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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS


CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

IVANA RODRIGUES CHIARADIA RIBEIRO

ADAPTAÇÃO DO PROTOCOLO “TREINO DE CONTROLE DO ESTRESSE” EM


GRUPO: COMPREENDENDO O PAPEL DA REGULAÇÃO EMOCIONAL NO
MANEJO DO ESTRESSE

Volta Redonda
2022
IVANA RODRIGUES CHIARADIA RIBEIRO

ADAPTAÇÃO DO PROTOCOLO “TREINO DE CONTROLE DO ESTRESSE” EM


GRUPO: COMPREENDENDO O PAPEL DA REGULAÇÃO EMOCIONAL NO
MANEJO DO ESTRESSE

Trabalho de conclusão apresentado ao


curso de Graduação em Psicologia, do
Departamento de Psicologia da
Universidade Federal Fluminense, como
requisito parcial para obtenção do grau de
Bacharel em Psicologia.

ORIENTADORA: PROFª. DRª ÉRICA DE LANA


MEIRELLES

Volta Redonda
2022
Ficha catalográfica automática - SDC/BAVR
Gerada com informações fornecidas pelo autor

R484a Ribeiro, Ivana Rodrigues Chiaradia


ADAPTAÇÃO DO PROTOCOLO “TREINO DE CONTROLE DO ESTRESSE” EM
GRUPO : COMPREENDENDO O PAPEL DA REGULAÇÃO EMOCIONAL NO
MANEJO DO ESTRESSE / Ivana Rodrigues Chiaradia Ribeiro ; Érica
de Lana Meirelles, orientadora. Volta Redonda, 2022.
90 f. : il.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia)-


Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências
Humanas e Sociais, Volta Redonda, 2022.

1. Estresse. 2. Treino de Controle do Estresse. 3.


Regulação Emocional. 4. Terapia Cognitivo-Comportamental em
Grupo. 5. Produção intelectual. I. Meirelles, Érica de Lana,
orientadora. II. Universidade Federal Fluminense. Instituto
de Ciências Humanas e Sociais. III. Título.
CDD -

Bibliotecário responsável: Debora do Nascimento - CRB7/6368


IVANA RODRIGUES CHIARADIA RIBEIRO

ADAPTAÇÃO DO PROTOCOLO “TREINO DECONTROLE DO ESTRESSE” EM


GRUPO: COMPREENDENDO O PAPEL DA REGULAÇÃO EMOCIONAL NO
MANEJO DO ESTRESSE

Trabalho de Conclusão aprovado pela


Banca Examinadora do Curso de
Graduação em Psicologia da
Universidade Federal Fluminense – UFF

Aprovada em de 18 de Julho de 2022.

BANCA EXAMINADORA

Profª Drª Érica de Lana Meirelles - UFF - Orientadora

Prof. Dr. Vicente Cassepp-Borges - UFF

Profª Drª Maria Amélia Penido – PUC - Rio

Volta Redonda
2022
AGRADECIMENTOS

À Deus, pela minha vida e por me conceder saúde e sabedoria para seguir sempre em
frente.

Aos meus pais, Viviane e David, que sempre estiveram ao meu lado ao longo de toda
minha trajetória, os quais, com amor e carinho, nunca mediram esforços para que eu finalizasse
essa etapa em minha vida. Agradeço por todo incentivo e apoio que serviram como alicerce para
todas as minhas realizações.

À minha orientadora, Profª Drª Érica de Lana Meirelles, por todos os ensinamentos,
pelo seu incentivo, empenho e grande contribuição em minha formação acadêmica. Obrigada
por me apresentar a Terapia Cognitivo-Comportamental e por ser uma profissional de referência
para mim.

Aos professores, Vicente Cassepp-Borges, do departamento de Psicologia da UFF, e


Maria Amélia Penido, do departamento de Psicologia da PUC- Rio, que compuseram minha
banca examinadora. Obrigada por aceitarem esse convite e por dedicarem seu tempo neste
trabalho.

Ao meu namorado, Pedro, e meus queridos amigos, que sempre estiveram ao meu lado,
pela amizade incondicional e pelo apoio demonstrado ao longo de todo o período em que me
dediquei a este trabalho. Sou muito grata por ter vocês em minha vida!

A toda minha família, que sempre acreditou em mim e me apoiou de todas as formas
possíveis durante esses anos longe. Obrigada por serem tão presentes em minha vida, devo
muito a todos vocês.

Aos participantes, que voluntariamente colaboraram com essa pesquisa, e a todos os


estagiários em “Terapia Cognitiva e Neurociências" que fizeram parte desse projeto.

À Universidade Federal Fluminense e a todos os mestres que contribuíram para minha


formação acadêmica e profissional.
“Somos o que pensamos. Tudo o que somos surge
com nossos pensamentos. Com nossos
pensamentos, fazemos o nosso mundo.”

Buda
RESUMO

O estresse tem se tornado um problema de saúde comum, apresentando uma incidência


alarmante. O manejo adequado dos sintomas ocasionados pelo estresse é dependente de inúmeras
variáveis, entretanto, neste trabalho será dado um destaque especial ao papel da Regulação Emocional
nesse processo. O presente trabalho teve como objetivo apresentar um modelo de atuação em
Terapia Cognitivo-Comportamental em Grupo para a temática do estresse, adaptando o
protocolo “Treino de Controle do Estresse (TCS)" para dois momentos de realização dos grupos.
No estudo 1 foram avaliadas 7 pessoas, sendo 4 do Grupo Intervenção e 3 do Grupo Controle e
no estudo 2 foram estudadas 11 pessoas, 5 pertencentes ao Grupo Intervenção e 6 ao Grupo
Controle. Os participantes dos grupos intervenção 1 e 2 foram avaliados em dois momentos,
antes e depois de receberem a intervenção, com intuito de verificar a eficácia do protocolo de
tratamento. Os participantes dos estudos 1 e 2 (n=18) foram avaliados por três instrumentos,
sendo eles: a Escala de Estresse Percebido (PSS), a Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse
(DASS) e a Escala de Dificuldades na Regulação Emocional(DERS). Os resultados apontaram
para uma relação direta entre a diminuição do estresse percebido e a melhora no acesso e uso
de estratégias de regulação emocional após o período de intervenção dos grupos. Notou-se
também diferenças entre os grupos que receberam a intervenção e os grupos controle. Em geral,
os Grupos Intervenção tiveram resultados melhores nas escalas PSS e DERS, demonstrando
maior facilidade em manejar o estresse, menores percepções dos efeitosnegativos do estresse em
sua vida e maior acesso e consciência sobre a importância das emoçõesnesse processo. Sendo
assim, concluiu-se que o TCS se mostrou um tratamento eficaz na redução dos sintomas do
estresse e que a regulação emocional é um importante componente emseu tratamento. Uma
limitação encontrada neste estudo foi o reduzido número de participantes nos Grupos
Intervenção e Controle. Sendo assim, recomenda-se a realização de novos estudos e a condução
de novos grupos com uma amostra maior de participantes, visando avaliar se os resultados
encontrados se mantêm ou não.

Palavras-chave: Estresse. Regulação Emocional. Terapia Cognitivo-Comportamental. Treino


de Controle do Estresse.
ABSTRACT

Stress has become a common health problem, presenting an alarming incidence. The adequate
management of the symptoms caused by stress depends on several variables, however, in this
work we will give special emphasis to the role of Emotional Regulation in this process. The
objective of the present work was to present a model of performance in Group Cognitive-
Behavioral Therapy for the theme of stress, adapting the protocol "Stress Control Training
(SCT)" for two moments of groups. In study 1, 7 people were evaluated, 4 from the Intervention
Group and 3 from the Control Group, and in study 2, 11 people were studied, 5 belonging to
the Intervention Group and 6 to the Control Group. The participants of intervention groups 1
and 2 were evaluated in two moments, before and after receiving the intervention, in order to
verify the effectiveness of the treatment protocol. The participants of studies 1 and 2 (n=18)
were evaluated by three instruments: The Perceived Stress Scale (PSS), the Depression, Anxiety
and Stress Scale (DASS), and the Difficulties in Emotional Regulation Scale (DERS). The
results pointed to a direct relationship between the decrease in perceived stress and improved
access to and use of emotion regulation strategies after the groups' intervention period.
Differences were also noted between the intervention and control groups. In general, the
Intervention Groups had better results in the PSS and DERS scales, demonstrating greater ease
in managing stress, lower perceptions of the negative effects of stress in their lives, and greater
access to and awareness of the importance of emotions in this process. Thus, it was concluded
that SCT proved to be an effective treatment in reducing stress symptoms and that emotional
regulation is an important component in its treatment. A limitation found in this study was the
small number of participants in the Intervention and Control Groups. Thus, it is recommended
that new studies be carried out and new groups be conducted with a larger sample of
participants, in order to evaluate whether the results found are maintained or not.

Keywords: Stress. Emotional Regulation. Cognitive-Behavioral Therapy. Stress Control


Training.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CID - Classificação Internacional das Doenças


DASS - Depression Anxiety and Stress Scale
DERS - Difficulties in Emotion Regulation Scale
DSM - Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais
ISMA - International Stress Management Association
IPCS – Instituto de Psicologia e Controle do Stress
PSS - Perceived Stress Scale
RE - Regulação Emocional
SAG - Síndrome de Adaptação Geral
SPA - Sistema de Psicologia Aplicada
TA - Transtorno de Adaptação
TCC - Terapia Cognitivo-Comportamental
TCS – Treino de Controle do Estresse
UFF - Universidade Federal Fluminense
G1- Grupo 1
G2 - Grupo 2
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Etapas conduzidas nos grupos 1 (G1) e 2 (G2) ........................................... 33


Tabela 2 - Critérios de inclusão e exclusão do grupo 1 (G1) ...................................... 34
Tabela 3 - Cronograma do grupo 1 (G1) .....................................................................35
Tabela 4 - Critérios de inclusão e exclusão do grupo 2 (G2) ......................................38
Tabela 5 - Cronograma do grupo 2 (G2) .....................................................................38
Tabela 6 - Resultados individuais do grupo 1 (G1) nas etapas pré e pós intervenção. 42
Tabela 7 - Resultados individuais do grupo controle do estudo 1 nas etapas de
avaliação e reavaliação. ............................................................................................... 43
Tabela 8 - Resultados individuais do grupo 2 (G2) nas etapas pré e pós intervenção. 44
Tabela 9 - Resultados individuais do grupo controle do estudo 2 nas etapas de
avaliação e reavaliação ............................................................................................... 45
Tabela 10 - Escores individuais obtidos na Escala de Estresse Percebido pelo grupo 1
(G1), nas etapas pré e pós intervenção .......................................................................73
Tabela 11 - Escores individuais obtidos na Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse
pelo grupo 1 (G1), nas etapas pré e pós intervenção................................................... 74
Tabela 12 - Escores individuais obtidos na Escala de Dificuldades na Regulação
Emocional pelo grupo 1 (G1), nas etapas pré e pós intervenção ................................. 75
Tabela 13 - Escores individuais obtidos na Escala de Estresse Percebido pelo grupo
controle 1, nas etapas de avaliação e reavaliação ........................................................ 77
Tabela 14 - Escores individuais obtidos na Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse
pelo grupo controle 1, nas etapas de avaliação e reavaliação ..................................... 78
Tabela 15 - Escores individuais obtidos na Escala de Dificuldades na Regulação
Emocional pelo grupo controle 1, nas etapas de avaliação e reavaliação ...................79
Tabela 16 - Escores individuais obtidos na Escala de Estresse Percebido pelo
grupo 2 (G2), nas etapas pré e pós intervenção .......................................................... 80
Tabela 17 - Escores individuais obtidos na Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse
pelo grupo 2 (G2), nas etapas pré e pós intervenção.................................................... 81
Tabela 18 - Escores individuais obtidos na Escala de Dificuldades na Regulação
Emocional pelo grupo 2 (G2), nas etapas pré e pós intervenção ................................. 82
Tabela 19 - Escores individuais obtidos na Escala de Estresse Percebido pelo
grupo controle 2, nas etapas de avaliação e reavaliação ............................................. 84
Tabela 20 - Escores individuais obtidos na Escala de Depressão, Ansiedade e
Estresse pelo grupo controle 2, nas etapas de avaliação e reavaliação ....................... 85
Tabela 21 - Escores individuais obtidos na Escala de Dificuldades na Regulação
Emocional pelo grupo controle 2, nas etapas de avaliação e reavaliação ....................86
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - PSS - Grupos de Intervenção G1 x G2 - Fase pré-intervenção .................. 46


Figura 2 - DASS (Fator depressão) - Grupos de Intervenção G1 x G2 -
Fase pré-intervenção ................................................................................................ 46
Figura 3 - DASS (Fator ansiedade) - Grupos de Intervenção G1 x G2 -
Fase pré-intervenção ................................................................................................ 47
Figura 4 - DASS (Fator estresse)- Grupos de Intervenção G1 x G2 -
Fase pré-intervenção ................................................................................................ 47
Figura 5 - DERS - Grupos de Intervenção G1 x G2 - Fase pré-intervenção ............... 47
Figura 6 - PSS - Grupos Controle G1 x G2 - Fase pré-intervenção............................. 48
Figura 7 - DASS (Fator depressão) - Grupos Controle G1 x G2 -
Fase pré-intervenção ................................................................................................ 48
Figura 8 - DASS (Fator ansiedade) - Grupos Controle G1 x G2 -
Fase pré-intervenção ................................................................................................ 49
Figura 9 - DASS (Fator estresse) - Grupos Controle G1 x G2 -
Fase pré-intervenção ................................................................................................ 49
Figura 10 - DERS - Grupos Controle G1 x G2 - Fase pré-intervenção ...................... 49
Figura 11- PSS - Grupos Intervenção G1 + G2 x Grupos Controle G1 + G2 -
Fase pré-intervenção ............................................................................................... 50
Figura 12 - DASS (Fator depressão) - Grupos Intervenção G1 + G2 x Grupos Controle
G1 + G2 - Fase pré-intervenção .................................................................................50
Figura 13 - DASS (Fator ansiedade) - Grupos Intervenção G1 + G2 x Grupos Controle
G1 + G2 - Fase pré-intervenção .................................................................................51
Figura 14 - DASS (Fator estresse) - Grupos Intervenção G1 + G2 x Grupos Controle
G1 + G2 - Fase pré-intervenção .................................................................................51
Figura 15 - DERS - Grupos Intervenção G1 + G2 x Grupos Controle G1 + G2 - Fase
pré-intervenção ......................................................................................................... 51
Figura 16 - PSS - Grupos pré intervenção G1 + G2 x Grupos pós intervenção
G1 + G2. ................................................................................................................... 52
Figura 17 - DASS (Fator depressão) - Grupos pré intervenção G1 + G2 x Grupos
pós intervenção G1 + G2. ........................................................................................... 52
Figura 18 - DASS (Fator ansiedade) - Grupos pré intervenção G1 + G2 x Grupos
pós intervenção G1 + G2........................................................................................... 53
Figura 19 - DASS (Fator estresse) - Grupos pré intervenção G1 + G2 x Grupos pós
intervenção G1 + G2. ............................................................................................... 53
Figura 20 - DERS - Grupos pré intervenção G1 + G2 x Grupos pós intervenção
G1 + G2. ................................................................................................................... 53
Figura 21- PSS - Grupos Intervenção G1 + G2 e Grupos Controle G1 + G2, nas etapas
pré e pós intervenção. .................................................................................................. 54
Figura 22 - DASS (Fator depressão) - Grupos Intervenção G1 + G2 e Grupos Controle
G1 + G2, nas etapas pré e pós intervenção ................................................................ 54
Figura 23 - DASS (Fator ansiedade) - Grupos Intervenção G1 + G2 e Grupos Controle
G1 + G2, nas etapas pré e pós intervenção ................................................................ 55
Figura 24 - DASS (Fator estresse) - Grupos Intervenção G1 + G2 e Grupos Controle
G1 + G2, nas etapas pré e pós intervenção. ............................................................... 55
Figura 25 - DERS - Grupos Intervenção G1 + G2 e Grupos Controle G1 + G2, nas
etapas pré e pós intervenção. ....................................................................................... 55
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 18

1.1 Estresse e sua conceitualização ........................................................................ 18

1.2 Regulação emocional ........................................................................................ 21

1.3 Treino de Controle do Estresse ........................................................................ 23

1.4 Terapia Cognitivo Comportamental em grupos .............................................. 24

1.5 Justificativa....................................................................................................... 26

1.6 Objetivos ........................................................................................................... 26

2 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................... 27

2.1 Participantes ......................................................................................................... 27

2.1.1 Participantes do Grupo 1 ...................................................................................... 27

2.1.2 Participantes do Grupo 2 ...................................................................................... 29

2.2 Instrumentos ....................................................................................................... 30

2.3 Procedimentos ................................................................................................. 32

2.3.1 Considerações Éticas ........................................................................................ 32

2.3.2 Modelo dos Estudos ......................................................................................... 33

2.3.3 Estudo 1 ........................................................................................................... 34

a) Cronograma do grupo 1 (G1) ............................................................................... 35

2.3.4 Estudo 2 .......................................................................................................... 37

a) Cronograma do grupo 2 (G2) .............................................................................. 38

2.4 Análises de Dados ............................................................................................ 41


3 RESULTADOS................................................................................................... 42

3.1 Resultados do estudo 1 .................................................................................... 42

3.2 Resultados do estudo 2 .................................................................................... 43

3.3 Resultados combinados ................................................................................... 45

3.3.1 Comparações entre os grupos de intervenção G1 e G2 na fase


pré-intervenção ........................................................................................................ 46

3.3.2 Comparações entre os grupos controle G1 e G2 na fase


pré-intervenção ........................................................................................................ 48

3.3.3 Comparações entre os grupos intervenção G1 + G2 e os grupos controle


G1 + G2 na fase pré-intervenção .............................................................................. 50

3.3.4 Comparações entre os grupos intervenção G1 + G2 e os


grupos intervenção G1 + G2 nas fases pré e pós intervenção ..................................... 52

3.3.5 Comparações entre os grupos controle pré, intervenção pré,


controle pós, intervenção pós ................................................................................... 54

4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .................................................................... 56

4.1 Considerações Críticas ..................................................................................... 60

5 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 61

6 PERSPECTIVAS FUTURAS ............................................................................. 62

REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 63

APÊNDICES .......................................................................................................... 67

APÊNDICE I - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Utilizado na


Fase de Avaliação..................................................................................................... 67

