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A tão temida peia, é um processo natural e desejável, por mais doloroso que possa ser
ou parecer.
Esta questão de passar mal após ingerir o chá precisa ser encarada da forma correta,
ou seja, não é uma punição, não é algo aleatório que contempla um ou outro. É, na
verdade, uma parte do processo de adaptação ao uso da planta de poder.
A peia é considerada por muitos, um dos momentos mais difíceis de enfrentar durante
as sessões com a sagrada medicina. É manifestada por sensações físicas intensas
(vômito, diarreia, fraqueza, estagnação, entre outras) ou por sintomas subjetivos
relacionados ao próprio padrão de pensamento, que podem gerar um certo grau de
ansiedade. Vale lembrar que não acontece sempre, nem com todas as pessoas.
Essa pergunta é muito difícil de ser respondida porque a medicina vai limpando,
curando e oferecendo o que cada um precisa no momento em que lhe é possível
acessar.
Assim como no dicionário a peia pode estar se referindo a algo que te segura, que te
prende, que não te deixa mudar e evoluir. Pode ter relação com sentimentos
guardados, condutas inadequadas e padrões repetitivos de pensamento. Ah! Mas
conduta inadequada para quem? Para você.
A medicina não trabalha para que você se sinta culpado (a). Trabalha para que você
se perceba, se aceite dentro da sua condição humana e possa melhorar a partir disso.
Já ouvi alguns relatos de pessoas que consagraram o chá e entraram numa peia
porque estavam levando suas vidas para longe do que realmente são. Outras dizem
que entraram numa peia por estarem resistindo ao processo. Outras, por entrarem
num fluxo de julgamentos, culpas, medos, inseguranças e dificuldades de mergulhar
em si mesmas.
Lembremos sempre que a Medicina Ayahuasca provoca uma profunda limpeza física e
energética do Irmão que está participando da sessão.
Uma das peias que também é muito comum é a “Peia da Teoria da Conspiração”,
onde o ayahuasqueiro tem a plena “convicção” de que:
Uma outra peia muito comum é a “Peia Espiritual de Acertos de Contas”, que refere-
se:
Vômito: é uma limpeza física, geralmente causada por impurezas no seu corpo, você
que geralmente consome muita carne, gordura, cigarros, bebidas alcoólicas, comidas
industrializadas, deve passar por isso, é o mais normal digamos que 80% das pessoas
ao comungar a Medicina Ayahuasca irá passar por esse tipo de limpeza, isso se da ao
fato de vivermos num mundo onde é muito difícil não ter contato com tais substancias,
e precisarmos nos alimentar de tal modo.
Chorar: está ligado aos sentimentos repreendidos, muitas vezes até esquecidos,
guardados, todo tipo de sentimento, tristeza, rancores, alegrias, timidez, vergonha,
muitas vezes no ritual você pode estar chorando e não saber o motivo, apenas chora,
é algum sentimento que esta sendo limpo, ou esta sendo libertado.
Urinar: está ligada a raiva, stress, ele vem libertar você disso.
Defecar: tem haver com bloqueios, objetivos pendentes, planos que não consegue
concretizar, as vezes você tem muitos objetivos e planos, e não consegue concretizar,
porque essa energia está bloqueada, e essa limpeza vem para lhe auxiliar nisso.
Frio: não é bem uma limpeza, nos rituais com a Medicina Ayahuasca, temos contato
com alguns seres de cura, que vivem no espaço, seres ligados a fraternidade branca
ou ao comando ashtar, eles são seres frios, para aguentar as baixas temperaturas do
espaço, sempre que no trabalho sentimos frio pode ter certeza que ali esta tendo
algum trabalho de cura.
Independente do tipo de peia ou limpeza a qual tenha passado, lembre-se que elas
são necessárias. De alguma forma trazemos para a nossa vivência aquela experiência
aterrorizante, aquela catarse intensa. Nem sempre conseguimos intuir ou perceber a
razão da peia, mas ela nos oferece uma oportunidade de crescimento muito grande. É
Claro que durante o processo não conseguimos concatenar o pensamento, mas
depois a ponderação sobre a vivência pode ser muito útil e produtiva.
Lembremos ainda que o mundo dos espíritos é cheio de conflitos que extravasam o
plano físico, onde os espíritos precisam se materializar para estabelecer alianças. Há
assim uma constante interação entre o mundo espiritual e o físico. Estes dois mundos,
apesar de serem duas dimensões diferentes, seriam indivisíveis no cosmos e
mutuamente dependentes.
Os trabalhos no astral são concebidos como guerras ou batalhas contra a fraqueza, a
impureza, a dúvida ou a doença
Um fator importante é que geralmente vamos para o ritual com uma intenção diferente
ao que o universo está querendo nos mostrar. Queremos saber coisas, encontrar
respostas imediatas, que um milagre aconteça, porém ao invés de relaxar e se
entregar, ficamos tentando direcionar o pensamento para onde ele não tem que ir:
julgamentos sobre o lugar, sobre as pessoas, sobre o que "eu estou fazendo aqui?",
preconceitos e pouca fé e aceitação para a cura. No geral a vida nos ensina todos os
dias, o tempo todo e a ayahuasca abre o nosso campo energético para poder entender
e compreender esses ensinamentos.
E tudo isso tem relação direta com a forma que sentimos a vida, as pessoas, os
processos e nós mesmos (as).
Sabe aquele lixo emocional que você está varrendo para debaixo do tapete? Não
adianta tentar esconder porque a ayahuasca vai te mostrar.
A ayahuasca ensina até quando não traz força. O seu silêncio nos ensina muito sobre
a nossa disponibilidade para acreditar, aceitar, entregar. Perceber que, embora a
gente possa tomar as rédeas das nossas vidas, sempre haverá o que não
conseguimos controlar.
Então, quando for consagrar a sagrada medicina vá com respeito. Aceite que você
escolheu aquele lugar para ter essa experiência. Perceba o seu momento e se
entregue a você mesmo (a).
Não estou aqui falando que é fácil. Que é simples. Nem que é de um dia para o outro.
Lembrai-vos: