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ANATOMIA DO CÉREBRO
Crisdele Aparecida da Silva
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Olá!
Você está na unidade Anatomia do cérebro. Conheça aqui todo o processo de formação do cerebelo e entenda
suas funções em nosso organismo. Veja também: vias aferentes, bem como suas classificações e critérios; tálamo
e hipotálamo; núcleos centrais do cerebelo; corpo medular do cerebelo; divisões do cerebelo; vias aferentes do
hipotálamo; diencéfalo, telencéfalo e suas funcionalidades. Para maior compreensão, as funções foram divididas
Bons estudos!
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1 Cerebelo
No sistema nervoso central (SNC) encontram-se o cérebro e o cerebelo. Primeiramente, localizamos o encéfalo:
o tronco encefálico é continuo com a medula espinhal e suas partes são o bulbo, a ponte e o mesencéfalo.
Posterior ao tronco encefálico está o cerebelo, e acima do tronco encefálico está o diencéfalo (tálamo e
hipotálamo).
O cerebelo é a segunda maior parte do encéfalo, sua área central é chamada de verme e cada hemisfério é
formado por lobos. Os lobos anteriores e posteriores controlam os aspectos subconscientes dos movimentos
dos músculos esqueléticos; e o lobo flóculo-nodular, o equilíbrio. Tais lobos são divididos em fissuras e formam
lóbulos.
#PraCegoVer: Na imagem de fundo preto com algumas escritas em branco, temos a representação do cérebro
Ao falar sobre o cerebelo, é importante sabermos a sua localização, função, estrutura e classificação. Localizado
entre o córtex cerebral e a medula espinhal, sua localização é estratégica em detrimento de sua função.
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O córtex cerebral tem sua formação na superfície envolta dos hemisférios cerebrais e é composto pelo lobo
frontal, lobo parietal, lobo temporal e lobo occipital. Estes são separados por sulcos. O córtex recebe e processa
informação sensorial e integra as funções sensoriais e motoras divididas em primárias, secundárias e terciárias.
Para facilitar o estudo, vamos dividir as funções sensoriais e motoras em áreas com diferentes tipos de sinais que
são processados em regiões específicas do cérebro. Áreas primárias envolvem o menor número de sinapses, já as
terciárias requerem processamentos mais complexos, por isso envolvem maior número de sinapses. As áreas de
associação (conectadas umas às outras) integram informações para ações intencionais como motivação (área
O córtex motor primário contém motoneurônios superiores que projetam diretamente para a medula espinhal e
ativam os motoneurônios inferiores inervando músculos esqueléticos, que iniciam movimentos, e tem a área de
O córtex sensorial primário é formado pelos córtex: visual primário, auditivo primário e somatossensorial
primário, que recebem e interpretam os impulsos sensitivos da área somatossensitiva primária. Estes recebem
As áreas sensoriais e motoras secundárias e terciárias têm o processamento mais complexo, pois fazem conexão
Assista aí
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1.1 Tálamo e hipotálamo
O tálamo é uma substância cinzenta organizada em núcleos e envolvida por uma substância branca; também
tem sua contribuição em funções motoras. Ele envia informações para o cerebelo e para a área primária do
integra as atividades da divisão autônoma do sistema nervoso. Controla também as atividades viscerais –
#PraCegoVer: Na imagem de fundo preto com algumas escritas em branco, temos a demonstração do tálamo e
O cerebelo tem a função de integrar a informação sensorial sobre a posição do corpo no espaço. Essa informação
chega da medula espinhal para a informação motora no córtex cerebral. O cerebelo também tem a função de
informar sobre o equilíbrio, papel que se origina nos órgãos vestibulares do ouvido interno, ou seja, sua principal
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movimentos da cabeça e dos olhos. É função do cerebelo ainda avaliar os movimentos e os não executados
corretamente enviar sinais de respostas para as áreas motoras do córtex cerebral, auxiliando assim a regulação e
A estrutura do cerebelo é foliada e está presa ao tronco encefálico, com situação dorsal à ponte e ao bulbo.
Quanto à sua classificação, a camada mais superficial é chamada de córtex do cerebelo – consiste em uma
substância cinzenta chamada córtex cerebelar. Abaixo, temos os tratos da substância branca (árvore da vida).