APÊNDICE II - Questionário Sociodemográfico ..................................................... 69

APÊNDICE III - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para


Atendimento em Grupo ............................................................................................ 70

APÊNDICE IV - Contrato Terapêutico para Atendimento em Grupo......................... 71


APÊNDICE V - Tabela Descritiva dos Escores Individuais do Grupo 1
na Escala de Estresse Percebido (PSS) nas Etapas Pré e Pós Intervenção ................. 73

APÊNDICE VI - Tabela Descritiva dos Escores Individuais do Grupo 1 na


Escala De Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS) nas Etapas Pré e
Pós Intervenção ....................................................................................................... 74

APÊNDICE VII - Tabela Descritiva dos Escores Individuais do Grupo 1 na


Escala De Dificuldades na Regulação Emocional (DERS) nas Etapas Pré e
Pós Intervenção ....................................................................................................... 75

APÊNDICE VIII - Tabela Descritiva dos Escores Individuais do Grupo


Controle 1 na Escala de Estresse Percebido (PSS) nas Etapas Pré e Pós
Intervenção .............................................................................................................. 77

APÊNDICE IX - Tabela Descritiva dos Escores Individuais do Grupo Controle1


na Escala De Depressão, Ansiedade E Estresse (DASS) nas Etapas Pré e Pós
Intervenção .............................................................................................................. 78

APÊNDICE X - Tabela Descritiva dos Escores Individuais do Grupo Controle 1


na Escala de Dificuldades na Regulação Emocional (DERS) nas Etapas Pré e
Pós Intervenção ..................................................................................................... 79

APÊNDICE XI - Tabela Descritiva dos Escores Individuais do Grupo 2


na Escala de Estresse Percebido (PSS) nas Etapas Pré e Pós Intervenção .................. 80

APÊNDICE XII - Tabela Descritiva dos Escores Individuais do Grupo 2 na


Escala De Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS) nas Etapas Pré e Pós
Intervenção .............................................................................................................. 81

APÊNDICE XIII - Tabela Descritiva dos Escores Individuais do Grupo 2 na


Escala de Dificuldades na Regulação Emocional (DERS) nas Etapas
Pré e Pós Intervenção ............................................................................................... 82

APÊNDICE XIV - Tabela Descritiva dos Escores Individuais do Grupo Controle


2 na Escala de Estresse Percebido (PSS) nas Etapas Pré e Pós Intervenção .............. 84

APÊNDICE XV - Tabela Descritiva dos Escores Individuais do Grupo Controle


2 Na Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS) nas Etapas Pré e Pós
Intervenção .............................................................................................................. 85

APÊNDICE XVI - Tabela Descritiva dos Escores Individuais do Grupo Controle


2 na Escala de Dificuldades na Regulação Emocional (DERS) nas Etapas Pré e
Pós Intervenção ........................................................................................................ 86
ANEXOS ............................................................................................................... 88

ANEXO I - Escala de Estresse Percebido (PSS) ....................................................... 88

ANEXO II - Escala de Depressão, Ansiedade e Stress (DASS) ................................. 89

ANEXO III - Escala de Dificuldades na Regulação Emocional (DERS) ................... 90


18

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho relata e discute dois estudos desenvolvidos no estágio de


“Terapias Cognitivas e Neurociências”, coordenado pela professora Érica de Lana
Meirelles. O projeto de estágio está vinculado ao Sistema de Psicologia Aplicada (SPA)
da Universidade Federal Fluminense (UFF), localizado no campus de Volta Redonda,
no Rio de Janeiro.
Os estudos que irão compor esse trabalho são dois momentos de realização do
“Grupo de Apoio e Psicoeducação sobre o Estresse Emocional”. O propósito destes
grupos foi oferecer apoio e suporte psicológico para pessoas com queixas relacionadas ao
estresse e o estilo de vida estressante e também ensinar e incentivar o uso de estratégias
de enfrentamento adequadas para lidar com o estresse.
Nas seções que se seguem, serão apontados temas de importância para este estudo,
como o estresse, a regulação emocional e a terapia cognitivo-comportamental (TCC) em
grupo. Será apresentado também o protocolo de tratamento intitulado Treino de Controle
do Estresse (TCS), formulado pela psicóloga e pesquisadora Marilda Lipp, o qual foi
adaptado para os estudos. Estes temas amplamente abordados na prática clínica são
trazidos à discussão com o intuito de aprimorar e incentivar pesquisas clínico-
experimentais no campo da Psicologia.

1.1 ESTRESSE E SUA CONCEITUALIZAÇÃO

Os primeiros estudos sobre a temática do estresse se iniciaram na primeira metade


do século XX com o endocrinologista Hans Selye (1907-1982) e o termo “stress” foi
utilizado pela primeira vez na área da saúde em 1927 pelo médico. Selye identificou em
seus pacientes, acometidos pelas mais diversas doenças, um conjunto de sintomas em
comum, como a faltade apetite, desânimo, fadiga e hipertensão arterial, representando
para ele “um desgaste geral do organismo" (SELYE, 1976, p. 138).
Em 1946, após alguns anos observando os sintomas e comparando suas
observações com diversos estudos da época, Selye identificou como “Síndrome de
Adaptação Geral” (SAG) o conjunto de respostas do organismo ao estresse. Para o
médico, o estresse pode ser definido como uma "reação não específica, resultante de
qualquer demanda colocada no organismo, seja o efeito mental, seja o efeito físico”
(SELYE, 1965, p.351).
19

Mais recentemente, Lipp (2017) definiu o “estresse como uma condição de


desequilíbrio das funções gerais corpóreas, desenvolvida por situações difíceis e
particulares vivenciadas por cada indivíduo” (LIPP, 2017 apud CAVALCANTI et al.,
2021, p. 38). Para a pesquisadora, “o estresse surge como uma tentativa de resistir à uma
ameaça, seja ela real ou imaginária, buscando alcançar o equilíbrio corporal e mental”
(LIPP, 2017, p. 457).
Entretanto, é importante ressaltar que a definição do termo “estresse" nem sempre
se deu de forma clara. No geral, entende-se o estresse como uma manifestação que ocorre
quando as condições ambientais excedem a capacidade de adaptação do organismo,
colocando aquele indivíduo em situação de risco para o desenvolvimento de outras
doenças ou transtornos (COHEN, JANICKI-DEVERTS & MILLER, 2007, p. 1685).
De acordo com Selye, a SAG compreende três fases e ficou conhecida como o
“modelo trifásico do estresse'', essas fases são: o alarme, a resistência e a exaustão.
A fase do alarme se inicia quando o organismo reconhece o(s) estressor(es).
Nesse momento, o organismo elabora uma resposta rápida para enfrentar aquele(s)
estressor(es), ativando o sistema nervoso simpático, responsável por preparar o
organismo para reagir a situações de luta ou fuga, adequando o funcionamento de
diversos sistemas internos para um estado de prontidão. Dessa forma, o sistema nervoso
simpático é, basicamente, um sistema de excitação que ajusta o organismo para suportar
situações de perigo, esforço intenso ou estresse físico e psíquico.
Na fase de resistência, o organismo continua lidando ativamente com o estresse,
utilizando energia e recursos disponíveis para combater o(s) estressor(es). Nessa etapa
há certa adaptação do organismo, visto que a respiração, os batimentos cardíacos e a
pressão arterial começam a retornar aos níveis anteriores à presença do(s) estressor(es).
No entanto, se o estressor for algo muito grave, persistente ou com intensidade muito
alta, a resistência pode ser abalada e o organismo começa a se enfraquecer, dando início
à fase de exaustão.
A fase de exaustão ocorre quando, após um grande período de estresse, o
indivíduo já não possui energia e estratégias de enfrentamento suficientes para lidar com
a situação. Nesse momento, as manifestações fisiológicas da fase do alarme reaparecem
ainda mais acentuadas, tornando o organismo mais suscetível a doenças físicas ou
mentais, como por exemplo úlceras, infartos, pressão alta, psoríase, depressão, entre
outras.
20

Em um estudo recente, através do Inventário de Sintomas de Stress (ISSL), Lipp


(2000) identificou uma quarta fase, que se desenvolve entre a fase de resistência e
exaustão, denominada ‘fase de quase exaustão’. Nessa etapa há o enfraquecimento e
incapacidade do indivíduo em adaptar-se ao estressor, podendo originar leves problemas
de saúde, que, no entanto, não o incapacitam em suas atividades diárias.
Sabe-se que algumas situações desafiadoras (geradoras de estados emocionais
intensos) são capazes de quebrar a homeostase interna do organismo, exigindo dos
mesmos alguma
adaptação. Esses eventos desafiadores conhecidos como estressores são os
estímulos que desencadeiam as reações de estresse. É relevante notar que o mesmo
evento pode ou não se constituir em um estressor para cada indivíduo devido a uma série
de fatores, inclusive a interpretação que é dada ao ocorrido, como vem postulando
Lazarus desde 1966. Além da interpretação, outros determinantes do desenvolvimento
do estresse incluem: o repertório de estratégias de coping (ou estilo de enfrentamento), a
condição física e mental da pessoa no momento, a vulnerabilidade pessoal, a experiência
prévia com situações semelhantes, entre outros (LIPP, 2017, p. 457).
A natureza dos eventos estressores pode ser variada, sendo assim, a literatura
classificou a fonte dos estressores como externos (HOLMES & RAHE, 1967 apud LIPP,
PEREIRA & SADIR, 2005) e internos (MEICHENBAUM, 1987 apud LIPP,
PEREIRA & SADIR, 2005). Os primeiros são originados por acontecimentos da vida
cotidiana do indivíduo ou por pessoas próximas a ele, como por exemplo: doenças,
discussões familiares, aborrecimentos no trabalho, engarrafamentos, entre outros. Os
estressores externos são alheios à pessoa acometida, portanto não dependem dela ou de
seu controle. Os outros são determinados completamente pelo indivíduo, como
características pessoais de sua personalidade, seus valores, suas crenças, vieses de
interpretação pessoais, entre outros. Sendo assim, “o estresse pode ocorrer diante de
estressores inerentemente negativos, como no caso de dor, fome, frio ou calor excessivo,
ou devido à interpretação que se dá ao evento desafiador” (LIPP, 2017, p.458).
Na quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais
(DSM-5), o estresse exacerbado e contínuo é classificado como Transtorno de Adaptação
(TA), comumente conhecido como estresse emocional. De acordo com o DSM, “os
transtornos de adaptação são comuns, embora a prevalência varie bastante em função da
população estudada e dos métodos de avaliação usados” (APA, 2014, p.288). Ainda
segundo o manual, o número de indivíduos em tratamento ambulatorial de saúde mental
21

com diagnóstico principal de transtorno de adaptação varia de 5% a 20% e “em serviços


de consultoria psiquiátrica hospitalar, com frequência é o diagnóstico mais comum,
chegando muitas vezes a 50%” (APA, 2014, p.288).
De acordo com Lipp (2015), há uma grande correlação entre os estados de
estresse, ansiedade e depressão. Em algumas situações a depressão e a ansiedade podem
surgir como um dos sintomas do estresse, visto que determinadas condições psicológicas
são normais no processo de adaptação do organismo à uma nova realidade. Essa alta
correlação entre as condições é um dos fatores que dificultam o diagnóstico diferencial,
sendo recomendado considerar os três constructos juntos em quaisquer avaliações.
Conforme um dos relatórios publicados pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), em 2012, cerca de 90% da população mundial sofre com o estresse, sendo esse
associado ao desenvolvimento de diversas doenças, como câncer, depressão, diabetes e
hipertensão (OMS, 2012). E, segundo um levantamento da International Stress
Management Association (ISMA), o Brasil é o segundo país do mundo com o maior
nível de estresse. “Além da saúde, existe evidência de que a qualidade de vida e a
sensação de bem-estar e de plenitude também podem ser afetadas pelo estresse excessivo”
(LEVI, SAUTER & SHIOMITSU, 2000 apud LIPP, 2007, p.73).
Desse modo, considerando o alarmante número de pessoas afetadas pelo estresse
e os eventuais danos causados à saúde mental e física é de se esperar um aumento na
exposição dos indivíduos a situações de conflito, ansiedade, angústia e desestabilização
emocional. Sendo assim, um importante instrumento para o manejo positivo do estresse
é a regulação emocional, isto é, a habilidade de lidar de forma positiva e produtiva com as
emoções. Estudos afirmam que a regulação emocional é um pré-requisito essencial para
o funcionamento adaptativo do indivíduo, com um grande impacto no controle do
estresse e na melhora da qualidade de vida e bem-estar (GROSS, RICHARDS & JOHN,
2006; GROSS, SHEPPES, & URRY, 2011; LIVINGSTONE & SRIVASTAVA, 2012).

1.2 REGULAÇÃO EMOCIONAL

Conforme Lazarus (1991), “as emoções são componentes extremamente


importantes que influenciam comportamentos, pensamentos, decisões e interações, além
de auxiliar na construção e manutenção de laços sociais e bem-estar pessoal”
(LAZARUS, 1991, apud FORTES, TRACTENBERG & LISBOA, 2022, p. 344). As
emoções estão relacionadas a eventos específicos e desencadeiam uma resposta
22

subjetiva, com componentes cognitivos, fisiológicos e tendências comportamentais que


podem ser proporcionais ou não ao evento experienciado.
Segundo Gross (1998, p. 275), a regulação emocional (RE) refere-se à
capacidade dos indivíduos de influenciar a ocorrência, intensidade, duração e expressão
das emoções. “A regulação emocional pode incluir qualquer estratégia de enfrentamento
(seja ela problemática ou adaptativa) que o indivíduo usa ao confrontar a intensidade
emocional indesejada” (LEAHY, TIRCH & NAPOLITANO, 2013, p. 21).
Quando nos deparamos com situações difíceis e/ou estressantes precisamos
utilizar os recursos disponíveis para lidar com as adversidades. Caso esses recursos sejam
escassos podemos ter dificuldades em resolver os problemas e em lidar com as emoções
ocasionadas por eles. Pode-se dizer, então, que nessas situações sofremos uma
desregulação emocional. Algumas formas disfuncionais de lidar com os problemas e com
as emoções são: o abuso de substâncias, uso excessivo de álcool, automutilação,
automedicação, procrastinação excessiva, compulsão alimentar, vício em
jogos/tecnologia e, em casos mais graves, o suicídio. “Essas estratégias podem reduzir
temporariamente a intensidade da emoção e até trazer a sensação momentânea de bem-
estar, mas não condizem com os propósitos que o indivíduo aprovaria” (LEAHY, TIRCH
& NAPOLITANO, 2013, p. 21).
Vale ressaltar que o processo de regulação emocional está intimamente ligado
à Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), visto que essa abordagem pressupõe uma
relação entre pensamento, emoção e comportamento (RANGÉ, 2011). Para a TCC, as
emoções e os comportamentos são profundamente influenciados pela interpretação que
se dá ao evento e essas interpretações estão relacionadas às crenças que o indivíduo tem
sobre si mesmo, sobre os outros e sobre o mundo. Dessa forma, a avaliação que se faz
de um evento é capaz dedeterminar a natureza e a intensidade da emoção sentida.
A técnica proveniente da TCC, chamada de reestruturação cognitiva, é uma
importante estratégia cognitiva reguladora das emoções. Sua intenção é ajudar o paciente
a interpretar as situações de um modo mais adaptativo, flexível e condizente com a
realidade, para que suas reações emocionais e comportamentais sejam mais apropriadas
para o contexto. Além da reestruturação cognitiva, outras estratégias adaptativas
podem incluir “exercícios de relaxamento, distração temporária durante as crises,
exercícios físicos [...] aceitação e outras estratégias que ajudem a processar, lidar, reduzir,
tolerar ou aprender com emoções intensas” (LEAHY, TIRCH & NAPOLITANO, 2013,
p. 21,22).
23

Considerando a importância de saber lidar e reagir às emoções, a maioria dos


protocolos e tratamentos clínicos indicados para combater os efeitos do estresse utilizam
as técnicas de regulação emocional como um dos pilares para a promoção de mudança.
Dessa forma, o tópico abaixo discorre sobre um protocolo de tratamento para o manejo
do estresse desenvolvido no Brasil que considera a regulação emocional uma poderosa
habilidade de enfrentamento e de manejo do estresse.

1.3 TREINO DE CONTROLE DO ESTRESSE

O modelo de intervenção “Treino de Controle do Estresse” (TCS) foi


desenvolvido no Laboratório de Estudos Psicofisiológicos do Stress da PUC-Campinas
em 1984, pela psicóloga Marilda Lipp e outros pesquisadores, após anos de pesquisa
clínica com os temas de estresse e hábitos de vida potencialmente estressantes. O
tratamento possui base cognitivo-comportamental e propõe ensinar ao indivíduo
maneiras adaptativas de manejar o estresse, com o objetivo de impedir que o mesmo
atinja níveis excessivos, provocando efeitos nocivos à saúde e a qualidade de vida em
geral (LIPP & MALAGRIS, 2011, p.628).
O TCS possui um caráter focal breve, variando entre 8 e 12 sessões, e se inicia
com uma análise funcional dos possíveis estressores internos e externos de cada sujeito.
Esse tratamento pode ser aplicado tanto individualmente quanto em grupos e já foram
feitas diversas adaptações do protocolo para o uso com os mais diversos tipos de
populações, como pacientes hipertensos (TCS em grupo) (MALAGRIS et al., 2009; LIPP
& ROCHA, 2008), pacientes comfibromialgia (TCS em grupo) (BRASIO et al., 2003),
para mães de crianças com o transtorno do espectro autista (TCS individual) (MOXOTÓ
& MALAGRIS, 2015) e até mesmo utilizado para relações interpessoais em ambiente de
trabalho (TCS individual eem grupo) (SADIR & LIPP, 2013). Segundo o Instituto de
Psicologia e Controle do Stress (IPCS), “a eficácia do TCS foi comprovadamente
verificada também no atendimento clínico de cerca de 15.000 pessoas no IPCS desde
1985”.
Um dos principais objetivos do TCS é ajudar o paciente a identificar suas fontes
externas e internas geradoras de tensão. O protocolo ressalta também a importância de
identificar em si mesmo os sintomas fisiológicos, comportamentais e emocionais
causados pelo estresse para que seja possível reconhecer quando a sobrecarga de tensão
está chegando a um ponto crítico. Para ajudar a lidar com as reações advindas do estresse,
24

o treino visa ensinar ao paciente técnicas de regulação emocional como o relaxamento


muscular progressivo (RMP) e a respiração diafragmática (RD).
Ao trabalhar crenças irracionais e distorções cognitivas decorrentes de estados de
ansiedade, estresse e depressão, o tratamento objetiva ajudar o paciente a reestruturar
seu modo de interpretar fatos e situações estressoras, de modo que seja possível a
eliminação de algumas fontes internas de estresse, como pensamentos disfuncionais,
valores super elevados, crenças limitantes, hábitos nocivos, comportamentos
autossabotadores, entre outros.
O TCS apresenta ainda como pressuposto a eliminação de todas as fontes
estressoras possíveis, integrando técnicas como a resolução de problemas, prática da
aceitação, mindfulness, treino de assertividade, reestruturação cognitiva, entre outras. Já
quanto às fontes estressoras inevitáveis, aquelas que não se pode mudar ou eliminar,
entende-se que o indivíduo deve aprender a aceitar o estressor e tentar tirar valores, lições
e aspectos positivos daquela situação desafiadora.
Dito isso, segundo Lipp e Malagris (2011), o TCS visa modificar hábitos de vida
e comportamentos potencialmente prejudiciais em quatro áreas que constituem os pilares
do TCS: alimentação saudável e anti-estresse, relaxamento das tensões mentais e físicas,
a prática de exercícios físicos e modificações cognitivo-comportamental.
Devido a sua curta duração e a praticidade, diversas instituições de saúde públicas
passaram a fazer uso do protocolo como parte do tratamento oferecido aos usuários.
Pensando nisso, Lipp publicou em 2017 instruções para o uso do TCS em formato grupal.
Na publicação, a autora apresenta uma síntese dos objetivos do protocolo além dos
componentes necessários para a aplicação em grupo, como os elementos pré-tratamento
e um plano de intervenção bastante detalhado composto por 12 sessões.

