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I - Evolução do Sistema Nervoso. A origem dos arcos reflexos e evolução dos três
tipos de neurônios fundamentais do sistema nervoso. Pgs. 5 -17 ; 22-23.
X - Grandes vias aferentes. Vias que penetram no SNC por nervos espinhais e
por nervos cranianos. Grandes vias eferentes. Pgs. 45-54.
ROTEIRO I
Evolução do Sistema Nervoso. A origem dos arcos reflexos e
evolução dos três tipos de neurônios fundamentais do sistema
nervoso.
CURSO DE
PSICOLOGIA
5
Discussão em Sala
6
NEURÔNIO
Circuito Neural
7
Aspectos fundamentais do Sistema Nervoso
9
Os Primeiros Neurônios
Nos metazoários mais complexos, as células
musculares adquiriram uma posição mais
profunda no tecido, perdendo o contato direto
com o meio externo. Surgiram, então, células
que se diferenciaram para receber os
estímulos do meio ambiente, transmitindo-os
às células musculares subjacentes.
Estas células especializadas em irritabilidade
(ou excitabilidade) e condutibilidade foram os
primeiros neurônios que provavelmente
surgiram nos celenterados.
Exemplo: Anêmonas
Nos tentáculos das anêmonas do mar
existem células nervosas unipolares, ou
seja, com um só prolongamento denominado O dispositivo neuromuscular do tentáculo das
axônio, que faz contato com células anêmonas do mar permite respostas apenas
musculares situadas mais profundamente locais, no caso relacionadas com deslocamento
(figura). de partículas de alimento em direção à boca do
animal.
Na extremidade destas células nervosas,
situadas na superfície, desenvolveu-se uma Em outras partes do corpo dos celenterados
formação especial denominada receptor. O existe uma rede de fibras nervosas formadas
receptor transforma vários estímulos físicos principalmente por ramificações dos neurônios
ou químicos em impulsos nervosos, que da superfície, permitindo difusão dos impulsos
podem ser transmitidos ao efetuador, nervosos em várias direções.
músculo ou glândula. 10
Nos Platelmintos (vermes achatados) e anelídeos
(minhocas), desenvolveu-se um sistema nervoso
mais avançado, no qual os elementos nervosos
tendem a se agrupar em um sistema nervoso
central.
Exemplos: Anelídeos
Nas minhocas, o sistema nervoso é segmentado
(como é o corpo das minhocas), sendo formado por
um par de gânglios cerebróides, e uma série de
gânglios unidos por uma corda ventral
correspondendo aos segmentos do animal.
O estudo do arranjo dos neurônios em um destes
segmentos mostra que existem neurônios no epitélio
do animal que, por meio de seu axônio, estão ligados
a outros neurônios cujos corpos estão situados no
gânglio. Estes, por sua vez, possuem axônios que
fazem conexão com os músculos.
Os neurônios situados na superfície são
especializados em receber estímulos e conduzir os
impulsos ao centro. Por isto são denominados
neurônios sensitivos ou neurônios aferente.
Os neurônios situados no gânglio e especializados
na condução do impulso do centro até o efetuador,
no caso, o músculo, denominam-se neurônios
motores ou eferentes. 11
Neurônios Aferentes:
São aferentes os neurônios, fibras ou feixes de fibras
que trazem impulsos a uma determinada área do
sistema nervoso.
Neurônios Eferentes:
São eferentes os neurônios que levam impulsos do
sistema nervoso para outra área.
12
Exemplo
Na fase cefálica da digestão podemos perceber todas as
propriedades e características estudadas anteriormente.
Irritabilidade e condutibilidade: Neurônios aferentes ou sensitivos da
visão estimulam o córtex cerebral. Os estímulos do sabor e do cheiro são
enviados para o hipotálamo e bulbo através de neurônios de associação
dos circuitos neurais. Em seguida, ele é encaminhado pelo neurônio
eferente ou motor através do nervo vago até a célula motora onde ocorre
liberação de acetilcolina (neurotransmissor) devido a sinapse motora.
13
Contratilidade: A secreção gástrica, nesta fase, aumenta em até 40%. A acidez no
estômago não é tamponada pela comida neste ponto e, assim, atua para inibir as
células parietais (secretoras de ácido), e as células G (secretoras de gastrina),
ativadas pela secreção de somastotatina pelas células delta de pâncreas e
hipotálamo.
14
Sinapses são as regiões de comunicação entre os neurônios ou mesmo
entre neurônios e células musculares e epiteliais glandulares.
15
As sinapses ocorrem no contato
das terminações nervosas
(axônios com os dendrito). O
contato físico não existe
realmente, pois as estruturas
estão próximas, mas há um
espaço entre elas (fenda
sináptica).