Temos também os núcleos do cerebelo, que dão origem aos axônios, que conduzem os impulsos do cerebelo para
É importante notar que córtex cerebral é diferente de córtex cerebelar. O córtex cerebelar possui três camadas
de fora para dentro e as três camadas têm cinco tipos de neurônios. São elas: a camada molecular, a camada nas
[...] os dendritos das células de Purkinje e das células de Golgi tipo II projetam-se para dentro da
camada molecular. As células de Golgi ocorrem nas camadas granular e das células de Purkinje. Os
dendritos das células de Purkinje dispõem-se em somente um plano transversal em relação ao eixo
da folha cerebelar. Existem cerca de 30 milhões de células de Purkinje em todo o cerebelo. (ARRUDA,
2015, p. 180).
Os núcleos centrais do cerebelo influenciam no controle motor dos músculos estriados esqueléticos. O núcleo
denteado (músculos distais) é o maior, assemelha-se ao núcleo olivar inferior, e se localiza na lateral. O núcleo
emboliforme e o núcleo globoso se localizam entre os núcleos fastigial e denteado. Por serem semelhantes
funcionalmente e estruturalmente, são chamados de núcleo interpósito (músculos distais). O núcleo fastigial
(postura e equilíbrio) se localiza próximo ao plano mediano em relação com o ponto mais alto do teto do IV
ventrículo. É a partir desses núcleos que saem as fibras eferentes do cerebelo e neles chegam os axônios das
células de Purkinje.
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1.3 Corpo medular do cerebelo
Formado de substância branca, fibras mielínicas (que são as fibras aferentes do cerebelo – penetram pelos
pedúnculos cerebelares e se dirigem ao córtex, onde perdem a bainha de mielina), e fibras formadas pelos
axônios das células de Purkinje (que se dirigem aos núcleos centrais e, ao sair do córtex, tornam-se mielínicas).
#PraCegoVer: Na imagem de fundo parcialmente azul, temos a demonstração de um corte em formato sagital do
cerebelo.
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1.4 Divisões do cerebelo
cerebelo se divide em vérmis, hemisfério cerebelar direito e divisão cerebelar esquerdo. Na divisão ontogenética
(baseada no desenvolvimento do homem), o cerebelo é dividido em lobo anterior, lobo posterior e lobo flóculo-
nodular. A divisão filogenética é baseada no desenvolvimento do cerebelo; é através desta que é possível
detectar síndromes cerebelares, pois está baseada na filogênese do órgão e essa tem as suas subdivisões em
cerebelo cortical (ou neocerebelo); espinhal (ou paleocerebelo); e vestibular (ou arquicerebelo), cuja função é a
manutenção do equilíbrio em seres primitivos, os ciclóstomos. Estes se mantêm em meio líquido por não terem
membros e por seus movimentos serem ondulatórios e simples. A atividade muscular dos ciclóstomos ocorre
por meio de impulsos recebidos dos canais semicirculares na parte vestibular da orelha interna. Corresponde ao
lobo flóculo-nodular.
O cerebelo espinhal (ou paleocerebelo) mantém conexões com a medula espinhal, os animais nesta fase são os
peixes, e seus movimentos são mais elaborados que os dos ciclóstomos, pois possuem nadadeiras. O cerebelo
aqui controla o tônus muscular e controla a postura adequada. Corresponde ao lobo anterior e ao lobo posterior
(pirâmide e úvula).
Por fim, sobre o cerebelo cortical (ou neocerebelo), já podemos falar dos mamíferos, pois o cerebelo mantém
conexões com o córtex cerebral, mantendo e controlando os movimentos finos. Aqui, também, já existe a
capacidade usar os membros para movimentos delicados e assimétricos. Corresponde ao lobo posterior, exceto a
pirâmide e a úvula.
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1.5 Principais aspectos funcionais do cerebelo
subdividas em manutenção do equilíbrio e postura, controle do tônus muscular, controle dos movimentos
voluntários e aprendizagem motora. A promoção da contração adequada dos músculos axiais e proximais dos
membros, mantendo o equilíbrio e postura são feitos pelo cerebelo vestibular e pela zona medial.
Fique de olho
Sobre a aprendizagem motora nesse sistema, podemos destacar o aprendizado de atividades
motoras repetitivas, o que promove modificações mais ou menos estáveis em circuitos
nervosos.