1.4 TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL EM GRUPO

As primeiras concepções acerca da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)


foram desenvolvidas em meados da década de 60, por Aaron T. Beck, um psiquiatra
norte-americano com formação psicanalítica tradicional. Essa nova modalidade surgiu
como uma forma de psicoterapia breve, semi estruturada e focada no presente, na qual o
terapeuta e o cliente trabalham colaborativamente na identificação e resolução dos
problemas.
25

A TCC é considerada um tratamento baseado em evidências de primeira linha para


uma ampla gama de problemas e transtornos psicológicos. É também uma abordagem
que permite diferentes modalidades de atendimento, como a psicoterapia individual, a
terapia de casais, a terapia familiar e a terapia em grupo, sendo essa última o foco desta
monografia.
A Terapia em Grupo é a modalidade de terapia na qual um grupo de indivíduos,
cuidadosamente selecionados, se reúne regularmente com finalidades terapêuticas, sob a
orientação de um ou dois terapeutas. O trabalho terapêutico em grupos se destina a
pessoas que partilham um problema ou uma preocupação em comum. Dessa forma, é
importante que os integrantes do grupo estejam dispostos a refletir sobre mudanças em
suas atitudes, comportamentos e sentimentos, bem como exercitar a habilidade de ouvir
o outro e a sua experiência.
Alguns dos motivos que propiciaram a adaptação do tratamento individual para
o formato grupal foram a possibilidade de tratar mais pessoas em um menor espaço de
tempo e a necessidade de poupar recursos financeiros dos sistemas de saúde. Já para
aqueles que se beneficiam desse tipo de ajuda, várias vantagens são relatadas na literatura.
Para Yalom (2005), um dos teóricos pioneiros do modelo de terapias em grupo, a
psicoterapia em grupo é capaz de potencializar o crescimento pessoal do indivíduo,
permitindo que o mesmo estabeleça novas relações interpessoais, aumentando e
consolidando seu repertório de habilidades sociais, além de proporcionar sentimentos de
pertença, aceitação e aprovação, considerados necessidades humanas básicas.
A Terapia Cognitivo-Comportamental em Grupo (TCCG) vem sendo descrita e
experimentada desde o final da década de 1970 e aponta bons resultados relacionados ao
tratamento dos mais diversos transtornos, como a depressão, fobias e ansiedade. Segundo
McCABE (2017), ex-presidente da Associação Canadense de Terapias Cognitivo-
Comportamental, “o formato em grupo tem diversas vantagens em comparação à terapia
individual, incluindo oportunidades para aprendizagem, maior apoio dos membros do
grupo, redução do estigma e aumento do autofoco”.
Na TCCG, assim como na modalidade individual, é imprescindível que as sessões
sejam previamente estruturadas. Há a necessidade de utilizar a psicoeducação com o
intuito de esclarecer sobre os conceitos cognitivos e técnicas abordadas e o foco nas
tarefas de casa também é importante, já que a mesma funciona como uma “extensão” da
terapia, possibilitando que o paciente leve para o seu dia a dia reflexões e atividades que
possam ajudá-lo a alcançar suas metas terapêuticas.
26

1.5. JUSTIFICATIVA

O interesse geral deste estudo surgiu a partir de reflexões que ocorreram dentro
do estágio supervisionado em “Terapias Cognitivas e Neurociências” da UFF-VR. Em
geral, observou-se uma lacuna em relação a trabalhos terapêuticos realizados em formato
grupal dentro dos estágios na clínica escola de Psicologia. Dessa forma, a proposta
de criar um grupo de psicoeducação e apoio foi desenvolvida com o propósito de
investigar quais seriam os resultados a partir do trabalho terapêutico em grupo.
A temática do estresse foi escolhida por ser extremamente atual e também devido
à necessidade de adaptação gerada pelas condições de vida após um período crítico da
pandemia de COVID-19. A mudança na rotina e nas relações interpessoais afetaram
profundamente a população aumentando os índices de sofrimento emocional e psíquico.
É nesse contexto que o estresse surge como uma consequência direta dos persistentes
esforços adaptativos dos indivíduos à sua situação existencial.
Nesse sentido, este trabalho visa validar a eficácia do protocolo de tratamento
“Treino de Controle do Estresse” em uma abordagem grupal realizada dentro de um
projeto de estágio clínico em Psicologia. Os resultados das experiências relatadas neste
trabalho trazem importantes contribuições para estudos relacionados à temática do
estresse, da regulação emocional e da terapia cognitivo-comportamental em grupo.

1.6. OBJETIVOS

Este trabalho tem como propósito apresentar um modelo de atuação em Terapia


Cognitivo-Comportamental em Grupo para a temática do estresse, utilizando a
psicoeducação e o ensino de estratégias de regulação emocional como principais
técnicas. As principais hipóteses trabalhadas são:

1. O Treino de Controle do Estresse, de Lipp, aplicado no formato grupal


é eficaz na redução dos sintomas de estresse;
2. A regulação emocional é uma importante ferramenta auxiliar no
manejo do estresse; e
3. Há uma correlação direta entre a diminuição do estresse percebido e a
melhoradas habilidades de regulação emocional.
27

Acerca dos grupos de intervenção em si, os objetivos foram avaliar a percepção


de estresse dos participantes, avaliar suas estratégias de regulação emocional e suas
principais áreas de dificuldade, e avaliar se a psicoeducação sobre estresse e sobre
regulação emocional é benéfica para os participantes.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

Este trabalho apresentará dois projetos desenvolvidos pelos estagiários em


“Terapias cognitivas e neurociências”, da Universidade Federal Fluminense, no campus
de Volta Redonda - Rio de Janeiro. Ambos os projetos foram supervisionados e
orientados pela Professora Drª Érica de Lana Meirelles, coordenadora do estágio.
Os projetos se referem aos dois momentos em que se realizaram os “Grupos de
Apoio e Psicoeducação sobre o Estresse Emocional”, os mesmos aconteceram nos anos
de 2021 e 2022 e foram dirigidos à população adulta brasileira. Ambos os grupos foram
realizados de maneira online pela plataforma Jitsi (https://meet.jit.si/) e oferecidos
gratuitamente aos participantes.
Os grupos foram conduzidos sob os referenciais teóricos da Terapia Cognitivo-
Comportamental (TCC), utilizando a psicoeducação como principal técnica, sendo seu
principal objetivo ensinar ao paciente questões relacionadas a sua patologia e também
sobre seu tratamento. Ambos os grupos seguiram as diretrizes do modelo de intervenção
intitulado “Treino de Controle do Estresse ”, desenvolvido pela pesquisadora e psicóloga
Marilda Lipp.

2.1 PARTICIPANTES

2.1.1 PARTICIPANTES DO GRUPO 1

Para o grupo piloto, os participantes foram selecionados a partir de uma lista de


espera de pessoas que procuraram atendimento no Sistema de Psicologia Aplicada (SPA)
da Universidade Federal Fluminense. A lista foi encaminhada pela coordenação do SPA
e inicialmente continha 211 pessoas com idades entre 17 e 25 anos.
A partir desse momento, iniciou-se a primeira etapa do projeto, que tinha como
objetivo a captação de integrantes para o grupo. Dessas 211 pessoas listadas foi possível
efetuar o contato com apenas 66 delas. Esses contatos ocorreram no mês de julho do ano
28

de 2021 pelo telefone.


Em uma breve entrevista pelo telefone, foi questionado se a pessoa teria o
interesse em participar de um grupo de apoio e psicoeducação e, em casos de resposta
afirmativa, perguntou-se sobre o interesse no grupo de apoio e psicoeducação para o
manejo do estresse emocional. Das 66 pessoas contatadas, 34 disseram ‘sim’ para a
primeira pergunta e 22 responderam afirmativamente para a segunda questão.
A partir daí, iniciou-se então a segunda etapa do cronograma, a Entrevista de
Seleção. Essa fase teve como propósito recolher informações gerais sobre os interessados
e verificar se eles se encaixavam nos critérios de inclusão e exclusão para o grupo. Essa
etapa se constituiu em uma chamada de vídeo entre o interessado e o estagiário e o
preenchimento de um formulário com as informações solicitadas. Ao todo, 17 pessoas
foram entrevistadas na etapa 2 e 5 pessoas retiraram seu interesse em participar do grupo
antes mesmo dessa entrevista.
É válido ressaltar que, ao final da entrevista de seleção e após uma apuração das
respostas obtidas nessa etapa, foi necessário alterar três critérios de inclusão e exclusão
para a admissão no grupo. Dessa forma, aumentamos a faixa etária que seria de 20 a 25
anos para 20 a 26 anos, a fim de incluir uma participante no grupo. Aceitamos também
que uma das participantes acompanhasse os encontros pelo celular já que a mesma não
possuía acesso a um computador. E, por fim, excluímos o critério de inclusão na qual os
participantes deveriam estar cursando algum curso superior, visto que muitos
interessados no projeto não faziam faculdade ou já haviam se formado.
Ao final desse processo foram selecionadas 11 pessoas para a etapa seguinte.
Entretanto, apenas 7 pessoas se mantiveram interessadas e foram incluídas na etapa 3, a
Entrevista de Avaliação. Nessa fase, realizada pela terapeuta principal e pela coterapeuta
do grupo, os participantes responderam a um formulário na presença das estagiárias,
através de uma chamada de vídeo. O formulário foi composto pelo Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), por um questionário sociodemográfico e
por mais três instrumentos que serão citados no item abaixo (Instrumentos).
Desse modo, foram selecionados os participantes para o grupo piloto. O mesmo
foi composto por apenas 4 mulheres, com idades entre 20 e 26 anos (m = 24,5 anos;
DP=1,73 anos), sendo que todas apresentavam queixas relacionadas ao estresse e a
interferência dele em suas vidas. Das 4 integrantes do Grupo 1, uma possui ensino médio
completo e três possuem ensino superior incompleto.
29

2.1.2 PARTICIPANTES DO GRUPO 2

No segundo grupo, a captação de integrantes se deu através da divulgação de uma


imagem com as informações sobre o grupo, como a faixa etária estabelecida e o objetivo
do grupo, acompanhada de um link de acesso ao formulário de inscrição. A divulgação
do grupo foi feita pelo Instagram, Facebook e grupos de Whatsapp durante todo o mês de
janeiro de 2022. Ao todo, nesta primeira etapa, houveram 58 inscrições.
No formulário de inscrição foram coletadas informações gerais sobre o indivíduo,
além de questões como a disponibilidade de horário para o grupo e se o mesmo
possuía acesso a internet estável, a um computador, a fones de ouvido, e também, se o
participante dispunha de privacidade para realizar as sessões. Após uma apuração foram
selecionadas 46 pessoas dentre a amostra total que cumpriam o pré-requisito de possuir
condições ambientais, de tecnologia e privacidade suficientes para todos os encontros
virtuais do grupo.
Iniciou-se então a segunda etapa do estudo que se tratou de uma entrevista
telefônica com a finalidade de assegurar se os interessados preenchiam os critérios de
inclusão para o grupo. Nesta etapa de seleção apenas 24 pessoas responderam a
entrevista e 19 foram selecionadas pois se encaixaram nos pré-requisitos para o grupo.
Entre a entrevista de seleção (etapa 2) e a entrevista de avaliação (etapa 3), 8
pessoas retiraram seu interesse em participar do grupo pois não conseguiram conciliar
sua rotina com o horário e dia disponíveis para a realização do mesmo. Sendo assim, 11
integrantes foram selecionados e avaliados na terceira fase do projeto.
Ao final, mais seis pessoas retiraram o interesse em participar do grupo, duas
antes do início da intervenção e quatro após o primeiro encontro. A maior motivação das
desistências está relacionada à incompatibilidade com o horário do grupo (19 horas),
visto que a rotina de trabalho e de afazeres em casa impossibilitaram a participação
desses indivíduos no grupo.
Desse modo, o grupo 2 foi formado por 5 integrantes, sendo 3 mulheres e 2
homens, com idades entre 23 e 45 anos (média 35,4 anos; DP=10,52 anos). Dos
integrantes, 1 possui o ensino médio completo, 1 com ensino superior completo e 3 com
pós-graduação. Todos os integrantes apresentavam queixas relacionadas ao estresse e
intensos sentimentos de ansiedade e preocupação.
30

2.2 INSTRUMENTOS

Para a avaliação foram utilizados os seguintes instrumentos: Escala de Estresse


Percebido - desenvolvida por por Cohen, Kamarck e Mermelstein em 1983 -, Escala de
Depressão, Ansiedade e Estresse - elaborada por Sidney Lovibond e Peter Lovibond em
1995 - e a Escala de Dificuldades na Regulação Emocional - produzida por Gratz &
Roemer em 2004.

A) Escala de Estresse Percebido (Perceived Stress Scale - PSS) - (COHEN;


KAMARCK & MERMELSTEIN, 1983; DIAS et al., 2015 - adaptado para o
Brasil - Anexo 1)

Esse instrumento foi criado com o propósito de entender como os


indivíduos percebemos impactos do estresse em sua vida. Para isso, seus itens
avaliam o grau com que os indivíduos acreditam que sua vida foi imprevisível,
incontrolável e sobrecarregada durante o mês anterior à avaliação.
Sendo assim, a PSS avalia o estresse sob três aspectos principais: a
presença de agentes específicos que causam estresse, os sintomas físicos e
psicológicos do estressee a percepção geral que o avaliado tem sobre o estresse,
independente do agente causador.
A versão utilizada neste estudo foi traduzida e adaptada ao contexto
cultural brasileiro por Dias et al. em 2015 e contempla o novo acordo ortográfico
firmado entre os países de língua portuguesa. A mesma é composta por 14 itens
e a resposta aos itens estão organizadas em uma escala tipo Likert de cinco
pontos, que variam de nunca (1) a sempre (5). A escala totaliza 56 pontos e
quanto maior for o escore maior é o nível de estresse percebido. A escala PSS
possui como consistência interna um alfa de Cronbach (α = 0,83) excelente.
Como critério de interpretação da escala, os indivíduos que pontuam acima do
percentil 75 (42 pontos) devem ser considerados com indicativos de alto nível de
estresse.
31

B) Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (Depression Anxiety and Stress


Scale - DASS) - ( LOVIBOND; LOVIBOND, 1995; MARTINS et al., 2019 -
adaptado para o Brasil - Anexo 2)

A escala DASS foi desenvolvida com o objetivo de mensurar e distinguir


os diferentes estados emocionais negativos de depressão, ansiedade e estresse.
Esse instrumento é baseado no modelo tripartido proposto por Watson e Clark
(ano), englobando sintomas específicos de depressão e de ansiedade em fatores
separados e agrupando em um único fator os sintomas compartilhados em ambas
as condições, denominados “sintomas inespecíficos”. Esse fator de sobreposição
de sintomas (fator misto) ficou conhecido como distress factor (em portugês,
fator de estresse).
Originalmente, a DASS foi construída e validada para a população adulta,
sendo constituída por 42 itens. Entretanto, neste trabalho foi utilizada a versão
breve da escala, composta por 21 itens. A versão utilizada no estudo foi validada
e traduzida para a população brasileira por Martins et al, (2019). O alfa de C
Cronbach (α) para a a mostra validada foi de 0,89 a 0,94.
Na DASS-21, os participantes indicam o grau em que experimentam cada
um dos sintomas descritos nos itens durante a última semana (semana anterior),
em uma escalado tipo Likert de 4 pontos, que varia entre 0 (não se aplica a mim)
e 3 (aplica-se muitoa mim, ou a maior parte do tempo).
Esse instrumento pressupõe que “as diferenças entre a depressão, a
ansiedade e o estresse experimentadas por indivíduos normais e clinicamente
perturbados são essencialmente diferenças de grau” (DASS). Sendo assim, com
o intuito de avaliar os diferentes graus com que os sintomas se manifestam, o
manual da DASS fornece pontosde corte recomendados para rotular a gravidade
dos sintomas em normal, leve, moderado, severo e extremamente severo.
Por fim, vale ressaltar que o instrumento não visa alocar o indivíduo em
categorias diagnósticas postuladas em sistemas classificatórios como o Manual
Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM) ou a Classificação
Internacional de Doenças (CID). A escala busca apenas obter uma concepção
dimens;ional dos constructosvisando fornecer indícios para auxiliar o
planejamento de estratégias de prevenção e/oufuturas intervenções.
32

C) Escala de Dificuldades na Regulação Emocional (Difficulties in Emotion


RegulationScale - DERS) - (GRATZ; ROEMER, 2004; CANCIAN et al., 2019
- adaptado para oBrasil - Anexo 3)

A DERS é uma escala de autorrelato composta por 36 itens alocados em


6 fatores que medem a dificuldade em regular as experiências emocionais. A
versão utilizada neste trabalho foi adaptada e validada para a população brasileira
por Cancian et al. em consonância com a autora original, Kim L. Gratz. O alfa de
Cronbach (α) para o intrumento foi de 0,83, indicando alta confiabilidade.
Os seis fatores avaliados são: dificuldade em aceitar respostas emocionais
(não aceitação, 6 itens), falta de consciência emocional (consciência, 5 itens),
acesso limitado a estratégias de regulação emocional eficazes (estratégias, 8
itens),dificuldades em se envolver em comportamento direcionado a objetivos
quando emocionalmente ativado (objetivos, 5 itens), dificuldades de controle de
impulsos (impulso, 6 itens) e falta de clareza emocional (clareza, 5 itens).
Neste instrumento, os indivíduos indicam a frequência com que os itens
ocorrem usando uma escala Likert de 5 pontos que varia de quase nunca (1) a
quase sempre (5).A escalatotaliza 180 pontos e, quanto maior o escore, maior são
as dificuldades encontradas no manejo das emoções.
Esse instrumento possui o intuito de subsidiar avaliações clínicas e
contribuir na identificação das áreas de maior dificuldade para o paciente,
visando auxiliar na escolha das melhores formas de intervenção no processo
terapêutico.