Arco reflexo simples: Dispositivo constituído por um neurônio aferente com seu
receptor, um centro onde ocorre a sinapse e um neurônio eferente que se liga ao
efetuador, no caso, os músculos.
Tal dispositivo permite a minhoca contrair a musculatura do segmento por estímulo
no próprio segmento.
Este arco reflexo é intra-segmentar, pois a conexão entre o neurônio aferente e o
eferente envolve apenas um segmento. 17
Considerando que a minhoca e muitos animais são segmentados, existe, no
sistema nervoso destes animais, um terceiro tipo de neurônio, denominado
neurônio de associação (ou internuncial), que faz a associação de um segmento
com outro.
19
Alguns Reflexos da Medula Espinhal dos Vertebrados
Reflexo Patelar
20
Músculo quadríceps femural
Temas>
1.Exame dos reflexos
2.Exame de sensibilidade
23
NEUROANATOMIA
ROTEIRO II
Divisões do sistema nervoso. Organização morfofuncional do sistema
nervoso. Neurônios, sinapses, neuróglia, fibras nervosas e nervos.
CURSO DE
PSICOLOGIA
24
TECIDO NERVOSO
Função – Coordenar, juntamente com o sistema endócrino, as funções dos vários órgãos
especializados dos animais.
Estrutura – O Sistema Nervoso compreende um rede de comunicação distribuída pelo
organismo interligando todos os sistemas. Anatomicamente este sistema está dividido em:
1. Sistema Nervoso Central (SNC) – Formado pelo encéfalo e medula espinhal.
2. Sistema Nervoso Periférico (SNP) – Formado pelos nervos e por pequenos agregados de
células nervosas denominadas gânglios nervosos.
O tecido nervoso apresenta
dois componentes
principais:
1. Neurônios – células
geralmente com longos
prolongamentos.
2. Glia ou Neuroglia –
Vários tipos de células
que sustentam os
neurônios e participam
de outras funções
importantes.
25
26
NEURÔNIOS
As células nervosas ou neurônios são formadas por um corpo celular ou pericárpio, que
contém o núcleo e do qual partem prolongamentos.
Morfologia:
Dendritos: prolongamentos numerosos,
especializados na função de receber os estímulos
do meio ambiente, de células epiteliais sensoriais
ou de outros neurônios;
Corpo celular ou Pericário: É o centro trófico da
célula e é também capaz de receber estímulos;
Axônio: Prolongamento único, especializado na
condução de impulsos que transmitem
informações do neurônio para outras células
(nervosas, musculares, glandulares).
Neurônio motor – A mielina que envolve o axônio no sistema
nervoso central é produzida pelos oligodendrócitos e no sistema
nervoso periférico pelas células de Schwann. O corpo celular do
neurônio contém um núcleo grande, claro, com um nucléolo bem
visível. O Pericário contém corpúsculos de Nissl encontrados
também nos dendritos mais grossos. A parte superior direita
mostra um axônio de outro neurônio, com três botões terminais,
um dos quais faz sinapse com o neurônio do desenho. O axônio
deste neurônio termina em três placas motoras que transmitem o
impulso nervoso para as fibras musculares estriadas 27
esqueléticas. As setas indicam a direção do impulso nervoso.
Tipos de Neurônios
1. Neurônios multipolares – apresentam mais de dois prolongamentos celulares;
2. Neurônios bipolares – possuidores de um dendrito bipolar e um axônio;
3. Neurônios pseudo-unipolares – apresentam, próximo ao corpo celular,
prolongamento único, mas este logo se divide em dois, dirigindo-se um ramo para a
periferia e outro para o sistema nervoso central.
28
Os neurônios pseudo-
unipolares aparecem na
vida embrionária sob a
forma de neurônios
bipolares, com um axônio e
um dendrito nascendo de
extremidades opostas do
pericário.
A grande maioria dos
neurônios é multipolar.
Neurônios bipolares são
encontrados nos gânglios
coclear e vestibular, na
retina e na mucosa
olfatória.
Neurônios pseudo-
unipolares são encontrados
nos gânglios espinhais, que
são gânglios sensitivos
situados nas raízes dorsais
dos nervos espinhais.
Os neurônios podem ainda ser classificados segundo sua função. Os neurônios motores
controlam órgãos efetores, tais como glândulas exócrinas e endócrinas e fibras musculares. Os
Neurônios sensoriais recebem estímulos sensoriais do meio ambiente e do próprio organismo.
Os interneurônios estabelecem conexões entre outros neurônios, formando circuitos
complexos. 29
Corpo Celular ou Pericário
É a parte do neurônico que
contém o núcleo e o
citoplasma.
Função: Sua principal função
é receptora e integradora de
estímulos excitatórios ou
inibitórios gerados em outras
células nervosas.