Quanto ao controle do tônus muscular, principalmente o denteado e interpósito, mantêm mesmo sem
movimento atividade espontânea. O controle de movimentos voluntários observados através de casos clínicos e
estudos de ataxia (falta de coordenação dos movimentos voluntários por erros na força, extensão e direção do
ativado através de neurônios) e, em seguida, corrigindo, mesmo estando em execução. “Admite-se que para isso
a zona intermediária do cerebelo compara as características do movimento em execução com o plano motor,
promovendo as correções e ajustamentos necessários para que o movimento se faça de maneira adequada.”
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2 Diencéfalo
Em nosso cérebro, temos a composição do diencéfalo e do telencéfalo. Entendemos que a proporção de tamanho
de um para o outro é muito diferente anatomicamente, mas isso não desfavorece a grande importância de
ambos. O telencéfalo ocupa maior área do que o diencéfalo. Para enxergarmos o diencéfalo, seria necessário
Ao estudar o diencéfalo, conheceremos sua composição e funcionalidades. Ele compreende as seguintes partes:
tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo. Em cada parte do diencéfalo, encontramos essas divisões, que
correspondem ao III ventrículo. Na imagem a seguir, é possível identificar a localização do diencéfalo e suas
divisões anatômicas.
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Assista aí
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O III ventrículo se comunica com o IV através do aqueduto cerebral. Para se comunicar com os ventrículos
laterais, ele utiliza os forames interventriculares. Isso se refere a uma cavidade na parte do meio do diencéfalo.
Quando o cérebro é submetido a um corte sagital, podemos visualizar o sulco hipotalâmico. A parte acima do
sulco pertence ao tálamo, e a parte abaixo do sulco é pertencente ao hipotálamo. Acima do sulco hipotalâmico,
temos a formação do epitálamo. Na parte mais alta do III ventrículo, encontramos as estrias medulares do
tálamo, que são espécies de feixes com fibras nervosas onde se insere a tela corióide (que forma o teto do III
ventrículo).
A parede anterior do III ventrículo é formada pela lâmina terminal, composta de tecidos nervosos que unem os
dois hemisférios. Está entre o quiasma óptico e a comissura anterior (pertence ao telencéfalo). A luz do III
ventrículo se evagina formando quatro recessos: recesso de infundíbulo, óptico, pineal e suprapineal, este é
impossível de ser identificado nas situações em que o teto tenha sido retirado.
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2.2 Tálamo
A palavra tálamo significa “camada interior”, pois está localizado em uma região bem interna e central do
encéfalo. Pelo mesmo motivo de disposição, a região se torna uma das principais transmissoras responsáveis
pelas conexões sinápticas, mas não a única. Em sua formação, existem duas massas cinzentas, uma ao lado da
Segundo Franco (2005), é importante ressaltar que as conexões não são feitas somente do tálamo para o córtex,
mas no inverso também (conexões bidirecionais). Além disso, o tálamo realiza conexões das regiões mais
inferiores do encéfalo e da medula espinhal para os gânglios basais, assim como destes para o córtex.
extremidade posterior é consideravelmente maior, e se chama pulvinar. A veia cerebral interna tem contribuição
em sua formação pelo sulco talamoestriado, que passa a veia talamoestriada e se encaminha para o forame
interventricular.
A maior parte dos núcleos do tálamo captam estímulos sensitivos e estão associados aos controles somático,
visceral e sistema emocional. “A face lateral do tálamo é separada do telencéfalo pela cápsula interna, compacto
feixe de fibras que liga o córtex cerebral a centros nervosos subcorticais. A face interior do tálamo continua com
Diante do exposto, pode-se concluir que o tálamo funciona em parcerias atípicas com os núcleos de conexões.
• Sensibilidade
Impulsos sensitivos como dor, temperatura e tato, param no núcleo talâmico antes de chegar ao seu
destino, que é no córtex, com a exceção dos impulsos olfatórios. O tálamo tem o papel, além de fazer a
transmissão dos impulsos, de integrá-los e modificá-los. A modificação dos impulsos ocorre por conta do
• Motricidade
• Comportamento emocional
• Ativação do córtex
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Núcleos talâmicos se conectam com o sistema ativador reticular ascendente.