2.3 PROCEDIMENTOS

2.3.1 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS

Ambos os estudos foram desenvolvidos dentro do estágio clínico em “Terapias


Cognitivas e Neurociências” do SPA da UFF de Volta Redonda, coordenado pela
Professora Dra. Érica de Lana Meirelles. Os dois grupos foram conduzidos pela aluna e
estagiária Ivana Rodrigues Chiaradia Ribeiro, que foi orientada pela professora Érica de
Lana durante todo o processo, do início ao fim.
Na terceira etapa de cada estudo, foi realizada a aplicação de três escalas
33

psicológicas com o fim de avaliar quantitativamente constructos importantes para a


pesquisa. Antes da aplicação dos instrumentos, todos os participantes citados nos estudos
1 e 2 assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para a avaliação
(Apêndice I), elaborado em supervisão de estágio, permitindo que seus dados fossem
divulgados para fins científicos, anonimamente.
Todos os participantes de ambos os estudos foram avaliados na etapa 3 dos
projetos, entretanto, alguns participantes retiraram seu interesse em participar da
intervenção oferecida pelos grupos. Esses participantes que não participaram da
intervenção mas que foram avaliados pelas escalas psicológicas foram considerados
grupos controles. Ressalta-se que os membros dos grupos controles continuam aptos a
participar de outros grupos ou intervenções oferecidas pelo SPA da UFF futuramente.
Após isso, no primeiro encontro de ambos os grupos foi solicitado que os
participantes assinassem o TCLE referente a sua participação na pesquisa (Apêndice III),
documento que foi elaborado pelo SPA da UFF e, também, o contrato do grupo (Apêndice
IV) , concordando como uso de quaisquer materiais coletados durante os encontros para
fins científicos. Todos os participantes foram informados de que a assinatura dos termos
era opcional e, caso desejassem, poderiam retirar seu consentimento a qualquer momento
da pesquisa, sem prejuízos em seu atendimento na devida instituição.

2.3.2 MODELO DOS ESTUDOS

Segue abaixo uma tabela descritiva das sucessivas etapas que foram conduzidas
nos grupos 1 e 2. Esse modelo estrutural foi definido em supervisão de estágio.

Tabela 1. Etapas conduzidas nos grupos 1 (G1) e 2 (G2).

Etapa 1 Divulgação e triagem

Etapa 2 Fase de seleção dos integrantes do grupo

Etapa 3 Avaliação pré-intervenção + Assinatura do TCLE

Etapa 4 Intervenção - período de realização do grupo

Etapa 5 Revaliação pós-intervenção

Etapa 6 Entrevista devolutiva de feedback e comunicação dos resultados


34

2.3.3 ESTUDO 1

O grupo piloto foi desenvolvido entre julho e setembro de 2021, como uma das
atividades do estágio em Terapias cognitivas e Neurociências, da UFF de Volta Redonda.
Seu principal objetivo foi promover a psicoeducação acerca do estresse emocional
durante a pandemia de COVID-19 e colaborar com o ensino de estratégias de regulação
emocional, bem como ensinar sobre o funcionamento cognitivo e emocional envolvidos
no estresse.
O grupo aconteceu durante meses de agosto e setembro de 2021 e foi composto
por dois encontros semanais, com uma hora de duração cada, sendo realizados 6
encontros no total. O grupo teve o caráter ‘fechado’, isto é, não foi permitida a entrada
de novos membros após seu início. Os critérios de inclusão e exclusão estão detalhados
na tabela abaixo (Tabela 2).

Tabela 2. Critérios de inclusão e exclusão do grupo 1 (G1).

Critérios de Inclusão: - Idade entre 20 a 26 anos*.


- Desejar atendimento em grupo.
- Concordar com os objetivos do grupo.
- Possuir condições ambientais de tecnologia e privacidade
suficientes para todos os encontros virtuais do grupo.
- Ter disponibilidade para os 7 encontros do grupo.
- Demonstrar motivação para mudar.
- Ter capacidade intelectual para entender os procedimentos.
- Não estar em surto psicótico.

Critérios de Exclusão: - Ter algum transtorno psicológico.


- Ser vítima de violência.
- Não demonstrar capacidade intelectual para entender os
procedimentos.
- Não concordar com os objetivos do grupo.
- Estar em atendimento clínico individual em terapia.
Nota: * Houve uma flexibilização no critério de inclusão relacionado à idade com o intuito de adicionar uma
integrante ao grupo.

Todos os encontros seguiram a estrutura de sessão indicada pelo protocolo de


Treino de Controle do Stress (TCS) de Lipp, sendo os 10 minutos iniciais e 5 minutos
finais destinados a tarefa de casa, 15 minutos para o tópico do dia e vivências dos
participantes, 10 minutos reservados para a psicoeducação, 10 minutos para o exercício
prático e 10 minutos para feedbacks e finalização do encontro.
35

a) Cronograma Grupo 1 - G1

A seguir, será detalhadamente apontada as etapas e encontros realizados no grupo


piloto, informando seus objetivos, materiais, exercícios utilizados e outras observações
necessárias.

Tabela 3: Cronograma grupo 1 (G1).

Cronograma do Grupo 1

Etapa 1: Triagem

Objetivo: Contactar os pacientes da lista de espera do SPA e perguntar sobre seu interesse em participar de um
grupo com o objetivo de oferecer um suporte para o estresse emocional decorrente da pandemia de COVID-19

Etapa 2: Entrevista de Seleção

Objetivo:Recolher dados gerais dos


participantes, confirmar se eles respeitam os Observações: Aplicado a todos os candidatos que confirmaram o
critérios de inclusão e exclusão para a interesse no grupo. n=17
admissão no grupo e selecionar os
integrantes.

Etapa 3: Entrevista de Avaliação

Instrumentos utilizados:

Escala de Estresse Percebido (PSS-14);


Objetivo: Avaliar e investigar Observações:
alguns construtos relevantes para Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse
a pesquisa. (DASS-21); Aplicado a todos os
integrantes do grupo.
Escala de Dificuldades na Regulação Emocional n=7
(DERS)

Formulário preenchido pelo avaliando durante uma


chamada pelo Google Meet.
36

Etapa 4: Intervenção (Início dos encontros)

Encontro 1 Tema principal: O que é o Atividade para casa: Observação:


estresse? Sugestão de vídeo:
Minhas reações ao estresse → identificar "Como o estresse
Psicoeducação: estresse, situações estressantes e ação dos afeta o corpo"
estressores, 4 pilares para o participantes (estressor/ o que fiz diante
manejo do estresse e dele/ como me senti diante do que fiz)
a influência do
COVID-19

Encontro 2 Tema principal: Sintomas Exercício prático: Relaxamento Muscular Sugestão de leitura:
fisiológicos e Porgressivo biblioterapia:
comportamentaisdo estresse “O estresse está
excessivo e a importância Atividade para casa: dentro de você”
do autocuidado páginas 1 a 18.

Percebendo meu corpo → identificar os Sugestão de vídeo:


momentos de tensão e registrar os Técnica de
sintomas físicos/corporais experienciados Relaxamento
em dois momentos: 1) durante a situação e Muscular
2) após a situação ter passado. Progressivo
+
Praticar em casa a técnica de relaxamento
muscular progressivo de Jacobson em
momentos de tensão.

Exercício prático: respiração diafragmática


Encontro 3 Tema principal:
Sintomaspsicológicos Atividade para casa:
do estresse
1. Como me sinto diante dos estressores
Registrar sintomas psicológicos que notaram em si mesmos em
momentos de tensão
+
2. Praticar o exercício de relaxamento e respiração profunda,
anotando como se sentia antes e após sua realização.

Encontro 4 Tema principal: A Exercício prático: exercício de imaginação Sugestão de vídeo:


influência do fator Distorções
cognitivo Atividade para casa: Como nossos Cognitivas
pensamentos criam sentimentos
+
Ler documento sobre distorções cognitivas
37

Exercício prático: Sugestões de


Encontro 5
Tema principal: O encontro termina com um exercício de estratégias para a
Estratégiaspara o relaxamento e respiração profunda. organização do
manejo do estresse tempo:
Atividade para casa: Fazer exercícios de
respiração e relaxamento durante a Planejamento
semana.. Lista de Prioridades

Encontro 6 Tema: Sessão final do Atividade para casa: Sugestões de


grupo Continuar a fazer os exercícios de estratégias de
mudança de pensamentos estressantes, regulação
Reflexão sobre a praticar relaxamento e as outras estratégias emocional:
intervenção emudanças de enfrentamento desenvolvidas.
percebidas. Instruções para o
Feedback sobre o TCS e Uso da Imaginação
sobreo grupo Positiva e
exercício de
Auto Tranquilização

Etapa 5: Reavaliação pós intervenção

Instrumentos utilizados:
Formulário
Objetivo: Entrevista individual Escala de Estresse Percebido (PSS-14); preenchido pelo
com os participantes do grupo, avaliando durante
reaplicando os mesmos Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse uma chamada pelo
instrumentos da etapa 3. (DASS-21); Google Meet.

Escala de Dificuldades na Regulação Emocional


(DERS);

Etapa 6: Devolutiva aos participantes.

Objetivo: Entrevista individual com os participantes do grupo informando possíveis resultados da intervenção.

2.3.4 ESTUDO 2

As primeiras elaborações para o segundo grupo de apoio e psicoeducação do


estresse emocional se iniciaram em dezembro de 2021, entretanto, a realização do grupo
se deu apenas nos meses de abril e maio de 2022, visto que as atividades do estágio e da
faculdade entraram em recesso de férias no início do ano.
O segundo grupo seguiu a mesma temática do grupo piloto, seu objetivo foi
promover a psicoeducação sobre o estresse emocional, através de ensinamentos sobre o
38

funcionamento cognitivo, emocional, comportamental e fisiológico relacionados aos


traços do estresse. Também foram apresentadas técnicas de regulação emocional a fim
de garantir aos participantes estratégias efetivas para lidar com emoções durante
períodos de intenso estresse e ansiedade.
O grupo ocorreu entre abril e maio de 2022, sendo realizados encontros semanais
com uma hora de duração, totalizando 7 encontros. O grupo teve caráter fechado e todos
os encontros seguiram a estrutura da sessão indicada pelo protocolo de Treino de
Controle do Stress (TCS) de Lipp, conforme explicado no grupo 1. Na Tabela 4 seguem
os critérios de inclusão e exclusão para o segundo grupo.

Tabela 4: Critérios de inclusão e exclusão do grupo 2 (G2).

Critérios de Inclusão: - Idade entre 20 a 45 anos.


- Desejar atendimento em grupo.
- Concordar com os objetivos do grupo.
- Ter o estresse como demanda principal.
- Possuir condições ambientais de tecnologia e privacidade
suficientes para todos os encontros virtuais do grupo.
- Ter disponibilidade para os 7 encontros do grupo.
- Demonstrar motivação para mudar.
- Ter capacidade intelectual para entender os procedimentos.
- Não estar em surto psicótico.

Critérios de Exclusão: - Ser vítima de violência.


- Não demonstrar capacidade intelectual para entender os
procedimentos.
- Não concordar com os objetivos do grupo.
- Estar em atendimento clínico individual em terapia.

a) Cronograma Grupo do Grupo 2 (G2)

Tabela 5: Cronograma do grupo 2 (G2).

Cronograma do Grupo 2

Etapa 1: Divulgação e Triagem

Material:
Objetivo:Divulgação do grupo, Observações:
através das redes sociais com o Imagem com QR code do formulário de inscrição e
objetivo de oferecer suporte para o link do mesmo na descrição. Total de inscritos:
pessoas que estejam sentindo os Formulário de inscrição preenchido pelos n=58
efeitos do estresse emocional interessados em participar do grupo.
39

Etapa 2: Entrevista de Seleção

Objetivo: Material: Observações:

Através do contato telefônico, Formulário de seleção preenchido pelo entrevistador Aplicado a todos os
confirmar se o participante durante a chamada telefônica. candidatos que
preenche os critérios de inclusão confirmaram o
e exclusão. interesse no grupo e
que conseguimos
entrar em contato.
n=23

Etapa 3: Entrevista de Avaliação

Material:

Instrumentos utilizados:
Objetivo: Observações:
Escala de Estresse Percebido (PSS-14);
Avaliar e investigar alguns Aplicado a todos que
construtos relevantes para a Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse demonstraram
pesquisa. (DASS-21); interesse em seguir no
grupo.
Escala de Dificuldades na Regulação Emocional n=11
(DERS)

Formulário preenchido pelo avaliando durante uma


chamada pelo Google Meet.

Etapa 4: Intervenção (Início dos encontros)

Encontro 1 Tema principal: O que é o estresse? Atividade para casa: Observação:


Sugestão de vídeo:
Psicoeducação: estresse, Minhas reações ao estresse → "Como o estresse
estressores, 4 pilares para o manejo identificar situações estressantes e afeta o corpo"
do estresse e a influência do ação dos participantes (estressor/ o
COVID-19 que fiz diante dele/ como me senti
diante do que fiz)
40

Exercício prático: Relaxamento Sugestão de leitura:


Encontro 2 Tema principal: Sintomas Muscular Porgressivo biblioterapia:
fisiológicos e comportamentais do “O estresse está
estresse excessivo e a importância Atividade para casa: dentro de você”
do autocuidado Percebendo meu corpo → páginas 1 a 18.
identificar os momentos de tensão
e registrar os sintomas Sugestão de vídeo:
físicos/corporais experienciados Técnica de
em dois momentos: 1) durante a Relaxamento
situação e 2) após a situação ter Muscular
passado. Progressivo
+
Praticar em casa a técnica de
relaxamento muscular progressivo
de Jacobson em momentos de
tensão.

Encontro 3 Tema principal: Sintomas Exercício prático: respiração diafragmática


psicológicos do estresse
Atividade para casa:

1. Como me sinto diante dos estressores


Registrar sintomas psicológicos que notaram em si
mesmos em momentos de tensão
+
2. Praticar o exercício de relaxamento e respiração
profunda, anotando como se sentia antes e após sua
realização.

Encontro 4 Tema principal: A influência do Exercício prático: exercício de imaginação


fator cognitivo
Atividade para casa: Como nossos pensamentos criam
sentimentos

.Exercício prático:
Encontro 5 Tema principal: Distorções O encontro termina com um Sugestão de vídeo:
Cognitivas e Crenças Irracionais exercício de relaxamento e Distorções
respiração profunda. Cognitivas

Atividade para casa: Ler


documento sobre distorções
cognitivas
41

Encontro 6 Tema principal: Regulação Exercício prático: Auto Sugestões de


Emocional Tranquilização estratégias de
regulação
Discute-se a importância de se emocional:
aprender a controlar as emoções Estratégias de
por meio de mudanças cognitivas. Regulação
Emocional

Encontro 7 Tema: Sessão final do grupo + Atividade para casa: 21 passos para lidar
Estratégias para o manejo do Continuar a fazer os exercícios de com o estresse
estresse mudança de pensamentos
estressantes, praticar relaxamento e
Reflexão sobre a intervenção e as outras estratégias de
mudanças percebidas. Feedback enfrentamento desenvolvidas.
sobre o TCS e sobre o grupo

Etapa 5: Reavaliação pós intervenção

Reaplicação dos Instrumentos Instrumentos utilizados: Formulário


utilizados na etapa 3, com o preenchido pelo
objetivo de comparar os Escala de Estresse Percebido (PSS-14); avaliando durante
resultados pré e pós intervenção. Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse uma chamada pelo
(DASS-21); Google Meet.
Escala de Dificuldades na Regulação Emocional
(DERS);

Etapa 6: Devolutiva aos participantes.

Objetivo: Entrevista individual com os participantes do grupo informando possíveis resultados da intervenção.

2.4 ANÁLISE DE DADOS

Os dados obtidos durante as etapas de avaliação (Etapa 3 - Avaliação pré-


intervenção e Etapa 5 - Reavaliação pós-intervenção) foram analisados pelo software
GraphPad Prism 9.4.0 (Site GraphPad: http://www.graphpad.com/scientific-
software/prism). Para as análises, foram realizados os testes estatísticos: testes t de
Student, testes t pareados e ANOVAs two-way de medidas repetidas. Para fins de
significância estatística, foi considerado um valor de p < 0,05.
42

3. RESULTADOS

A seguir são apresentados os resultados obtidos pelos participantes do estudo 1 -


grupo1 (n=4) e grupo controle 1 (n=3) - e do estudo 2 - grupo 2 (n=5) e grupo controle 2
(n=6) – nas etapas de avaliação pré-intervenção (etapa 3) e reavaliação pós-intervenção
(etapa 5).
Além disso, serão apontados também resultados combinados entre os Grupos
Intervenção 1 (G1) x Grupos Intervenção 2 (G2) e Grupos Intervenção x Grupos
Controle de ambos os estudos. Os dados colhidos serão apresentados em tabelas e figuras
para facilitar a compreensão dos resultados.