Na maioria do neurônios os
cromossomos se acham muito
distendidos
(descompactados), indicando
alta atividade sintética dessas
células.
Próximo ao nucléolo ou à
membrana nuclear observa-
se, no sexo feminino, a
cromatina sexual, sob a
forma de um grânulo esférico
bem distinto. A cromatina
sexual é constituída por um
cromossomo X que
permanece condensado e
inativo na interfase.
30
Corpúsculos de Nissl: conjunto
formado por retículo
endoplasmático rugoso rico em
ribossomos livres. Apresenta-se
em maior quantidade nos
neurônios motores.
Aparelho de Golgi: Localiza-se
exclusivamente no pericário,
consistindo em grupos de
cisternas localizadas em torno
do núcleo.
Mitocôndrias: existem em
quantidade moderada no
pericário, mas estão presentes
em grande quantidade no
terminal axônico.
Neurofilamentos: são
filamentos intermediários (10nm A superfície do neurônio é completamente coberta por
de diâmetro), abundantes tanto terminações sinápticas de outros neurônios ou por
no pericário quanto nos prolongamentos de células da glia. Nas sinapses, a membrana
prolongamentos. Também estão do neurônio é mais espessa, sendo chamada membrana pós
presentes neurofibrilas e sináptica. O prolongamento do neurônio sem ribossomos (parte
microtúbulos. inferior da figura) é o cone de implantação do axônio. Os outros
prolongamentos da célula são dendritos.
31
Substância Branca e Cinzenta
32
Dendritos são numerosos prolongamentos
dos neurônios especializados na recepção
de estímulos nervosos, que podem ser do
meio ambiente ou de outros neurônios.
33
Dendritos
Os dendritos vão afinando à medida que se ramificam. A grande maioria dos impulsos
que chegam a um neurônio são recebidos por pequenas projeções dos dendritos, de
nome espinhas ou gêmulas. Estas são compostas de uma pequena parte alongada
do dendrito formada por uma pequena dilatação; a quantidade de gêmulas em cada
dendrito varia de um para outro, mas elas são sempre muito numerosas. Elas são o
primeiro local de processamento dos impulsos nervosos.
As gêmulas dendríticas
participam da plasticidade
dos neurônios relacionada
com a adaptação,
memória e aprendizado.
Neurônio com seu corpo celular recebendo dendritos que por sua vez
fazem sinapses com botões terminais de outros neurônios. 34
Axônio
Cada neurônio possui apenas um axônio de comprimento e diâmetro variáveis. Ex.: Os
axônios das células motoras da medula espinhal que inervam os músculos do pé têm cerca de
um metro de comprimento.
Cone de implantação – Local de “nascimento” do axônio a partir de uma estrutura piramidal
do corpo celular.
Segmento Inicial - Parte do axônio entre o cone de implantação e o início da bainha de
mielina.
Impulso nervoso – Estímulos dependentes de canais iônicos, tanto excitatórios quanto
inibitórios, a partir do segmento inicial, cujo resultado origina um potencial de ação que se
propaga.
Telodendro – Porção final do axônio, em geral ramificada.
35
Comunicação Sináptica
Sinapse – Sinapses são pontos onde as extremidades de neurônios vizinhos se encontram e
o estímulo passa de um neurônio para o seguinte por meio de mediadores químicos, os
neurotransmissores. Ocorrem no “contato” das terminações nervosas (axônios) com os
dendritos. O contato físico não existe realmente, pois as estruturas estão próximas, mas há
um espaço entre elas (fenda sináptica). Dos axônios são liberadas substâncias
(neurotransmissores) que atravessam a fenda e estimulam receptores nos dendritos e assim
transmitem o impulso nervoso de um neurônio para outro.
O contato pode ocorrer entre os neurônios ou entre neurônios e outras células efetoras, por
exemplo, células musculares e glandulares.
36
Função – Transformar um sinal elétrico (impulso nervoso) do neurônio pré-sináptico em um
sinal químico que atua sobre a célula pós-sináptica.
Assim, o terminal pré-sináptico do axônio traz o sinal, gerando no terminal pós-sináptico da
outra célula um novo sinal.
37
Neurotransmissores – são substâncias que, quando se combinam com proteínas
receptoras, abrem ou fecham canais iônicos ou então desencadeiam uma cascata
molecular na célula pós-sináptica que produz segundos mensageiros
intracelulares.
38
39
NEUROANATOMIA
ROTEIRO III
Divisões do Sistema Nervoso
CURSO DE
PSICOLOGIA
40
O CÉREBRO
1. Encéfalo - O encéfalo é
parte do SNC situado dentro do
crânio neural.
2. Medula – É aquela que se
localiza dentro do canal
vertebral.
