividades sensoriais e comanda os movimentos
voluntários do corpo. Se divide em duas partes ou hemisférios
cerebrais, um direito e outro esquerdo.
A camada externa do cérebro é formada por substâncias
cinzentas e denomina-se córtex cerebral. A parte interna é
formada por substância branca.
O cerebelo
Localiza-se logo abaixo do cérebro e possui as seguintes
funções:
Coordena os movimentos executados sob a ação do cérebro,
garantindo perfeita harmonia entre esses movimentos.
Tônus muscular, isto é, regula a quantidade exata de energia que
deve ser exercida por cada músculo, essa função está ligada à
anterior.
Mantém o equilíbrio do corpo, graças às suas ligações com os
canais semicirculares do ouvido interno.
A PONTE OU PROTUBERÂNCIA
Localiza-se abaixo do cérebro, diante do cerebelo
e acima do bulbo.
Como o próprio nome indica, a função da ponte é
servir de passagem aos estímulos que vão ao
cérebro.
O BULBO

Localiza-se abaixo da ponte. Controla importantes

funções do nosso organismo, entre elas a respiração,

a circulação, a digestão e a excreção. Por isso, a

região onde ele se situa recebe o nome de nó vital.


A MEDULA

É a continuação do bulbo. Tem a forma de um cordão e


ocupa o canal vertebral, desde a região do atlas (primeira
vértebra cervical) até o nível da segunda vértebra lombar.

A medula funciona como centro nervosa de atos


involuntários e, também, como veículo condutor de
estímulos sensitivos para o cérebro e de ordens motoras
comandadas por ele.
AS MENINGES

O encéfalo não está em contato direto com os ossos do crânio, também a medula não toca
diretamente nas vértebras. Envolvendo esses órgãos, existem três membranas chamadas
meninges.
Dura-máter – é a membrana externa e mais resistente unida aos ossos.
Pia-máter – é a membrana mais interna, grudada no tecido nervoso subjacente . É no espaço
entre a meninge aracnoide e a pia-máter, o espaço subaracnóideo, que o liquor circula.
Aracnóide – é a membrana bem delicada, ocupa a posição intermediária. Entre a pia-máter e
a aracnóide existe um líquido chamado cefalorraquidiano, que defende os órgãos do sistema
nervoso central contra os choques do exterior.
HIDROCEFALIA

Qualquer processo que obstrua o fluxo de liquor (tumores,


processos inflamatórios etc.) pode causar aumento da pressão nos
ventrículos cerebrais. Numa criança, onde as suturas cranianas
ainda não estão fechadas, isso resulta no aumento do tamanho da
cabeça para aliviar a pressão no cérebro. Já num adulto, onde a
caixa craniana não pode mais se expandir, é difícil aliviar a
pressão intracraniana. Isso pode causar quadros dramáticos, que
podem evoluir rapidamente, com risco de morte, e exigir uma
cirurgia, a craniotomia descompressiva, para alívio da pressão
intracarniana.
DOENÇAS CEREBROVASCULAR
Alterações drásticas na perfusão sanguínea do encéfalo provocam quadros que
podem ser divididos em:
Hemorrágicos: quando há ruptura de vasos sanguíneos formando hematomas no
interior do tecido cerebral (hemorragia intraparenquimatosa ou acidente vascular
hemorrágico), por fora da dura-máter (hematoma extradural) ou no espaço
subaracnóideo (hemorragia subaracnóidea).
Isquêmicos: acidentes vasculares isquêmicos podem ser: embólicos, ou seja,
impactação de coágulos formados em outros lugares (no coração, por exemplo) ou
nas artérias cerebrais, obstruindo-as e provocando isquemia cerebral e
possivelmente a morte de neurônios na região irrigada por essas artérias; podem
ser também trombóticos, quando o coágulo se forma dentro das próprias artérias
cerebrais.
Os acidentes vasculares encefálicos (AVE) podem ter sintomas muito diferentes,
dependo da área cerebral atingida. Portanto, é possível desconfiar de qual região
teria sido afetada com base nos sintomas apresentados, antes mesmo da
interpretação de exames mais detalhados. A recuperação dos AVE é muito
variável. Há desde ataques isquêmicos transitórios, que podem reverter
completamente seus sintomas em menos de 24 horas, até eventos mais sérios, que
podem deixar graves sequelas por toda vida.
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO

Compreende os nervos encarregados de fazer as ligações


entre o sistema nervoso central e o corpo.
O nervo é a reunião de várias fibras nervosas. A fibra
nervosa, por sua vez, é formada por um axônio e pela
bainha de mielina que o recobre. O axônio é o
prolongamento da célula nervosa (neurônio).
As fibras estão reunidas em pequenos feixes, cada feixe
forma um nervo.
Em nosso corpo existe um número muito grande de
nervos. Em seu conjunto, eles formam a rede nervosa.
TIPOS DE NERVOS
Nervos sensitivos (aferentes) – conduzem estímulos sensitivos
Nervos motores (eferentes) – conduzem estímulos motores
Nervos mistos – conduzem tanto estímulos (impulsos) sensitivos quanto motores.
Os nervos originam-se do sistema nervoso central. Os que partem do encéfalo são
chamados de nervos cranianos. Os que partem da medula recebem o nome de
raquidianos.
Os nervos cranianos formam doze pares e colocam em contato com o encéfalo
principalmente os órgãos da cabeça.
Os nervos raquidianos formam 32 pares. Cada nervo é formado por duas
raízes nervosas, uma motora e outra sensitiva.
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
É formado por nervos que funcionam independentemente da nossa
vontade. Por exemplo: o coração, o estômago, o intestino e outros
órgãos são comandados pelo sistema nervoso autônomo, sem
influência da nossa vontade.
Esse sistema se divide em duas partes:
SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO – compreende duas fileiras de
nervos descem do encéfalo, uma de cada lado da coluna vertebral. De
cada fileira saem nervos menores, alguns dos quais se ligam à medula,
enquanto outros se dirigem a diversos órgãos do corpo.
SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO – é formado por
nervos que saem de outros nervos (cranianos e raquidianos).
FUNÇÃO DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO

O sistema nervoso simpático acelera as batidas do coração e retarda o


peristaltismo intestinal. O parassimpático faz o contrário: retarda as
batidas do coração, mas acelera o peristaltismo intestinal.
Assim, se estabelece um equilíbrio entre os dois, pois quando um
acelera demais, o outro entra em ação e procura retardar os
movimentos. Quando ocorre desequilíbrio, surgem as alterações
neurovegetativas, isto é, o mau funcionamento de órgãos que
independem de nossa vontade.
OS ATOS REFLEXOS

Se você está com muita fome e vê um prato de comida, o que


acontece? Além da vontade de comer, você fica com água na boca.
Se você recebe uma alfinetada no braço, o que acontece? Seu braço se
contrai rapidamente. O estímulo produzido pelo alfinete na pele é
recebido por terminações nervosas e conduzido por uma raiz sensitiva
até a medula.
QUESTIONÁRIO
1 – Como são formados os sistemas nervoso central e nervoso
periférico.
2 – Qual a diferença entre estímulo sensitivo e estímulo
motor.
3 – Descreva uma célula nervosa.
4 – Qual a função do cérebro.
5 – Quais as funções do cerebelo.
6 – Qual a função do bulbo.
7 – Qual o centro nervoso dos atos involuntários?
8 – Qual a função do sistema nervoso periférico?
9 - Qual a função do sistema nervoso autônomo?

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