3.1 RESULTADOS DO ESTUDO 1

A seguir, na Tabela 6, são apresentados os resultados gerais obtidos pelos


participantes do grupo 1 nas três escalas utilizadas na avaliação. Na Tabela 6 constam as
iniciais que identificam o participante, os escores colhidos na PSS, os escores e a
respectiva interpretação obtida na DASS e os escores atingidos na DERS. Vale ressaltar
que, independente da escala, quanto maior for o escore do participante maior são seus
sintomas e dificuldades relacionados aos contructos medidos.

Tabela 6: Resultados individuais do grupo 1 (G1) nas etapas pré e pós intervenção.

Participante
(iniciais do Etapa 3: Avaliação pré-intervenção Etapa 5: Reavaliação após intervenção
nome):
PSS DASS DERS PSS DASS DERS
Depressão- 12 (leve) Depressão - 8 (normal)
A.G. 55* Ansiedade- 10 (moderado) 93/180 38 Ansiedade - 10 (moderado) 64/180
Estresse- 18 (leve) Estresse - 16 (leve)
Depressão - 16 (moderado) Depressão - 14 (moderado)
T.S.S. 49* Ansiedade - 8 (leve) 103/180 35 Ansiedade - 6 (normal) 72/180
Estresse- 32 (severo) Estresse - 24 (moderado)
Depressão - 12 (leve) Depressão - 12 (leve)
L.P.P. 50* Ansiedade - 14 (moderado) 90/180 40 Ansiedade - 12 (moderado) 63/180
Estresse- 22 (moderado) Estresse - 18 (leve)
Depressão - 6 (normal) Depressão - 6 (normal)
E.M.S 39 Ansiedade - 6 (normal) 72/180 49* Ansiedade - 6 (normal) 78/180
Estresse - 12 (normal) Estresse - 24 (moderado)
Notas: * Valor indicativo de altos níveis de estresse percebido (percentil acima de 75); PSS (Escala de Estresse
Percebido); DASS (Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse); DERS (Escala de Dificuldades na Regulação
Emocional).
43

Para uma melhor visualização dos resultados, nos apêndices deste trabalho
podem ser encontradas as tabelas nos diferentes momentos de avaliação, pré e pós
intervenção, para cadainstrumento aplicado: PSS (Apêndice V) , DASS (Apêndice VI) e
DERS (Apêndice VII).
Em seguida, na Tabela 7 estão representados os escores relativos ao grupo
controle 1, aqueles que não receberam a intervenção mas que participaram das etapas de
avaliação. Em geral, na etapa de avaliação, observa-se escores semelhantes aos
encontrados nos integrantes do grupo 1, demonstrando certa proximidade entre as
amostras controle e intervenção, queserá comprovado posteriormente neste trabalho.

Tabela 7: Resultados gerais do grupo controle do estudo 1 nas etapas de avaliação e reavaliação.

Participante
(iniciais do
nome): Etapa 3: Avaliação Etapa 5: Reavaliação

PSS DASS DERS PSS DASS DERS


Depressão- 0 (normal) Depressão- 4 (normal)
Ansiedade- 14 Ansiedade- 2 (normal)
R.S.C. 36 (moderado) 69/180 31 Estresse- 16 (leve) 49/180
Estresse- 22 (moderado)
Depressão-12 (leve) Depressão- 28 (severo)
J.P.P.E. 41 Ansiedade- 8 (leve) 109/180 52* Ansiedade- 18 (leve) 114/180
Estresse- 12 (normal) Estresse- 24 (moderado)
Depressão- 30
(extremamente severo) Depressão- 26 (severo)
S.C.R. 54* Ansiedade- 22 132/180 48* Ansiedade- 14 (moderado) 133/180
(extremamente severo) Estresse- 34 (extremamente
Estresse- 30 (severo) severo)
Notas: * Valor indicativo de altos níveis de estresse percebido (percentil acima de 75); PSS (Escala de Estresse
Percebido); DASS (Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse); DERS (Escala de Dificuldades na Regulação
Emocional).

Para facilitar a compreensão dos dados, os apêndices VIII, IX e X deste trabalho


possuem tabelas individualizadas para cada escala com os resultados de cada
participante do grupo controle do estudo 1.

3.2 RESULTADOS DO ESTUDO 2

Em seguida serão retratados os resultados gerais referentes ao grupo 2 (G2) nas


três escalas conduzidas no projeto. Na Tabela 8, é possível encontrar os escores
individuais de cada integrante do G2, antes e após a realização do grupo em si.
44

Tabela 8: Resultados gerais do grupo 2 (G2) nas etapas pré e pós intervenção.

Participante
(iniciais do
nome): Etapa 3: Avaliação pré-intervenção Etapa 5: Reavaliação após intervenção

PSS DASS DERS PSS DASS DERS


Depressão - 12 (leve) Depressão - 18 (moderado)
Ansiedade - 14 Ansiedade - 18 (severo)
A.S.R.M. 44* (moderado) 110 / 180 42* Estresse - 24 (moderado) 107 / 180
Estresse - 16 (leve)
Depressão - 4 (normal) Depressão - 6 (normal)
K.F.D.M. 49* Ansiedade - 4 (normal) 62 / 180 38 Ansiedade - 2 (normal) 85 / 180
Estresse - 20 (moderado) Estresse - 14 (normal)
Depressão - 24 (severo) Depressão - 4 (normal)
J.A.R. 45* Ansiedade - 0 (normal) 82 / 180 35 Ansiedade - 0 (normal) 85 / 180
Estresse - 12 (normal) Estresse - 14 (normal)
Depressão - 6 (normal) Depressão - 8 (normal)
N.C.P. 49* Ansiedade - 8 (leve) 101 / 180 39 Ansiedade - 9 (leve) 75 / 180
Estresse - 26 (severo) Estresse - 19 (moderado)

Depressão - 22 (severo) Depressão - 22(severo)


P.E.S. 53* Ansiedade - 22 (ext. 144 / 180 38 Ansiedade -18 (severo) 119 / 180
severo) Estresse - 28 (severo)
Estresse - 28 (severo)
Notas: * Valor indicativo de altos níveis de estresse percebido (percentil acima de 75); PSS (Escala de Estresse
Percebido); DASS (Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse); DERS (Escala de Dificuldades na Regulação
Emocional).

Visando facilitar o entendimento dos dados obtidos pelas três escalas é apontado
nos apêndices deste trabalho os escores nas etapas pré e pós intervenção de cada
instrumento utilizado, sendo a Escala de Estresse Percebido representada pelo apêndice
XI, a Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse apresentada no apêndice XII e Escala
de Dificuldades na Regulação Emocional detalhada no apêndice XIII.
A Tabela 9 revela os resultados obtidos no grupo controle do estudo 2. Nesta
Tabela, também são apontadas as iniciais do nome dos participantes e seus respectivos
escores nas três escalas, a PSS, a DASS e a DERS, nas etapas de avaliação e reavaliação.
45

Tabela 9: Resultados gerais grupo controle do estudo 2 nas etapas de avaliação e reavaliação.

Participante
(iniciais do
nome): Etapa 3: Avaliação Etapa 5: Reavaliação

PSS DASS DERS PSS DASS DERS


Depressão - 16 (moderado) Depressão - 20 (moderado)
A.P 42 Ansiedade - 14 (moderado) 117/ 180 47* Ansiedade - 16 (severo) 130/ 180
Estresse - 26 (severo) Estresse - 34 (ext. severo)
Depressão - 14 (moderado) Depressão - 20 (moderado)
T.B.F 52* Ansiedade - 4 (normal) 101/ 180 52* Ansiedade - 4 (normal) 95/ 180
E- 16 (leve) Estresse - 20(moderado)
Depressão - 16 (moderado) Depressão - 20 (moderado)
I.S.R.S. 60* Ansiedade - 10 (moderado) 92/ 180 60* Ansiedade - 12 (moderado) 117/ 180
E- 30 (severo) Estresse - 30 (severo)
Depressão - 2 (normal) Depressão - 4 (normal)
C.R. 40 Ansiedade - 0 (normal) 81/ 180 44* Ansiedade - 2 (normal) 105/ 180
Estresse - 2 (normal) E- 10 (normal)
Depressão - 18 (moderado) Depressão - 16 (moderado)
S.O.F. 49* Ansiedade - 12 (moderado) 124/ 180 52* Ansiedade - 16 (severo) 120/ 180
Estresse - 36 (ext. severo) Estresse - 38 (ext. severo)
Depressão - 4 (normal) Depressão - 6 (normal)
J.M. 36 Ansiedade - 2 (normal) 51/ 180 40 Ansiedade - 10 (moderado) 60/ 180
Estresse - 12 (normal) Estresse - 18 (leve)
Notas: * Valor indicativo de altos níveis de estresse percebido (percentil acima de 75); PSS (Escala de Estresse
Percebido); DASS (Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse); DERS (Escala de Dificuldades na Regulação
Emocional).

Nos apêndices XIV, XV e XVI deste trabalho podem ser encontrados os


resultados do grupo controle 2 respectivamente na PSS, na DASS e na DERS. As tabelas
apresentadas nestes apêndices são representadas de forma individualizada para cada
escala possibilitando uma melhor compreensão dos dados.

3.3 RESULTADOS COMBINADOS

3.3.1 Comparações entre os grupos de intervenção G1 e G2 na fase pré-intervenção

Considerando o reduzido número de participantes em cada grupo, verificou-se a


possibilidade de avaliar conjuntamente os resultados obtidos nos instrumentos entre os
grupos 1 (G1) e 2 (G2). Para tanto, foram conduzidas análises estatísticas comparativas
46

entre os participantes dos dois grupos. Neste tópico foram realizados testes t de Student
para amostras independentes. Os respectivos resultados estão demonstrados a seguir nas
Figuras de 1 a 5, sendo que os integrantes do G1 são representados pelas bolas e os
membros do G2 são representados pelos quadrados.

Figura 1: PSS - Grupos de Intervenção G1 x G2 - Fase pré-


intervenção.

Notas: n.s.= não significativo; PSS (Escala de Estresse Percebido).

Figura 2: DASS (Fator depressão) - Grupos de Intervenção G1 x G2 - Fase pré-intervenção.

Notas: n.s.= não significativo; DASS (Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse).


47

Figura 3: DASS (Fator ansiedade) - Grupos de Intervenção G1 x G2 - Fase pré-intervenção.

Notas: n.s.= não significativo; DASS (Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse).

Figura 4: DASS (Fator estresse)- Grupos de Intervenção G1 x G2 - Fase pré-intervenção.

Notas: n.s.= não significativo; DASS (Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse).

Figura 5: DERS - Grupos de Intervenção G1 x G2 - Fase pré-intervenção.

Notas: n.s.= não significativo; DERS (Escala de Dificuldades na Regulação Emocional).


48

3.3.2 Comparações entre os grupos controle G1 e G2 na fase pré-intervenção

A mesma análise estatística mencionada acima foi repetida para avaliar os


resultados dos participantes do grupo controle do estudo 1 (G1) x grupo controle do
estudo 2 (G2) . Para esse fim, foram realizados testes t de Student para amostra
independentes. Os respectivos resultados dos grupos controles estão demonstrados a
seguir nos Figuras de 6 a 10.

Figura 6: PSS - Grupos Controle G1 x G2 - Fase pré-intervenção.

Notas: n.s.= não significativo; PSS ( Escala de Estresse Percebido).

Figura 7: DASS (Fator depressão) - Grupos Controle G1 x G2 - Fase pré-intervenção.

Notas: n.s.= não significativo; DASS (Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse).


49

Figura 8: DASS (Fator ansiedade) - Grupos Controle G1 x G2 - Fase pré-intervenção.

Notas: n.s.= não significativo; DASS (Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse).

Figura 9: DASS (Fator estresse) - Grupos Controle G1 x G2 - Fase pré-intervenção.

Notas: n.s.= não significativo; DASS (Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse).

Figura 10: DERS - Grupos Controle G1 x G2 - Fase pré-


intervenção

Notas: n.s.= não significativo; DERS (Escala de Dificuldades na Regulação Emocional).


50

Uma vez que as análises comparativas entre G1 e G2, tanto para as amostras que
receberam a intervenção quanto para os grupos controles, não mostraram diferenças
significativas em termos estatísticos (todos com p ≥ 0,05), os mesmos puderam ser
agrupados, e então a partir de agora são considerados como “Grupo Intervenção” e
“Grupo Controle”.

3.3.3 Comparações entre os grupos intervenção G1 + G2 e os grupos controle


G1 + G2na fase pré-intervenção

As Figuras de 11 a 15 apontados abaixo demonstram que os grupos intervenção


e controle não possuem diferenças estatisticamente significativas entre si, o que indica
que os participantes se apresentavam em iguais condições no início dos estudos. Para
evidenciar esse dado, foram realizados testes t de Student para amostras independentes.

Figura 11: PSS - Grupos Intervenção G1 + G2 x Grupos Controle G1 + G2 - Fase pré-intervenção

Notas: n.s.= não significativo; PSS (Escala de Estresse Percebido).

Figura 12: DASS (Fator depressão) - Grupos Intervenção G1 + G2 x Grupos Controle G1 +


G2 - Fasepré-intervenção

Notas: n.s.= não significativo; DASS (Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse)


51

Figura 13: DASS (Fator ansiedade) - Grupos Intervenção G1 + G2 x Grupos Controle G1 +


G2 - Fasepré-intervenção

Notas: n.s.= não significativo; DASS (Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse). .

Figura 14: DASS (Fator estresse) - Grupos Intervenção G1 + G2 x Grupos Controle G1 +


G2 - Fasepré-intervenção

Notas: n.s.= não significativo; DASS (Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse).

Figura 15: DERS - Grupos Intervenção G1 + G2 x Grupos Controle G1 + G2 - Fase pré-intervenção

Notas: n.s.= não significativo; DERS (Escala de Dificuldades na Regulação Emocional).


52

3.3.4 Comparações entre os grupos intervenção G1 + G2 e os grupos


intervenção G1 +G2 nas fases pré e pós intervenção

Neste tópico serão apresentadas análises entre os Grupos Intervenção (G1 + G2)
entre os momentos pré-intervenção e pós-intervenção. Através das Figuras de 16 a 20,
pode-se observar os escores individuais de toda a amostra que recebeu intervenção e os
possíveis efeitos gerados pelos grupos de apoio e psicoeducação em estresse. Com esse
propósito, foram realizados testes t de Student para medidas repetidas para todas as
escalas avaliadas.

Figura 16: PSS - Grupos pré intervenção G1 + G2 x Grupos pós intervenção G1 + G2

Notas: * valor estatisticamente significativo; PSS (Escala de Estresse Percebido).

Figura 17: DASS (Fator depressão) - Grupos pré intervenção G1 + G2 x Grupos pós intervenção G1 + G2

Notas: n.s.= não significativo; DASS (Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse).


53

Figura 18: DASS (Fator ansiedade) - Grupos pré intervenção G1 + G2 x Grupos pós intervenção G1 + G2

Notas: n.s.= não significativo; DASS (Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse).

Figura 19: DASS (Fator estresse) - Grupos pré intervenção G1 + G2 x Grupos pós intervenção G1 + G2

Notas: n.s.= não significativo; DASS (Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse).

Figura 20: DERS - Grupos pré intervenção G1 + G2 x Grupos pós intervenção G1 + G2

Notas: n.s.= não significativo; DERS (Escala de Dificuldades na Regulação Emocional).


54

3.3.5 Comparações entre os grupos controle pré, intervenção pré,


controle pós, intervenção pós

Por fim, serão apresentados a seguir figuras que comparam as amostras que
sofreram a intervenção com as amostras controle nos momentos anteriores e posteriores
à intervenção. As análises feitas foram ANOVAS two ways de medidas repetidas.

Figura 21: PSS - Grupos Intervenção G1 + G2 e Grupos Controle G1 + G2, nas etapas pré e pós intervenção

Notas: * valor estatisticamente significativo; PSS (Escala de Estresse Percebido).

Figura 22: DASS (Fator depressão) - Grupos Intervenção G1 + G2 e Grupos Controle G1 + G2, nas
etapas prée pós intervenção

Notas: n.s.= não significativo; DASS (Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse).


55

Figura 23: DASS (Fator ansiedade) - Grupos Intervenção G1 + G2 e Grupos Controle G1 + G2, nas
etapas prée pós intervenção

Notas: n.s.= não significativo; DASS (Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse).

Figura 24: DASS (Fator estresse) - Grupos Intervenção G1 + G2 e Grupos Controle G1 + G2, nas
etapas pré epós intervenção

Notas: n.s.= não significativo; DASS (Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse).