Encéfalo e Medula
constituem o neuro-eixo.
44
Cérebro
O cérebro é a parte mais desenvolvida do encéfalo e ocupa cerca de 80% da cavidade craniana.
O diencéfalo e o telencéfalo formam o cérebro, que corresponde ao prosencéfalo.
Tálamo
Hipotálamo
Epitálamo
Subtálamo
O hipotálamo - desempenha um
papel fundamental na regulação da
temperatura do corpo, da fome, da
sede, do comportamento sexual, na
circulação sanguínea e no
funcionamento do sistema endócrino
(regulação hormonal).
45
Relações do córtex com o tálamo
O córtex opera em íntima associação
com o tálamo e pode ser considerado
uma unidade tanto anatômica quanto
funcional. Basta dizer que todas as
áreas do córtex cerebral mantém
extensas conexões eferentes e
aferentes com as estruturas mais
profundas do cérebro, particularmente
o tálamo.
Todas as vias provenientes dos órgãos
sensoriais para o córtex (com exceção
da maioria das olfativas) atravessam o
tálamo.
Quando o tálamo é lesado junto com o
córtex, a perda da função cerebral é
muito maior que quando apenas o
córtex é lesado, pois é necessária a
excitação talâmica para quase toda
atividade cortical.
O tálamo é uma região de substância
cinzenta do encéfalo. São duas
massas neuronais situadas na
profundidade dos hemisférios
cerebrais.
A principal função do tálamo é servir
de estação de reorganização dos
estímulos vindos da periferia, do
troco encefálico e centros superiores.
Lá fazem sinapse, os axônios dos
neurônios situados nesses locais, e
daí partem novos axônios que vão
efetuar ligações com outros centros
superiores, principalmente o córtex.
Quase todos os sinais ascendentes
que vão para o córtex fazem sinapse
nos núcleos do tálamo onde são
reorganizados e/ou controlados, com
exceção do sentido do olfato.
Tronco Encefálico
49
DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO COM BASE EM CRITÉRIOS EMBRIOLÓGICOS
50
DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO COM BASE EM CRITÉRIOS FUNCIONAIS
52
DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO COMO BASE NA SEGMENTAÇÃO OU
METAMERIA
53
Sistema nervoso simpático
O sistema nervoso simpático (SNS) faz parte do SN autônomo (SNA), que
também inclui o SN parassimpático (SNP).
54
Descrição
55
Anatomicamente ele é formado por dois
grupos de neurônos pré e pós-
ganglionares. Seus neurônios pré-
ganglionares se situam na medula
espinhal, mais precisamente nos níveis de
T1 a L2. Já os seus neurônios pós-
ganglionares se situam próximo a coluna
vertebral. Fato que justifica a existência de
uma fibra pré-ganglionar curta e uma pós-
ganglionar longa.
56
Sistema nervoso parassimpático
Chama-se sistema nervoso parassimpático a parte do SN autônomo cujos
neurônios se localizam no tronco encefálico ou na medula sacral, segmentos S2,
S3 e S4.
57
Problemas associados à alterações no sistema nervoso
parassimpático
Defeitos no controle dos esfíncteres e motilidade da bexiga e reto.
Exemplo:
Se um indivíduo vê um carro vindo em sua direção, ele fica nervoso (pronto para
agir) devido à ação do sistema nervoso simpático. Após o indivíduo ter
conseguido escapar ileso ao acidente, por via da noradrenalina dar-se-á inicio ao
processo de regressão ao estado inicial de todas as alterações desencadeadas
pelo sistema nervoso simpático: as descargas eletroquímicas de noradrenalina
farão com que os sistemas voltem a um estado de equilíbrio no seu
funcionamento habitual (homeostático), fazendo por exemplo com que a
frequência cardíaca, a circulação sanguínea e a expressão facial voltem ao
normal.
58
Sistema Nervoso Supra-Segmentar:
O Cérebro e o cerebelo pertencem ao SN
supra-segmentar. Neste órgãos, a
substância cinzenta localiza-se por fora da
substância branca e forma uma camada
fina, o córtex, que reveste toda a superfície
do órgão.
As comunicações entre o sistema nervoso
supra-segmentar e os órgãos periféricos,
receptores e efetuadores, se fazem através
do sistema nervoso segmentar.
Com base nesta divisão, pode-se
classificar os arcos reflexos em:
Supra-segmentares: quando o
componente aferente se liga ao eferente no
sistema nervoso supra-segmentar.
Segmentares: quando isto se faz no
sistema nervoso segmentar.
