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Comportamental
DEANNE DE FREITAS OLIVEIRA
Terapia Comportamental
Foram nos anos 50 e 60 que motivados por uma crescente insatisfação com a corrente
psicodinâmica formou-se o núcleo de um novo enfoque terapêutico:
Terapia Comportamental
psicologia experimental;
condicionamento clássico ou respondente;
condicionamento operante;
princípios teóricos da aprendizagem;
disciplinas da psicologia clínica.
Terapia Comportamental
Joseph Wolpe (1958) e Hans Eysenck (1966) foram pioneiros na exploração do potencial das
intervenções comportamentais, como a dessensibilização (contato gradual com objetos em situações
temidas) e treinamento de relaxamento.
Muitas das abordagens iniciais ao uso dos princípios comportamentais para a psicoterapia prestavam
pouca atenção aos processos cognitivos envolvidos nos transtornos psiquiátricos.
Pelo contrário, o foco era moldar o comportamento mensurável com reforçadores e em eliminar as
respostas de medo através da exposição.
Terapia Comportamental
Mais de 300 estudos controlados da TCC para uma série de transtornos psiquiátricos
(Butler e Beck, 2000).
“As idéias não só podiam controlar os sentimentos
mais intensos de uma pessoa, como também eram
capazes de modificá-los”
Beck e cols (1982)
do Depto. De Psiquiatria da
Universidade da Pensilvania - EUA
PRINCÍPIOS DA TERAPIA COGNITIVA
-
6 É educativa - ensina o paciente a ser seu próprio terapeuta, tem como objetivo ensinar o paciente a
ser seu próprio terapeuta e enfatiza a prevenção de recaída.
Independente do diagnóstico ou estágio, seguir uma determinada estrutura maximiza a eficiência e a eficácia.
10- Utiliza-se de uma variedade de técnicas para mudar pensamento, humor e comportamento
TERAPIA COGNITIVA DA DEPRESSÃO
AARON BECK
TRÍADE COGNITIVA
VISÃO DE SI
EXPERIÊNCIAS FUTURO
É a forma como o indivíduo vê a si mesmo, o mundo e o seu futuro.
Na depressão, pela visão essencialmente negativa, geram-se sentimentos de desvalia,
autoacusação ou derrota.
E o sentimento e o comportamento estão de acordo com a sua percepção distorcida.
CONCEITOS BÁSICOS DA TERAPIA
COMPORTAMENTAL COGNITIVA
crenças emoções
comportamento
ESQUEMATIZAÇÃO DO MODELO DE BECK
EVENTOS EXTERNOS
ESQUEMAS (estrutura)
CRENÇAS
COGNIÇÃO SENTIMENTOS
COMPORTAMENTO
(pensamento automático)
BASES METODOLÓGICAS E CONCEITUAÇÃO
COGNITIVA
PENSAMENTO
ESTADOS DE HUMOR
REAÇÕES FÍSICAS
COMPORTAMENTO
AMBIENTE
Desenvolvimento do terapeuta
Desenvolvimento de rapport
Coleta de dados
Identificação de problemas
Psicoeducação
Levantamento de hipóteses
Teste de hipóteses
Resumos periódicos
Pensamentos Automáticos Disfuncionais
São quase sempre negativos, a menos que o paciente seja maníaco ou hipomaníaco,
tenha um transtorno de personalidade narcisístico ou seja um viciado em drogas.
São usualmente breves e o paciente com frequência está mais ciente da emoção que
sente em decorrência do pensamento do que do pensamento em si.
Pensamentos Automáticos Disfuncionais
Paulo, no início da terapia, relatou que não sentia vontade de estar com sua família
e amigos tanto quanto costumava sentir. Contou que preferiria ficar sozinho.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Erros Cognitivos
Wright, Beck,Knapp
)
Abstração seletiva
(filtro mental)
Conclusão depois de examinar apenas uma pequena porção das informações disponíveis. Os dados
importantes são descartados ou ignorados, a fim de confirmar a visão tendenciosa que a pessoa tem
da situação.
Um homem deprimido com baixa auto-estima não recebe um cartão de boas-festas de um velho
amigo.
Ele pensa: "Estou perdendo todos os meus amigos; ninguém se importa mais comigo". Ele ignora
as evidências de que recebeu cartões de vários outros amigos, que seu velho amigo tem lhe enviado
cartões todos os anos nos últimos 15 anos, que seu amigo esteve muito ocupado no ano passado
com uma mudança e um novo emprego e que ele ainda tem bons relacionamentos com outros
amigos.