Figura 25: DERS - Grupos Intervenção G1 + G2 e Grupos Controle G1 + G2, nas etapas pré e pós
intervenção

Notas: * valor estatisticamente significativo; DERS (Escala de Dificuldades na Regulação


Emocional).
56

4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Os resultados observados acima serão discutidos separadamente para cada escala


visando facilitar a compreensão da discussão. Serão relatadas também inferências
ponderadas a partir das análises comparativas realizadas entre os Grupos Intervenção G1
x G2, e os Grupos Controle (G1 + G2) x os Grupos Intervenção (G1 + G2), além de
observações coletadas durante os períodos de intervenção em grupo.
Nos encontros dos grupos foi possível perceber queixas em comum entre os
integrantes do G1 e do G2. As queixas se estenderam desde problemas nos
relacionamentos interpessoais em casa e no trabalho, até a falta de habilidade para reagir
frente a determinadas situações estressantes. Houveram também muitos relatos sobre
intensos sentimentos e cognições negativas como o nervosismo, irritabilidade,
intolerância a frustrações, preocupações excessivas e dificuldades em abstrair e relaxar.
Diante dos resultados obtidos na Escala de Estresse Percebido nota-se, através da
Tabela6 (p. 42), que 75% da amostra do Grupo Intervenção 1 (G1) obteve um escore
elevado, com percentis acima de 75, indicando altos níveis de estresse percebido na etapa
de avaliação pré- intervenção. No entanto, após a intervenção, três dos quatro integrantes
do G1 diminuíram suas pontuações relacionados à sua autopercepção de estresse,
demonstrando uma melhora em seus quadros após a realização do grupo de apoio e
psicoeducação.
Em relação ao Grupo Intervenção 2 (G2), 100% da amostra pontuou acima do
escore 42 (percentil 75) na Escala de Estresse Percebido, demonstrando que toda a
amostra se encontrava com graus elevados de estresse antes da realização do grupo
(Tabela 8, p. 44). Após a intervenção do G2, pôde-se notar que todos os integrantes
reduziram seus escores na PSS e apenas um integrante manteve o percentil 75, indicativo
de um elevado nível de estresse percebido.
Com relação ao Grupo Controle 1 (G1), um entre os três membros teve sua
pontuação na PSS ampliada (Tabela 7, p. 43). Já, no que se refere ao Grupo Controle 2
(G2), 100% da amostra demonstrou maiores pontuações na PSS na etapa de reavaliação
(Tabela 9, p. 45). Estesdados revelam que, na fase de reavaliação, 77,7% da amostra dos
Grupos Controles (G1 + G2) apresentaram uma maior percepção sobre a influência do
estresse em suas vidas. Dessa forma, conclui-se que o grupo que recebeu a intervenção
teve escores menores na PSS em relação ao grupo controle, essa diferença é
estatisticamente significativa (p=0,047) conforme mostra a Figura 21 (p. 54),
57

reafirmando a eficácia do TCS em grupo como um tratamento eficaz na redução dos


sintomas do estresse.
Entre os diferentes momentos de avaliação, pré e pós-intervenção, as principais
diferenças observadas nos escores médios da Escala de Estresse Percebido foram em
relação aos itens 2, 3, 5 e 14 para o G1 e aos itens 1,3,10 e 14 para o G2. Tais resultados
apontam paraalguns efeitos positivos advindos do período de realização dos grupos.
No G1 nota-se uma melhora nas habilidades relacionadas ao manejo de eventos
considerados importantes pelos participantes, sendo então possível aferir que houve um
aperfeiçoamento das habilidades de planejamento. Em um dos encontros do grupo 1,
durante o feedback, um dos participantes declarou: “Trabalhar em casa com encomendas
precisa de muita organização, as técnicas ensinadas aqui no grupo tem me ajudado a
planejar melhor meus trabalhos e não me estressar tanto no final do dia”(sic.).
Outro benefício observado, por meio dos dados da PSS, refere-se à maior
confiança entre os integrantes de ambos os grupos sobre suas competências e habilidades
para lidar com situações problemáticas e imprevistos do dia a dia. Também foi
evidenciado que, em ambos osgrupos, as respostas ao estresse e ao estado emocional de
nervosismo diminuíram após a intervenção.
Na segunda escala aplicada, a Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse, foram
observados diferentes graus de severidade na manifestação dos sintomas para os três
fatores avaliados: depressão, ansiedade e estresse. Entretanto, no geral, as amostras dos
Grupos Intervenção G1 e G2 parecem bem equilibradas antes e após a intervenção
conforme indicam as Tabelas 6 (p. 42) e 8 (p. 44). Durante os encontros do grupo os
sintomas mais evidenciados pelos participantes foram: impulsividade, irritação,
hipersensibilidade emotiva, dificuldade emrelaxar, preocupação excessiva, pensamentos
acelerados, insônia e dificuldades de memória.
Segundo a Figura 22 (p. 54), os Grupos Controle (G1 + G2) tiveram um aumento
no escore médio do fator depressão nos diferentes momentos em que foram avaliados,
apresentando maior percepção desses sintomas na etapa de reavaliação. Já os Grupos
Intervenção (G1 + G2), diminuíram seu escore médio nesse mesmo fator, demonstrando
uma ligeira diminuição dos sintomas depressivos, que no entanto não pode ser
considerada estatisticamente significativa, visto que o p value = 0,1138.
No fator ansiedade da DASS não houveram mudanças relevantes em relação aos
escores médios tanto para os Grupos Controles (G1 + G2) quanto para os Grupos
Intervenção (G1 + G2), nos diferentes momentos da avaliação, conforme mostra a Figura
58

23 (p. 55). Sendo assim, não é possível afirmar que houveram melhoras consideráveis
relativas ao fator ansiedade em qualquer amostra estudada neste trabalho.
A respeito do fator estresse avaliado na DASS, a Figura 24 (p. 55) demonstra que
quase houve diferença estatisticamente significativa entre os escores médios na etapa pré
e pós intervenção, porém o valor do p foi igual a 0,0778. Sendo assim, diferentemente da
escala PSS, em que o p value foi 0,047 (Figura 21, p. 54), a DASS não apresentou valores
tão distintos entreos dois momentos de avaliação para o mesmo construto avaliado, o
estresse.
Em geral, na Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse a maior mudança foi
relativa à redução dos sintomas de estresse, seguidos dos sintomas de depressão e por fim
de ansiedade, sendo que nenhum desses fatores apresentou resultados estatisticamente
significativos. Dentre os feedbacks do encontro final do G2, um integrante destacou:
“Sinto que consigo perceber melhor meus sintomas de estresse, entendi que é muito
importante reconhecer os sintomas parapoder agir sobre eles”(sic.).
Por fim, os resultados obtidos na Escala de Dificuldades na Regulação
Emocional na etapa anterior à intervenção apontaram para altos níveis de dificuldades no
acesso a estratégiasde enfrentamento adaptativas tanto para os integrantes do estudo 1
quanto para os do estudo 2.
No decorrer dos encontros dos grupos foi possível absorver algumas estratégias
de enfrentamento utilizadas pelos integrantes do grupos para lidar com o estresse, dentre
elas encontram-se tanto estratégias adaptativas, como a prática de exercícios físicos,
esportes e atividades de autocuidado, quanto estratégias problemáticas, como o hábito
de fumar, comer compulsivamente, ruminar pensamentos e praticar comportamentos de
fuga e esquiva.
No grupo 1 (G1), após a intervenção, verificou-se que 75% da amostra exibiu
menores escores na DERS, indicando uma melhora no acesso e na qualidade das
estratégias de regulação emocional, demonstrados pela Tabela 6 (p. 42). Já no grupo 2
(G2), 60% dos participantes obtiveram melhoras em seus resultados conforme aponta a
Tabela 8 (p. 44).
Na amostra total dos Grupos Controle (G1 + G2) 66,6% dos participantes
apresentaram um aumento no escore médio na DERS, apontando maior dificuldade em
regular as emoções. Enquanto os outros 33,3 % exibiram uma diminuição no escore
médio na mesma escala, mostrando que tiveram maior facilidade no acesso e uso das
estratégias de regulação emocional na etapa de reavaliação, mesmo não sendo expostos
59

à intervenção.
A Figura 25 (p. 55) revela que os Grupos Intervenção (G1 + G2), na fase pós-
intervenção, obtiveram uma diferença estatisticamente relevante quando comparados à
fase pré- intervenção. Esse dado demonstra que houve uma melhora significativa em
relação ao acesso de estratégias de regulação emocional por parte dos membros que
receberam a intervenção emgrupo.
Em suma, conclui-se que os grupos que participaram da intervenção obtiveram
melhores resultados na PSS e na DERS, demonstrando maior facilidade em manejar o
estresse, menores percepções dos efeitos negativos do estresse em sua vida e maior
acesso e consciência sobre a importância das emoções nesse processo.
Em uma revisão integrativa da literatura feita por Cavalcanti et al., em 2021, foi
possível encontrar cinco artigos que aplicaram o TCS em diferentes populações
(MALAGRIS et al., 2009; LIPP & ROCHA, 2008; BRASIO et al., 2003; MOXOTÓ &
MALAGRIS, 2015; SADIR & LIPP, 2013). Em todos os estudos mencionados na revisão
o treino psicológico para controle do estresse se mostrou eficaz com visíveis reduções
nos níveis de estresse dos participantes, assim como os reusltados observados neste
trabalho.
Os feedbacks finais recebidos pelos membros dos Grupos Intervenção sobre a sua
experiência no grupo foram bastante positivos. A maior parte dos participantes relatou a
importância de trabalhar a escuta no grupo, ainda mais vinda de pessoas que passam por
dificuldades semelhantes às suas. Sobre isso, uma das participante disse: “Nem sempre
consigo colocar em palavras as coisas que eu sinto, mas ouvir os outros participantes
ajuda a entender”(sic.).
Outros comentários abordaram a questão da psicoeducação sobre as crenças
irracionais e a influência dos pensamentos sobre as reações emocionais e
comportamentais. De forma geral, os participantes concordam que esse ensinamento é
capaz de gerar mais autoconhecimento sobre os padrões e vieses cognitivos prejudiciais
à saúde mental. Ademais, outros relatos apontaram que os grupos contribuíram bastante
na redução da tensão mental e física ocasionadas pelo estresse, uma vez foram ensinados
exercícios de relaxamento, respiração e imaginação positiva.
Na literatura, existem diversos estudos que utilizam as escalas mencionadas neste
trabalho, no entanto, foi difícil encontrar estudos que as utilizassem comparando
momentos anteriores e posteriores a alguma intervenção. Nesse sentido, o
desenvolvimento de outros trabalhos como esse é incentivado.
60

No que concerne ao papel da regulação emocional sobre o manejo do estresse,


muitos autores, como Leahy (2013) , Lipp (2007) e Cohen (2007), concordam que saber
lidar com as emoções de maneira adaptativa pode levar a redução da intensidade das
mesmas e de sua exacerbação, e que isso, consequentemente, auxilia o indivíduo a exibir
respostas mais flexíveis e sadias em situações estressoras e demandantes.
Segundo Leahy (2013, p. 201) “uma parte integral da regulação emocional é a
capacidade de tolerar e reduzir o estresse”. É importante compreender que quanto maior
for a tolerância ao estresse, maior será a capacidade de lidar com ele de forma calma,
equilibrada e emocionalmente saudável. Em colaboração a isso, o livro “Sentimentos
que causam stress: como lidar com eles?” (LIPP, 2009), apresenta, de forma objetiva
para o leitor, maneiras eficientes para lidar com alguns sentimentos e emoções geradores
de estresse.

4.1 CONSIDERAÇÕES CRÍTICAS

Algumas considerações críticas podem ser feitas ao tamanho da amostra dos


estudos e as análises estatísticas efetuadas para a analisar os dados.
Entende-se que os números de participantes que compuseram os Grupos
Intervenção e os Grupos Controle foram muito pequenos. Esse fato pode estar
relacionado a diversas variáveis como os horários e dias combinados para os encontros
do grupo, a rotina daqueles que se interessaram no grupo, a disposição e o compromisso
dos interessados, entre outros. Diante disso, os resultados obtidos neste trabalho não
podem ser generalizados para toda população, todavia, ainda assim, é possível observar
consequências positivas e significativas relacionadas a diminuição do estresse percebido
e a melhora no acesso a estratégias benéficas de regulação emocional.
Isto posto, entende-se que seria muito proveitoso novas pesquisas clínico-
experimentais através da condução de novos grupos de apoio e psicoeducação com um
maior número de pessoas. Somente um aumento considerável do ‘n’ das amostras
poderia dizer se os resultadosencontrados se alterariam ou não.
A respeito das análises dos dados, acredita-se que seria possível realizar outros
recortes a partir dos resultados obtidos nas escalas aplicadas. Por questões meramente
temporais, não foi possível realizar, neste trabalho, estudos correlacionais entre as escalas
ou estudos que apontassem preditores de respostas para a eficácia do tratamento. Outro
estudo interessante seria a análise das seis dimensões avaliadas na Escala de Dificuldades
61

na Regulação Emocional, o exame desses fatores poderia apontar caminhos a serem


seguidos em futuras intervenções psicológicas para o avaliado.

5 CONCLUSÃO

É indiscutível que o estresse em excesso pode causar sérios prejuízos à saúde


física e mental dos indivíduos, além de afetar negativamente as relações interpessoais
nos âmbitos familiar e laboral. O número de pessoas afetadas pelo estresse cresce a cada
dia e não há evidências de que esse número diminua. Uma pesquisa recente feita pelo
IPCS em 2020 mostrou que 60% dos brasileiros que responderam ao estudo se
consideram mais estressados em consequência das mudanças ocasionadas pela pandemia
de COVID-19.
Médicos e estudiosos sobre o assunto concordam que o tratamento para o estresse
é multidisciplinar e implica em mudanças efetivas no estilo de vida, como possuir uma
dieta mais saudável e balanceada, praticar exercícios físicos regularmente, ter boas noites
de sono, fiscalizar pensamentos negativos, dar interpretações mais positivas aos eventos
do dia a dia, praticar atividades prazerosas e relaxantes, entre outras.
Este estudo possibilitou confirmar as hipóteses elaboradas no início do trabalho.
Sendo assim, conclui-se que o Treino de Controle do Estresse em grupo se mostrou um
tratamento eficaz na redução dos sintomas do estresse e que a regulação emocional é um
importante componente em seu tratamento. Observou-se também que a psicoeducação
de estratégias de regulação emocional foi capaz de proporcionar uma diminuição no
estresse percebido entre os avaliados.
Nota-se também que os Grupos Intervenção tiveram uma melhora
estatisticamente significativa na Escalas de Estresse Percebido e na Escala de
Dificuldades na Regulação Emocional em relação aos Grupos Controle, durante o mesmo
período de tempo.
De forma geral, apesar da limitação relativa ao tamanho da amostra estudada, os
resultados obtidos pela intervenção em ambos os grupos relatados neste trabalho foram
benéficos aos participantes e ajudam a demonstrar a importância do cuidado e atenção
para o manejo adequado do estresse. Sendo assim, o modelo de atuação em terapia
cognitivo-comportamental em grupo desenvolvido neste trabalho obteve bons resultados
que foram comprovados e evidenciados pelos resultados positivos relatdos pelos
participantes e pelas escalas utilizadas.
62

6 PERSPECTIVAS FUTURAS

Como esses estudos possibilitaram o achado de uma grande quantidade de dados,


parece pertinente recomendar que estudos complementares sejam desenvolvidos.
Acredita-se que novos trabalhos possam promover comparações entre os resultados
obtidos nas escalas PSS, DASS e DERS, de forma a relacionar separadamente os
contructos: estresse, depressão e ansiedade com os fatores de dificuldades na regulação
emocional observados na DERS.
Outras propostas interessantes seriam trabalhos que analisassem preditores para
o desenvolvimento e agravamento do estresse e a investigação dos fatores da Escala de
Dificuldades na Regulação Emocional, de modo a compreender as necessidades
individuais decada indivíduo avaliado e possibilitar a promoção de práticas terapêuticas
mais adequadas às necessidades dos pacientes.
63

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BasicBooks. 5 edição.
67

APÊNDICE I - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E


ESCLARECIDO UTILIZADO NA FASE DE AVALIAÇÃO

O(A) senhor (srª) está sendo convidado(a) a participar do estudo: Avaliação


do estresse e das estratégias de regulação emocional durante a pandemia de
COVID-19. Trata-se de um projeto de trabalho de conclusão de curso de graduação
em Psicologia da Discente Ivana Rodrigues Chiaradia Ribeiro, da UFF-Volta
Redonda realizado pela mesma e pelos estagiários em “Terapias cognitivas e
neurociências: integrando psicologia clínica, avaliação psicológica e
neuropsicologia”, coordenado e supervisionado pela Professora Drª. Érica de Lana
Meirelles.

INTRODUÇÃO:
O grupo tem caráter psicoeducativo (não é um grupo de terapia) e objetiva
promovero manejo do estresse emocional durante a pandemia de COVID-19 através
do ensino de estratégias de regulação emocional, de técnicas de relaxamento e respiração,
bem como de informações sobre o funcionamento cognitivo, entre outros.

São objetivos deste estudo:


1) promover a psicoeducação acerca do estresse emocional durante a
pandemia deCOVID-19;
2) promover o ensino de estratégias de regulação emocional para reduzir o
sintomasansiogênicos e o estresse percebido; e
3) investigar os elementos das emoções e de sua regulação que
possam estarcontribuindo para a manutenção do estresse exacerbado.

PROCEDIMENTOS:

O participante será convidado a responder em duas etapas um formulário


composto por um questionário sociodemográfico e uma bateria de instrumentos
psicológicos.

Os encontros do grupo serão realizados duas vezes por semana, com cerca de
1h de duração, totalizando 7 (sete) encontros. Os encontros serão realizados de forma
remota atravésda plataforma Jitsi Meet, todas segundas e quintas-feiras do mês das 19h
às 20h, tendo início no dia 16/08/2021.

RISCOS E DESCONFORTOS:

Não existem riscos associados à sua participação nesse projeto. No entanto, podem vir
aocorrer certos desconfortos durante os procedimentos de avaliação e intervenção.
68

BENEFÍCIOS:

O paciente que participa de intervenções em grupo usufrui de vários benefícios: possibilidade


de trocar experiências e conhecer pessoas que enfrentam dificuldades semelhantes às suas,
favorecer relações interpessoais, ter a chance de ser ouvido num ambiente com sigilo e apoio
social. Os participantes no grupo ajudam a desenvolver conhecimento sobre os temas estudados,
o que pode contribuir para a sociedade em geral.

CUSTOS:

Não haverá custos para o(a) senhor (a). Também não há compensação financeira
relacionada à sua participação.

SIGILO:
Informações que o(a) identifiquem serão mantidas sob sigilo, apenas serão utilizados
dados relevantes para futuras pesquisas, estes poderão ser coletados durante os atendimentos
em grupo e/ou resultantes da aplicação dos instrumentos psicológicos. Sua identificação não
será divulgada.
A avaliação dos resultados dos instrumentos e a supervisão dos atendimentos será
feita somente pelos pesquisadores do projeto, e pela professora Drª Érica de Lana Meirelles.
Não será permitido o acesso de outras pessoas, garantindo proteção contraqualquer quebra
de sigilo.
LIBERDADE DO PARTICIPANTE:

É garantida a liberdade de querer não participar do projeto de pesquisa ou de retirar


o consentimento a qualquer momento, sem que haja qualquer prejuízo no acompanhamento
psicológico e sem sofrer quaisquer sanções ou constrangimentos.

Em qualquer etapa do estudo, o(a) senhor (srª) terá acesso às responsáveis: Ivana
Rodrigues, telefone (24) 98173-7472, e-mail ivanarcr@id.uff.br e a Profa. Dra. Érica de Lana
Meirelles, telefone (21) 98763-7868, e-mail delanna.uff@gmail.com.

CONSENTIMENTO:
Acredito ter sido bem informado(a) sobre o estudo acima. Ficaram claros para mim
quais são os objetivos do estudo, os procedimentos a serem realizados, seus desconfortos e
riscos, as garantias de confidencialidade e de esclarecimento permanentes. Ficou claro
também que minha participação é isenta de despesas, e que poderei retirar o meu
consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidades, prejuízos
ou perdas de qualquer benefício que eu possa ter adquirido, ou no meu atendimento nesta
Instituição.