59
ORGANIZAÇÃO MORFOFUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO
Os neurônios sensitivos, cujos corpos estão
nos gânglios sensitivos, conduzem à medula
ou ao tronco encefálico (sistema nervoso
segmentar) impulsos nervosos originados
em receptores situados na superfície (ex.:
pele) ou no interior, (vísceras, músculos e
tendões) do animal.
Os prolongamentos centrais destes
neurônios ligam-se diretamente (reflexo
simples) ou por meio de neurônios de
associação aos neurônios motores
(somáticos e viscerais), os quais levam o
impulso ao músculo ou glândulas, formando
assim, arcos reflexos mono ou
polissinápticos.
Para que o sistema supra-segmentar seja
informado, os neurônios sensitivos ligam-se
a neurônios de associação situados no
sistema segmentar. Estes levam o impulso
ao cérebro, onde o mesmo é interpretado,
tornando-se consciente e manifestando-se 60
como dor.
NEUROANATOMIA
ROTEIRO IV
Impulso Nervoso
CURSO DE
PSICOLOGIA
61
Impulso Nervoso
Neurônios:
Os neurônios são células altamente excitáveis que se comunicam entre si ou com
células efetuadoras (células musculares e secretoras) usando basicamente uma
linguagem elétrica chamado de potencial de membrana.
Proteínas
negativas
Na+
K+
Positivo Negativo 66
Dendritos:
Os dendritos são especializados em receber estímulos, traduzindo-os em
alterações do potencial de repouso da membrana. Tais alterações envolvem
entrada ou saída de determinados íons e podem expressar-se por pequena
despolarização ou hiperpolarização.
67
O início do estímulo:
Ao ser estimulada, uma pequena região da membrana torna-se permeável ao
sódio (abertura dos canais de sódio). Como a concentração desse íon é maior
fora do que dentro da célula, o sódio atravessa a membrana no sentido do interior
da célula. A entrada de sódio é acompanhada pela pequena saída de potássio.
Esta inversão vai sendo transmitida ao longo do axônio, e todo esse processo é
denominado onda de despolarização.
68
Zona de Gatilho
Denomina-se zona de gatilho o local onde o primeiro potencial de ação é
gerado.
69
O potencial de ação originado na zona do gatilho repete-se ao longo do axônio
porque ele próprio origina distúrbio local eletrotônico que se propaga até novos
locais ricos em canais de sódio e potássio sensíveis à voltagem.
70
PROPAGAÇÃO DO IMPULSO NERVOSO
+ + + + + + + + + + + + + + + + + + + + +- +
- -+ -+ -+ -+-+ -+ -+-++- -+ -+-+ +-+-+- +- +- +- +- + + + +
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _+ _+ _+ _+_+_ _ _+ +_+_ +
_ _+ _ _+_+_+_ +
_ _+ _ _
71
72
Impulso Nervoso
ROTEIRO V
Anatomia macroscópica da Medula Espinhal e seus envoltórios.
Forma e estrutura geral da medula.
CURSO DE
PSICOLOGIA
74
Organização Estrutural do Sistema Nervoso
Encéfalo
SISTEMA NERVOSO
CENTRAL
Medula Espinhal
Nervos
SISTEMA NERVOSO
PERIFÉRICO
Gânglios
75
PROTEÇÃO DO S. N. C.
76
77
78
Proteção da Medula Espinhal
79
Anatomia Macroscópica da Medula Espinhal e seus
Envoltórios
A medula espinhal mede no homem aproximadamente 45cm. Cranialmente a
medula limita-se com o bulbo. O limite caudal no adulto situa-se geralmente na
segunda vértebra lombar (L2). A medula termina afilando-se para formar um cone,
o cone medular, que continua com um delgado filamento meníngeo, o filamento
terminal.
80
Medula espinhal
- Coluna vertebral é longa e
medula espinhal curta. A
medula não ocupa todo o
comprimento do canal vertebral.
- No adulto, a medula se estende
desde o forame magno e,
geralmente, termina na L1 ou
L2. Nos recém-nascidos pode
alcançar a L3 ou L4.
81
SISTEMA NERVOSO
PERIFÉRICO
• O sistema nervoso periférico está formado
por todas as estruturas localizadas fora do
sistema nervoso central. Especificamente:
• Nervos: conectam as diferentes partes do
corpo com o sistema nervoso central.
Corresponde a uma coleção de axônios.
• Gânglios: grupo de corpos de células
nervosas associado aos nervos.
82
- Os nervos espinhais originam-
se na medula espinhal em
ângulos cada vez mais
oblíquos. Seu nível de origem
na medula torna-se cada vez
mais dissociado de seu nível de
saída na coluna.
83
Os nervos são cordões esbranquiçados que unem o SNC aos órgãos periféricos. Os
nervos se dividem em três tipos:
Nervos Sensitivos:
são os nervos que tem o papel de transmitir os
impulsos nervosos do órgão receptor até ao SNC.
