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Sobre Intuição e Mistificação

O que mais tem-se ouvido ultimamente pelos novos “espiritualistas” é a frase:

– Tenho uma ótima intuição.

Não duvido . Só que também vejo isso como algo perigoso.

Espiritualidade não é tão somente a tão decantada intuição.

Uma situação é você ouvir recados, ter seus contatos com seus Mentores, e isso
realmente ocorre.

Outra situação totalmente diferente, que muitos irmãos vem confundindo com a
célebre frase “eu recebo muita intuição da espiritualidade”, é querer fazer o que não se
é permitido, e é nesse momento em que a “intuição” se funde com a “mistificação”.

Exemplos:

>> Eu não sou formado na área da saúde! Eu não posso simplesmente chegar em um
hospital, e falar com uma equipe médica que tive uma intuição de que eu tenho que
operar outra pessoa.

>> Ninguém pode aplicar Reiki por intuição ou “recado” da espiritualidade, a não ser
que não seja iniciado.

>> Ninguém pode abrir uma mandala mágica por intuição ou “recado” da
espiritualidade, a não ser que não seja um mago iniciado, e mesmo se for inicado, e
não souber invocar os devidos verbos e se não tiver o seu Mestre de Magia
trabalhando contigo, não é permitido.

>> Culto a Orixá não é simplesmente intuição. Não é simplesmente falar que ouve ou
sente os Orixás, ou ainda que o Orixá “falou” que a pessoa já é iniciada e não precisa
passar pelo ritual de iniciação existente aqui nesse planeta escola chamado “Terra”.

>> Se o participante do ritual da Ayahuasca teve um “contato” com um Mestre


Ascencionado, mas nesse contato, o Mestre Ascencionado “falou” que ele tem que
enganar // mentir // trair a confiança de outro Irmão.

>> Participante quer muito na vida pessoal que uma determinada situação concretize-
se (vamos utilizar de exemplo a compra de um carro de cor vermelha). Essa vontade
de ter um carro vermelho está tão enraizada no subconsciente que em algum
momento, e em algum ritual, ele “ouvirá ou verá” de algum “mentor”, que ele vai
conseguir o objeto de desejo. Nesse caso, houve-se uma mistura do ego físico com o
misticismo
E em todos esses casos, as vezes ocorre a mistura de “intuição”, “indução” e da
“mistificação” durante o processo com a Ayahuasca.

Temos que utilizar o bom senso, sempre que a informação “repassada” vai totalmente
de contrários as hierarquias espirituais, existe o processo de mistificação.

Não existe uma teoria pronta ou algum livro que fale (com embasamentos científicos),
sobre o processo de mistificação (ou onde não o é), até porque é deveras complicado
falar sobre as experiências espirituais baseando-se na ciência.

Não temos como “estudar” os mistérios da Ayahuasca, pois ela é uma planta de
conhecimento, de poder – um ser vivo, um espírito-planta – que ensina e conforta,
mas castiga também. Não existe estudo algum que possa responder às angústias ou
mistérios existenciais do ser humano.

Uma outra forma de mistificação parte dos dirigentes das casas que fazem o trabalho
com a Ayahuasca. Seguem exemplos de dirigentes que praticam a mistificação.

>> dirigentes que falam abertamente (ou de forma subliminar), que somente a casa
dele tem preparo e condições de ofertar um bom trabalho com segurança.

>> dirigentes que não permitem e/ou não aceitam que os participantes frequentem
outras casas.

>> dirigentes que falam que é um Mestre Ascencionado ou Orixá em Terra.

>> dirigentes que sempre que tem oportunidade, acessam o processo de um


participante e provoca induções de todas as formas (desde um simples jogo de
palavras até a indução para ter-se relações sexuais.)

>> dirigentes que prometem que o trabalho realizado na casa provoca cura física da
saúde. Não se pode prometer, pode existe o carma do assistido, existem as leis
maiores que somente o Criador pode determinar a alteração.

Ouça sempre a sua intuição, ela realmente é um instrumento fantástico que a


espiritualidade nos permite, mas lembre-se sempre que a Espiritualidade é
pautada em hierarquia, compromisso, comprometimento e seriedade!

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