Dessa forma, declaro ter sido informado e concordo em participar, como voluntário,
do projeto de pesquisa acima descrito.
( ) SIM ( ) NÃO
69

APÊNDICE II - QUESTIONÁRIO SOCIODEMOGRÁFICO

1. Nome (opcional)
2. CPF
3. Gênero:
( ) Masculino ( ) Feminino ( ) Outro
4. Caso tenha respondido "Outro" na questão anterior, especifique.
5. Data de nascimento
6. Idade atual
7. Nome da cidade e estado em que reside atualmente
8. Nome da Instituição de Ensino Superior que você está matriculado.
9. Nome do curso de graduação:
10. Possui alguma outra ocupação, além da estudantil já mencionada?
11. Se sim, qual?
12. Com quem você reside?

( ) Moro sozinho(a) ( ) Com amigos/colegas


( ) Com familiares ( ) Com companheiro(a)
13. Aproximadamente, qual é a sua renda familiar mensal? (Considerando todas as
pessoas que convivem com você).

( ) Até 1 salário mínimo ( ) Entre 1 e 2 salários mínimos


( ) Entre 2 e 4 salários mínios ( ) Acima de 5 salários mínimo
70

APÊNDICE III - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO


PARA ATENDIMENTO EM GRUPO

Universidade Federal Fluminense


Serviço de Psicologia Aplicada
Estágio Clínico em Terapias Cognitivas e Neurociências

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

ATENDIMENTO EM GRUPO

Declaro, por meio deste termo, que estou ciente que os atendimentos do grupo de apoio
e psicoeducação em estresse serão realizados de forma remota por estagiários de Psicologia
supervisionados pela Profª. Drª. Érica de Lana Meirelles (CRP: 05/34.102; telefone: 21
986737868; e-mail: delanna.uff@gmail.com).
Fui esclarecido(a) de que todas as informações pertinentes à minha identidade serão
preservadas e declaro que aceito participar, de forma anônima e altruísta, para o
desenvolvimento de qualquer pesquisa ou outra atividade acadêmica que utilize os dados
obtidos em atendimento, de acordo com a Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de
Saúde/ Ministério da Saúde.
Afirmo também estar ciente de que não receberei nenhum valor financeiro ou prioridade
em serviços por assinar esse termo ou por participar do grupo de apoio e psicoeducação em
estresse.
Também fui informado(a) de que a assinatura deste termo é opcional e que posso, a
qualquer momento, pedir a remoção integral destes termos sem que haja qualquer prejuízo no
acompanhamento psicológico e sem sofrer quaisquer sanções ou constrangimento.
Atesto o recebimento de uma cópia do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Volta Redonda, de de 20 .

Assinatura do paciente

Assinatura do Estagiário

Ivana Rodrigues Chiaradia Ribeiro – 117091047

Coordenadora do Grupo de Apoio e Psicoeducação em Estresse


71

APÊNDICE IV - CONTRATO TERAPÊUTICO PARA ATENDIMENTO EM GRUPO

Universidade Federal Fluminense


Serviço de Psicologia Aplicada
Estágio Clínico em Terapias Cognitivas e Neurociências

Contrato Terapêutico do Atendimento no Grupo “XXX 1”

Nome do Cliente:
Professora orientadora: Érica de Lana

Coordenadora do grupo: Ivana Rodrigues Chiaradia Ribeiro


Co-terapeutas: XXX

Terapeutas auxiliares: XXX

Data do Início dos Encontros: XXX


Este é um documento que visa informar o(a) participante do grupo “XXX” sobre as regras e
características do nosso trabalho terapêutico.
O trabalho em grupo em psicologia é uma poderosa ferramenta de melhora da qualidade de
vida, mas para isso é preciso que os CO-TERAPEUTAS e os CLIENTES trabalhem JUNTOS,
um colaborando com o outro. Os nossos valores conjuntos serão o Respeito, o Sigilo, a
Confiança, a Responsabilidade, a Pontualidade, a Empatia o Comprometimento.
O grupo tem caráter psicoeducativo e objetiva promover o manejo do estresse emocional
através de informações sobre o funcionamento cognitivo e emocional e do ensino de estratégias
de regulação emocional, técnicas de relaxamento e respiração, entre outras.
Nossos encontros serão realizados X vez(es) por semana, com cerca de 1h de duração,
totalizando X encontros. Os encontros serão realizados de forma remota através da plataforma
Jitsi Meet, todas as quintas-feiras, das 19h às 20h, tendo início no dia XX.
Lembre-se de garantir que todos os equipamentos necessários para a sua participação no
encontro estejam funcionando, como microfone, câmera e a sua conexão à internet. É
importante também que você se assegure de que se encontra em um espaço com privacidade
para participar.

Toda reunião terá uma agenda de tópicos a serem seguidos para que possamos atingir os nossos
objetivos, por isso procure chegar sempre pontualmente aos nossos encontros (sugerimos
chegar 10 minutos antes) para que você não perca nenhuma informação relevante.

1
Nome acordado durante o primeiro encontro do grupo.
72

É importante ressaltar que nosso grupo será composto de uma coordenadora, co-terapeutas e
terapeutas auxiliares, todos graduandos em psicologia na UFF, além dos participantes do grupo.
O nosso grupo possui uma configuração fechada, ou seja, nenhum outro integrante poderá fazer
parte do grupo após o início dos atendimentos. Assim, para manter a coesão do grupo, evite
faltar. Duas faltas representarão a sua exclusão do grupo.

Participar de ações em saúde mental é um ato de responsabilidade com sua própria saúde e
qualidade de vida. Parabéns por essa iniciativa!

SEJA BEM VINDO!


Supervisora:

Profª. Drª. Érica de Lana Meirelles.


Psicóloga CRP 05/34.102

Assinatura:
73

APÊNDICE V - TABELA DESCRITIVA DOS ESCORES INDIVIDUAIS DO GRUPO 1


NA ESCALA DE ESTRESSE PERCEBIDO (PSS) NAS ETAPAS PRÉ E PÓS
INTERVENÇÃO

Tabela 10: Escores individuais obtidos na Escala de Estresse Percebido pelo grupo 1 (G1), nas etapas pré e pós
intervenção.

Participante
(iniciais do Etapa 3: Avaliação pré-intervenção Etapa 5: Reavaliação após intervenção
nome):

PSS PSS
A.G. 55* 38
T.S.S. 49* 35
L.P.P. 50* 40
E.M.S. 39 49*
Nota: * Valor indicativo de altos níveis de estresse percebido (percentil acima de 75). PSS (Escala de Estresse
Percebido).
74

APÊNDICE VI - TABELA DESCRITIVA DOS ESCORES INDIVIDUAIS DO GRUPO


1 NA ESCALA DE DEPRESSÃO, ANSIEDADE E ESTRESSE (DASS) NAS ETAPAS
PRÉ E PÓS INTERVENÇÃO

Tabela 11: Escores individuais obtidos na Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse pelo grupo 1 (G1), nas
etapas pré e pós intervenção.

Participante
(iniciais do Etapa 3: Avaliação pré-intervenção Etapa 5: Reavaliação após intervenção
nome):
DASS DASS
Depressão- 12 (leve) Depressão- 8 (normal)
A.G. Ansiedade- 10 (moderado) Ansiedade- 10 (moderado)
Estresse- 18 (leve) Estresse- 16 (leve)
Depressão- 16 (moderado) Depressão- 14 (moderado)
T.S.S. Ansiedade- 8 (leve) Ansiedade- 6 (normal)
Estresse- 32 (severo) Estresse- 24 (moderado)
Depressão- 12 (leve) Depressão- 12 (leve)
L.P.P. Ansiedade- 14 (moderado) Ansiedade- 12 (moderado)
Estresse- 22 (moderado) Estresse- 18 (leve)
Depressão- 6 (normal) Depressão- 6 (normal)
E.M.S. Ansiedade- 6 (normal) Ansiedade- 6 (normal)
Estresse- 12 (normal) Estresse- 24 (moderado)
Nota: DASS (Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse).
75

APÊNDICE VII - TABELA DESCRITIVA DOS ESCORES INDIVIDUAIS DO


GRUPO 1 NA ESCALA DE DIFICULDADES NA REGULAÇÃO EMOCIONAL
(DERS) NAS ETAPAS PRÉ E PÓS INTERVENÇÃO

Tabela 12: Escores individuais obtidos na Escala de Dificuldades na Regulação Emocional pelo grupo 1 (G1),
nas etapas pré e pós intervenção.

Participante Etapa 3: Avaliação pré-intervenção Etapa 5: Reavaliação após intervenção


(iniciais do
nome):
DERS DERS

Não aceitação das respostas emocionais - 8/30 Não aceitação das respostas emocionais - 6/30
Dificuldade em agir de acordo com objetivos - Dificuldade em agir de acordo com objetivos -
A.G. 13/25 8/25
Dificuldade no controle de impulso - 11/30 Dificuldade no controle de impulso - 12/30
Falta de consciência emocional - 27/30 Falta de consciência emocional - 15/30
Acesso limitado a estratégias de regulação Acesso limitado a estratégias de regulação
emocional - 16/40 emocional - 11/40
Falta de clareza emocional - 18/25 Falta de clareza emocional - 12/25

Escore total - 93/180 Escore total - 64/180

Não aceitação das respostas emocionais - 14/30 Não aceitação das respostas emocionais - 9/30
Dificuldade em agir de acordo com objetivos - Dificuldade em agir de acordo com objetivos -
22/25 15/25
T.S.S. Dificuldade no controle de impulso - 12/30 Dificuldade no controle de impulso - 9/30
Falta de consciência emocional - 19/30 Falta de consciência emocional - 13/30
Acesso limitado a estratégias de regulação Acesso limitado a estratégias de regulação
emocional - 20/40 emocional - 15/40
Falta de clareza emocional - 16/25 Falta de clareza emocional - 11/25

Escore total - 103/180 Escore total - 72/180


76

Não aceitação das respostas emocionais - 10/30 Não aceitação das respostas emocionais -
Dificuldade em agir de acordo com objetivos - 11/30
L.P.P. 20/25 Dificuldade em agir de acordo com objetivos -
Dificuldade no controle de impulso - 10/30 7/25
Falta de consciência emocional - 18/30 Dificuldade no controle de impulso - 8/30
Acesso limitado a estratégias de regulação Falta de consciência emocional - 12/30
emocional - 17/40 Acesso limitado a estratégias de regulação
Falta de clareza emocional - 16/25 emocional - 14/40
Falta de clareza emocional - 11/25

Escore total - 90/180 Escore total - 63/180

Não aceitação das respostas emocionais - 8/30 Não aceitação das respostas emocionais - 6/30
Dificuldade em agir de acordo com objetivos - Dificuldade em agir de acordo com objetivos
E.M.S. 10/25 -19/25
Dificuldade no controle de impulso - 14/30 Dificuldade no controle de impulso - 12/30
Falta de consciência emocional - 12/30 Falta de consciência emocional - 10/30
Acesso limitado a estratégias de regulação Acesso limitado a estratégias de regulação
emocional - 14/40 emocional - 16/40
Falta de clareza emocional - 14/25 Falta de clareza emocional - 15/25

Escore total - 72/180 Escore total - 78/180


Nota: DERS (Escala de Dificuldades na Regulação Emocional).
77

APÊNDICE VIII - TABELA DESCRITIVA DOS ESCORES INDIVIDUAIS DO


GRUPO CONTROLE 1 NA ESCALA DE ESTRESSE PERCEBIDO (PSS) NAS
ETAPAS PRÉ E PÓS INTERVENÇÃO

Tabela 13: Escores individuais obtidos na Escala de Estresse Percebido pelo grupo controle 1, nas etapas de
avaliação e reavaliação.

Participante
(iniciais do Etapa 3: Avaliação Etapa 5: Reavaliação
nome):
PSS PSS
R.S.C. 36 31
J.P.P.E. 41 52*
S.C.R. 54* 48*
Nota: * Valor indicativo de altos níveis de estresse percebido (percentil acima de 75). PSS (Escala de Estresse
Percebido).
78

APÊNDICE IX - TABELA DESCRITIVA DOS ESCORES INDIVIDUAIS DO


GRUPO CONTROLE 1 NA ESCALA DE DEPRESSÃO, ANSIEDADE E ESTRESSE
(DASS) NAS ETAPAS PRÉ E PÓS INTERVENÇÃO

Tabela 14: Escores individuais obtidos na Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse pelo grupo controle 1, nas
etapas de avaliação e reavaliação.

Participante
(iniciais do Etapa 3: Avaliação Etapa 5: Reavaliação
nome):
DASS DASS
Depressão- 0 (normal) Depressão- 4 (normal)
R.S.C. Ansiedade- 14 (moderado) Ansiedade- 2 (normal)
E- 22 (moderado) E- 16 (leve)
Depressão-12 (leve) Depressão- 28 (severo)
J.P.P.E. Ansiedade- 8 (leve) Ansiedade- 18 (leve)
E- 12 (normal) E- 24 (moderado)
Depressão- 30 (extremamente severo) Depressão- 26 (severo)
S.C.R. Ansiedade- 22 (ext. severo) Ansiedade- 14 (moderado)
E- 30 (severo) E- 34 (extremamente severo)
Nota: DASS (Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse).
79

APÊNDICE X - TABELA DESCRITIVA DOS ESCORES INDIVIDUAIS DO GRUPO


CONTROLE 1 NA ESCALA DE DIFICULDADES NA REGULAÇÃO EMOCIONAL
(DERS) NAS ETAPAS PRÉ E PÓS INTERVENÇÃO

Tabela 15: Escores individuais obtidos na Escala de Dificuldades na Regulação Emocional pelo grupo controle
1, nas etapas de avaliação e reavaliação.

Participante
(iniciais do Etapa 3: Avaliação Etapa 5: Reavaliação
nome):
DERS DERS
Não aceitação das respostas emocionais - 10/30 Não aceitação das respostas emocionais - 6/30
Dificuldade em agir de acordo com objetivos - Dificuldade em agir de acordo com objetivos -
15/25 12/25
Dificuldade no controle de impulso - 15/30 Dificuldade no controle de impulso - 7/30
Falta de consciência emocional - 9/30 Falta de consciência emocional - 7/30
R.S.C. Acesso limitado a estratégias de regulação Acesso limitado a estratégias de regulação
emocional - 12/40 emocional - 10/40
Falta de clareza emocional - 8/25 Falta de clareza emocional - 7/25

Escore total - 69/180 Escore total - 49/180


Não aceitação das respostas emocionais - 21
Não aceitação das respostas emocionais - 20/30 Dificuldade em agir de acordo com objetivos -
Dificuldade em agir de acordo com objetivos - 16/30
17/25 Dificuldade no controle de impulso - 8/30
Dificuldade no controle de impulso - 10/30 Falta de consciência emocional - 25/30
J.P.P.E. Falta de consciência emocional - 25/30 Acesso limitado a estratégias de regulação
Acesso limitado a estratégias de regulação emocional - 22/40
emocional - 18/40 Falta de clareza emocional - 22/25
Falta de clareza emocional - 19/25

Escore total - 109/180 Escore total - 114/180


Não aceitação das respostas emocionais -
Não aceitação das respostas emocionais - 24/30 18/30
Dificuldade em agir de acordo com objetivos - Dificuldade em agir de acordo com objetivos
12/25 -17/25
Dificuldade no controle de impulso - 26/30 Dificuldade no controle de impulso - 24/30
S.C.R. Falta de consciência emocional - 24/30 Falta de consciência emocional - 19/30
Acesso limitado a estratégias de regulação Acesso limitado a estratégias de regulação
emocional - 28/40 emocional - 36/40
Falta de clareza emocional - 18/25 Falta de clareza emocional - 19/25

Escore total - 132/180 Escore total - 133/180


Nota: DERS (Escala de Dificuldades na Regulação Emocional).
80

APÊNDICE XI - TABELA DESCRITIVA DOS ESCORES INDIVIDUAIS DO GRUPO


2 NA ESCALA DE ESTRESSE PERCEBIDO (PSS) NAS ETAPAS PRÉ E PÓS
INTERVENÇÃO

Tabela 16: Escores individuais obtidos na Escala de Estresse Percebido pelo grupo 2 (G2), nas etapas pré e pós
intervenção.

Participante
(iniciais do Etapa 3: Avaliação pré-intervenção Etapa 5: Reavaliação após intervenção
nome):
PSS PSS
A.S.R.M. 44* 42*
K.F.D.M. 49* 38
J.A.R. 45* 35
N.C.P. 49* 39
P.E.S. 53* 38
Nota: * Valor indicativo de altos níveis de estresse percebido (percentil acima de 75). PSS (Escala de Estresse
Percebido).
81

APÊNDICE XII - TABELA DESCRITIVA DOS ESCORES INDIVIDUAIS DO


GRUPO 2 NA ESCALA DE DEPRESSÃO, ANSIEDADE E ESTRESSE (DASS) NAS
ETAPAS PRÉ E PÓS INTERVENÇÃO

Tabela 17:Escores individuais obtidos na Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse pelo grupo 2 (G2), nas
etapas pré e pós intervenção.

Participante
(iniciais do Etapa 3: Avaliação pré-intervenção Etapa 5: Reavaliação após intervenção
nome):
DASS DASS
Depressão - 12 (leve) Depressão - 18 (moderado)
Ansiedade - 14 (moderado) Ansiedade - 18 (severo)
A.S.R.M. Estresse - 16 (leve) Estresse - 24 (moderado)
Depressão - 4 (normal) Depressão - 6 (normal)
Ansiedade - 4 (normal) Ansiedade - 2 (normal)
K.F.D.M. Estresse - 20 (moderado) Estresse - 14 (normal)
Depressão - 24 (severo) Depressão - 4 (normal)
Ansiedade - 0 (normal) Ansiedade - 0 (normal)
J.A.R. E- 12 (normal) Estresse - 14 (normal)
Depressão - 6 (normal) Depressão - 8 (normal)
Ansiedade - 8 (leve) Ansiedade - 9 (leve)
N.C.P. Estresse - 26 (severo) Estresse - 19 (moderado)
Depressão - 22 (severo) Depressão - 22(severo)
Ansiedade - 22 (ext. severo) Ansiedade -18 (severo)
P.E.S. Estresse - 28 (severo) Estresse - 28 (severo)
Nota: DASS (Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse).
82

APÊNDICE XIII - TABELA DESCRITIVA DOS ESCORES INDIVIDUAIS DO


GRUPO 2 NA ESCALA DE DIFICULDADES NA REGULAÇÃO EMOCIONAL
(DERS) NAS ETAPAS PRÉ E PÓS INTERVENÇÃO

Tabela 18: Escores individuais obtidos na Escala de Dificuldades na Regulação Emocional pelo grupo 2 (G2),
nas etapas pré e pós intervenção.