Ex.:alguns nervos cranianos (I, olfativo; II, óptico;
VIII, vestíbulo-coclear).
Nervos Motores:
conduzem o impulso codificado no encéfalo (SNC),
até ao órgão efetor. Ex.: alguns nervos cranianos
(III, oculomotor; IV, troclear; VI, abducente; XI,
acessório; XII, hipoglosso).
Nervos Mistos:
tem o mesmo papel que os nervos sensitivos e
motores ao mesmo tempo. Os órgãos receptores
são os órgãos dos sentidos (visão, audição, olfato,
paladar e corpúsculos táteis). Já os órgãos
efetores são basicamente as glândulas e os
músculos. Ex.: alguns nervos cranianos (V,
trigêmeo; VII, facial; IX, glossofaringeo; X, vago) e
84
todos os nervos espinhais.
Nervo
85
GRUPOS DE NERVOS
Nervos Cranianos
Nervos que unem os órgãos periféricos ao
encéfalo;
Nervos Espinhais
Nervos que unem os órgãos periféricos à
medula;
Gânglios
Dilatações constituídas principalmente de
corpos de neurônios relacionadas a alguns
nervos e raízes nervosas. Do ponto de
vista funcional existem gânglios sensitivos
e gânglios motores viscerais (do sistema
nervoso autônomo).
Na extremidade das fibras que constituem
os nervos situam-se as terminações
nervosas, que, do ponto de vista funcional,
são de dois tipos: sensitivas (ou aferentes)
e motoras (ou eferentes). 86
O sistema nervoso periférico inclui :
87
Nervo craniano Função
VII-FACIAL mista Controle dos músculos faciais – mímica facial (ramo motor);
Percepção gustativa no terço anterior da língua (ramo sensorial).
12 pares
89
Nervos Espinhais
(31 pares)
8 cervicais, 12 torácicos,
5 lombares, 5 sacrais e 1 nervo
coccígeo.
90
Nervo Espinhal Típico
Radículas
91
Nervo Espinhal Típico
Ramo
anterior
Raiz anterior (fibras motoras)
Radículas Nervo misto
Raiz posterior (fibras sensitivas)
Ramo
posterior
93
Gânglio Espinhal Típico
Radículas
94
Anatomia Externa da Medula Espinhal e dos Nervos Espinhais
95
Plexos
• Os ramos anteriores dos nervos espinhais
não vão diretamente para as estruturas
que inervam. Pelo contrário, formam
redes ao lado da coluna, unindo uma
quantidade variável de axônios
provenientes dos ramos anteriores dos
nervos adjacentes.
96
Plexo cervical
-C1-C4, com contribuições de C5.
-Supre pele e músculos da cabeça, pescoço, ombros e tórax. Os nervos frênicos
surgem do plexo cervical e fornecem fibras motoras para o diafragma (C3, C4 e
C5).
97
Nervo frênico
98
Plexo Braquial
-C5 – C8 e T1.
-Suprimento para os ombros e MS.
99
O nervo ulnar é uma ramificação do plexo
braquial, mais exatamente do fascículo medial.
Ele pode ser apalpado na parte medial do
cotovelo, entre o epicôndilo medial do úmero e
o olécrano (pertencente à ulna). A inervação
dele é responsável por metade do 4º dedo e
todo o 5º dedo, além do músculo flexor ulnar
do carpo e parte medial dos músculos flexores
profundo dos dedos.
100
Plexo Lombar
-L1-L4.
-Inerva a parede abdominal e os órgãos genitais externos e parte dos MI.
101
Plexo sacral e coccígeo
-L4-L5 e S1-S4
-Inerva as nádegas, períneo e parte do MI.
-Nervo Isquiático L4-S3
-S4-S5 e Co1 – inerva uma pequena área de pele na região coccígea.
102
O nervo ciático ou nervo isquiático é o mais
logo do corpo humano e o principal nervo dos
membros inferiores. Ele controla as
articulações do quadril, joelho e tornozelo, e
também os músculos posteriores da coxa e os
músculos da perna e do pé.
Patologia
A dor causada por compressão ou irritação do
nervo ciático por causa de um problema nas
costas é chamada de ciática. As causas mais
comuns de ciática incluem os problemas na
região lombar: hérnia de disco, doença discal
degenerativa, estenose espinhal e
espondilolistese.
103
104
NEUROANATOMIA
ROTEIRO VI
CURSO DE
PSICOLOGIA
105
Processos anestésicos e doenças relacionadas ao
Sistema Nervoso
Os anestésicos de ação local sobre os axônios são moléculas que se ligam aos
canais de sódio, inibindo o transporte desse íon e, conseqüentemente, inibindo
também o potencial de ação responsável pelo impulso nervoso. Assim, ficam
bloqueados os impulsos que seriam interpretados no cérebro como sensação de dor.
