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CURSO ABCDATCC – TCC NA PRÁTICA

Definindo os objetivos distribuir a dedicação que ele pode oferecer


para cada área.
 É importanteterapêuticos
deixar claro para o paciente
 Cartões de enfrentamento
que: tem coisas que a gente muda; tem
 Definir objetivos que o paciente possa
coisas que a gente muda o pensamento e
começar a colocar em prática
elas mudam como consequência; e tem
imediatamente e não daqui a 10 anos, por
coisas que a gente precisa aprender a lidar.
exemplo.
 Discutir a lista de problemas com o
 Não dá para tratar de todos os objetivos ao
paciente. Perguntar a ele: qual foi a
mesmo tempo. É importante dar
situação, o momento que fez com que
prioridade àquilo que está causando mais
você sentisse vontade de buscar a terapia?
sofrimento. Ordem de prioridade:
Quais são os problemas que você gostaria
comportamentos que interferem na vida,
de trazer para a terapia?
depois comportamentos que interferem na
 Por qual razão o paciente quer tratar
terapia e, posteriormente, comportamentos
desse problema na terapia?
sintomáticos.
 O ideal é descrever esses objetivos de
 Perguntar ao paciente se ele já passou por
forma que eles sejam observados ou
alguma outra situação parecida. Se sim,
medidos. Dividir um objetivo geral em
quais foram os recursos que funcionaram?
objetivos específicos.
 Fazer revisão frequente dos objetivos.
 Pontuar com o paciente o que depende
dele ou não para haver mudança. Caso
Estrutura das sessões
dependa de outra pessoa e essa pessoa não
mudar, como ele pretende lidar com isso?  Ter uma agenda de sessão: organizar os
 Definir, de 0 a 10, qual a importância de assuntos que o paciente deseja abordar e
cada área na vida do paciente acrescentar alguns pontos, caso seja
(relacionamentos, espiritualidade, saúde, necessário.
trabalho, etc). Depois definir, novamente de  Na primeira sessão, explicar o que vai
0 a 10, o quanto ele está se dedicando a acontecer no decorrer das sessões, falar
cada área e analisar o que está equilibrado e sobre os objetivos e feedback, a fim de
o que está desequilibrado. A partir disso, diminuir a ansiedade do paciente.
definir o que pode ser feito para melhor
 É importante saber quando e como
flexibilizar.
 Passar anamnese para o paciente responder exemplo, se o paciente disser que ficou
em casa. Caso seja necessário, por haver feliz, pedir para ele explicar esse feliz.
algum gatilho, responder durante a sessão.
Haverá casos em que esse passo será pulado Suicídio
pelo nível de adoecimento do paciente.
 Perguntar se a pessoa está pensando em
 Registro de sessão: os principais pontos
suicídio não estimula o ato.
abordados, o que está planejado para a
 Fatores que aumentam o risco de suicídio:
sessão corrente e para a próxima.
 A presença de um transtorno mental,
principalmente um transtorno de humor;
Regulação emocional
 A presença de transtornos decorrentes

 Função “positiva” das emoções do uso de substâncias;

“negativas”. Por exemplo, a raiva é uma A presença de transtornos de

emoção que, até certo ponto, pode ser personalidade, principalmente borderline

funcional e necessária, visto que promove e esquizofrenia;

autoproteção. Outro exemplo é o medo, que  Tentativas anteriores;

preserva a integridade e impede a violação  Questões econômicas;

de valores importantes.  Perdas;

 A ideia não é eliminar a emoção negativa e,  Dinâmica familiar conturbada;

sim, regulá-la.  Características impulsivas e agressivas;