Participante
(iniciais do Etapa 3: Avaliação pré-intervenção Etapa 5: Reavaliação após intervenção
nome):
DERS DERS

A.S.R.M. Não aceitação das respostas emocionais - Não aceitação das respostas emocionais - 24/30
21 /30 Dificuldade em agir de acordo com objetivos -
Dificuldade em agir de acordo com objetivos 18/25
- 24/25 Dificuldade no controle de impulso - 22/30
Dificuldade no controle de impulso - 17/30 Falta de consciência emocional - 22/30
Falta de consciência emocional - 14/30 Acesso limitado a estratégias de regulação
Acesso limitado a estratégias de regulação emocional - 28/40
emocional - 30/40 Falta de clareza emocional - 16/25
Falta de clareza emocional - 11/25

Escore total - 117/180 Escore total - 130/180

Não aceitação das respostas emocionais -6/30 Não aceitação das respostas emocionais - 20/30
K.F.D.M. Dificuldade em agir de acordo com objetivos Dificuldade em agir de acordo com objetivos
- 15/25 -10/25
Dificuldade no controle de impulso - 6 /30 Dificuldade no controle de impulso - 9/30
Falta de consciência emocional - 13/30 Falta de consciência emocional - 16/30
Acesso limitado a estratégias de regulação Acesso limitado a estratégias de regulação
emocional - 12/40 emocional - 19/40
Falta de clareza emocional - 10/25 Falta de clareza emocional - 11/25

Escore total - 62/180 Escore total - 85/180

Não aceitação das respostas emocionais -


J.A.R. 14/30 Não aceitação das respostas emocionais - 17/30
Dificuldade em agir de acordo com objetivos Dificuldade em agir de acordo com objetivos
- 18/25 - 20/25
Dificuldade no controle de impulso - 9/30 Dificuldade no controle de impulso - 9/30
Falta de consciência emocional - 11/30 Falta de consciência emocional - 13/30
Acesso limitado a estratégias de regulação Acesso limitado a estratégias de regulação
emocional - 22/40 emocional - 14/40
Falta de clareza emocional - 8/25 Falta de clareza emocional - 12/25

Escore total - 82/180 Escore total - 85/180


83

Não aceitação das respostas emocionais -


N.C.P. 21/30 Não aceitação das respostas emocionais - 16/30
Dificuldade em agir de acordo com objetivos Dificuldade em agir de acordo com objetivos -
- 16/25 11/25
Dificuldade no controle de impulso - 18/30 Dificuldade no controle de impulso - 8/30
Falta de consciência emocional - 15/30 Falta de consciência emocional - 10/30
Acesso limitado a estratégias de regulação Acesso limitado a estratégias de regulação
emocional - 21/40 emocional - 22/40
Falta de clareza emocional - 10/25 Falta de clareza emocional - 8/25

Escore total - 101/180 Escore total - 75/180

Não aceitação das respostas emocionais -


P.E.S. 22/30 Não aceitação das respostas emocionais - 18/30
Dificuldade em agir de acordo com objetivos Dificuldade em agir de acordo com objetivos -
- 21/25 16/25
Dificuldade no controle de impulso - 25/30 Dificuldade no controle de impulso - 19 /30
Falta de consciência emocional - 22/30 Falta de consciência emocional - 21/30
Acesso limitado a estratégias de regulação Acesso limitado a estratégias de regulação
emocional - 32/40 emocional - 24/40
Falta de clareza emocional - 22/25 Falta de clareza emocional - 18/25

Escore total - 144/180 Escore total - 119/180


Nota: DERS (Escala de Dificuldades na Regulação Emocional).
84

APÊNDICE XIV - TABELA DESCRITIVA DOS ESCORES INDIVIDUAIS DO


GRUPO CONTROLE 2 NA ESCALA DE ESTRESSE PERCEBIDO (PSS) NAS
ETAPAS PRÉ E PÓS INTERVENÇÃO

Tabela 19: Escores individuais obtidos na Escala de Estresse Percebido pelo grupo controle 2, nas etapas de
avaliação e reavaliação.

Participante
(iniciais do Etapa 3: Avaliação Etapa 5: Reavaliação
nome):
PSS PSS
A.P. 42* 47*
T.B.F. 52* 52*
I.S.R.S. 60* 62*
C.R. 40 44*
S.O.F. 49* 52*
J.M. 36 40
Nota: * Valor indicativo de altos níveis de estresse percebido (percentil acima de 75). PSS (Escala de Estresse
Percebido).
85

APÊNDICE XV - TABELA DESCRITIVA DOS ESCORES INDIVIDUAIS DO


GRUPO CONTROLE 2 NA ESCALA DE DEPRESSÃO, ANSIEDADE E ESTRESSE
(DASS) NAS ETAPAS PRÉ E PÓS INTERVENÇÃO

Tabela 20: Escores individuais obtidos na Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse pelo grupo controle 2, nas
etapas de avaliação e reavaliação.

Participante
(iniciais do Etapa 3: Avaliação Etapa 5: Reavaliação
nome):
DASS DASS
Depressão - 16 (moderado) Depressão - 20 (moderado)
A.P. Ansiedade - 14 (moderado) Ansiedade - 16 (severo)
Estresse - 26 (severo) Estresse - 34 (extremamente severo)
Depressão - 14 (moderado) Depressão - 20 (moderado)
T.B.F. Ansiedade - 4 (normal) Ansiedade - 4 (normal)
Estresse - 16 (leve) Estresse - 20(moderado)
Depressão - 16 (moderado) Depressão - 20 (moderado)
I.S.R.S. Ansiedade - 10 (moderado) Ansiedade - 12 (moderado)
Estresse - 30 (severo) Estresse - 30 (severo)
Depressão - 2 (normal) Depressão - 4 (normal)
C.R. Ansiedade - 0 (normal) Ansiedade - 2 (normal)
Estresse - 2 (normal) Estresse - 10 (normal)
Depressão - 18 (moderado) Depressão - 15 (moderado)
S.O.F. Ansiedade - 12 (moderado) Ansiedade - 15 (severo)
Estresse - 36 (extremamente severo) Estresse - 38 (extremamente severo)
Depressão - 4 (normal) Depressão - 6 (normal)
J.M. Ansiedade - 2 (normal) Ansiedade - 10 (moderado)
Estresse - 12 (normal) Estresse - 18 (leve)
Nota: DASS (Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse).
86

APÊNDICE XVI - TABELA DESCRITIVA DOS ESCORES INDIVIDUAIS DO


GRUPO CONTROLE 2 NA ESCALA DE DIFICULDADES NA REGULAÇÃO
EMOCIONAL (DERS) NAS ETAPAS PRÉ E PÓS INTERVENÇÃO

Tabela 21: Escores individuais obtidos na Escala de Dificuldades na Regulação Emocional pelo grupo controle
2, nas etapas de avaliação e reavaliação.

Participante
(iniciais do Etapa 3: Avaliação Etapa 5: Reavaliação
nome):
DERS DERS

Não aceitação das respostas emocionais - Não aceitação das respostas emocionais - 19/30
21/30 Dificuldade em agir de acordo com objetivos -
A.P. Dificuldade em agir de acordo com objetivos - 18/25
24/25 Dificuldade no controle de impulso - 23/30
Dificuldade no controle de impulso - 17/30 Falta de consciência emocional - 22/30
Falta de consciência emocional - 14/30 Acesso limitado a estratégias de regulação
Acesso limitado a estratégias de regulação emocional - 28/40
emocional - 30/40 Falta de clareza emocional - 16/25
Falta de clareza emocional - 11/25

Escore total - 117/180 Escore total - 130/180

T.B.F. Não aceitação das respostas emocionais - Não aceitação das respostas emocionais - 17/30
19/30 Dificuldade em agir de acordo com objetivos -
Dificuldade em agir de acordo com objetivos - 16/25
17/25 Dificuldade no controle de impulso - 12/30
Dificuldade no controle de impulso - 14/30 Falta de consciência emocional - 17/30
Falta de consciência emocional - 15/30 Acesso limitado a estratégias de regulação
Acesso limitado a estratégias de regulação emocional - 18/40
emocional - 20/40 Falta de clareza emocional - 15/25
Falta de clareza emocional - 16/25

Escore total - 101/180 Escore total - 95/180


87

I.S.R.S. Não aceitação das respostas emocionais - 8/30 Não aceitação das respostas emocionais - 20/30
Dificuldade em agir de acordo com objetivos - Dificuldade em agir de acordo com objetivos -
20/25 19/25
Dificuldade no controle de impulso - 11/30 Dificuldade no controle de impulso - 25/30
Falta de consciência emocional - 21/30 Falta de consciência emocional - 13/30
Acesso limitado a estratégias de regulação Acesso limitado a estratégias de regulação
emocional - 19/40 emocional - 29/40
Falta de clareza emocional - 13/25 Falta de clareza emocional - 11/25

Escore total - 92/180 Escore total - 117/180

C.R. Não aceitação das respostas emocionais - 8/30 Não aceitação das respostas emocionais - 22/30
Dificuldade em agir de acordo com objetivos - Dificuldade em agir de acordo com objetivos -
10/25 16/25
Dificuldade no controle de impulso - 10 /30 Dificuldade no controle de impulso - 13/30
Falta de consciência emocional - 28/30 Falta de consciência emocional - 22/30
Acesso limitado a estratégias de regulação Acesso limitado a estratégias de regulação
emocional - 12/40 emocional - 16/40
Falta de clareza emocional - 13/25 Falta de clareza emocional - 16/25

Escore total - 81/180 Escore total - 105/180

S.O.F. Não aceitação das respostas emocionais - Não aceitação das respostas emocionais - 24/30
27/30 Dificuldade em agir de acordo com objetivos -
Dificuldade em agir de acordo com objetivos - 10/25
20/25 Dificuldade no controle de impulso - 21/30
Dificuldade no controle de impulso - 20/30 Falta de consciência emocional - 19/30
Falta de consciência emocional - 9/30 Acesso limitado a estratégias de regulação
Acesso limitado a estratégias de regulação emocional - 34/40
emocional - 29/40 Falta de clareza emocional -12 /25
Falta de clareza emocional - 19/25

Escore total - 124/180 Escore total - 120/180

Não aceitação das respostas emocionais - 6/30 Não aceitação das respostas emocionais - 14/30
J.M. Dificuldade em agir de acordo com objetivos - Dificuldade em agir de acordo com objetivos -
12/25 7/25
Dificuldade no controle de impulso - 9/30 Dificuldade no controle de impulso - 10/30
Falta de consciência emocional - 6/30 Falta de consciência emocional - 9/30
Acesso limitado a estratégias de regulação Acesso limitado a estratégias de regulação
emocional - 11/40 emocional - 12/40
Falta de clareza emocional - 7/25 Falta de clareza emocional - 8/25

Escore total - 51/180 Escore total - 60/180


Nota: DERS (Escala de Dificuldades na Regulação Emocional).
88

ANEXO I - ESCALA DE ESTRESSE PERCEBIDO (PSS-14)

As questões desta escala perguntam a respeito dos seus sentimentos e pensamentos


durante os últimos 30 dias (último mês). Em cada questão indique a frequência com que você
se sentiu ou pensou a respeito da situação.
A escala de resposta é a seguinte:
1= Nunca
2= Quase nunca

3= Às vezes
4= Quase sempre
5= Sempre

Questões:

1. No mês passado, quantas vezes você ficou chateado(a) por causa de algo que
aconteceu inesperadamente?
2. No mês passado, quantas vezes você se sentiu incapaz de controlar as coisas
importantes na sua vida?
3. No mês passado, quantas vezes você se sentiu nervoso(a) ou estressado(a)?
4. No mês passado, quantas vezes você lidou com sucesso com os problemas e
aborrecimentos do dia a dia?
5. No mês passado, quantas vezes você sentiu que estava lidando de forma eficaz com as
mudanças importantes que estavam acontecendo em sua vida?
6. No mês passado, quantas vezes você se sentiu confiante nas suas capacidades para
lidar com os seus problemas pessoais?
7. No mês passado, quantas vezes você sentiu que as coisas estavam ocorrendo a sua
maneira (do seu jeito)?
8. No mês passado, quantas vezes você percebeu que não poderia lidar com todas as
coisas que você tinha para fazer?
9. No mês passado, quantas vezes você foi capaz de controlar as irritações da sua vida?
10. No mês passado, quantas vezes você sentiu que estava no topo das coisas (no controle
das coisas)?
11. No mês passado, quantas vezes você se irritou por coisas que aconteceram que
estavam fora de seu controle?
12. No mês passado, quantas vezes você deu por si pensando nas coisas que tinha que
fazer?
13. No mês passado, quantas vezes você foi capaz de controlar a maneira como gasta seu
tempo?
14. No mês passado, quantas vezes você sentiu que as dificuldades estavam se
acumulando tanto que você não poderia superá-las.
89

ANEXO II - ESCALA DE DEPRESSÃO, ANSIEDADE E STRESS (DASS-21)

Leia cada afirmação e escolha o número (0, 1, 2 ou 3) que indica o quanto a mesma se
aplicou a você durante a semana anterior.

Lembre-se: Não há respostas certas ou erradas. Não gaste muito tempo nas afirmações.

A escala de resposta é a seguinte:

0 "Não se aplicou de maneira alguma"

1"Aplicou-se por algum grau ou por algum tempo"

2 "Aplicou-se em grau considerável ou por uma boa parte do tempo"

3 "Aplicou-se muito ou na maior parte do tempo".

Questões:

1. Tive dificuldade em acalmar-me


2. Estava consciente de que minha boca estava seca.
3. Parecia não conseguir ter nenhum sentimento positivo.
4. Senti dificuldade em respirar (ex. respiração excessivamente rápida, falta de ar, na
ausência de esforço físico).
5. Tive dificuldade em tomar iniciativa para fazer as coisas.
6. Tive a tendência de reagir de forma exagerada a situações.
7. Senti tremores (ex.: nas mãos).
8. Senti que estava geralmente muito nervoso.
9. Preocupei-me com situações em que eu pudesse entrar em pânico e parecesse
ridículo(a).
10. Senti que não tinha nada a esperar do futuro.
11. Senti que estava agitado.
12. Tive dificuldade em relaxar.
13. Senti-me desanimado e deprimido.
14. Fui intolerante com as coisas que me impediam de continuar o que eu estava fazendo.
15. Senti que ia entrar em pânico.
16. Não consegui me entusiasmar com nada.
17. Senti que não tinha muito valor como pessoa.
18. Senti que estava sensível.
19. Eu estava consciente do funcionamento/batimento do meu coração na ausência de
esforço físico (ex.: sensação de aumento da frequência cardíaca, disritmia cardíaca).
20. Senti-me assustado sem ter uma boa razão.
21. Senti que a vida estava sem sentido.
90

ANEXO III - ESCALA DE DIFICULDADES NA REGULAÇÃO EMOCIONAL


(DERS)

Por favor, indique a frequência em que as frases a seguir se aplicam a você, assinalando a
melhor opção para cada afirmação. Responda como normalmente você se percebe.

Use a seguinte escala de respostas:

1= Quase nunca se aplica a mim.

2= Algumas vezes se aplica a mim.

3= Metade das vezes se aplica a mim.

4= A maioria das vezes se aplica a mim.

5= Quase sempre se aplica a mim.

Questões:

1. Para mim, os meus sentimentos são claros.


2. Presto atenção à forma como me sinto.
3. Experiencio minhas emoções como intensas e fora de controle.
4. Não faço ideia de como me sinto.
5. Tenho dificuldade em entender os meus sentimentos.
6. Eu observo cuidadosamente meus sentimentos.
7. Sei exatamente como me sinto.
8. Importo-me com aquilo que sinto.
9. Sinto-me confuso (a) com a forma como me sinto.
10. Quando estou chateado(a), reconheço as minhas emoções.
11. Quando estou chateado (a), fico zangado (a) comigo mesmo (a) por me sentir assim.
12. Quando estou chateado (a), fico constrangido(a) por me sentir assim.
13. Quando estou chateado(a), tenho dificuldade em completar tarefas.
14. Quando estou chateado (a), fico descontrolado (a).
15. Quando estou chateado (a), acredito que vou continuar assim por muito tempo.
16. Quando estou chateado(a), acredito que vou acabar ficando muito deprimido (a).
17. Quando estou chateado (a), acredito que os meus sentimentos são válidos e
importantes.
18. Quando estou chateado (a), tenho dificuldade em focar a minha atenção em outras
coisas.
19. Quando estou chateado (a), sinto-me descontrolado (a).
20. Quando estou chateado (a), sou capaz de continuar a fazer o que tenho para fazer.
21. Quando estou chateado (a), sinto-me envergonhado (a) por me sentir assim.
22. Quando estou chateado (a), eu sei que vou acabar descobrindo uma maneira de me
sentir melhor.
91

23. Quando estou chateado (a), sinto-me como se eu fosse fraco (a).
24. Quando estou chateado (a), sinto que continuo podendo controlar os meus
comportamentos.
25. Quando estou chateado (a), sinto-me culpado (a) por me sentir assim.
26. Quando estou chateado(a), tenho dificuldades de concentração.
27. Quando estou chateado (a), tenho dificuldades em controlar os meus comportamentos.
28. Quando estou chateado (a), acredito que não há nada que possa fazer para me sentir
melhor.
29. Quando estou chateado (a), fico irritado (a) comigo mesmo (a) por me sentir assim.
30. Quando estou chateado (a), começo a me sentir mal comigo mesmo (a).
31. Quando estou chateado (a), acredito que me afundar nesse estado é a única coisa que
posso fazer.
32. Quando estou chateado (a), perco o controle sobre os meus comportamentos.
33. Quando estou chateado (a), tenho dificuldade em pensar em qualquer outra coisa.
34. Quando estou chateado(a), reservo um tempo para descobrir o que realmente estou
sentindo.
35. Quando estou chateado (a), passa muito tempo até que me sinta melhor.
36. Quando estou chateado (a), as minhas emoções são muito intensas.

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