106
Anestesia nos Espaços Meníngeos
Em relação com as meninges que
envolvem a medula existem três
cavidades ou espaços: epidural,
subdural e subaracnóideo.
O espaço epidural ou extradural
situa-se entre a dura-máter e o
periósteo do canal vertebral. Contém
tecido adiposo e um grande número
de veias que constituem o plexo
venoso vertebral interno.
O espaço subdural, situado entre a
dura-máter e a aracnóide, é uma
fenda estreita contendo uma
pequena quantidade de líquido,
suficiente apenas para evitar a
aderência das paredes.
O espaço subaracnóideo é o mais
importante e contém uma quantidade
razoavelmente grande de líquido
cérebro-espinhal ou líquor. 107
A exploração clínica do espaço subaracnóideo ao nível da medula é facilitada por
certas particularidades anatômicas da dura-máter e da aracnóide na região lombar
da coluna vertebral.
Nesta região não há perigo de lesão da medula pois esta termina na L2. Alem disso,
entre a L2 e a S2, o espaço subaracnóideo é maior, contendo maior quantidade de
líquor. Assim, esta área é ideal para a introdução de uma agulha no espaço
subaracnóideo que é feito com as seguintes finalidades:
110
PRINCIPAIS DISTÚRBIOS DO SIST. NERVOSO
Alzheimer: Formação defeituosa de uma proteína (tau) que participa dos microtúbulos com
conseqüente destruição dos neurônios. Afeta a memória, aprendizado e a fala.
111
PRINCIPAIS DISTÚRBIOS DO SIST. NERVOSO
Parkinson: acentuada redução de dopamina nos centros motores, causando tremores, lentidão e
dificuldade de locomoção
112
PRINCIPAIS DISTÚRBIOS DO SIST. NERVOSO
AVC: obstrução de uma artéria. Lesão irreversível. Fatores de risco: pressão arterial elevada, alto
colesterol, obesidade.
113
NEUROANATOMIA
ROTEIRO VII
Líquor e Meninges
CURSO DE
PSICOLOGIA
114
LÍQUOR
O líquor ou líquido cérebro-espinhal é um fluido aquoso e incolor que ocupa o
espaço subaracnóideo e as cavidades ventriculares.
O líquor é formado pelo epitélio ependimário dos plexos corióides. Existem plexos
corióides nos ventrículos laterais e no teto do II e IV ventrículos.
116
Os ventrículos laterais são os que
produzem maior quantidade de líquor,
que passa para o III ventrículo pelos
forames interventriculares e daí ao IV
ventrículo através do aqueduto
cerebral.
Através das aberturas medianas e
laterais do IV ventrículo, o líquor
formado no interior dos ventrículos
ganha o espaço subaracnóideo,
sendo reabsorvido no sangue
principalmente através das
granulações aracnóides que se
projetam no interior dos seios da
dura-máter.
No espaço subaracnóideo da medula,
o líquor desce em direção caudal,
mas apenas uma parte volta, pois há
reabsorção liquórica nas pequenas
granulações aracnóides existentes
nos prolongamentos da dura-máter
que acompanham as raízes dos
nervos espinhais. 117
O estudo do líquor é especialmente valioso para o
diagnóstico dos diversos tipos de meningites. O líquor
normal do adulto é límpido e incolor, apresenta de zero a
quatro leucócitos por mm3 a uma pressão de 5 a 20cm de
água, obtida na região lombar com paciente em decúbito
lateral.
Embora o líquor tenha mais cloretos que o sangue, a
quantidade de proteínas é muito menor do que a
existente no plasma. O volume total do líquor é de 100 a
150cm3, renovando-se completamente a cada oito horas.
Existem tabelas muito minuciosas com as características
do líquor normal e suas variações patológicas, permitindo
a caracterização das diversas síndromes liquóricas.
118
Patologias Associadas ao Líquor e as Meninges
Hidrocefalia: aumento da quantidade e da
pressão do líquor, levando a uma dilatação
dos ventrículos e compressão do tecido
nervoso de encontro ao estojo ósseo, com
conseqüências muito graves.
119
CAUSAS
A Hidrocefalia é causada pela dificuldade da drenagem do
líquido à corrente sanguínea. Existem diferentes razões
pelas quais isto pode acontecer:
122
O Streptococcus pneumoniae (Gram +) - causa infecções nos
pulmões e no ouvido, mas também podem causar a meningite
“pneumocócica”. A maioria das pessoas que tem estas bactérias
na garganta continua saudável. No entanto, indivíduos com
problemas crônicos de saúde ou com o sistema imune
enfraquecido, assim como os muito jovens ou muito velhos, têm
risco aumentado de apresentar meningite pneumocócica. A
meningite causada pelo Streptococcus pneumoniae não é
transmitida de pessoa para pessoa. As pessoas com contato
próximo com alguém que tenha meningite pneumocócica não
precisam tomar antibióticos, preventivamente.