Apesar de ainda requerer estudos específicos, existe a síndrome talâmica, que se refere a lesões em alguns vasos,
causando alteração na sensibilidade e propiciando uma dor central que irradia para o corpo ao lado contrário do
tálamo lesionado.
2.3 Hipotálamo
O hipotálamo se localiza na parte central do sistema límbico e tem, na execução de suas atividades, a interface
do meio exterior com o meio internalizado. Ele conduz o sistema nervoso autônomo, harmoniza funções
metabólicas, endócrinas e viscerais, bem como participa no controle do sono e no comportamento emocional. De
acordo com Franco (2005), possui o tamanho de uma ervilha (cerca de 1/300 do peso total do cérebro).
Suas partes laterais estão ligadas ao prazer e à raiva. Em contrapartida, seu meio dá indícios de ligação à aversão,
ao desprazer e ao riso descontrolado. Controla também a hipófise, que interfere nas emoções, temperatura
corporal, fome, sede e ritmos biológicos. (FRANCO, 2005). As composições do hipotálamo que podem ser vistas
É onde está localizado o núcleo supraóptico, entre outros. Suas células contêm produção
É formada pelo núcleo dorsomedial, entre outros. Fica bem próxima do III ventrículo e da
hipotálamo anterior, já o hipotálamo posterior organiza as funções simpáticas. Existe uma dificuldade em
localizar anatomicamente algumas regiões devido ao seu pequeno tamanho. As funções e regiões do hipotálamo
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2.4 Epitálamo
No epitálamo existem formações endócrinas que têm como principal representante a glândula pineal. Ele faz
parte do sistema límbico e se localiza na parte posterior do III ventrículo. É responsável por fazer o controle das
emoções. Sua glândula pineal atua sobre as gônadas, apontando os testículos e os ovários. Também atua
A glândula pineal tem sua origem no divertículo ependimário localizado no III ventrículo. Trata-se de uma
glândula que ainda requer muitos estudos, mas é possível afirmar a sua produção de melatonina, atuante na
regulação do sono. “Demonstra-se pois que a luz inibe e o escuro ativa a glândula pineal. Este fato é importante
#PraCegoVer: Na imagem de fundo branco, temos a ilustração do processamento da glândula pineal no cérebro
e a produção de melatonina.
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2.6 Subtálamo
O subtálamo se refere a uma pequena área do diencéfalo, na parte superior do tálamo e do mesencéfalo
(inferior). Sua principal função está no núcleo subtalâmico, que tem papel importante na atuação da atividade
motora. “Lesões no núcleo subtalâmico provocam uma síndrome conhecida como hemibalismo, caracterizada
por movimentos anormais das extremidades. Estes movimentos são muito violentos e muitas vezes não
desaparecem nem com o sono, podendo levar o doente à exaustão.” (MACHADO, 2003, p. 237). Essa região é
composta por vários feixes de fibras; as que estão em evidência são do globo pálido, que caminham ao tálamo ou
ao núcleo subtalâmico.
2.7 Encefalite
A encefalite é uma doença que acomete uma inflamação na região do cérebro, ocasionando uma desorganização
do sistema nervoso central. Existem vários tipos de encefalite, e a definição do tratamento dependerá do tipo
causal da doença. Uma delas pode ser causada por herpes, em que o vírus chega no sistema nervoso central, e o
sintomas iniciais seriam os mesmos de uma gripe comum. Os grupos propensos ao contágio seriam as pessoas
com baixa imunidade (casos de AIDS ou corticoterapia, por exemplo). Podem ocorrer reações alérgicas após
quadros como sarampo, rubéola, entre outros. Outros casos favoráveis à encefalite são os pacientes que tiveram
Fique de olho
Para mais informações sobre a encefalite, acesse o link: https://doi.org/10.1590/S0034-
89101981000500004.