Inferência arbitrária
Conclusão a partir de evidências contraditórias ou na ausência de evidências.
"É tudo culpa minha; eu deveria saber que isso iria acontecer e ter feito
alguma coisa; falhei com todos na empresa".
Pensamento absolutista
(dicotômico ou do tipo tudo-ou-nada)
Os julgamentos sobre si mesmo, as experiências pessoais ou com os outros são separados em duas
categorias ( totalmente mau ou totalmente bom, fracasso total ou sucesso, cheio de defeitos ou
completamente perfeito)
Paulo, um homem com depressão, compara-se com Roberto, um amigo que parece ter um bom
casamento e cujos filhos estão indo bem na escola. Embora o amigo seja muito feliz em sua casa,
sua vida está longe do ideal. Roberto tem problemas no trabalho, restrições financeiras e dores
físicas, entre outras dificuldades. Paulo está se envolvendo em pensamento absolutista quando diz
para si mesmo:
"Tudo vai bem para Roberto; para mim nada vai bem".
Catastrofização
Pensar que o pior de uma situação vai ocorrer, sem levar em consideração
outros desfechos. Acreditar que esse acontecimento será terrível e
insuportável.
Presumir que sentimentos são fatos. “Sinto, logo existe”. Pensar que algo é verdadeiro porque
tem um sentimento (na verdade um pensamento) muito forte a respeito. Deixar os sentimentos
guiarem a interpretação da realidade. Presumir que as reações emocionais refletem a situação
verdadeira.
Prever o futuro. Antecipar problemas que talvez não venham a ocorrer. Expectativas
negativas estabelecidas como fatos.
Presumir, sem evidências, que sabe o que os outros estão pensando, desconsiderando outras
hipóteses possíveis.
“Sou incompetente.”
“Ela é burra.”
Desqualificando o positivo
“Isso é o que esposas devem fazer, portanto, ela ser legal comigo não conta.”
Interpretar eventos em termos de como as coisas deveriam ser, em vez de simplesmente considerar as coisas
como são. Afirmações absolutistas na tentativa de prover motivação ou modificar um comportamento.
Demandas feitas a si mesmo, aos outros e ao mundo para evitar as consequências do não cumprimento
dessas demandas.
Focar o evento naquilo que poderia ter sido e não foi. Culpar-se pelas
escolhas do passado e questionar-se por escolhas futuras.
Incondicionais
Tem uma estrutura interna consistente que ordena novas informações que
entram no sistema cognitivo.
(Williams, 1997)
O esquema
(Clark, Beck, Alford, 1999)
compostas por
regras (eu devo...tenho que):
atitudes (é preciso que...):
suposições (se eu...)
Essas crenças pressupõe que uma vez cumpridas as regras, normas e atitudes não
haverá problema, o indivíduo se mantém relativamente estável e produtivo. No
entanto, se, por alguma circunstância, os pressupostos não estão sendo cumpridos,
o indivíduo torna-se vulnerável ao transtorno emocional quando a crença
negativa é ativada
Estratégias de Enfrentamento
Cognitiva
Metodologicamente, a trajetória da terapia cognitiva, envolve uma
ênfase inicial sobre os pensamentos automáticos, ou seja as cognições
mais próximas à percepção consciente.
Crença Intermediária
Situação
Pensamento Automático
Reações: emocional
comportamental
fisiológica
Conceitualização (Conceituação)
Cognitiva
Quando pensamentos em conceituar um caso, estamos nos perguntando qual a melhor forma de utilizar nosso
treinamento e experiência juntamente às abordagens de terapia baseadas em evidências para ajudar questões
particulares desta pessoa?!
Como esse paciente veio parar • É essencial para o terapeuta aprender a conceituar as
aqui? dificuldades do paciente em termos cognitivos, a fim de
determinar como proceder na terapia:
Que vulnerabilidades e eventos de . quando trabalhar sobre uma meta específica
vida (traumas, experiências,
interações) foram importantes? . pensamento automático
. crença ou comportamento
Como o paciente enfrentou sua
vulnerabilidade?
. que técnicas escolher e
Quais são seus pensamentos . como melhorar o relacionamento terapêutico
automáticos e de que crenças eles
brotaram?
É importante para o terapeuta colocar-se no lugar do
paciente para desenvolver empatia pelo que o paciente
está passando, entender como ele está se sentindo e
perceber o mundo através dos seus olhos.
Como ele via (e vê) a si mesmo, aos outros, seu mundo pessoal, seu
futuro?