Sintomas de meningite?
Os sintomas de meningite podem surgir repentinamente.
Febre, dor de cabeça forte e constante, rigidez ou dor no pescoço,
náuseas e vômitos, podem ser sinais e sintomas de meningite.
Manchas vermelhas pequenas ou grandes na pele, podem ser sinal
de gravidade e de “meningococcemia”. Mudanças de
comportamento como confusão, sonolência e dificuldade para
acordar podem também ser sintomas importantes. Em recémnascidos
e lactentes, os únicos sinais e sintomas de meningite
podem ser febre, irritação, cansaço e falta de apetite. Sempre que
alguém apresentar ou observar esses sintomas deve procurar
imediatamente assistência médica, para assegurar-se do
123
Acidente Vascular Cerebral (AVC)
Uma das principais causas do AVC é a
aterosclerose. A aterosclerose afeta
primariamente as artérias elásticas (por
exemplo, artérias aorta, artérias carótidas e
ilíacas) e as artérias musculares de grande e
médio calibres (por exemplo, artérias
coronárias e poplíteas). A doença quase
sempre começa na infância; entretanto, os
sintomas habitualmente só se tornam
evidentes na meia-idade ou mais tarde,
quando as lesões arteriais precipitam lesão
orgânica.
A aterosclerose caracteriza-se por lesões da
íntima, denominadas ateromas ou placa
fibrogordurosa, que fazem protrusão na Embora qualquer órgão ou tecido do corpo possa ser afetado, a
luz, enfraquecem a média subjacente e doença aterosclerótica sintomática localiza-se mais
sofrem uma série de complicações. A freqüentemente nas artérias que suprem o coração, o cérebro, os
aterosclerose contribui esmagadoramente rins, os membros inferiores e o intestino delgado. As principais
para uma taxa de mortalidade – cerca da conseqüências desta doença consistem em infarto do miocárdio
metade ou mais de todas as mortes – e (ataque cardíaco), infarto cerebral (acidente vascular cerebral)
morbidade, no mundo ocidental, que aneurismas da aorta, gangrena das pernas, oclusão mesentérica,
ultrapassa a de qualquer outra doença. morte cardíaca súbita, cardiopatia isquêmica crônica e
encefalopatia isquêmica.
124
A lesão complicada da aterosclerose, definida pelas seguintes alterações, possui grande
importância clínica:
1. Quase sempre, os ateromas, nas doenças avançadas, sofrem calcificação focal ou
maciça. Os pacientes com elevado conteúdo de cálcio nas artérias coronárias parecem
apresentar um risco aumentado de eventos coronários. As placas de ateromas também
podem romper a íntima do vaso e causar trombose (obstrução total do fluxo
sanguíneo). A trombose impede o fluxo de sangue para os tecidos adjacentes que,
com a falta de oxigênio e glicose, evoluem rapidamente para a morte celular por
necrose. Esse fenômeno é chamado de infarto. A tomografia computadorizada e a
ultra-sonografia intravascular podem fornecer um meio não-invasivo e preciso para o
diagnóstico.
2. A ruptura focal e/ou ulceração macroscópica da superfície luminal das placas
ateromatosas podem resultar em exposição de substâncias altamente trombogênicas,
que induzem a formação de trombo ou a liberação de restos na corrente sangüíneas,
produzindo microêmbolos (êmbolos de colesterol ou ateroêmbolos).
3. Pode ocorrer hemorragia no interior de uma placa, particularmente nas artérias
coronárias, devido à ruptura da cápsula fibrosa ou dos capilares de paredes finas que
vascularizam a placa. O hematoma contido pode induzir ruptura da placa.
125
Hipertensão Craniana
A cavidade crânio-vertebral e seu revestimento de dura-máter é completamente
fechada, não permitindo a expansão de seu conteúdo. Assim, o aumento do
volume de qualquer componente da cavidade craniana reflete-se sobre as demais,
levando a um aumento de pressão intra-craniana. Ex.:
Tumores,
Hematomas
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
2. RUBIN, M.; SAFDIEH, J. E. Netter. Neuroanatomia essencial. São Paulo: Elsevier, 2008.
7. Guyton & Hall (1998). Fisiologia humana e mecanismos das doenças. 6a ed. Rio de
Janeiro. Guanabara Koogan, 639pp.
8. Harriet Swain - Grandes descobertas da ciência. Rio de Janeiro. José Olympio. 2010.
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