Casos de encefalite viral podem ser contagiosos. O contato com secreções, como a saliva, ou o compartilhamento
de utensílios, como garfos ou copos, podem ocasionar uma transmissão da doença. Alguns sintomas que podem
surgir nos pacientes são crises convulsivas; febre; alteração da personalidade; deterioração mental, visual,
sensitiva e coordenação motora prejudicada. Identifica-se a importância de uma equipe multidisciplinar para a
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3 Telencéfalo
O telencéfalo é representado juntamente com o diencéfalo para formar o cérebro. Ocupa grande parte do crânio
e está dividido em dois hemisférios, direito e esquerdo, que se comunicam com o III ventrículo por meio dos
forames interventriculares. Os hemisférios são separados pelas fissuras longitudinais, mas se comunicam
através das fibras nervosas e apresentam dois tipos de substâncias em sua composição:
A branca é chamada de centro branco medular do telencéfalo, pois está localizada mais
internamente. A substância cinzenta se apresenta de duas formas: sob a forma de córtex, camada
fina e superficial de células que reveste a substância branca, e sob a forma de núcleos que são
estruturas cinzentas internas, como uma ilha, normalmente rodeadas por substância branca por
O telencéfalo também é composto por sulcos e giros; sua atividade é inconstante e pode variar, dependendo do
hemisfério e da pessoa. Cada hemisfério possui três polos – frontal, occipital e temporal – e quatro faces: lateral,
medial, inferior e superior. Apresenta também uma divisão em lobos e sua nomeação depende da proximidade
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Figura 6 - Anatomia do cérebro
Fonte: Tefi, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: Na imagem de fundo branco, temos a representação do cérebro: suas divisões em lobos e outros
Fique de olho
O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) traduz uma espécie de dificuldade
de aprendizado em tarefas que exigem mais concentração e esforço. Geralmente é identificado
ainda na infância nos anos iniciais da fase escolar. Refere-se a um transtorno de influência
genética e desadaptações de alguns neurotransmissores na produção da dopamina e da
noradrenalina. As conexões com os neurônios da região frontal (área do aprendizado) são
prejudicadas. Para mais informações, acesse o link: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0103-84862018000100008#corresp.
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Frontal
Occipital
Parietal
Temporal
Insular
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4 Estudo das vias aferentes
Para iniciar este tópico, é importante saber o que são as vias aferentes. Estas levam aos centros nervosos
suprassegmentares os impulsos originados nos receptores periféricos, ou seja, são cadeias neuronais que unem
os receptores ao córtex. Essas vias podem ser conscientes – nestas, as cadeias neuronais possuem três neurônios
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4.1 Principais vias aferentes
As partes das vias aferentes são: receptor, que se caracteriza por uma terminação nervosa sensível ao estimulo;
trajeto periférico, que se caracteriza como nervo espinhal (ou craniano) e gânglio sensitivo; trajeto central,
onde as fibras se agrupam em feixes (tractos, fascículos e lemniscos); e a área de projeção cortical,
caracterizada pelo córtex cerebral (sensibilidade consciente) ou córtex cerebelar (sensibilidade inconsciente).
#PraCegoVer: Na imagem de fundo branco, temos os nóxios e os receptores de dor na pele, e as vias nervosas
Para maior compreensão, veja a seguir o quadro com as principais vias aferentes que penetram no sistema
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Quadro 1 - Vias aferentes
Fonte: Elaborado pela autora (2020).
A somestesia é a capacidade que as pessoas têm de receber informações sobre as diferentes partes do corpo
(tato, propriocepção, termossensibilidade e dor). Seguem elencadas as principais vias aferentes que penetram no
Vias Trigeminais
Via Gustativa
Via Olfatória
Via Auditiva
Via Óptica
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As vias de sensibilidade visceral são os impulsos originados nas vísceras (normalmente inconscientes) e se
relacionam com atividade reflexa. Os impulsos que se tornam conscientes se relacionam com a dor visceral. As
vias de propriocepção inconsciente levam ao cerebelo os impulsos originados na musculatura e nos tendões. O
Aprofundando um pouco mais as vias aferentes cerebelares, podemos dizer que os impulsos aferentes
cerebelares se originam no centro do cérebro e do tronco cerebral e periférico ligado à medula espinal. A via
aferente cerebelar mais importante se origina nas áreas corticais motoras e pré-motoras, e em menor extensão
no córtex sensorial – é a chamada via córtico-ponto-cerebelar. Os impulsos que se originam no tronco cerebral
são o trato olivocerebelar, as fibras vestíbulo-cerebelares e as fibras retículo-cerebelares. Essas vias aferentes
cerebelo e originam-se dos núcleos pontinos. Todo esse contingente de fibras e informações
sensoriais periféricas é enviado ao cerebelo ao nível subconsciente e é crucial para a função motora
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Nas vias periféricas ou medulares temos as fibras trepadeiras, que são excitatórias e têm como
neurotransmissor o glutamato; as fibras musgosas que se originam nos sistemas motores e sensoriais da medula
espinal e do tronco cerebral, e as fibras monoaminérgicas, que se originam de estruturas do tronco cerebral.
