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PALLASMA, Juhani. Habitar. 1. ed. [S. l.]: GG, 2016. 128 p. ISBN 8425229235.
“Como afirma Ludwig Wittgenstein: “A arquitetura glorifica e eterniza alguma coisa. Quando
não há nada a glorificar, não há arquitetura”.” (PÁG. 6).
“No mundo obscenamente materialista de hoje, a essência poética da arquitetura está sendo
ameaçada simultaneamente por dois processos: a funcionalização e a estetização.” (PÁG. 7).
“Essa residência possui sua própria psique e alma, além de suas qualidades formais e
quantificáveis.” (PÁG. 10).
“O lar é uma expressão da personalidade do morador e de seus padrões de vida únicos. Por
conseguinte, a essência de um lar é mais próxima da vida propriamente dita do que o artefato
da casa.” (PÁG. 11).
“O lar não é um simples objeto ou um edifício, mas uma condição complexa e difusa, que
integra memórias e imagens, desejos e medos, o passado e o presente. Um la também é um
conjunto de rituais, ritmos pessoais e rotinas do dia a dia. Não pode se constituir em um instante,
pois possui uma dimensão temporal e uma continuidade, sendo um produto gradual da
adaptação da família e do indivíduo ao mundo.” (PÁG. 12).
“A palavra “lar” imediatamente nos relembra todo o aconchego, a proteção e o amor da nossa
infância. Talvez nossos lares da idade adulta sejam apenas uma busca inconsciente daquele lar
perdido. Mas as memórias do lar também despertam todos os medos e angústias que porventura
tenhamos experimentado naquele período.” (PÁG. 13).
“Um lar é uma coleção e uma concretização de imagens pessoais de proteção e intimidade, que
permite a alguém reconhecer e recordar sua própria identidade.” (PÁG. 13).
“Meu lar estava mais na minha mente e memória do que em um espaço físico em particular, ou
talvez, mais precisamente, minha mente tenha transformado cada um desses espaços físicos em
uma imagem única de lar.” (PÁG. 14).
“De modo geral, contudo, a intimidade do lar é um recinto quase sagrado em nossa cultura.
Sentimos culpa e vergonha se, por algum motivo, somos obrigados a entrar na casa de alguém
sem termos sido convidados quando o morador não está presente. Ver uma casa vazia é como
ver seu morador nu ou em sua máxima intimidade.” (PÁG. 16).
“Uma concepção completa de lar consiste em três tipos de elementos mentais ou simbólicos:
3. Símbolos sociais com objetivo de passar certa imagem ou mensagem às pessoas de fora
(símbolos de riqueza, educação, identidade social etc.).” (PÁG. 17).