 Discriminação, abuso, violência;
 É importante trabalhar as crenças negativas
 Relacionamentos;
que os pacientes têm sobre as emoções.
 Histórico familiar.
 Algumas vezes, o desconforto é necessário.
 Fatores de proteção ao suicídio:
Evitar situações por achar que não vai
 Bom engajamento no tratamento;
conseguir lidar com as emoções
 Boa relação terapêutica;
consequentes não é saudável.
 Razões consideráveis para viver;
 Fortalecer emoções positivas.
 Rede de apoio;
 Recordar lembranças positivas sobre como
 Crenças religiosas;
lidou com dificuldades passadas.
 Medo da morte;
 Auxiliar o paciente a ter conclusões
 Ideação suicida: o paciente pensa que
adaptativas das situações (buscar coisas que
morrer resolveria o problema e que as
tenham sido positivas no que aconteceu).
outras pessoas estariam melhores se isso
 Ampliar o repertório de “vocabulário
acontecesse.
emocional” – variações das emoções. Por
 Planejamento: o paciente pensa em formas plano. Ações: oferecer apoio
de se matar; executa cenários reais ou emocional; ajudar a compreender e
imaginários; apresenta mudanças de organizar os sentimentos; resgatar
comportamento; mostra-se mais animado recursos do passado.
por ter encontrado uma forma de resolver o  Médio: já existe um plano, mas o
problema; apresenta comportamentos de paciente não pensa em executá-lo em
despedida; atualização de testamento; um momento breve. Ações: todas
adquire os itens necessários para o ato. acima + explorar alternativas; fazer
 Estratégias de prevenção ao suicídio: um contrato de vida.
 Restrição de acesso aos meios de  Alto: tem um plano e a ideia de
suicídios; implementá-lo num futuro próximo.
 Não acreditar nos mitos do senso Ações: todas acima + não deixar a
comum; pessoa sozinha em hipótese alguma
 Detecção precoce e tratamento; (quebra do sigilo); avaliar a
 Acompanhamento pela rede de apoio. possibilidade de uma internação.
 Aspectos de avaliação:  Há a presença de 3 visões:
 Estado geral;  Visão de si: defeituoso, doente,
 Estágios; desprovido, inadequado, inútil,
 Quem faz parte da rede de apoio. indesejável.
 Ideias de perguntas para saber se o paciente  Visão dos outros e do mundo: as
pensa em suicídio: pessoas são rejeitadoras, não
 Você se sente constantemente triste ou apoiadoras e demandantes.
desanimado a ponto de considerar que  Visão do futuro: sem esperança.
não há solução para os seus problemas?  Ciclo de manutenção do suicídio: situações
 Você já pensou em fazer algo contra si que ativam crenças negativas sobre si, os
mesmo? outros e o futuro  sentimentos disfóricos
 Características de um paciente suicida: que levam à evitação, isolamento e
 Forte desesperança; passividade  aumento da desesperança e,
 Dificuldade de regulação emocional; consequentemente, crenças negativas mais
 Forte sensação de intolerabilidade; rígidas.
 Vontade de comunicar algo por meio  Há um déficit na capacidade de resolução
da tentativa. de problemas.
 Nível de risco:  Objetivos do tratamento:
 Baixo: o paciente pensa que gostaria de  Diminuir os fatores de risco;
estar morto, mas não faz nenhum  Aumentar os fatores de proteção;
 Ter um plano de segurança;  Acionar e psicoeducar a rede de apoio.
 O alvo primário sempre será a ideação Sempre tentar conseguir a autorização
suicida. do paciente para não fragilizar o
 Principais estratégias de intervenção: vínculo.
 Diminuir os fatores de risco: por  Entender os motivos para considerar a
exemplo, se o paciente mora em um morte.
andar alto, ver a possibilidade de  Criar um kit de esperança.
colocar tela nas janelas ou pedir que ele
passe um tempo na casa de outra Modelo Cognitivo no TAG
pessoa. Para isso, um contato de
 Principais estratégias de intervenção:
emergência será importante. É preciso
que alguém da rede de apoio auxilie o
profissional.
 Aumentar os fatores de proteção:
identificar possíveis razões para viver,
seja um animal, uma pessoa, um sonho.
É importante fazer uma lista com o
paciente.
 Avaliar, em toda sessão, o nível de
risco.
 Fazer um contrato de vida logo nas
primeiras sessões.
 Fazer um plano de crise.
 Avaliar a necessidade e a possibilidade
de fazer mais de uma sessão por
semana.
 Avaliar as tentativas anteriores: o que
foi usado, o que desencadeou, o que a
pessoa estava pensando no momento,
quais habilidade faltaram no momento,
percepção do paciente sobre a tentativa.
 Fortalecer a aliança terapêutica.
 Encaminhar para o psiquiatra. Se o
paciente já tiver um, entrar em contato.

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