Antes de falarmos sobre as vias aferentes do hipotálamo, vamos retomá-lo: o hipotálamo contém centros
reguladores de temperatura corporal, de ingestão de alimento e de balanço hídrico. Ele também é uma glândula
As vias aferentes do hipotálamo relacionadas com o sistema nervoso autônomo provêm do sistema nervoso
prosencefálico medial, que faz a conexão recíproca entre o sistema límbico e a formação reticular, estendendo-se
do segmento mesencefálico até a área septal. Nesse trajeto, ele passa na lateral do hipotálamo, onde suas fibras
terminam.
O fascículo prosencefálico medial controla as funções viscerolfativas, conduz informações sensoriais dos
mamilos e genitais, além de se relacionar com o núcleo do trato solitário. Assim, essa via é considerada a
principal composição aferente do sistema nervoso visceral. Além disso, há outras vias, como a Estria Terminal,
cujo papel principal é conduzir as fibras do complexo amigdaloide, ou seja, levar informações olfativas. A via
fórnix conecta ou hipocampo com o hipotálamo. A memória e as emoções refletidas com as reações viscerais
Existem, ainda, outras vias aferentes do hipotálamo, onde informações chegam para serem moduladas. Essas
informações estão localizadas no tronco encefálico e são visuais e auditivas: “[...] núcleos do tronco do encéfalo
atuam na regulação do sono e devem estar integrados com o núcleo do trato solitário para o controle
autonômico da respiração e da atividade cardiovascular durante o sono.” (COELHO NETO; MILANO, 2015, p.
165).
O córtex cerebral (ao nível do giro frontal superior, da ínsula e do córtex sensório-motor primário) também
alimenta o hipotálamo de informações, mas por meio da via do núcleo dorsomedial do tálamo. De acordo com
Coelho Neto e Milano (2015, p. 166): “o controle do ciclo circadiano é feito pelas fibras retino-hipotalâmicas que
chegam até o núcleo supraquiasmático e influenciam o controle do ciclo sono-vigília, os níveis de hormônios
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4.3 Fibras aferentes de origem medular e pontina
As fibras aferentes de origem medular são representadas pelo tracto espinocerebelar anterior e pelo tracto
espinocerebelar posterior. Esses penetram no cerebelo através dos pedúnculos cerebelares superior e inferior, e
culminam no córtex paleocerebelo. As fibras do tracto espinocerebelar anterior são ativadas por sinais motores.
Nas do tracto espinocerebelar posterior, o cerebelo recebe sinais sensoriais vindos de receptores
proprioceptivos e de outros receptores somáticos. Isso permite a avaliação do grau de contração dos músculos,
[...] foi possível assim fazer o mapa sensorial do cerebelo, evidenciando-se uma representação do
corpo no lobo anterior e duas outras no lobo posterior. Convém lembrar, entretanto, que essas áreas
sensoriais do cerebelo são diferentes das que existem no córtex cerebral, pois os impulsos que aí
As fibras aferentes de origem pontina se originam nos núcleos pontinos, penetram no cerebelo pelo pedúnculo
cerebelar médio e se distribuem no córtex do neocerebelo. Essas fibras também são chamadas de ponto-
cerebelares e fazem parte da via córtico-ponto-cerebelar; é por via delas que as informações vindas do córtex de
é isso Aí!
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• Aprender o funcionamento, a classificação e a estrutura do cerebelo como um todo.
• Entender as funcionalidades do diencéfalo e a importância do III ventrículo.
• Distinguir as atividades do tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo.
• Conhecer o telencéfalo e suas partes.
• Estudar as principais vias aferentes.
Referências
ARRUDA, W. O. Cerebelo. In: MENESES, M. S. Neuroanatomia Aplicada. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2015, p. 168-187.
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COELHO NETO, M.; MILANO, J. B. Sistema Nervoso Autônomo. In: MENESES, M. S. Neuroanatomia Aplicada. Rio
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